LEGALE
Excludentes de Ilicitude
(continuação)
Excludentes de Ilicitude
(ou de antijuridicidade)
O art. 23 do CP previu como hipóteses de
excludente de ilicitude:
Excludentes de Ilicitude
(ou de antijuridicidade)
O art. 23 do CP previu como hipóteses de excludente de ilicitude:
-
Estado de Necessidade;
-
Legítima Defesa;
-
Estrito Cumprimento do Dever Legal;
-
Exercício Regular do Direito.
Excludentes de Ilicitude
Estado de Necessidade
Excludentes de Ilicitude
estado de necessidade
* Estado de necessidade é uma conduta
lesiva praticada diante de uma situação de
perigo
Excludentes de Ilicitude
estado de necessidade
* Entretanto, não é qualquer situação de perigo que caracteriza o Estado de
necessidade e nem todas as condutas lesivas
Excludentes de Ilicitude
estado de necessidade
* A situação de perigo deverá ser:
Excludentes de Ilicitude
estado de necessidade
* A situação de perigo deverá ser:
- Atual (a doutrina aceita a iminente);
Excludentes de Ilicitude
estado de necessidade
* A situação de perigo deverá ser:
- Atual (a doutrina aceita a iminente);
- Ameaça a direito (próprio ou de
terceiro);
Excludentes de Ilicitude
estado de necessidade
* A situação de perigo deverá ser:
- Atual (a doutrina aceita a iminente);
- Ameaça a direito (próprio ou de terceiro);
- Não causada voluntariamente pelo
agente;
Excludentes de Ilicitude
estado de necessidade
* A situação de perigo deverá ser:
- Atual (a doutrina aceita a iminente);
- Ameaça a direito (próprio ou de terceiro);
- Não causada voluntariamente pelo agente;
- Que o agente não tenha o dever legal
de enfrentar o perigo
Excludentes de Ilicitude
estado de necessidade
* A conduta lesiva deverá ser:
Excludentes de Ilicitude
estado de necessidade
* A conduta lesiva deverá ser:
-
Inevitável;
Excludentes de Ilicitude
estado de necessidade
* A conduta lesiva deverá ser:
-
Inevitável;
-
Razoável (se não for razoável o agente será
punido com pena reduzida de um terço a dois
terços);
Excludentes de Ilicitude
estado de necessidade
* A conduta lesiva deverá ser:
-
Inevitável;
-
Razoável (se não for razoável o agente será
punido com pena reduzida de um terço a dois terços);
-
Com conhecimento pelo agente da situação
justificante
Excludentes de Ilicitude
Legítima Defesa
Excludentes de Ilicitude
legítima defesa
A legítima defesa é um contra-ataque, uma
reação, motivada por uma ação.
Excludentes de Ilicitude
legítima defesa
Mas, não é qualquer ação que o agente sofre
que ele pode se defender por legítima defesa.
Excludentes de Ilicitude
legítima defesa
* A ação deve ser:
Excludentes de Ilicitude
legítima defesa
* A ação deve ser:
-
Agressão humana;
Excludentes de Ilicitude
legítima defesa
* A ação deve ser:
-
Agressão humana;
-
Injusta;
Excludentes de Ilicitude
legítima defesa
* A ação deve ser:
-
Agressão humana;
-
Injusta;
-
Atual ou iminente;
Excludentes de Ilicitude
legítima defesa
* A ação deve ser:
-
Agressão humana;
-
Injusta;
-
Atual ou iminente;
-
Que ameace direito próprio ou de terceiro
Excludentes de Ilicitude
legítima defesa
Também não é qualquer reação que leva a
legítima defesa.
Excludentes de Ilicitude
legítima defesa
* A reação deve ser:
Excludentes de Ilicitude
legítima defesa
* A reação deve ser:
-
Com os meios necessários;
Excludentes de Ilicitude
legítima defesa
* A reação deve ser:
-
Com os meios necessários;
-
Com a devida moderação
REPORTAGEM: caso Thales Schoedl
26/11/2008 - 17h15
Por 23 a 0, TJ-SP absolve promotor Thales Schoedl por morte em Bertioga
Rosanne D'Agostino Do UOL Notícias
Em São Paulo
Por unanimidade, 23 votos a zero, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu nesta quarta-feira (26) absolver o promotor Thales Ferri Schoedl por legítima defesa da acusação de
homicídio contra um jovem que teria provocado sua namorada na saída de um luau na Riviera de São
Lourenço, em Bertioga, em dezembro de 2004.
Após cerca de três horas de julgamento,
desembargadores concluíram que depois de ter
sido perseguido por seis jovens, Schoedl atirou para se defender da agressão. O pleno também
considerou que o excesso de tiros, 12 no total, justifica-se porque vários deles foram de
advertência para afastar o perigo.
"Houve uma distorção da imprensa, isso é
revoltante", disse o desembargador Ivan Sartori. O desembargador Carlos Mathias Coltro citou o caso Escola Base para defender que houve pré-
julgamento do réu na divulgação de informações
sobre o crime.
Schoedl deixou a sessão chorando e não falou com a imprensa. No momento do anúncio da absolvição, as pessoas que acompanhavam o promotor
gritaram em comemoração.
Ainda cabe recurso contra a decisão. O advogado Pedro Lazarini anunciou que irá entrar com recurso no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e no STF
(Supremo Tribunal Federal) para anular o
julgamento. "Esta decisão de hoje é uma rejeição ao controle externo e fortalece o Supremo a tomar
outra decisão contra o controle externo, mas isso não será empecilho para recorrermos, acreditamos na justiça", disse. Segundo o advogado, o
julgamento não deveria ter sido realizado hoje
(segue)
porque o cargo do promotor é mantido apenas por uma liminar no STF.
Schoedl foi julgado com foro especial por 25 desembargadores da Corte, graças à liminar
concedida pelo ministro Carlos Alberto Menezes Direito, do STF, no dia 7 de outubro, que o
reconduziu ao cargo. Sem a decisão, o promotor iria a júri popular. O STF ainda não julgou o mérito da questão. O julgamento desta quarta só
aconteceu após uma hora de discussão quando, por
um voto (12 a 11), a maioria entendeu que a Corte
é o juízo competente para julgar um promotor.
O promotor havia sido exonerado do Ministério
Público pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), que decretou seu não vitaliciamento, ou
seja, sua expulsão dos quadros da instituição. O Supremo entendeu que o conselho não é
competente para exonerá-lo, manteve Schoedl
afastado das funções, mas recebendo proventos de um cargo vitalício de substituto - cerca de R$ 18 mil.
MAIS SOBRE O JULGAMENTO
Julgamento pelo Tribunal de Justiça
Nesta quarta, o relator do caso, desembargador
(segue)
Barreto Fonseca, apresentou voto pela absolvição do réu reconhecendo a tese de legítima defesa.
"Schoedl só fez os disparos porque era necessário, ele era bem menor do que as vítimas e apesar do número de tiros (12) não se pode dizer que houve uso imponderado da arma. Assim estou absolvendo o réu", afirmou o relator.
Antes do voto, o advogado Rodrigo Marzagão
afirmou que Schoedl deu tiros de advertência para afastar os jovens que corriam atrás dele na saída do luau, mas eles disseram que a arma era de
brinquedo. O promotor então teria corrido e
guardado a arma, mas foi perseguido até que, sem
outra alternativa, "para cessar a agressão, efetuou
os disparos".
O Ministério Público refutou a tese de legítima defesa do promotor. O assistente de acusação,
Pedro Lazarini, disse que testemunhas comprovam que o comportamento de Schoedl mudou depois que ele tornou-se promotor, que ele era briguento e vivia arrumando confusão por causa da
namorada. "Esta moça põe fogo no Thales", teria dito uma testemunha.
O caso
Schoedl é acusado de matar Diego Mendes
Modanez, 20 anos, e de ter ferido Felipe Siqueira
Cunha de Souza, 21 anos, após uma discussão na
saída de um luau na Riviera de São Lourenço, em
Bertioga, no dia 30 de dezembro de 2004.
O promotor alega que as vítimas mexeram com sua namorada. Cercado, não teve alternativa, a não ser atirar. Teriam sido 12 disparos, que mataram o
então jogador de basquete Diego Mendes e feriram gravemente o amigo.
A exoneração do promotor do cargo foi objeto de análise do Ministério Público por duas vezes. Na primeira, a última instância da instituição decidiu expulsá-lo, o que o levaria a júri popular. Schoedl obteve liminar no TJ-SP que anulou todo o
processo. Na nova etapa, o Órgão Especial do MP- SP decidiu, por 16 votos a 15, manter a decisão do Conselho Superior da instituição que já havia
garantido o vitaliciamento.
Contra esse entendimento, o então procurador-
geral de Justiça, Rodrigo Pinho, apresentou recurso ao CNMP, que o exonerou novamente. O conselho concluiu que o promotor não deveria estar armado naquele local. Assim, a defesa recorreu ao
Supremo, e obteve liminar para a recondução.
A permanência vitalícia no cargo de promotor é concedida a partir do segundo ano de exercício.
Schoedl era promotor de Justiça substituto havia um ano e três meses em Iguape (litoral paulista), quando ocorreu o crime.
fim
Excludentes de Ilicitude
Estrito Cumprimento do
Dever Legal
Excludentes de Ilicitude
estrito cumprimento do dever legal
Age em estrito cumprimento do dever legal o
agente público, que age impulsionado pela
lei.
Excludentes de Ilicitude
estrito cumprimento do dever legal
Age em estrito cumprimento do dever legal o agente público, que age impulsionado pela lei.
A lei determina que o agente faça e ele faz e, se prejudicar alguém, não será
responsabilizado
Excludentes de Ilicitude
estrito cumprimento do dever legal