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Universidade Federal Rural da Amazônia. Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação

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Universidade Federal

Rural da Amazônia

Projeto Pedagógico do

Curso de Bacharelado em

Sistemas de Informação

19 de Novembro de 2013

(2)

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

Prof. Sueo Numazawa

Reitor da UFRA

Prof. Paulo de Jesus Santos

Vice-Reitor

Prof. Marcel do Nascimento Botelho

Pró-Reitor de Ensino

Profa. Izildinha de Souza Miranda

Pró-Reitora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico

Prof. Djacy Barbosa Ribeiro

Pró-Reitor de Extensão

Prof. Antonio Cordeiro de Santana

Pró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional

Prof. Kedson Raul de Souza Lima

Pró-Reitor de Administração e Finanças

Ranyelle Foro de Sousa

Pró-Reitora de Gestão de Pessoas

Prof. Manoel Sebastião de Pereira Carvalho

Pró-Reitor de Assuntos Estudantis

Profa. Merilene do Socorro Silva Costa

Diretora do Instituto Ciberespacial

Prof. Emerson Cordeiro Morais

Coordenador do Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação

Profa. Decíola Fernandes de Sousa

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EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DE CONSTRUÇÃO

DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO

Docentes

Profa. M.Sc. Aleksandra do Socorro da Silva Prof. M.Sc. Alex de Jesus Zissou Profa. D.Sc. Andrea da Silva Miranda Prof. D.Sc. Antonio Vinicius Correa Barbosa

Prof. M.Sc. Aurecílio da Silva Guedes Profa. D.Sc. Carlos André Correa de Mattos

Profa. M.Sc. Decíola Fernandes de Sousa Prof. M.Sc. Edson do Socorro Silva Andrade

Prof. M.Sc. Edvar da Luz Oliveira Prof. D.Sc. Emerson Cordeiro Morais

Prof. D.Sc. Fábio de Lima Bezerra Prof. D.Sc. Glauber Tadaiesky Marques Profa. M.Sc. Hilda Rosa Moraes de Freitas Profa. M.Sc. Isadora Castelo Branco Sampaio

Profa. D.Sc. Janae Gonçalves Martins Prof. M.Sc. Jorge Antônio Moraes de Souza

Prof. D.Sc. José Felipe Souza de Almeida Prof. M.Sc. João Ferreira de Santanna Filho

Profa. M.Sc. Klissiomara Lopes Dias Profa. M.Sc. Larissa Sato

Prof. D.Sc. Licinius Dimitri de Sá Alcântara Profa. D.Sc. Maria de Nazaré Martins Maciel Profa. D.Sc. Merilene do Socorro Silva Costa

Prof. D.Sc. Nelson Veiga Gonçalves Prof. D.Sc. Nilson Luiz Costa Prof. M.Sc. Otávio André Chase Prof. D.Sc. Paulo Roberto de Carvalho Prof. M.Sc. Pedro Silvestre da Silva Campos

Prof. D.Sc. Rosemiro dos Santos Galate Profa. M.Sc. Silvana Rossy de Brito Profa. M.Sc. Tatiana do Socorro Pacheco Charone

Prof. M.Sc. Walmir Oliveira Couto

Técnicos-Administrativos

Adélia de Farias Pantoja José Wellinton de Oliveira Araújo Leonardo Hirokazude Souza Hamada

Discentes

Michelle Borges Miranda Muller Gabriel da Silva Miranda

Nagib Rachid Mekdece Rogério Sá de Souza

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LEGALIZAÇÃO DO CURSO

Tramitação

 Colegiado de Curso (CCBSI): Reunião 01/2009, de 05 de outubro de 2009.  Conselho Universitário (CONSUN): Resolução n° 32, de 10 de dezembro de 2009.  Autorização do Curso junto ao INEP/MEC:

o Protocolado sob o n° 201001004 em 22 de fevereiro de 2010

o Autorização concedida sob o Artigo 28°, Decreto n° 5.773 de 09/05/2006 o ID no INEP/MEC: 1110857

o ID na EUROSTAT/UNESCO/OCDE: 483S02

 Solicitação de Reconhecimento do Curso junto ao INEP/MEC: o Protocolado sob o n° 201202561 em 08 de março de 2012.

Atualizações

 Colegiado de Curso (CCBSI): Reunião 03/2011, de 10 de novembro de 2011.

 Parecer n° 01/2012 do Fórum dos Coordenadores dos Cursos de Graduação da UFRA, de 11 de fevereiro de 2012.

 Audiência Pública em 13 de fevereiro de 2012.

 Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) em 05 de março de 2012 – Mudança do Nome do Curso para Bacharelado em Sistemas de Informação.

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Sumário

1 Introdução ... 9 1.1 Sobre a Agroinformática ... 10 1.2 Sobre a Demanda ... 12 2 Sobre a Instituição ... 13 2.1 Missão Institucional ... 15 2.2 Organograma Funcional ... 15 3 Concepção do Curso ... 24

3.1 Princípios Curriculares do Curso ... 26

3.1.1 Interdisciplinaridade ... 26

3.1.2 Flexibilidade Curricular ... 27

3.1.3 Sólida formação para o exercício da prática do trabalho e da cidadania ... 28

3.1.4 Compreensão da graduação como etapa inicial da formação continuada ... 28

3.1.5 Capacidade Profissional e Avaliação Permanente ... 28

3.2 Metodologia do Curso... 29

3.3 Objetivo Geral do Curso ... 30

3.4 Objetivos Específicos do Curso ... 31

3.5 Perfil do Egresso ... 32 3.6 Competências e Habilidades ... 33 3.6.1 Competências Tecnológicas ... 35 3.6.2 Competências Gerenciais ... 35 3.6.3 Competências Humanísticas ... 36 3.7 Acompanhamento de Egressos ... 36 4 Estrutura Curricular ... 38 4.1 Ciclos de Formação ... 38

4.2 Processo Evolutivo da Matriz Curricular ... 40

4.3 Núcleos Temáticos ... 43

4.3.1 Matemática Computacional ... 43

4.3.2 Programação de Computadores ... 44

4.3.3 Algoritmos e Inteligência Computacional ... 45

4.3.4 Sistemas de Computação... 46

4.3.5 Desenvolvimento de Sistemas ... 47

4.3.6 Sistemas de Informação Aplicados ... 48

(6)

4.3.8 Geoprocessamento ... 49

4.3.9 Ética, Sociedade e Empreendedorismo ... 50

4.3.10 Estágio e Trabalho de Conclusão ... 50

4.4 Eixos Temáticos ... 50

4.5 Matriz Curricular ... 52

4.6 Flexibilização Curricular e as Disciplinas Eletivas ... 58

4.7 Requisitos para Eixos Temáticos ... 59

4.8 Aderência da Matriz Curricular às Propostas de Diretrizes Curriculares ... 60

5 Atividades Acadêmicas Articuladas ao Ensino... 63

5.1 Trabalho de Conclusão de Curso ... 63

5.2 Estágio Supervisionado Obrigatório ... 64

5.3 Atividades Complementares ... 65

6 Políticas Institucionais no Curso ... 69

6.1 Atividades de Ensino ... 69

6.2 Atividades de Pesquisa ... 69

6.3 Atividades de Extensão ... 72

7 Processos de Avaliação... 73

7.1 Avaliação Institucional ... 73

7.2 Avaliação do Projeto Pedagógico ... 74

7.3 Avaliação da Aprendizagem Discente ... 75

8 Corpo Docente ... 77

9 Administração Acadêmica do Curso ... 90

9.1 Coordenação e Subcoordenação de Curso... 90

9.2 Núcleo Docente Estruturante ... 90

9.3 Colegiado de Curso ... 91

10 Infraestrutura ... 92

Referências Bibliográficas ... 95

Anexo A – Conteúdos Curriculares ... 97

Disciplinas do Primeiro Período ... 97

Técnicas de Programação I ... 97

Arquitetura de Computadores I ... 99

Teoria Geral de Sistemas ... 101

Cálculo Diferencial e Integral ... 104

Lógica Matemática ... 106

Disciplinas do Segundo Período ... 109

Técnicas de Programação II ... 109

(7)

Fundamentos de Sistemas de Informação ... 114

Matemática Discreta ... 116

Probabilidade e Estatística ... 119

Disciplinas do Terceiro Período ... 123

Programação Orientada a Objetos ... 123

Sistemas Operacionais ... 126

Linguagens de Programação ... 128

Interface Homem-Máquina e Multimídia ... 132

Ética ... 134

Ciência, Tecnologia e Sociedade ...Erro! Indicador não definido. Disciplinas do Quarto Período ... 138

Estruturas de Dados I ... 138

Redes de Computadores I ... 140

Engenharia de Software I ... 143

Banco de Dados I ... 146

Teoria Geral da Administração... 149

Noções de Economia ... 151

Disciplinas do Quinto Período ... 154

Estruturas de Dados II ... 154

Administração de Marketing ... 164

Gestão de Pessoas ... 166

Estágio Supervisionado I ... 168

Disciplinas do Sexto Período ... 170

Projeto e Análise de Algoritmos ... 170

Sistemas Distribuídos ... 172

Laboratório de Produção de Software ... 174

Álgebra Linear e Aplicações Geométricas ... 177

Gestão da Informação e do Conhecimento ... 180

Logística e Administração da Produção ... 182

Estágio Supervisionado II ... 184

Disciplinas do Sétimo Período... 185

Linguagens Formais e Autômatos ... 185

Introdução à Inteligência Artificial ... 187

Introdução à Computação Gráfica ... 191

Computadores e Sociedade ... 193

Administração Financeira ... 195

(8)

Trabalho de Conclusão de Curso I ... 199

Disciplinas do Oitavo Período ... 201

Auditoria e Segurança de Sistemas ... 201

Gerência de Projetos ... 203

Sistemas de Informações Geográficas ... 205

Sistemas de Apoio à Decisão ... 207

Trabalho de Conclusão de Curso II ... 209

Disciplinas Eletivas da Área Inteligência Artificial ... 210

Redes Neurais Artificiais ... 210

Tópicos Especiais em Inteligência Artificial ... 213

Disciplinas Eletivas da Área Sistemas de Informação Aplicados ... 214

Gerenciamento de Sistemas de Informação ... 214

Sistemas Colaborativos ... 215

Disciplinas Eletivas da Área Redes de Computadores ... 218

Tópicos Especiais em Redes de Computadores... 218

Avaliação e Desempenho de Redes de Computadores ... 218

Disciplinas Eletivas da Área Desenvolvimento de Sistemas ... 221

Tópicos Especiais em Banco de Dados ... 221

Tópicos Especiais em Engenharia de Software ... 221

Disciplinas Eletivas da Área Informática Educativa ... 223

Fundamentos da Informática na Educação Presencial e a Distância ... 223

Libras ... 225

Disciplinas Eletivas da Área Métodos Quantitativos em Sistemas Computacionais .... 228

Análise Multivariada de Dados ... 228

Otimização de Sistemas ... 230

Disciplinas Eletivas da Área Formação Complementar ... 233

Metodologia da Pesquisa Científica ... 233

Comunicação Organizacional e Técnica ... 235

Anexo B – Regulamento de Estágio Supervisionado Obrigatório ... 238

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1 Introdução

Tomando por base as diretrizes curriculares de cursos da área Computação e Informática, elaborada pela comissão de especialistas de ensino de Computação e Informática (CEEInf) – resultado de discussões realizadas no âmbito da Sociedade Brasileira de Computação, através do Workshop de Educação em Computação (WEI/98), das discussões realizadas no Seminário dos Consultores do SESu/MEC (Belo Horizonte, agosto/1998), das contribuições enviadas ao SESu/MEC em decorrência do Edital Nº 4, das discussões realizadas nas Escolas Regionais de Computação e das discussões entre professores via internet – é importante que fiquem bem definidas, em termos de perfis de egresso, competências e habilidades e componentes curriculares, as diferenças fundamentais entre os cursos pertencentes à área de Computação e Informática.

Os cursos fazem parte de uma das seguintes formações: os cursos que têm a Computação como atividade fim; os cursos que têm a Computação como atividade meio; os cursos de Licenciatura em Computação e os cursos de Tecnologia. Mais recentemente, esta divisão foi ratificada pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC), através de seus currículos de referência, a partir de 1998; pela Secretaria de Ensino Superior, através dos Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura, em março de 2010; e através da Portaria 239 de 04 de Agosto de 2011 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), que estabelece perfis de egressos e conteúdos programáticos para o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade),

Atualmente, o Enade, é parte integrante do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e tem como objetivo geral, avaliar o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares, às habilidades e competências para a atualização permanente e aos conhecimentos sobre a realidade brasileira, mundial e sobre outras áreas do conhecimento.

Os cursos que tem a computação como atividade meio, denominados Bacharelado em Sistemas de Informação (e o Bacharelado em Informática Agrária, denominação inicial do curso tinha esta característica), visam a formação de recursos humanos para automação dos sistemas de informação das organizações. Os cursos devem dar uma forte ênfase no uso de laboratórios para capacitar os egressos no uso eficiente das tecnologias nas organizações. Esses cursos reúnem a Tecnologia da Computação e a

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Tecnologia da Administração e, portanto, possuem, de ambas as áreas, um enfoque pragmático forte e pouco teórico. É muito importante que os alunos realizem estágios nas organizações e que parte do corpo docente tenha uma boa experiência profissional de mercado na área de sistemas de informação. São recursos humanos importantes para atender as necessidades do mercado de trabalho corrente.

Através de um estudo de demanda regional, percebeu-se a necessidade de um profissional que utilizasse a Computação como atividade meio possuindo um perfil voltado para resolução de problemas na área de Ciências Agrárias. Inicialmente, criou-se o curso de Bacharelado em Informática Agrária e para adequar às diretrizes curriculares, foi mudado o nome para Bacharelado em Sistemas de Informação.

O ensino de graduação aliado às necessidades locais e voltado para a construção do conhecimento, não pode pautar-se por uma estrutura curricular rígida. A flexibilidade desperta, então, como elemento indispensável à estruturação curricular, de modo a atender tanto às demandas da sociedade tecnológica moderna quanto àquelas que direcionam a uma dimensão criativa e livre para a existência humana. Neste contexto, a flexibilização curricular é condição necessária à efetivação de um projeto de ensino de qualidade.

Assim, a matriz curricular do curso de Bacharelado em Sistemas de Informação foi concebida com base nas diretrizes curriculares nacionais para os cursos da área de Computação e Informática, tomando o cuidado para que seja feita a necessária integração vertical e horizontal entre os conhecimentos das diversas áreas do saber pertinentes, bem como dar ao curso um caráter de aplicação do conhecimento voltado para as questões das Ciências Agrárias.

1.1 Sobre a Agroinformática

A Agroinformática ou Informática Agrária é o termo utilizado para referenciar a Informática aplicada aos processos agrícolas, e segundo estudos da EMBRAPA, a Agroinformática tem papel fundamental nesse novo processo de modernização da agricultura brasileira, contribuindo para o aumento na produtividade e a melhoria da qualidade impulsionando o agronegócio.

A Agroinformática vem ganhando espaço e se organizando. Um exemplo foi a realização, em outubro de 1995, do primeiro Seminário Internacional de Informatização

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da Agropecuária – AgroSoft’95, em Juiz de Fora (MG). Neste evento, reuniram-se professores e alunos universitários, pesquisadores, representantes de sindicatos rurais, profissionais de empresas privadas e políticos, todos interessados em analisar as possibilidades de utilização das técnicas de informação no meio rural, mostrar os resultados alcançados até o momento e, principalmente, discutir melhores formas de divulgação destes trabalhos, para que cheguem a quem realmente interessa: o produtor, o potencial usuário desta tecnologia.

Atualmente, a Agroinformática, já conta com um evento nacional que ocorre todos os anos e que já está na 8º Edição (fonte em novembro 2011), o Congresso Brasileiro de Agroinformática, organizado pela Sociedade Brasileira de Agroinformática – SBIAgro (www.sbiagro.org.br).

A tecnologia da informação já é aplicada com sucesso nas fazendas com a automatização das tarefas de contabilidade, de controle de recursos humanos, de controle de estoques e de maquinário e na produção bem como controle animal e produção. Atualmente, com o surgimento de empresas especializadas e o trabalho dos órgãos governamentais de pesquisa e de assistência técnica, já existe uma quantidade considerável de programas voltados para produção agrícola e florestal.

Os sistemas de informação aplicados a Agroinformática são importantes em dois momentos do cenário agrícola, no primeiro, na fase de pesquisa e concepção dos sistemas produtivos: novos sistemas de produção surgirão e sua automatização e simulação por computador facilitarão a avaliação da viabilidade técnica e do desempenho econômico desses sistemas, principalmente daqueles com atividades diversificadas. Esta avaliação é de extrema importância, pois estabelecerá quais as combinações de culturas e criações são implementáveis e quais são as mais eficientes.

Em um segundo momento, os sistemas automatizados poderão ser utilizados pelos próprios produtores, para organizar e profissionalizar a gerência de suas propriedades. Os sistemas produtivos atuais são de difícil implantação, e uma das razões é que a grande maioria tem o seu controle feito manualmente, através de fichas e planilhas. Com os sistemas voltados para a produção familiar, que são mais complexos, este problema tende a piorar.

Citando a importância desse mercado, um artigo feito por pesquisadores da EMBRAPA elucida a tendência do mercado de Agroinformática da seguinte forma: “A

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se estes aplicativos forem produzidos através do processo convencional de desenvolvimento de software, quase artesanalmente, essa demanda não poderá ser atendida. A solução está em conseguir um aumento significativo na produtividade e na qualidade de software, automatizando as fases do seu desenvolvimento para aplicações em um determinado domínio de problemas” (MEIRA; MANCINI et al).

1.2 Sobre a Demanda

O Bacharelado em Sistemas de Informação foi concebido para atender às tendências que indicam a necessidade de profissionais com perfil capaz de satisfazer os novos paradigmas sócio-econômicos, culturais e educacionais do crescente mercado em expansão que é o agronegócio.

O objetivo mais amplo é formar profissionais que possam contribuir para promover o desenvolvimento da área de Tecnologia da Informação voltada para a Agroinformática na Região Norte do Brasil.

Segundo o Ministério do Trabalho, no ano de 2001, a distribuição regional de empresas de Informática, incluindo consultorias em sistemas, bancos de dados, manutenção e processamento de dados, apontava 2,5 % das empresas do país sediadas na Região Norte. A carência de oferta de mão-de-obra e de produtos específicos da área de Agroinformática faz com que ocorra, ao mesmo tempo, uma fuga de divisas da região e um empecilho à melhoria dos serviços prestados pelas empresas, de todas as áreas, sediadas na mesma.

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2 Sobre a Instituição

A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), como sucessora da Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (FCAP), é a mais antiga Instituição de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica na área de Ciências Agrárias da região e tem como tema de grande preocupação a preservação da Região Amazônica, assim como sua exploração racional. A Faculdade de Ciências Agrárias do Pará – FCAP foi criada em 1951 como Escola de Agronomia da Amazônia (EAA), quando oferecia apenas o Curso de Graduação em Agronomia. A EAA foi criada para funcionar anexa ao Instituto Agronômico do Norte, criado em 1939, em cujas instalações deveriam coexistir, utilizando equipamentos e outros meios daquela instituição de pesquisa e incluindo as atividades de magistério da escola recém criada como nova atribuição do pessoal técnico do IAN.

O Conselho Federal de Educação, mediante Parecer nº 802/71 de 09/11/71, aprovou o funcionamento do Curso de Engenharia Florestal, na Escola de Agronomia da Amazônia, o qual foi autorizado a funcionar pelo Decreto Presidencial nº 69.786, de 14/12/71. Em 8 de março de 1972, pelo decreto nº 70.268, passou a denominar-se FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DO PARÁ–FCAP, Estabelecimento Federal de Ensino Superior, constituindo-se unidade isolada, diretamente subordinada ao Departamento de Assuntos Universitários do Ministério da Educação. Posteriormente, através do Decreto nº 70.686, de 07/06/72, foi transformada em autarquia de regime especial, com mesmo regime jurídico das Universidades, e, portanto, com autonomia didática, disciplinar, financeira e administrativa. Em 16 de março de 1973, o Conselho Federal de Educação aprovou parecer ao projeto de criação do curso de Medicina Veterinária na FCAP, o qual foi autorizado a funcionar através do Decreto nº 72.217 de 11/5/73.

A fase da Pós Graduação iniciou-se em 1976 quando foi implantado o primeiro curso regular de Pós Graduação "Lato Sensu", tendo formado em 17 cursos de especialização em Heveicultura, um total de 425 especialistas. Em 1984, iniciou-se o Mestrado em Agropecuária Tropical e Recursos Hídricos, área de concentração em Manejo de Solos Tropicais, recomendado pela CAPES, o qual foi reestruturado em 1994, criando-se o Programa de Pós-graduação em Agronomia com duas áreas de concentração – Solos e Nutrição Mineral de Plantas e Biologia Vegetal Tropical – e o

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Silvicultura e Manejo Florestal. Em março de 2001, numa parceria com a Embrapa Amazônia Oriental, iniciou o Curso de Doutorado em Ciências Agrárias com área de concentração em Sistemas Agroflorestais, recomendado pela CAPES em 2000. Em 2001, a CAPES aprovou a criação do curso de Mestrado em Botânica, em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), cuja primeira turma foi selecionada em fevereiro de 2002.

Ao longo desse período, a FCAP ampliou fortemente sua interação com outras instituições como o MPEG, a UFPA, o CNPq, com a UEPA e o CEFET-PA. De 1972 até 1997 a FCAP ofereceu 200 vagas nos concursos vestibulares anuais, sendo 100 para o curso de Agronomia, 50 para Engenharia Florestal e 50 para Medicina Veterinária. O total de vagas foi ampliado em 50% no vestibular de 1998, seguindo a política do MEC, que, em 1994, passara a alocar recursos de custeio e capital (OCC) para as IFES com base no número de alunos matriculados, no número de professores e desempenho acadêmico.

Em 1999 o Conselho Nacional de Educação, mediante Parecer nº 740/99, aprovou o funcionamento do curso de Graduação em Engenharia de Pesca com 30 vagas no vestibular, o qual foi autorizado pelo MEC em 20/7/1999 e em 2000 aprovou o funcionamento do curso de Graduação em Zootecnia, também com 30 vagas, através do Parecer nº 497/2000, o qual foi autorizado pelo MEC em 21/6/2000.

Em seus 60 anos de existência, essa instituição, a despeito de ter prestado relevantes serviços à região amazônica, destacando-se em especial a formação de 4.293 profissionais de Ciências Agrárias, sendo 216 estrangeiros de 15 países, precisa crescer para sobreviver. A trajetória do ensino superior em Ciências Agrárias desses 50 anos estimulou a atual administração a apresentar à sociedade uma proposta de transformação da FCAP em UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia). O pedido de transformação foi sancionado pelo Presidente da República através da Lei 10.611, de 23 de dezembro de 2002, publicada no Diário Oficial da União em 24/12/2002. Dessa forma, a UFRA avançou em suas conquistas durante seu processo de transformação de tal maneira, que tem hoje, em cumprimento ao que exige a legislação, ESTATUTO, REGIMENTO GERAL E PLANO ESTRATÉGICO, concebidos a partir de processos democráticos e participativos, registrando na história desta universidade, um modo cidadão de governar.

Como a principal instituição na região a oferecer educação superior na área de Ciências Agrárias (Agronomia, Engenharia Florestal, Medicina Veterinária, Engenharia

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de Pesca e Zootecnia), a UFRA tem um papel a desempenhar no que concerne ao desenvolvimento e implementação de políticas que respondam à demanda da sociedade no setor agrário. Efetivamente, como mão-de-obra qualificada, os diplomados da UFRA são bem representados nas instituições amazônicas de agricultura e ambiente, incluindo órgãos federais, estaduais, municipais e ONGs. Todavia, como a própria UFRA e outros órgãos do setor rural reconhecem, o seu programa de ensino precisa ser atualizado para atender, satisfatoriamente, à demanda dos estudantes pelas novas habilidades e conhecimentos exigidos pelos potenciais empregadores.

A localização geográfica da UFRA na Amazônia, com o imenso espaço físico representado por seu campus, por si só, representa um excelente “marketing” institucional, que, associado a uma maior interiorização das suas ações e a uma maior interação com seus ex-alunos permitiriam uma percepção mais positiva da instituição. Isso poderia resultar numa ampliação das parcerias com outras instituições e uma maior captação de recursos, formando um profissional de melhor qualidade para atender as demandas na área de Ciências Agrárias. Todavia, uma UFRA fortalecida demanda um nível elevado de satisfação de seus funcionários, tanto os docentes como os técnicos e administrativos. Tem sido reconhecido que o funcionalismo público, de modo geral, anda com a auto-estima muito baixa, desanimado, descrente e, o que é pior, desacreditado. Mas para garantir a sua sobrevivência e o seu bem-estar, é preciso mudar esse quadro radicalmente, acreditando na sua força e na sua capacidade de construir a UFRA.

2.1 Missão Institucional

Contribuir para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, através da formação de profissionais de nível superior, desenvolvendo e compartilhando conhecimento técnico, científico e cultural, oferecendo serviços à comunidade por meio do ensino, da pesquisa e extensão.

2.2 Organograma Funcional

A Universidade é o lócus do saber, da inteligência criativa, dos paradigmas da racionalidade cognitiva-instrumental das ciências, da racionalidade moral-prática e da racionalidade estético-expressiva das humanidades. Mas é também o centro nervoso das contradições da atualidade, das pressões internas e da lógica externa do mundo global,

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da transição dos paradigmas, da nova ordem econômica e da perda de poder dos Estados-nações. São realidades que a gestão universitária enfrentará e a elas deverá agregar a transformação conceitual de “ideia de universidade para uma universidade de ideias”. Há uma condição epistemológica sobre a qual todos os que lidam com a questão universitária terão de refletir: a época atual é de transição de paradigmas, de novas concepções sobre as estruturas curriculares e de um campo de visão que escapa aos limites do campus e se projeta globalmente. Essa nova realidade envolve diretamente a administração superior.

A Administração Superior da Universidade está estruturada em órgãos que transparecem o poder de representação da comunidade universitária, o poder superior de decisão, o poder superior de legislação, o poder superior executivo, e os poderes de implementação da política e filosofia inerentes às atividades universitárias.

A administração superior, em suas relações internas e institucionais com todos os segmentos da Universidade, configura o grande cenário de gestão, onde se praticam as mais modernas técnicas de gerenciamento, poder decisório e geração normativa. Harmonia, equilíbrio, descentralização, informatização são atributos essenciais à gestão no seu processo global dentro da Instituição.

O modelo de estrutura organizacional da Universidade Federal Rural da Amazônia está baseado nas novas técnicas de gestão, de flexibilização dos fluxos de demanda, de simplificação orgânica, desburocratização dos serviços e substituição das hierarquias verticalizadas pela horizontalidade dos fluxos digitais. São prevalentes ao novo modelo os paradigmas de eficiência, fluidez e racionalidade na movimentação dos fluxos de demanda e dos fluxos decisórios.

A elaboração do Estatuto da UFRA e do seu Regimento Geral realizada através de processos participativos, em que cada categoria da comunidade Ufraniana (Docentes, Discentes e Técnicos-Administrativos) escolheu vinte dos seus representantes para integrar uma Assembleia Estatuinte. Essa assembleia então, de maneira democrática, definiu no Estatuto a macro estrutura organizacional, a qual foi detalhada pela Assembleia Regimental no Regimento Geral da UFRA.

O processo representa imenso avanço na organização das instâncias decisórias de uma universidade. Além dos conselhos superiores, inerentes às IFES, como o Conselho Universitário – CONSUN, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE, o Conselho de Administração – CONSAD e o Conselho Curador, nos quais a participação da comunidade da UFRA e da sociedade tem forte representação, a

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UFRA estabeleceu um Conselho Consultivo, no qual a universidade só é representada pelo Reitor, como Secretário Executivo e que representa o meio pelo qual a sociedade pode avaliar e influenciar a qualidade da gestão universitária. Além disso, toda a gestão acadêmico-administrativa dos Institutos será realizada de forma participativa, através de um Colegiado do Instituto. Por outro lado, foi instituída uma Comissão Permanente de Ética e uma Comissão Permanente de Avaliação Institucional, que antecedeu a obrigatoriedade da Comissão Própria de Avaliação estabelecida pela Lei 10.861, de 14/04/2004.

Rompeu-se com uma estrutura departamental, na qual havia onze departamentos de ensino para somente cinco cursos de graduação. A Universidade Federal Rural da Amazônia define três grandes áreas de atuação, nas quais estão identificados os cursos da atividade de ensino, os programas de pesquisa e extensão. A estruturação sob a forma de Institutos de Ensino, Pesquisa e Extensão simplifica e ao mesmo tempo flexibiliza a organização acadêmica, favorecendo a interdisciplinaridade, a otimização dos recursos materiais e humanos, a eficiência e a fluidez na movimentação das demandas e dos fluxos decisórios.

As redes de infovias na dinâmica interna dos Institutos, entre eles, e deles à administração superior muda o sentido e a complexidade dos procedimentos tradicionais, quase sempre lentos e de baixa energia, para os procedimentos digitais, rápidos e de alta energia sistêmica.

As três áreas definidas consolidam a razão acadêmica da Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, e projeta à Universidade Federal Rural da Amazônia um redimensionamento de atividades formativas, voltadas à realidade amazônica. Como Institutos de Ensino, Pesquisa e Extensão a Universidade incorpora o sentido maior da organização, a ideia de excelência acadêmica. A despeito dos imensos avanços apresentados nesses documentos, alguns pontos são contraditórios e necessitam de uma maior revisão a luz da legislação atual. Todavia, em ambos os processos, prevaleceu a vontade da comunidade, sem interferência da Reitoria.

Organização Administrativa

Assembleia Universitária Conselho Universitário

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Conselho Consultivo

Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão Conselho de Administração

Conselho Curador Reitoria

Pró-Reitoria Planejamento e Gestão Pró-Reitoria de Ensino

Pró-Reitoria de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Pró-Reitoria de Extensão

Organização Acadêmica

Instituto de Ciências Agrárias

Instituto de Saúde e Produção Animal

Instituto Sócio-Ambiental e de Recursos Hídricos Instituto Ciberespacial

ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

REITORIA

Gabinete da Reitoria Assessoria Jurídica

Assessoria de Assuntos Estratégicos

Assessoria de Cooperação Interinstitucional e Internacional Assessoria de Comunicação

Secretaria Geral dos Conselhos Superiores

Comissão Permanente de Pessoal Docente – CPPD

Comissão Permanente de Pessoal Técnico-Administrativo – CPPTA Auditoria Interna

UFRA Carajás UFRA Capitão Poço UFRA Paragominas

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UFRA Igarapé-Açu – Fazenda Escola

Comissão Permanente de Avaliação Institucional Comissão Permanente de Ética

Comissão Permanente de Sindicância e Processo Administrativo

PRÓ-REITORIAS Colegiados Pró-Reitoria Adjunta Secretaria Centros / Superintendências Divisões

CONSTITUIÇÃO DAS PRÓ-REITORIAS

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

Colegiado da Pró-Reitoria de Planejamento e Gestão Pró-Reitoria Adjunta de Planejamento e Gestão

Superintendência de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas Divisão Administrativa

Seção de Direitos e deveres Seção de Cadastro

Seção Financeira

Divisão de Qualidade de Vida, Saúde e Segurança Seção de Saúde e Segurança

Seção Psicossocial

Divisão de Capacitação e Desenvolvimento Seção de Recrutamento e Seleção

Seção de Capacitação e Desenvolvimento Superintendência de Planejamento e Orçamento Divisão de Tecnologia da Informação

Divisão de Planejamento e Orçamento Seção de Planejamento

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Divisão de Patrimônio e material Seção de Patrimônio

Seção de Almoxarifado Seção de Compras Divisão Financeira

Seção de Controle de Orçamento Seção de Movimentação Financeira Divisão Contábil

Seção de Recebimentos Seção de Pagamentos Prefeitura

Divisão de Serviços Gerais

Seção de Máquinas e Equipamentos Agrícolas Seção de Transporte e Oficina Mecânica Seção de Urbanismo

Seção de Obras Seção de Carpintaria

Seção de Vigilância e Guarda

PRÓ-REITORIA DE ENSINO

Colegiado da Pró-Reitoria de Ensino Pró-Reitoria Adjunta de Ensino Centro de Assuntos Estudantis

Coordenadorias de Cursos de Graduação Superintendência Acadêmica de Ensino Divisão de Ensino e Acesso

Divisão de Controle Acadêmico Biblioteca

Divisão de Editoração e Gráfica Divisão de Referencia e Empréstimos Divisão de Apoio Pedagógico

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

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Pró-Reitoria Adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Superintendência Acadêmica de Pesquisa

Divisão de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Divisão de Pós-Graduação

Divisão de Projetos e Captação de Recursos

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

Colegiado da Pró-Reitoria de Extensão Pró-Reitoria Adjunta de Extensão Centro de Assuntos Comunitários

Superintendência Acadêmica de Extensão Divisão de Extensão

Divisão de Estágio

Divisão de Eventos Técnico-Científicos

ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA

INSTITUTOS DE ENSINO PESQUISA E EXTENSÃO

Colegiado do Instituto Diretor-Geral

Secretaria Executiva

Coordenação de Cursos de Pós-Graduação Gerencia Administrativa

Gerencia Acadêmica Áreas Multiespaciais

CONSTITUIÇÃO DOS INSTITUTOS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – ICA

Curso de Agronomia

Curso de Engenharia Florestal Cursos de Mestrado e Doutorado

(22)

Programas de extensão Núcleos de Pesquisa

Estação Experimental de Benfica Estação Experimental de Santa Isabel UD Várzea

INSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL – ISPA

Curso de Medicina Veterinária Curso de Zootecnia

Cursos de Mestrado e Doutorado Cursos de Especialização

Programas de Extensão Núcleos de Pesquisa

Hospital Veterinário de Ensino Fazenda Escola de Igarapé-Açu

Serviço de Atendimento de Grandes Animais

INSTITUTO SÓCIO-AMBIENTAL E RECURSOS HÍDRICOS – ISARH

Curso de Engenharia de Pesca Cursos de Mestrado e Doutorado Cursos de Especialização

Programas de Extensão Núcleos de Pesquisa SOS Fauna

Estação de Biologia Pesqueira e Piscicultura de Castanhal Estação Experimental de Cuiarana

INSTITUTO CIBERESPACIAL – ICIBE

Curso de Engenharia Ambiental Curso de Licenciatura em Computação

Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação Cursos de Especialização

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Núcleos de Pesquisa

Núcleo Amazônico de Acessibilidade Divisão de Estágio

Divisão de Eventos Técnico-Científicos Sala de Vídeo Conferência

Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado – previsão futura)

PADRÕES DE FUNCIONALIDADE

Estrutura organizacional como forma e tempo à inovação Flexibilidade funcional

Horizontalidade dos fluxos decisórios Impulso à eficiência

Descentralização e autonomia Multiespacialidade de ação Desempenho de qualidade

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3 Concepção do Curso

A Universidade é uma instituição educacional estratégica capaz de sistematizar e produzir conhecimentos que respondam às exigências de seu entorno, desafiada pela função prospectiva e antecipatória de preparar recursos humanos competentes para intervirem no desenvolvimento social. A partir desta perspectiva, o conhecimento é fruto de um processo contínuo de construção que reflete as próprias contradições da sociedade, exigindo uma abordagem crítica capaz de propor seu emprego na contínua melhoria da vida social. A Educação deve, então, preparar cidadãos conscientes de seu papel social e profissional, no sentido de contribuir para um avanço tecnológico e científico calcado em valores humanísticos e éticos.

Dentro deste contexto, o Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação da Universidade Federal Rural da Amazônia, tem como propósito a formação de um cidadão que atue profissionalmente na pesquisa, desenvolvimento e gestão de sistemas de informação voltados para os Agronegócios.

De maneira simplificada, um sistema de informação pode ser definido como: um conjunto de componentes inter-relacionados para coleta (ou recuperação), processamento, armazenamento, e distribuição da informação para suporte à tomada de decisão e controle em uma organização. Além disso, sistemas de informação podem, também, auxiliar gerentes e trabalhadores a analisar problemas, visualizar situações complexas, e criar novos produtos.

Os sistemas de informação são difundidos por todas as funções empresariais. Eles são usados por contabilidade, finanças, vendas, produção e assim por diante. Esse uso generalizado aumenta a necessidade de sistemas de informação profissionais com conhecimento do desenvolvimento e gerenciamento de sistemas. Profissionais com esses conhecimentos apoiam a inovação, planejamento e gerenciamento da infra-estrutura de informação e coordenação dos recursos de informação. O desenvolvimento de sistemas de informação por membros da equipe de SI envolve não apenas sistemas integrados abrangendo toda a organização, mas também apoio para o desenvolvimento de aplicações departamentais e individuais.

O estudo de Sistemas de Informação bem como o seu desenvolvimento envolve perspectivas múltiplas e conhecimentos multidisciplinares que incluem diversos campos do conhecimento como: ciência da computação, ciência comportamental, ciência da

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decisão, ciências gerenciais, ciências políticas, pesquisa operacional, sociologia, contabilidade, entre outros. Esta visão, indica que Sistemas de Informação são sistemas sociais compostos de tecnologia de informação que exigem investimentos sociais, organizacionais e intelectuais para fazê-los funcionar adequadamente.

Assim, os Sistemas de Informação são mais conhecidos pelos benefícios que trazem para a gestão dos negócios em que se tenta eliminar os desperdícios, as tarefas demasiadamente repetitivas, com ou sem o uso de papel, de maneira a melhorar o controle dos custos, a qualidade do produto ou serviço, maximizando os benefícios alcançados com a utilização de tecnologia da informação.

Para melhorar a eficiência gerencial, os Sistemas de Informação das organizações devem ser integrados e serem projetados para antecipar as incertezas do futuro em um ambiente dinâmico que inclui, além dos seus usuários e desenvolvedores, o relacionamento com outras organizações como: clientes (com finalidade comercial ou social), fornecedores, competidores, agências de regulamentação, etc.

Para alcançar os propósitos anteriormente descritos, o curso de Bacharelado em Sistemas de Informação da Universidade Federal Rural da Amazônia foi concebido para oferecer ao estudante um referencial teórico e uma instrumentação que permitam a aplicação do conhecimento técnico-científico mediante a articulação teórico-prática, a fim de que seu egresso possa intervir ativamente no âmbito das organizações. Desta forma, o curso de Bacharelado em Sistemas de Informação está estruturado de modo a:

a) conciliar a visão da instituição de ensino superior que o promove, as aspirações dos corpos docente e discente e as necessidades da comunidade em que o curso se insere;

b) estimular a educação permanente, com a aplicação da ciência e o uso da tecnologia da informação; e

c) permitir reflexão sobre as implicações do seu trabalho, instrumentalizando o aluno para a solução de problemas organizacionais através de sistemas de informação.

Assim, seu projeto pedagógico foi discutido e concebido e é constantemente atualizado pelo coordenador do curso, pelos corpos docente e discente e pelo Colegiado de Curso, de maneira a contemplar as principais mudanças técnicas, humanísticas e tecnológicas necessárias à formação adequada deste profissional. A concepção do curso

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também teve como respaldo a demanda da sociedade por este profissional, respeitando as características regionais e locais.

Em síntese, o Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação está comprometido com o desenvolvimento de competências que possibilitem ao estudante, e futuro profissional, abordar de forma sistêmica os problemas organizacionais e propor soluções tecnológicas alinhadas às necessidades das organizações, preferencialmente agrárias, levando em consideração os níveis individual, em grupo e organizacional e as dimensões organizacional, humana e tecnológica.

3.1 Princípios Curriculares do Curso

Além das propostas de diretrizes curriculares, os princípios que norteiam o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de Bacharelado em Sistemas de Informação estão em consonância com aqueles apontados pelo Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFRA. Neste sentido, o processo de desenvolvimento curricular é construído mediante a observação dos seguintes princípios:

3.1.1 Interdisciplinaridade

A interdisciplinaridade se justifica pela construção do conhecimento, possibilitando a formação de um profissional mais engajado, flexível, democrático e crítico. Ela implica em uma vontade de elaborar um contexto mais geral, no qual as disciplinas em contato são por sua vez modificadas e passam a ser complementares uma das outras. Entre as diversas matérias ocorrem intercâmbios mútuos e recíprocas integrações; passando a existir um equilíbrio de forças nas relações estabelecidas.

Com a interdisciplinaridade o discente consegue enfrentar problemas que transcendem os limites de uma disciplina concreta e a detectar, analisar e solucionar problemas novos.

Em vários campos da ciência, mas principalmente na Computação e Informática, existe sempre uma necessidade de mudança para uma possível melhoria, facilmente explicada por ser uma ciência de manipulação de tecnologia. Independentemente destas mudanças de paradigmas, o aluno que possui uma formação interdisciplinar, como a

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oferecida pelo curso de Sistemas de Informação da Universidade Federal Rural da Amazônia, conseguirá manter-se atualizado e inserido tanto no contexto acadêmico, como profissional.

A interdisciplinaridade é conseguida através da interação direta entre as diversas disciplinas que, em princípio, se encontram em núcleos temáticos diferentes, mas que apresentam alto grau de interação. A outra forma de alcançar a interdisciplinaridade é a utilização de uma disciplina integradora, como Laboratório de Produção de Software, que tem como ideia principal reunir conhecimentos alcançados em diversos eixos temáticos e produzir um sistema computacional.

3.1.2 Flexibilidade Curricular

A flexibilidade na estrutura curricular parte da compreensão de que o curso é um percurso que deve ser construído, considerando os saberes e conteúdos da vivência e experiência do aluno na busca ativa pelo conhecimento;

O aluno do curso de Bacharelado em Sistemas de Informação é considerado sujeito ativo do seu conhecimento, da sua educação, e a flexibilização do currículo, reforça esta concepção, quando propicia a possibilidade de escolha por disciplinas que contemplem seu campo de interesse profissional, contribuindo para uma sólida formação. A flexibilização permite, também, que os cursos possam acompanhar e expressar em seus currículos as permanentes transformações econômicas, políticas, sociais, culturais e tecnológicas da contemporaneidade.

A flexibilidade rompe com a rigidez dos currículos tradicionais, que eram desenhados sem a possibilidade de proporcionar ao aluno o direito de escolher que percurso irá seguir na formação inicial e na continuada.

A flexibilidade pode ser evidenciada no currículo, no ciclo de formação complementar obrigatório (atividades complementares), no ciclo complementar eletivo e com as atividades independentes, o que permite ao aluno construir seu itinerário formativo ao ter opções concretas de aprimoramento e/ou aprofundamentos de estudos nas áreas de seu interesse.

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3.1.3 Sólida formação para o exercício da prática do trabalho e da cidadania

A formação do Bacharel em Sistemas de Informação foi desenhada com o intuito de preparar o futuro profissional para que, além das competências técnico-científicas, também desenvolva a capacidade de atuar na sua realidade. Ou seja, um sujeito com formação para o exercício profissional cidadão, aquele que possui competências sociais para o trabalho, e que atue como um ator social, um sujeito engajado com os problemas de sua realidade social e cultural. O profissional, que ora propomos formar, é considerado como sujeito social e histórico, que ao se relacionar com o mundo, com a sociedade, com a história, é transformado e é transformador da sua realidade, pois, não é somente um integrante do mercado de trabalho, mas é um sujeito que vive, reflete, analisa e se situa na complexidade que é a contemporaneidade, que problematiza situações, que dialoga com os contextos concretos e que se apresentam na vida profissional.

3.1.4 Compreensão da graduação como etapa inicial da formação continuada

Uma sólida formação inicial, com experiências no ensino, na pesquisa e na extensão, com um percurso acadêmico contendo a flexibilização curricular, tem em vista a formação continuada do profissional. Consideramos que a formação do Bacharel em Sistemas de Informação é um processo permanente, no qual a graduação é a etapa inicial e o profissional deve compreender que, para acompanhar os crescentes avanços na ciência e na tecnologia, precisa continuar na busca pelo conhecimento. Enfim, deve continuar aprendendo e exercendo na vida profissional a ação-reflexão-ação.

A formação continuada aponta para a necessidade da permanente inserção do profissional no seu campo do saber, para o aperfeiçoamento das atividades que desenvolve, para a pesquisa e reflexões de assuntos que a prática da profissão lhe apresenta.

3.1.5 Capacidade Profissional e Avaliação Permanente

Este princípio enfatiza a importância da formação continuada, para a atualização dos profissionais quanto ao acompanhamento e operacionalização do currículo e das situações de aprendizagem dos estudantes.

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Muito embora os cursos de graduação tenham por função precípua a formação profissionalizante, o incentivo a pesquisa e a formação do pensamento reflexivo, o que deve caracterizar o seu nível superior é o compromisso com a construção do conhecimento e não apenas a sua transmissão. O domínio do conhecimento é condição indispensável, mas não suficiente, posto que o que dá maior sentido e adequabilidade é o aprender a lidar criativamente com o mesmo, buscando o seu avanço. Por isso, os profissionais devem estar em constante aperfeiçoamento, tendo em vista que o processo de formação continuada permite a progressiva atualização profissional.

Aprender a aprender é condição necessária para que o profissional possa assimilar constantemente as novas tecnologias de sistemas computacionais. Para tanto, o compromisso construtivo deve estar presente em todas as atividades curriculares, bem como a compreensão de que o Projeto Pedagógico do Curso (PPC) é um documento aberto, passível de atualizações e mudanças, a partir da prática da avaliação reflexiva sobre o andamento do curso. Deste modo, como está previsto no PPI da UFRA, o processo de reestruturação curricular deverá estar associado à um programa de capacitação docente e à um projeto de auto avaliação institucional.

3.2 Metodologia do Curso

A proposta metodológica do Curso Bacharelado em Sistemas de Informação consiste em reavaliar sucessos e fracassos, analisando-os para que aponte novas perspectivas, de modo a reenquadrar a experiência adquirida num contínuo aprendizado. Não poderá ser de outra forma com as mudanças com que nos deparamos, com a velocidade que o mundo atingiu. Assim, todo o medo se extingue e toda experiência é como uma nova porta que pode levar à motivação do continuar e à autoestima que nos sustenta.

A metodologia é, sobretudo, um conjunto de convicções pedagógicas, norteadoras das ações didáticas, em determinado campo do conhecimento humano. Com base nestes pressupostos, foram definidos os seguintes princípios metodológicos para o curso de Graduação de Bacharelado em Sistemas de Informação:

 Constante relação entre teoria e prática (a teoria é a prática sistematizada, tem na prática seu sentido e a ela deve voltar para continuar seu caminho na construção do conhecimento, ou seja, o processo ensino-aprendizagem se efetua na dinâmica ação-reflexão-ação);

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 Construção/reconstrução do conhecimento é estratégia básica para o ensino (as situações de ensino-aprendizagem devem ser direcionadas à gênese do conhecimento);

 O currículo precisa estar intimamente relacionado à realidade de vida do aluno e à realidade social (a relação com a vida, com a sociedade acontece na problematização, integrando os diferentes saberes que compõem o currículo do curso);

 A pesquisa, enquanto a linha de pensamento e de ação é estratégia indissociável do ensino (da formação de professores com capacidade de investigação reflexiva e não meros repetidores de informações desconexas).

O curso de graduação Bacharelado em Sistemas de Informação, ora apresentado, valoriza mecanismos capazes de desenvolver no aluno a cultura investigativa, metodológica e a postura proativa que lhe permite avançar frente ao desconhecido. Diante de tais mecanismos explicita-se, ainda aqui, a integração do ensino com a pesquisa; projetos em parceria da UFRA com empresas e órgãos governamentais, os programas de iniciação científica e os programas específicos de aprimoramento discente (como os grupos PET’s da CAPES), dentre outros.

O Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação da Universidade Federal Rural da Amazônia prevê que seu egresso esteja, sob os princípios apresentados, apto a ingressar no mercado de trabalho, atuando na automação das organizações, como especificado pela Comissão de Especialistas de Ensino de Computação e Informática (CEEInf) nos seus perfis profissiográficos no que tange ao egresso dos chamados cursos em Sistemas de Informação. Além disso, o curso objetiva estimular o ingresso em programas de Pós-Graduação strictu sensu daqueles egressos que optarem por carreira voltada para a pesquisa.

3.3 Objetivo Geral do Curso

Formar profissionais na área de Computação e Informática, cônscios de sua responsabilidade social, ética, cidadã e ambiental para atuação em pesquisa, gestão, desenvolvimento sustentável, uso e avaliação de tecnologias de informação através de atividades de análise, projeto, programação e gerência de sistemas de informação computacionais voltados preferencialmente ao Agronegócio, proporcionando às organizações condições de competitividade no mercado de trabalho.

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3.4 Objetivos Específicos do Curso

Conhecendo as peculiaridades e especificidades regionais de um país continental como o Brasil, não resta dúvida de que a formação profissional deva ter um caráter generalista e abrangente. Porém, considerando a importância do profissional de Sistemas de Informação como um profissional e cidadão comprometido com os interesses e os frequentes desafios que emanam da sociedade no contexto sócio-econômico-cultural e político da região Norte, o Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação da Universidade Federal Rural da Amazônia tem como objetivos:

 Possibilitar aos alunos uma formação que contemple os diversos campos de Sistemas de Informação, com ênfase em Desenvolvimento de Sistemas e de Tecnologia para problemas voltados ao Agronegócio, para realizar planejamento, análise, gerência e programação de atividades relacionadas à aplicação de Sistemas de Informação, dotado de visão crítica, capaz de reavaliar o seu potencial e de ajustar-se, com competência: às demandas geradas pelo progresso científico-tecnológico e às exigências conjunturais em permanente mutação e evolução, baseando sua prática profissional sempre em evidências científicas;

 Capacitar o profissional para a prática de uma Informática humanística calcada em princípios éticos, de cidadania e sustentada por uma consciência social e ambiental; a valorização deste comportamento ético-moral deve estender-se além da relação profissional-cliente, norteando todas as relações humanas envolvidas no processo de formação deste profissional;

 Dotar o profissional de visão crítica, ciente da necessidade de aprendizagem permanente para manter-se atualizado com as constantes inovações científico-tecnológicas da profissão;

 Formar alunos com facilidade de interagir e se comunicar com outros profissionais de áreas correlatas ao curso no desenvolvimento de projetos em equipe;

 Proporcionar ao futuro profissional experiências para atuação no âmbito individual e coletivo, capaz de adequar seus conhecimentos acadêmicos à sociedade e às condições locais onde irá exercer sua atividade, seja em instituições públicas ou privadas;

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 Promover ações que envolvam a comunidade em atividades do curso no que tange as questões humanísticas e tecnológicas;

 Formar massa critica para futuras empresas se estabelecerem ou serem criadas na região com o intuito de prestar serviços na área de software (produção e consultoria) para Agronegócio, Análise Ambiental, Sistemas de Informações Geográficas, entre outros.

3.5 Perfil do Egresso

Este Curso se propõe a formar bacharéis em Sistemas de Informação que atuem com competência e profissionalismo nas áreas de Computação e Informática, detendo conhecimentos sobre: Processo de Desenvolvimento de Software, Interação Humano-Computador, Banco de Dados, Algoritmos e Linguagens de Programação, Redes de Computadores, Sistemas Distribuídos, Sistemas de Computação, Computação Gráfica, Inteligência Computacional, Sistemas de Informação Aplicados, entre outras, além de conhecimentos básicos da área de Ciências Humanas Aplicadas.

Pretende-se que o egresso tenha condições de assumir um papel de agente transformador da sociedade, sendo capaz de provocar mudanças através da incorporação de novas tecnologias da informação na solução dos problemas e propiciando novos tipos de atividades, agregando:

a) domínio de novas tecnologias da informação e gestão da área de Sistemas de Informação, visando melhores condições de trabalho e de vida;

b) conhecimento e emprego de modelos associados ao uso das novas tecnologias da informação e ferramentas que representem o estado da arte na área;

c) conhecimento e emprego de modelos associados ao diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação de projetos de sistemas de informação aplicados nas organizações; e

d) uma visão humanística consistente e crítica do impacto de sua atuação profissional na sociedade, nas organizações e no meio ambiente.

Desta forma, não exclusivamente, o egresso deste curso poderá:

 Desenvolver sistemas de informação: neste sentido, poderá desempenhar os papéis de analista de sistemas, programador de sistemas, gerente de desenvolvimento de sistemas de informação, gerente de projetos de sistemas de

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informação, consultor/auditor em desenvolvimento de sistemas de informação, entre outros;

 Atuar na infraestrutura de tecnologia da informação: o egresso poderá desempenhar funções como a de analista de suporte, administrador de banco de dados, gerente de redes de computadores, gerente de tecnologia da informação, consultor/auditor na área de infraestrutura, entre outros;

 Atuar na gestão de sistemas de informação: o bacharel poderá atuar como gerente de sistemas de informação, consultor/auditor em gestão de sistemas de informação, entre outros.

Considerando os objetivos e a missão do curso, o perfil do egresso evidencia um profissional dotado de ampla formação técnica e de aptidões gerenciais e humanísticas para atuar com competência, qualidade, criatividade, responsabilidade ambiental e ética na área de Computação e Informática.

3.6 Competências e Habilidades

Para desenvolver habilidade da resolução de problemas do mundo real, os profissionais de Sistemas de Informação necessitam compreender a complexidade organizacional, em suas diversas dimensões, e fazer uso de conceitos, metodologias, técnicas e ferramentas da área de Sistemas de Informação para se instrumentalizar e atuar satisfatoriamente neste ambiente.

Desta forma, esta habilidade de resolução de problemas envolve a identificação dos mesmos e oportunidades na área de Informática, a decomposição destes problemas, o desenvolvimento de alternativas, a concepção, gerenciamento e desenvolvimento de projetos e sistemas, a validação e a implementação das soluções identificadas. Isto deve ocorrer de maneira consistente, buscando preparar a organização e seus processos de trabalho para as mudanças decorrentes da implantação das soluções desenvolvidas. Neste sentido, a habilidade de trabalho em equipe, atuação em um contexto multidisciplinar e capacidade de comunicação com estes profissionais das mais diversas áreas do saber destacam-se como fundamentais para o sucesso das soluções para os problemas a serem resolvidos no mundo real.

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Desta forma, o egresso do Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação da Universidade Federal Rural da Amazônia é um profissional habilitado a resolver as seguintes classes de problemas:

a) modelagem dos problemas organizacionais com o uso dos conceitos, métodos, técnicas e ferramentas apresentados no curso;

b) identificação de solução computacional, baseada no conhecimento do estado da arte na área de tecnologia da informação e suas aplicações no mundo organizacional;

c) montagem de projetos específicos para a viabilização das soluções apontadas, envolvendo a especificação das ferramentas de hardware e software necessárias; d) validação e transmissão da solução do problema de uma forma efetiva e contextualizada ao problema original;

e) contextualização no ambiente organizacional e conhecimento da função gerencial.

O desempenho das atividades inerentes a atuação em Sistemas de Informação, exige uma ação profissional fundamentada no conhecimento teórico-prático da aplicação das soluções oferecidas pela tecnologia da informação aos problemas existentes nas unidades de negócio de uma organização.

Inicialmente, esta exigência implica em uma capacitação profissional que integre conhecimentos técnico-científicos da Ciência da Computação, Sistemas de Informação, Administração e das áreas de Negócios (Marketing, Produção, Recursos Humanos e Finanças). Além disso, a formação deve incluir o desenvolvimento de habilidades de relacionamento interpessoal, comunicação e trabalho em equipe, na medida em que são características necessárias para a atuação profissional. Assim, o egresso do Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação da Universidade Federal Rural da Amazônia deve dispor de uma sólida formação conceitual (conhecimento explícito) aliada a uma capacidade de aplicação destes conhecimentos científicos em sua área de atuação (conhecimento tácito) de forma a agregar valor econômico à organização e valor social ao indivíduo. Neste sentido, as competências (conhecimento explícito + conhecimento tácito) do profissional de Sistemas de Informação podem ser agrupadas em:

a) competências tecnológicas; b) competências gerenciais; e c) competências humanísticas.

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3.6.1 Competências Tecnológicas

 Capacidade de utilização de ferramental teórico-prático de modelagem de dados e de processos, no desenvolvimento, validação, implantação e manutenção de sistemas de informação e no estudo de seu comportamento;

 Capacidade de realização de diagnósticos e estudos de viabilidade para projetos de informatização de organizações ou de um segmento destas;

 Capacidade de auxiliar os profissionais de outras áreas a compreenderem a forma com que os sistemas de informação podem contribuir para as áreas de negócio;

 Capacidade de concepção e especificação da arquitetura da tecnologia de informação capaz de suportar os sistemas de informações das organizações; e  Capacidade de dominar tecnologias relacionadas aos sistemas de computação:

arquitetura de computadores, sistemas operacionais, redes de computadores e sistemas distribuídos, entre outras.

3.6.2 Competências Gerenciais

 Capacidade de utilização da análise de sistema, de forma efetiva e eficaz, na racionalização operacional das atividades da organização, abrangendo planejamento, implementação e avaliação;

 Capacidade de visualização ampla e atualizada da gerência de projetos de informatização;

 Capacidade empreendedora, de forma a agir como verdadeiro agente de mudanças, na empresa ou em seu próprio negócio;

 Capacidade de participar do acompanhamento e monitoramento da implementação da estratégia da organização, identificando as possíveis mudanças que podem surgir pela evolução da tecnologia da informação; e  Capacidade de diagnosticar e mapear, com base científica, problemas e pontos

de melhoria nas organizações, propondo alternativas de soluções baseadas em sistemas de informação.

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3.6.3 Competências Humanísticas

 Capacidade de utilização dos conhecimentos obtidos para um desempenho profissional bem sucedido, com base nos valores éticos que norteiam a vida em sociedade;

 Flexibilidade suficiente para se adaptar e absorver as rápidas mudanças do mercado de trabalho e da tecnologia da informação;

 Habilidade de relacionamento interpessoal, favorável ao trabalho em equipe;  Habilidade de ter uma visão contextualizada da área de sistemas de informação

em termos políticos, sociais e econômicos; e

 Capacidade de expressar ideias de forma clara, empregando técnicas de comunicação apropriadas para cada situação.

3.7 Acompanhamento de Egressos

A UFRA tem um Programa de Acompanhamento de Egressos previsto no seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), visando criar um mecanismo de apoio e educação continuada para os formados. Os acadêmicos egressos tradicionalmente perdem vínculo com a instituição formadora, permanecendo sem acesso ao intercâmbio com seus antigos professores e especialistas em suas áreas de trabalho.

A UFRA em apoio a seus egressos pretende mantê-los atualizados, checando suas inserções no mercado de trabalho e suas vivências e dificuldades profissionais. Usando modernas tecnologias de informação e comunicação, através do portal universitário, tentará também auxiliar na resolução de problemas profissionais cotidianos, através de consulta ao corpo docente do Curso e de outras áreas da faculdade.

São objetivos específicos do programa de acompanhamento de egressos:  Manter os registros atualizados de alunos egressos;

 Avaliar o desempenho da instituição, através da pesquisa de satisfação do formando e do acompanhamento do desenvolvimento profissional dos ex-alunos;

 Promover o intercâmbio entre ex-alunos;

 Promover encontros, cursos de extensão, reciclagens e palestras direcionadas a profissionais formados pela Instituição;

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 Condecorar os egressos que se destacam nas atividades profissionais; e

 Divulgar permanentemente a inserção dos alunos formados no mercado de trabalho.

Referências

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