CENTRD
sócio-Ec0NóM1co
DEPARTAMENTO
DE
EcoNoM1A
cURso
DE
GRADUAÇÃD
EM
CIÊNCIAS
ECONÔMICAS
ESTRUTURA
DE
MERCADO
E
COMPETIÇAO
NO
SETOR
SUPERMERCADISTA
NO
MUNICIPIO
DE
FLORIANOPOLIS
Monografia
submetida aoDepartamento
de CiênciasEconômicas
para obtenção de cargahorária na disciplina
CNM
5420
-Monografia.
Por:
Mário
César CostaOrientador: Prof.
Edvaldo
Alves de Santana, Dr.Área
de Pesquisa:Economia
IndustrialPalavras
-
Chaves: l.Mercado
2. Supermercadistas 3. Oligopólio
CENTRO
socio
EcoNÓM1co
cURso
DE
GRADUAÇÃQ
EM
c1ÊNc1As
EcoNôM1cAs
A
Banca
Examinadora
resolveu atribuir a nota }¡ , 2ao
alunoMário
César Costana
disciplina
CNM
5420
-
Monografia,
pela apresentação deste trabalho.Banca Examinadora:
Prof.
Edvaldo
Alves de Santana, Dr.Presidente
Prof. João
Serafim
Tussi da Silveira, Dr.Membro
Prof”. Rosiene Rosália de Andrade,
Doutoranda
A
Deus, por iluminarmeu
caminho
e dar-me forças para concluirmais
estajomada
em
minha
vida.Aos meus
pais, porsempre
teremme
dado
muitoamor
e força, ensinando-mecomo
contomar
os percalços daminha
caminhada.Dedico
aminha
esposa Renata eao
meu
filho César, por terem paciência e porservirem de inspiração para a conclusão deste
meu
objetivo.Ao
professorEdvaldo
Alves de Santana, pela orientação e oportunidadede
poderusufruir de sua competência, inteligência e amizade.
Ao
amigo
ValdirCampos,
“InMemorian”,
por toda dedicação e auxílio,que
cuhninaram no
início deminha
jomada
acadêmica, e por sua condutahumana,
servindocomo
parâmetro para todaminha
vida.À
senhora Helictte Rodrigues Alves Zavarise, pelo apoio dispensado amim
eSUMÁRIO
LISTA
DE
GRÁFICOS
... ._ viLISTA
DE
TABELAS
... ..viiRESUMO
... .. viiiCAPÍTULO
1 I.O
PROBLEMA
... ..09
1.1 Introdução ... ..09
1.2 Objetivos ... _. 13 1.2.1 Geral ... .. 13 1.2.2 Específicos ... .. 13 1.3Metodologia
... .. 13CAPÍTULO
T1 2.FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
... .. 15 2.1 Estrutura demercado
... .. 152.2 Competitividade e padrão de concorrência ... .. 21
CAPÍTULO
rn
3.
O
SETOR
SUPERMERCADISTA
EM
FLORIANÓPOLIS
... ..24
3.1
Alguns
antecedentes ... ..24
3.2 Estrutura
de mercado do
setor supermercadistaem
Florianópolis ... ..29
4.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
E
RECOMENDAÇÕES
4.1
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
... ..4.2
RECOMENDAÇÕES
... _.5.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ..48
LISTA
DE
GRÁFICOS
GRÁFICO
1 - Efeitosdo
Plano Realno
setor supennercadjsta ... _.28
GRÁFICO
2 -Área
de vendas pormz
referente àzona
1 ... ..34
GRÁFICO
3 -Número
de check-outs existentesna zona
1 ... ..34
GRÁFICO
4 -Número
de funcionários existentesna zona
1 ... ..35
GRÁFICO
5 -Área
de vendas pormz
referente àzona
2 ... ..36
GRÁFICO
6 -Número
de funcionários existentesna zona
2 ... ..36
GRÁFICO
7 -Número
de check-outs existentesna
zona 2 ... ..37
GRÁFICO
8 -Área
de vendas pormz
nazona
5 ... ..38
GRÁFICO
9 -Número
de funcionáriosna zona
5 ... ._39
GRÁFICO
10 -Número
de check-outs nazona
5 ... ..39
GRÁFICO
ll-
Área
de vendas pormz
do
setor supennercadistano
município de Florianópolis ... ..40
GRÁFICO
12-
Número
de funcionários por supermercadono
municípiode
Florianópolis ... .. 41GRÁFICO
13-
Número
de
check-outs por supermercadono
município de Florianópolis ... ..42
TABELA
1 - Evolução%
das vendasdo
setor supennercadistado
Brasil..TABELA
2 - Pesquisa referente aos supermercados de Florianópoliscom
RESUMO
O
presente trabalhotem
como
propósito identificar a atual estrutura de mercado,o
seu grau de concentração e
como
as grandes empresasdo
setor supermercadista estãocompetindo
em
Florianópolis.Na
fundamentação
teórica émencionado
como
os diversos autores tratam dosconceitos de estrutura de mercado, competitividade e padrão de concorrência.
A
pesquisa realizada tevecomo
objetivo principal averiguar se o setorsupermercadista de Florianópolis encontra-se concentrado
ou não
nasmãos
das grandesredes.
Como
resultado final desta pesquisa, foi constatado que sim.O
setorsupermercadista florianopolitano está concentrado.
Apenas
três redes supermercadistasdetêm
amaior
partedo mercado
nesta cidade, querem
número
de ckech outs, área de vendasou
número
de funcionários,configurando
uma
situação de oligopólio diferenciado,devido à concorrência se dar através de preço e diferenciação de produtos e serviços.
Neste trabalho foi efetuada
também
Lunacomparação do
setor supermercadistaantes e após o Plano Real. Concluiu-se
que
a abertura comercialaumentou
acompetitividade entre os supennercados
bem
como
criouum
consumidor
mais exigente,impulsionando o setor a grandes esforços de adaptação profissional, além de que,
melhorou
CAPÍTULO
1-
o PROBLEMA
1.1
Introdução
Nestes últimos seis anos da implantação
do
Plano Real de EstabilizaçãoEconômico,
após quatro décadas convivendocom
índices inflacionários variando de20%
a
2.000%
ao ano, aeconomia
brasileira viveu transfonnações históricas,confonne
Goldenstein
apud
Superhiper(1999, p.l).Tais transformações
têm
feitomudar
a postura dos agenteseconômicos
frente aessa
nova
realidade, o que está estimulando diferentes padrões de competição enovos
modos
deconsumo.
Com
a estabilidade e a expansãodo
constuno nos primeiros anosdo
Plano Real, opaís viveu
momentos
de euforia, tanto por partedo
empresariado quanto dosconsumidores.
A
tabela abaixo mostra a evolução das vendas do setor supermercadista,que
cresceu consideravelmente logo após a implantação
do
Plano, apesar dos dois anosde
baixa (1997 el999).Tabela
1Evolução
%
dasvendas
do
setorsupermercadista no
BrasilAno Variação Percentual
1989 20 1990 - 18,4 1991 - 10,5 1992 4,9 1993 4,4 1994 12 1995 14 1996 2,6 1997 -0,27 1998 5,98 1999** -2
Obs.: - Porcentagem
em
relação ao ano anterior- ** Estimativa para 1999.
Fonte: SUPERHIPER. Revista da Associação Brasileira de
Em
1994,ano
da implantaçãodo
Plano Real, as vendasdo
setor supennercadistaque
em
1993 sinalizavamum
crescimento de4,4%
ao
ano, cresceram12%,
eno ano
seguinte
14%,
mostrandoum
panorama
de expansãodo consumo, o
que foi típicoda
economia
brasileira nos primeiros anosdo
referido plano.Segundo
a Associação Brasileira de Supermercados cercade
15 milhões de pessoasforam
reintegradas aomercado
deconsumo,
impulsionando o abastecimento de alimentos, produtosde
higiene e limpeza,medicamentos
e eletrodomésticos (Goldensteinapud
Superhiper, 1999, p. 2
-
7).Com
a estabilidadeda economia
e a abertura de mercados, foi alterado o perfilda
atividade das empresas
do
setor supermercadista, que cada vez mais precisam encontrarformas de se adaptar aos
novos
tempos. Atualmente, entre outros setores da economia,o
supennercadista foi
um
dos segmentos que mais cresceu nos últimos anos, sendo consideradotambém
um
dos mais competitivos.Para a Associação Brasileira de
Supemercados
(ABRAS,
2000, p. 1 - 2), o setorde supermercados
no
Brasil é hoje responsável por85%
do
abastecimento nacionalde
alimentos e produtos de higiene e limpeza. Isso representou
em
1998,um
faturamentoda
ordem
deR$
55,5 bilhões,uma
participação de6,1%
no
PIB
e utilização deum
contingente de mão-de-obra de
667
mil funcionários.O
setorcom
quase 51,5 mil lojasno
país e 125.200 check outs 1, constitui omaior
emais eficiente canal de distribuição para a indústria de bens de
consumo
diário,principalmente alimentos, fazendo
com
que hoje seja praticamente impossivel imaginar-sea vida
modema
sem
os supermercados.Sinônimo
de economia, conforto e praticidade, ossupermercados cresceram e estão hoje definitivamente incorporados ao cotidiano de quase
todas as pessoas.
1
Por Check outs, entende-se os auto-serviços (lojas com serviços automatizados).
Fonte:
BADIM,
Neiva Teresinha. Avaliação da produtividade de supermercados e seus benchmarkings:Segundo Merlim
apud
Superhiper (1999, p. 4),no
Brasil está ocorrendouma
particularidade:
há
um
movimento
de concentração e polarizaçãono
setor desupennercados.
Nos
centros urbanos existeuma
grandemovimentação
rumo
àconcentração, o que não ocorre
em
outras regiões mais periféricas. Isso acabaformando
dois pólos distintos: dos centros urbanos,
dominadas
por poucas empresas, edo
interior edemais
regiões periféricas,que
se pulverizam.Destaca-se
também,
o interesse que omercado
brasileiro está despertando nas redes supermercadistas intemacionais.O
Brasil éuma
economia
emergente,em
processode
estabilização,
com
um
grandemercado consumidor
euma
porta de entrada para oMercosul.
Além
disso,com
a desvalorização cambialficou
mais
barato para as empresasestrangeiras investirem
no
país. Já para as empresas nacionais, as fusões e as incorporaçõessão interessantes formas de se capitalizar.
Confonne Clímaco
(1999, p. 6),no
Estado de Santa Catarina as atividades dos supermercados tiveram inícioem
1960, crescendoem
ritmo acelerado. Atualmente, asempresas supermercadistas constituem
6%
daeconomia do
estado e são responsáveis peladistribuição de
75%
dos alimentos industrializados.É
importante destacar que cada estado possui características próprias deconsumo,
sendo, portanto,
um
setorque
tem
influências regionais,nao
sóno
tipo de serviço prestadocomo também
nas características estruturais das lojas.As
barreiras naturais criadas pela estrutura oligopolistado
setor estãogradativamente enfraquecendo-se, devido à tendência global
de
instituiçõesde
nívelintemacional. Contudo, tem-se observado
que
as grandes redes internacionaisingressando
no
Brasil,podem
levar auma
maior concentraçãodo
setor,como
já estáEm
Florianópolis, objetoda
pesquisa, à primeira vista nãohá
diferençaem
relação ao quadro nacional apresentado acima, pois o setor supennercadista, supõe-se, estácada vez
mais
concentrado e nasmãos
de grandes grupos.Diante deste quadro de
mudança
pelo qualtem
passadoo
setorde
supermercadosdurante o Plano Real e
em
especialem
Florianópolis, a realidadevem
se alterando,confonne
constataClímaco
(1999, p.7), principalmente, se for levadoem
conta que existeuma
sazonalidadena
região, elevando ovolume de
vendasaproximadamente
três vezes a maisno
verão.As
praias, que representamem
tomo
de
20%
das vendas de invemo,passam
a representar65%
no
verão, variando de acordocom
o segmento.A
competiçãonesta época atinge seu
auge
e aspromoções
e propagandasservem
de atrativos aoconsumo
dos turistas e nativos ( Clímaco, 1999, p. 7).Em
Florianópolis,o
setor écomposto
por empresasde
estruturas diversas.Os
supermercados distribuem-se por toda a cidade, estabelecendo
um
diferencial parao
consumidor
alvo pelo bairroem
que se fixam.Além
disso, as grandes lojas sãodirecionadas à
camada
social predominantedo
bairro.Lutz (1999), salienta que Luna das estratégias adotadas por estas grandes redes para expansão foi a fusão e incorporação utilizadas pelas empresas supermercadistas
mais
arrojadas.
“...
Desta
forma
além
de causar 0 crescimento dasfirmas,
ainda eliminava parteda
concorrência, porém,para
0 crescimento dasfirmas
não
bastamapenas
as fusões, outrasestratégias competitivas são utilizadas.
A
competitividadeentre as empresas
de
uma
indústriapode
ser resultadode
vários fatores,
como:
concorrência via preço, inovaçõesde
produtosno
mercado, diferenciaçãono
atendimentoao
consumidor,
aumento
de garantia e serviçospara 0
cliente eaté através
de
guerras publicitárias (Lutz, 1999, p. 10)”.'
Em
função da importância desse setor para aeconomia do
país,bem como
paraapopulação
em
geral, devido à sua magnitude, por ser o principal instrumento decompras
no
varejo para os cidadãos,há
necessidade de estuda-locom
maior profundidade.Assim, este trabalho busca desenvolver
um
estudo específico, para que se possaidentificar a estrutura
do
setor supermercadista de Florianópolis,que
em
princípio,apresenta-se
como
complexa
e diversificada,com
destaque para a concorrência existenteentre os vários supermercados.
1.2. Objetivos
1.2.1.
Geral
A
presente pesquisatem
como
finalidade identificar a atual estrutura de mercado, o seu grau de concentração ecomo
as grandes empresasdo
setor supennercadistaestão
competindo
na região de Florianópolis.1.2.2. Específicos
. Analisar algumas condições específicas
do
setor antes e após o Plano Realde
Estabilização
Econômico;
. Especificar as diferentes “zonas”
do
setor, caracterizando-asconforme
asvariáveis
que
configuram
o
mercado; e. Analisar as
mudanças
ocorridasno
setorno
período.1.3.
Metodologia
O
presente trabalho visa consolidarum
conhecimento sobreo
setorsupermercadista no município de Florianópolis,
no
que
se refere à sua estrutura demercado
Irricialmente foi realizado
um
levantamento bibliográfico de fontes secundárias,por
meio
de livros, revistas especializadas, intemet, monografias, dissertações, teses,ACATS,
ABRAS
e outras fontes importantes,como
artigos publicados sobreo
tema.O
método
utilizado foi o analítico comparativo,em
virtude da necessidade de seefetuar
uma
investigação entre as grandes empresasdo
setor supermercadista queatuam
em
Florianópolis,
com
vistas a ressaltar as suas diferenças e similaridades.O
mercado
de Florianópolis foi escolhidoem
função das particularidadesque
apresenta,
como
densidade populacional, centro convergente político - administrativo e porser
um
localem
que
o setor supermercadista estáem
franca ascensão, concentrado nasmãos
depoucos
grupos.A
pesquisa foi executada a partir de questionário aplicado junto às gerências,para a coleta de dados primários. Foi feita
uma
separaçãodo
setorem
cinco zonasdiferentes, analisando-as isoladamente e depois
em
conjunto.O
pressuposto éde
que aárea de abrangência
da
competição,pode
ser restrita a espaços geográficos menores,como
bairros
ou
conjunto de bairros próximos, ainda que se reconheça a interferênciaou
concorrência de firmas de diferentes zonas.
A
pesquisa decampo,
ou seja, a constataçãoda
realidade, foi executada no periodode 15 a 23
novembro
de 2000.A
identificação de estabelecimentos supermercadistas paraefeito desta pesquisa, partiu de
uma
premissafomecida
pelaABRAS,
a qual consideraque
um
supermercadodeva
teracima
de400
m2
de área de vendas.A
busca de dados, pormeio
de questionáriocom
perguntas sintéticas junto aossupermercados, teve
como
objetivo verificar a atuação mercadológica destesegmento
em
CAPÍTULO
112 -
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
O
objetivo deste capítulo é apresentar o referencial teóricoque
enfatizacomo
diversos autores tratam conceitos de estrutura de mercado, competitividade, padrão de
concorrência e estratégias competitivas.
2.1. Estrutura
de
mercado
Segtmdo
Leite (1998, p. ll) “...os estudos sobreeconomia
industrial cresceram muito nos últimos quarenta anos devidoao dinamismo
das relações inter e intrasetoriais.Este
dinamismo
resulta da interação das atitudes de compradores e vendedores, que são os responsáveis pelo cicloda
produção, circulação econsumo
de
produtos e serviços.”O
mesmo
autordefine
a organização industrialcomo
“um
ramo
damicroeconomia que
enfatiza o estudo das unidades industriais
de
decisão. Portanto, tratado
estudo das relaçõesindustriais, tanto intema quanto externa,
dada
as condiçoes de oferta edemanda
ditadaspelo
mercado”
(Leite, 1998, p.l 1).Para Possas (1990), existem três sentidos
bem
diferentes para seempregar
o
tenno“estrutura de mercado.”
O
primeiro,que
émais
difundido nos livros textos ena
linguagem econômica, refere-se às caracteristicas
mais
aparentes dosmercados
e édefinido
pelo
número
de empresas concorrentes (monopólio, oligopólio e concorrência) e pelaexistência
de
produtoshomogêneos
ou
diferenciados.O
segundo, utilizado maisna
literatura da organização industrial,tem
como
base omodelo
de “estrutura-
conduta -desempenho”, no
qual a estrutura demercado assume
um
papel preponderante nas configurações: da concentração de mercado, dos produtossubstitutos e das barreiras à entrada, entre outros.
O
terceiro sentido de estrutura demercado
é semelhante ao segundo e incorpora características para tomá-lo dinâmicoGeorge
e Joll (1983, p. 136)afinnam
que: “... as grandesfinnas
operam
em
mercados
específicos, podendo-se esperar que a estrutura dessesmercados
exerçaimportante influência sobre seu comportamento.” Neste sentido, os autores retratam
que
as características estruturais
de
uma
indústriainfluenciam o comportamento
das finnas.Segundo
Garófalo (1992, p. 339) antes de passar aum
detalhamento dospossiveis
mecanismos
deformação
de preços, o importante é caracterizaro
que se entendepor mercado, identificando as caracteristicas das estruturas
em
que
os agentes estejam envolvidos.”O
conceito de indústria está diretamente relacionado ao de mercado, poisindústria é definida
como
um
grupo de empresas voltadas à produção de mercadorias quesão substitutas próximas entre si e fornecidas a
um
mesmo
mercado, determinando, assim,~
um
ambiente competitivo (Guimaraes, 1987).Garófalo
define que
“...omercado
está associado ao comércio e se constituino
local
onde
os ofertantesexpõem
suas mercadorias para vender e oscompradores vão
adquiri-las.” (Garófalo, 1992, p.339).
O
pressuposto é que o conceito demercado
estámais
ligado à mercadoriado
que ao espaço fisico. Isto é,mercado pode
ser definidocomo
“...o conjunto de pontos decontato, segundo os quais os compradores e os ofertantes de recursos produtivos
ou
dedeterminado produto,
ou
grupo de produtos finais, e os usuários e prestadores de serviçosou
grupo de serviços, concretizam os negócios resultantesdo
acordo.” (Garófalo, 1992,p. 340).
Esta definição agrega as
demais
etambém
o
aspecto de prestação de serviços e,~
confonne
a anterior,não
sao admitidos limites fisicos para omercado
(Garófalo,1992).“._. ressalta
que
osmercados
envolvemuma mesma
modalidade
de
produtoou
recurso,mas
dzferirãona
sua estrutura
em
relaçãoao
fluxo
de
comercializaçãodo
produtofinal
ou
fatorde
produção, ecada
fase corresponderáa
uma
estrutura de mercado.Conseqüentemente, é de
grande
valia, poisa
caracterizaçao desta estrutura é
a maneira que
oscompradores
e vendedores se interagempara
estabelecer o preço
de mercado ou a
quantidadea
sertransacíonada ” (Garófalo, 1992, p.34]).
Os
manuais
de microeconomia, para Pindyck e Rubinfeld (1994) e Garófalo(1992),
propõem
a classificação das estruturas de mercado, considerando-se dois critérios:quantidade de agentes compradores e vendedores e a natureza da mercadoria
ou
fatores deprodução.
Com
relação à quantidade dos agentes vendedoresno
mercado, esta nãodeve
serapenas interpretada pelo seu número, mas, antes, pelo seu comportamento.
Num
mercado
com
poucos
vendedores, a ocorrência de alteração de preços pormn
deles, provoca areação dos outros vendedores.
Ao
contrário,com
muitos vendedores, cada agente poderátomar
suas decisõessem
necessidade de qualquer preocupação quanto auma
reação dosdemais.
No
que
se refere aonúmero
de compradores,também
como
no
caso anterior, ofator principal não se
resume na
quantidade e sim,na
natureza comportamental destes.Quanto
à naturezada
mercadoriaou
fator de produção, objetoda
transação, émanifestada pelo fato de os bens, serviços e fatores de produção
poderem
serum
produtohomogêneo ou
diferenciado.Homogêneos
são bens, serviçosou
fatores de produçãoque
não
possuem
substitutos próximos.No
caso dos produtos diferenciados, os quais são osmais
comuns,
os agentes demercado
revelaram nítida preferência porum
deles,em
detrimento dos demais (Garófalo, 1992, p.
342
-
343).Neste sentido, o
mercado
possuialgumas
estnituras mercadológicas quecaracterizam a estrutura industrial,
que
são: a concorrência puraou
perfeita e osmercados
imperfeitos.
Para Garófalo (1992, p.
343
-
344), a estrutura industrial classificadaAtomização
do mercado:
refere-se à quantidade de agentes vendedores ecompradores, é tal que as
compras
e vendas individuais são insignificantesquando
comparadas
com
ovolume
total de transações efetuadasno
mercado. Isto implica dizerque
nenhum
dos agentes é influenciado pelos demais,ao tomar
suas decisões, e quetambém
nenhum
possui condiçoes de afetar o preço de mercado; são autênticos tomadores depreço,
em
função da despersonalização do mercado.Produtos homogêneos:
são os produtos, serviçosou
fatores produtivos, objetode transação, que
em
cada caso, são perfeitos substitutos entre si, enão
apresentamdiferenciação alguma.
Princípio
da
indiferença: todos os agentes,embora
atuem
independentemente,conhecem
a naturezado
produto, serviçoou
fator produtivo e o correspondente preço demercado. Logo, não haverá
nenhuma
desvantagem
se oconsumidor
efetuar aquisições de qualquer ofertanteou
transacionarcom
qualquer comprador.Transparência do mercado:
as informações relativas às preferências e condiçõeseconômicas
das empresas e dos consumidores são acessíveis ecompactuadas
por todos os agentes inseridosno
mercado.Livre mobilidade
dos agentes e recursos produtivos: o governo não efetuaqualquer restrição quanto à entrada e saída dos agentes
no
mercado.Com
relação aos produtos, serviços e recursos, igualmente, não deve existirnenhmna
restrição demovimentação.
Os
mercados
imperfeitos, segundo Garófalo (1992), dividem-seem
três estruturasde mercado, a saber:
Monopólio:
éuma
estrutura industrial na qual existe apenasum
vendedor paraum
produtoou
serviço quenão
possui substituto próximo.O
monopolista é o único a transacionarum
referido produtoou
serviço;Concorrência
monopolística: nessa estrutura de mercado, o produto ou serviço transacionado contacom
substitutos próximos,mas
não perfeitos,ou
é diferenciado dosdemais.
Há
um
grandenúmero
de vendedoresno
mercado, todos oferecendo produtosdiferenciados;
Oligopólio: é conceituado
como
um
pequeno
número
de vendedores,concorrentes, rivais entre si,
que
controla a oferta deum
produtoou
serviço,homogêneo
ou
diferenciado. Conseqüentemente, esses vendedores são responsáveis pela totalidade,
ou
pela maior parte da produção transacionada,
ou
ainda por determinado serviço prestado.Nesta estrutura de mercado, é
negada
a condiçãode
atomização presentena
concorrênciaperfeita e monopolista.
No
oligopólio, o produto transacionadopode
ser de naturezahomogênea ou
diferenciadaou
poderá contarcom
substitutos perfeitosou
não.O
oligopóliopuro
envolve transaçõescom
produtosou
serviçoshomogêneos.
Pode
existir rivalidade entre os vendedores,embora
muitas vezespossam
surgir acordoslegais
ou
não, ocultosou
secretos entre eles.No
oligopólio diferenciado,há
tunaconcorrência efetiva entre os vendedores, a despeito de
cada
um
deles desfrutar deum
relativo poder de
monopólio
face à diferenciaçãodo
bem
transacionado.Possuem
número
reduzido de agentes, sendo
que
os produtosou
serviçosnão
são sucedâneos perfeitos,mas
, .
pI`0XlIl'l0S.
Bain
apud
Garófalo (1992, p.350), distingue as razões decomo
se originam osoligopólios,
que ocorrem
em
duas situações:“...
Quando
asfirmas
de determinado setor industrial possuem, desde o início desua
atividade,uma
posição dominanteno
mercado,que procura
conservarutilizando
uma
série demecanismos
naturaisou
artificiais
que
dificultam as outrasempresas
concorrentes, e
quando
são processadas fusões eou
incorporações, possibilitando
à firma,
gradativamente,dominar
uma
parcelamaior do
mercado. ” GarófaloPara Garófalo (1992), dentre as justificativas
do
porquê de aparecerem oligopólios,tem-se:
.
Economia
na produção
em
grandes volumes: são poucas as empresas queapresentam condições de produção
em
grandes volumes, garantindo para si vantagens~
competitivas de custos, principalmente operacionais e de distribuiçao.
. Perspectivas de obtenção de maiores lucros: certas firmas de
uma
indústriaqualquer,
podem
julgar conveniente procederuma
fusãoou
consolidação, para restringira concorrência entre si e para adquirir
uma
estrutura de talfomia
concentrada quepossibilite facilmente eliminar a concorrência dos outros vendedores, e dessa maneira,
elevar seus níveis de lucratividade.
.Vantagens
de
diferenciação de produtos: detenninadasfirmas obtêm
vantagensna
diferenciação de produtos, impulsionando os compradores ademonstrarem maior
interesse pelos seus produtos
em
detrimento de outras variedades similares..Vantagens absolutas de custos: algumas firmas,
em
função de certas estratégias,desfrutam de vantagens de custo sobre seus concorrentes, conseqüentemente,
podem
operar lucrativamenteem
níveis de preços que as demaisnão conseguem,
dominando, assim, omercado
de determinado produtoou
serviço.Já
Guimarães
(1982), analisa a indústriacomo
um
todo, objetivando examinar ospadrões de competição
em
suas diferentes estruturas.Mercado
é definido, segundoGuimarães
(1982, p.33),como
“...ademanda
porum
grupo de mercadorias que são substitutas próximas entre si ” e indústria,
como “um
grupode
firmas
engajadasna
produção de mercadoriasque
são substitutas próximas entre si” efomecidas a
um
mesmo
mercado.Guimarães
(1982),também
caracteriza a indústriaem
quatro estmturasTais estruturas
podem
serconfiguradas
como:
a) Indústria
Competitiva
- o produto éhomogêneo,
há competição via preço. Esse tipo demercado não
apresenta barreiras à entradanem
economias
de escala.b) Indústria
Competitiva
Diferenciada-
competição por preço e diferenciaçãode produto,
não
existindo barreiras à entrada.c) Oligopólio
Homogêneo -
existem barreiras à entrada e o produto éhomogêneo,
não existindo competição por preçoou
diferenciação.d) Oligopólio Diferenciado
-
são grandes as barreiras à entrada,mas
há concorrência através das diferençasde
produtos e serviços.2.2
Competitividade
epadrão de
concorrênciaA
competitividadepode
ser definida,de
acordocom
Farina,como
“...acapacidade
de
sobreviver e de crescerem
mercados
correntesou novos
mercados.Ӄ
uma
medida
dedesempenho
dasfinnas
individuais. Essedesempenho depende
de relaçõessistêmicas, englobando fomecedores e distribuidores. Procura-se,
na
dinâmica do processode concorrência, o referencial para a avaliação da competitividade que se diferencie
do
modo
convencional.A
evoluçãoda
participaçãono mercado
reflete a competitividade passada, decorrente das vantagens comparativas já adquiridas (competitividade estática).A
capacidade de ação estratégica e os investimentos
em
inovação de processo e de produtodeterminam
a competitividade futura, pois são fatores associados à melhoria dacompetitividade dinâmica ( Farina 1999, p.22).
Segundo
Ferraz et. al. (1997, p. 3), a partir deuma
perspectiva dinâmica, odesempenho no mercado
e a eficiência produtivadecorrem da
capacitaçãoacumulada
dasempresas,
que
por sua vez,refletem
as estratégias competitivas adotadasem
fimção
decada mercado. “
O
padrão de concorrência, por sua vez, corresponde ao conjunto de fatorescríticos de sucesso
em
um
mercado
específico.”A
competitividade é, portanto,conforme
Ferraz et. al. (1997, p. 7), “...funçãoda
adequação das estratégias das empresas individuais ao padrão de concorrência vigente
no
mercado
específico.”Os
autoresafinnam
queo
desempenho de
uma
firma,ou
uma
indústria, é condicionado por diversos fatores,
que
podem
ser internos às empresasou
empresariais, os estruturais e os sistêmicos.
Os
fatores internos às empresasou
empresariais são aqueles nos quais a firmadetém
poder de decisão epodem
ser controladosou modificados
através de condutasassumidas, correspondendo a variáveis
no
processo decisório. Entre eles, estão as vantagenscompetitivas que as
firmas
possuem, a capacidade tecnológica e produtiva dosrecursos
humanos,
o conhecimentodo mercado
e a capacidade de se adequar às suas especificidades (Ferraz et. al., 1999, p. 10).Os
fatores estruturais, por outro lado, são aqueles nos quais a capacidade deintervenção
da empresa
é limitada, pelamediação do
processo de concorrência, estando, por isso, apenas, parcialmente, sob sua área de influência. Estes fatores são representados pelas características dosmercados
consumidoresem
tennosde
sua distribuição geográfica,faixas de renda, grau de sofisticação e outros requisitos impostos aos produtos,
configuração
da
indústriaem
que aempresa
atua (grau de concentração, verticalização ediversificação setorial, escala de operação, potencialidade de alianças
com
fomecedores,clientes, concorrentes etc.) e a concorrência, que define condutas e estruturas empresariais
em
suas relaçõescom
consumidores, sistema fiscal - tributário, práticasde
importação e exportação e propriedades dosmeios
de produção (Ferraz et. al, 1999).Os
fatores sistêmicas são totalmenteextemos
às empresas,com
escassaou
nenhuma
possibilidade de intervir, epodem
ter importância nas vantagens competitivasque firmas de
um
paísdeixam
de ter, ante as suas rivaisno mercado
intemacional..
macroeconômicos
(taxasde
câmbio, oferta de crédito, taxas de juros);. político-institucionais (políticas tributárias, tarifárias, apoio fiscal
ao
riscotecnológico e poder de
compra do govemo);
. regulatórios (políticas
de
proteção à propriedade industrial,de
preservaçãoambiental, de defesa
da
concorrência e proteção ao consumidor);. infra-estruturais (disponibilidade, qualidade e custo
de
energia, transporte,telecomunicações e sewiços tecnológicos);
. sociais (qualificação da mão-de-obra, políticas de formação e educação de
recursos
humanos,
trabalhista e seguridade social); e. internacionais
(fluxo
intemacional de capitais, investimentode
risco e deCAPÍTULO
nl
3
-0
SETOR SUPERMERCADISTA
EM
FLoR1ANÓPoLrs
3.1.
Alguns
antecedentesO
foco deste estudo é a atuação dos supermercadosna economia de
Florianópolis.Neste sentido, faz-se necessária a descrição da origem histórica deste setor, haja vista, o
supennercado fazer parte
do
cotidiano de qualquer cidadãoem
qualquer lugardo
planeta.O
ramo
de atividadedo
comércio de gêneros de primeira necessidadede
Florianópolis, iniciou-se
com
a instalação de pequenas “empresas familiares”,como
“bodegas”
ou
mercearias das “freguesias”,onde
os produtos comercializadoseram
osmínimos
e de acordocom
a necessidade dos fregueses, taiscomo
sal, açúcar, querosene etc.Com
o crescimento urbano, novas necessidadesvão
sendo criadas e outros hábitosde
consumo
são agregados ao dia - a - diado
ilhéu, fazendocom
que as “bodegas” setornem
mercearias,dando
origem aum
comérciomais
elaborado.As
empresas familiares, ao perceberemque
omercado consumidor
começa
acrescer,
expandem
também
o seu tipo de negócio.Algumas
empresas familiarescrescem
timidamente
no
ramo
de “mercados”, emergindo, posterionnente,como
supermercadosna
década de 70,com
a instalação de grandes estruturasem
Florianópolis (Eletrosul,UFSC
eoutros). Estas estruturas
geram
um
novo
consumidor, fazendocom
que os supennercadosse
firmem
na
economia da
cidade.Exemplo
disso, são os supermercadosComper
eImperatriz,
que eram
os expoentes maiores naquelemomento,
pois omercado
estavapraticamente inexplorado.
Segundo
Souza, “...a implantação dos supermercadosno
Brasil teve iníciona
auto-serviço e
na
rotatividade dos produtos,acompanhando
o grande crescimentoda
urbanização e industrialização” (Souza, 1999, p. 106).O
auto-serviço representouuma
inovaçãono
campo
da distribuição ecomercialização urbana de alimentos e não alimentos, reduzindo os custos operacionais ea
rotatividade. Definiu-se, então,
uma
nova
filosofia
de comercialização,buscando
ganho na
rotatividade
ao
invésde ganho
por unidade.No
períodoque
antecede ao Plano Real, o supermercado é considerado o vilãoda
economia.Devido
ao processo inflacionário, os supennercados nãodavam
muitaimportância à qualidade dos serviços e produtos, pois
não
haviauma
concorrência tãogrande entre os estabelecimentos, que
também
eram
organizações empresariaisbem
menores
que as de hoje,com
raras exceções.\/V
O
crédito aos clientes era escasso e os pagamentos,em
sua maioria,eram
à vista.Na
relaçãocom
os fornecedores, a regra era postergar omaior
tempo
possívelo
pagamento,com
0 intuito de investirem
outros mercados.A
folga entre opagamento
àvista
do
cliente e opagamento
a prazo aos fomecedores criavauma
disponibilidade decaixa que era investida
no
mercado
financeiro, gerandoum
lucro não operacional à empresa.No
que
diz respeito aoproblema
de liquidez junto aos fomecedores, não existiamandes roblemas,
em
virtude desem
re haver a lica ões financeirasvencendo
ou
8T
P
P
disponível, para qualquer aperto de caixa.
Os
prejuízos destemercado eram
repassados para o preço final, poiscom
urnainfiação
extremamente
alta, oconsumidor
perdia os referenciais de preços,em
fimção
dasmudanças
nas gôndolas,pouco
assustando os clientesque
já estavamacostumados
aSegundo
oDIEESE
(1997), antesdo
Plano Real, asmargens
de lucro obtidascom
a atividadefim
dos supermercados nãoeram
das mais elevadas, já que parteconsiderável dos ganhos provinha
do
giro rápido de estoques, prazo elástico parapagamento
aos fomecedores, vendas à vista, juros elevados nas vendas a prazo ereceitas financeiras decorrentes de aplicações
no mercado
financeiro, principalmenteno
período de inflação alta.t, iAo longo dos anos 90, o setor supermercadista passou por
um
intenso processo dereestruturação.
A
abertura daeconomia
brasileira,no
inícioda
década de 90, fezcom
queaumentasse a concorrência intema e extema.
Além
disso, a entrada de novas redesde
supermercadoscomo,
por exemplo,o
Wal-Mart, exigiu transfonnações organizacionais ede estratégias
em
parte considerável das empresas supermercadistas brasileiras.Na
implantaçãodo
Plano Real, o setor foi impulsionado peloaumento da
eficiência e disputa pelo mercado, notadamente de consumidores das
chamadas
classes de renda C,D
e E, nas quais sabe-se que háuma
demanda
reprimida para a aquisição de gêneros de primeira necessidade e de bens deconsumo
duráveis,sem
contar que o baixonível
de
renda praticamente asdeixam
àmargem
do mercado
consumidor.Na
segtmdametade
da década de 90, logo após a implantaçãodo
Plano Real, Florianópolis passa a ser alvo de cobiça de outras redes de supermercados, inclusive redes intemacionais.O
hábito deconsumo
do
florianopolitano é alterado.,
Com
a estabilidade damoeda, não houve
mais a possibilidade de repassarindiscriminadamente altos custos para o cliente, pois
em
um
ambiente de quaseestabilidade monetária, o
consumidor
consegue realizarcomparação
e ter consciênciada
estrutura de preços relativos, rejeitando
aumentos
abusivos, ecom
aadoção
da âncoracambial pelo real, faz da importação de produtos
uma
fonna viávelde
cortar preços intemos, tudo isso aliado à entradaou
eminenteameaça
de entrada de concorrentesinternacionais de peso
no
setor, forçando os supermercados brasileiros a rever sua posturaConforme
Silveira (1996), “ ...Seuma
empresa
brasileira de supennercadopermite ser capaz de concorrer de igual para igual
com
as redes intemacionais, ela precisaaprender a viver do comércio, e não de aplicações financeiras” (Silveira, 1996, p.
70
-
72).~ ~
Após
o Plano Real,também
já não saomais
possíveis as aplicaçoesvolumosas
esistemáticas
que
os supermercadistas faziamna
“ciranda financeira”.Com
a estabilizaçãoda
moeda
eaumento da
concorrência, os supermercadospassam
a ter que oferecer créditoao cliente,
como,
por exemplo: aceitação de cheques pré-datados, cartões de créditoconvencional e da própria rede.
Em
Lun espaço detempo
relativamente pequeno, a sociedade brasileira viveu urnarápida abertura comercial, inserindo
no
setor supermercadistauma
corridaem
buscade
produtividade e competitividade.
Com
a intermpção do processo inflacionário surgeum
consumidor
mais segurode
seus direitos, agoracom
maior
percepção de produtos eserviços adquiridos.
De
acordocom
as pesquisasde campo,
realizadas nas grandes redesde
supermercados, verificou-seum
aumento
considerável de investimentosem
automação
comercial e gerencial,promovendo
mudanças
de lay-out, expansão demarcas
próprias,financiamento ao consumidor,
aumento no
mix
de produtos disponíveis nas gôndolas, entreoutras iniciativas. Verificou-se
também
algumas
tendências no setor, decorrentes desseprocesso de reestruturação
em
curso, quepodem
ser resumidas da seguinte forma:. otimização
da
área de vendas;. avanço de tecnologia
da
informação;.
mudanças
nosmodelos
gerenciais, pormeio
da modernização dosmétodos de
gestão, profissionalização e gerência por categoria
de
produtos;. ampliação das formas de crédito (aceitação de cartões
de
crédito próprioou
deadministradoras e cheques pré-datados);
. maiores investimentos
em
automação
comercial; . estreitamento dasmargens de
lucro;. ênfase e
uma
melhor
gestãoem
treinamentode
recursoshumanos;
e . vendas pormeio
da
Internet.Com
o
processo de abertura da economia, instituído pelo presidenteFemando
Collor deMello
em
1990, omercado
brasileiro foi alvode
interesse por parte de grandes empresas intemacionais supermercadistas,que
viam
em
nossomercado
crescenteuma
grande oportunidade de negócio.
O
horizonte de vigênciado
Plano Real,segrmdo
Morgado
(1998), foi o períodoapontado
como
o demudanças
mais profundasno
setor supermercadista, superando qualquer outro plano e trazendo grandes transformações,conforme o
gráfico abaixo.Gráfico 1
Efeitos
do Plano Real
no
setorsupermercadista
zéâzâzâzà
Ve
âê§iÍ1ëâš°
:IE5ETÊEIÍ2E25151515Í5ÍE35:;5131555išííííššíšiišiíšíiiiíšíf :=Ê1í1Ê1ElE2Ê-:-:‹z-;-:-:-:-:-:-:-.-:-:-:-:-:-:-:-:~:›:-:‹:~: -;«z›:‹:-:~::-:‹:--:--:-:-:--:‹-.-z-:‹- ~‹:~:-:›:-:-- ' >
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‹ n | | 1 | | 1 |
-60%
40%
-20% 0% 20% 40% ôo°/z so% 1oo%DMNUÇÃO
¡AuvENTo
|Fonte:
MORGADO,
G
Maurício. Os supermercados e os novos tempos. Disponivel na Intemet. http://lumina.com.br/supermer.htm. 21 setembro 2000.Como
pode
ser constatadono
gráfico acima,o
setor supennercadista estávendendo
mais, após o Plano Real, querem
quantidade de mercadorias, querem
volume
dedinheiro.
Os
investimentosem
marketing cresceram consideravelmente, semelhante aoaumento
em
recursos para treinamento de pessoal,embora
a quantidade de fiincionáriostenha diminuído, a capacitação e treinamento tiveram elevação significativa.
De modo
geral, pode-se dizer que este setor estávendendo
mais,com uma
linhade produtos mais completa, trabalhando
com
uma
quantidademenor
de
funcionários,porém
com
maior
qualificação ecom
praticamente amesma
quantidade de lojas.Conclui-se
que
após o Plano Real, a abertura comercial,além
de aumentaro
nivelde competitividade, cria
um
consumidor
mais exigente e os supermercados estãobuscando
adaptar-se a esta
nova
realidade.Em
seus esforços de adaptação, há concentraçãona
profissionalização
do
pessoal,na
infonnatização ena
melhoriado
nível de informaçãosobre o
desempenho da
loja.Há
uma
preocupaçãocom
as atividades decompra
evenda
de mercadorias, conseqüentemente,com
o
lucro comercial, e quanto aos ganhos das aplicações financeirasdo
passado recente,perderam
sua importância.Também
há
de se ressaltarque
o setor está cada vez maisganhando
força perante aindústria, negociando de igual para igual
em
função de serum
canal diretocom
o
consumidor
final, o cliente (Souza, 1999).3.2 Estrutura
de
mercado
do
setorsupermercadista
em
FlorianópolisA
análisedo
crescimento e competitividade é aqui realizada pormeio
dasdefinições de
mercado
existentes, e procura-setambém
identificar a estrutura demercado
quemelhor
se enquadracom
o setor superrnercadista de Florianópolis.Após
a pesquisa realizada junto aos supennercados páginas 30 e 31, constata-sede 35, o total de área de
venda
é de 47.500 mz, absorvendoum
contingentede
3.252funcionários,
com
426
check-outs.Uma
forma
interessante de caracterizar o setor supennercadistana
Capital, consisteem
analisá-lo considerando-se as diferentes “zonas supennercadistas” existentesna
região.Tomando-se
por base as lojascom
mais
de400
mz, tem-se a situação mostrada na Tabela 2.Tabela
2Pesquisa referente aos
supermercados de
Florianópoliscom
área
superior a400 m'
Ano
da Área deNúmero
de 1Número
iNúmero
instalação vendas funcionários de lojas de da planta por m' checkout Localização
concentração
urbana
Nome
do hipermercado ousupermercado
Zona
1 Hippo Supermercados 1997 1200 150Sup. Imperatriz (Rita Maria) 1992 1400 42
Sup. Imperatriz (Beira-mar
Shopping)
1994 930 100
Sup. Imperatriz (Av. Mauro
Ramos)
1 992 740 76
Lojas Americanas 1986 3100 100
Sup. Arco - íris 1999 500 35
Sup. Xande 1998 500 90
Sup. Angeloni (R: Esteves Jr
n.° 365)
1 984 2500 218
Sup. Angeloni (Av. Gov. I.
Bornhausen 4800) 1999 4800 499 Sup. Triunfo 1999 450 15 Subtotal zona1 16120 1325
Zona
2 Big Shop 1997 8281 300O.k. Supermercados 1 992 650 28
Sup. Angeloni (Av. Gov. I.
Silveira)
1987 5000 518
Sup. Imperatriz (Bairro do
Estreito)
1 999 400 59
Sup Imperatriz (Bairro Coqueiros)
1992 1200 80
Sup. Comper (Jardim Atlântico)
1982 1200 85
Sup. Gêmeos 1999 400 5
Sup Alicris 1997 1800 65
Sup. Comper (Bairro do
Estreito)
Zona
3 Supermercado Baía Sul l 998 1100 90 Sup. Comper (Trindade) 1975 850 76Sup. Imperatriz (Saco dos Limões) 1999 650 45 Sup. Rosa 2000 800 80 Subtotal zona3 3400 291
Zona
4 0000 000 Subtotal zona4 0000 000Zona
5 Sup. Canasvieiras 1992 400 16Sup. Centro Norte 1991 400 08
Sup. Emília 1986 1200 80
Sup. Florêncio 1 990 600 26 Sup. Magia (Jurerê) l 999 450 16 Sup. Magia (Canasvieiras) 1997 500 18 Sup. Santos (P das canas) 1990 600 20
Sup. Santos (Praia Brava) 1995 600 12 Sup. Tropical (Canasvieiras) 1 998 600 18 Sup. Tropical (Cachoeira) 1990 700 20
Sup. Imperatriz (Canasvieiras)
2000 1500 120
Sup. Imperatriz (Jurerê) 1992 850 80
Subtotal
zona5
8400 434
Setor
Total do 47551 3252
Fonte: Pesquisa de campo realizado pelo autor, novembro/2000.
Obs.: -* Refere-se ao supermercado que possui mais de
uma
planta instaladaem
Florianópolis.Esta pesquisa dividiu o Município de Florianópolis
em
cinco diferentes zonas,que são as seguintes:
Zona 1: Área central de Florianópolis, bairros Agronômica e Prainha;
Zona 2: Área continental de Florianópolis;
Zona 3: Bairros Trindade, Itacorubi, Santa Mônica, Lagoa da Conceição, Barra
da Lagoa, Parque São Jorge, Córrego Grande, Pantanal, Carvoeira e
Saco dos Limões.
Zona 4: Bairro da Costeira e todo o Sul da Ilha;e
3.3 Análise
das
diferenteszonas
no
qual foi dividido oMunicípio de
FlorianópolisA
pesquisa decampo, ou
seja, a constatação da realidade, foi executadano
periodo de 15 a 23 denovembro
de 2000.A
identificação de estabelecimentos supermercadistas para efeito desta pesquisa partiu deuma
premissafomecida
pelaABRAS,
a qual considera queum
supermercado deva teracima
de400m2
de área de vendas.A
busca de dados pormeio
de questionáriocom
perguntas sintéticas aplicadas aos supennercados, teve o objetivo de verificar a atuaçao mercadológica destesegmento
em
Florianópolis.
Para tanto, fez-se necessário quantificar os estabelecimentos, localizando-os,
dimensionando-os por área destinada à venda,
número
deempregados
(empregos gerados)e
número
de check-outs (caixas) disponíveis.Pelo que se verifica
na
tabela das páginas anteriores,há
uma
razoávelconcentração
do
número
de check-outs nazona
1, tendoem
vista que, cerca de37%
estãonas
mãos
de apenas Luna rede de lojas,no
caso, o Angeloni.Com mn
detalhe importante:duas únicas redes (Angeloni e Imperatriz)
dominam
maisde
60%
da
oferta de check-outsna
mesma
zona.Na
zona 2
-
área continental de Florianópolis, aconteceuma
situação muitosemelhante.
O
BigShop detém
36%
dos check-outs e o seu somatóriocom
odo
Angeloni(que
tem
participação deaproximadamente 21%),
resultaem
uma
concentração de57%,
o
que e elevado.A
zona 2, apresenta a maior área de vendasdo
município,ou
seja,40,28%
do
total da área de vendasdo segmento
estão localizados nesta região.No
entanto,o
maior
número
de funcionários encontra-sena zona
1-
área central deF
lorianópolis,com
40,74%
do
total de funcionários que o setor admite. Pelos dados coletados, verifica-se que azona
2-
área continental é a que apresenta,em
área,o
maior número, seguida dazona
I. Todavia, constata-seuma
preferência pela instalação de novas empresas destesegmento
na área continental e nãona
ilha.Nos
bairros periféricos ao centro, isto é,na zona
3, percebe-seque
a instalaçãode
supermercados acontece timidamente,sem
grandes plantas instaladas.Na
zona
4-
sulda
ilhanão
foi encontradonenhum
supennercadocom
áreasuperior a
400
m2.Já
na zona
5-
norte da ilha, a instalação de supermercados acorrecom
maior
intensidade,
chamando
a atenção de redes que lá já estãofixadas
com
lojas depequeno
porte, dentro
do
critériomencionado
anteriormente, devido à grandedemanda
que
ocorreno
verão.Por
meio da
coleta de dados, conclui-se quedo
total das áreasde
venda do
setor 47.551 m2,45%,
estavam instaladas antesdo
Plano Real,ou
seja,21.390 m2, pressupondo que este
mercado
em
Florianópolis cresceuaproximadamente
222%
até os dias atuais. Deve-se ressaltarque
este percentualde
crescimento está ligado à instalação de novos supermercadosem
Florianópolis,bem como
à absorção de algumas plantas por empresas supermercadistas maisarrojadas.
A
zona
1, áreaque
compreende
a região central de Florianópolis, é considerada estrategicamente muito importante, devidoao
grandevolume de
pessoas
que
sedeslocam
para o centroda
cidade. Isto fazcom
que
asgrandes redes se concentrem nesta área, pois é de profunda importância
para sua consolidação
no
mercado.É
o casoda
rede de supennercadosImperatriz,
que
nestazona
possui três lojas, eda
rede Angeloni,com
doisestabelecimentos.
Vejamos também
algumas informações colhidas na pesquisade
campo
que
Gráfico 2
Área
de vendas por
mz
referente àZonal
~m'L¢m_1
E
HW,
S,,pe,me,,,ad°3%
1%
ãíšâíãšif=255*šÍš'ÊíÊ;šf§`ãí;ê==z‹_ °L°1“S^'“°"°**"'='S
_ ,_
ISu
ermercado Xande¿¿¿¿¿¿¿¿ Supermercados Angeloni
_. .,:¿;_¡¡_¡z ^-:-:-:‹:-*‹"'°“- 1
3% 3%
I
Supermercado TriunfoBSupermercados Imperatriz
Fonte: Pesquisa de campo realizada pelo autor, novembro/2000.
O
gráfico 2 reflete a concentraçãoem
termosde
área de vendas pormz
dosestabelecimentos supermercadistas situados
na
área central,zona
I. Constata-seque
asduas maiores redes supermercadistas, Angeloni e Imperatriz,
detêm
65%
da
área totalde
vendas desta zona, determinando suas posições
de
lideres nesta cadeia.A
áreade
vendastambém
é representada pela concentração de check-outsna zona
1.Gráfico 3
Número
de
Check-outs existentesna
zona
1Número de check-outs
Zom
1má
2% 7%
E
Hippo SupermercadoI
Supermercados Imperatriz 35% 22% El Lojas Americanas El SUp6m'I6I`Câd0 AÍCO-ÍTÍSI
Supermercado Xande~
Supermercados Angeloni7%
22%I
Supemwercado Triunfo5%
iii
Fonte: Pesquisa de campo realizada pelo autor, novembro/2000.
Verifica-se,
no
gráfico 3,que
as duas maiores redes supermercadistas (Angelonie Imperatriz), localizadas
na
área central de Florianópolisdetêm
57%
do
niunero decheck-outs, fazendo
com
que
sejam identificadoscomo
os líderes de vendas nesta zona.Salientar-se
que
azona
1, por ser a área central, inspira maiores cuidados portambém
tuna razoável concentraçãodo
número
de check-outs nesta zona, eum
fato a ser destacado é a participaçãoda
rede Angeloni,que
possui37%
dos ckech-outs nesta região, colocando esta rede
em
destaque perante asdemais
da zona
1.Gráfico 4
Número
de
funcionários existentesna
Zona
11% 11% Número de funcionários Zona 1
E
Hip” supermercamHâupermercados Imperatriz 16% “L°'as^"`°"°a"“ __ H EI Supermercado Arco-ins ` 3 7%
8%
El Supermercados Angeloni __._,,,,,,,,=,,,,¿$,,,,,__%
I
Supermercado Triunfo Fonte: Pesquisa de campo realizada pelo autor, novembro/2000.O
gráfico
4, mostra que cerca de70%
da
mão-de-obraempregada no
setorsupermercadista da área central, encontra-se nos dois principais supermercados
em
decorrência
do
maiornúmero
de plantas instaladas nas duas maiores redes.Na
zona
2, área continental de Florianópolis,há
uma
particularidade.Em
funçãodesta zona ser muito
povoada
ecomo
faz divisacom
o
município deSão
José,bem como
é maispróxima
dos municípios de Palhoça, SantoAmaro
da
Imperatriz e Biguaçu, toma-seuma
região de muita especulação por parte dos empresáriossupennercadistas, principalmente os grandes, a posicionarem seus estabelecimentos
em
locais estratégicos.
É
nestazona
que a rede portuguesaSonae
implantou,em
1997, o hipermercadoBig
Shop, 0 qual, ao lado das redes Angeloni e Imperatriz, são os maioresno
municípiode
Gráfico 5
Área
de vendas por
mz
referente àzona
219%
%i@&m_%i2
Egg smp
FE
Supemiercados Imperatriz #í§í°z§~<;`â*¿f?â1Ê.§?Sñ~ 0 nsupelmercados Ok 25% 43/» '-«=«1-1:z=z~:-vzt=:2=z'~=‹1-=2š§~ sèsšzššâëz' .‹ .<›=z'~' '='S"P<*"“°f°==°° °°'"P°' -,-,\,....'›.'.`§\. . Ê'*›$;‹¿,§§§Í‹»3Íš5 V Isupermercado GemeosI2%
Esupemiercados AngeloniEI 10%
D
3% 8%I
Supermercado AlicrisFonte: Pesquisa de campo realizada pelo autor, novembro/2000.
O
gráfico 5, nosdá
uma
dimensão
da área de vendasda
parte continentalde
Florianópolis, e neste caso, incluímos o
Hipermercado Big
Shop
como
integrantedo
gruposeleto dos maiores de Florianópolis (Sup. Angeloni, Sup. Imperatriz e
Big
Shop),que
juntos
detêm
76%
da
área de vendas nesta zona.Gráfico 6
Número
de funcionárioszona
2I
5%
Número de funcionários zona 2E
Big shopO ,_ 25 /°
I
Supermercados Imperatriz EISupermercados OkI
“V
A M l _El S upe rm ercado C om per
*S 0
E
12%
I
Supermercado Gemeos z.zzêzzz§säšiššfB
E
Supermercados Angeloni El2%
_ _I
0%
U
12% V VI
Supermercado AlrcrrsFonte: Pesquisa de campo realizada pelo autor, novembro/2000.
No
que
se refere aonúmero
de funcionáriosdo
setor supennercadista nazona
2,81%
da
mão-de-obra estão distribuídos entre os grandes, ressaltando-se que nos44%
registrados pelo