nv I - I
MANIFESTAÇOES
CLINICAS E
HEMATOLOGICAS
DAS
LEUCEMIAS
EM
CRIANÇAS
E
ADOLESCENTES
Trabalho
apresentado à Universidade Federalde
Santa Catarina,para
a conclusãodo
Curso
de
Graduação
em
Medicina.Florianópolis
»Universidade Federal de Santa Catarina
RICHARD
WESSLER
PRUDENCIO
DA
SILVA
MANIFESTAÇÕES
CLÍNICAS E
HEMATOLÓGICAS
DAS
LEUCEMIAS
EM
CRIANÇAS
E
ADOLESCENTES
Trabalho
apresentado àUniversidade
Federalde Santa
Catarina,para
a conclusãodo
Curso
de
Graduação
em
Medicina.Presidente
do
Colegiado
do
Curso:
Prof.
Doutor
Edson
Cardoso
Orientadora:
Prof”.MD
Denise
Bousfield
da
Silva
Florianópolis
Universidade Federal
de Santa
Catarina
Luís
Eduardo.
AGRADECIMENTOS
Aos meus
pais,JOSÉ
PRUDENCIO
DA
SILVA
eIVONETE
WESSLER
DA
SILVA,
pela educação, carinho, dedicação e apoio
em
minha
vida.A
minha
orientadora,DENISE BOUSFIELD
DA
SILVA,
pelo auxílio, interesse ededicação para realização deste trabalho.
As
minha
irmãs,ANN MERY
WESSLER
PRUDENCIO
DA
SILVA
eANA
CAROLINA
WESSLER
PRUDENCIO
DA
SILVA,
e aminha amiga
FERNANDA
SIMONE
SCHIMTZ,
pelo apoio durante toda a vida acadêmica.-
Ao
meu
innão,CARLOS
ALEXANDRE WESSLER
PRUDENCIO
DA
SILVA,
e aosmeus
colegas eamigos
de turma,ROBERTO
SIQUEIRA
KEL,
FRANCISCO OTÁVIO
LORASCHI,
EDUARDO
JORGE
eJU
LIANE
WERNY,
pela colaboraçãona
realização deste trabalho.Ao
Sr.LUIZ
HENRIQUE DUTRA,
funcionáriodo
Serviço deOnco-Hematologia do
Hospital Infantil Joana de
Gusmão,
pela disponibilidade e colaboraçãona
coleta de dados.Aos
funcionáriosdo
Serviço de ArquivosMédicos
e Estatísticado
Hospital InfantilJoana de
Gusmão,
pela presteza e dedicaçãona
coleta de dados.E, finalmente, a todas as crianças e adolescentes usuárias
do
Serviço deOnco-
Hematologia
do
Hospital Infantil Joana deGusmão,
por tonar a realização deste trabalho maisgratificante.
'
Este estudo propõe-se a descrever a ocorrência de casos novos de leucemia nos
pacientes atendidos
em
um
Centro de Referênciado
Estado de Santa Catarina,na
cidade deFlorianópolis; verificar sua relação
com
variáveis demográficas, manifestações clínicas ehematológicas
no
sangue periférico.Trata-se de
um
estudo observacional, descritivo e longitudinal incluindo casosnovos
de leucemias
em
crianças e adolescentescom
idade inferior a 15 anos, atendidosno
Serviço deOnco-Hematologia do
Hospital Infantil Joana deGusmão
no
período de julho/ 1997 ajulho/2002. Utilizou-se medidas descritivas para análise dos dados.
Registrou-se 135 casos
novos
de leucemiano
período estudado. Observou-se que97,8%
dos casoseram
da cor/raça branca,58,5%
do
sexo masculino,39,3%
pré-escolares e31,1%
procedentesda
mesorregiãodo
Valedo
Itajaí (31,1%).Leucemia
LinfocíticaAguda
(LLA)
ocorreuem
77,8%
dos casos. Febre foi referidaem
65,9%, palidez cutâneo-mucosaem
55,6%
e sufusões hemorrágicasem
42,2%
dos casos.Ao
exame
físico, observou-se palidezcutâneo-mucosa (83%), hepatoesplenomegalia (44,5%) e_ linfoadenomegalias (42,2%).
Anemia
e plaquetopenia ocorreramem
90,4%
dos casos, blastosem
70,4%
e neutropeniaem
51,9%.
Conclui-se que registra-se 135 casos
novos
de leucemiano
período estudado.Há
predomínio da leucemia
no
sexo masculino, cor/raça branca, pré-escolar e mesorregião deprocedência
do
Valedo
Itajaí.O
tipo histológico mais freqüente é aLLA. Os
sintomas maisfreqüentes ao diagnóstico são febre, palidez cutâneo-mucosa e sufusões hemorrágicas.
Há
predomínio de palidez cutâneo-mucosa, hepatoesplenomegalia e linfoadenomegalias ao
exame
fisico.Anemia,
plaquetopenia, presença de blastos e neutropenia são as manifestaçõesmais
freqüentes aohemograma.
'SUMMARY
This study propose to describe the occurrence of
new
cases in leukemia in patientsattended in Florianópolis, in a Reference Center of Santa Catarina State and to verify the
relation of the incidence of
new
cases of leukemia to demographical features, clinics andhematological peripheral blood manifestations.
It is an observational, descriptive and longitudinal study that included all
new
cases ofleukemia in children and teenagers with age under 15 yëars old, attended at
Onco-
Hematology
Service of Joana deGusmão
Childhood Hospitalfrom
july 1997 to 2002.The
described measures have been utilized for data analysis. _ _ ^
We
registrated 135new
cases of leukemia in the studied period and verified leukemiain
97,8%
of white patients,58,4%
ofmale
and39,3%
of pre-school furthermore in31,1%
inpatients of Vale
do
Itajaí. Acute LymphociticLeukemia (ALL)
was
occurred in77,8%
ofcases.
As
-symptoms feverwas
refered to 65,9%, paleness in55,6%
andhemorrhage
in42,2%
of cases. In the physical examination_we noted paleness (83%), hepatosplenomegaly (44,5%)
e lymphadenomegaly'(42,2%).
Anemia
andlow
platelet count occurred in90,4%
of casesrespectively, blasts in
70,4%
and neutropenia in 51,9%.We
registrated 135new
cases of leukemia in the studied period With a prevalence ofleukemia in pre-school, male, white patients and those with origin
from
Valedo
Itajaí.The
most
frequent histologic type isALL.
The most
frequentsymptoms
are fever, paleness andhemorrhage. It is found a prevalence of paleness, hepatosplenomegaly
and
lympha-denomegaly
in physical examination.Anemia, low
platelet counts, blast presence andneutropenia are manifestation
most
frequent in blood count.RESUMO
... ..SUMMARY
... .. 1.1NTRODUÇÃO
... .. 2.OBJETIVO
... .. 3.MÉTODO
... .. 4.RESULTADOS-
... .. 5.DISCUSSÃO
... .. 6.CONCLUSÃO
... .. \REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ..NORMAS
ADOTADAS...-..' ... ..APÊNDICES
... ..ANEXOS
... .. . . . . ‹ z « z . - - . . . z - - - - » . .U . . . z z . ¢ z - . . . z z - - . - - ‹ . .U . . . z ~ z › ¢ - . . . . z . z - - - » . z zz . . . - . « . z z › ~ . . . . z ¢ › ¢ - » - - ‹ . .. . . . z z - - › . . . ¢ . . .. . . . ‹ . . . z . z z - ‹ .H . . . . z z - « . . . - . . zz . . . › z ‹ - › . . . z - . - - » - . .H . . . . › z . ‹ . › . . . z z ¢ . . . .U . . . z z z - - ~ . . . z . - › - - › ~ . .- . . . z z . . . › . . . .- Vll .1.
INTRODUÇÃO
A
neoplasia malignaou
câncer éuma
proliferação localizada de célulascom
crescimento
autônomo
ecom
tendência a perder a sua diferenciação,bem como
a invadir outros órgãos, aparelhos e sistemasl. 'A
incidência de câncer,embora
esteja freqüentemente relacionada ao avanço 'da idade,acometendo
preferencialmente as pessoas idosas,também
ocorreem uma
parcelada
população pediátrica. Apesar
do menor número
de pessoas acometidas pela doença,quando
comparado
a população adulta,há
uma
maior perda detempo
de vida produtiva nestes1nd1v1duos acarretando assim,
em
grande impacto social .V _
Nas
crianças e nos adolescentes a neoplasia maligna representaaproximadamente
2%
 4
de todos os casos de cancer
em
todo o mundo3” .Embora
os estudos descritivos e analíticos dos cânceres pediátricos sejam escassosquando comparados
ao dos adultos, observa-se nestes,uma
variação mundialna
incidênciaque
geralmente está relacionada a -fatoresdemográficos
e sócio-econômicosda
áreaestudada5°6°7.
As
neoplasias malignas pediátricastem comportamento
particular e de acordocom
as características biológicasdo
corpohumano
em
desenvolvimento, respeitando seumetabolismo e crescimento. Assim, resultam
em
quadros clínicos diferentes das apresentaçõesdos adultos,
merecendo
uma
análise que respeite suas peculiaridadesz. ~Entre os cânceres mais prevalentes nas crianças e adolescentes cita-se as leucemias, os linfomas, as neoplasias malignas
do
sistema nervoso central,do
sistema nervoso simpático e as renaisg.As
leucemias representam a neoplasia maligna pediátrica mais freqüente, sendoresponsável por cerca de
25-30%
dos casoss. Constituemum
grupo de doenças heterogêneas,com
comportamento
biológico e prognóstico distintos.As
células blásticas das leucemiasagudas representam
uma
expansão clonal,com
parada de maturaçãoem
um
estágio específicoda hematopoiese normal,
na
linhagem linfóide e/ou não-linfóidel”5”6'8.O
pico de prevalência das leucemias ocorrena
faixa etária entre dois e cinco anos deióaóef' 9.
As
leucemiaspodem
ser classificadasem
agudaou
crônica.As
formas agudasimaturas,
chamadas
blastos, namedula
ósseaem
percentual superior a25%
do
total de célulascaracteriza a leucemia agudamo.
A
leucemia crônica, mais rarana
faixa pediátrica (cerca de 3a
5%
dos casos),pode
ser classificadaem
mielóide crônica(cromossoma
Philadelfia positivo)e mielomonocítica crônica
do
tipo juvenilm.A
Leucemia
LinfóideAguda
(LLA)
corresponde a75%
dos casos e a Não-LinfóideAguda (LNLA)
a20%
dos doentes5”6*8.As
principais manifestações clínicas das leucemias são decorrentesda
invasão medulare
da
infiltração extra-medular pelas células malignasl”6”W
U2._
Anemia,
trombocitopenia e neutropenia são sinais e sintomasque refletem
o grau deinfiltração medularl”6° 10” UZJ3.
g
A
apresentação clínica da doençapode
variar desde o aparecimento de palidez, fadiga,dispnéia, palpitações, petéquias, equimoses, gengivorragia, epistaxe, outros tipos de
sangramento e suscetibilidade
aumentada
as infecçõesm'um
U2.As
alteraçõescomo
hepatomegalia, esplenomegalia, linfoadenomegalia, dores ósseas,dor abdominal,
com
ou
sem
aumento do volume
abdominal e,mais
raramente, hipertensãointra-craniana, acometimento do trato genito-urinário, da pele,
do
tecido celular sub-cutâneo,do
coração e dospulmões
são considerados sinais e/ou sintomas decorrentesda
síndromeinfiltrativa extra-medularlfi* 1°°“”12. V
K
Sintomas gerais inespecíficos
como
anorexia leve, astenia, são relativamentefreqüentes, sendo
incomum
a ocorrência de perda de peso importante ao diagnóstico1”6' 13.As
crianças e os adolescentescom
leucemia,em
geral se apresentamcom
os sinais esintomas citados anteriormente,
porém nenhum
destes isoladamente são diagnósticosou
específicos.
No
entanto, a presença de sinais e sintomas associados implicana
necessidade dese suspeitar da doença”, _
A
anamnese
eexame
fisico ainda são portanto, os principais indicadoresda
presença de doença, sendo corroborados pelohemograma,
quepode
revelar a presença de depleçõeseritrocitária, plaquetária e alterações da série branca]”6.
O
achadomais
-significativodo
leucograma é a neutroperriaum.
A
suspeita diagnóstica e o diagnóstico precoce são as armasmais
importantes paraNo
Brasil, infelizmente, o câncer continua sendo detectadona
maioria dos casosem
estadios mais avançados, fazendo
com
que persista entre a população e entre os profissionaisda
saúde, a idéia de sua incurabilidade7. 'O
diagnóstico de certeza da leucemia é estabelecido pelo aspirado e/ou biópsia demedula
óssea, que associado ao estudo citoquímico, imunofenotipagem e citogenéticaauxiliarão
a
definiçãodo
tipo histológico, dada a variabilidade de grupos biologicamentedistintos de leucemiaó.
C
'
A
abordagem
terapêutica da criança edo
adolescentecom
leucemia envolvemedidas
de cuidados gerais e de suporte,além
do
tratamento específicocom
poliquimioterapiasistêmica, tratamento intra-tecal e/ou radioterápico direcionado ao Sistema
Nervoso
Centralr 1 l '
(SNC)
e transplante demedula
ossea 0” U2.O
avançona
sobrevida nas crianças e adolescentescom
câncercomeçou
a ocorrerno
final da década de sessenta. Muitos destes avanços ocorreram provavelmente
como
resultadode esforços coordenados para tratar os pacientes de
uma
maneira mais agressiva ecom
V
. . . . , . . , . 15
abordagem
interdisciplinarem
centros oncologicos pediatncos .A
taxa de cura das leucemiascom
oemprego
dos protocolos terapêuticos atuais estãoem
tomo
de70%
tanto nos centros especializados pediátricos internacionaiscomo
nosnacionaisló.
As
crianças e adolescentes portadores deLLA
em
especial, tiveram melhora nasobrevida livre de doença
em
5 anos de61%
no
período de 1975-84 para77%
no
período de1985-94°.
V
Este estudo propõe-se a descrever a ocorrência de casos
novos
de leucemiadiagnosticados
em
um
Centro de Referência de Santa Catarina, verificar sua relaçãocom
asvariáveis demográficas,
bem
como
analisar as manifestações clínicas e hematológicasno
sangue periférico dos pacientes portadores
da doença
ao diagnóstico objetivando oDescrever a ocorrência de casos novos de leucemia e verificar sua relação
com
asvariáveis demográficas, manifestações clínicas e hematológicas
no
sangue periféricoem
crianças e adolescentes atendidos
em
um
Centro de Referênciado
Estado de Santa Catarina.3.
MÉToDo
Esta pesquisa foi
um
estudo observacional, descritivo e longitudinal realizadono
Serviço de
Onco-Hematologia do
Hospital Infantil Joana deGusmão
(HIJG), referenciadoEstado de Santa Catarina
noatendimento
deOnco-Hematologia
Pediátrica.O
estudo foi delineado de acordocom
as Diretrizes eNormas
Regulamentadoras dePesquisas
Envolvendo
SeresHumanosms
e aprovado peloComitê
de Éticaem
Pesquisacom
Seres
Humanos
da
Universidade Federal de Santa Catarina(Anexo
1).'
3.1
População
de
estudo
A
população de estudo constituiu-se de casosnovos
de crianças e adolescentescom
diagnóstico de leucemia estabelecido pelo
mielograma
e/ou biópsia demedula
óssea,atendidos durante o período de julho de 1997 a julho de`2002
no
ambulatório e enfermariadoServiço de
Onco-Hematologia
(SOH)
do
HIJG.A
confirmação diagnóstica foi efetuada utilizando-seexames
citomorfológicos,estudos citoquímicos e de imiunofenotipagem-10°]U2.
O ~
O
Critérios
de
inclusão:
- Casos
novos
de leucemiaem
crianças e adolescentescom
idade inferior a 15 anos queacessaram por livre
demanda
ou
porencaminhamento médico
oSOH
do
HIJG
no
períodode julho de
1997
a julho de 2002.Critérios
'deexclusão:
- paciente
com
diagnóstico de leucemia quechegou
aoSOH
do
HIJG
para realizaruma
modalidade terapêutica específica, por motivo de impossibilidade técnica
ou
de pessoalem
outro hospital e retomou, posteriormente, ao serviço de origem;3.2
Procedimentos
A*
Classificação Intemacional de 'Doenças para Oncologia foiempregada
para a19
codificação
da
morfologia (histologia) .A
Classificação Internacional do Câncer na Infância20
(CICI) foi utilizada para a tabulação e análise dos dados.
A
coleta dedado
foi.realizada pelo pesquisadorno
período de outubro adezembro
de2002
nos prontuáriosdo
SOH
edo
Serviço de ArquivoMédico
e Estatística(SAME)
do
HUG
através de protocolo previamente elaborado (Apêndice 1).
As
seguintes variáveis foram utilizadas neste estudo:cor/raça: segundo classificação estabelecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE)2 L22; _ .
sexo;
procedência:
conforme
as mesorregiões de Santa Catarina estabelecidas peloIBGE
(Anexo
2);tipo histológico
da
leucemiazo; V vidade
em
anos: pela data de nascimento e data de diagnósticoda
leucemia;manifestações clínicas ao diagnóstico;
exame
físico ao diagnóstico; ~A
hemograma
ao diagnóstico: eritrograma,contagem
plaquetária e leucograma de acordocom
a idadedo
paciente ao diagnóstico”.3.3.
Definições
ecategorização
de
algumas
variáveis
A
ocorrência de casosnovos
foi o termo determinado para referir a freqüência decasos
novos
e, desta maneira, diferenciardo
estudo de base populacional, o qual utilizaincidência.
7
Tipo histológico da leucemia ao diagnósticozo:
-
Leucemia
LinfocíticaAguda
(LLA);_
-
Leucemia
Não-LinfocíticaAguda
(LNLA);
-Leucemia
Mielóide Crônica(LMC).
Grupos
etários: classificação adotadano
Departamento de Pediatria da Faculdade deMedicina
da Universidade deSão
Paulo24: i- neonato: 0 a
28
dias;- lactente:
29
dias a<
2 anos;- pré-escolar: 2 anos a
<
6 anos;- escolar: 6 anos a
<
10 anos;- adolescente: 10 anos a
20
anos.Manifestações clínicas foi o termo utilizado para definir a sintomatologia ao
diagnóstico referida pelo responsável
do
paciente portador de leucemia. Este foi estratificadoem:
.- sintomas decorrentes da invasão medular pelas células malignas: dor óssea e/ou
articular; palidez cutâneo~mucosa; sufusões hemorrágicas
em
pele e mucosas;febre (2 38°C);
- sintomas decorrentes
da
infiltração extra-medular: linfonodomegalia (aumento devolume
em
qualquer cadeia ganglionar); dor abdominalcom
ou
sem
aumento do
volume do abdome; comprometimento do
SistemaNervoso
Central (vômitos, cefaléia,paresia, paralisia, parestesia e
comprometimento
de pares cranianos).- sintomas gerais inespecíficos: anorexia, fadiga e perda de peso (maior que
“10% do
O
exame
físico ao diagnóstico foi classificado em:- sinais decorrentes
da
invasão medular pelas células malignas: palidez cutâneo-mucosa;petéquias, equlmoses, eplstaxe, gengivoiragia, outros sangramentos
em
mucosas;febre (z 38°C);
- sinais decorrentes da infiltração extra-medular: linfonodomegalia
em
qualquer cadeiaganglionar;
aumento
devolume
em
abdome,
hepatomegalia, esplenomegalia;comprometimento do
SistemaNervoso
Central (vômitos, paresia, paralisia, parestesia ecomprometimento
de pares cranianos).3.4.
Análise
estatísticaOs
dados foram inseridosno programa EPI-INFO 2002
e analisados pelas freqüências dasvariáveis e tabulação cruzada das
mesmas.
'Os
procedimentos estatísticos utilizados foram as medidas descritivas, taiscomo,
média,4.
RESULTADOS
Na
presente pesquisa foram registrados 135 casos de leucemia diagnosticadosno
período de 1° de Íulho de 1997 a 31 de julho de 2002.
_
Y
A
casuística analisada foicomposta
de 132 crianças (97,8%) de cor/raça branca,uma
criança (0,7%) de cor/raça parda e duas crianças (l,5%) de cor/raça preta.
Em
relação ao sexo,79 crianças (58,5%) pertenciam ao sexo masculino e 56 (4l,5%) ao sexo feminino.
Não
ocorreu perda de seguimento clínico.Tabela
1 -Distribuição das crianças
eadolescentes portadores
de leucemia
segundo
a
mesorregião de
procedência.
-Mesorregião de
procedêncian
%
Valedo
Itajaí42
31,1Grande
Fiorianópólis 31 23,0 Sul Catarinense 30 22,2 Serrana 14 10,4 Oeste Catarinense 13 9,6 Norte Catarinense 5 3,7 Total 135 100,0Tabela 2
-Distribuição
das crianças
eadolescentes
portadores
de leucemia
segundo
o
tipohistológico
ao
diagnóstico.
Tipo
histológicon
%
LLA*
105 77,8LNLA"
26
19,2LMc***
4
3,0Total 135 100,0
Fonte: SOH/SAME/HIJG, de julho de 1997 à julho de 2002.
* Leucemia Linfocítica Aguda
** Leucemia Não-Linfocítica Aguda
*** Leucemia Míelóide Crônica
Tabela
3 -Distribuição das crianças e adolescentes portadores
-deleucemia
segundo
o
grupo
etárioao
diagnóstico.
~Grupo
etárion
%
Média
DP
Mediana
(anos) (anos) (anos)Neonato
0 A iiiiii A 0 - - - Lactente 16 1 1,8 0,5 0,5 0,5 Pré-escolar 53 39,3 3,4 1,1 4,0 Escolar 25 18,5 7,6 1,0 8,0 Adolescente 41 30,4 11-,-9 1,6 12,0 , Total135
100,0 6,4 4,3 5,0Fome; soH7"sAME/Hucz, de ju1H6iid1¿*1997 à julho de 2oo2Í" A
Tabela 4
-Distribuição
das
crianças
eadolescentes portadores
de
Leucemia
Linfocítica
Aguda
segundo o grupo
etárioao
diagnóstico.Grupo
Etárion
' °/0Média
(anos) (anos)DP
Mediana
(anos) -Neonato
ç 0 - - Lactente 13 12,4 0,5 Pré-escolar50
47,6 3,5 Escolar V20
19,0 7,6 Adolescente22
21,0 1 1,9 0,5 1,1 0,9 1,7 0,0 4,0 7,5 12,5 Total 1057 100,0 5,7 4,0 5,0Fonte: SOH/SAME/HIJG, de julho de 1997 à julho de 2002.
Tabela
5 -Distribuição
das
crianças
eadolescentes poitadores
de
Leucemia
Não-Linfocítica
Aguda
segundo o grupo
-etárioao
diagnóstico. -Grupo
Etário .n
'
%
Média
DP
Mediana
.
'
(anos) (anos) (anos)
Neonato
0 - - Lactente 2 7,7 0,5 Pré-escolar 2 7,7 2,5 Escolar 5 19,2 A 7,6 Adolescente 17 . 65,4 1 1,9 0,7 0,7 l,1_ 1,5 0,5 ~ 2,55 8,0 12,0 › Total26
- 100,0 9,5 4,0 10,5Fonte: SOH/SAME/HIJG, de julho de 1997 à julho de 2002.
Foram
diagnosticadosum
lactente,uma
pré-escolar e dois adolescentescom
Leucemia
Sintomas
n
V%
Febre 89 Palidez cutâneo-mucosa 75 Sufusões hemorrágicas 57 Fadiga z 55Dor
óssea e/ou articular34
Anorexia 32 Linfonodomegalia
26
Dor
abdominal24
Perda de peso24
Comprometimento
do
SNC*
17Massa
abdominal 8 65,9 55,6 42,2 40,7 25,2 23,7 19,3 17,8 17,8 12,6 5,9Fonte: SOH/SAME/HIJG, de julho de 1997 à julho de 2002. *
* Sintomas decorrentes do comprometimento do SNC:1cefaléia, pvômitos, paresia, paralisia, parestesla e
comprometimento de pares cranianos.
Tabela
7
-Freqüência dos prováveis sintomas
decorrentes
da
infiltração
medular
'
por
célulasleucêmicas ao
diagnóstico
nas
crianças
e'adolescentes
portadores
de
leucemia.
Sintomas
n
%
Febre' - 89 Palidez cutâneo-mucosa 75 Sufusões hemorrágicas _ 57Dor
óssea e/ou articular 3465,9 55,6 42,2 25,2
Tabela
8 -Freqüência dos prováveis sintomas
decorrentes
da
infiltração extra-medular
por
célulasleucêmicas
ao
diagnóstico
nas
crianças
eadolescentes portadores
de
leucemia.
SÍllÍOIIlaS 7 rrrrr H ll
%
Linfonodomegalia26
19,3Dor
abdominal24
17,8Comprometimento
do
SNC*
17 12,6Massa
abdominal 8 5,9Fonte: SOH/SAME/HIJG, de julho de l997_à julho de 2002.
* Sintomas decorrentes do comprometimento do SNC: cefaléia, vômitos, paresia, paralisia, parestesia e
comprometimento de pares cranianos. .
Tabela 9
-Freqüência dos prováveis sintomas
gerais inespecíficosao
diagnóstico
nas
crianças
eadolescentes portadores
de
leucemia.
Sintomas
n
'%
Fadiga 755 40,7
Anorexia
32 23,7Perda de peso
24
17,8portadores
de
leucemia.
-- Sinaisn
%
Palidez cutâneo-mucosa 112 Hepatoesplenomegalia 60 Linfoadenomegalias 57 Sufusões hemorrágicas 48 Hepatomegalia V 18 Esplenomegalia 15 Febre 1 lpComprometimento
do
SNC*
2 83,0 44,5 42,2 35,6 13,3 11,1 8,1 1,5Fonte: SOH/SAME/HIJG, de julho de 1997 à julho de 2002. -
* Sinais decorrentes do comprometimento do SNC: vômitos, paresia, paralisia, parestesia e comprometimento de
pares cranianos. `
Tabela
11 -Freqüência
dos prováveis
sinaisdecorrentes
da
infiltração
medular
por
célulasleucêmicas ao
diagnóstico
nas
crianças
eadolescentes
portadores
de
leucemia.
Sinaisn
%
Palidez cutâneo-mucosa 112 Sufusões hemorrágicas 48 Febre - 1 1 83,0 35,6 8,1 Fonte: SOH/SAME/HIJG, de julho de 1997 à julho de 2002.Tabela
12
Freqüência dos
prováveis
sinaisdecorrentes
da
infiltração
extra-medular
por
células-leucêmicas
ao
diagnóstico
nas
crianças
eadolescentes portadores
de
leucemia.
Sinais
n
%
Hepatoesplenomegalia 60 Linfoadenomegalias 57 Hepatomegalia 18 Esplenomegalia ~ i 15Comprometimento
doSNC*
2 44,5 42,2 13,3 11,1 1,5 Fonte: SO]-I/SAME/HIJG, de julho de 1997 à julho de 2002. '* Sinais deconentes do comprometimento do SNC: vômitos, paresia, paralisia, parestesia e comprometimento de
pares cranianos. _
Tabela
13
-Freqüência
das
manifestações hematológicas
no sangue
periféricoao
diagnóstico
nas
crianças eadolescentes
portadores
de
leucemia.
Manifestações hematológicas
n
%
Anemia
122 Plaquetopenia z 1 22 Neutropenia 70 Leucocitose 62 Leucopenia 36 90,4 90,4 51,9 45,9 26,7Tabela 14
-Distribuição
das
crianças
eadolescentes portadores
de
leucemia
de
'acordo
com
a
concentração de
hemoglobina
no sangue
periféricoao
diagnóstico.
Hg
(g/dl)n
_%
Média
DP
Mediana
<
7,0 50 '7,0-
11,00 70>
11,00 15 37,0 51,9 11,1 5,3 8,7 12,2 " 1,0 1,2 1,1 5,2 8,6 11,8 Total 135 100,0 7,8 2,5 7,6 AFonte: SOH/SAME/HIJG, de julho de 1997 à julho de 2002.
Tabela
15
-Distribuição das
crianças eadolescentes portadores
de leucemia de
acordo
com
a
contagem
de
plaquetas
no sangue
periféricoao
diagnóstico.
Plaquetas/mm3
n
%
Média
DP
Mediana
<
20.000 33 20.000-
100.000 79>
100.000 23 24,5 58,5 17,0 12.272,7 44.464,6 253.956,5 3.9l5,3 19.541 ,9 225.929,5 12.000,0 38.000,0 l99.000,0 Total 7 135 100,0 72.286,? 124.958,1 35.000,0Fonte: SOH/SAME/HIJG, de julho de 1997 à julho de 2002.
Tabela
16
-Distribuição das crianças
eadolescentes portadores
de leucemia de
acordo
com
a leucometria
no
sangue
periféricoao
diagnóstico.
Leucócitos/mm3
n
%
Médiam"
W
DP
7 9Mediana
W
<
10.000 59 10.000-
50.000 53>
50.000 23 43,7 39,3 17,0 4.581,4 35.098,1 309.104,3 2.954,9 ' 24.483,3 187.934,5 3.800,0 25.900,0 270.000,0 Total 135 100,0 68.443,7 l34.950,6 12.200,0Tabela
17
-Distribuição
das
crianças
eadolescentes portadores
de leucemia de
acordo
com
número
de neutrófilos
no
sangue
periféricoao
diagnóstico.
Neutrófilos/mm3
n
%
Média
DP
Mediana
<
500
' 41 30,4500
-
1.49929
21,521500
' 65 48,1 228,1 940,4 l3.649,5 154,6 307,6 35.5.57,1 231,0 860,0 4.704,0 Total 135 100,0 6.843,3 25.441,6 1.444,0Fonte: SOH/SAME/HIJG, dejulho de 1997 à julho de 2002
Observou-se a presença de blastos
no
sangue periférico ao diagnósticoda
leucemiaem
95 pacientes (70,4%).A
neoplasia malignana
criança eno
adolescente representaaproximadamente
2%
detodos os casos de câncer
em
todoo
mundo3”4”7. V `_O
Programa
de Vigilância, Epidemiologia e Resultados Finais(SEER)
registrou que aincidência
do
câncerna
criança eno
adolescentecom
idade inferior a 15 anosna
população mundial,no
período de 1992 a 1999 foi de 30,32 casos por 100.000 habitantes”.No
Brasil, estima-se que a incidência anual de câncerna
faixa pediátrica seja de pelomenos
5.000 casos novosló.Em
relação a população pediátrica, a leucemia representa cerca de 25 a30%
das neoplasias malignasna
criança e adolescentes.A
incidência mundial das leucemias é cerca de5 casos
novos
por 100.00 habitantes/ano28'29.No
período de 1994 a 1998,em
um
estudo realizadono
HIJG7, foi observado a ocorrência de 136 casos de leucemia (36,6%) entre 371 crianças e adolescentes até a idade de15 anos portadores de câncer. -
Um
estudocomparando
padrões de mortalidade infantilem
29
países”, referente aoperíodo de 1955 ai
1974, incluindo os cinco continentes, descreveu que
metade
das mortes porneoplasias malignas que ocorriam entre as crianças e adolescentes
com
idade de até 15 anosforam
atribuídas as leucemias. .Em
um
estudocomparando
a mortalidade por câncerem
22
países” constatou que,entre o período de 1950 e 1989,
houve
um
declíniona
mortalidade por câncer pediátricoem
países desenvolvidos,
como
EstadosUnidos
daAmérica
(EUA)
e Canadá,em
decorrênciado
progresso
no
tratamento das leucemias e de outras neoplasias malignas. Estes padrões demortalidade,
no
entanto, forammenos
favoráveisem
países daAmérica do
Sul.No
Brasil,uma
pesquisa realizadaem
1982 apontou o câncer, as infecções e asdoenças cardíacas
como
as principais causas de mortena
adolescência”. ›No
presente estudo foram analisados 135 prontuáriosdo
registro hospitalar deum
centro de referência para o tratamento
do
câncer pediátricoem
Santa Catarinano
período dejulho de
1997
a julho de 2002. Esses resultados,no
entanto, nãopodem
ser inferidos àrefletem
a verdadeira incidênciado
câncer,O
desconhecimento da existência de instituiçõesespecializadas
no
tratamentodo
câncer, a dificuldade de transporte elocomoção
a este centroe a procura por outros centros hospitalares
ou métodos
de terapia altemativa são os prováveismotivos para a população pediátrica não ter acesso de
forma
homogênea
a este centrohospitalar7. '
A
incidência das .leucemias é substancialmente maior nas crianças e adolescentesda
raça/cor branca
com
idade inferior a 15 anosg.Um
estudo realizado peloSEER
(EUA)8,no
período de 1973 a 1987, constatou que cerca de
82%
dos pacientescom
diagnóstico de leucemiaeram da
cor/raça branca emenos
de1%
eram
da cor/raça preta.No
presente estudo observou-se que 132 crianças e adolescentes (97,8%)eram da
cor/raça branca,
uma
(0,7%) erada
cor/raça parda e duas (1,5%)da
cor/raça preta.A
maiorocorrência das leucemias
em
crianças e adolescentes da raça/cor branca nesta pesquisapode
ser reflexo
da
etnia da nossa população”, não se podendo, consequentemente, obter ascomparações
entre as raças. _Em
um
estudo realizadono
Chiles,onde
se revisou a história clínica de77
pacientescom
leucemia, diagnosticadosno
período de julho 1977 adezembro
de 1980, observou-se que63,3%
dos pacientes pertenciam ao sexo masculino.'
Em
relação a análisedo
sexo nesta pesquisa, constatou-seque
89 crianças eadolescentes (5 8,5%) pertenciam ao sexo masculino e 56 (41,5%) ao feminino, concordando
com
a literatura consultada5*6. -Considerando-se a procedência geográfica dos pacientes estudados (Tabela 1),
observou-se maior ocorrência de casos
novos
provenientes da mesorregiãodo
Valedo
Itajaí(31,1%
dos casos), seguida pela mesorregião daGrande
Florianópolis (23,0%) e Sul Catarinense (22,2%).A
maior participaçãoda
mesorregiãodo
Valedo
Itajaí,da Grande
Florianópolis e
do
Sul Catarinensepode
ser explicada pela proximidadecom
este centro dereferência para o tratamento
do
câncer pediátrico.A
baixa ocorrência de casos novos deleucemia observada
na
mesorregião Norte Catarinense provavelmente foiem
decorrênciada
existência de
um
centro oncológico pediátrico naquela região.*
A
LLA
é afonna
maiscomum
de leucemia, correspondendo a cerca de 80 a85%
dospacientes6”33.
Um
estudo realizado nosEUA9,
entre 1990 e 1995, revelou que aLLA
idade inferior a 15 anos.
A
LNLA
correspondeu a cerca de16%
e aLMC
a`2%
naqueleestudog. .
Em
outra pesquisa realizada nosEUA8,
envolvendo 9.308 pacientes portadores de câncer,com
idade inferior a 15 anos, referentes ao período de 1973 a 1987, revelouque
23,6%
dos casos correspondiam a leucemia e a proporção entre os tipos histológicos foisemelhante ao estudo anteriormente citado9._ _
Dos
135 pacientes analisados nesta pesquisa, 105eram
portadores deLLA
(77,8%),26
deLNLA
(19,2%) e 4 deLMC
(3%)
(Tabela 2), concordandocom
a literatura consultada1,5, ó, s, 9, 33,34
No
estudo realizado nosEUA,
referente aos anos de 1990 a 19959, observou-setambém
que a variabilidadeda
contribuição relativa da leucemia para a taxa total de câncerdiferiu
com
a idade, atingindo seu picomáximo
de incidência entre dois e três anos de idade.Naquele
estudo9, observou-se ainda que aLLA
teve pico de incidência entre os 2 e 3 anos deidade, a
LNLA
nos dois primeiros anos de vida.A
LMC
apresentou 2 picos de incidência,um
no
primeiro ano de vida e outropróximo
aos dez anos de idade.'
Entre 1988 e 1996,
no
estudo realizadoem
Lousiana(EUA)34
observou-se resultados semelhantes.A
contribuição relativada
leucemia naquele estudo” foi de42%
do
total decasos
novos
de câncer aos 2 anos de idade. ' 'Concordando
com
a literatura chilenas e inter°nacional9”34, Lautaro Vargas et al'em
1980 observouque
a maior concentração dos casos de leucemia foi encontradono
grupo pré- escolar.No
presente estudo observou-se predomínio da leucemiano
grupo pré-escolar (39,3%)(Tabela 3), concordando tanto
com
a literatura americana9”34, quantocom
a literatura sul-americana”. Este fato
pode
ser explicado pelo fato da maior percentagemda
populaçãoem
estudo constituir-se de portadores de
LLA
(Tabelas 2 e '4).As
Leucemias-Não-Linfocíticas(LNLA
eLMC)
tem comportamento
biológicodiferente
da
LLA
no
que se refere a faixa etária de incidência9”29. Este fatopôde
ser observadopor tun segundo pico de ocorrência da leucemia (30,4%)
no
grupo adolescente nesta pesquisa(Tabelas 3 e 5).
O
quadro clínico das leucemias refletem a substituição difusada medula
óssea porcélulas neoplásicas e a disseminação destas para a corrente sangüínea, determinando a
A
anamnese
e oexame
físico são os principais indicadoresna
suspeita de doençasneoplásicas malignas”. _
A
suspeita diagnóstica de leucemia continua sendo clínica e morfológica, apesarda
importância crescente de
métodos
como
a citoquímica, imunologia e estudo genotípicona
determinação
do
tipo histológico”. "Nas
leucemias, a febre_pode
estar relacionadacom
a presença de infecção, decorrente principalmentedo
número
reduzido de granulócitos,ou
pela produção e liberação depirogênio
endógeno
pelas células malignasem
proliferação36.A
inclusão das neoplasias malignasno
diagnóstico diferencialda
febre de origemobscura é fundamental36*37, pois estes casos estão freqüentemente associados ao câncer
na
infância e adolescência”.
V
Em
um
estudo publicadoem
1991na
Áfricado
Sul”, relatou-seque
as leucemiasagudas foram as neoplasias malignas mais freqüentemente associadas a febre de origem
obscura.
Em
1987,em
um
estudo publicadona
Índia”,com
287
pacientes portadores deLLA,
atribuiu-se as infecções o motivo da febre
em
82 casos. `A
febre estava P resente ao dia nóstico 8em
cerca de60%
dosP
acientesP
ortadores deleucemia analisados
em
estudos chilenos realizadosna
década de 8015.No
presente estudo, concordandocom
a literatura consultada”, a febre foi o sintomamais freqüente referido pelo responsável
do
paciente, sendo observadoem
65,9%
dos casos(Tabelas 6 e 7).
No
entanto,no
primeiroexame
físico realizadono HIJG,
oexaminador
observou este sinalem
somente8,1%
dos casos (Tabelas 10 e 11).A
palidez cutâneo-mucosa decorrentedo
síndromeanêmico
queacomete
o pacientecom
leucemia ocorre pela expansão das células neoplásicasna
medula
óssea, conduzindo afalência
do
sistema hemopoiético35'36.A
anemia
é geralmente de instalação lenta eprogressival. .
Em
um
estudo realizadono
Chile5_em
1982,com
77
pacientes, observou-seque
40,2%
destes referiram palidez cutâneo-mucosa
na
ocasião do diagnósticoda
leucemia.Naquele
5 . A . z . ,_
`
estudo a palidez cutaneo-mucosa for o segundo sintoma mais frequente.
Em
outro estudo realizadono
Chile]em
1980, observou-se queem uma
amostra de94
casos de leucemia,
78%
dos pacientes apresentavam palidez cutâneo-mucosa ao diagnóstico.. Nesta pesquisa constatou-se a presença de 'palidez cutâneo-mucosa
em
55,6%
dospacientes (Tabelas 6 e 7), sendo o segundo sintoma
em
freqüência referido pelo responsável da criança e/ou adolescente.A
presença da palidez cutâneo-mucosa observada aoexame
flsico esteve presente
em 83%
dos pacientes (Tabela 10 e 11). Este foi o sinal maisfreqüentemente detectado pelo examinador, concordando
com
outrosestudos”
.5
A
síndrome hemorrágica decorrenteda
leucemia é geralmente secundária aplaquetopenia decorrente da infiltração medular das células neoplásicas malignas29°35' 39.
Em
relação as manifestações das sufusões hemorrágicashouve
grande variabilidadeem
dois estudos 'chilenos realizados
na
década de 8015.A
ocorrência de sufusõeshemorrágicas foi de
18,2%
e70,2%
nos estudos de GloriaLevy
et als e Lautaro Vargas et all,respectivamente. 7 '
No
estudo. realizado por GloriaLevy
et als, a presença de sufusões hemorrágicasobservadas pelo examinador esteve presente
em
35,1%
dos pacientes.A
queixa de sufusões hemorrágicas referida pelo responsáveldo
paciente situou-seentre os quatro sintomas mais freqüentemente relatados (42,2%) ao diagnóstico de leucemia,
no
presente estudo (Tabelas 6 “e 7).No
exame
físico, as sufusões hemorrágicasforam
observada
em
35,6%
dos pacientes (Tabelas 10 e ll), concordandocom
as literaturas sulamericana e norte americanas' 1°. i
A
dor ósteo-articular é outro sintoma decorrente da proliferação neoplásica malignamedular. Ocorre infiltração de células malignas
na
região sub-periostal dos ossos epróximo
as articulações29”35°36.
Pode
estar presenteem
cerca de30%
dos casos de leucemia,podendo
ser o sintoma de apresentação da doençan.
A
dor é geralmente de forte intensidade e deveorientar,
quando
associado a anemia, para a possibilidade diagnóstica de leucemias .'
Estudos sul-americanoshs observaram a ocorrência de dor ósteo-articular
em
aproximadamente
26%
dos pacientes.Em
outro estudo realizado nosEUAIO
descreveu-se aincidência de dores ósseas
em 23%
dos pacientescom
LLA.
VNo
presente estudo foi constatado a presença de dor óssea e/ou articularem
25,2%
da
população de estudo (Tabelas 6 e 7), concordando
com
a literatura sulamericana”
e norteamericanam. '
Os
pacientescom
hemopatias malignaspodem
ainda apresentar sintomasinespecíficos,
ou
seja, desânimo, fraqueza e cansaço. Estes,quando
associados a palidez daA
fadigatem
sido mais treqüentementezassociada a casos de doenças malignashematológicas
do
que a tumores malignos sólidos”.Na
LMC
a fadiga é o sintoma maiscomum
de apresentação ao diagnóstico, ocorrendoem
pelomenos
um
terço dos pacientes4°.Em
um
estudo sul americanol, realizadoem
1982, a fadiga foi referida por38%
dos94
pacientes estudados.
_ _
No
presente estudo observou-se que40,7%
dos responsáveis pelos pacientes referiramfadiga ao diagnóstico (Tabelas 6 e 9) concordando
com
o estudo realizado por Lautaro Vargaset all.
`
A
infiltração de células leucêmicasem
tecido extra-medulartem
como
uma
de suasmanifestações clínicas alinfoadenomegalia]*6'l°*1U2°35'36.
As
hipertrofias ganglionares devidoa proliferação de células neoplásicas geralmente
cursam
sem
dorou
sinais flogisticos eacometem
todo o sistema gang1ionar36.E
Margolin e
Poplackm
descreveram que a linfoadenomegalia apresentou-seem uma
freqüência de
50%
na
ocasião do diagnóstico deLLA.
`Em
1982,no
Chile,um
estudos relatouque
a linfoadenomegalia foi referidaem
9,1%
dos pacientes.
No
entanto, aoexame
fisico estava presenteem
63,3%
naquele estudos.No
presente estudo a linfoadenomegalia estava presenteem
19,3%
das queixasreferidas pelos responsáveis
do
paciente (Tabelas 6 e 8) e foi detectado aoexame
fisicoem
42,2%
dos casos (Tabelas 10 e 12)._
`
Outras manifestações extra-medulares são a hepatomegalia e a esplenomegalia. Estas
alterações
podem
aparecer para o pacientecomo
aumento
devolume
abdominalou
serdetectada pelo
médico
aoexame
físico35”36. »No
estudo realizado por Lautaro Vargas et alem
1980], foi descrito que50%
doscasos apresentavam
algum
tipo de síndrome infiltrativa extra-medular.Ao
diagnóstico deLLA,
Margolin ePoplackm
referiu a presença dehepatoesplenomegalia
em 68%
dos pacientes, e a presença isolada de esplenomegalia ocorreuem
63%
dos casos. -No
presente estudo observou-se apenas5,9%
de queixa demassa
abdominal (Tabelas 6 e 8).A
presença de hepatoesplenomegalia foi de44,5%
(Tabela 10 e 12), inferior aodo
estudo anteriormente citadow.
Os
sinais e sintomas neurológicospodem
ocorrerno
paciente leucêmico devido a(SNC)
por células leucêmicas36. Especial atenção deve-se terem
relação aoSNC,
devido acapacidade
da
barreira hemato-encefálica de impedir a penetração de drogas,com
necessidade, portanto, demanejo
profiláticos. -Emsuma
pesquisa realizadaem
1984 pelo Departamento de Patologiado
CentroMédico
da Universidade de V.anderbilt41,no
Tenessee(EUA),
incluindo 102 pacientescom
diversos tipos histológicos de leucemia, foi diagnosticado envolvimentodo
SNC
em
5pacientes (4,9%).
C
Outro estudo publicado
no
Brasilem
19916 observou quemenos
de5%
dos pacientescom
LLA
tinhamcomprometimento do
SNC
ao diagnóstico.Considerando os sinais e sintomas clínicos de envolvimento
do
SNC
como
cefaléia,vômitos e acometimento de pares cranianos, observou-se que estas manifestações
foram
referidas pelos responsáveis
do
pacienteem
12,6%
dos casos estudados (Tabelas 6_e 8) e foiconstatado pelo examinador
em
1,5%
dos pacientes (Tabelas 10 e 12).As
leucemiaspodem
produzir a depleção das três linhagens sangüíneas, sendo incluídacomo
uma
das causas de pancitopenia periférica”. Essa insuficiência medular deve-se principalmente a invasão de blastosna
medula
ósseal°l0”l U2. `A
anemia
está -presente ao diagnósticona
maioria dos pacientes leucêmicos36. Estudosódo descrevem quena
LLA,
aanemia
estava presenteem 80%
dos pacientes..,.. _, ,
Em
outro estudo, o hematócrito entre 11 e30%
foi encontradoem
até69,1%
dospacientesl, enquanto que níveis de
hemoglobina
menores
que 9,0 g/dl estavam presentesem
cerca de
76,6%
dos pacientess.Na
presente pesquisa, concordandocom
a literatura consultada”, observou-se aoeritrograrna que
90,4%
dos pacientes tinhamanemia
(Tabela 13) e que88,9%
dos pacientesapresentavam níveis de
hemoglobina
abaixo de ll g/dl e37%
abaixo de 7,0 g/dl (Tabela 14).A
plaquetopenia decorrente da infiltração medularpode
produzir diversos tipos desangramento”.
As
hemorragias severas ocorrem geralmentecom
contagem
de plaquetasabaixo de 20.000
unidades/mm3
e principalmentequando
associadas as infecçõesó.Em
um
estudo” sobre a mortalidadena
LLA
constatou-se que a hemorragia isoladaou
associada as infecções causou36,3%
dos óbitos.Outro estudom referiu que
28%
dos pacientescom
LLA
apresentavamcontagem
deplaquetas abaixo de 20.000
unidades/mm3
ao diagnóstico.,Estudos realizados
na
América do Nortew
eAmérica
Latina] referiram queaproximadamente
25%
dos pacientes apresentamcontagem
plaquetária acima de 100.000unidades/mm3. " 1
E
Constatou-se neste estudo, concordando
com
as literaturas norte-americanalo e latino-americanal, que
90,4%
dos pacientes apresentavam plaquetopenia ao'hemograma no
diagnóstico
da
leucemia (Tabela 13) e58,5%
apresentavamcontagem
de plaquetas entre20.000 e 100.000
unidades/mm3
(Tabela 15).A
Na
presente pesquisa, concordandocom
o estudo realizado nosEUAIO,
24,4%
dospacientes apresentavam
contagem
de plaquetas inferior a 20.000 unidades/mm3. _Em
relação a leucometria observadano
hemograma,
a literatura sulamericana”
consultada referiu índices abaixo de 10.000 unidades/mrn3
em
37
a55%
dos pacientes portadores de leucemia. '_Outro estudolo, realizado nos
EUA,
referiu que53%
dos pacientescom
LLA
possuíamcontagem
de leucócitos abaixo de 10.000unidades/mm3
ao diagnóstico. .No
presente estudo, observou-se que 36 pacientes (26,7%) apresentavam leucogramacom
menos
de 4.000 leucócitos/rnm3 (Tabela 13).'A
leucometria abaixo de 10.000unidades/mm3
ocorreuem
59. dos casos (43,7%) concordandocom
os estudos anterionnenteziiad0s'~5›*° (Tabela 16). t
A
infecção éuma
complicação dos pacientes portadores de leucemia, estando este fatodiretamente ligado
com
a imunidade celular e aonúmero
de fagócitosno
sangue periféricodo
paciente”.
As
criançascom
contagem
absoluta de neutrófilos persistentemente abaixo de500
unidades/ ul
tem
maior risco de infecção38. "Observou-se nesta pesquisa 70 pacientes (5l,9%)
com
neutropenia (Tabela 13) e 41pacientes (30,4%)
com
número
de neutrófilos abaixo de500 unidades/mm3
(Tabela 17).Não
encontrou-se
na
literatura consultada estudos sobre a presença de - neutropenia,impossibilitando a realização de comparações.
Na
leucemia, aindapode
estar presente a leucocitose”, refletindo a proliferação edisseminação tumoral leucêmica para o sangue periféricol”35.
Em
um
estudo latino americanos,40%
dos pacientescom
leucemia apresentavamcontagem
de leucócitosacima
de 20.000 unidades/mm3.Outro estudoó , realizado
no
Brasil, observou em- cerca de20%
das criançascom
LLA,
contagem
inicial de leucócitosacima
de 50.000 unidades/rrm13..
No
presente estudo,17%
dos pacientes apresentaram leucocitose acima de 50.000unidades/mm3
(Tabela 16) concordandocom
o estudo citado anterionnentes . .O
acúmulo
de blastos leucêmicos na leucemia aguda resulta da expansão clonal dascélulas primitivas transformadas,
bem
como
da
falha na maturação. até células terminaisfuncionais”.
No
estudo latino-americanos realizado entre 1977 e 1980, envolvendo 77 pacientespediátricos, observou-se que
%
dos pacientes apresentavam blastosno
sangue periférico.No
presente estudo verificou-se que70,4%
doshemogramas
apresentavam blastosno
. , . 5
sangue periferico, concordando
com
os valores encontrados naquele estudo .As
leucemias nas crianças e nos adolescentes são doenças passíveis de tratamento ena
maioria dos casos
com
bom
prognóstico.A
suspeita diagnóstica,bem como
oencaminhamento
precoce para tratamentoem
centros oncológicos pediátricos continua sendo. - ~ . 141
o
melhor
indicador deuma
evoluçao favoravelda
doença ' 5.Objetivando-se o diagnóstico precoce é necessário que os profissionais da área da
saúde
tenham
conhecimento das manifestações clínicas e hematológicas desta doença.A
presença de sinais e sintomas decorrentes
da
associação entre a invasão medular e ainfiltração extra-medular implica
na
necessidade de se suspeitar da doença e encaminhar opaciente para centros oncológicos pediátricos, possibilitando assim,
abordagem
ó.
coNcLUsÃo
Registra-se 135 casos
novos
de leucemiano
SOH
do
HIJG
no
período de estudo. 'Há
predomínioda
leucemiano
pré-escolar, sexo masculino, raça/cor branca ena
mesorregião de procedência
do
Valedo
Itajaí.O
tipo histológico predominante ao diagnóstico é aLLA.
Os
sintomas mais freqüentes ao diagnóstico são febre, palidez cutâneo-mucosa esufusões hemorrágicas.
Há
predomínio aoexame
ñsico de palidez cutâneo-mucosa, hepatoesplenomegalia,linfoadenomegalias e sufusões hemorrágicas.
Anemia,
plaquetopenia, presença de blastosno
sangue periférico e neutropenia são asREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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