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Escola de Pós Graduação :: Brapci ::

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(1)

ESCOLA DE BIBLlOTECONOMIA

- PÚS GRADUAÇÃO

RESUMO

ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A i m p l a n t a ç ã o d o s c u r s o s d e p ó s g r a

-d u a ç ã o

ponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

stricto sensu e m B i b l i o t e c o n o m i a e C i ê n c i a d a I n fo r m a ç ã o d a d é c a d a

d e s e t e n t a n o I B I C T , U F M G , P U C C A M P ,

U S P , U n B e U F P b . O s p r o d u t o s d o s

c u r s o s : fo r m a ç ã o d e r e c u r s o s h u m a n o s

p a r a e n s i n o e p e s q u i s a , p e s q u i s a s e d e s e n

-v o l -v i m e n t o d e l i t e r a t u r a n a c i o n a l d e

B i b l i o t e c o n o m i a e C i ê n c i a d a I n fo r m a ç ã o .

A c o n s o l i d a ç ã o d o s c u r s o s d i s c u t i d a s o b

o p o n t o d e v i s t a d o

Il

P l a n o N a c i o n a l

d e P ó s - G r a d u a ç ã o e p e r s p e c t i v a s fu t u r a s .

A s n o v a s n o r m a s d e fu n c i o n a m e n t o

e c r e d e n c i a m e n t o d e c u r s o s d e p ó s g r a

-d u a ç ã o fi x a d a s p e l a R e s o l u ç ã o n Q 5d e 1 0

d e m a r ç o d e 1 9 8 3 d o C o n s e l h o F e d e r a l

d e E d u c a ç ã o . O p a p e l d a C A P E S n o

c r e d e n c i a m e n t o , a v a l i a ç ã o e fi n a n c i a m e n

-t o d a p ó s - g r a d u a ç ã o . A a v a l i a ç ã o d o s c u r

-s o -s d e B i b l i o t e c o n o m i a e C i ê n c i a d a

Jeannette M arguerite K rem er"

1 O s cursos de pós-graduação

A pós-graduação em B iblioteconom ia e

C iência da Inform ação s t r i c t o s e n s u

no B rasil é bastante recente e,

conse-qüentem ente, ainda não se consolidou,

E ntretanto, já é a principal geradora das

pesquisas realizadas na área, em bora seu

potencial ainda não tenha sido

suficiente-m ente explorado.

E m

ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1 9 7 0 foi criado o curso de

pós-graduação em C iência da Inform ação do

IB IC T , transferido recentem ente por

convênio para a U niversidade F ederal do

R io de Janeiro. O s cursos de pós-graduação

em B iblioteconom ia propriam ente. ditos

foram todos criados entre 1 9 7 6 e 1 9 7 8 :

na U niversidade F ederal de M inas G erais

(criado em 1 9 7 6 , credenciado em 1 9 8 0 ) ,

* P r o fe s s o r a A d ju n ta d a E s c o la d e B ib lio te -c o n o m ia d a U F M G .

4 4 R e v is ta B r a s ile ir a d e B ib lio te c o n o m ia e D o c u m e n ta ç ã o 1 8 ( 1 /2 ) :4 4 - 5 1 , ju n . 1 9 8 5

E S C O L A D E B IB L lO T E C O N O M IA ....,. P Ó S G R A D U A Ç Ã O

na P ontrflcla U niversidade C atólica de

C am pinas (criado em 1 9 7 7 ) , na U

niver-sidade de B r a s flia (criado em 1 9 7 8 ,

credenciado em 1 9 8 2 ) , e na U niversidade

F ederal da Pararba (criado tam bém em

1 9 7 8 ) . A lém desses cursos, há ainda um a

área de opção em B iblioteconom ia e D

o-cum entação na E scola de C om unicação e

A rtes da U niversidade de S ão P aulo, no

seu curso de pós-graduação em C iência da

C om unicação, a n (vel de m estra do

des-de 1 9 7 2 , e a nível de doutorado a partir

de 1 9 8 0 .

A pós-graduação tem por objetivo

a form ação de pessoal qualificado para

o exercício das atividades de pesquisa

e de m agistério superior. P ercebe-se que

esse objetivo vem sendo gradativam ente

alcançado, pois os cursos de graduação

e de pós-graduação já contam com um

núm ero crescente de m estres form

a-dos no B rasil em seus corpos docentes.

E sse núm ero foi ainda reforçado por

m estres e doutores form ados no exterior

desde o final da últim a década. D eve-se

ressaltar, entretanto, que algum as regiões

foram m ais privilegiadas do que outras,

pois enquanto em algum as a m aioria dos

docentes teve a oportunidade de cursar

a pós-graduação, noutras observa-se um a

situação inversa.

E m bora se observe que há algum

es-forço em fazer pesquisa a nível de

gradua-ção em algum as poucas escolas, som ente

nos cursos de pós-graduação a

produtivi-dade em pesquisa está se tornando

expres-siva, tanto em relação à quantidade

quanto à qualidade. A falta de tradição

em pesquisa na área ainda prejudica sua

R e v is ta B r a s ile ir a d e B ib lio te c o n o m ia e D o c u m e n ta ç ã o 1 8 ( 1 /2 ) :4 4 - 5 1 , ju n . 1 9 8 5 .

I n fo r m a ç ã o e m 1 9 8 3 .

P alavra chave - a m o s d e p ó s - g r a d u a ç ã o ;

B i b l i o t e c o n o m i a

SUMMARY

T h e installation o f p o s t g r a d u a t i o n

c o u r s e s s t r i c t o - s e n s u i n L i b r a r i a n s h i p a n d

S c i e n c e o f Information fr o m t h e 7 0

y e a r s ' d e c a d e i n t h e I B I C T , U F M G ,

P U C C A M P , U n B a n d U F P B . T h e p r o d u c

-t s o u t o f t h e c o u r s e s : d e v e l o p m e n t o f

h u m a n r e s o u r c e s fo r t e a c h i n g a n d r e s e r a

-r c h , a n d d e v e l o p m e n t o f n a t i o n a l l i t e r a

-t u r e o f Librarianship a n d S c i e n c e o f

Information. T h e c o n s o l i d a t i o n o f t h e

c o u r s e s d i s c u s s e d u n d e r t h e p o i b t o f

v i e w o f t h e

II

N a t i o n a l P l a n o f P o s t

-g r a d u a t i o n e fu t u r e p e r s p e c t i v e s . T h e

n e w r u l e s o f w o r k i n g a n d c r e d e n t i a l s o f

t h e post-graduation c o u r s e s s t a t e d b y

t h e R e s o l u t i o n n b r . 5 o f t h e 1 0 t h o f

M a r c h , 1 9 8 3 fr o m t h e G o v e m m e n t

E d u c a t i o n C o u n c i l . T h e t a s k o f C A P E S

i n t h e credentials, e v a l u a t i o n a n d

finan-c i n g o f p o s t - g r a d u a t i o n . T h e e v a l u a t i o n

o f L i b r a r i a n s h i p a n d S c i e n c e o f I n fo r m a

-t i o n c o u r s e s i n 1 9 8 3 .

K eyw ords - P o s t - g r a d u a t i o n c o u r s e s ;

L i b r a r i a n s h i p .

(2)

Jeannette M arguerite K rem er

consolidação, m as os progressos no seu

desenvolvim ento são bastante vlsrveis.

E ntre os produtos da pesquisa estão a

m elhoria do ensino, com professores

m ais qualificados, a busca de soluções

adequadas e não m ais im portadas para os

problem as nacionais e regionais, e o

desenvolvim ento de U m a literatura

brasi-leira em B iblioteconom ia e C iência da

Inform ação. C onstituindo os cursos de

pós-graduação os núcleos institucionais

da pesquisa, sua consolidação torna-se

então prioritária em qualquer plano de

desenvolvim ento da área.

Infelizm ente, apesar da sua

reconheci-da im portância, as atividades de ensino

e- pesqu isa não são auto-financiáveis.

A pesar de serem academ icam ente

insti-tucionalizadas, elas continuam

finan-ceiram ente instáveis. E ssa situação

preju-dica a pós-graduação, pois sem um fluxo

contínuo de recursos públicos sua

conso-lidação não será alcançada.

2 1 1 P lan o N acio n al d e P ó s-G rad u ação

o

II P lano N acional de P ós-G raduação,

decreto n. 87.814 de 16/11/82, fixa

obje-tivos, prioridades e diretrizes que

con-substanciam a política do M inistério da

E ducação e C ultura para a pós-graduação.

S eu objetivo central "consiste na form

a-ção de recursos hum anos qualificados

pa-ra atividades docentes, de pesquisa em

todas as suas m odalidades, e técnicas,

pa-ra atendim ento às dem andas dos setores

público e privado. P or recurso hum ano

qualificado, entende-se aquele dotado da

capacidade de atuar na fronteira de um a

46

especialidade, não só ao ponto de estar

em condições de reproduzir o

conheci-m ento que lhe é transm itido, o que

ape-nas representa a capacidade efetiva de

incorporá-Io, m as tam bém de colaborar

para o seu avanço, com contribuições

significativas, o que representa o dom ínio

real daquela especialidade." L evando em

consideração os desn íveis regionais e

ins-titucionais, reconhece que "especialm

en-te as regiões m ais pobres necessitam de

recursos hum anos capazes de enfrentar

com com petência os problem as fundam

en-tais que m arcam a sua realidade

sócio-econôm ica."

S ão as seguintes as prem issas que

fun-dam entam a P ol ítica N acional de P

ós-G raduação:

"- a existência de um núm ero

crescente de profissionais,

pesquisa-dores e docentes altam ente

qualifi-cados viabiliza um desenvolvim ento

científico, tecnológico e

cultu-ral próprio e representa garantia

real para a afirm ação dos valores

genuinam ente brasileiros;

- a consolidação da pós-graduação

depende de um sistem a

universitá-rio e de institutos de pesquisa,

estável e dinâm ico em todos os

seus níveis e setores, e o seu

desen-volvim ento pressupõe a existência

de condições m ateriais e

institu-cionais indispensáveis para a plena

realização de suas finalidades;

- a pós-graduação baseia-se na

exis-tência de docentes e pesquisadores

efetivam ente engajados na produção

de novos conhecim entos científicos,

R evista B rasileira-de B iblioteconom ia e D ocum entação

ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1 8 ( 1 / 2 ) : 4 4 - 5 1 , jun. 1 9 8 5

E S C O L A D E B IB L lO T E C O N O M IA - p O S G R A D U A Ç Ã O

obrigatoriedade de se fazer pesquisa na

pós-graduação sem um a infra-estrutura

consolidada, engendra a seguinte

situa-ção apontada no P lano:

"- A insistência indiscrim inada e

form al na necessidade de pesquisa

engendra, em m uitos casos, um a

pesquisa de qualidade duvidosa e

destinada unicam ente ao

preenchi-m ento de preceitos burocráticos.

S im ultaneam ente, constata-se por

vezes um desperdrcio de tem po e

esforço na uti lização de pessoal

altam ente qualificado, em atividades

de ensino e adm inistrativas, que

nem sem pre se am oldam às

caracte-rísticas do pesquisador ou cuja

carga horária inviabi liza a

realiza-ção de pesquisa. E m outros casos,

prevalece um a situação de certo

isolam ento do pesquisador, que

per-m anece seper-m per-m aiores esttrnulos para

um a produção i ntelectual continua."

E ntretanto, com todos esses

proble-m as, "é dos centros de pós-qraduacão que

procede hoje a m aior parte do

conheci-m ento produzido no pais e um a

contri-buição significativa em algum as áreas de

tecnologia avançada, equiparáveis ao que

é produzido nas m elhores universidades e

centros de pesquisas estranqeiros."

E ntre os objetivos básicos do P lano

N acional da P ós-graduação é im portante

salientar os seguintes pontos:

"". T odos os esforços de

consolida-são e de desenvolvim ento

irnph'-citos neste P lano têm com o m eta o

aum ento qualitativo do desem penho

do sistem a com o um todo, criando

R evista B rasileira de B iblioteconom ia e D ocum entação 18(1/2) : 4 4 - 5 1 ,jun. 1 9 8 5 47

tecnológicos ou culturais, em

insti-tu ições que lhes garantam

adequa-da dedicação horária, carga de

en-sino com patível com a pesquisa e

as outras form as de produção

intelectual, além de instalações e

ínfra-estrutura necessárias;

- o desenvolvim ento da

pós-gradua-ção depende igualm ente da

refor-m ulação da estrutura e do

funciona-m ento das instituições acadêm icas

que carecem de um a m aior dinam

i-zação e de um a desbu rocratização

internas;

- a existência de fontes m últiplas

de financiam ento, cuja atuação

contribua para o êx ito da P ol (tica

N acional de P ós-G raduação, é

consi-derada um fator indispensável na

com plem entação dos recursos

orça-m entários das instituições, no

pro-cesso de im plantação,

desenvolvi-m ento e m aturação de um m oderno

com plexo de pesquisa e

pós-gradua-ção ."

A inda falta m uito pa~ a se chegar a

um a situação ideal, m as é interessante

notar que as necessidades e problem as

da pós-graduação em B iblioteconom ia

e C iência da Inform ação são as m esm as

apresentadas pela pós-qraduacão em geral.

O s m aiores problem as na área continuam

sendo o reduzido núm ero de docentes

orientadores e pesquisadores altam ente

qualificados, e a falta de financiam ento

para as pesquisas,que é m ais m arcante

na área das C iêncais S ociais do que em

O utras tradicionalm ente m ais privilegiadas.

(3)

J e a n n e tte M a r g u e r ite K r e m e r

ponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

estrrnulos e condições favoráveis,

bem com o acionando m ecanism os

de acom panham ento e avaliação."

"E m passado recente, quase todos os

program as que revelaram iniciativa

ou potencial de produtividade e

de-senvolvim ento obtiveram recursos,

em bora nem todos os investim entos

tenham apresentado os resultados

esperados, enquanto um ou outro

grupo prom issor ficou sem o devido

apoio. C abe, doravante, apoiar

prioritariam ente a consolidação do

bom e do prom issor. D o m esm o

m odo, será m antido o apoio a novas

especialidades e centros que,

ante-riorm ente deficientes, logrem

alcan-çar a elevação dos padrões de

quali-dade de sua produção. S erão

re-forçados ainda os incentivos,

inde-pendentem ente de instituição ou

especialidade, a in d iv r d u o s ou

pe-quenos núcleos desde que

apresen-tem potencial de criatividade e boa

qualidade."

" ... um acom panham ento m ais

efi-caz perm itirá que se reduza a

desti-nação indevida de recursos da

pós-graduação a outras finalidades

que não as suas especificas ... "

É ainda im portante salientar, entre as

prioridades e di retrizes do P lano, algum as

que devem servir de alerta para os cursos

de pós-graduação, pois delas pode

de-pender a sua sobrevivência:

" ... A m ensuração de qualidade é

com plexa e não conta com nenhum

processo isento de controvérsia.

T orna-se assim indispensável contar

com a participação ativa da com

u-nidade e de todos os com ponentes

do sistem a. Instrum ento relevante

neste processo será a am pla

utili-zação de consu Itores cient íficos

para cada especialidade cujos

pare-ceres, bem com o os critérios

utilizados, serão sistem aticam ente

levados ao conhecim ento dos

pro-gram as avaliados."

"P ara a avaliação de projetos, o

m ais im portante será a exigência

de qualidade. E sta incidirá tanto

sobre a instituição a receber apoio

quanto sobre o m érito do pedido

e os resultados finais esperados ...

ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

r r

"C abe à própria universidade ou

instituição acadêm ica zelar pela

qualidade de seus cursos de

pós-graduação, fortalecendo o que é

bom e prom issor, desestim ulando

os que não têm m aiores

possibili-dades de recuperação. O s

instru-m entos de que dispõem as agências

governam entais terão caráter

suple-m entar, no sentido de reforçar o

em penho da própria instituição no

apoio às iniciativas bem sucedidas

e na gradativa desativação do que,

de com um acordo, for

considera-do com o não correspondendo às

exigêncais rrunirnas de qualidade e

desem penho. P ara tal é preciso

que as universidades e instituições

de pós-graduação procedam

periodi-cam ente a um a avaliação crrtica do

seu desem penho e de sua própria

produtividade."

É interessante m encionar ainda que o

4 8 R e v is ta B r a s ile ir a d e B ib lio te c o n o m ia e D o c u m e n ta ç ã o 1 8 ( 1 /2 ) :4 4 - 5 1 , ju n . 1 9 8 5

são credenciados.

A s norm as visam claram ente a um a

m elhor qualidade do ensino e da

pesqui-sa. O (tem que pode afetar m ais os

cur-sos de B iblioteconom ia e C iência da

In-form ação é o que diz respeito à

qualifi-cação dos seus docentes, pois o núm ero

de doutores no B rasil ainda é m uito

redu-zido:

"A rt,

7q -

A os docentes de curso

de pós-graduação exigir-se-á e x e r c r

-cio de atividade criadora, dem

ons-trada pela produção de trabalhos

originais de valor com provado em

sua área de atuação, e form ação

acadêm ica adequada, representada

pelo trtulo de doutor ou equivalente.

P arágrafo único: E m casos especiais,

a juízo de C F R , o título de doutor

poderá ser dispensado desde que o

docente tenha alta qualificação por

sua experiência e conhecim ento em

seu cam po de atividade.

A rt. 8 Q - E xigir-se-á dos

docentes-pesquisadores, em especial dos

orientadores, além das

qualifica-ções constantes do artigo anterior,

dedicação á pesquisa e ao ensino,

em condições de form ar am biente

favorável à atividade criadora."

E S C O L A D E B IB L lO T E C O N O M IA - P Ó S G R A D U A Ç Ã O

4 O papel da C A P E S e a avaliação dos

C ursos

A C A P E S tem por função coordenar a

pol ítica nacional de pós-graduação. P ara

poder atender aos 1.042 cursos de pós

graduação s c r i t o s e n s u do país, com eçou

a im plem entar a partir de 1976 um

slste-R e v is ta B r a s ile ir a d e B ib lio te c o n o m ia e D o c u m e n ta ç ã o 1 8 ( 1 /2 ) :4 4 - 5 1 , ju n . 1 9 8 5 49

P lano pretende tam bém incentivar os

cur-sos de pós-graduação l a t o s e n s u :

"A lguns tipos de pós-graduação

"lato sensu", nas diferentes áreas,

serão incentivados a um

revigora-m ento e um a estruturação

qualita-tiva, para que possam passar a

figu-rar com o alternativas para os alunos

e para os dem andantes de m

ão-de-obra altam ente especializada e

se-jam , assim , com patíveis com as

outras opções do sistem a."

O P lano finaliza estabelecendo que,

"em term os operacionais, todos os

esfor-ços de coordenação e integração do

siste-m a objetivarão prioritariam ente conferir

a este um a m aior estabilidade política e

financeira, assim com o dim inuir as

dispa-ridades regionais, institucionais e setoriais

que hoje m arcam a sua realidade." E ssas

palavras, com o todo o P lano, podem ser

consideradas com o um a expressão de

oti-m isoti-m o em relação ao futuro da

pós-graduação e da pesquisa no B rasil, m esm o

nestes tem pos de crise econôm ica.

3 A R esolução 5/83 do C F E

O C onselho F ederal de E ducação

fixou novas norm as de funcionam ento e

de credenciam ento dos cursos de

pós-graduação s t r i c t o s e n s u na sua R esolução

nQ 5, de 10 de m arço de 1983. E ssas

norm as são de grande interesse, pois

ape-nas os diplom as outorgados por cursos

credenciados gozam de validade

nacio-nal. A tualm ente, apenas dois cursos na

área, os da U niversidade F ederal de M

(4)

J e a n n e t t e M a r g u e r it e K r e m e r

ponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

m a de acom panham ento e avaliação

desses cursos. E sse sistem a perm ite

re-gistrar a evolução da pós-qraduação

brasi-leira, avaliar a qualidade do desem penho

dos cursos a partir de critérios

estabele-cidos, e gerar a m em ória da pós-qraduação.

A avaliação é baseada nos relatórios

anuais preenchidos pelos cursos e

relató-rios de visitas, e envolve a equipe

técni-ca da C A P E S e o corpo de C onsu Itores

C ientificos. O s resultados são enviados

para os cursos e P ró-R eitorias ou C om

is-sões de P ós-G raduação. C om esse m

eca-nism o intensificou-se o debate em torno

da pós-qraduacão e dos critérios de

ava-liação. com v is iv e is b e n e fr c io s para os

cursos.

D esde janeiro de 1 9 8 1 vem sendo

desenvolvido o sistem a C F E /C A P E S , que

consiste na cooperação técnica entre o

C onselho F ederal de E ducação e a C A

-P E S nos processos de credenciam ento

de cursos. A C A P E S fornece um

relato-rio técnico sobre o curso que solicita

seu credenciam ento, baseado na M

ernó-ria da Pós-G raduação. e resultados das

avaliações anuais e da visita feita por um a

C om issão V erificadora ao C urso. A

vanta-gem principal desse sistem a é .que os

pro-cessos de credenciam ento passaram a ser

m elhor instru rdos. beneficiando assim os

cu rsos.

A s avaliações dos cursos adquirem um a

im portância sem precedentes pois,

con-form e estabelecido pelo II P lano N

acio-nal de P ós-G raduação, o apoio financeiro

passa a ser dado de. acordo com as suas

qualificações, sendo favorecidos os cursos

m ais prom issores, D eve-se salientar que a

50

verba procedente dos cofres públicos

para a pós-graduação é distribu (da pela

C A P E S . O S C ursos com conceitos A e

B recebem suas verbas sem m aiores

dis-cussões, enquanto que os outros com

con-ceitos m ais baixos devem apresentar seus

planos de m elhoria para fazerem jús ao

apoio financeiro. A lém da verba

necessá-ria ao funcionam ento dos cursos, a C A P E S

ainda distribui para cada curso um

determ inado núm ero de bolsas de estudo,

incluindo as do P IC D , sendo essas últim as

geralm ente concedidas apenas a cursos

com conceitos A e B .

N a últim a avaliação dos cinco cursos

de m estrado em B iblioteconom ia e

C iência da Inform ação realizada em

ju-nho de 1 9 8 3 , notaram -se vislveis

progres-sos tanto na qualificação dos corpos

do-centes quanto na sua produtividade,

m as ainda não se pode dizer que foram

alcançados os nr v e is desejados. P ela

prim eira vez na área atingiu-se o conceito

A , atribu (do aos cursos da U niversidade

F ederal de M inas G erais e da U

niversi-dade de B ras rlia. O s outros cursos

apre-sentaram tam bém um bom

desenvolvi-m ento em relação às avaliações anteriores.

O s cursos ainda não atingiram os

ní-veis de qualificação docente a nível de

doutorado ou equivalente, conform e foi

estabelecido pela R esolução 5 /8 3 do

C onselho F ederal de E ducação. E

ntre-tanto, há um a evolução gradativa, ano a

ano, na qualificação dos corpos docentes.

A inda há, conseqüentem ente, necessidade

de apoio ao treinam ento de professores.

A dem anda aos cursos vem aum

entan-do tam bém gradativam ente, sendo

bastan-R e v is t a B r a s ile ir a d e B ib lio t e c o n o m ia e D o c u m e n t a ç ã o 1 8 ( 1 / 2 ) : 4 4 - 5 1 , ju n . 1 9 8 5

ção em congressos, sem inários e outros

eventos. D eve-se ressaltar ainda que, além

da produtividade cientifica, é necessária

a publicação de obras que subsidiem o

esforço didático tanto na graduação

quan-to na pós-graduação.

A pesar dos visíveis progressos, ainda

não se atingiu a m aturidade e a

consoli-dação dos cursos de pós-graduação e do

seu esforço de pesquisa, por serem tão

recentes no B rasil. E ntretanto, essa m

atu-ridade poderá ser atingida em futuro

próxim o, contanto que os investim entos

na sua m elhoria tenham um fluxo estável

e apresentem o rrnnim o necessário.

D eve-se principalm ente continuar

investin-do na qualificação dos corpos docentes e

na intra-estrutura necessária à pesquisa.

U m ponto positivo dos cursos é a

tendên-cia para a identificação e e x p lo r a ç ã o das

vocações regionais. A lém disso, é tam bém

bastante salutar o intercâm bio de

infor-m ações e de professores entre os cinco

cursos de m estrado.

UFPR -

ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

B C / ~

B IB L IO T E C A

E S C O L A D E B IB L lO T E C O N O M IA - P Ó S G R A D U A Ç Ã O

te salutar que os cursos sejam procurados

não só por bibliotecários, com o tam bém

por especialistas de outras áreas. O tem po

de titulação, entretanto, continua alto,

apesar de não haver m ais, na m aioria dos

cursos, insuficiência de professores

orien-tadores. H á tam bém alunos que

dei-xam de elaborar suas dissertações,

desis-tindo do trtulo de m estre, contentando-se

com o t r t u lo de especialista. Isso pode ser

um sinal de que haveria talvez

necessi-dade de m ais cursos de especialização na

área.

V erifica-se um a evidente evolução de

linhas e projetos de pesqu isa, apesar da

falta de tradição nessa área. A s pesquisas

são ainda bastante descritivas e

ernpt'-ricas, não se notam pesqu isas de ponta,

m as parece haver um a grande

preocupa-ção com os problem as nacionais e,

nal-guns casos, regionais. S endo um a área

nova, o m ais im portante não é o aspecto

qualitativo, m as a regularidade da

produ-ção cientt'fica e sua divulgação em v e r c u

-los os m ais diversos. H a efetiva

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