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.-
DISSERTAQSO
CADEIRA DE MATERIA MEDICA E THERAPEUTICA
Medicu
^
ao antiplilocist-icaPRQPOSIQOES
CADEIRA DE MEDICINA LEGAL E TOXICOLOGIA
Dialyse de Graham applicada a toxicologia
CADEIRA DE PATHOLOGIA CIRURGICA
i’erimentos por arma de fogo
CADEIRA DE PATHOLOGIA GERAL
Da icterieia
THESE
APRFSENTADA A-
FACIILDADE DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO
Km i” de Seiembro de 1884
U PliRANTB ELLA SUSTE
^
TADA*V\ IR DE bFiOIKO TO XESMO A1SN0
ron
GABRIEL BENEDICTO DE CAMPOS
i NATURAL DE MINAS GERAES
Doutor em Medicinn e PharmflcetiUco pole mofimn Fncutd^do
riLIIO EECilTlMO DO
D E S E M B A K G A D O I t J O S E 1X N O C E N C I O D E C A M P O S
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A N N A ELIZAIDA D E CAMPOSRIO DE JANEIRO
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7 RUA DOS OURIVES 7
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884
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,FACULDADE DE MEDXINA DO RIO DE JANEIRO
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MKurroB. -
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A ruLnUndi' ELJT<> iLp] T'tvji imm m|j r o v j M opintnn - FMILTIDELM mu tbfii^ qui1 Hu>iSn upre-i^nUdaH.
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V A A / A J v
A MEUS IRMAOS
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A ^ 5 b vi
£A MEUS AMIGOS
mmm COILLEGAS
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*p
DISSERTACAO
I!
1 HED1 GAU 10 M - PEOGISTICi
HISTORICO
Tout en nous apparent done ii
iJHu[oamL£; car tout nous vigilt d'etlo,
vie, fortune, talent, instruction, ten-
tlreS3et Gnergie
,
etc.AUGUSTO CDHTE.
Realisftndo
-so
odeseuvolvimenlo
das no^
Gesscientifleas
naortiem da generalidado
decresoeule
e complicacy crcscentedos plienomenos, segartdo a lei
descoberta
pot Augusta Comte,
o grau
de
complexidade dos phcnomcnosvitaei
os tornava inac- cessiveiscmquanto as sciences quo se occupamde phimomenos menos complexes nao fossem solirlumente estabelecidas.
Com effeilo, paro que a biologia se tornassc uma sciencin posiliva, era necessario que as scienoias que a precedent na
hierarcltia scienlifica resobre
as quaes ellarepousa,
isto £,a mathe- matics,
a aslronomia, aphysica e a chimicaja selivessem succes-
sivamenle
tornado
sciencias positivas.
Sddepoisdesta
evolucao preliminarterminada
noflm doseculo
xvm,
pcia consliLuigao dachimica ,
e que a exploracao dos phenomenos vitacs podia see lentada com possibilidade de exito.
M . \ l
P>1*
2
Todas as tentativas anteriores
abortaram
porfa
lla dessabase
indispensavel,De
umlado
scprocurava
explicar os ados vitaos, reduzindo
-os a phcnomenostie ordem inferior ,
mecanicos,
physical
,
chimicos ;dc
outro lado soappellava para asentidades
imaginarias
da
metaphysics.
Do mode quo s6 em nosso seculo
,
depois dos immorlaes trabalhos cleBichat
ede
Broussais (• que a medicinarleixou de ser nma arte puramente empirica.
4 1
A inflammagao sendo uni pbenemeno
morbldo
por talfdrma
frequcnle,
nao podia dcisar dc cliamar a ntlencao dos medicos de todas asepocas ,
e as explicates quederam sobre
sua genese e scu desenvolvimcnto nao podiam
deixar
de stibor-dinar
-
se ao conjunto dos conbecimentos de rada epoca.Bascada a roedicina hippocratica cm observagoes reco-
hidas
por seus predecessores, eila poude sempreconservar
umcaracter puramente pralico
,
que a perservoude
qualquerillusdo theories .
Referindo a itiflammagao a uma fiuxao,
Hippocrates aUribuia a applicagaode
um eslimulo afaeuldade
deetiamar
osangue
na parteestimulada .
D alii o axioma : ubislimdus ,
ubi-
jhixus.
Sua acQao fundada na previsao dos resultsdos,
segundoa
observacao
dos symptomas,
consistia principalmente cm uma prudente modificagao do regimen, secundada
pelo auxilio de um judicioso empirismo.
0 que etle diz do regimen nas mo-
lestias agudas e sobre tudo applicavei a tberapeutica dasinllam
-
magoes
.
A observacdo de molestias terminadas peia apparigao de uma hemorrhagia que formavam sua crise natural levou o naturismode
Hippocrates ao emprego das emissoes sanguinas,
que eram sobre tudo indicadas quandoos symplomas eram muito
intensos
e odoente
mogo erobuslo
; o lim principal era tirar o superfluo das partes engorgitadase desviar
osangue das
partes em queudodevia
estar.
3
Ao
lado da
escola de C6s,
aescola
deCnido
baseando-
seem inlerpretagoos
iltusoriasseafasiava
da pratiea de Hippocrates.
Acreditava
Erasistrato que a inHainmagao dependia da pas- sagem do sangue das veias nasarteries ,
que elle suppunha junta-
menle com Bferophilo
deslinadas
a conter oar
onum
espirito.
A necessidade da abstincncia
nesses casos nao permettia, dfziaelle ,
enfraqueceros
doentespor
perdas sanguineas.
Assim,
Erasistrato proscrevia a sangria e ainda nisto
suhordinava -
se adoctrina do pythagorieo Chrysippo que coilocava a
sMe
da alma nosangue .
No mef
hodismo de Themison
se explicava a inflammagao pela constriccao dos porosque davam passagem
oosmaterioes tla
circulagao
.
N”
esses casos, eomomeioile
determinar orelacha -
mento empregava-se principnlmente a sangria, queao contrario da escola bippocratica
,
era prescripts em lodas as idades, E’ a Themison,
diz-sc, que se devc a introd UCQSO
das sanguesugas em thempeulica.
A Celso se deve a primeira detinieao symptomatologica da iiillammaeao, definicao repetida por Lodas as escolas e que tor- nou
-
se jiistameiitecelebre ,
c foipor
cite dadan
'estes termos:«
Nolae veroinflummationis
sun! quutuor, rubor et tumor cumealore
etdolore » . Quanto
a sua theoria,
ella lembra a de Erasis-
trato :
«
Se o sangue passa nos vasos destinadosaos
espiritosproduz-se a inilammagiro a
.
Galeoo considera
oaffluxo sanguineo como
a causa princi-
pal da inllammagao
.
Estc affluxo erao resultado
daddr , porquo liaba notado que a
iaflammagaolbe
era sempreconsecutiva .
D’ahi um novo axioma nao menos celebre que o primeiro: I'hi dolor
,
ubi(
l-
mus.
A
sangria repbssenta um grandepapel
natherapeutica de
Gallcno
.
Comprehendc-se facilmente aulilidade
da sangria que tinha a vantagem dedesobstruiros
vasos de uma quanlidadc dei
v u / yji ,
4
sangne
muito abundantee
junlamentedos
humorcsalterados .
Galleno nao praticava a sangria com a moderacao que indicava
Hippocrates, na
pneumonia, por
exempio, elle
chegavamuitas
vezes at 6 a syncope .
A doctrina dos
qualrohumores atravessou toda a
idade mediae
embora maisou menos modificada
pelosArabes e arabistas , a
praticada medicina grega
foino entanto
geralmenteaceila ai
6 o
seculoxvr, cpoca em quo
Paracelsose revolta contra
a aulhoridade tradicional do
galenismo.
Aos antigos elementos
,
Paracelso substiluiuo
sal, o
enxofree o
mercnrio.
Astrologoe
alchimista,
recorriapara
explicara
inflammacao a effcrvecencia
dossacs
,dcombuslao
do enxofro, aos vapores
arsenicaes,e a acidos
corrosivos. A cabala
dirigiuconstantemente sua
therapeutica.
Asmolestias
dependendo da influenciados
aslros, para cural - as ,
diziaelle , e
preciso sabercoulieccr a
harmonia dascons
leila<
joes.
Osmedicamentos nao
actuavam por propriedades naturaes , mas por
virtudes occultas.
Alem da sangria
que elle empregava com
froquencia,o
enxofresublimado era aconselbado em
todasas
molestias inflamma-
torias
.
*
Com a descoberta de Harvey come ? a um novo
periodopara a historia
das theorias da inflammaQao.
Van
-
Helmonl assignalaaos
capillaresum
movimentotonico
que
resulta daexaltacao
da sensibilidade.
Esta e devida aum
estimulo, a
um archeo,
especie de fermento acido,
cujasede se
acha
no
cstomago, e que
d’abi dirigetodos os
ados doorga -
nismo
.
Esse estimuloe uma
especiede espinha que provoca a
congestao . Dependendo
todas as molestias doserros e
soffri-
mentos
do archeo, seu tratamento
deviater por flm
acalmaro
archeo e
regularisar-
lheos
movimentos.
0 sangue nunca sof-
frendo alteracoes emquanto circula
,porque so os erros
do arch6 o
provocam a
plethorae as congestoes
,a
sangriatornava - se nao
5
s6 inutil como
tambem
prejudicial,
vistodiminuir
amassa
do espiritovital
que existe no sangae.
Os evacuaDtes eram
por
ellejulgados
do mesmo modo.
Osestimulantes
eram prineipalmenle empregados como mais agra-
daveis
ao archeo.
Van- Helmonl ,
diz Broossais, foi o mats intre-
pido
estimulador
de sen tempo.
A chimiatria e o iatromecanismo sao contemporaneos
.
Estedesenvolvido
na Italia por Borelli, dominado pelainfluencia
deGalileo ,
tornou-sesobretudo celebre
naHollands .
Com
sua physiologia mecanica inspirada noautomatismo
cartesianno Boerhaave tentara explicar todos os phenomeuospatbologicos .
A inflammagao
,
para elle,
edevidaa
umaobstrucgao depeu- deute do eslreitamento dos vasos ou do augmento da massa quo os percone.
Esle augmento de massa e dovido aviscosidadc
dolluido,
a
agglomeragao de suasinoleculas
ou a uma fallado
relagao entre o volumedos
globules e o diametro dos vasos.
Esta relagao cessa quando globules
volumosos
se introduzem por erro de lagaroudesvio ,
em canaes de uma ordem inferior aos qne os deviam cooler.
E’ tambem a Iheoria dc Hoffmann,somenle para este, o espasmo dos vasos tern o papel predomi
-
nante
.
Poderia-
se crer quo Boerhaave abusou dos medica-
mentos procurando dissipar obslrucgOes
,
resolver engorgita-
mentos
,
attennarviscosidades ,
etc.
; no enlanto sua medicinanao foi muito activa
,
e segtiia na pratica os preceitos da escoladc
Hippocrates.
Como uma reaegao contra as applicates
exageradas
dassciencias
physicas na explicagao dos phenomenos vitaes,
ap-
pareceu
oanimismo de Stalil.
Cm
dos
maiorcs chimicos de sua cpoca, Stahl fnndou a theorin do phlogislico que leve suas applicagSos emmedocina ,
porque creou
-
se logo asmolestias pkloyisticas ,
inflammatorias,v . u / vj ,
6
ou com
forimgao de calorno corpo e den -se tambem ao trata -
mento e aos mcdicamentos
empregadospara
combateressas molestias o nome
deantipklogistkos .
Staid reconhecia
um
principio domiuador e reguladorque
cstabelecia
o consenso e a
hannonia de todasas
luncgOos.
A iheoria da infiammacao
repousa
sobrca
obstrucgao dosvasos
pelosangua ,
poremcomo elle submettia todo o
organifmoa
dominagao desse principioimmaterial , a
alma, a inflammagSonao
<5
mais doque a
consequencia da acgao tonica dosvasos
,augmented;
*
pela intervengao desse tnesmo principioconser-
vador ,
procuramloveneer o
obstaculo circulatorio.
A Iherapeu-
tica adoptada
por
Stahlcstava
de acordocom sua
physiologia,SB
os
movimentos lonicos vilacssao os
meiosde cura , a
inter-
vengao so p
6desor
noeivn.
D'aliia
rerommendagaoexpressa
da expeclacao,
cm vez
dequerer gnvernar a uatureza — o
papeldo medico
e antes
deobserval
-a ,
afimde
descobiii
siias vistase
secundal - as .
Do animismo de Stahl,
ao
qual suecedeuo
vitalismo de Bordeue
Barthez, chegainosaosystema celebre de Brown .
Admittindo
no
organismonma
propriedade unica, a
inci-
tabilidade
,quo era
susceptivel de augmenloe
diminuigao, so
vianas molestias
dois estados, o cxcesso
dc forgaquo
chamoti slhenia, ou o cxcesso
de fraqueza que rbamou asthenia. Segundo Brown a inflanimacao podia ser local on geral, sthenic®on
asthe-
nica ;
e como
geralmcntca molcstia dependia de uma
falla deincilabilidadc
, assiro tambemas
inflammag& es
asthenicasoram muito mais
frequeutes, D ’ ahi o
aluiso da medicagao estimu-
lanlc
e a denomlnacao
de incendiaria dadaa sua
Lherapeutica.
A
indnencia do hrownismona
Italiase mostra na
escolade
Rasori. Em vcz
da stlieniae asthenia
,elle admittia
(bias dispo-
sigties morbidas gcraes
oppostas
,uma por exccsso , outra por
falta deestimulo ,
a hyperstheuiae a
hyposlhenia ;porem mu -
4
«
M . U / SSS
7
dam - se as proporeoes
dessesdous estados
da economia,demodo que a
quasi tolalidadedas rnolestias sao
liypersthenicasou por
excesso de
eslimulo. «
On jointii cela une idee vague
de [ in-
flammation
,maladie dominante
elpresque
universellc,
qui,
separee
des rechercliesanato
'miques de1
’ecole frangaise, a
bien de la peinea percer
lesnuages
d'une
ontologie decevante,
etaeclaircr la
palliologieitalieimeautrement quecomme leprocessus d u n e dialhese indeterminee , ou
lerayounuemont d
’uu
foyerphlogistique qui
a son centre
partoulet sa
cireonference nude part. » Trousseau
el Pidoux..
Os medicamentos em que linha reconhecido uma
acgdodebilitante
,
coulraria adiathesc do
eslimttlo,
deuo nomc
deconlraestirnulantes, e deliaixo dessa denominagao Rasori col
-
locou
um
grandenumero
(Te
agenles consideradosate
enlaocomo eslimulantes . Administrando os evacuantes
depois de sangrias, quasisempre
copiosas,
foi descobertaa
famosato -
lerancia
,um dos
dogmas dadoclriua .
Entre o
grandenumero de agentes da medicagdo contra -
estimutante
uotava- se o
lartaro estibiado, a
digitalis,o
calo-
mels
nos
.-
No entanto as diversas doctrinas
medicas fluctuavamprin -
cipalmenle entre o espiritualismo de Stahl mais
ou
menosmodi-
fleado e as
diversas escolas pliysico-
cliimicasque tinbam a
influencia
que
Ihes davao
grandename
de Boerhaave.Porem os
irabalhos accumulados poitantos
seculosn
'ama
. lenta successSodc
esforgos,o
grande impulso dado 5s invesli -
gagoes
anatomicas e physiologicas, emanado
principalmente deLinnfeo , Button , Haller
e Vicq- d
’Azir
;de
oulrolado a fun -
dagao
recente
da ebimica,
toruando solidameuteconstiLuido o
conjunto das scienniasinferiores ,
permittiraao
genio de Bichatfazer
surgiro
verdadeiro espirito doestudo
doscorpos
vivos
.
\
1 . VL IV
'.-
•V8
Todos
os phenomenos da vida foram desde entaolevados
asimples
propriedades deleridos
ede
elementos organicos.
«
Subslituiu as antigas ideas deforms
simples ideas depropriedades
consagrando esse termo para designar os actos os maisgeraes
nosquaes
possam scr decomposlos os diversos
phenomenos biologicos
.
» Augusto Comte.
Com esta direegao posiliva, foram as investigafoes bioio
-
gicas continuadas por Lamarck
,
Cahanis e principalmente por Gall,
queemprehendendo
oesludo das faculdades
superioresdo homem , esbocou
aprimeira theoria
scientiflca da alma humana.
Deante desse
desenvolvimenlo consideravel que
tomara o estudo dos phenomenos vitaes,
apalhologia devia
necessaria-
menle
receberuma
influencia decisiva.
0estado paLhologico era
ate entao
referido a
leis diversas queregem
oesiadophysio-
logicoeo grande inerito deBroussais consisliu em subordinal
-
oas
mesmas
leis.
A palhologia nao era maisdo que
umcasopar -
ticular da
physiologia .
De
ntodoque
osdiversas
systemasmedicos que por
lantos seeulos disputavam apreponderaucia,
cram irrevocavelmenle eliminados,
porque a medicina em sua parte theorica,
que e a dos syslemas tornava- se
uma depemlencia da biologia.
A escola physioiogica descouhecen noenlanloa maiorcausa de modificagao do organismo buinauo: a influencia social
.
« La medecino pliysiologique ful conduile ii ex.ag6rer con
-
sid
^
rablemenI Taction du milieu physique sur las deux enve-loppes
externes et internes.
Sans meconnaitrc lour reactionnatnrelle
surTappareil
nerveux central,
elle dut accordcr une tropgrande
importance d des symptOmes plus oumoins
gene-
raux, auxquels furent raltaches la plupart dos autres manifes
-
tations palhologiques
.
Malgre Tinsuffisance de sa base,
cettegrande coordination ne merite pas moins toute
Tadmiration
de la posterite. »
G. Audiffrent .
«
l
k v
* 9
A llieoria eomplcta da natureza humana so
podia
serconliecida
depoisde conslituida a sociologia,
demodo
que antes dailescoberta
das leis daevolueao
humana qualquer thcoria do eslado palhologico devia necessariamenterefsentir-se dessa falta e ser porlanto ineompleta.
I
*
»
y S
M
M M
Mcrpretacso Da accao aiti
-jigistica
I
4pr£i Broussais nous ne courons plus Le risque series]x de l'ontologie no-
sologique et tb
^
rapeutique,TROUSSEAU et PIDOUX,
Ao lado desses progressos realisados quanto ao aspeclo Lheorico da medecina
,
iunumeros trabalhos de obsemcao vmham tambem por sua vezmodificar
o papelattribuido
outr'ora a therapeutics
.
Com as
doctrinas
antigas procurava-
se combater a pro-
pria molestia
,
attacal-
a em sua natureza intima,
cm sua essencia;assim no caso particular
da
inflammagao a sangrta que para uns desembaragava o organismo dos humorcs peecantes,
paraoutros tirava jurictamerilc corn o
sangue
os matcriaes da phlogose e fazia assim extinguir por fatta de alimeuto o proccsso inflam-
matorio
.
A existcncia independente das moleslias trazia como consequencia avirtude
mysteriosa dos especificos.
Havia anli-
phlogislicos como ha
via
acti-syphiiilicos,
anti-pcriodicos,
etc.
Porem nma cdmprehpnsSo scicrtlifica
dos
diversos estados morbidos devia Irazera suppressiio dedenominates
que envol-
vessem a idea de
virtudes
therapeuticasindependentes
da accao physiologiesdas substancias .
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Assim e sempre augmentando on
diminuindo
a intensi-
dade dos diversos phenomciios que lima
substancia assimilavel
modifies avilsdidade
do certos apparelhos.
A acgaoalteranle
do
mercurio
sobre os humores e ostecidos
normaes se exercera igualmente sobre ostecidos anormaes . Do mesmo
modo umaperturbagiio
qualquer , sufiicieulemenle
energies, rompers
aperiodicidade de
certos phemimeuos inlermidenies.
De maneira que um agente quaIqtier uao actua sobre o facto concrelo da molcstia como se suppimha outr'ora, sua in- dicagSo em certos eslados morbidos depende
de
alteragoes queelle
pode determinin' sobre a vi[alidadede
certos orgaos,
se- gnado suas propriedades physiologicas.
Encarada a inflammag3o como um
processo
patbologicasempre
idenliro,
comprcliende-se como umamedicacao
abran-
gendo um certo numero do rneios fosse empregada em todos os
cases, e como a Sangria
,
a dieta e osdeiuentes
constiluiiidoentan a medicagao antiplilogislica fosse o met
hodo
quasi queexclusivo
de tratamento das moloslias inflammatorias.
Porem ,
aubservagAoclinica raqstrando as numerosas formasque
pode revestir o processo infbmm-itorio, suas lesbes mul- lipbis,
as condigocs variadas do organismo quei;sededa aflergao,
mostrava ao mesmo tempo que se devia
recorrer
a rneios diversos visto aBfuUipUeidade das
indiragoes.
Assim a indainmacao nau d subsitliaria de niuihum methodo therapeutico
excludvo
; como namaior
parte dosestados
mor-bidos ,
asindicates que ella
pode apresenlar s;io dependantesumas
do
estadolocal ,
do orgao iuflammado,da tendeucia
ou da evolugao do (iroeesso phlegmasico,
c outras dependentes do individuo.
No entanto algous Lherapeutistus consideram dcbaixn datlenominagao
du medicagao aiiti- phlogistica
oconjuacto
de rneios empregaduspara
combaler o processo iiidammalono.
Cumprehendida com esta exlensao extrema uao lia agcnlc
, que
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