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Coro e Orquestra Gulbenkian

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Academic year: 2021

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Texto

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5 + 6 Novembro 2015

quinta, 21:00h / sexta, 19:00h

Grande Auditório

m ic h el c or bo z © h ug o g le nd in ni ng

Coro e Orquestra

Gulbenkian

Michel Corboz

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MUSICA.GULBENKIAN.PT mecenas grandes intérpretes mecenas coro gulbenkian mecenas ciclo piano mecenas concertos de domingo mecenas música de câmara mecenas rising stars

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Duração total prevista: c. 1h 45 min. Intervalo de 20 min.

* Por motivos de saúde, a meio-soprano Clémentine Margaine é substituida por Valérie Bonnard ** A interpretação da obra La danse des morts, de Arthur Honegger, assinala o 60.º aniversário da morte do compositor quinta05 Novembro 2015 21:00h — Grande Auditório sexta06 Novembro 2015 19:00h — Grande Auditório

11

05

06

Johann Sebastian Bach

Ich habe genug BWV 82 Arie: Ich habe genug Rezitativ: Ich habe genug! Arie: Schlummert ein Rezitativ: Mein Gott! Arie: Ich freue mich

Missa em Fá maior BWV 233 Kyrie Gloria in excelsis Domine Deus Qui tollis Quoniam Cum Sancto Spiritu

intervalo

Coro Gulbenkian

Orquestra Gulbenkian

Michel Corboz

maestro

Charlotte Müller Perrier

soprano

Valérie Bonnard

meio-soprano *

Peter Harvey

barítono

Örs Kisfaludy

narrador

Clara Coelho

assistente do maestro

Arthur Honegger

La Danse des morts ** Introduction

Dialogue

La Danse des morts Lamento

Sanglots

La Réponse de Dieu Espérance dans la Croix Affirmation

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Johann Sebastian Bach

eisenach, 21 de março de 1685

leipzig, 28 de julho de 1750

No contexto litúrgico luterano da época de J. S. Bach, o lugar de destaque era ocupado pela cantata. A estrutura convencional do ordinário da missa – Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus e Agnus Dei – era habitualmente cantada pelo coro numa versão monódica. Nas festas litúrgicas o Kyrie e o Gloria tinham por vezes um tratamento musical mais elaborado, com divisão em secções atribuídas a coro e solistas. É o caso das quatro missas breves compostas por J. S. Bach (BWV 233-236). Todas adotam a mesma estrutura: Kyrie e Gloria, este último dividido em cinco partes. Consistem maioritariamente em paródias de andamentos de cantatas anteriormente escritas. Na missa em Fá maior BWV 233 cabe ao coro iniciar o Kyrie ao estilo de um motete antigo onde as cordas dobram as vozes. Por entre o contraponto do coro, as trompas e os oboés em uníssono anunciam um cantus firmus, a melodia do coral luterano Christe, du Lamm Gottes. O Gloria é uma alegre fuga coral cheia de melismas e com o efetivo instrumental completo. As três árias, para baixo, soprano e contralto, respetivamente, têm uma estrutura em trio, cada uma delas com o violino ou o oboé em destaque. Cum Sancto Spiritu, importado da cantata BWV 40 e introduzido por uma pequena fanfarra das trompas e oboés, conclui a obra de forma festiva. Missa em Fá maior BWV 233

composição: 1738 estreia: leipzig, 1738-39? duração: c. 28’

Ich habe genug BWV 82 composição: 1727

estreia: leipzig, 2 de fevereiro de 1727 duração: c. 23’ j. s . b ac h , i ch h ab e g en ug b w v 8 2 - m an us cr it o a ut óg ra fo © d r

Composta para a Festa da Purificação de 1727, a cantata Ich habe genug (eu tenho o suficiente) reflete os princípios luteranos, com o texto como fundamento e sendo a música o seu veículo de expressão e de aproximação à fé. A reflexão sobre o texto é essencialmente contemplativa. Retirado do episódio da apresentação de Jesus no templo de Jerusalém, descrito no Evangelho segundo São Lucas, o texto da cantata incide em particular sobre a revelação que o Espírito Santo fez a Simeão, segundo a qual ele “não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor” (Lc 2:26).

Esta passagem bíblica é utilizada para tratar um tema típico do luteranismo: o anseio pela morte após a revelação da luz de Cristo. A poesia é na primeira pessoa do singular e toda a cantata tem um caráter bastante intimista, com um efetivo instrumental restrito. A primeira ária traz uma antecipação do tema de “Erbarme dich, mein Gott” da Paixão segundo São Mateus, embora com o oboé como solista. O ponto alto da cantata é a comovente ária “Schlummert ein, ihr matten Augen”, onde a morte é simbolicamente tratada como sono. O recitativo “Welt Gute Nacht” é um adeus ao mundo. A morte consoladora é recebida com alegria (melismas sobre a palavra “freue”) e caráter dançante na última ária.

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Arthur Honegger

le havre, 10 de março de 1892 paris, 27 de novembro de 1955

A primeira colaboração entre Arthur Honegger e Paul Claudel (1868-1955) aconteceu em 1935 com a obra Jeanne d’Arc au bûcher. Claudel era embaixador francês na Bélgica e o contacto entre ambos foi promovido pela bailarina, atriz e mecenas Ida Rubinstein.

Aquando a estreia de Jeanne d’Arc em Basileia em 1938, Claudel interessou-se pela obra A dança dos mortos do pintor bávaro Hans Holbein, o Jovem (c.1497-1543). O conjunto de xilogravuras, que recupera a alegoria medieval das danças macabras, enquadrando-as num contexto reformista e por vezes satírico, inspirou Claudel, levando-o a propor a Honegger a composição de uma grande cantata dramática. Quinze dias depois, estava escrito o texto de La Danse des morts. A sua fonte literária é sobretudo o capítulo 37.1 do Livro de Ezequiel, “A visão dos ossos secos”, que, referindo-se à restauração do povo de Israel, conta como Deus conduziu o profeta a uma planície cheia de ossos e o fez proferir as Suas palavras, trazendo-os de volta à vida, em carne e em espírito. A leitura que Claudel faz dos textos bíblicos não é histórica nem literal, mas antes uma reflexão teológica sobre a condição humana, sobre a salvação e a vida depois da morte. O escritor fá-los sair do

seu contexto, tratando-os simbolicamente e enriquecendo-os com comentários que embora os desconstruam, tornam também mais complexa a sua interpretação. Existe um narrador mas não uma narrativa clara ou sequencial. A conceção de Claudel é também musical, com inclusão no libreto de indicações precisas, como: “Começa por um ribombar de trovão formidável, não um simples trovão de teatro, um trovão musical alargado, onde o som rola, vai e vem, ressalta sobre ele mesmo, como se ouve durante as grandes trovoadas de primavera”.

Honegger abraçou a visão do poeta: “Para A Dança dos mortos, pedi a Claudel que me lesse e relesse o poema e me desse todas as diretrizes a fim de seguir o mais próximo possível o seu pensamento. Tudo estava previsto no seu espírito, todas as intenções especificadas, bem como a distribuição das vozes e a cor da orquestra”.

La Danse des morts tem um efetivo vocal e instrumental característicos da oratória: coro de dimensões significativas (para permitir uma divisão em pequeno e grande coro), orquestra completa com madeiras e metais, percussões e ainda piano, órgão e os solistas vocais: soprano, contralto, barítono e recitante (narrador). As linhas vocais servem La Danse des morts

composição: 1938

estreia: basileia, 1 de março de 1940 duração: c. 35’ a. ho ne gg er , l a d an se d es mor ts . l a r ép on se d e d ie u © s al ab er t

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e enriquecem as palavras, dando-lhes um ritmo e entoação próximos do discurso falado. A vocalidade do coro, que oscila entre canto e voz falada sempre que necessário, acentua a fusão entre texto e música e a faceta teatral da obra.

A obra está dividida em sete andamentos encadeados. Em Dialogue, precedido por uma curta, mas intensa, introdução orquestral, o narrador descreve a profecia de Ezequiel, pontuada por intervenções do coro. Pouco a pouco, os mortos levantam-se para La Danse des morts, com uma orquestração ligeira e transparente e constituída por três canções profanas: sur le pont d’Avignon (substituído por “de la tombe”) l’on y danse; Carmagnole, cantada durante o período da revolução francesa; Entrez dans la danse, baseada na canção infantil Nous n’irons plus aus bois. A dança é bruscamente interrompida por uma ária para barítono com palavras do Livro de Job e um cromatismo atormentado, sendo inspirada em “Aus Liebe will mein Heiland

sterben” da Paixão Segundo São Mateus. Segundo Honegger, nesta ária a música é o comentador do texto: “Uma voz e um violino e é o violino que explica”. Sanglots é um coro breve, carregado de tensão, no qual Honegger ilustrou a descrição de Claudel: “o grito pesado do desespero, depois os suspiros entrecortados, a aspiração final da garganta estrangulada”. Recuperando o trovão inicial, segue-se “a resposta de Deus” pela voz do seu profeta: “J’existe!”. A Esperança na Cruz é revelada pelo dueto entre soprano e contralto que relatam a paixão de Cristo. Uma vigorosa entrada do barítono leva à procissão confiante, quase popular do coro. No último número, o coro insiste numa das proposições que estão na base da obra: “Lembra-te Homem que és pedra e sobre essa pedra construirei a Minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela”. A obra termina com um vocalizo apaziguador do soprano solista.

notas de susana duarte

to te nt an z, g ra vu ra d e h an s hol be in ( c. 1 49 7-15 43 ) e m h ar tm an s ch ed el -l ib er c ro ni ca ru m © d r

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pa ul c la ud el e a rt h ur ho ne gg er . f ot o d e m ar ce l a rt h au d © d r

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Coleção de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian ( 5)

Sonia Delaunay (1885-1979)

Chanteurs Flamenco

(dit Grand Flamenco), 1915-1916

Óleo, cera e cola sobre tela, 174 x 144 cm Col. CAM – Fundação Calouste

Gulbenkian; PE114

Evocando o tema musical performativo do flamenco, este Grand Flamenco de Sonia Delaunay (Gradizhsk, Ucrânia, 1885 – Paris, 1979) faz dançar os círculos órficos característicos da sua pintura ao

ritmo quente da ‘noite espanhola’. A tela terá sido pintada em Portugal, na casa de Vila do Conde, onde Sonia e Robert Delaunay se instalam em Junho de 1915.

Esta pintura estará exposta no CAM a partir de 20 de Novembro na exposição “O Círculo Delaunay”.

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Notas Biográficas

maestr0

Michel Corboz

A entrada de Michel Corboz no universo da música encontra-se profundamente ligada ao seu fascínio pela voz e pelas obras escritas no domínio da música vocal. Consequentemente dirigiu, ao longo da sua carreira, pelo mundo inteiro, as grandes oratórias e outras obras que incluem coro, solistas e orquestra. Depois de fundar o Ensemble Vocal de Lausanne, em 1961, as inúmeras distinções concedidas e o acolhimento entusiasta da imprensa às suas gravações das Vésperas e do Orfeo de Monteverdi (1965 e 1966) marcaram o início de uma longa carreira que evoluiu naturalmente, sem ambições particulares, enriquecendo-se todos os anos com uma nova obra. Em 1969, Michel Corboz foi nomeado Maestro Titular do Coro Gulbenkian, cargo que vem exercendo com inexcedível competência desde então. À frente do Coro Gulbenkian, realizou um grande número de concertos e gravações, tendo assim colocado

em destaque as qualidades fundamentais do agrupamento e contribuído decisivamente para a sua projeção nacional e internacional. A discografia de Michel Corboz conta com mais de cem títulos, muitos deles distinguidos com prémios internacionais do disco. Neste domínio salientam-se as grandes obras sacras de Bach e de Mozart, La Selva Morale de Monteverdi, as oratórias de Mendelssohn e os Requiem de Brahms, Fauré, Duruflé e Verdi. Na Ópera de Lyon recriou Ercole Amante de Cavalli, obra composta para o casamento de Luís XIV, bem como David et Jonathas de Charpentier. No domínio da ópera, dirigiu L’Incoronazione di Poppea, Il ritorno d’Ulisse in patria e ainda Orfeo de Monteverdi.

Em dezembro de 1999, Michel Corboz foi condecorado pelo Presidente da República Portuguesa com a Grã Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique. m ic h el c or bo z © h ug o g le nd in ni ng

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Charlotte Müller Perrier nasceu na Suíça e começou a estudar violino antes de ter decidido dedicar-se ao canto. Em 2001 recebeu o “Diplôme de Virtuosité” do Conservatório de Lausanne, prosseguindo o seu aperfeiçoamento em Milão, com G. Canetti e U. Finazzi, e posteriormente na Suíça, com R. Bersier e A. Di Giantomasso. Foi laureada com a bolsa de estudos Colette Mosetti e finalista em vários concursos internacionais de ópera e de música sacra em Itália (Concorso Internazionale Riviera Adriatica, Prémio Beniamino Gigli) e em França (Voix nouvelles). No domínio da ópera, destacam-se os papéis de Rainha da Noite (A flauta mágica), Violetta (La traviata) ou Mathilde (Guillaume Tell). Interpretou ainda os papéis de Belinda (Dido and Aeneas) no Grande Teatro de Genebra, Don Ramiro (La finta giardiniera) e a Condessa Ceprano (Rigoletto), no Teatro Municipal de Lausanne. Antes de se estrear nos palcos de ópera, tinha já desenvolvido intensa atividade como solista de concerto, tendo-se apresentado nas grandes salas e festivais europeus. O seu repertório preferido inclui as grandes obras de J. S. Bach, Mozart, Mendelssohn, Poulenc ou Rossini, que interpretou também no Japão, nos E.U.A. e na América do Sul, sob a direção de maestros como Hervé Niquet, Reinhard Goebel, Corrado Rovaris, Lorenzo Turchi-Floris, Jonathan Brett Harrison, Jean-François Monot, Jonathan Darlington, Michael Gläser ou Simon Halsey. Gravou o Requiem de Gounod, sob a direção de Michel Corboz, e as Vésperas de Monteverdi, com Laurent Gendre.

Valérie Bonnard estudou no Conservatório de Lausanne, onde se diplomou em canto solista e pedagogia. Em paralelo, concluiu um mestrado em letras (literaturas francesa e alemã) na Universidade de Lausanne. A sua tessitura vocal permite-lhe abordar, com igual desenvoltura, partes de soprano (Missa em dó menor de Mozart, ou o papel de Marguerite em A Danação de Fauto de Berlioz) e de contralto (Messias de Händel). Participou em muitos concertos e festivais na Suíça e no estrangeiro (França, Espanha, Portugal, Polónia, Japão), sob a direção de maestros como Michel Corboz, Michael Hofstetter, John Nelson, Pablo Heras-Casado, Heinz Holliger, Guillaume Tourniaire, Gonzalo Martinez, Bernard Héritier ou Pascal Mayer. No domínio da ópera, interpretou o papel de Ramiro, em La finta giardiniera de Mozart, Jadwiga, em Manru de Paderewski, e participou também numa criação de Guy Bovet, C’est quoi ce cirque, levada à cena por François Rochaix. Cantou ainda numa produção encenada da Paixão segundo São João, de J. S. Bach, na Catedral de Lausanne. Em recital, colabora com os pianistas Gérard Wyss, Christian Chamorel e Anthony di Giantomasso. Apresentou-se em vários palcos e festivais na Suíça e participou num concerto com músicos da Orquestra do Tonhalle de Zurique.

Desde 2010, Valérie Bonnard é professora de canto no Conservatório de Genebra.

meio-soprano soprano

Charlotte

Müller

Perrier

Valérie

Bonnard

ch ar lo tt e m ül le r p er ri er © d r va lé ri e b on na rd © b r

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Peter Harvey estudou na Guildhall School of Music and Drama, em Londres. Recebeu vários prémios em competições internacionais, incluindo o Concurso de Lieder Walther Grüner, o English Song Award, e o Peter Pears Award. Ao longo da sua carreira, realizou mais de cem gravações que abrangem oito séculos de repertório. Com os English Baroque Soloists e o Coro Monteverdi, sob a direção de John Eliot Gardiner, participou no projeto de gravação “Bach Cantata Pilgrimage”, que inclui a célebre cantata a solo Ich habe genug BWV 82. Colabora também regularmente com o maestro Paul McCreesh e o Gabrieli Consort, tendo participado nas gravações de A Criação de J. Haydn (vencedora de um prémio Grammy) e nos registos da Paixão segundo São Mateus de J. S. Bach, das Vésperas de Monteverdi e de Solomon de Händel, bem como em muitos concertos nos principais palcos mundiais. Colabora também com outros importantes agrupamentos como The King’s Consort, London Baroque, The Sixteen, Retrospect Ensemble, Purcell Singers, Orchestra of the Age of Enlightenment, Academy of Ancient Music, La Chapelle Royale, Collegium Vocale Ghent, Les Talens Lyriques, Le Concert Spirituel e Arsys Bourgogne, entre outros. Destaque ainda para a sua longa associação com o maestro Michel Corboz e o Ensemble Vocal Lausanne. Fundou e dirige o Magdalena Consort, agrupamento que foca a sua atividade musical na música vocal de J. S. Bach.

Örs Kisfaludy nasceu em 1948 em Budapeste. Vive na Suíça desde 1961, tendo aos quinze anos ingressado na Escola de Arte Dramática de Lausanne. No ano seguinte, iniciou uma carreira como ator e comediante. Entre 1968 e 1970, ensinou arte dramática em Kinshasa, no Congo, retomando posteriormente a carreira de ator na Suíça, em França e na Bélgica. Entre 1985 e 1990, animou uma emissão musical do canal Space 2, o canal cultural da Radio Suisse Romande. Em 1986 começou a participar em espetáculos musicais como recitante e narrador, tendo-se apresentado em vários países europeus – Suíça, França, Portugal, Espanha, Alemanha, Holanda e Itália (Teatro alla Scala) – e nos Estados Unidos da América. Colaborou com os maestros Erich Leinsdorf, Michel Corboz, Jesús López Cobos, Helmuth Rilling, Hartmut Haenchen, Marcello Viotti, Daniel Harding, Adam Fischer, Pierre Boulez e James Levine, nas obras La Danse des morts, Le roi David, Jeanne d’Arc au bûcher, Judith e Nicolas de Flue de Honegger, Le Martyre de saint Sébastien de Debussy, Oedipus Rex de Stravinsky, Pedro e o Lobo de Prokofiev e, com mais frequência, O castelo do Barba Azul de Bartók, que gravou com J. Levine e a Orquestra Filarmónica de Munique e com Marek Janowsky e a Filarmónica de Monte-Carlo. Com a Orquestra de Câmara de Lausanne, sob a direção de Josep Pons, estreou Ethiopiques, de Julien-François Zbinden, na qual declamou poemas de Leopold Sedar Senghor. Colabora regularmente, como autor e libretista, em criações musicais do jovem compositor suíço Thierry Besançon. narrador barítono

Peter

Harvey

Örs

Kisfaludy

pe te r h ar ve y © d r ör s k is fa lu dy © d r

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Fundado em 1964, o Coro Gulbenkian conta presentemente com uma formação sinfónica de cerca de cem cantores, atuando igualmente em grupos vocais mais reduzidos, conforme a natureza das obras a executar. Assim, apresenta-se tanto como grupo a cappella, interpretando a polifonia dos séculos XVI e XVII, como em colaboração com a Orquestra Gulbenkian ou outros agrupamentos para a execução de obras do repertório clássico e romântico. Na música do século XX tem interpretado, frequentemente em estreia absoluta, inúmeras obras contemporâneas de compositores portugueses e estrangeiros. Tem sido igualmente convidado para

colaborar com as mais prestigiadas orquestras mundiais, sob a direção de maestros como Claudio Abbado, Sir Colin Davis, Emmanuel Krivine, Frans Brüggen, Franz Welser-Möst, Michael Tilson Thomas, Rafael Frübeck de Burgos ou Theodor Guschlbauer. Para além da sua apresentação regular em Lisboa e das digressões em Portugal, o Coro Gulbenkian atuou em numerosos países em todo o mundo, participando também em importantes festivais internacionais. Em temporadas recentes, o Coro Gulbenkian realizou uma digressão internacional com a Orquestra Barroca de Friburgo, sob a direção de René Jacobs (Così fan tutte), apresentou-se em

Londres, no Royal Festival Hall, com a Philharmonia Orchestra, dirigida por Esa-Pekka Salonen, atuou no Auditório Nacional de Madrid, sob a direção de Michel Corboz, e realizou uma série de concertos com a Orchestre National de Lyon, sob a direção de Leonard Slatkin, no Auditorium ONL em Lyon. Em 2013 apresentou-se com a Real Orquestra Filarmónica de Galicia, sob a direção de Antoni Ros Marbà, em Santiago de Compostela. No âmbito do Festival de Aix-en-Provence, em França, participou numa nova produção da ópera Elektra, de Richard Strauss, com a Orquestra de Paris, dirigida por Esa-Pekka Salonen. A discografia do Coro Gulbenkian está representada nas editoras Philips, Archiv / Deutsche Grammophon, Erato, Cascavelle, Musifrance, FNAC Music e AriaMusic, tendo ao longo dos anos registado um repertório diversificado, com particular incidência na música portuguesa dos séculos XVI a XX. Algumas destas gravações receberam prémios internacionais, tais como o Prémio Berlioz, da Academia Nacional Francesa do Disco Lírico, o Grand Prix International du Disque, da Academia Charles Cros e o Orphée d’Or. Desde 1969, Michel Corboz é o Maestro Titular do Coro. Jorge Matta é Maestro Adjunto e Paulo Lourenço Maestro Assistente. cor o g ul be nk ia n © p ed ro f er re ir a

Coro Gulbenkian

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Michel Corboz

maestro titular

Jorge Matta

maestro adjunto

Paulo Lourenço

maestro assistente

sopranos Ana Bela Covão * Ariana Russo * Clara Coelho * Cristina Ferreira Filipa Passos * Filomena Oliveira Inês Lopes * Joana Siqueira Lucilia de Jesus Manuela Toscano Maria José Conceição * Mariana Lemos Mariana Moldão * Marisa Figueira * Mónica Santos * Natasa Sibalic * Rita Marques * Rosa Caldeira * Rosário Azevedo Rute Dutra * Sara Afonso * Taiana Froes Tânia Viegas Verónica Silva * contraltos Ana Urbano * Beatriz Cebola Catarina Saraiva Elsa Gomes Fátima Nunes * Inês Martins Inês Mazoni Joana Esteves * Liliana Silva * Lucinda Gerhardt Mafalda Borges Coelho Manon Marques *

Maria Forjaz Serra * Marta Queirós * Michelle Rollin * Patrícia Mendes * Raquel Rodrigues * Rita Tavares * Tânia Valente Tanja Simic * tenores António Gonçalves * Artur Afonso Diogo Pombo * Fernando Ferreira Frederico Projecto * Gerson Coelho * Hugo Martins João Afonso * João Barros * João Branco * João Custódio Miguel Silva * Nuno Fonseca Pedro Miguel * Rui Aleixo * Rui Miranda * baixos Fernando Gomes * Filipe Leal Hugo Wever João Luís Ferreira * Leandro César * Luís Fernandes Luís Pereira * Manuel Carvalho Manuel Rebelo * Mário Almeida * coordenação Mariana Portas produção Fátima Pinho Luís Salgueiro Joaquina Santos

Nuno Gonçalo Fonseca Nuno Rodrigues Pedro Casanova * Pedro Morgado * Ricardo Martins * Rui Borras * Rui Gonçalo Sérgio Silva * Tiago Batista * * Coralistas da Missa em Fá maior BWV 233 de J. S. Bach

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Orquestra Gulbenkian

Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Na temporada 2012-2013, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) celebrou 50 anos de atividade, período ao longo do qual foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de sessenta e seis instrumentistas que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências dos programas executados. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian a abordagem interpretativa de um amplo repertório, desde o Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas tradicionais, nomeadamente a produção orquestral de Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Mendelssohn ou Schumann podem ser dadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora interior. Em cada temporada, a orquestra realiza

uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música (maestros e solistas).

Atuando igualmente em diversas localidades do país, tem cumprido desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, por sua vez, a Orquestra Gulbenkian tem vindo a ampliar gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, Ásia, África e Américas. No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida desde muito cedo com diversos prémios internacionais de grande prestígio. Paul McCreesh é o atual Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian, sendo Susanna Mälkki a Maestrina Convidada Principal e Joana Carneiro e Pedro Neves os Maestros Convidados. Claudio Scimone, titular entre 1979 e 1986, é Maestro Honorário, e Lawrence Foster, titular entre 2002 e 2013, foi nomeado Maestro Emérito.

or qu es tr a g ul be nk ia n © p ed ro f er re ir a

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primeiros violinos

Priscille Reynaud Concertino

principal *

Jordi Rodriguez 1º Concertino Auxiliar Bin Chao 2º Concertino Auxiliar Paula Carneiro 2º Concertino Auxiliar Pedro Meireles 2º Concertino Auxiliar Vasco Broco

António José Miranda António Veiga Lopes Pedro Pacheco Alla Javoronkova David Wanhon Ana Beatriz Manzanilla Elena Ryabova Maria Balbi Maria José Laginha segundos violinos

Alexandra Mendes 1º Solista Cecília Branco 1º Solista Jorge Teixeira 2º Solista Maria Leonor Moreira Stephanie Abson Tera Shimizu Stefan Schreiber Otto Pereira Luciana Cruz * Catarina Silva Bastos * Félix Duarte * violas

Barbara Friedhoff 1º Solista Samuel Barsegian 1º Solista Isabel Pimentel 2º Solista André Cameron Patrick Eisinger Leonor Braga Santos Christopher Hooley Maia Kouznetsova Lu Zheng Cátia Santos *

violoncelos

Varoujan Bartikian 1º Solista Marco Pereira 1º Solista Martin Henneken 2º Solista Levon Mouradian

Jeremy Lake Raquel Reis Fernando Costa * contrabaixos

Marc Ramirez 1º Solista

Pedro Vares de Azevedo 1º Solista Manuel Rêgo 2º Solista

Marine Triolet Maja Plüdemann Romeu Santos * Vanessa Lima * flautas

Sophie Perrier 1º Solista

Cristina Ánchel 1º Solista Auxiliar Amália Tortajada 2º Solista oboés

Pedro Ribeiro 1º Solista Nelson Alves 1º Solista Auxiliar Alice Caplow-Sparks 2º Solista Corne inglês

clarinetes

Esther Georgie 1º Solista José María Mosqueda 2º Solista

Clarinete baixo fagotes

Ricardo Ramos 1º Solista Vera Dias 1º Solista Auxiliar José Coronado 2º Solista Contrafagote

trompas

Gabriele Amarù 1º Solista Kenneth Best 1º Solista

Eric Murphy 2º Solista Darcy Edmundson-Andrade

2º Solista

trompetes

Stephen Mason 1º Solista David Burt 2º Solista trombones

Jordi Rico 1º Solista André Conde 1º Solista * Rui Fernandes 2º Solista Pedro Canhoto 2º Solista tuba

Amilcar Gameiro 1º Solista timbales

Rui Sul Gomes 1º Solista Bruno Costa 1º Solista * percussão

Abel Cardoso 2º Solista Bruno Costa 2º Solista * Francisco Sequeira 2º Solista * Andreu Esteve 2º Solista * Laura Ilardia de Miguel 2º Solista * piano

Ricardo Martins 2º Solista * órgão

Sérgio Silva 1º Solista *

* Instrumentistas Convidados

Paul McCreesh

maestro titular

Susanna Mälkki

maestrina convidada principal

Joana Carneiro

maestrina convidada

Pedro Neves

maestro convidado Lawrence Foster maestro emérito

Claudio Scimonemaestro honorário

coordenação Montserrat Grau António Lopes Gonçalves produção

Américo Martins, Marta Andrade, Inês Rosário e Francisco Tavares

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musica.gulbenkian.pt

10 Novembro

terça, 21:00h —

M/6 be w it h m e n ow © vi nc en t b ea um e mecenas grandes intérpretes mecenas coro gulbenkian mecenas ciclo piano mecenas concertos de domingo mecenas música de câmara mecenas rising stars

Be With

Me Now

Um percurso amoroso através da ópera europeia

música de mozart,

bellini, britten,

luna, michel lambert,

janssens, stravinsky,

wagner, händel,

mitterer e mendonça

MaNOj Kamps

Julien Fišera

Fundação Calouste GulBenkian

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(19)

direção criativa Ian Anderson design e direção de arte The Designers Republic design gráfico Ah–hA

Não é permitido tirar fotografias

nem fazer gravações sonoras ou filmagens durante os concertos.

Desligue o alarme do seu relógio

ou telemóvel antes do início dos concertos. Programas e elencos sujeitos a alteração sem prévio aviso.

tiragem 600 exemplares preço

2

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MUSICA.GULBENKIAN.PT

Referências

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