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FEDERAL
DE
S
UNIVERSID
CENTRO DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
~
ERMAGEM
RADUAÇAO
EM
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CATARINA
CURSO DE
G
ENFERIVIAGEM ASSISTENCIAL
APLICADA
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A
FAMÍLIA
DA
CRIANÇA
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2 U u I. U! E) nz in ~L ` _) ×' LI-I Florianópolis,agosto
de
2000
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE
CIENCIAS
DA
SAÚDE
CURSO DE
GRADUAÇÃO
EM
ENFERMAGEM
ENFERMAGEM
ASSISTENCIAL
APLICADA
AssIsTINDoA FAMÍLIA
DA
CRIANÇA
COM
DIAGNÓSTICO
DE
CÂNCER,
EM
UMA
UNIDADE
DE
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A
PARTIR
DO
REFERENCLAL
DE WANDA
DE
AGUL4R
HORTA
Trabalho de Conclusão da disciplina
Enfermagem
Assistencial Aplicadado
Curso deGraduacao
em
Enfermagem
da
Universidade Federal de Santa Catarina
Acadêmicas:
Ana
Cristina Rossoni PedrozoKelly Cristina
Albuquerque
da SilvaOrientadora:
Msc.
Ana
Izabel Jatobá deSouza
Supervisora: Eni” Rosângela Inês
Wahys
Banca
examinadora: Dra.Vera
Radunz
Msc.
EdilzaMaria
RibeiroMas
elanão
iria sumir; só VocêM
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OS
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GRADE
CIMEN T OS
~
Enfim, chega o
momento
de agradecer. Muitas sao as pessoasque
merecem
agradecimentos, pois de
uma
forma
ou de
outra, contribuíram ao longo de nossa caminhada.É
muito diñcilnomear
cadaum
que esteve conosco, cada amigo, o incentivo, acompreensão,
porém
gostaríamos de agradecer a algumas pessoasem
especial:Aos
nossos pais, pelos ensinamentos e valores que fizeram de nós oque
somos
hoje;Às
crianças e suas famílias que nosderam
a oportunidade de acompanha-las ecompartilharam conosco
um
pouco
de suas vidas, nos ensinandoque
vale apena
viver,À
nossa orientadoraAna
Izabel, por suaimensa
paciência,amizade
e por ter nos mostrado o quantotemos
potencial;À
nossa supervisora Rosângela e aos funcionários da unidade de intemação oncohematológica pela paciência e contribuição para o nosso aprendizado;Às
professorasVera
Radünz
e EdilzaMaria
Ribeiro pelas sábias palavrasque
nosforam
muito úteis para este trabalho,Ao
Sidnei, pela paciência, pelo “colinho” oferecidoem
momentos
dificeis e porÀ
minha companheira
Ana
Cristina por terme
emprestado tantas vezeso
seuombro
ami
go;À
minha amiga
e companheira Kelly, queme
mostrouque
a sensibilidade éuma
virtude e nãoum
defeito, eque
chorar não é “anti-ético”;E
finalmente à Deus, por ter estado presenteem
todos osmomentos
bons
e ruins,iluminando nossos
caminhos
e guiando nossos passos, pois senão
fosse Elenão
teríamoschegado
ao fim de mais esta jomada.RESUMO
Trata-se
do
relato deuma
prática assistencial realizada na unidade de internaçãooncohematológica
do
Hospital Infantil Joana deGusmão,
no
período de27
demarço
à06
dejunho
do corrente ano,como
cumprimento
da DisciplinaEnfermagem
Assitencial Aplicada,do
Curso deGraduação
em
Enfermagem
da
Universidade Federalde
Santa Catarina.O
presente trabalho teve
como
objetivo geral assistir a criançacom
diagnóstico de câncer e suafamília,
em uma
unidade de internação, a partir pelo referencial teórico deWanda
de AguiarHorta, além de contribuir para a elaboração de
uma
metodologia de atendimento à família apartir
do
projeto assitencial. Foi utilizadoum
instrumento adaptado por Brasil e Gaynett (1998) e revisado por Pedrozo e Silva (2000) a partirdo
Histórico deEnfermagem
de
Horta (1979) para o levantamento das necessidadesque
encontravam-se afetadas na família.Além
deste, foi utilizado a observação e aparticipaçãono
cuidado diáriocom
as crianças. Entre asnecessidades afetadas encontradas nas famílias,
podemos
ressaltar a de: sono e repouso, nutrição , segurança emocional e informação.A
partir destas informações,ou
seja,do
Diagnóstico de
Enfermagem, foram
planejadas ações, na tentativa de minimizar os prejuízoscausados pelo estresse
da
doença e da hospitalização. Dentre estas, citamoscomo
de grandeimportância a realização de reuniões
com
os familiares acompanhantes.Foram
realizadascinco reuniões. Destas, três exploraram o aspecto emocional dos acompanhantes,
com
temáticas
que
versavam
sobre “o antes e o depois da doença”, “identificandoquem
ajuda equem
pode
ajudar”,'uma estava relacionada a orientações educativas e a última realizada, tratava sobre as percepções a respeitodo
trabalho desenvolvido pelas acadêmicasna
unidade.Concluímos
que este trabalho permite a inclusão da famíliacomo
unidade a ser cuidada pelaEnfermagem,
pois ainda nos dias de hoje, aEnfennagem
tem
como
foco principalo
cuidado da criança, sendo a família percebida apenascomo
contexto e unidade de cuidado. Ampliarestas dimensões traz
um
novo
significado para a prática deEnfermagem
e contribui para osSUMÁ
Rio
1.
INTRODUÇÃO
... .Ds2.
REVISITANDO
A
LITERATURA
2.1.
Conhecendo melhor o
mundo
da
criança doente e sua família ... .. 132.2.
Conhecendo o
câncer ... ..222. 3. Aspectos Éticos ... ..3O 3.
REEERENCIAL
TEÓRICO
3.1.Conhecendo
a
teórica ... ..32 3.2. Sínteseda
teoria ... ..33 3. 3. Pressupostos ... . .33 3.4. Conceitos selecionados ... ..34 3.5.O
Processo deEnfermagem
... ..35 4.OBJETIVOS
4.2. Geral ... ..37 4.2. Especzfico ... ..37 5.METODOLOGIA
5.1. Descriçãodo
local ... ..38 5. 2.População
alvo ... ..39 5.3.Plano
deação
... ..39 6.RELATANDO
OS
RESULTADOS
... ..41 7.RELATO
DE
VIVÊNCIA
... ..ós s.REFLEXÕES
SOBRE
O
RELATO DE
VIVÊNCIA
... ..749.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
... ..77 10.BIBLIOGRAFIAS
CIT
ADAS
E
CON
SULTADAS
... ..8OANEXOS
1.
INTRODUÇÃO
Este relatório é resultado
do
estágio realizadoem
cumprimento
à disciplina“Enfermagem
Assistencial Aplicada”(INT
5134), parte integrante da VIIIUnidade
Curriculardo
Curso deGraduação
em
Enfermagem
da Universidade Federal de Santa Catarina. Foidesenvolvido na
Unidade
deIntemação
Oncohematológicado
Hospital Infantil Joana deGusmão,
no
período de27
demarço
a06
de junho de 2000, tendocomo
orientadora a Eni”Msc.
Ana
Izabel Jatobá deSouza
ecomo
supervisora a Enf' Rosângela InêsWahys.
Tivemos
como
proposta inicial a assistência a família da criança intemada, frente aofenômeno
da hospitalizaçao edo
diagnóstico de câncer.Optamos
por utilizaro marco
referencial deWanda
de Aguiar Horta - Teoria dasNecessidades
Humanas
Básicas-
por adequar-se aos nossos objetivos, por ser a teoriacom
que tivemos contato durante nossa vida acadêmica e
também
por existir a intenção, por parteda
Unidade Oncohematológica
em
utilizar este referencial, já que existiaum
modelo
de Processo deEnfermagem
baseadoem
Horta (1979) (anexo 1), adaptado por Brasil e Gaynett(1998) (anexo3), que ainda estava
em
vias de implantação efetiva.Para fundamentar nossa proposta,
buscamos
bibliografias a respeito da família, criançae câncer,
que
serão abordadas mais detalhadamenteno
decorrer deste trabalho.Os
motivos que nos levaram a desenvolver este trabalho foram diversos e diferentes.“Para
mim,
Ana
Cristina, o interesse foi despertadono
primeiro contato que tive na graduação9
onde
prestávamos assistência à criançaem
centros de saúde.A
partir dali tive certeza de queera
com
elasque
gostaria de trabalhar. Tinhauma
afinidade grandecom
elas, deuma
forma
ou
de outra nos entendíamos muito
bem
e sabia que poderia fazer muito maisdo que
imaginava.O
mundo
infantilme
fascina.É
um
universo de potencialidades a ser descoberto.No
segundo semestre de 1998, tivemosuma
disciplinachamada Enfermagem
nasIntercorrências Clínicas, a qual era dividida
em
blocos de estágio,um
deles era realizadoem
unidades de intemação pediátrica.
Minha
vontade de poder fazer algo por aqueles sereshumanos
pequeninos e frágeis cresceu ainda mais vendo-asem
situação delicada enecessitando de cuidado dobrado. Durante
uma
visita à unidade de intemação oncohematológicado
Hospital Infantil Joana deGusmão
realizadano
decorrerdo
estágiosupracitado, percebi
que
as crianças e suas famíliasque
ali se encontravam precisavamde
cuidados especiais. Isto não se refere a quimioterapias, medicações de horário
ou
conversastécnicas
com
os médicos,mas
sim o carinho e toda forma de afetoque
possa serdado
a elas. Esta impressão acentuou-se quando,no
início deste ano, por sugestão da orientadora destetrabalho, resolvi realizar
um
estágio extra-curricularna
unidade.Vi
queum
pequeno
gesto, por mais simples que seja,pode
serimensamente
recompensado.Um
minuto que
damos
deatenção
que
nos seja retribuídocom
um
sorriso já éimensamente
gratificante.Além
do
que, ainda háum
receio muito grande por parte da sociedade e atémesmo
pelos profissionais da saúdecom
relação ao câncer.A
idéia da morte, o sentimento de pena e impotência afastamuitas pessoas deste universo
que
ainda precisa ser desmitificado.Já tinha consciência que seria
uma
caminhada
longa e desgastante, pois trabalharcom
famílias e criançascom
diagnóstico de câncer exigeum
preparo tanto prático quantoemocional.
Mas,
que sentido teria a vida se nãohouvessem
obstáculos a serem vencidos? Sabia que poderia fazer algo por elas e, não hárecompensa
maiordo que
um
sorn`so decriança. ” J
“Já para
mim,
Kelly, tudocomeçou
na quinta fase,quando
estagiávamos na pediatria,10
Quando
eu tinha oito anos, perdium
irmão de oitomeses
por falência renal, de_forma
repentina.
Apesar
dapouca
idade, eu sabiao
que estava acontecendo, só não sabia o motivo.Quando
tudo isso aconteceu,ninguém
me
explicou nada, não falaram nada, não fizeram nada pormim,
naopude
nem
me
despedir.Eu,
como
membro
da famíliame
sentisem
apoio algum.Demorou
muito para eu entender e aceitar tudo o que houve.Numa
situaçãocomo
estaem
que se perdeum
ente queridoou
encontra-se hospitalizado, é desuma
importânciao
apoio da própria família e da equipe que está envolvida.Por ser a oncologia
uma
área que lida potencialmentecom
o
“ fantasma” da morte epelo fato
da
família precisar muito de apoio e esclarecimentos, escolhi esta área.Não
gostariade ver mais as famílias passarem por este sofrimento
sem
terum
ombro
onde pudessem
serconfortados.”
Prestar assistência à família das crianças hospitalizadas ainda é
um
desafio para aEnfermagem,
pois geralmente não é rotina das instituições olhar a famíliacomo
parte integrantedo
contexto de “ estar hospitalizado”.Segundo
o Estatuto da criança edo
Adolescente (1995), Capítulo II, art. 12 “osestabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a permanência
em
tempo
integral deum
dos paisou
responsável, nos casos de intemação de criançaou
adolescente.” Assim, esta pessoa passa a fazer parte
do
cotidiano hospitalar e toma-senecessário
que
aEnfermagem
esteja preparada para atender esta família.Para cuidar, é necessário
que
se tenha alguns ingredientescomo:
conhecimento,flexibilidade, paciência, honestidade, confiança, humildade, esperança e coragem.
Em
nossaprática tivemos oportunidade de observar que muitas vezes alguns desses ingredientes estão
falhos
no
cuidado.Ainda
hoje a equipe de saúdetem
como
foco único e exclusivo a criança,vendo
a família apenascomo
unidade de cuidado, ignorando suas necessidades.Sendo
assim,ll
também
como
unidade
que
precisa ser cuidada. Frente a estas constataçoes,buscamos
atender este
novo
cliente-
a família-
e tentar sensibilizar aEnfermagem
para este cuidado.Para
que pudéssemos
trabalharcom
as famílias demodo
quefizéssemos
delas unidadesa serem cuidadas, sentimos a necessidade de desenvolver
um
instrumento atravésdo
qual levantaríamos tais necessidades e a partir delas planejaríamos nossas ações.Sendo
assim, durante o períodoem
que estivemos na unidade, desenvolvemosalgumas
atividades, entre elaspodemos
citar as oficinas, reuniões e diálogos informaiscom
paisou
acompanhantes, que na grande maioria das vezes, era a mãe.Poucas foram
as crianças que encontravam-seacompanhadas
por seu pai, avósou
tios. Durante estas realizações, vários aspectos noschamaram
a atenção.Um
dos fatos mais relevantes quenotamos
foi o de que a criança internada refletia o estado emocional daqueleque
o acompanhava. Seuma
mãe
mostrava-seapreensiva
com
o problema do
ñlho, a criança tomava-se angustiada, ao passo que se oacompanhante
tranqüilizava-se, a criança sentia-se mais segura.Podemos
ilustrar esta constataçãocom
um
fato que presenciamos. T, 31 anos,mãe
deM,
12 anos.Após
terminado o tratamento contrauma
Leucemia
LinfocíticaAguda,
a criançajá encontrava-se livre deste a
um
ano e três meses. Foiquando
iniciaramnovos
sintomas ereceberam a notícia de que a
doença
havia recidivado.Desde
omomento
em
que a noticia foidada,
T
não conseguia parar de chorar.O
que
maisouvíamos
dela era:“Vai
começar
tudode
novo... temosque
ser fortes.Tudo
de novo. ”( T, 31 anos)Estas palavras, muito repetidas pela
mãe
e diante de todoo
desespero desta,M
tornava-se cada vez mais calado, introvertido.
Desde que
o conhecemos, sempre foiuma
criança quieta,
mas
nos diasque
se seguiram à descoberta de recidiva, essa introversão acentuou-se.Concordamos
com
Whaley
eWong
(1999, p. 458)quando
dizem que “a crise dadoença
e hospitalizaçãona
infância afeta cadamembro
do
restoda
família nuclear e,em
grausvariados,
membros
do
resto da família.Por
ser a famíliaum
sistema de partes12
um
dos outrosmembros. Sob
circunstâncias normais, os pais constituem a forçadominante da
família, entretanto,
quando
a criança adoece ela geralmente setoma
a força principal e,como
tal, provoca respostas importantes
em
todos os outrosmembros
da
família.”Sendo
aEnfermagem
Oncológica Pediátricauma
áreana
qual ainda paira a idéia demorte, sofrimento, muitos profissionais tentam manter certa “distância” deste universo, por hora
pouco
explorado.Pretendemos
com
este trabalho, contribuir paraque
mais profissionais e estudantestenham
seu interesse despertado para esta temática, e tentar, atravésdo
relato denossas experiências, desmitificar o
pensamento
deque
trabalharcom
criançascom
diagnósticode câncer e suas famílias
não
é só sofrimento e dor,mas
também
servecomo
grande lição de2.
RE
VISITANDO
A
LI
TERA
TURA
2.1.
Conhecendo melhor o
mundo
da
criança doente e sua famíliaPara
Whaley
eWong
(1989, p. 14), “essencialmente, todas as crianças são semelhantes.Seguem
omesmo
padrão de desenvolvimento e maturação, enquanto que, aomesmo
tempo,sua constituição hereditária, sua cultura e suas experiências,
fazem
de cadauma
delasum
indivíduo distinto e único.As
crianças diferem quanto a sua velocidade de crescimento, suaestatura final e suas capacidades,
bem como
quanto à forma pela qualrespondem
ao seuambiente”. `
Independente
do
estágio de desenvolvimento da criançaou
de sua condição de saúde,ela deve ser respeitada
como
serhumano.
Quando
trata-se deuma
criançacom
diagnóstico decâncer,
ocorrem
muitas mudanças,mudanças
essasque
são diferentes dasque ocorrem
com
uma
criança sadia.A
criança doenteou
que necessita de hospitalização, além de sofrercom
adoença,
com
o
tratamento,também
sofrecom
o estresse,com
amudança
de ambiente, de suarotina, e ainda passa pela separação dos familiares e de seus amigos.
A
criança,como
todo serhumano, tem
direito aum
lugarno mundo, ou
seja, ao seu espaço. Este espaço lhe é garantido não por ocuparum
lugar ñsico,mas
porque
possuiuma
identidade etambém
suas potencialidades, o que atoma
valorizada perante a sociedade.“O
resgatedo
aspecto sadio tanto parao
doente quanto para a família, é fontede
energia, fornece recursos para enfrentar a dura batalha de vivenciarum
corpo débilque
sente dor e, por vezes,tem
a sensação de estar trilhando os limites entre a vida e a morte” (Motta, 1997, p. 89).14
“A
família ao saberdo
diagnósticodo
filho sofreum
profundo abalo na sua estruturaemocional, o
mundo
da vidafica
estremecidocomo
se sofresse o impacto deuma
bomba,
sente-se insegura, até
mesmo
aterrorizada,provocando
um
profundo estresseem
todos os seusintegrantes” (Motta 1997, p. 141).
A
partirdo
momento
em
que os paisrecebem
o diagnóstico de seu filho,buscam
informações sobre o câncer e seu tratamento, tendo assim mais suporte para. ajuda-los a.
partilhar o
mundo
da doençacom
seu filho. Tenta.m manter-se a par de tudo que ocorreou
possa ocorrer
no
decorrer da doença,o
que servecomo
uma
preparação para oque
possa vir a acontecer.A
doença torna-se mais familiar para eles, ajudando-os a convivermelhor
com
acriança e fornecendo-lhes
algum
alivio para sua dor. Issopode
ser demostrado através da falade
uma
dasmães
das crianças internadas:“Nós procuramos
muito materialna
Internet, entrei atéem
uma
página
deum
hospitalnos
Estados Unidos.Sabemos
de muita coisa. ” (MI,40
anos)Esta familia que vivencia a experiência de ter
um
filhocom
uma
doença
grave passapor fases,
onde
cadauma
destastem
suas caracteristicas, e iniciam-se antesmesmo
do
diagnóstico. São elas:“Fase
da
crise: inclui qualquer período sintomático antesdo
diagnóstico concreto,quando
oindivíduo
ou
a família senteque alguma
coisa está errada,mas
a exata naturezado
problemanão
estão claros. Esta inclui o periodo inicial de reajustamento e manejo, depois que oproblema
foi esclarecido através deum
diagnóstico e deum
plano inicialde
tratamento”(Carter e McGoldrick, 1995, p. 378).
“Fase
crônica: esta fasepode
ser longaou
curta,mas
é essencialmente o período detempo
entre o diagnóstico inicial e
o
periodo de ajustamento e a terceira fase,quando predominam
questões de morte e doença terminal.
É uma
épocaque pode
sermarcada
por constância,progressão
ou
mudança
episódica.Por
outro lado, a fase crônicapode
não existirnum
distúrbio de inicio agudo, rapidamente progressivo, fatal,
em
que
a fase de crise e a fase15
presença “anormal” de
uma
enfermidade crônica e deuma
incertezaaumentada
constituiuma
tarefa-chave deste periodo ” (Carter e McGoldrick, 1995, p. 378).
“Fase terminal; ela inclui o estágio pré-terminal da doença,
em
que a inevitabilidade da morte se torna aparente edomina
a vida familiar. Ela abrange os períodos de luto e resoluçãoda perda..
O
que
distingue esta fase é a predominâ..ncia das questões envolvendo separação, morte, tristeza, resoluçãodo
luto e retomada. de uma. vida. familiar normal depois da perda”(Carter e McGoldrick, 1995, p. 379).
As
famíliasem
que
um
de seusmembros
sofre deuma
doença prolongadaou
por vezesincurável sofrem
um
estresse de permanente incerteza.Cada
remissão traz a esperança davida e cada recidiva traz o
medo
da morte.Motta. (1997, p.89) afirma
que
“a a.meaça. de recidiva da doença é o maiortemor
parao
ser doente e a família. Significa pôr
em
risco a preservaçãodo
seumundo
anterior.O
diagnóstico de
que
nãotem
mais oque
fazer gera sentimento de frustração compartilha.docom
a família.É
perturbador vivenciar esta realidade.”Passar a conviver
com
aameaça
constante da morte e sendo assim, da perda deum
membro
da familia, produzem
todos os envolvidosum
sentimento de dor e insegurança.“As
famílias que
conseguem
dar-se conta e verbalizar seus sentimentos demedo
e raiva,podem
reagir de
forma
positiva, isto é, engajar-seno
cuidadodo
seu filho” (Simonton, l990, p. 45).Esta. constante incerteza
pode
esgotar a família emocionalmente. Estar impotente para fazeralgo que a.livie o sofrimento deste
membro
doente só aumenta. o estresse de todos.A
famíliatem
papel decisivona
vidada
criança.com
diagnóstico de câncer.Tendo
em
vista adoença do
filho, sua rotina é totalmente alterada.Os
integrantes da unidade familiarpassam
a viverem
fimção
do
membro
doente.Por
diversas vezesdeixam
de executar tarefas rotineiras para dedicar-se ao filhoque
encontra-se enfermo.A
vida familiar é totalmente repensada.Uma
atitudeque
faz-se muito presente nestes casos é a de superproteção dos paisem
relação ao filho doente.Por
váriosmedos
e incertezasque
pairam nestas famílias, a criança16
brincadeiras
que envolvam
maior esforço fisico, a criança é isolada de seus amiguinhos, daescola, enfim, de todo
o
convívio social que lhe era anteriormente oferecido.Concordamos
com
Carter eMcGoldrick
(1995, p. 377)quando
afirmam
que
“no caso de doenças quepodem
encurtar a vidaou
provocar morte súbita, a perda éuma
conseqüência.menos
iminent.eou
certado
que nos casos de doença.s claramente fataisou
não-fatais.Em
virtude disso, as questões de mortalidade
predominam
menos
na vida cotidiana.É
por essa razãoque
este tipo de doença proporcionaum
solo tão fértil para interpretações familiaresidiossincráticas.
O
caráter de que “ poderia acontecer” dessas doenças cria a possibilidade desuperproteção por parte da família e grandes ganhos secundários para o
membro
doente.”A
não imposição de limites aos filhos doentes por parte dos pais é aspecto constante
no
dia-a-diada hospitalização. Isto
pôde
ser verificadoem
varias situações, semelhantes as descritas abaixo:Criança:
“Mãe,
eu
quero salgadinho/8
anos)Mãe:
”]\¿Ías vocênão
pode
comer
meu
filho, tácom
a boca machucado.
” (E,28
anos)C:
'Mas
eu quero! " (W,8
anos)M: “Mas
não pode!
” (E,28
anos)C:
“Não
queronem
saber, eu quero, val' comprar, agora/ ” (Vl/Ç8
anos)M:
“Tá
bom,mas
se doer,não
reclama depois. ”28
anos)Essa dificuldade
em
impor
limites,mesmo
os mais simples, noschamou
bastante a atenção nos dia.sem
quepermanecemos
na unidade. Presenciamos alguns episódiosque não
sairão de nossa memória,
como
o diaem
que amãe
deu suamão
paraque
o filhomordesse
enquanto era. realizado
um
procedimento,ou
entãoquando
estamesma mãe
tentava. realizar a higiene oral da criança, que se negava terminantemente,chegando
a dar tapasno
rostoda
mãe
e xingando~a para
que
ela o deixasse maisum
diasem
realizar a tão “detestável” limpeza daboca.
Whaley
eWong
(1999, p. 549) descrevem atitudescomo
essasquando dizem que
“as criançaspodem
reagir aos estresses das hospitaliza.çã.o antesda
admissão, durante a17
hospitalização e apos a alta”. Durante o período da hospitalização, as crianças
podem
apresentar algumas reações características, tais
como:
acesso de raiva, exigências alimentares,isolamento, vergonha, resistência para donnir
ou
acordar durante a noite.Essa superproteção por parte dos pais por vezes é ainda
mais
acentuada por algunsprofissionais
que
instruem os pais a. não briga.remcom
seus filhos,não
contraria.-losou
nãodeixar de fazer suas vontades, já que essa é a maneira que as crianças
encontram
para diminuir seu estresse.Parece
que
a mãe, ao superproteger a criança de seu sofrimento,não
percebe queinfiige a si
mesma
uma
dorou
um
sofrimento maior para ambos. Esta criança encontra-sedebilitada hoje, contudo tomar-se-á
um
adolescente,um
adulto, e toda essa situaçãopode
vira refletir posteriormente,mesmo
porque as cria.nçascom
câncer atualmentevêm
apresentandouma
grande taxa de sobrevidacom
qualidade, alcançando todas as etapasdo
desenvolvimentohumano.
A
reflexão sobre os limites a. serem colocadosna
criança e sobre a. prevençãodo
estresse da hospitalização precisam ser constantemente redimensionados, a
fim
deque
estas atitudes não sejam estressores maiores para toda a familia.Neste
caminho
de superproteção a relaçãodo
casal,não
como
pais deuma
criançacom
diagnóstico de câncer,mas
como
marido e mulher.É
bastantecomum
ouvirmos
depoimentosdo
tipo:“Ele
agora
dorme
comigo,mandei
o paipra
cama
dele.Assim
se acontecealguma
coisa, eu estou perto.
28
anos)Segundo
Brasil e Gaynett (1999, p. 49) “a relação conjugal dos pais diantedo
acontecimentopode
sofrer alterações tantono
sentido de aproximar o casal, quantono
sentidode afastar.
É
comum
que
ambos
se sintam mais fortes, apoiando-seum
ao outro.Por
outro ladopodem
exacerbar conflitos já existentes,podendo
ocorrer a separaçãodo
casal.”18
São
diversos os sentimentosque
os pais deuma
criançacom
cãncer experimentam.Após
perceberem adoença do
filho,podem
reagircom
raiva, culpaou
ambos.Os
paispodem
direcionar sua raiva para a criança, por não ter se queixado antes,ou
para si próprios por nãoterem percebido a gravidade da situação.
O
medo
e ansiedadetambém
podem
aparecer. Estãorelacionados a gravidade da doença., e a.os tipos de procedimentos médicos envolvidos.
Geralmente
uma
grande quantidade de ansiedade relaciona-secom
o trauma e a. dor referentesaos procedimentos a que a criança. é submetida.. Outro sentimento que freqüentemente
encontra-se presente é a depressão.
Apesar de todos os sentimentos
que
pairam na família,nem
todospodem
se deixarabater. “Elas não apenas lidam
com
a tristeza crônica e permanente incerteza dos resultados,como
também
precisam ser ativos cuidadores da criança. Isso frequentemente significa quepelo
menos
um
dos pa.is devepermanecer
em
casa.em
tempo
integral (ou terum
trabalhoflexível
que
lhe permita lidarcom
as exacerbações da. doença) e assumir dolorosas responsabilidades de cuidados.A
família é atingida. não somente pela perdado
salario deum
dos pais,
como
também
pelos custosmédicos
proibitivos.E
otempo
e energia necessários paralidar
com
o sofrimentos da doença e/ou morte da criança certamentetem
um
impacto sobre os relacionamentos entre osmembros
da
família” (Carter e l\/lcGoldricl<, l995, p.40l ).Os
irmãostambém
são afetados pela doença.Os
estudos sobrecomo
os irmãosreagem
frente a doença
ou
a hospitalização de outro irmão são muito poucos ou inconsistentes.Os
sentimentos experenciados por eles são basicamente os
mesmos
dos pa.is, porém, existe aindao ciúme
e o ressentimento, jáque
a atenção dos pais, que antes era dividida entre os irmãos agora é voltada exclusivamente para a criança doente. Este irmão sadio, por vezes é “posto delado”, já que
um
dos pais geralmentepermanece
em
tempo
integral ao lado da criança doente.Suas atividades, antes normais, assim
como
as de toda a familia, sofre alterações.As
váriasviagens, ausência
em
datas importantes, o nãocomparecimento
em
atividades, fazcom
queestes irmãos
fiquem
ressentidoscom
os pais e por vezescom
o irmão doente. Esta criança é obrigada, pelas circunstâncias, a assumir responsabilidades que antes não lheeram
pertinentes,como
por exemplo, não poder brigar maiscom
o irmão doente para que ele nãofique
triste e19
Enfim, são pequenas alterações
que fazem
com
que esta criança sadia sinta-setambém
responsavel pela melhora
do
irmão doente, dividindo-se entre sentimentos de ressentimento, ciúme, culpa euma
grande responsabilidadeInfelizmente, apesar de todos os esforços dos pa.is, irmãos e fiincionários,
nem
sempre
esta.s histórias de criança.s
com
diagnóstico de câncertem
um
fina.l feliz.Não
é raro que estasvenham
a morrer.A
morte deum
filho é considerada pela. grande maioria das pessoascomo
amaior tragédia da vida. Isso ocorre pelo fato de que
uma
criançasempre
parecernão
estarpronta para seu fim. Essa morte fica desajustada
no
ciclo da vida..A
morte deum
adulto é maisfacilmente aceita pelo fato de
que
essa pessoa ter vivido mais, teve realizações diversas,enfi
m,pode
aproveitar otempo
vivido.Quando
pensamos
na morte deuma
criança, a primeiracoisa
que
nosvem
em
mente
é deque
essepequeno
ser teve sua vida encerradasem
ter tido tantos feitos quanto deveria.Se
pensarmosem
termos de funcionamento instrumentaldo
sistema familiar,chegamos
a conclusãode que
esta criança éum
membro
da família.com
poucasresponsabilidades e
uma
doença
graveou
a morte não deixariauma
lacuna impossível de serpreenchida nas responsabilidades globais da familia.
Sendo
assim,como
podemos
explicar odrastico e duradouro impacto da morte
ou
da doença grave deuma
criançaem
toda a suafamília. Carter e
McGoldrick
(1995, p. 401) acreditamque
“uma
parte maiorda
intensidadeemocional
pode
ser explicada pelo processo de projeção familiar atravésdo
qual os filhos setornam o
foco emocional mais importante da. família.Uma
vezque
a maioria dos paisvêem
osfilhos
como
extensões de suas esperanças e sonhos de vida, at perda deum
filho éum
golpeexistencial
do
pior tipo.Como
superar o fato de ver morrer o filho que criamos eeducamos?
Provavelmente nao há.
nada
mais doloroso para os pais.”Como
já foi dito anteriormente, aameaça
da perdaou
a perda real deum
.filho éum
dos
momentos
mais dificeis para a familia, principalmente para os pais.Cada
membro
dafamilia reage de
uma
fomia
e cadaum
deles precisa resolver seu luto paraque passem
a retomar suas vidas de maneira saudável.Os
familiares precisam encarar a mortedo
seu filho20
provocar distúrbios emocionais
como
por exemplo, doenças psicosomáticas.A
aceitaçãoemocional é longa e dolorosa.
As
pessoascom
freqüência 'desejamamparar
e proteger osque
estão sofrendo, porém, não deve-se adiar
ou
evitar o sofrimento desta pessoa, poispode
interferir
no
processo natural de luto.É
importante que os enlutadcs expressem seus sentimentos.E
que
sejam encorajados a falar sobre o morto e visualiza-lo, pois issopode
ajudar os familiares a expressarem o
que
sentem. Se os enluta.dos reprimirem seu pesar enão
permitirem que siga seu curso,
pode
gerarum
luto patológico.Segundo
Whaley
eWong
(1999, p. 474), existem vários tipos de luto,dependendo
dascircunstâncias
em
que esta morte ocorre.Luto
antecipado: ocorrequando
a morte é esperada.Pode
se manifestar por sentimentosque
incluem raiva , negação e depressão, variando
também
a sua intensidade.Luto
agudo: quando
ocorre a morte, seja ela esperadaou
não.Os
sintomasdo
lutoagudo
causam
sofrimento intenso,como
por exemplo, ouvir avoz
da pessoa, sentir-se culpado eem
alguns casos a sensação de esgotamento mental. Esses sintomas geralmente
surgem
horasou
dias a.pÓs a morte,
mas
também
podem
ser tardios, exageradosou
ausentes causando reaçõesdistorcidas
como
hostilidade e depressãocom
sinais de suicidio.Luto
da
perda;começa
após a morte a se estende até omomento
de ajuste,onde
a famíliaretoma a sua vida. Este processo
pode
sercompreendido
de 4 etapas:choque
e descrença,expressão
do
luto, desorganização e desespero e reorganização,onde
a familia se recuperada
perda
retomando
as suas rotinas.Independente
do
tipo de luto, aEnfermagem
pode
atuaramenizando
estes sintomas sesouber reconhecer precocemente estes sintomas.
Cruz
et al, (1984 p.26-
28), relembra os 5 estágiosdo
morrer estudados por Kubler Ross,que servem
como
instrumentos valiosos para acompreensão
do
paciente terminalembora
nem
todospassem
por todos os estágiosou
nestamesma
seqüência.São
eles: 1° estágio -Negação
e isolamentoA
primeira. reação ao tomar conhecimento da fase terminalde doença
éum
estado21
choque, é
comum
no
paciente a família a reação:“Não
é verdade,não
pode
estar acontecendoconosco”. Esta negação inicial é palpável tanto nos casos
em
que o
paciente e a familiarecebem
diretamente a notícia,no
começo
da doença, quanto naqueles que ficam sabendo porconta própria mais tarde.
2° estágio
-
Raiva
Após
a negação surge a. reação “Tois é, não foi engano.”O
sentimento de raiva, revoltae ressentimento aparece depois, e geralmente
Deus
é o alvo principal desta raiva, pois é por vontadeDele
que tudo está. acontecendo. Perguntascomo
“Por que eu'?”ou
“Porque
com meu
fiIho?” são comuns.
A
descrençatambém
é forte nesta fase.3° estágio
-
Barganha
Este é
um
estágiopouco
conhecidomas
muito útil aos pacientes e aos que o cercam.É
a fase dos acordos.
A
maioria das barganhas são feitascom
Deus
e são mantidasem
segredo.São
uma
tentativa de prolongamento da vida, através de promessasou
pedidosdo
tipo: “Queria viver só até
meu
aniversario, depois posso morrer tranqüilo,mas
eu queria teruma
última festa”.
5.
4° estág
-
Depressão
Quando
a doença nãopode
ser mais negada e o tim se aproxima, torna-se real, arevolta acaba e surge o sentimento de perda.
O
interesse pelas coisasque
antes atraiam cessa. 5° estágio-
AceitaçãoSe o
paciente e a familia receberem a ajuda necessaria nas outras fase, chegaraum
estágio
em
que
não sentirão mais depressãoou
raiva pelo que está para acontecer.O
cansaçojá tera
tomado
conta e a necessidade de descanso e tranqüilidade.Cruz
et al (1984, p. 28) dizque
“háum
momento
em
que a morte nada mais édo
queum
grande alívio, sendo mais facilmorrer
quando
se é ajudado e desa.pegar-se de todos os relacionamentos importantes da vida.”Diante de todas estas
mudanças
ocorridas na vida intrafamiliar, cabe a equipemultidiscipinar tentar minimizar os agentes estressores e tornar
menos
penosa esta etapa davida.
“A
equipe de saúde torna-se partedo
mundo
do
hospital.Sua
presença confunde-secom
a tarefa de preservar a. vida, utiliza.-se de seus conhecimentos ede
todos os instrumentos22
terapêuticos disponíveis para mantê-la.
Tem
consciênciado
estresse da família edo
doentecom
câncer. A_ equipe passa e integrar o existirdo
ser doente e da família, incorporando-os asua realidade existencial.
O
processo de cuidar é desenvolvido a partir da relação da equipecom
o ser doente e familia,no
mundo
do
hospital.O
cuidado está presente ao longodo
processo da enfermidade” (Motta, 1997, p.85).
Compartilhamos
com
Zanchetta. (1993, p. 3)que
“assistir as pessoas portadoras deneoplasias malignas significa acredit.a.r na importância
do
cuidar, e não buscar,em
primeirainstância, o curar.
O
cuidar volta-se para a melhoriaou
elevação da qualidade de vida da pessoa que, por vezes, demostraou
oculta suas necessidades assistenciais prioritárias e específicasno
seuacometimento
pela enfermidade”.“Apesar da morte ser
uma
parte naturalda
vida, os estabelecimentos e as equipes de saúde sepreocupam
tantocom
os problemas da cura., damanutençao
e restauração da saúde,que a morte freqüentemente é encarada.
como
sendouma
falha pessoal daquelas que trabalhamnessa área. Consequentemente, o paciente terminal é, infelizmente,
com
freqüência evitado elhe são dispensados apenas os cuidados fisicos essenciais. Geralmente há resistência por parte
do
pessoal da saúdecom
referência à. discussãoou
à. conscientização dos sentimentos relativosa morte
com
o paciente, famíliaou
mesmo
se tratando de conferências profissionais.” (Cruz etal, 1934, p. 3).
Concorda.mos
com
Cruz
et al (1984, p. 4)quando dizem que
“é necessário que a equipede saúde adquira conhecimentos sobre assistência à. cria.nça hospitalizada. portadora de doença
fatal e a família, para reduzir os temores e ansieda.des
com
relação à. morte, levando-os aaceita-la, dentro
do
possível,como
um
processo natural.”2. 2.
Conhecendo 0
câncerSegundo
informaçõesdo
INCA
(Instituto Nacionaldo
Câncer, 1999), câncer é onome
23
(maligno) de células que
invadem
os tecidos e órgãos,podendo
espalhar-se (metástase) paraoutras regiões
do
corpo.Dividindo-se rapidamente, estas células
tendem
a ser muito agressivas e incontrolaveis,determina.ndo a formação de tumores (acúmulo de células ca.ncerosas)
ou
neoplasias malignas.Por outro lado,
um
tumor
benigno significa simplesmente uma.massa
localizada de células quese multiplicam va.garosa.mente e se
assemelham
ao seu tecido original, raramente constituindoum
risco de vida.Os
diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de célulasdo
corpo. Se ocâncer
tem
inícioem
tecidos epiteliaiscomo
a peleou
mucosas, ele édenominado
carcinoma.Se
começa
em
tecidos conjuntivoscomo
ossos, músculos e canilagens, échamado
desarcoma.
Outras ca.racterísticas que diferenciam diversos tipos de câncer entre si são a
velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos
ou
distantes (metástases).
As
célulasque
constituem os animais são formadas por três partes: amembrana
celular,
que
é a parte mais externa da célula; o citoplasma, que constitui o corpo da célula; e onúcleo, que
contém
oscromossomas
que por sua vez sãocompostos
de genes.Os
genes são arquivos queguardam
e fornecem instruções para a organização das estruturas, formas e atividades das célulasno
organismo.Toda
informação genética encontra-se inscrita nos genes,numa
memória
química, oDNA.
É
atravésdo
DNA
que oscromossomos passam
asinformaçoes para o funcionamento
da
célula.Uma
célula normalpode
sofrer alterações dos genes.É
o
quechamamos
demutação
genética.
As
células cujo material genético foi alteradopassam
a receber instruções erradas para suas atividades.As
alteraçõespodem
ocorrerem
genes especiais,denominados
24
protooncogenes transformam-se
em
oncogenes, responsáveis pela malignização das célulasnormais. Essas células diferentes são
chamadas
cancerosas.Para que o organismo não esteja suscetível a todo tipo de doença,
o
sistemaimunológico
desempenha
um
importante papel nessemecanismo
de defesa. Ele é constituídopor
um
sistema de células distribuídasnuma
redecomplexa
de órgãos,como
o ligado, o baço,O fl! CIO gs»D (13. os linfáticos, o timo e a
medula
óssea, e circulando na. corrente sangüínea. EssesQt '-1 (IQ .NO rn
"
são
denominados
órgãos linfóides e estão relacionadoscom
o
crescimento, o desenvolvimento e a distribuição das células especializadasna
defesado
corpo contra os ataques de "invasores estranhos". Dentre essas células, os linfócitosdesempenham
um
papelmuito importante nas atividades
do
sistema imune, relacionadas as defesasno
processo de- A
C8fClflOg€fl€S€.
Cabe
aos linfócitos a atividade de atacar as célulasdo
corpo infectadas por vinisoncogênicos (capazes de causar câncer)
ou
as célulasem
transformação maligna,bem como
de secretar substâncias
chamadas
de linfocinas.As
linfocinasregulam
o crescimento e oamadurecimento
de outras células edo
próprio sistema imune. Acredita-seque
distúrbiosem
sua produção
ou
em
suas estruturas sejam causas de doenças, principalmentedo
câncer.Segundo
Vicente et al (1999) apud almanaque abril (1997-
CD),
o câncer é a causa de morte de4
milhões de pessoas por ano,no
mundo.
O
câncer depulmão
é o maior causador demorte, seguido pelo de
mama em
mulheres e de estômago.Como
informa Vicente et al (1999) apud Instituto Nacionaldo
Câncer(INCA
-
www.inca.org.br) ,
em
1996 a doença foi responsável por 94.150 óbitos, sendo 51.100do
sexomasculino e 43.050
do
sexo feminino. Informa ainda queem
1997, as mortes de crianças entreO e 9 anos foram
num
total de 1000.O
progressono
desenvolvimentodo
tratamentodo
câncer na infância foi espetacular nas últimas quatro décadas. Atualmente,70%
das crianças a.cometidascom
câncerpodem
ser25
curadas, se diagnosticadas precocemente e tratadas
em
centros especializados.A
maioria dessas crianças terá vida praticamente normal.O
câncer infantil corresponde aum
grupo de várias doençasque tem
em comum
aproliferação descontrolada de células anormais e que
pode
ocorrerem
qualquer localdo
OI`g8.l1lSI1'lO.
Durante o período que
permanecemos
na unidade, tivemos oportunidade de conhecercrianças
com
diversos tipos de neoplasias. Entre asque
maiscomuns podemos
destacar:Leucemia;
é a forma maiscomum
de câncerem
crianças. Ataca repentinamente, infiltrando amedula
ósseacom
células anormais e imaturas de glóbulos brancosdo
sangue.Por
esse motivo, às vezes échamada
de "câncerno
sangue".Existem
varios tipos de leucemia,mas
todas implicam a. produção de leucócitos anormais-
leucócitos são os glóbulos brancosdo
sangueformados
na parte interior eesponjosa dos ossos,
chamada
medula.As
2 formas maiscomuns
de leucemia são a leucemia linfocítica aguda e a leucemiacrônica.
A
primeira ataca principalmente as crianças; a leucemia crônica (que constituimenos
da
metade
de todos os casos de leucemia) geralmente ocorreem
adultos.Tumor
de
Wilms:
ocorrecom
maior frequênciaem
crianças de idade pré-escolar,mas, ocasionalmente, aparece
em
crianças mais velhas.Começa
no
rim,onde
crescecom
tantarapidez
que pode
ficar bastante grande antes de ser detectado.o~ (Í) V3 (DO
Osteosarcoma:
éuma
forma
de câncer raro,que costuma
surgir nasextremidades de ossos longos
~
pulsos, joelhos e tomozelos-
durante oauge do
crescimentona adolescência.
É um
dos tipos de câncer de progresso mais rápidoque
se conhece.Começa
26
Neuroblastoma: tumor
maligno derivado das células neuroblásticas.São
maisfreqüentes na
medula
da glândula suprarenal,podendo
também
ocorrerno
mediastinoposterior
ou
em
outras regioesonde
exista tecido nervosodo
sistema simpático.Tumor
de
sistema nervoso central: nas crianças menores, esse tipo de câncer é dificil de se detectar,mas
nas criançascom
mais de 10 anos, os sintomascostumam
ser visãoembaçada ou
dupla, tonteira, dificuldade para andar, náuseas e vômitos inexplicáveis.Rabdomiosarcoma:
esse câncerdo
tecido muscular ocorre praticamenteem
qualquerparte
do
corpo, e por isso, é quase impossível reconhecê-lo pormeio
de sintomas. Alastra-sefreqüentemente
com
grande rapidez,formando
metásta.se nos pulmões, ossos e outros Órgãos.Retinoblastoma: é
um
câncer localizadono
olho, sendoo
primeiro sintomauma
dilata.çã.o da. pupila ocular. Posteriormente, é possível que ocorraum
brilho semelhante ao depérola, geralmente
chamado
"reflexo de olho de gato".É um
câncer hereditário, demodo
que,se
uma
criança da família for afetada, outra talveztambém
o seja.Como
foi possível perceber, diferentementedo
câncerno
adulto, o câncer na criançageralmente afeta células
do
sistema sangüíneo e os tecidos de sustentação, enquantoque no
adulto afeta as células
do
epitélio, recobre os diferentes órgãos.Doenças
malignas da infância,por serem predominantemente de natureza embrionária, sao constituídas de células indiferenciadas,
porém
respondem,em
geral,melhor
aosmétodos
terapêuticos atuais.Quando
se tenta interpretar as tendências das taxas relativas aos tumores na infância,depara-se
com
duas principais dificuldades: Primeira, a raridade da ocorrênciado
câncer, nestafase da vida, e, segunda, a utilização de
modelos
mais aplicáveisao câncer de adultos -embora
já hajamodelos
mais apropriados à avaliação estatísticado
câncer da criança,em
-27
Vale considerar,
também,
que, a cada dia, as classificações desses tumoresganham
mais detalhamento, por conta dos avanços continuamente observados nas técnicas
laboratoriais,
que
se baseiam na Biologia Molecular, na Imunologia e na Genética Celular.A
incorporação dos
novos
conhecimento e tecnologia disponíveis tem-se tornado essencial aos estudos sobre a. etiologia dos tumores na. infância e à. pratica da Oncologia Pediátrica - odiagnóstico dos tumores e o tratamento e acompanliamento, a longo prazo, das crianças deles
tratadas.
No
adulto,em
muitas situações, o surgimentodo
câncer está associado claramente aosfatores ambientais
como,
por exemplo,o
fumo
e o câncer de pulmão.Nas
malignidades dainfância, não se observa claramente essa associação. Logo, prevenção é
um
desafio para ofuturo.
A
ênfase atualdeve
serdada
ao diagnóstico precoce.Em
nosso meio, muitos pacientes ainda sãoencaminhados
ao centrode
tratamentocom
doenças
em
estágio avançado, oque
se deve a. vários fatores: desinformação dos pais,medo
do
diagnóstico de câncer, desinformação dos médicos.
Mas,
algumas vezes,também
estárelacionado
com
as caracteristicas de determinado tipo de tumor.É
importanteque
os pais estejam alertas para o fato deque
a criançanão
inventasintomas e,
que
ao sinal de anormalidade,levem
seus filhos ao pediatra para avaliação.É
igualmente relevante saber que, na maioria das vezes, esses sintomas estão relacionados a
doenças
comuns
na infância.Mas
istonao
deve ser motivo paraque
a vista aomédico
seja dispensada..O
tratamentodo
câncercomeça
com
o diagnóstico correto,em
quehá
necessidades daparticipação de
um
laboratório confiável edo
estudo de imagens. Pela sua complexidade, otratamento
deve ser efetuadoem
centro especializado ecompreende
três modalidadesprincipais, que são a quimioterapia, a cirurgia e a radioterapia,
além
de outras formas detratamento
menos
conhecidascomo
a hormonioterapia, entre outras. Qualquerum
destes tratamentos são aplicado deforma
racional e individualizada. para. cadatumor
especifico e de acordocom
a extensãoda
doença.O
trabalho coordenado de vários especialistastambém
é28
fator determinante para o êxito
do
tratamento (oncologistas, pediatras, patologistas, radioterapeutas, cirurgiões pediatras, radiologistas), assimcomo
de outrosmembros
da equipemédica
(enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos).Seguindo informações
do
Hospitaldo
CâncerAC
Camargo
(www.hca.n.org.br, 2000),uma
a cada600
crianças desenvolve câncer durante a infância.Nos
últimos40
anos a radioterapia e posteriormente a quimioterapiapromoveram
melhora
progressiva. nas taxas desobrevida das crianças porta.dora.s de neoplasias malignas.
No
iníciodo
século a cirurgia radical era a única possibilidade de cura para as crianças portadorasde
tumores sólidos,com
grande
morbidade
e mortalidade. Entre 1930 e1950
a introdução da radioterapiapromoveu
sensível melhora da mortalidade, apesar dos efeitos colaterais consideráveis.A
década de50
foi fundamental pela introdução da quimioterapia e consequentemente pela
queda
ainda maior nos índicesde
mortalidade infantil por neoplasias.A
partir destes avanços, atravésdo
tratamento multididciplinar conjunto, a oncologiapediátrica
vem
aperfeiçoando o tratamentodo
câncerem
dois sentidos:aumentar
a taxa decura das doenças e diminuir a
morbidade
com
menor
incidência de seqüelas.Atualmente, varios protocolos atingiram taxas de cura de
80%
tornando imprescindívela atenção para as seqüelas.
A
quimioterapia, associadaou não
ã radioterapia, passou asubstituir as imensas e mutilantes cirurgias que
foram
praticamenteabandonadas
como
abordagem
inicial.“A
quimioterapia consisteno emprego
de substâncias químicas, isoladasou
em
combinação,
com
objetivo de tratar as neoplasias malignas.São
drogasque atuam
a nívelcelular, interferindo
no
seu processo de crescimento e divisão.A
maioria dos agentes antineoplásicos não possui especificidade,ou
seja, não destrói seletiva e exclusivamente as células tumorais.Em
geral, são tóxicos aos tecidos de rapida proliferação caracterizado poruma
alta atividade mitótica e ciclos celulares cu1tos”(Bonassa, 1992, p.5 ).Como
já foi citado anteriormente, a quimioterapia age indistintamente nas células.29
quimioterapia
podem
amenizar seus efeitos colaterais, aindapodemos
observar reaçõescomo
mucosites, alopécia, náuseas e aplasia medular.A
cirurgia procura fazeruma
comprovação
diagnóstica e tratar doenças malignas.No
primeiro caso se procura retirarum
fragmento da doença para serexaminado
pelomédico
patologista. Este procedimento se
chama
biópsia.A
extensão é variável,podendo
ser realizadaem
consultórioou
necessitando internação,no
caso de procedimento mais complexo.No
segundo caso retira-se parteou
todo o órgão afetado, procurando-se eliminar toda a doença.A
cirurgia é parte deum
tratamento mais amplo.É
fundamental que a esta tenhasucesso,
mas
a integração desse procedimentocom
outras modalidades terapêuticasaumenta
achance de controle de sua doença.
É
importante a recuperação pós-operatória pois assimo
paciente poderá voltar rapidamente à sua vida normal. E, se
forem
necessários tratamentosadicionais,
como
a radioterapiaou
a quimioterapia, eles poderão ter início mais precocemente. Outro tratamento bastante utilizado é a radioterapia. Esta “consistenouso
departículas
ou
ondas de alta energia para trataruma
doença.Com
o uso da radiação, asmoléculas dentro da célula
tomam-se
agitadas e excitadas. Essas moléculas agitadas são fracionadasem
moléculas estáveis e substânciasquimicamente
ativas.As
alterações químicassão resultantes da alteração
do
DNA
do
núcleo.A
radioterapia é classificada quanto ao tipousado e o
método
de administração:- Tipo: eletromagnética e particulada.
-
Método:
radiação externaou
radiação interna.Algumas
complicaçõespodem
ocorrer, entre elas o eritema, alopécia, mucosite, edema,náusea, vômitos, cólicas, diarréia, entre outras”. (Clark et al, 1997).
Como
a quimioterapia, a radioterapiatambém
produz
alguns efeitos.As
seqüelaspermanentes da radioterapia
decorrem
dos danos causados pela radiação de estruturas, por exemplo: na pele, músculos e cartilagens de crescimento.Tudo
depende da idade da criança,da dose total,
do
campo
eda
técnica utilizada.Na
pelepode
ocorrer dermatite aguda, ulceração seguida. de cicatriz e atrofiacom
perda de elasticidadedo
tecido.Nos
músculos
30
ocorre atrofia progressiva.
A
seqüela mais significativa na criança é decorrente da irradiaçãodas cartilagens de crescimento,
com
paradado
crescimento da área irradiada.Atualmente os avanços nas técnicas de irradiação
permitem
manter a dose deradioterapia necessária
com
diminuição das seqüelas.Tão
importante quanto o tratamentodo
câncerem
si, é a atençãodada
aos aspectos sociais da doença,uma
vezque
a criança está inseridano
contexto da família.A
curanão
devese basear somente na recuperação biológica,
mas
também
no
bem
estar e na qualidade de vida da criança. Neste sentido,não
deve faltar a ela, desde o iníciodo
tratamento,0
apoiopsicossocial.
Até
a realização desta revisão, tínhamos informações muito restritas a respeito dadoença,
bem como
das pessoasque
vivenciam este processo.É
certo que há necessidade de ampliarmos nossos horizontes a respeitodo
tema, porém, isto será feitono
decorrer de nossasvidas.
Mesmo
assim, após concluída esta revisão, omundo
da criançacom
diagnóstico decâncer e sua família tornou-se
um
pouco
mais claro para nós. Desta forma, os aspectos aqui levantados não pretendem esgotaro
assuntomas
abrircaminhos
para a busca denovos
conteúdos.
2.3. Aspectos Éticos
Durante nossa prática assistencial, seguimos as premissas
do
Código
de Ética que regea atuaçao dos profissionais de
Enfermagem.
Segundo
o Conselho Regional deEnfermagem
(1996, p. 42), “oCódigo
de Ética dosProfissionais de
Enfermagem
levaem
consideração, prioritariamente, a necessidade e o direitode assistência de
Enfermagem
à população, os interessesdo
profissional e de sua organização.Está centrado na clientela e pressupõe
que
os agentes de trabalhoda
Enfermagem
estejam31
Neste periodo, prestamos assistência à todas as crianças intemadas e suas famílias,
sem
distinção de espécie alguma.As
familias e as crianças foram informadas dequem
éramos
e de nosso trabalho na unidade, deixando-lhes aopção
de participarou não
de nossas atividades.Deixamos
clarotambém
que dependeria da vontade dosmesmos
serou não
atendido por nós egarantimos sigilo
em
relação as suas respostas. Para o relato dos casos,foram
utilizadas asiniciais dos
nomes
afim
de preservar a identidade dos envolvidos.No
decorrer das entrevistas realizadas, foi-lhes informado sobre a possibilidade de responder apenas as questõesque
achassemque
conseguiriam,não
sendo obrigatórioresponder a todas as perguntas.