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TERRAMOTO DE LISBOA DE 1755

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Academic year: 2022

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TERRAMOTO DE LISBOA DE 1755

Este livro foi elaborado no âmbito dos 260 anos do terramoto de Lisboa de 1755. Trata-se de uma compilação de 12 artigos que pretendem transmitir algumas das lições aprendidas, bem como o esforço que tem sido conduzido em Portugal para minimizar os impactes de futuros sismos e tsunami, com características semelhantes às do registado em 1755.

São apresentadas várias metodologias, mostrando uma abordagem multidisciplinar, nomea- damente através de:

análise de relatos históricos;

operações de planeamento de emergência, na área de atuação da Proteção Civil;

ações de sensibilização, destinadas tanto a residentes, como à população em geral ou à comunidade escolar;

simulação das intensidades sísmicas;

propostas de reabilitação e recuperação do edificado existente;

modelação numérica, cálculo da vulnerabilidade da inundação e análise de sedimen- tos de tsunami.

9789892610986

LUCIANO LOURENÇO ÂNGELA SANTOS (COORDS.)

Luciano Lourenço é licenciado em Geografia e doutorado em Geografia Física, pela Universidade de Coimbra, onde é Professor Associado com Agregação.

Foi 1.º Vice-Presidente do Conselho Diretivo da Faculdade de Letras, Diretor do Departamento de Geografia e Diretor do Curso de 2.° Ciclo (Mestrado) em Geografia Física, Ambiente e Ordenamento do Território, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Exerceu funções de Diretor-Geral da Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais, Presidente do Conselho Geral da Escola Nacional de Bombeiros e Presidente da Direção da Escola Nacional de Bombeiros,.

É consultor científico de vários organismos e de diversas revistas científicas, nacionais e estrangeiras, coordenou diversos projetos de investigação científica, nacionais e internacionais, e publicou mais de uma dúzia de livros, bem como mais de três centenas de títulos em revistas e atas de colóquios, nacionais e internacionais.

Ângela Santos é investigadora no Centro de Estudos Geográficos, IGOT-UL, desde Dezembro de 2010, e presentemente é Bolseira de Pós-Doutoramento (FCT). É licenciada em Ciências Geofísicas – Variante Meteorologia/Oceanografia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (2001). Especializou-se em Tsunami Engineering e para aprofundar os seus conhecimentos esteve no Japão de 2003 a 2008 com uma Bolsa do Governo Japonês (MEXT), onde completou o Mestrado (2005) e Doutoramento (2008), ambos em Engenharia Civil, pela Universidade de Tohoku.

Recebeu o Research Encouragement Award, pela Japan Society of Civil Engineers em 2008, pelo significativo avanço no estudo e compreensão do Tsunami de 1755. Foi Investigadora Principal do Projeto TsuRiMa - Gestão do risco de tsunamis para o ordenamento do território e a proteção civil (FCT), 2012-2015. É autora e co-autora de 7 artigos publicados em revistas internacionais.

É membro da RISCOS e da Japan Society of Civil Engineers.

LUCIANO LOURENÇO TERRAMOTO DE LISBOA DE 1755. O QUE APRENDEMOS 260 ANOS DEPOIS?

IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA COIMBRA UNIVERSITY PRESS

O QUE APRENDEMOS 260 ANOS DEPOIS?

R I S C O S

E C A T Á S T R O F E S

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt

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ava L i aç ão m u n i C i Pa L d a v u L n e r a b i L i d a d e a i n u n d aç ão P o r ts u n a m i

m u n i C i Pa L v u L n e r a b i L i t Y a s s e s s m e n t f o r ts u n a m i i n u n d at i on

André Fonte Centro de Estudos Geográficos, IGOT, Universidade de Lisboa marioandre.uc@gmail.pt José Leandro Barros Centro de Estudos Geográficos, IGOT, Universidade de Lisboa joseleandrobarros@gmail.pt Alexandre Oliveira Tavares Centro de Estudos Sociais e Dep. de Ciências da Terra, Universidade de Coimbra atavares@ci.uc.pt Ângela Santos Centro de Estudos Geográficos, IGOT, Universidade de Lisboa angela.santos@campus.ul.pt

Sumário: Diversas metodologias têm sido desenvolvidas com o objetivo de avaliar a vulnerabilidade face a tsunamis. O presente estudo apresenta a aplicação de uma análise integrada multidimensional de avaliação da vulnerabilidade a tsunamis para os concelhos da Figueira da Foz, Vila do Bispo e Setúbal.

É calculado o índice compósito de vulnerabilidade que agrega os índices de vulnerabilidade morfológica, estrutural, social e tributária, para a área potencialmente inundada utilizando como referência a modelação numérica da inundação do Tsunami de Lisboa de 1755.

Palavras ‑chave: Tsunami, vulnerabilidade, metodologia multidimensional, índice compósito de vulnerabilidade, Portugal.

DOI: http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-1099-3_9

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abstract: Several methodologies have been developed with the aim of assessing the vulnerability to tsunamis. This paper presents the application of a multidimensional integrated analysis for the vulnerability assessment to tsunamis for the municipality of Figueira da Foz, Vila do Bispo and Setúbal. The composite vulnerability index, that aggregates morphological, structural, social and tax component vulnerability indices, is calculated to potentially inundated areas using as reference the inundation numerical modeling of the 1755 Lisbon Tsunami.

Keywords: Tsunami, vulnerability, multidimensional approach, composite vulnerability index, Portugal.

Introdução

Os registos históricos permitem identificar um total de 17 tsunamis ocor- ridos ao longo da costa portuguesa desde 60 a.C. atéista e Miranda, 2009) e o intervalo de tempo de 45 anos que o separa da atualidade faz com que várias gerações não tenham convivido com a manifestação de eventos deste tipo. Esta ausência faz com que haja um falso sentimento de segurança, o que condiciona a perceção da população em relação ao risco de tsunami.

Em Portugal os valores relacionados com a perceção face a riscos naturais e tecnológicos são genericamente baixos, sendo esta tendência mais clara nas zonas mais próximas dos locais de residência (Tavares et al., 2011). O mes- mo estudo conclui que quanto maior é a proximidade à zona de residência menor é a intensidade percebida dos processos perigosos, influenciada pela noção de segurança e controlo dos acontecimentos. O estudo levado a cabo por Mendes e Freiria (2012) do observatório do Risco OSIRIS demonstra que num conjunto de 28 riscos, tsunami surge em último lugar numa lista que identifica a importância dos riscos percecionados pelos portugueses. Por outro lado, o estudo realça ainda que 95% dos inquiridos não adotam qual- quer medida de prevenção face a um tsunami, concluindo que a perceção do

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223 risco de tsunami em Portugal é muito baixa, mesmo para as populações que habitam na zona costeira ou em estuários.

A vulnerabilidade, independentemente da sua natureza, apresenta uma variação e heterogeneidade ao longo do território sendo influenciada pelos múltiplos fatores e características intrínsecas ao mesmo. Estando o risco intimamente relacionado com a vulnerabilidade é cada vez mais necessário a criação e adoção de metodologias multidimensionais que agreguem em seu torno as múltiplas realidades inerentes ao perigo e à vulnerabilidade. No que respeita ao risco de tsunami, os recentes aconte- cimentos verificados em 2004 no Oceano Indico e em 2011 no Japão despoletaram um conjunto de metodologias de avaliação do risco de tsunami. No entanto, muitas dessas metodologias focam-se apenas na componente estrutural da vulnerabilidade, realizando desta forma uma análise e avaliação incompleta (Dall’Osso et al. 2010).

O presente estudo é inovador no sentido em que dá a conhecer uma análise in- tegrada da vulnerabilidade, pelo que se distingue das demais metodologias pelo facto de ser uma abordagem multidimensional, abordando e introduzindo novas componentes na avaliação da vulnerabilidade face a um tsunami.

Assim, os principais objetivos do presente estudo são: a representação cartográ- fica da área potencialmente inundável por um tsunami nos concelhos da Figueira da Foz, Vila do Bispo e de Setúbal; o cálculo do índice de vulnerabilidade morfológica (VM) para a área potencialmente inundada; o cálculo do índice de vulnerabilidade estrutural (VE) para os edifícios potencialmente afetados;

o cálculo do índice de vulnerabilidade social (VS) e tributária (VT). Por fim todos os índices são combinados para se obter o cálculo do índice compósito de vulnerabilidade (ICV) para as freguesias dos concelhos da Figueira da Foz, Vila do Bispo e Setúbal.

Caracterização

Este estudo remete-nos para três áreas costeiras portuguesas (Figueira da Foz, Vila do Bispo e Setúbal – fig.1a), com base em relatos históricos e nas características territoriais do Tsunami de Lisboa de 1755.

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Referências

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