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APROVADO EM INFARMED. Folheto informativo: Informação para o utilizador. Forene 100% Líquido para inalação por vaporização Isoflurano

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APROVADO EM 16-09-2015 INFARMED Folheto informativo: Informação para o utilizador

Forene 100% Líquido para inalação por vaporização Isoflurano

Leia com atenção todo este folheto antes de começar a utilizar este medicamento, pois contém informação importante para si.

- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.

- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.

- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.

O que contém este folheto:

1. O que é Forene e para que é utilizado

2. O que precisa de saber antes de utilizar Forene 3. Como utilizar Forene

4. Efeitos secundários possíveis 5. Como conservar Forene

6. Conteúdo da embalagem e outras informações 1. O que é Forene e para que é utilizado

O Isoflurano é um anestésico de inalação estável e não inflamável. É um líquido transparente e incolor e não contém quaisquer estabilizantes ou bacteriostáticos.

Algumas das suas constantes físicas são:

Peso molecular... 184,5 Ponto de ebulição a 760 mm Hg ... 48,5º C Índice de refracção nD20 ... 1,2990-1,3005 Peso específico 25º/25ºC ... 1,496

Pressão de vapor em mm Hg*

18ºC ... 218

20ºC ... 238

22ºC ... 261

24ºC ... 285

25ºC ... 295

26ºC ... 311

30ºC ... 367

35ºC ... 450

* Equação para cálculo da pressão de vapor:

Log10 Pvap = A + B/T em que A = 8,056

B = - 1664,58

T = ºC + 273,16 (Kelvin) Coeficientes de partilha a 37ºC

Água/gás ... 0,61

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APROVADO EM 16-09-2015 INFARMED Sangue/gás ... 1,43

Óleo/gás ... 90,80 Coeficientes de partilha a 25ºC - borracha e plástico Condutas de borracha/gás... 62,0 Borracha butilada/gás... 75,0 Cloreto de polivinilo/gás... 110,0 Polietileno/gás... aprox. 2,0 Poliuretano/gás... aprox. 1,4 Poliolefina/gás... aprox. 1,1 Acetato de butilo/gás... aprox. 2,5 Pureza determinada por cromatografia gasosa > 99,9%

Limite inferior de inflamabilidade em oxigénio ou óxido nitroso a 9 joules/seg. e 23ºC... nenhuma Limite inferior de inflamabilidade em oxigénio ou óxido nitroso a

900 joules/seg. e 23ºC ...superior à concentração indicada em anestesia CAM (Concentração Alveolar Mínima) no Homem:

Idade 100% Oxigénio 70% N2O

0-1 mês (recém-nascido) 1-6 meses

6-12 meses26 + 4 anos 44 + 7 anos

64 + 5 anos

1,60%

1,87%

1,80%

1,28%

1,15%

1,05%

0,56%

0,50%

0,37%

A indução e especialmente a recuperação após a anestesia são rápidas. Embora o forte aroma possa limitar a velocidade de indução, não parece estimular salivação excessiva e secreções traqueobronquiais. Os reflexos faríngeos e laríngeos diminuem rapidamente. O nível de anestesia pode mudar rapidamente com Isoflurano. O ritmo cardíaco permanece estável. A respiração espontânea apresenta depressão segundo o nível da anestesia e deve ser cuidadosamente monitorizada, e suportada quando necessário.

Durante a indução verifica-se uma diminuição na pressão sanguínea, que normaliza com a estimulação cirúrgica.

A pressão sanguínea tende a diminuir durante a manutenção proporcionalmente à profundidade da anestesia, mas o ritmo cardíaco permanece estável. Com uma respiração controlada e PaCO2 normal, o débito cardíaco tende a manter-se fundamentalmente através de uma elevação no ritmo cardíaco que compensa a redução do volume sistólico, apesar do aumento da profundidade da anestesia. A hipercapnia, que acompanha a respiração espontânea, pode posteriormente aumentar o ritmo cardíaco e o débito cardíaco acima dos níveis normais no estado de vigília.

O fluxo sanguíneo cerebral permanece inalterado durante uma anestesia ligeira com Isoflurano, mas tende a aumentar nos níveis mais profundos de anestesia. O aumento da pressão no líquido cefalorraquidiano pode ser prevenido ou invertido hiperventilando o doente antes ou durante a anestesia.

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APROVADO EM 16-09-2015 INFARMED As alterações no EEG e as convulsões são muito raras com o Isoflurano. Geralmente, o EEG que se obtém com Isoflurano é semelhante ao que se observa com outros anestésicos inalatórios.

O Isoflurano parece sensibilizar o miocárdio para a adrenalina. Dados limitados sugerem que a infiltração subcutânea até 50 ml de uma solução de adrenalina 1:200.000 não induz arritmias ventriculares nos doentes anestesiados com Isoflurano.

O relaxamento muscular pode ser adequado para algumas intervenções intra- abdominais com níveis normais de anestesia, mas se forem necessários maiores relaxamentos devem ser utilizadas pequenas doses de um relaxante muscular intravenoso.

Composição qualitativa e quantitativa

Cada 1 ml de Forene contém 1 ml de Isoflurano.

Indicações terapêuticas

Forene (Isoflurano) é indicado para indução e manutenção da anestesia geral em todos os atos cirúrgicos e exames médicos que necessitem de um estado de anestesia.

Forene pode ser usado em recém-nascidos e crianças com menos de 2 anos de idade.

2. O que precisa de saber antes de utilizar Forene Não utilize Forene:

- se tem alergia à substância ativa, Isoflurano, ou a outros anestésicos halogenados.

- se tem suscetibilidade genética, conhecida ou suspeita, para hipertermia maligna.

Advertências e precauções

Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de utilizar Forene.

O Isoflurano aumenta manifestamente o fluxo sanguíneo cerebral nos níveis de anestesia mais profundos. Pode verificar-se um aumento transitório na pressão do líquido cefalorraquidiano, que é totalmente reversível com hiperventilação.

Dado que os níveis da anestesia com Isoflurano podem sofrer alterações rápida e facilmente, devem ser apenas usados vaporizadores que produzam concentrações e velocidades de fluxo previsíveis. Deverão usar-se vaporizadores especialmente calibrados para o Isoflurano de modo que a concentração do anestésico administrado possa ser controlada cuidadosamente. A hipotensão e a depressão respiratória aumentam com a profundidade da anestesia.

Foram descritos casos de prolongamento do intervalo QT, associados a torsade de pointes (que em casos excecionais foi fatal). O Isoflurano deve ser administrado com precaução em doentes com risco de prolongamento do intervalo QT.

Devem ser tomadas precauções na administração de anestesia geral, incluindo o isoflurano, em doentes com alterações mitocondriais.

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APROVADO EM 16-09-2015 INFARMED Nas doentes submetidas a aborto induzido observou-se aumento nas perdas de sangue, comparáveis às observadas após anestesia com outros anestésicos inalatórios.

O Isoflurano, assim como outros anestésicos inalatórios, tem efeitos relaxantes no útero com o risco potencial de hemorragia uterina. Deve-se fazer uma avaliação clínica quando se utiliza isoflurano durante a anestesia obstétrica. Deve-se ter em consideração a utilização da concentração de Isoflurano mais baixa possível em operações obstétricas.

Foram descritos casos isolados de aumento de carboxihemoglobina com o uso de anestésicos inalatórios fluorados (como por exemplo, desflurano, enflurano e isoflurano). Em presença de absorventes normalmente hidratados não se produzem quaisquer concentrações clinicamente significativas de monóxido de carbono.

Deverão seguir-se cuidadosamente as instruções dos fabricantes para os absorventes de CO2.

Foram descritos casos raros de calor extremo, fumo e/ou fogo espontâneo no aparelho de anestesia durante a administração da anestesia geral com fármacos desta classe, quando utilizados em associação com absorventes de CO2 secos, especialmente aqueles que contêm hidróxido de potássio (por ex. Baralyme).

Quando existe suspeita de que o absorvente de CO2 possa ter secado, este deve ser substituído antes da administração de Isoflurano. O indicador de cor da maioria dos absorventes de CO2 não altera forçosamente como um resultado da secagem. Por conseguinte, a ausência de alteração significativa na cor não deve ser considerada como garantia de uma hidratação adequada. Os absorventes de CO2 devem ser substituídos por rotina, independentemente do estado do indicador de cor.

Precauções gerais

Como com qualquer anestésico geral potente, o Isoflurano só deve ser administrado em meio hospitalar devidamente equipado por médicos que conhecem bem a farmacologia do medicamento e com qualificação e experiência na sua utilização no doente anestesiado.

Dado que os níveis de anestesia com Isoflurano podem sofrer alterações rápida e facilmente, devem utilizar-se apenas vaporizadores que fornecem um débito previsível com precisão razoável ou técnicas durante as quais podem ser monitorizadas as concentrações inspiradas ou expiradas.

O grau de hipotensão e depressão respiratória pode fornecer alguma indicação da profundidade da anestesia.

Foi descrito que o Isoflurano pode provocar lesão hepática, desde aumentos ligeiros e transitórios nas enzimas hepáticas até, muito raramente, necrose hepática fatal.

Foi descrito que a exposição prévia aos anestésicos halogenados de hidrocarbonetos, especialmente se o intervalo for inferior a 3 meses, pode aumentar o potencial para lesão hepática. Cirrose, hepatite viral ou outra doença hepática pré-existente pode constituir um motivo para selecionar um anestésico diferente de um anestésico halogenado.

Independentemente dos anestésicos usados, a manutenção da hemodinâmica normal é importante para evitar a isquémia do miocárdio em doentes com doença da artéria coronária.

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APROVADO EM 16-09-2015 INFARMED Assim como com outros anestésicos halogenados, o Isoflurano deve ser usado com precaução em doentes com pressão intracraniana aumentada. Nestes casos pode ser necessária hiperventilação.

O uso de Isoflurano em doentes hipovolémicos, hipotensivos e debilitados não foi extensivamente investigado. Recomenda-se a utilização de uma concentração mais baixa de Isoflurano nestes doentes.

O Isoflurano potencia significativamente o efeito de todos os relaxantes musculares frequentemente utilizados, sendo esta ação ainda mais notória relativamente aos relaxantes musculares pertencentes ao tipo não-despolarizante.

O Isoflurano deve ser administrado com precaução em doentes que desenvolvam broncoconstrição porque pode ocorrer broncoespasmo.

O Isoflurano pode causar depressão respiratória que pode aumentar com a pré- medicação com narcóticos ou outros fármacos que causem depressão respiratória. A respiração deve ser vigiada e se necessário, assistida.

O Isoflurano, como outros anestésicos gerais, pode causar uma ligeira diminuição na função intelectual durante 2-4 dias após a anestesia. Como acontece com outros anestésicos, pequenas alterações no humor e nos sintomas podem persistir até 6 dias após a administração. Isto deve ser tido em consideração quando os doentes retomam as suas atividades normais, incluindo a condução ou utilização de maquinaria pesada.

Pode observar-se uma potenciação do cansaço neuromuscular nos doentes com doenças neuromusculares, como a miastenia gravis. O Isoflurano deve ser usado com precaução nestes doentes.

Durante a indução da anestesia, o fluxo de saliva e a secreção traqueobrônquica podem aumentar e pode ser a causa de laringospasmo, particularmente em crianças.

Crianças com menos de dois anos de idade

O Isoflurano pode ser utilizado em recém-nascidos e crianças com menos de 2 anos de idade, com uma margem aceitável de eficácia e segurança e é compatível com todos os fármacos comummente utilizados na prática anestésica.

Hipertermia Maligna

Em indivíduos sensíveis, a anestesia com Isoflurano pode provocar um estado hipermetabólico do músculo-esquelético ocasionando uma necessidade aumentada de oxigénio e o síndroma clínico conhecido como hipertermia maligna. O síndroma tem características inespecíficas tais como rigidez muscular, taquicardia, taquipneia, cianose, arritmia e pressão sanguínea instável (é necessário ter em conta que muitos destes sinais inespecíficos podem aparecer com anestesia ligeira, hipoxia aguda, etc.). O pH e a PaO2 podem diminuir e pode surgir hipercaliemia e um deficit de bases.

Foram descritos casos pós-comercialização de hipertermia maligna. Alguns destes casos foram fatais.

O tratamento inclui a suspensão do agente causador (ex. Isoflurano), administração intravenosa de dantroleno sódico e a aplicação de terapia de suporte. Esta inclui esforços energéticos para normalizar a temperatura corporal, suporte respiratório e

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APROVADO EM 16-09-2015 INFARMED circulatório e tratamento dos desequilíbrios do balanço hidroeletrolítico (para informação adicional sobre tratamento dos doentes consultar o FI do dantroleno sódico intravenoso). Posteriormente, pode surgir insuficiência renal pelo que, se possível, deve manter-se o fluxo urinário.

Hipercaliemia perioperatória

A utilização de agentes anestésicos inalatórios tem sido associada a elevações raras nos níveis séricos de potássio, que têm resultado em arritmias cardíacas e morte em doentes pediátricos durante o período pós-cirúrgico. Os doentes com doença neuromuscular latente ou manifesta, em particular os doentes com distrofia muscular de Duchenne, parecem ser mais vulneráveis. A utilização concomitante de succinilcolina tem sido associada na maioria dos casos, embora com algumas exceções. Estes doentes também sofreram elevações significativas nos níveis séricos de creatina quinase e, em alguns casos, alterações na urina consistentes com mioglobinuria. Apesar da similaridade com a hipertermia maligna, nenhum destes doentes apresentou sinais ou sintomas de rigidez muscular ou estado hipermetabólico. Recomenda-se uma intervenção antecipada e intensa para tratar a hipercaliemia e as arritmias resistentes, assim como uma avaliação subsequente para doença neuromuscular latente.

Outros medicamentos e Forene

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente, ou se vier a tomar outros medicamentos.

A utilização concomitante de succinilcolina com agentes anestésicos inalatórios tem sido associada a elevações raras nos níveis séricos de potássio, que têm resultado em arritmias cardíacas e morte em doentes pediátricos durante o período pós- cirúrgico.

O Isoflurano potencia significativamente o efeito de todos os relaxantes musculares frequentemente utilizados, sendo esta ação ainda mais notória relativamente aos relaxantes musculares pertencentes ao tipo não-despolarizante. A neostigmina inverte os efeitos dos relaxantes musculares não-despolarizantes mas não tem efeito nas propriedades relaxantes do Isoflurano. Todos os relaxantes musculares usados habitualmente são compatíveis com o Isoflurano.

Associações não recomendadas:

Os fármacos beta-simpaticomiméticos como a isoprenalina e os fármacos alfa e beta- simpaticomiméticos como a adrenalina e noradrenalina devem ser usados com precaução durante a narcose com isoflurano, devido a um potencial risco de arritmia ventricular.

Inibidores não-seletivos da MAO: Risco de crise durante a cirurgia. Recomenda-se que o tratamento deva ser suspenso 2 semanas antes da cirurgia.

Associações que requerem precauções de utilização:

Simpaticomiméticos de ação indireta (anfetaminas e derivados, psicoestimulantes, supressores do apetite, efedrina e derivados): Risco de hipertensão peri-operatória.

Nos doentes submetidos a cirurgia eletiva, o tratamento deve idealmente ser suspenso vários dias antes da cirurgia.

Adrenalina, por injeção subcutânea ou gengival: Risco de arritmia ventricular grave como consequência de aumento na frequência cardíaca, embora a sensibilidade do

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APROVADO EM 16-09-2015 INFARMED miocárdio em relação à adrenalina seja mais baixa com o uso de isoflurano do que no caso do halotano.

As reações de compensação cardiovascular podem ser diminuídas pelos beta- bloqueantes.

Indutores da CYP2E1

Os medicamentos e produtos que aumentam a atividade da isoenzima CYP2E1 do citocromo P450, como a isoniazida e o álcool, podem aumentar o metabolismo do isoflurano e conduzir a aumentos significativos nas concentrações plasmáticas de fluoreto.

O uso concomitante de Isoflurano e isoniazida pode aumentar o risco de potenciação dos efeitos hepatotóxicos.

Os antagonistas do cálcio, em particular os derivados da dihidropiridina: o isoflurano pode originar hipotensão marcada em doentes tratados com antagonistas do cálcio.

Usar de precaução quando se administram antagonistas do cálcio concomitantemente com anestésicos inalatórios devido ao risco de efeito aditivo inotrópico negativo.

Ópioides, benzodiazepinas e outros fármacos sedativos são associados a depressão respiratória e deve ser usada precaução quando administrados concomitantemente com Isoflurano.

A CAM (concentração inibitória mínima) diminui com a administração concomitante de N20 em adultos.

Forene com alimentos e bebidas Não aplicável.

Gravidez e amamentação

Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.

Os dados sobre o uso de Isoflurano na mulher grávida são inexistentes ou limitados.

Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva.

Foram efetuados estudos de reprodução em animais após exposição repetida a concentrações anestésicas de Isoflurano. O Isoflurano mostrou ter um possível efeito fetotóxico, relacionado com o anestésico, num estudo realizado em ratinhos, que receberam doses 6 vezes superiores à dose máxima recomendada para o homem.

Desconhece-se a relevância destes estudos para os seres humanos, dado que não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas.

O Isoflurano só deve ser usado na gravidez se o benefício prevalecer sobre o potencial risco.

O Isoflurano, assim como outros anestésicos inalatórios, tem efeitos relaxantes no útero com o risco potencial de hemorragia uterina. Deve-se fazer uma avaliação clínica quando se utiliza isoflurano durante a anestesia obstétrica. Deve-se ter em consideração a utilização da concentração de Isoflurano mais baixa possível em operações obstétricas.

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APROVADO EM 16-09-2015 INFARMED O Isoflurano, em concentrações até 0,75% revelou ser seguro e eficaz para manutenção da anestesia na cesariana.

Desconhece-se se o Isoflurano é excretado no leite humano. Dado que muitos fármacos são excretados pelo leite humano, deve ter-se em atenção este facto quando o Isoflurano for administrado a mães que amamentem.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Este medicamento pode ter influência na condução e utilização de máquinas. O doente não deve conduzir ou utilizar máquinas durante pelo menos 24 horas após a anestesia com isoflurano. Os doentes devem ser prevenidos de que durante 2-4 dias após a anestesia com isoflurano, poderá observar-se interferência na realização de tarefas que requeiram alerta mental, como por exemplo a utilização de máquinas perigosas ou condução de veículos. Tal como acontece com outros anestésicos, pequenas alterações no humor e sintomas podem persistir até 6 dias após a administração.

Informações importantes sobre alguns componentes de Forene Não aplicável.

3. Como utilizar Forene

O isoflurano será SEMPRE administrado por um anestesista. Ele decidirá a dose que vai receber, dependendo da sua idade, peso e do tipo de cirurgia a que vai ser submetido.

Seu filho deverá ser cuidadosamente monitorizado durante a administração de isoflurano.

Indução do sono no início da anestesia

O isoflurano não é recomendado em bebés e crianças para indução do sono no início

da anestesia.

Medicação antes da anestesia

O anestesista pode decidir dar ao seu filho medicação para contrariar a possível redução na respiração e os efeitos no batimento cardíaco, que podem ocorrer com o uso de isoflurano.

Utilizar Forene sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Deverão usar-se vaporizadores especificamente calibrados para o Isoflurano de modo a que a concentração de anestésico administrada possa ser devidamente controlada.

Anestesia Geral

Os valores de CAM (Concentração Alveolar Mínima) para o Isoflurano diminuem com a idade, diminuindo de uma média em oxigénio de 1,28% no grupo etário dos vinte anos para 1,15% no grupo etário dos quarenta anos e para 1,05% no grupo etário dos sessenta anos. A CAM do Isoflurano em oxigénio para os recém-nascidos é

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APROVADO EM 16-09-2015 INFARMED 1,6%, para as crianças com idades compreendidas entre 1 mês e 6 meses é 1,87%, e para as crianças com idades compreendidas entre 6 e 12 meses é 1,80%.

Pré-medicação:

A pré-medicação deverá ser adaptada às necessidades individuais de cada doente, devendo ter em conta o efeito respiratório depressivo do Isoflurano. Se desejável, pode encarar-se o emprego de anticolinérgicos.

Indução

Geralmente é administrado um barbitúrico de curta ação ou outro fármaco de indução intravenosa, seguido da inalação da mistura de Isoflurano.

Alternativamente, pode usar-se Isoflurano com oxigénio simples, ou com uma mistura de oxigénio/óxido nitroso.

Recomenda-se que a indução com Isoflurano seja iniciada numa concentração a 0,5%.

Concentrações de 1,5 a 3,0% de Isoflurano produzem usualmente anestesia cirúrgica ao fim de 7 a 10 minutos.

Manutenção

Planos cirúrgicos de anestesia podem ser mantidos com concentrações de 1,0 a 2,5% de Isoflurano em misturas de oxigénio/óxido nitroso. Concentrações adicionais de 0,5 a 1,0% de Isoflurano podem ser necessárias, nos casos em que o Isoflurano seja administrado apenas com oxigénio. Se for necessário um maior relaxamento muscular podem utilizar-se doses suplementares de miorrelaxantes.

Durante a manutenção, a pressão sanguínea tende a ser função inversa das concentrações alveolares de Isoflurano, salvo no caso eventual de quaisquer complicações. Uma hipotensão excessiva pode ser devida à profundidade da anestesia e, em tais casos, deve ser corrigida reduzindo a concentração inspirada de Isoflurano.

Idosos

Como acontece com outros fármacos, geralmente são necessárias menores concentrações de Isoflurano para manter a anestesia durante a cirurgia em doentes idosos.

Duração do tratamento médio

Variável em função do doente e da sua situação clínica.

Se utilizar mais Forene do que deveria

Em caso de sobredosagem, ou de aparecimento de sintomas característicos de sobredosagem, deverá interromper-se a administração do medicamento, verificar se as vias aéreas estão desobstruídas e iniciar a ventilação assistida ou controlada com oxigénio puro.

Observou-se hipotensão e depressão respiratória. Recomenda-se monitorização rigorosa da pressão arterial e da respiração. Podem ser necessárias medidas de suporte para corrigir a hipotensão e a depressão respiratória resultante de níveis demasiado profundos de anestesia.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

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APROVADO EM 16-09-2015 INFARMED 4. Efeitos secundários possíveis

Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora estes não se manifestem em todas as pessoas.

Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto, fale o seu médico ou farmacêutico.

Resumo do perfil de segurança

As reações adversas verificadas com a administração do Isoflurano são geralmente extensões dos efeitos farmacofisiológicos dependentes da dose e incluem depressão respiratória, hipotensão e arritmias. Os efeitos indesejáveis potencialmente graves incluem hipertermia maligna, reações anafiláticas, reações adversas hepáticas, hipercaliemia, creatina quinase sérica elevada e mioglubinuria.

Foram observadas paragem cardíaca, bradicardia, e taquicardia com os anestésicos de inalação gerais, incluindo o isoflurano.

Foram descritos casos de prolongamento do intervalo QT, associados a torsade de pointes (que em casos excecionais foi fatal).

Casos de broncoespasmo e laringoespasmo têm sido reportados com anestésicos voláteis durante a inalação, devido à irritação das vias aéreas.

Alterações do eletroencefalograma e convulsões foram observadas com o isoflurano.

O Isoflurano potencia o efeito relaxante muscular de todos os relaxantes musculares, principalmente os do tipo não-despolarizantes, e a CAM (concentração alveolar mínima) é diminuída pela administração concomitante de N2O em adultos.

Foram descritos casos isolados de aumento de carboxiemoglobina com o uso de anestésicos inalatórios fluorados (como por exemplo, desflurano, enflurano e isoflurano).

O Isoflurano, assim como outros anestésicos inalatórios, tem efeitos relaxantes no útero com o risco potencial de hemorragia uterina.

No período pós-operatório observaram-se arrepios, náuseas, vómitos, íleus, agitação e delírio.

Foram observados aumentos transitórios na bilirrubina e glucose sanguíneas e creatinina sérica com decréscimo da BUN (ureia nitrogenada sanguínea), colesterol sérico e fosfatase alcalina.

Assim como com todos os outros anestésicos gerais, observaram-se aumentos transitórios na contagem de leucócitos mesmo na ausência de stress cirúrgico.

Foi descrito que o Isoflurano pode provocar lesão hepática, desde aumentos ligeiros e transitórios nas enzimas hepáticas até, muito raramente, necrose hepática fatal.

Foram recebidas notificações raras de hipersensibilidade (incluindo dermatite de contacto, erupção cutânea, dispneia, respiração asmática, dor no peito, edema da face ou reação anafilática), especialmente em associação com exposição ocupacional

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APROVADO EM 16-09-2015 INFARMED a longo prazo aos anestésicos inalatórios, incluindo o isoflurano. Estas reações foram confirmadas por testes clínicos (por ex. estimulação com metacolina). No entanto, a etiologia das reações anafiláticas descritas durante a exposição à anestesia inalatória é pouco clara devido à exposição a múltiplos fármacos concomitantes, alguns dos quais são conhecidos por causarem essas reações.

Durante e após a anestesia com Isoflurano podem ocorrer níveis minimamente elevados de fluoretos inorgânicos no soro devido à biodegradação do fármaco. É pouco provável que níveis baixos de fluoretos inorgânicos no soro (média de 4,4 µmol/l num estudo) possam causar toxicidade renal, porque estes se encontram bastante abaixo dos limites nos níveis propostos para a toxicidade renal.

Resumo das reações adversas

O quadro seguinte apresenta as reações adversas descritas nos ensaios clínicos e na experiência pós-comercialização. Não pode estimar-se a frequência a partir dos dados disponíveis, pelo que esta é referida como "desconhecida".

Resumo das reações adversas mais frequentes Classes de sistemas de

órgãos Frequência Reações adversas

Doenças do sangue e do

sistema linfático Desconhecida Carboxihemoglobinemia 2

Reação anafilática 1 Doenças do sistema

imunitário Desconhecida

Desconhecida Hipersensibilidade 1 Doenças do metabolismo e

da nutrição Desconhecida

Desconhecida Hipercaliemia 2

Aumento glucose no sangue

Perturbações do foro

psiquiátrico Desconhecida Desconhecida Desconhecida

Agitação Delírio

Alterações do humor 5 Doenças do sistema nervoso Desconhecida

Desconhecida Convulsões

Perturbações mentais 4 Cardiopatias Desconhecida

Desconhecida Desconhecida Desconhecida Desconhecida Desconhecida

Arritmia Bradicardia Paragem cardíaca

Prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma

Taquicardia

Torsade de pointes Vasculopatias Desconhecida

Desconhecida Hipotensão 2 Hemorragia 3 Broncoespasmo 2 Dispneia 1

Respiração asmática 1 Doenças respiratórias,

torácicas e do mediastino Desconhecida Desconhecida Desconhecida Desconhecida

Desconhecida Depressão respiratória 2 Laringoespasmo 2 Íleus

Vómitos Doenças gastrointestinais Desconhecida

Desconhecida

Desconhecida Náuseas

Afeções hepatobiliares Desconhecida Necrose hepática 2

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APROVADO EM 16-09-2015 INFARMED Desconhecida

Desconhecida Lesão hepatocelular 2

Bilirrubina sanguínea aumentada

Edema da face 1

Dermatite de contacto 1 Afeções dos tecidos

cutâneos e subcutâneos Desconhecida Desconhecida

Desconhecida Erupção cutânea 1 Afecções musculosqueléticas

e dos tecidos conjuntivos Desconhecida

Desconhecida Mioglobinuria Rabdomiólise

Creatinina sanguínea aumentada

Ureia sanguínea diminuída Doenças renais e urinárias Desconhecida

Desconhecida

Perturbações gerais e alterações no local de administração

Desconhecida Desconhecida Desconhecida

Hipertermia maligna 2 Dor no peito 1

Arrepios

Exames complementares de diagnóstico

Desconhecida Desconhecida Desconhecida Desconhecida Desconhecida Desconhecida

Elevação do número de leucócitos 1

Aumento das enzimas hepáticas 2

Aumento de fluoretos 1

Alterações no eletroencefalograma

Colesterol sanguíneo diminuído

Fosfatase alcalina sanguínea diminuída

1 Ver informação acima

2 Ver Advertências e Precauções

3 Em doentes submetidas a aborto induzido. Ver Advertências e Precauções.

4 Pode causar uma ligeira diminuição na função intelectual durante 2-4 dias após a cirurgia. Ver Advertências e Precauções.

5 Pequenas alterações no humor e os sintomas podem persistir até mais de 6 dias.

Ver Advertências e Precauções.

População pediátrica

Durante a indução da anestesia, o fluxo de saliva e a secreção traqueobrônquica podem aumentar e pode ser a causa de laringospasmo (ver Advertências e Precauções).

Se sofre ou se o seu filho sofre de quaisquer sintomas inesperados ou invulgares após uma cirurgia informe o seu médico ou anestesista IMEDIATAMENTE.

Os efeitos secundários comunicados mais frequentemente são:

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APROVADO EM 16-09-2015 INFARMED

• Uma pressão nos pulmões e vias aéreas causando uma dificuldade em respirar

• Aumento dos níveis de açúcar ou dos níveis de potássio no sangue. Foram comunicados casos raros de batimento cardíaco anormal (arritmias) e morte associados ao uso de anestésicos inalatórios em crianças logo após a cirurgia.

Outras populações especiais Doença neuromuscular:

A utilização de agentes anestésicos inalatórios tem sido associada a elevações raras nos níveis séricos de potássio, que têm resultado em arritmias cardíacas e morte em doentes pediátricos durante o período pós-cirúrgico. Os doentes com doença neuromuscular latente ou manifesta, em particular os doentes com distrofia muscular de Duchenne, parecem ser mais vulneráveis (ver Advertências e Precauções).

Idosos

São geralmente necessárias menores concentrações de Isoflurano para manter a anestesia durante a cirurgia em doentes idosos.

Comunicação de efeitos secundários

Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto, fale com o seu médico, ou farmacêutico. Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P. através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.

INFARMED, I.P.

Direção de Gestão do Risco de Medicamentos

Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53, 1749-004 Lisboa Tel: +351 21 798 71 40, Fax: + 351 21 798 73 97

Sítio da internet:

http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage E-mail: farmacovigilancia@infarmed.pt

5. Como conservar Forene Não conservar acima de 25º C.

Produto volátil. Evitar exposição a temperaturas elevadas.

Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.

Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no rótulo. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.

Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.

Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente..

6. Conteúdo da embalagem e outras informações Qual a composição de Forene

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APROVADO EM 16-09-2015 INFARMED - A substância ativa é o Isoflurano, na dosagem de 100%.

Qual o aspeto de Forene e conteúdo da embalagem Líquido para inalação por vaporização.

Líquido transparente, incolor. Frascos âmbar de vidro tipo III com 100 e 250 ml.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante AbbVie, Lda.

Estrada de Alfragide, 67 – Alfrapark – Edifício D 2610-008 Amadora

Portugal

Aesica Queenborough Limited North Road

ME11 5EL Queenborough - Kent, Reino Unido

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