• Nenhum resultado encontrado

Sob o domínio do verde

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Sob o domínio do verde"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

N

o

1.572 - Ano 33 - 9.4.2007

Boletim

Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Maior reserva preservada por uma universidade brasileira, a Estação Ecológica,

com seus 114 hectares de matas semidecíduas e de cerrado, é um dos principais espaços

de educação ambiental de Belo Horizonte. Lá o verde e os homens – em especial as crianças

que visitam a Estação durante o ano – convivem harmoniosamente.

Página 8

Sob o domínio do verde

(2)

9.4.2007

Boletim UFMG



Esta página é reservada a manifestações da comunidade universitária, através de artigos ou cartas. Para ser publicado, o texto deverá versar sobre assunto que envolva a Universidade e a comunidade, mas de enfoque não particularizado. Deverá ter de 4.000 a 4.500 caracteres (sem espaços) ou de 57 a 64 linhas de 70 toques e indicar o nome completo do autor, telefone ou

correio eletrônico de contato. A publicação de réplicas ou tréplicas ficará a critério da redação. São de responsabilidade exclusiva de seus autores as opiniões expressas nos textos. Na falta destes, o BOLETIM encomenda textos ou reproduz artigos que possam estimular o debate sobre a universidade e a educação brasileira.

Opinião

C

omo reitor da UFMG, estou ple-namente identificado com os pro-pósitos do Ministério da Educação (MEC) de expandir significativamente o acesso à educação superior pública no Brasil, por meio de iniciativas que também promovam a inclusão social. Já determinei que a Universidade inicie estudos, objeti-vando a formulação de propostas – em consonância com políticas já delineadas pelo Ministro da Educação e expressas, sobretudo, na minuta de Decreto Presi-dencial – que, após apreciação da nossa comunidade universitária, possam ser apresentadas ao MEC.

Contudo, a mídia tem dedicado, nas últimas semanas, atenção a uma proposta de remodelação do ensino superior brasi-leiro, conhecida como Universidade Nova, apresentada pelo reitor da Universidade Federal da Bahia. Ela prevê que a formação de ensino superior no país se organize a partir de cursos genéricos, de menor dura-ção, cuja conclusão seria obrigatória para o acesso aos cursos profissionais.

A despeito de trazer à baila algu-mas discussões importantes e de conter sugestões interessantes, a Universidade

Nova suscita questionamentos mais

pe-los equívocos que parece conter e pelas ameaças que, no nosso entendimento, podem trazer para a formação universi-tária em nosso país, com impacto negativo em nosso desenvolvimento econômico e social. São essas as questões que pretendo tratar neste artigo.

A admissão aos cursos superiores é feita, hoje, a partir da escolha prévia – e, certamente, precoce – da carreira profissional. Tendo em vista uma escala de valoração social das profissões, essa escolha prévia permite o ingresso no ensino superior de parcelas expressivas de jovens de famílias pobres. Selecionar alunos para a universidade por grandes áreas do conhecimento, qualquer que seja o exame utilizado, resultará que, em uma instituição como a UFMG, por exemplo, serão selecionados, quase que exclusivamente, estudantes oriundos de classes mais abastadas.

Tenha o nome que tiver, o acesso ao ensino superior dependerá de processo seletivo, pois não há vagas, especialmen-te no sisespecialmen-tema público, para absorver toda a demanda. Mesmo que a UFMG dobre ou triplique seu número atual de vagas oferecidas – cerca de 4.500 – chegando, por exemplo, a 1 mil, ainda assim, estará muito longe de atender os quase 70 mil candidatos que, anualmente, demandam ingresso em nossos cursos. Portanto, a cogitação do fim de exame seletivo para acesso à universidade, a médio prazo, pelo menos, não tem qualquer fundamento.

versidade Nova está no fato de que não poderá haver promoção automática dos bacharelados genéricos para os cursos profissionais, pois o número de vagas nestes últimos será bem menor que o de concluintes dos primeiros. Ou seja, será inevitável um segundo vestibular, mais seletivo e concorrido que o atual, dentro da universidade. Além disso, esse modelo, muito provavelmente, acarretará a diminuição do número de profissionais formados, bem como poderá implicar seu ingresso mais tardio no mercado de trabalho, sem qualquer ganho efetivo na formação para o exercício profissional.

No mundo inteiro, o ensino superior é ministrado em instituições universitárias – cujo objetivo precípuo é tanto a forma-ção de estudantes quanto a produforma-ção de conhecimento, ou seja, a realização de pesquisas – e em instituições não-universi-tárias, organizadas visando exclusivamente a ministrar o ensino. Ambos são essenciais para um país. As universidades, pelas pes-quisas que realizam e pela natureza de formação que possibilitam, estão intima-mente relacionadas ao desenvolvimento econômico e social de cada país. O modelo da Universidade Nova poderá diminuir a capacidade de realização de pesquisas das universidades. Como a proposta parece se ancorar na idéia de ser implantada apenas no sistema federal, haverá um forte de-sequilíbrio regional, beneficiando alguns poucos estados que têm expressivo parque universitário estadual, mas poucas vagas em instituições federais.

São essas as razões, entre outras que poderemos tratar em futuras oportuni-dades, que me levam a não acolher um projeto que apresenta tantas fragilidades como as aqui mencionadas e que pode comprometer, de forma tão decisiva, o futuro da universidade pública brasileira.

*Artigo publicado no jornal Estado de Minas, de 1º de abril

**Reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Desafios da expansão da educação superior

Ronaldo Tadêu Pena **

Como a proposta

parece se ancorar na idéia

de ser implantada apenas

no sistema federal, haverá

um forte desequilíbrio

regional, beneficiando

alguns poucos Estados

que têm expressivo parque

universitário estadual,

mas poucas vagas em

instituições federais

O projeto Universidade Nova, pelas formulações relativas ao ciclo básico por grande área de conhecimento poderá, certamente, alongar a formação supe-rior. O curso de medicina, por exemplo, cuja duração atual é de seis anos, se defrontará com problemas para ser con-cluído no mesmo tempo, no modelo da

Universidade Nova. Isso representaria um

considerável aumento de custos para o país e para as famílias, além de contribuir para frustrar, parcialmente, o desejo de todos de acesso ao ensino superior.

(3)

Uni-A

criação de curso de graduação em ciência da informação em Moçam-bique está mobilizando equipe de professores da UFMG. Em parceria com pesquisadores do país africano, o grupo está concluindo estudo de viabilidade do projeto, cujo relatório final deverá ser apresentado, em outubro, na capital moçambicana, Maputo. O trabalho, con-siderado pioneiro na Universidade, tem o objetivo de estabelecer cooperação técnica e científica com os africanos, por meio da formação de recursos humanos em área estratégica para o desenvolvimento de Moçambique.

“Em nosso país, a situação das bi-bliotecas, dos centros de documentação e dos arquivos pode ser considerada caótica, pois grande parte não passa por tratamento da informação, como catalo-gação e classificação”, diz Aissa Mithá Issak, diretora da Biblioteca Central do Instituto Superior Politécnico e Universi-tário (Ispu), de Moçambique, ao ressaltar a necessidade de pessoal especializado para organizar o setor.

Ex-colônia portuguesa, o país conta apenas com um curso de ciências do-cumentais em nível médio, além de 8 profissionais, graduados e pós-gradua-dos na área em instituições do exterior. O atendimento à demanda das unidades de informação das empresas, do Estado, da academia e das instituições civis é feito, majoritariamente, por especialistas forma-dos em outras áreas ou pelos trabalhado-res da informação, os “documentalistas”.

Conexão Sul-Sul

Parceria deve acelerar instalação de curso de

ciência da informação em Moçambique

Ana Maria Vieira

Um país em reconstrução

Entre 177 países de todo o mundo, Moçambique ocupava, em 2004, a 171ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Mas, se a pobreza de sua população, estimada em 18,9 milhões de pessoas, é por demais conhecida, outra face dessa sociedade não é notícia: trata-se do esforço de reconstrução, empreendido desde 1992, com o fim da guerra civil. Iniciada em 1976, ela destruiu parte da infra-estrutura do país, inclusive a educacional.

O empenho dos colonizadores nesse campo foi mínimo: o ensino superior foi implantado em 1962, mas somente 1% dos moçambicanos o freqüentava. Apesar disso, os índices de alfabetização passaram de 7%, em 1975, para 56,7%, em 2000; hoje, o país conta com 15 instituições de nível superior. Paralelamente a esse trabalho, está em curso projeto de modernização do Estado. Segundo Almiro Lobo, mais de 80% dos funcionários públicos têm apenas o ensino básico e, por esse motivo, sua capacitação é considerada fator essencial na melhoria da gestão pública. “A preparação na área de ciência da informação deverá contribuir, decisivamente, para tornar o Estado menos pesado, mais transparente e eficiente”, avalia.

Moçambique integra o grupo de países africanos que mantêm taxas de crescimento econômico acima da média mundial. Na última década, a expansão do PIB moçambicano foi da ordem 8% ao ano.

Parte desse grupo possui baixa qua-lificação técnica, mas desempenhou importante papel

na história recente de Moçambique. “Com a saída dos portugueses dos cargos públicos, após a independência, em 1975, foram esses trabalhadores que mantiveram abertas as portas das biblio-tecas”, observa Wanda Maria Peres do Amaral, diretora do Instituto Médio de Ciências Documentais (Cidoc) e assessora do Fundo Bibliográfico de Língua Portu-guesa (FBLP). Wanda e Aissa integram a equipe de 17 pesquisadores de Moçambi-que e da UFMG, responsável pelo estudo de viabilidade. O trabalho foi iniciado há um ano, com a coleta de dados nos dois países. Em visita à UFMG, na última semana de março, elas participaram de nova etapa de discussão do projeto, acom-panhadas por Almiro Lobo, diretor-geral do Instituto Superior de Administração Pública (Isap).

Oralidade

“O curso que estamos projetando deve-rá estabelecer uma relação entre a realidade do mundo digital e a tradição local, em que a oralidade possui importante função na transmissão dos conhecimentos”, antecipa a professora da Escola de Ciência da Infor-mação (ECI) da UFMG, Maria Aparecida Moura, que coordena os trabalhos.

O perfil do curso não foi definido. “Estamos analisando dados pesquisados

nos dois países”, diz a coordenadora. Se-gundo ela, foram coletadas informações em Moçambique sobre os profissionais da área, as instituições de ensino e ou-tras que possuem serviço de informação, incluindo itens como infra-estrutura e tecnologia disponível. No Brasil, a equipe desenvolveu estudo teórico e histórico sobre a constituição da sociedade de informação; o conceito de formação e a estrutura curricular dos cursos de biblioteconomia, ciência da informação e arquivologia; e os profissionais egres-sos desses.

“Com o trabalho, será possível extrair tendências e estabelecer um diálogo entre esse campo do conhecimento no Brasil e em Moçambique e, assim, definir as ações que o projeto vai gerar”, pontua Maria Aparecida. A metodologia de constitui-ção do curso – que se beneficiou das afinidades culturais entre os países e de avaliação da realidade moçambicana – é considerada inovadora pela professora da ECI e integrante do grupo, Maria Guiomar da Cunha Frota. “Não vamos exportar para eles o modelo da UFMG”, assegura. O tra-balho conta com financiamento do CNPq e o apoio de instituições moçambicanas.

Pesquisadores de Moçambique e da UFMG: cooperação na área de ciência da informação

(4)

9.4.2007

Boletim UFMG

4

A

s ferramentas de busca são hoje instrumentos indis-pensáveis aos usuários da Internet, pois atuam como espécie de guia entre os nada menos que 0 bilhões de documentos atualmente distribuídos na rede mundial de computadores. Para as empresas de tecnologia de busca na Web, o grande desafio é desenvolver sistemas que consigam manter a qualidade e a rapidez das respostas, num cenário em que crescem tanto o número de consultas quanto o universo de documentos a ser analisado.

Em tese de doutorado defendida no final de fevereiro, no Pro-grama de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFMG, a estudante Claudine Gonçalves desenvolveu um arcabouço para o projeto e análise da infra-estrutura de mecanismos de busca na Web. “Nosso objetivo é ter uma

ferramenta simples e razoavelmente precisa que possa responder questões de planejamento de capacidade”, afir-ma a pesquisadora, ao lembrar que seu estudo é útil para estudantes de Ciência da Computação, especial-mente no caso daqueles que estão se especializando em recuperação de informação e em análise e modelagem de desempenho de sistemas de com-putação, assim como para empresas de tecnologia de busca.

Segundo a autora, os meca-nismos de busca requerem uma enorme quantidade de recursos computacionais para lidar com o tráfego de consultas, freqüentemen-te caracfreqüentemen-terizado por altos picos de acesso. “O problema é ainda mais desafiador se considerarmos que o número de documentos disponíveis na Web cresce constantemente”, diz

a pesquisadora. Para lidar com tais exigências, os sistemas modernos de busca adotam um grupo de máquinas, ou

cluster, composto por um conjunto de servidores de índice

e uma máquina central, ou broker, que se comunica com os vários servidores de índice.

Arquitetura

A coleção de documentos é dividida entre os servidores de índice, de modo que cada um armazena parte da coleção e índice próprio. “Esta arquitetura, denominada particionamen-to por documenparticionamen-to, é geralmente preferida porque simplifica a manutenção e a geração do índice”, comenta Claudine Gonçalves. Outra vantagem é que falhas em um servidor de índice não impedem que qualquer consulta seja respondida, embora o conjunto final de respostas possa não conter todos os documentos relevantes da coleção. Nesta arquitetura, o

broker envia a consulta de um usuário para todos os servidores

de índice e cada um deles retorna seus dez documentos mais relevantes. Com tais dados, o broker executa uma mesclagem em memória para determinar as dez respostas finais a serem enviadas para o usuário.

Na arquitetura caracterizada por particionamento por

documento, a coleção inteira de arquivos é distribuída en-tre os servidores de índice de forma balanceada, de modo que cada um manipule quantidade similar de dados para processar certa consulta. Como conseqüência, espera-se que os tempos de serviço nos servidores de índice também sejam aproximadamente semelhantes. “Verificamos que este cenário idealizado de tempos de serviço balanceados nos servidores de índice com volumes de dados similares não é encontrado na prática”, afirma a pesquisadora. Esta é uma contribuição importante de seu estudo, porque contradiz a suposição usual de tempos de serviço balanceados adotada pelos modelos teóricos anteriores encontrados na literatura. Além disso, a pesquisadora identificou e analisou as

princi-pais fontes de desbalanceamento, ou diferença, nos tempos de ser-viço entre os servidores de índice que participam do processamento de uma dada consulta: o uso do

cache do disco, o tamanho da

memória principal nos servidores de índice e o número de servidores no cluster.

Capacidade

Outra importante contribuição da tese de Claudine foi a proposta de modelo de planejamento de ca-pacidade para mecanismos de busca na Web, que considera o desbalan-ceamento nos tempos de serviço das consultas entre os servidores de índice. O modelo proposto pode ser usado para responder a questões importantes de planejamento de ca-pacidade, tais como o limite superior para o tempo médio de resposta de uma consulta; tipo de otimização nos recursos da máquina capaz de produzir uma redução no tempo médio de res-posta; e o número mínimo de réplicas do cluster capazes de garantir que o tempo de resposta de uma consulta num período de pico não excederá o limite definido pelo gerente do sistema de busca.

A utilidade do modelo para predizer o tempo de resposta de uma consulta foi ilustrada num cenário realístico, que considera coleção de 0 bilhões de documentos distribuída através de dois mil servidores de índice. “Em nosso exemplo, mostramos que o gerente de um mecanismo de busca pode rapidamente alcançar predições para o limite superior do tempo médio de resposta de uma consulta sem ter de executar quaisquer experimentos reais”, diz Claudine Gonçalves.

Tese do DCC estuda mecanismos de busca na Web

Ana Rita Araújo

Tese: Projeto e análise de sistemas de busca na Web Autora: Claudine Santos Badue Gonçalves Defesa: 27 de fevereiro de 2007, no Programa de

Pós-Graduação em Ciência da Computação (ICEx-UFMG)

Orientador: Professor Nivio Ziviani (DCC - UFMG) Co-orientador: Professor Ricardo Baeza-Yates

(5)

C

erca de 15 mil famílias foram incluídas no universo da pesquisa desenvolvida, ao longo de 005, pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da Faculdade de Ciências Econômicas (Face) da UFMG. Ao analisar informações de mais de 70 mil pessoas, o Cedeplar chegou a uma série de conclusões sobre os impactos gerados pelo programa Bolsa-Família, criado em 00 pelo governo federal. Os resultados do estudo foram apresentados recentemente a alunos de pós-gra-duação em Demografia e Economia. Na ocasião, os professores Diana Sawyer, Eduardo Rios-Neto, Mônica Viegas e Ana Maria Hermeto de Oliveira revelaram as nuances do projeto Avaliação de impactos do Bolsa Família.

Nos 41 maiores municípios brasileiros das regiões Nordeste, Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste – e em 8 menores, analisados como grupos “conglomerados” –, os pesquisadores perceberam que, entre as famílias beneficiadas com o Bolsa-Família, houve aumento de 10% do consumo de alimentos básicos, o que corresponde a grãos, farinhas, legumes, frutas, pão e leite. Já os não-básicos – aves, peixes, ovos, óleos, açucares e bebidas não-alcóolicas – cresceram 15%.

Entre as famílias beneficiadas, segundo a pesquisa, também foi verificado aumento de gastos (5%) com vestuário infantil. “As famílias têm realocado recursos para educar, vestir e alimentar os filhos”, resume a professora Ana Maria Hermeto de Oliveira, uma das autoras do estudo.

Poder de barganha

Sob esse aspecto, os pesquisadores identificaram uma inte-ressante transformação nas famílias beneficiadas: o poder de barganha das mulheres foi ampliado. Elas passaram a ter mais voz para decidir onde aplicar a renda adicional. Pelas normas do programa, é a mãe que está autorizada a receber o Bolsa-Família.

No que se refere à educação, a freqüência de estudantes na escola aumentou 0%. Somado a isso, verificou-se diminuição de 15% nos índices de evasão estudantil. Conse-quentemente, as reprovações aumentaram, já que mais alunos de baixa renda – e com condições menos favoráveis de estudo – permanecem em sala de aula. “Trata-se, na verdade, de estudantes que não estariam na escola. As crianças de famílias beneficiadas com o Bolsa-Família tendem a freqüentar mais os locais de ensino”, diz a pesquisadora, ao informar, ainda, que foi ampliado o número de crianças que se dedicam à atividade escolar.

Metodologia

A investigação do Cedeplar serviu para que fosse desenhada uma série de “dimensões de impacto”, referentes a gastos absolutos das famílias – alimentos, remédios, transporte etc –, oferta de trabalho, antropometria – medição do tamanho das crianças para análise da nutrição infantil –, e índices de educação e saúde. Em 006, por meio de convênio firmado entre a UFMG, o Ministério do Desenvolvi-mento Social e Combate à Fome e o Banco Mundial, os pesquisadores também passaram a investigar, nas prefeituras, a implementação e gestão do Bolsa-Família.

A pesquisa que avalia o impacto do programa governamental contrastou dois grupos: famílias agraciadas e não agraciadas com o benefício. O trabalho de campo envolveu a realização de 15 mil entrevistas domiciliares representantivas das regiões Nordeste, Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste. O tamanho médio das famílias é de 4,5 indivíduos por lar.

Já a análise da implementação e gestão do Bolsa-Família, que também estuda o acompanhamento das condicionalidades e controle social do Programa, foi realizada por meio de entrevistas com autoridades e gestores municipais. A amostra de municípios contempla as cidades presentes no estudo de impacto. Além de pesquisas individuais, o Cedeplar desenvolve diversos projetos institucionais. Suas linhas de pesquisa abrangem as problemáticas demográfica e econômica em seus múltiplos aspectos. Essas linhas também estabelecem interfaces da economia e demografia com outras disciplinas, especialmente as das áreas de saúde e meio ambiente.

Um alívio para os pobres

Pesquisa desenvolvida na Face analisa impactos sociais do programa Bolsa-Família

Maurício Guilherme Silva Jr.

Criado por Medida Provisó-ria em 2003, o Bolsa-Família busca, a partir de mecanismo de transferência de renda, reduzir os índices de miséria do País e promover, em lon-go prazo, investimento em capital humano. O progra-ma, que unificou iniciativas estruturadas por governos anteriores, alcança mais de 11 milhões de famílias em todo país com renda per

c a p i t a m e n s a l d e a t é

R$ 120. Como contrapar-tida aos recursos recebidos, os pais são obrigado a investir na melhoria das condições de educação e saúde de suas crianças.

Ana Hermeto: recursos para educação, vestuário e alimentação

(6)

9.4.2007

Boletim UFMG

6

Que deficiências do ensino e aprendizagem nessa área inspiraram a proposta de aborda-gem do livro Química e Sociedade?

Um dos problemas no ensino de quí-mica é que ela trabalha com conceitos abstratos. Para o aluno, isso traz muito mais dificuldades do que o ensino que parte de temas mais concretos para che-gar, mais tarde, a percepções elaboradas e avançadas. Mas o que temos pesqui-sado é, sobretudo, o papel da educação no nível básico. A maior parte dos alunos nunca mais vai estudar Química após o vestibular. Só que eles utilizam produtos químicos diariamente. Por isso, precisam ter acesso a várias informações para sa-ber como usá-los, o que a escola não oferece de forma satisfatória.

Por que isso não ocorre?

No Brasil, a educação começou de cima para baixo. Primeiro, foi criada a escola superior e depois a de ensino mé-dio, instaurando uma tradição em que a educação no nível secundário se destina ao ensino preparatório para o vestibular. Por esse motivo, são cobradas questões abstratas e acadêmicas. A expansão esco-lar, sobretudo na década de 70, ocorreu em meio a um processo que dificultou o trabalho do professor, obrigando-o a cumprir carga horária muito maior para um número também crescente de alunos. O contexto escolar favoreceu o ensino conteudista, que se limita a oferecer de-terminados algoritmos para a resolução de questões numa prova.

Ultimamente, a discussão dos proble-mas ambientais ou das ameaças decorren-tes das tecnologias passou a ser feita em fóruns mais amplos, como a imprensa e o parlamento, o que permitiu difundir a per-cepção sobre danos e direitos. A população sabe que o detergente polui as águas, mas

desconhece o motivo. O que falta não é domínio conceitual?

Você apontou uma questão impor-tante, que é sobre o papel da impren-sa. A escola deixou de trabalhar esses conhecimentos, que são fundamentais, e transferiu a tarefa para a imprensa, que passa uma imagem negativa da química. Para a população, a química está aí para destruir. Temos de resgatar o papel da área e mostrar como ela tem contribuído para buscar respostas aos problemas gerados pelo uso dos pro-dutos químicos. Durante muito tempo, os livros didáticos não faziam qualquer menção à aplicação dos conceitos da química. De uns 0 anos para cá, todos eles passaram a apresentar fotos ilus-trando aplicações. Mas não passa disso. Muitas vezes, o aluno não compreende o conceito nem possui reflexão sobre o tema. É preciso divulgar o assunto, informar e explicar como a ciência se posiciona e como os conceitos científicos permitem fazer nova leitura. É preciso refletir sobre a ciência na sociedade e o modelo de desenvolvimento tecnológico que desejamos.

É possível traçar um novo percurso?

Não se muda a ciência e a tecnologia simplesmente com a introdução de no-vas técnicas ou com investimentos. Sem participação social não há mudanças. A sociedade é uma grande consumidora das tecnologias. Em países do primeiro mundo, há legislações ambientalistas rigorosas que impedem a instalação de uma série de indústrias. Mas elas migraram para países onde não há esse controle. Enquanto não houver, em todo o planeta, sociedades reivindicando leis mais adequadas para o meio ambiente, os problemas simplesmente vão se trans-ferir de um local para outro.

O senhor faz uma distinção entre alfabe-tização e letramento científico. Como definir os dois conceitos?

Usamos alfabetização em lugar de letramento porque o primeiro termo é mais conhecido pelas pessoas. Quando falo em letramento, quero resgatar e reforçar o uso social da ciência. Na ciên-cia lingüística e na educação, alfabeti-zação é o ato de ensinar, ler e escrever. Já o letramento está associado à prática social da leitura. Assim, o conceito de alfabetização científica está restrito à compreensão do vocabulário científico. Mas, ao discutir letramento científico, busco levar o ensino de ciência, química e física para a prática social. Isso permi-te que o aluno estabeleça outra relação com as tecnologias.

Na ciência, quem se dedica às discussões sobre seu ensino ou divulgação não tem o mesmo status de um pesquisador de banca-da. Há desvalorização nessa área?

O ensino de química é uma área que se consolidou, inclusive aqui na UFMG. Mas, de fato, o peso do paper na vida acadêmica é muito maior do que o do livro didático. Só que o tempo todo as questões sociais demandam a presença do cientista, sempre convidado a dar explicações sobre os fenômenos.

Por uma química cidadã

Ana Maria Vieira

Entrevista / Wildson Luiz Pereira dos Santos

H

á seis anos, o professor Wildson Luiz Pereira dos Santos, da Universidade de Bra-sília (UnB), recebeu o Prêmio Jabuti na modalidade Livro didático para o ensino

fundamental e médio pela edição de Química e Sociedade. A obra, organizada

em parceria com o professor Gerson Mol, nasceu a partir de projeto da Universidade que oferecia curso para professores do Distrito Federal. A idéia era abordar educação em química para a cidadania. Ao final do trabalho, como não havia material didático nessa perspectiva, convidaram seus “alunos” a produzi-lo. Eles aceitaram o desafio, e os textos foram aplicados em sala de aula à medida em que eram redigidos.

“Nosso objetivo é permitir que o estudante faça uma leitura do conhecimento dentro de uma prática social. Usamos a concepção de temas geradores, na linha de Paulo Freire”, diz Wildson dos Santos, licenciado em Química pela UnB e doutor em Educação pela UFMG. Ele esteve na Universidade no final de março para participar da

Semana de Estudos de Química. Na ocasião, recebeu a reportagem do BOLETIM para

a seguinte entrevista.

Wildson dos Santos: uso social da ciência

(7)

Acontece

Teatro Universitário

O Teatro Universitário da UFMG está ofe-recendo oito oficinas ao público interessado em realizar aperfeiçoamento ou iniciação na área de artes cênicas. As atividades englobam

Baú de Leontiev: oficina do brincar, Criação em performance, Iniciação teatral, Oficina do clown, Oficina de bufões, Iniciação à máscara com segunda natureza do ator, História em mo-vimento e Tai Chi Chuan. Inscrições na página

www.fundep.ufmg.br.

Mais informações na sede do Teatro Uni-versitário, à rua Carangola, 00, bairro Santo Antônio, telefone (1) 499-40, ou e-mail

callcenter@fundep.ufmg.br.

Rosas de Abril

Começou nesta segunda-feira, dia 9 de abril, a ª edição do Festival Rosas de Abril, promovido pela Assufemg. Este ano, o evento, que vai até 4 de maio, contará com shows de chorinho e forró, exibição de curtas, exposição de gravuras e o tradicional Festival da Canção, cuja primeira eliminatória ocorre nesta sexta-feira, dia 1, às 18h.

Outra novidade é a abertura de espaço para discussão de temas atuais, como a questão am-biental. A partir do dia  estão programados palestras sobre o Projeto Manuelzão, lixo e cida-dania, biocombustível e a importância da Bacia da Pampulha para Belo Horizonte.

Mais informações pelos telefones (1)491-4677 e 499-4511.

Academia de Ciências

O professor Nívio Ziviani, do departamento de Ciência da Computação do ICEx, é o mais novo docente da UFMG escolhido para a Acade-mia Brasileira de Ciências. Na Assembléia Geral realizada em 0 de março, foram eleitos 5 no-vos acadêmicos. Nivio Ziviani foi indicado para a área de Ciências da Engenharia. Coordenador do Laboratório para Tratamento da Informação (La-tin), Ziviani é graduado em Engenharia Mecânica pela UFMG e Doutor em Ciência da Computação pela University of Waterloo.

Contos

A estudante Anna Cecília Santos Chaves, do 9º período do curso de Direito da UFMG, é uma das vencedoras do concurso Livro de Graça na

Praça, promovido pelo Senac Minas em parceria

com o Projeto Livro de Graça na Praça. Ela con-correu com o conto Descoberta e foi premiada ao lado de Raimundo Nonato de Albuquerque Silveira, do Ceará, autor de Primeiro Socorro. A comissão julgadora definiu os ganhadores após avaliação de textos enviados sobre o tema A

primeira vez.

Os contos vencedores serão agora veiculados na edição 007 do Livro de Graça na Praça. O

projeto consiste na elaboração de obra com textos de vários escritores que será distribuída gratuitamente em evento na Praça da Liberdade,

Teatro no campus

O Elogio da Loucura, espetáculo teatral formado por oito micropeças, é a atração dos programas Quarta Doze e Trinta e Uma Tarde no Campus, nos dias 11 e 1 de abril. O espetáculo foi criado a partir de fragmentos da obra de Erasmo de Roterdã.

A Escola de Belas-Artes será o palco das duas apresentações, na quarta-feira, às 1h0, e na quinta-feira, às 17h0. A entrada é franca. Os dois programas são promovidos pela Diretoria de Ação Cultural (DAC) em parceria com a Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC). O Quarta Doze e Trinta é patrocinado pela Nossacoop.

Cineclube Face

Como parte da programação comemorativa dos seus 50 anos de atividades, o Cineclube Face, da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, realiza, de  a 7 de abril, a Mostra José Maria Nunes. Administrado por alunos da Face,

o cineclube tem programação regular às quintas, às 18h, e às sextas, a partir das 11h0. As sessões são gratuitas e abertas ao público externo. O endereço é rua Curitiba 8, auditório do º andar.

De acordo com os organizadores, essa é a primeira mostra realizada no país da filmografia de José Maria Nunes, cineasta português radicado na Cata-lunha. Conforme texto divulgado pelos promotores do evento, os filmes foram produzidos entre 1957 e 000, com conteúdo experimental e político. “Com interesse sociológico e histórico contemporâneo, seus filmes são resultado de um olhar particular, que oscila entre o conhecimento e a intuição levada ao extremo”, escreveram.

A programação é a seguinte:  de abril – Mañana; 4 de abril – Noche de Vinho Tinto; 5 de abril – Biotaxia; 6 de abril – Sexperiências; 7 de abril – Amigogina.

Parque Tecnológico

É de 001 e não de 00 – conforme informou o BOLETIM em sua edição 1570 – a data de elaboração do projeto do Parque Tecnológico, que hoje se encontra em fase avançada de implantação. À época, o docu-mento contendo as diretrizes do empreendimento foi elaborado pelos professores Mauro Borges Lemos e Clélio Campolina Diniz, da Face, e examinado por comis-são especial instituída pelo então reitor Francisco César de Sá Bar-reto. Além dos professores Clélio e Mauro Borges, a comissão era formada por Paulo Sérgio Lacerda Beirão (presidente), Allan Claudius Queiroz Barbosa, José Maciel Ro-drigues Júnior e pelo atual reitor, Ronaldo Pena. Após análise do grupo, o projeto foi encaminha-do ao Conselho Universitário para deliberação final.

rramos

(8)

9.4.2007

Boletim UFMG

8

Universidade Federal de Minas Gerais

Boletim

Reitor: Ronaldo Tadêu Pena – Vice-Reitora: Heloisa Starling – Diretora de Divulgação e Comunicação Social: Maria Céres Pimenta S. Castro – Editor: Flávio de Almeida (Reg. Prof. 5.076/MG) – Projeto e editoração gráfica: Rita da Glória Corrêa – Fotografia: Foca Lisboa - Pesquisa Fotográfica: Elza F. Oliveira – Impressão: Sografe – Tiragem: 8 mil exemplares – Circulação semanal – Endereço: Diretoria de Divulgação e Comunicação Social, campus Pampulha, Av. Antônio Carlos, 6.67, CEP 170-901, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil – Telefones: (1) 499-4186 e 499-446 – Fax: (1) 499-4188 – Correio eletrônico: boletim@cedecom.ufmg.br e homepage: http://www.ufmg.br

É permitida a reprodução de textos, desde que seja citada a fonte.

IM P R E SS O EXPEDIENTE

O paraíso na UFMG

Oásis natural em plena capital mineira, Estação Ecológica desenvolve atividades

para todos os gostos

Maurício Guilherme Silva Jr.

N

o antológico, A flor e a náusea, Carlos Drummond de Andrade descreve a força da pequena flor, que, feia e quase sem cor, nasce “no chão da capital do país” e ousa, incólume, furar “o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio”. Sentimento similar ao do escritor itabirano, que o leva a passar lenta-mente a mão naquela “forma insegura” da natureza, fez brilhar, no mês passado, os olhos da pequena Júlia. Ao visitar a UFMG, em excursão de sua escola, a estudante de 10 anos percebeu a vitalidade do meio ambiente. Em meio a tantos prédios, Júlia descobriu, na Estação Ecológica, não apenas uma, mas milhões de plantas, corajosas como a flor de Drummond.

Participante de uma das atividades ecológicas e educacionais desenvolvidas pela Estação Ecológica da UFMG, a jovem aluna escreveu aos monitores sobre o que viu na Universidade: “Tenho dez anos e gostaria de saber mais sobre árvores”. Assim como Júlia, outras centenas de estudantes mineiros têm a oportunidade de conhecer a natureza preservada dentro do campus Pampulha, em área de 114 hectares, formada por vegetação típica de matas semidecíduas e de cerrado.

Com fauna diversificada, que inclui mamíferos, anfíbios e répteis e mais de 0 espécies de aves, a Estação Ecológica da UFMG, maior área verde dentro de uma universidade brasileira, está ao alcance de todos. “Grupos de estudantes, associações, empresas e escolas podem participar de nossas atividades”, ressalta o professor Celso Baeta, diretor da Estação, ao lembrar que o espaço destina-se à preservação e educação ambientais, além de se consolidar como parque-escola destinado à pesquisa e ao ensino ou área para o lazer.

Entre os destaques, estão as caminhadas ecológicas, realizadas semanalmente sob orientação de professores e monitores. Há diferentes “pacotes” de passeios, escolhidos segundo as características dos andarilhos. Na trilha do Bom Sossego, por exemplo, os participantes percorrem cerca de 650 metros quadrados. “Lá, as pessoas mantêm contato com mata secundária bastante desenvolvida”, diz Baeta.

Já a trilha do Mirante possui área de quatro mil metros quadrados. A caminhada, classificada como de alta dificuldade, conta com subidas e descidas sinuosas e culmina com a visita ao “mirante”, uma das re-giões mais altas da Estação Ecológica. “De lá, é possível contemplar a Serra do Curral”, observa Baeta.

Outro carro-chefe do programa de educação ambiental é o Enduro a pé, em que os estudantes, na disputa com colegas, valorizam o trabalho em equipe e a prática desportiva. A atividade também ensina a interpretar mapas e trilhas. E para quem prefere curtir a natureza sob a proteção da lua, a pedida é o projeto Olhos de coruja. Turmas passam a noite na mata, onde realizam caminhadas, conhecem animais de hábito noturno, como morcegos e aranhas, assistem a apresentações culturais e aprendem noções de astronomia, através da observação do céu em telescópio.

Tratado de Quioto

Em parceria com o Laboratório de Atividade Física e Saúde da UFMG, do Centro Esportivo Universitário (CEU), a Estação Ecológica vai contribuir com um dos princípios preconizados pelo Tratado de Quioto, que busca reduzir as emissões dos gases causadores do aquecimento global. Funcionários de empresas que emitem gases poluentes plantarão mudas para compensar o dióxido de carbono (CO) lançado na atmosfera. “Faremos o cálculo do carbono gasto por estas empresas ao longo do ano para saber quantas mudas deverão ser plantadas”, explica Celso Baeta.

Escolas e demais

interessados em

participar das

atividades da Estação

Ecológica (avenida

Antônio Carlos,

6.67 - campus

Pampulha) devem

agendar visitas por

meio dos seguintes

contatos:

Telefones: (1)

499-95/499-96

Fax: (1) 499-95

E-mail:

eeco@reitoria.ufmg.br

Referências

Documentos relacionados

[r]

Fonte: IDC, 2015 (Inquérito a 467 organizações portuguesas que possuem alguma presença na Internet)..

Apresenta-se neste trabalho uma sinopse das espécies de Bromeliaceae da região do curso médio do rio Toropi (Rio Grande do Sul, Brasil), sendo também fornecida uma chave

esta espécie foi encontrada em borda de mata ciliar, savana graminosa, savana parque e área de transição mata ciliar e savana.. Observações: Esta espécie ocorre

3.3 o Município tem caminhão da coleta seletiva, sendo orientado a providenciar a contratação direta da associação para o recolhimento dos resíduos recicláveis,

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

Analysis of relief and toponymy of the landscape based on the interpretation of the military topographic survey: Altimetry, Hypsometry, Hydrography, Slopes, Solar orientation,

servidores, software, equipamento de rede, etc, clientes da IaaS essencialmente alugam estes recursos como um serviço terceirizado completo...