Estradas 2
Prof. Me. Arnaldo Taveira Chioveto
Universidade do Estado de Mato Grosso –UNEMAT
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas – FACET
BREVE HISTÓRICO MUNDIAL
O Império Romano é responsável pela criação de uma extensa rede de caminhos pavimentados, ligando muitas regiões do continente europeu.
A queima do calcário já era conhecida, o que proporcionou o uso extensivo de argamassa e concreto, utilizando uma mistura de cal, pozolana (cinza vulcânica) e areia.
BREVE HISTÓRICO MUNDIAL
As estradas romanas eram compostas de pedras assentadas sobre argamassa, sendo a mais famosa a Via Appia, ligando Roma e Terracina. Seu construtor, Appius Claudius, que a criou em 312 a.C., durante a segunda Guerra Samnita. O objetivo era ligar Roma a Cápua, permitindo ao exército romano chegar rapidamente, durante o período não-invernoso, às áreas de Campania e Samnium, retornando a Roma no inverno.
BREVE HISTÓRICO MUNDIAL
A rede rodoviária do Império Romano, construída ao longo de 700 anos, chegou a uma extensão do 90.000 km, 14.000 deles na atual Itália. Contabilizando as estradas secundárias de terra ou de
BREVE HISTÓRICO MUNDIAL
Na segunda metade do século XVIII começa um novo período de atividade em construção rodoviária na Europa, onde se incrementou a rigidez das superfícies, criando condição de tráfego a veículos mais pesados.
Em 1716, na França, é estabelecida a Corporação de Pontes e Estradas. Em 1747, se dá origem a uma escola de treinamento em apoiado por engenheiros civis dedicados à conservação e
abertura de novas estradas.
Pierre Trésaguet, modificou o modelo romano de construção, utilizando material mais leve, como por exemplo seixos nos acostamentos.
Os ingleses John McAdam a Thomas Telford irão aperfeiçoar os conceitos introduzidos por Trésaguet, usando um leito de rodovia plano, num terreno devidamente drenado.
BREVE HISTÓRICO NO BRASIL
Fonte: http://www1.dnit.gov.br/historico/
A Estrada de Rodagem União e Indústria, ligando a cidade de Petrópolis (RJ) a Juiz de Fora (MG), foi a primeira rodovia macadamizada da América Latina, inaugurada em 23 de junho de 1861 por Dom Pedro II
BREVE HISTÓRICO NO BRASIL
A primeira lei a conceder auxílio federal para construção de estradas foi aprovada em 1905.
São Paulo em 1926 cria a Diretoria de Estradas de Rodagem, se tornando em 1934, no Departamento de Estradas de Rodagem (DER-SP): o primeiro órgão rodoviário brasileiro com autonomia técnica e administrativa.
Um ano depois de São Paulo criar a sua Inspetoria, em 1927, o governo federal fundou a Comissão de Estradas de Rodagem Federais, uma espécie de ancestral do DNER.
Em 1933, se elabora o Projeto de Lei que criaria o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem.
Em 1937 é fundado o DNER, embora este não tinha não era uma autarquia, não possuía recursos próprios e suas atividades eram desvinculadas dos sistemas rodoviários estadual e municipal.
BREVE HISTÓRICO NO BRASIL
BREVE HISTÓRICO NO BRASIL
Em 1950 o Brasil contava com 968 km de malha rodoviária pavimentada, o dobro do verificado em 1945. Na década de 70, o DNER continuou com as grandes obras rodoviárias, nasceram a Transamazônica, a
Belém-Brasília, a construção da Ponte Presidente Costa e Silva (Rio-Niterói) e outras.
Em 1980 com 47 mil km de rodovias federais pavimentadas.
E 1988, o Fundo Nacional Rodoviário seria definitivamente extinto.
Fonte: http://www1.dnit.gov.br/historico/
Quando em 1970, cerca de US$ 2,3 bilhões eram destinados às rodovias federais, em 1998, havia apenas US$ 1,2 bilhões. Com a escassez de recursos, novas alternativas foram colocadas em prática na década de 90. Como exemplo: o Programa de
Concessões Rodoviárias; o Programa de Descentralização e Restauração da Malha; e o programa Crema, de restauração e manutenção rodoviárias por períodos de 5 anos.
RESUMO RODOVIÁRIO NACIONAL
Fonte: http://www.dnit.gov.br/sistema-nacional-de-viacao/snv-2014-1 LEITO NATURAL EM OBRAS IMPLANT. IMPLANT. EM OBRAS PAVIMENT. SUB-TOTAL PISTA SIMPLES EM OBRAS DUPLIC. PISTA DUPLA SUB-TOTAL 32.367,6 54.329,8 4.460,6 31.285,2 3.787,7 93.863,3 21.315,3 6,9 240,0 21.562,2 147.793,1 29.256,5 311.059,3 158,0 42.282,3 3.959,7 357.459,3 56.425,9 696,4 1.719,2 58.841,5 445.557,3 19.458,3 435.318,5 28,4 14.491,4 2.170,7 452.009,0 56.621,8 273,5 5.217,1 62.112,4 533.579,7 58.150,0 170.868,2 41,2 118.319,8 2.824,6 292.053,8 35.432,1 439,8 2.113,0 37.984,9 388.188,7 MT MATO GROSSO 5.490,3 26.456,4 48,0 576,0 986,4 28.066,8 8.239,1 99,6 147,8 8.486,5 42.043,6 18.328,5 142.535,1 48,0 11.629,2 2.865,8 157.078,1 28.122,8 219,7 1.775,3 30.117,8 205.524,4 157.560,9 1.114.110,9 4.736,2 218.007,9 15.608,5 1.352.463,5 197.917,9 1.636,3 11.064,6 210.618,8 1.720.643,2 Atualizado até 30/03/2015 Versão:2015 REDE DO SNV - TOTAL REGIÃO UF PLANEJADAREDE NÃO PAVIMENTADA REDE PAVIMENTADA
TOTAL Norte SUB-TOTAL Nordeste SUB-TOTAL Sudeste SUB-TOTAL Sul SUB-TOTAL Centro-Oeste SUB-TOTAL BRASIL
Fonte: http://www.dnit.gov.br/sistema-nacional-de-viacao/snv-2014-1
RESUMO RODOVIÁRIO MUNICIPAL
ESTRADAS
Pavimento de baixo custo
???? Pavimentar ou não????
↓ Vida útil Pavimento pode atender 1/3 a 1/2 tempo de projeto
O executado garante o tráfego sem ↑ $$$
PROJETO DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
DNIT (2006, p.103) expõe que:
[...]o Projeto de Engenharia Rodoviária envolve Projetos de Engenharia de 2 (duas) naturezas: a) Projeto Básico de Engenharia
b) Projeto Executivo de Engenharia
[...] o anteprojeto e o projeto, constituindo esse conjunto o chamado Projeto de Engenharia. A Lei de Licitações, Lei nº 8.666, de 21.06.93, não menciona explicitamente essas fases, limitando-se a definir Projeto Básico e Projeto Executivo. A diferença entre um e outro é de grau: o Projeto Básico é “o conjunto de elementos necessários e suficientes... para caracterizar a obra ou serviço...” (Art. 6, Inciso IX); o Projeto Executivo é “o conjunto de elementos necessários e
QUIRINO, M.E.P. Recuperação de Pavimentos Flexíveis em Áreas de Taxiamento de Aeronaves - Um Estudo de caso da pista Fox - 2 do Aeroporto Internacional Tancredo Neves - MG. Monografia de Especialização.2013. Escola de Engenharia da UFMG. Belo Horizonte. Disponível em: <http://pos.demc.ufmg.br/novocecc/trabalhos/pg2/99.pdf.
REFERENCIAS
DE BEER, M. Stress in Motion (SIM) – A New Tool for Road Infrastructure Protection 5th International
Sympósium on Weigh-in-Motion – HV Paris 2008. Proceeding CD, Paris.
MOMM, Leto, et al. Pesagem em movimento e o pavimento em concreto asfálticos. Brazilian - International WIM Seminar: Weigh-in-motion. Florianópolis - Santa Catarina - Brazil . 2011
BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Diretoria de Obras de cooperação. 2016. Disponível em: <http://www.doc.eb.mil.br/>.
SENÇO, W. Manual de técnicas de pavimentação. Vol. 1. 2ª ed. ampl. São Paulo: PINI, 2007, 761p.
SENÇO, W. Manual de técnicas de pavimentação. Vol. 2. 1ª ed. São Paulo: PINI, 2001, 671p.
DNIT– DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Manual de
GRECO, J. A. S. Notas de Aula – Conceitos Básicos sobre Pavimentação. UFMG, 2010. REFERENCIAS
PARANA. Secretaria de Infraestrutura e Logística. Departamento de Estradas de Rodagem. 2016 . Curitiba – PR. Disponível em: <http://www.der.pr.gov.br/arquivos/File/RHTemp/CaractdosMateriaiseContrTecnologico2_JoseCarlos.pdf>.
BERNUCCI, L.B. et al.. Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros. Rio de Janeiro: PETROBRAS: ABEDA, 2006