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PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

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Academic year: 2021

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PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO

LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

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Instituto de Matemática e Estatística

Diretor: Prof. Elismar da Rosa Oliveira

Vice-Diretor: Prof. Flávio Augusto Ziegelmann Departamento de Estatística (DE)

Prof. João Henrique Ferreira Flores Chefe de Departamento

Departamento de Matemática Pura e Aplicada (DMPA) Prof. João Batista da Paz Carvalho

Chefe de Departamento

Comissão de Graduação de Matemática (COMGRAD-MAT) (Mandato: 01/02/2017 a 07/02/2018)

Profª. Flávia Malta Branco (Coordenadora) Departamento de Matemática Pura e Aplicada

Prof. Dagoberto Adriano Pizzotto Justo (Coordenador Substituto) Departamento de Matemática Pura e Aplicada

Profª Débora da Silva Soares

Departamento de Matemática Pura e Aplicada Profª Lisete Regina Bampi

Departamento de Ensino e Currículo Prof. Guilherme Pumi

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3 Núcleo Docente Estruturante1(NDE)

Profª. Flávia Malta Branco (Coordenadora) Prof. Alveri Alves SantAna

Prof. Dagoberto Augusto Rizzotto Justo Prof. Leonardo Fernandes Guidi

Profª Luisa Rodriguez Doering

Prof. Marcus Vinicius de Azevedo Basso

1Os membros do NDE do Curso de Licenciatura em Matemática são professores do Departamento de Matemática Pura e Aplicada em regime de Dedicação Exclusiva.

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Apresentação

A Educação é um bem público e deve estar a serviço de um projeto de país. Nesse sentido, este documento apresenta o Projeto Pedagógico de Curso da Licenciatura em Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, elaborado em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais, estabelecidas pela Resolução 02/2015 do Conselho Nacional de Educação. Também apresenta informações sobre a Universidade, incluindo aspectos legais da sua criação, contextualização, trajetória e relevância social, particularmente no Sul do País. Por fim, apresenta informações detalhadas sobre o Curso de Licenciatura em Matemática, as quais são os pilares do Projeto Pedagógico de Curso.

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5 A UFRGS

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com sede em Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul, foi instituída pelo Decreto Estadual nº 5.758, de 28 de novembro de 1934 e federalizada pela Lei nº 1.254, de 4 de dezembro de 1950, sendo uma autarquia dotada de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial.

A estrutura, finalidade, a organização e o funcionamento dos órgãos da Administração Superior, das Unidades Universitárias e demais órgãos da Universidade estão definidos no Estatuto e Regimento Geral da Universidade, conforme Decisão nº 148/94 e Decisão nº 183/95 do Conselho Universitário e a Resolução nº 42/95 do Conselho de Coordenação do Ensino e da Pesquisa, publicados no Diário Oficial da União em 11 de janeiro de 1995 e 30 de janeiro de 1996. Também se orienta em seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para o período de 2016-2026, aprovado pela Decisão nº 179/2016 de 24 de junho de 2016 do Conselho Universitário.

Reconhecida nacional e internacionalmente, ministra cursos em todas as áreas do conhecimento e em todos os níveis, desde o Ensino Fundamental até a Pós-Graduação. A qualificação do seu corpo docente, composto em sua maioria por mestres e doutores, a atualização permanente da infraestrutura dos laboratórios e bibliotecas, o incremento à assistência estudantil, a implementação de políticas públicas de ações afirmativas, bem como a priorização de sua inserção nacional e internacional são políticas em constante desenvolvimento.

Por seus prédios circulam, diariamente, cerca de 36 mil pessoas em busca de uma das mais qualificadas experiências de ensino do país. Este, aliado à pesquisa, com reconhecidos níveis de excelência, e a extensão, a qual

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proporciona diversificadas atividades à comunidade, faz com que a UFRGS alcance altos níveis de avaliação nacionais e internacionais.

A UFRGS, como instituição pública a serviço da sociedade e comprometida com o futuro e com a consciência crítica, respeita as diferenças, prioriza a experimentação e, principalmente, reafirma seu compromisso com a educação e a produção do conhecimento, inspirada nos ideais de liberdade e solidariedade.

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7 1. PERFIL DO CURSO

Nome do Curso

Licenciatura em Matemática e Licenciatura em Matemática - Noturno.

Título Conferido aos Egressos do Curso

Aos egressos do Curso de Licenciatura em Matemática e Licenciatura em Matemática - Noturno é conferido o título de Licenciado em Matemática.

História do Curso

O Curso de Matemática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi criado em 1936, no âmbito da então Faculdade de Filosofia, com duas habilitações: Bacharelado em Matemática e Licenciatura em Matemática. Foi autorizado a funcionar em 1942, através do Decreto nº 9.706, e obteve reconhecimento em 1944 através do Decreto nº 17.400 (PAIUFRGS, 1996).

O diploma de licenciado era então outorgado àqueles estudantes que, tendo concluído o curso de Bacharelado, cursaram um ano adicional de disciplinas de Didática. Em 1970, como decorrência da reforma universitária de 1968, a oferta de ambas as habilitações passou a ser encargo do Instituto de Matemática e Estatística da UFRGS (IME), até então dedicado exclusivamente à pesquisa.

Em 1990 foram ofertadas, pela primeira vez, vagas distintas para os cursos de Bacharelado e Licenciatura em Matemática no Concurso Vestibular

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da UFRGS. Com isso, o curso de Licenciatura passou a contar com um docente representante na Comissão de Graduação dos cursos de Matemática.

Em 1993 foi implementado um novo currículo do curso de Licenciatura, superando a estrutura tradicional “três-um” - três anos dedicados à formação matemática e um ano dedicado à formação didático-pedagógica. O novo currículo foi proposto tendo como referência um perfil delineado de professor de Matemática, de modo que “o aluno tivesse oportunidade de vivenciar situações diretamente relacionadas com” esse perfil e que a iniciação à docência permeasse todo o curso (PAIUFRGS, 1995). A organização curricular foi estruturada segundo os critérios: “ Integrar, ao longo dos quatro anos de formação, as disciplinas das áreas pedagógica e matemática; Iniciar o trabalho de formação a partir do nível em que se encontra o aluno, retomando-se ao longo do primeiro ano conteúdos da escola secundária; Distribuir equilibradamente os créditos entre disciplinas de caráter matemático e caráter pedagógico.” (PAIUFRGS, 1995).

Nesse novo currículo, também foi incorporada a perspectiva da inovação do ensino de Matemática com recursos das tecnologias digitais, inicialmente através de duas disciplinas e posteriormente nas práticas pedagógicas desenvolvidas ao longo do curso (Idem, 1995).

Em 1995 foi criado o curso de Licenciatura em Matemática – Noturna, atendendo a uma demanda social de graduação de alunos trabalhadores, com as mesmas disciplinas do curso diurno, distribuídas ao longo de cinco anos de formação.

Em 2000, os currículos sofreram novas alterações em atendimento à exigência de um mínimo de 300 horas de prática de ensino, estabelecida pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96). Nessas alterações, foram preservados os princípios motivadores da reformulação

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curricular anterior e modificadas a súmula e carga horária de um conjunto de disciplinas, em decorrência de avaliação interna do currículo implementado desde 1993.

A implementação dos novos currículos dos cursos de Licenciatura foi acompanhada de um conjunto de iniciativas relativas à qualificação do corpo docente e à melhoria das condições de infraestrutura dos cursos que se refletem nas práticas integradas de ensino, pesquisa e extensão, bem como na articulação entre a formação inicial e continuada de professores.

Destaca-se a qualificação, em nível de Doutorado, do corpo docente atuante nos cursos de Licenciatura em Matemática e Licenciatura em Matemática-Noturna. No Departamento de Matemática Pura e Aplicada (DMPA), responsável pela oferta de disciplinas que correspondem a cerca de 70% da carga horária dos cursos de Licenciatura, a qualificação dos docentes desenvolveu-se em dois sentidos.

Numa primeira vertente, prosseguiu o esforço de formação e o recrutamento de doutores na área da Matemática, iniciado nos anos 70. Na segunda vertente, um grupo de docentes dedicados aos cursos de Licenciatura buscou a continuidade de sua formação nas áreas da Educação, da Educação Matemática e da Informática na Educação. Nesse mesmo período tornaram-se sistemáticas, no âmbito do Instituto de Matemática e Estatística (IME), as atividades de pesquisa e extensão voltadas especificamente para as questões de ensino e de formação de professores de Matemática.

A área de Educação Matemática adquiriu identidade e espaço próprio no IME, com presença permanente nas Comissões de Pesquisa e Extensão. Em 1996, o DMPA realizou pela primeira vez um concurso docente voltado para essa área.

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No Departamento de Ensino e Currículo (DEC) da Faculdade de Educação (FACED), responsável por um conjunto de disciplinas que inclui os estágios curriculares, consolidou-se também um grupo de docentes dedicado ao curso de Licenciatura em Matemática, com formação em nível de doutorado nas áreas da Educação e da Educação Matemática.

A constituição de um grupo de docentes com formação nas áreas da Educação, Educação Matemática e Informática na Educação reflete-se na produção de trabalhos que dizem respeito à formação de professores e ao ensino de matemática. Dentre esses trabalhos, cabe destacar as dissertações e teses de autoria dos docentes que atuam no curso. Na continuidade desses trabalhos, diferentes projetos de pesquisa vêm sendo desenvolvidos a partir de questões de ensino e aprendizagem de Matemática, envolvendo alunos dos cursos de Licenciatura e da Pós-graduação em Ensino de Matemática e tendo como objeto de análise e campo de implementação a sala de aula, articulando a pesquisa e a prática docente na formação de professores.

Entre esses projetos de pesquisa, podem ser destacados.

- o Projeto “Professores de Matemática: formação e iniciação à docência”, subprojeto da Pesquisa Novas Políticas e Novas Práticas Curriculares em Formação de Professores (Fórum das Licenciaturas da UFRGS - Convênio PROGRAD-UFRGS-FINEP) desenvolvido em 1996-1997;

- Projeto “GPA - Grupo de Pesquisa Ação em Educação Matemática da UFRGS” (convênio PROADE-FAPERGS), desenvolvido no período 2000 a 2002, que envolveu um número significativo de professores da rede e de alunos do Curso de Licenciatura, em ações docentes conjuntas, que se constituíram como resposta a questões-problema da área de ensino;

- Projeto “O Computador na Aprendizagem de Matemática Elementar”, iniciado em 1995 e em desenvolvimento até o início do século XXI, articulando ensino,

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pesquisa, formação de professores e uso de tecnologia informática e servindo de apoio para as disciplinas do Curso de Licenciatura que aliam Informática com Ensino de Matemática;

- Projeto de Pesquisa “Construção dos números reais e discussões sobre trigonometria e funções trigonométricas”, desenvolvido de 2002 a 2006, que parte de uma das principais problemáticas da formação de professores - “qual é o conhecimento específico de Matemática que deve ser construído em nível superior e que é essencial ao professor do nível básico?” -, tem como campo de ação a sala de aula do Curso de Licenciatura e se propõe a produzir material didático;

- “Projeto Fábrica Virtual - Produção de Módulos Educacionais Digitais - Matemática”, executado de 2007 a 2008 dentro do Projeto RIVED (Red Internacional Virtual de Educación), desenvolvido no MEC pela Secretaria de Educação a Distância (SEED) em parceria com a Secretaria de Ensino Médio e Tecnológico (SEMTEC), constituindo-se em uma iniciativa para criação de material didático digital com intuito de otimizar o processo de ensino das ciências da natureza e da matemática no ensino médio presencial, com financiamento da UNESCO;

- Projeto “Um Ambiente de Apoio à Pedagogia de Projetos de Aprendizagem” realizado pela Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS) e com financiamento da FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos, do Ministério da Ciência e Tecnologia, desenvolvido de 2003 a 2005;

- Projeto MDMat – Mídias Digitais para Matemática - Produção de conteúdos educacionais digitais interativos para ensino-aprendizagem de Matemática, iniciado em 2007 e em andamento, resultando na produção de ambientes digitais MDMat - http://mdmat.mat.ufrgs.br/, MDMat - anos iniciais - http://mdmat.mat.ufrgs.br/anos_iniciais/, Representação do Mundo pela

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Matemática - http://mdmat.mat.ufrgs.br/PEAD/, este último tendo servido de suporte para o Curso de Pedagogia a Distância da Faculdade de Educação da UFRGS. O projeto MDMat, através do subprojeto ODIN - Objetos Educacionais Digitais, criado em 2011, também integrou os esforços desenvolvidos por Universidades brasileiras no desenvolvimento e catalogação de objetos de aprendizagem que compõe o acervo do Banco Internacional de Objetos

Educacionais (BIOE) do Ministério de Educação -

http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/, tendo produzido cerca de 200 objetos digitais e catalogado mais 1000 objetos no BIOE. Desde sua criação, já participaram do projeto MDMat, mais de 20 estudantes dos Cursos de Licenciatura e do Programa de Pós-graduação em Ensino de Matemática, além do envolvimento de professores egressos dos Cursos de Licenciatura em Matemática da UFRGS.

No que tange à infraestrutura dos cursos, cabe destacar a constituição, em 1994, do Laboratório de Informática do curso de Licenciatura, com recursos do Programa de Apoio à Qualidade de Ensino de Graduação da UFRGS, e mantido com recursos do IME. Em 2001, foi ampliado com recursos da FAPERGS o Laboratório de Ensino de Matemática, também instalado no IME e projetado para realização de experiências de ensino. O Laboratório teve sua capacidade ampliada para 50 alunos, ocupando área de 100m2, e foi dotado de espaço para reuniões. Foram comprados televisão, filmadora, vídeo, computador, impressora e recursos para exposições multimídia. Desde 2002, este espaço tem se constituído em ambiente para práticas didáticas e atividades culturais.

A Universidade conta, desde 2002 com a Secretaria de Educação à Distância (SEAD) que promove institucionalmente o desenvolvimento e a ampliação de políticas e ações em EaD, bem como aperfeiçoamento pedagógico

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por meio das tecnologias de informação e comunicação. A SEAD tem como atribuições:

I. Promover ações com o intuito de democratizar o conhecimento científico e o acesso ao saber acadêmico, por meio das tecnologias educacionais digitais;

II. Apoiar a implementação de cursos e projetos de educação mediados por tecnologias digitais, propostos pelas Unidades Acadêmicas da UFRGS; III. Acompanhar e dar apoio pedagógico e tecnológico aos cursos de graduação, pós-graduação e extensão mediados por tecnologias digitais; IV. Coordenar e executar programas de fomento a cursos, ações de pesquisa e projetos de educação mediados por tecnologias digitais (Sistema Universidade Aberta do Brasil, entre outros), em cooperação com as Unidades Acadêmicas, Fundações de Apoio e demais órgãos da Administração Central da UFRGS;

V. Incentivar e fomentar a integração de infraestruturas, recursos orçamentários, financeiros e de pessoal, visando executar políticas e ações de EaD na UFRGS;

VI. Promover pesquisas sobre tecnologias digitais como apoio às práticas educacionais, com o objetivo de subsidiar e fundamentar tais práticas; VII. Desenvolver, disseminar e fomentar a produção de recursos tecnológicos para a utilização didático-pedagógica;

VIII. Estabelecer convênios e parcerias com empresas e instituições de ensino governamentais e não governamentais, públicas ou privadas, com o intuito de promover a educação mediada por tecnologias digitais;

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IX. Cooperar com as Unidades Acadêmicas e demais órgãos da Administração Central da UFRGS, no intuito de manter e desenvolver a excelência acadêmica, criando oportunidades para a integração e a convergência entre as modalidades presencial e a distância;

X. Incentivar a criação e participar de grupos de trabalho no âmbito da UFRGS, que visem o desenvolvimento de metodologias de ensino e de aprendizagem, de novas tecnologias educacionais digitais, bem como de materiais didáticos para a EaD.

Na perspectiva da inovação do ensino de Matemática com recursos da tecnologia, foram criados sítios que possibilitam a divulgação da produção dos professores e estudantes dos cursos de Licenciatura, que inclui recursos didáticos. Em 1998, foi criado o sítio Mathematikos localizado atualmente em http://mathematikos.mat.ufrgs.br, tendo servido de suporte virtual para disciplinas dos cursos de Licenciatura até o ano de 2008. Em 2000, foi criado o sítio http://www.edumatec.ufrgs.br, produção do Projeto Educação Matemática e Tecnologia Informática, implementada com recursos do Projeto Produção de Material Didático, financiado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e de Graduação da UFRGS. Este sítio, até o ano de 2002, funcionou como material de apoio para uma disciplina dos cursos de Licenciatura. No ano de 2003, com apoio da Secretaria de Educação à Distância da UFRGS (SEAD), o projeto foi reestruturado para oferta de Educação a Distância (Projeto Educação Matemática e Tecnologia Informática: uma experiência em Educação a Distância), já com uma primeira experiência em andamento desde outubro de 2003. Em 2001 foi criado o sítio http://matematicao.mat.ufrgs.br, também contando com recursos do Projeto Produção de Material Didático, financiado pelas Pró-Reitoria de Pesquisa e de Graduação da UFRGS e pela SEAD, sendo

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produzido integralmente por estudantes da Licenciatura que, por sua vez, o utilizam em trabalhos práticos com alunos do Ensino Fundamental. Como expressão institucional do trabalho desenvolvido, o IME é um dos núcleos da SEAD e um dos Institutos fundadores e membros permanentes do Centro Interdisciplinar em Novas Tecnologias na Educação (CINTED), criado em 2001 e abrigando o Programa de Pós-graduação em Informática na Educação.

Atualmente, com a disseminação de plataformas virtuais de aprendizagem e contando com o suporte do Centro de Processamento de Dados da UFRGS no uso da Plataforma Moodle (https://moodle.ufrgs.br/), os docentes que atuam nas disciplinas dos Cursos de Licenciatura, têm utilizado de maneira regular as possibilidades oferecidas por este ambiente virtual. Esse uso envolve desde a publicação de materiais complementares às aulas presenciais, até o uso de ferramentas de comunicação síncronas e assíncronas existentes na plataforma.

As atividades de extensão estão integradas à formação dos licenciandos de forma sistemática nas disciplinas de Laboratório de Prática de Ensino-Aprendizagem de Matemática. No âmbito dessas disciplinas, os licenciandos desenvolvem experiências de ensino-aprendizagem junto a diferentes grupos de alunos: experimentos localizados em torno de tópicos específicos implementados na sala de aula regular ou no ambiente do Laboratório de Ensino da Matemática (IME-UFRGS), com alunos de nível fundamental e médio; intervenções em turmas de ensino fundamental ou médio, na modalidade regular ou EJA; parceria permanente com o Colégio de Aplicação da UFRGS, na forma de assessoria ao Projeto Amora e oficinas de ensino; cursos de extensão para alunos ou egressos do ensino médio, nas áreas da Geometria, da Análise Combinatória e Probabilidade, dos Números Reais e das Funções.

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Outros projetos de extensão têm propiciado a interação dos estudantes dos cursos com grupos das comunidades interna e externa à UFRGS. Durante o ano de 2003, 45 licenciandos dos cursos de Licenciatura em Matemática participaram, como bolsistas, do Programa ECSIC - Escola, Conectividade e Sociedade da Informação, atuando em 25 escolas da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre. Este programa foi desenvolvido em parceria com a Prefeitura de Porto Alegre e financiado pelo BNDES -Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. A partir dele, disseminou-se os modelos ou protótipos de inovação curricular desenvolvidos e testados pelo Laboratório de Estudos Cognitivos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em função das “necessidades de transformação do modelo de Escola da Sociedade Industrial para um novo modelo: o da Escola que vai formar o cidadão da Sociedade da Informação e da Sociedade do Conhecimento” (PROJETO ECSIC, 2001, p. 35).

Desde 2003, licenciandos vêm atuando no Programa Pró-Cálculo, nos cursos de Pré-Cálculo oferecidos aos calouros da UFRGS e no acompanhamento das “turmas especiais” de Cálculo I, oferecidas aos alunos com duas ou mais reprovações na disciplina.

As diretrizes para formação inicial e continuada de professores mais recentes indicam a articulação entre investigação e prática, ao longo desse processo de formação. Nos últimos dez anos, o IME tem realizado atividades de extensão voltadas para a formação continuada de professores que integram tratamento de conteúdos matemáticos, desenvolvimento de competências práticas e oportunidade para pesquisa em Educação Matemática. Podem ser citadas as seguintes iniciativas de formação continuada:

- a sequência de três Oficinas de Matemática para professores e licenciandos, atividades de extensão desenvolvidas em 1992, 1993 e 1995;

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- os quatro Cursos Pró-Ciências oferecidos para professores de Matemática e que contaram com recursos do Ministério da Educação (MEC) e da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), nos anos de 1996, 1997, 1998/99 e 2003 (no último caso, através de convênio com a Secretaria da Educação do Estado);

- a sequência de quatro Cursos para Professores de Ensino Médio, realizados em convênio com Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Projeto Instituto do Milênio), em janeiro e julho de 2002, em janeiro e julho de 2003 e em janeiro e julho de 2004.

Em 2002, um grupo de docentes deu início ao estudo dos caminhos para a criação de um novo Programa de Pós-Graduação no IME - o PPG-Ensino de Matemática, vinculado ao oferecimento de um Mestrado especialmente destinado para os professores em exercício na rede de escolas do nível fundamental, médio e técnico. Em 2004 foi criado e cadastrado, junto ao CNPq, o Grupo de Pesquisa em Ensino de Matemática da UFRGS e apresenta-se a proposta de criação de um Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática e de um Mestrado Profissional para professores de Matemática em exercício, aprovado nas instâncias da UFRGS.

O Programa de pós-Graduação em Ensino de Matemática do IME foi aprovado em 2004, na Área de Ensino de Ciências e Matemática da CAPES, tendo sido reorganizada, em 2011, como Área de Ensino. O corpo docente do Programa foi constituído a partir de ações de ensino, pesquisa e extensão vinculadas à qualificação do Curso de Licenciatura em Matemática da UFRGS e da preocupação compartilhada com a melhoria do ensino e a formação continuada de professores. O grupo reúne docentes com formação nas áreas da Educação Matemática, da Educação, da Informática Educativa, da Matemática Pura, da Matemática Aplicada e da Estatística. Essa diversidade reflete-se nas

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linhas de pesquisa e nos Projetos Acadêmicos dos cursos, que contemplam o conhecimento da Matemática, da Matemática Aplicada às outras ciências, da Estatística, das tendências de pesquisa em Educação Matemática, dos processos cognitivos, das teorias de aprendizagem, dos usos de tecnologia na sala de aula, das metodologias de ensino e de pesquisa.

Através da formação interdisciplinar dos professores que atuam na Educação Básica ou na formação de professores, busca-se contribuir para a constituição do professor pesquisador, que reflete, experimenta e avalia sua prática, tendo em vista a melhoria do ensino.

Como resultados, foram produzidas até o momento, 130 dissertações e 130 produtos didáticos disponíveis na página web do Programa de Pós-graduação em Ensino de Matemática (http://www.ufrgs.br/ppgemat/). Desses 130 egressos, cerca de 20%, encontram-se atuando em Institutos Federais dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina; cerca de 70% atuam em escolas públicas do Ensino Básico. Destaca-se também que, desse grupo, cerca de 20% já concluíram ou estão com estudos de doutoramento em andamento.

Em 2014, comemorando os 10 anos de criação do PPGEMat, foi realizado o evento MATEMÁTICA NA ESCOLA - Seminário Comemorativo dos 10 anos do PPGEMAT-UFRGS, contando com a participação de mestrandos, egressos e palestrantes de diversos programas de pós-graduação em Educação Matemática do Brasil. Deste Seminário resultou a criação de uma ambiente

com a publicação das palestras em vídeo

(http://www.mat.ufrgs.br/~ppgem/10anos/index.htm) e os anais com as comunicações científicas, relatos de experiência e oficinas apresentados no evento (http://www2.mat.ufrgs.br/ocs/index.php/ppgemat/ppgemat).

Dando continuidade à expansão da Pós-graduação no Instituto de Matemática e Estatística, em 2017 foi criado o Mestrado Acadêmico no

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Programa de pós-Graduação em Ensino de Matemática. Atualmente o Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática (PPGEMat) - Mestrado Profissional tem conceito 5 e o mestrado Acadêmico tem conceito 3 na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

A criação do Mestrado Profissional e do Mestrado Acadêmico provocou um incremento nas atividades de pesquisa, de ensino e de extensão do corpo docente vinculado ao PPGEMat e que atua de maneira concomitante nos Cursos de Licenciatura em Matemática.

Assim, são representativos os projetos de pesquisa e extensão a seguir apresentados.

- “A Escola e a Relação dos Alunos com os Saberes Matemáticos”, projeto de pesquisa iniciado em 2015, envolve o estudo da relação dos alunos da educação básica com os saberes matemáticos, agregando pesquisas desenvolvidas pelos mestrandos em suas escolas e salas de aula.

- “A Matemática No Ensino Primário Gaúcho Dos Anos Cinquenta: Documentos E Narrativas De Antigos Professores”, projeto de pesquisa iniciado em 2013 com financiamento da CAPES, o projeto investiga as propostas de ensino de aritmética nas séries iniciais que foram difundidas e experimentadas nos anos 1950, considerando especialmente as influências da Escola Nova e da matemática moderna - “Estudar Para Ensinar: Práticas E Saberes Matemáticos Nas Escolas

Normais Do Rio Grande Do Sul (1889-1970)”, projeto de pesquisa iniciado em 2016 e financiado pelo CNPq, o projeto envolve docentes e estudantes de graduação e pós-graduação.

- ADATec (Ação - Desenvolvimento - Aprendizagem - Tecnologias), iniciado em 2017, trata de reflexões sobre a construção do sujeito professor de matemática

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- “Desenvolvendo Conceitos De Cálculo Diferencial E Integral I Com Base Na Análise De Modelos E No Uso De Tecnologias Digitais: Tensões Emergentes”, projeto de pesquisa iniciado em 2014.

- “Processos De Gênese Instrumental De Uso Das Tecnologias Digitais Por Professores De Matemática”, projeto de pesquisa iniciado em 2016, investiga processos de gênese instrumental pessoal e profissional do professor de matemática e os impactos do uso de tecnologias digitais na construção de conceitos em matemática.

- “Programa Institucional De Bolsas De Iniciação À Docência (PIBID) - Subprojeto Matemática”, projeto de extensão iniciado em 2007 visa à formação qualificada de docentes para a educação básica e à melhoria desse nível de ensino pelas vias da integração escola-universidade e da promoção da autonomia docente, considerando uma efetiva articulação entre teoria e prática nestes contextos educacionais.

- “OBMEP - Olimpíada Brasileira De Matemática Das Escolas Públicas - Regionais RS01 E RS03”, projeto de extensão iniciado em 2005 e em andamento.

Também fazendo parte dos esforços de formação de professores e da experiência acumulada no PPGEMat, entre 2010 e 2015 foram ofertados dois Cursos de Especialização em Matemática, Mídias Digitais e Didática para a Educação Básica oferecido no âmbito da UAB/UFRGS. Os cursos caracterizaram-se pela articulação entre conhecimento matemático, tecnologia e prática pedagógica tendo como propósito a atualização dos conhecimentos dos professores de Matemática, especialmente quanto ao uso das mídias

digitais no processo de ensino e de aprendizagem.

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As mudanças implementadas nos cursos de Licenciatura em Matemática em 1993 estiveram em consonância com as orientações estabelecidas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica emanadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) colocando os cursos em condições privilegiadas para o atendimento às suas determinações. Em 2005 nova mudança curricular foi implementada a fim de atender às exigências das Resoluções 01 e 2/2002 do CNE, bem como às determinações do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFRGS (CEPE) em sua Resolução 04/2004, assinada em 28/04/2004.

A Resolução CNE/CP 1/2002, publicada no DOU de 04/03/2002, “institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de Licenciatura, de graduação plena”, enfatizando a necessidade de programas de formação que integrem, desde os primeiros anos de curso, a aquisição de competências pedagógicas e competências em área específica de conhecimento.

A Resolução CNE/CP 2/2002, publicada no DOU de 04/03/2002, “institui a duração e a carga horária dos cursos de Licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior”, estabelecendo uma integralização mínima de 2800 horas de formação, com a seguinte distribuição: 1800 horas para conteúdos curriculares de natureza científico-cultural; 400 horas de prática pedagógica como componente curricular, ao longo do curso; 400 horas de estágio curricular supervisionado, a partir da segunda metade do curso; 200 horas para outras formas de atividades acadêmico-científica culturais.

As exigências estabelecidas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFRGS em sua Resolução 04/2004, reforçou a importância da “indissociabilidade entre formação da especialidade e a formação pedagógica

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pela introdução, desde as etapas iniciais do curso, de disciplinas de práticas pedagógicas”, assim como “a inclusão da pesquisa como eixo articulador entre a construção do conhecimento específico e a prática pedagógica” e institui, como obrigatório nos cursos de Licenciatura, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) como registro de “reflexão que integre a construção teórica com as experiências adquiridas ao longo das práticas pedagógicas e do estágio obrigatório.”

As exigências dos documentos citados foram atendidas e o novo currículo dos cursos de Licenciatura em Matemática entrou em vigência no ano de 2005. Passados 10 anos, o Conselho Nacional de Educação, revogou as resoluções anteriores e definiu novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior dos cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura bem como para a formação continuada através da Resolução nº 02, de 1º de julho de 2015.

Alinhamento do curso às Diretrizes Curriculares Nacionais

O currículo do Curso de Licenciatura em Matemática da UFRGS é orientado pelas disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais definidas na Resolução nº 02/2015 do CNE.

Além da sólida formação matemática, pedagógica e tecnológica, os estudantes do Curso de Licenciatura em Matemática da UFRGS são estimulados, durante a graduação, a refletir sobre problemas sociais, ambientais, direitos humanos, diversidade cultural, entre outros temas que colaborem com a formação de cidadãos éticos, críticos, capazes de colaborar com a construção de uma sociedade mais justa, sustentável e humanizada. Nesse sentido, a

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proposta curricular do Curso alinha-se às Resoluções CNE/CP n° 1/ 2012, que estabelece Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, à Lei Federal nº 9795/1999, que dispõe sobre a educação ambiental e institui a política nacional de educação ambiental, à Lei Federal nº 10.639/ 2003, criada com a intenção de ressaltar a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira, entre outras.

Alinhamento do curso ao Projeto Pedagógico Institucional

O Estatuto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em seu artigo 2º afirma que a UFRGS, como Universidade Pública, é expressão da sociedade democrática e pluricultural, inspirada nos ideais de liberdade, de respeito pela diferença, e de solidariedade, constituindo-se em instância necessária de consciência crítica, na qual a coletividade possa repensar suas formas de vida e suas organizações sociais, econômicas e políticas.

De acordo com o PDI da UFRGS 2016-2026, a missão da Universidade é “Desenvolver educação superior com excelência e compromisso social, formando indivíduos, gerando conhecimento filosófico, científico, artístico e tecnológico, capazes de promover transformações na sociedade”. A principal missão da UFRGS, para os próximos anos, é a de ser uma Universidade reconhecida pela sociedade como de excelência em todas as áreas de conhecimento em âmbito nacional e internacional.

O curso de Licenciatura em Matemática alinha-se Estatuto e ao Projeto Pedagógico Institucional (PDI) da instituição ao zelar pela formação de futuros Professores de Matemática éticos, críticos, capazes de refletir, repensar sobre suas formas de vida, as organizações sociais, econômicas e políticas. Mas especialmente capazes de colaborar com o necessário fortalecimento do ensino

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de matemática nas escolas de ensino básico do país promovendo ensino de qualidade fundamentado na sólida formação matemática, pedagógica e humanitária recebida durante o processo de formação.

O curso também se alinha ao Projeto Pedagógico da Instituição nos seguintes aspectos:

a) articulação das atividades de ensino de graduação e de pós-graduação e de pesquisa, por meio de projetos de pesquisa e bolsas de iniciação científica, no âmbito do Instituto de Matemática e Estatística (IME) e da Faculdade de Educação (FACE);

e) aperfeiçoamento, atualização e flexibilização do currículo do Curso de Licenciatura em Matemática;

f) incentivo à mobilidade acadêmica, nacional e internacional na forma de intercâmbios, estágios e programas de dupla diplomação, especialmente fomentado pelo Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI);

g) incentivo à participação dos estudantes em atividades de ensino, pesquisa e extensão;

h) integração de novas ferramentas e tecnologias da educação durante o processo formativo, inclusive de educação à distância nas atividades didáticas, com ênfase no uso de softwares e programas apropriados ao ensino de matemática;

i) aconselhamento dos discentes para estimular a permanência dos alunos no curso e diminuir a evasão;

j) acolhimento e acompanhamento de alunos com necessidades especiais, com especificidades culturais, e aqueles ingressantes a partir de políticas de ações afirmativas e encaminhamento para os órgãos competentes da Universidade, quando necessário;

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k) Promovendo a flexibilização curricular com formação diversificada do futuro professor de matemática;

l) promovendo a participação dos estudantes em atividades de pesquisa e extensão, aplicando seus conhecimentos em escolas de educação básica nas quais o IME tem parceria, com projetos de extensão, como o Colégio de Aplicação da UFRGS.

m) promovendo a participação dos estudantes no Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) em escolas da educação básica de Porto Alegre;

n) avaliação institucional permanente das atividades de graduação como um dos parâmetros de avaliação da própria Universidade.

o) busca da excelência na formação dos futuros professores de Matemática para que possuam sólida formação matemática, pedagógica e domínio da tecnologia para promoção de transformações na realidade das escolas.

Na seção seguinte serão apresentadas as alterações curriculares realizadas para adequar-se às Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução nº 02/2015 do CNE) bem como àquelas que estejam em consonância com as demandas de formação de professores de Matemática para o Século XXI.

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26 2. ATIVIDADE DO CURSO

Modalidade do Curso

Licenciatura em Matemática e Licenciatura em Matemática - Noturno.

Duração do Curso

O currículo do curso de Licenciatura em Matemática, de turno integral, é estruturado em 8 etapas semestrais, ou 4 anos.

O currículo do curso de Licenciatura em Matemática - Noturno, oferecido no turno noturno e aos sábados pela manhã, tem as mesmas disciplinas e está estruturado em 10 etapas semestrais ou 5 anos.

A duração mínima é de 6 semestres para o curso de Licenciatura em Matemática e de 8 semestres para o curso de Licenciatura em Matemática – Noturna. A duração máxima desses cursos é de 16 e 20 semestres, respectivamente.

Vagas Oferecidas

Os cursos de Licenciatura em Matemática oferecem anualmente 90 vagas, sendo 45 no curso Licenciatura em Matemática (diurno, com ingresso no primeiro semestre) e 45 no curso Licenciatura em Matemática – Noturna (com ingresso no segundo semestre do ano).

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27 Informações do Curso

A sede do curso está localizada no Instituto de Matemática e Estatística, no Campus do Vale (Prédio 43111 - Av. Bento Gonçalves, 9500 - CEP 91509-900 - Porto Alegre - RS), sendo coordenado pela Comissão de Graduação de Matemática (COMGRAD/MAT) e assessorada pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE), bem como por servidores, ocupantes do cargo de Técnico em Assuntos Educacionais.

O Núcleo Docente Estruturante do curso de Licenciatura em Matemática, regulamentado pela Resolução nº 22/2012 do CEPE-UFRGS, é composto por seis professores do Departamento de Matemática Pura e Aplicada em regime de Dedicação Exclusiva à Universidade, todos com o título de Doutorado. Seu regimento foi aprovado através da Decisão nº 01/2013 do Conselho do Instituto de Matemática e Estatística e pela Decisão nº 131/2013 do CEPE-UFRGS.

Conforme especificado no Regimento Interno do Instituto de Matemática e Estatística, a COMGRAD/MAT é composta por três professores representantes do Departamento de Matemática Pura e Aplicada, um professor representante do Departamento de Estatística, um professor representante de outros departamentos que ministram disciplinas obrigatórias para o Curso de Licenciatura em Matemática, um representante Técnico Administrativo em Assuntos Educacionais e por dois representantes discentes. A elegibilidade e forma de eleição dos representantes estão detalhadamente descritos no referido Regimento. A composição e mandato dos membros atuais da COMGRAD/MAT estão descritos no início deste documento.

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O Conceito Preliminar de Curso (CPC) de 2014 é 4 e o resultado obtido pelos estudantes no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) de 2017 foi 5.

Alterações recentes na Estrutura do Curso

Motivados pela necessidade de mudança no currículo dos cursos de Licenciatura regulamentadas pelo MEC, bem como por reflexões a respeito do funcionamento do curso e o grande número de alunos retidos nas etapas iniciais, professores e alunos discutiram de julho de 2015 a julho de 2016, orientados pelo Núcleo Docente Estruturante e pela Comissão de Graduação do Curso a proposta pedagógica e a grade curricular do curso de Licenciatura em Matemática da UFRGS motivando a implementação de novo currículo no ano de 2017.

A Resolução nº 02/2015 do CNE exige que os cursos de Licenciatura tenham, no mínimo, 3.200 (três mil e duzentas) horas de efetivo trabalho acadêmico, em cursos com duração de, no mínimo, 8 (oito) semestres ou 4 (quatro) anos. Nosso curso tinha, até 2016, 2.910 (duas mil e novecentos e dez) horas de efetivo trabalho acadêmico. Com a nova proposta curricular, implementada em 2017, passou a ter 3.330 (três mil e trezentas e trinta) horas de efetivo trabalho acadêmico.

A Resolução nº 02/2015 do CNE também estabelece, em seu artigo 13, parágrafo primeiro, que a distribuição da carga horária dos cursos de licenciatura deve ser feita da seguinte maneira:

I - 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, distribuídas ao longo do processo formativo;

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II - 400 (quatrocentas) horas dedicadas ao estágio supervisionado, na área de formação e atuação na educação básica, contemplando também outras áreas específicas, se for o caso, conforme o projeto de curso da instituição;

III - pelo menos 2.200 (duas mil e duzentas) horas dedicadas às atividades formativas estruturadas pelos núcleos definidos nos incisos I e II do artigo 12 da referida Resolução, conforme o projeto de curso da instituição;

IV - 200 (duzentas) horas de atividades teórico-práticas de aprofundamento em áreas específicas de interesse dos estudantes, conforme núcleo definido no inciso III do artigo 12 da Resolução, por meio da iniciação científica, da iniciação à docência, da extensão e da monitoria, entre outras, consoante o projeto de curso da instituição. A carga horária dos itens I, II e IV, já estavam contempladas nos currículos dos Cursos em atenção às diretrizes curriculares nacionais de 2002. Assim tratou-se de manter as características que qualificam a estrutura curricular e de atender o item II com a ampliação de 400 horas atacando os problemas de reprovações e evasão do Curso.

A avaliação interna dos Cursos de Licenciatura apontava para dois aspectos fundamentais a serem enfrentados. O primeiro referia-se a necessidade de realizar um trabalho junto aos licenciandos no sentido de educar para o estudo e, ao mesmo tempo, ampliar a carga horária em disciplinas de Matemática com índices de reprovação altos e que se encontram distribuídas ao longo das etapas dos dois Cursos. Essa alteração se deu com a ampliação em 1 hora-aula em 11 disciplinas dos Cursos de Licenciatura. Destaca-se que essa hora semanal acrescentada é planejada pelo docente de maneira que os

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estudantes tenham atividades coletivas que favoreçam o compromisso com estudos sistemáticos e que são avaliadas, também sistematicamente, pelo docente. Essas atividades coletivas podem ser organizadas nas modalidades presenciais e a distância, em consonância com a Resolução 11/2013 do CEPE/UFRGS.

O segundo aspecto diz respeito à necessidade de, desde o início do Curso, criar mecanismos que possibilitassem aos recém ingressantes, estabelecer relações entre as discussões sobre Educação Matemática e a docência. Assim, foram criadas três disciplinas de Educação Matemática e Docência, sendo as duas primeiras sob a responsabilidade do DMPA e a terceira sob os auspícios do Departamento de Ensino e Currículo da Faculdade de Educação. A ideia da criação dessas disciplinas partiu de experiências exitosas desenvolvidas no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) e da constatação da importância de se discutir a profissionalização docente.

As disciplinas de Educação Matemática e Docência, criadas na mudança curricular implementada em 2017, propõem reflexão acerca da Educação Matemática e suas relações com concepções contemporâneas de cultura, sociedade e docência bem como a constituição da docência em Educação Matemática sob perspectiva histórica e contemporânea. As referidas disciplinas propõem ainda análise dos diferentes espaços de docência exercícios de docência e estímulo da singularidade na produção de novas formas de expressão para o ensinar e o aprender em Educação Matemática.

Além dessas disciplinas, duas outras foram criadas, História da Educação Matemática e Ensino e Aprendizagem de Estatística, visando ampliar os horizontes em termos de conhecimentos históricos e do campo da Estatística. Quanto à primeira, considera-se fundamental que o egresso do Curso de Licenciatura compreenda o passado para exercer sua atividade no presente e

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no futuro. Sobre a disciplina Ensino e Aprendizagem de Estatística, registra-se que a inserção de conhecimentos pedagógicos sobre o ensino e a aprendizagem de Estatística têm sido enfatizada nos documentos oficiais do Ministério da Educação por sua relevância na Sociedade do Conhecimento e cabe aos professores de Matemática tratar destes temas no Ensino Básico.

Acrescenta-se que um conjunto de disciplinas alternativas a saber, A Física do Século XX – A, Acessibilidade e Tecnologia Assistiva na Educação Inclusiva, Intervenção Pedagógica e Necessidades Educativas Especiais, Educação em Espaços Culturais, Encontro de Saberes, Povos Indígenas, Educação e Escola, Explorando O Universo: dos Quarks aos Quasares, Práticas Pedagógicas Interdisciplinares na Escola, Projetos de Aprendizagem em Ambientes Digitais, Psicologia da Educação: A Educação e Suas Instituições, Psicologia da Educação: O Jogo II, Sociologia da Educação: Tópicos Especiais I, Software Livre na Educação, foram incluídas na oferta curricular visando qualificar a profissionalização docente ao complementar a abordagem de temas transversais em conformidade com a legislação vigente.

O curso de Licenciatura em Matemática da UFRGS oferece formação básica em matemática, além de enfatizar disciplinas de formação prática-pedagógica, em parceria com a Faculdade de Educação. Todas as disciplinas que integram o currículo, explicitadas na grade curricular (Anexo 1), são de natureza obrigatória.

É importante destacar que a Prática Pedagógica para o Ensino de Matemática está presente no curso desde as etapas iniciais, acompanhadas de reflexão teórica, especialmente no conjunto de disciplinas oferecidas pelo Instituto de Matemática e Estatística e listadas a seguir. Laboratório de Prática de ensino-aprendizagem em Matemática I (120h), Laboratório de Prática de ensino-aprendizagem em Matemática II (120h), Laboratório de prática de

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ensino-aprendizagem em Matemática III (120h), Educação Matemática e Docência I (45h), Educação Matemática e Docência II(75h) Essas disciplinas totalizam 480 horas.

Em relação às horas dedicadas ao Estágio Curricular Supervisionado na área de Matemática com atuação na educação básica, o curso oferece 420 horas de atividades ministradas pela Faculdade de Educação, distribuídas nas disciplinas: Estágio em Educação Matemática I (120h), Estágio em Educação Matemática II (150h) e Estágio em Educação Matemática III (150h).

De acordo com a Resolução nº 02/2015 do CNE, os cursos devem constituir-se de núcleo de estudos de formação geral, das áreas específicas e interdisciplinares, do campo educacional, seus fundamentos e metodologias, e das diversas realidades educacionais, bem como de núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos das áreas de atuação profissional. O curso de Licenciatura em Matemática da UFRGS contempla 2220 horas dedicadas às atividades formativas estruturadas por esses dois núcleos, descritas abaixo.

Disciplinas oferecidas pela Faculdade de Educação, totalizando 330 horas. Organização da escola básica (30h), Psicologia da Educação I - A(30h), História da Educação: história da escolarização brasileira e processos pedagógicos(30h), Psicologia da Educação II(30h), Filosofia da Educação I (30h), Educação Contemporânea: Currículo, Didática, Planejamento (60h), Intervenção pedagógica e necessidades educativas especiais (30h), Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) (30h), Educação Matemática e Docência III (60h). Disciplinas sob a responsabilidade do Instituto de Matemática e Estatística e Instituto de Física, totalizando 1710 horas. São elas: História da Matemática (60h), História da Educação Matemática (45h), Pesquisa em Educação Matemática (60h), Ensino e Aprendizagem de Estatística (30h),

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Educação Matemática e Tecnologia (75h). Introdução aos Números Racionais (45h), Introdução às Funções Algébricas (60h), Introdução aos Números Reais e Complexos (75h), Introdução às Funções Transcendentes (75h) Geometria I - MAT (75h), Computador na Matemática Elementar I (75h), Geometria II - MAT (75h), Fundamentos de Aritmética (75h), Vetores e Geometria Analítica (60h), Álgebra I (60h), Álgebra Linear I - A (60h), Cálculo A (60h), Cálculo B (60h), Combinatória I (75h), Física I (60h), Álgebra II (60h), Física II (60h), Combinatória II (75h), Aplicações da Matemática A (75h), Probabilidade e Estatística (60h), Análise Real I (60h), Análise Real II (60h).

Dentre as disciplinas Álgebra III - A (60h), Análise Linear II (60h), Cálculo Numérico A (60h) e Matemática Financeira (60h), de caráter alternativo-obrigatório, o estudante deverá escolher uma para cursar, de acordo com seus interesses acadêmicos.

Há um conjunto de disciplinas eletivas listadas a seguir, das quais o estudante deve cursar, no mínimo, 60h: A Física do Século XX-A (60h), Acessibilidade e Tecnologia Assistiva na Educação Inclusiva (45h), Cálculo C (60h), Educação em Espaços Culturais (60h), Encontro de saberes (60h), Explorando o Universo: Dos Quarks aos Quasares (30h), Povos Indígenas Educação e Escola (30h), Práticas Pedagógicas Interdisciplinares na Escola (60h), Projetos de Aprendizagem em Ambientes Digitais (30h), Psicologia da Educação: A Educação e suas instituições (30h), Psicologia da Educação: O Jogo II (30h), Sociologia da Educação: Tópicos Especiais I (30h), Software Livre na Educação (30h).

O Trabalho de Conclusão de Curso (60h) completa esses dois núcleos, estando sob a responsabilidade da Comissão de Graduação em Matemática (COMGRAD-MAT) e regido por Resolução dessa referida Comissão.

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O núcleo de estudos integralizados para enriquecimento curricular, contempla 210 horas de atividades complementares regulamentadas pela Resolução nº 06/2013 da COMGRAD-MAT (Anexo 2).

A integralização curricular é obtida por meio de créditos atribuídos às disciplinas em que o aluno lograr aprovação. Cada crédito corresponde a quinze horas de carga horária. É exigido que o estudante integralize 3330 horas, em ambos os cursos.

Na presente proposta foi mantido e aprofundado o espírito de integração e articulação entre as diferentes vertentes que compõem o espectro da formação de um futuro professor de Matemática, presentes na última adaptação curricular realizada nos cursos de Licenciatura em Matemática, e aqui representadas pelas disciplinas dos Institutos de Matemática e Estatística, Instituto de Física e Faculdade de Educação.

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35 3. PERFIL DO EGRESSO

Definimos o perfil do profissional que se espera formar neste curso a partir do perfil que está expresso no Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Matemática, formulado em 1992. O professor formado no Curso de Licenciatura em Matemática deve:

“- apresentar um bom domínio de conteúdos matemáticos;

- apresentar um bom domínio de teorias de ensino aprendizagem e saber adequá-las ao conteúdo específico;

- apresentar um bom domínio da tecnologia informática como ferramenta para a aprendizagem da Matemática;

- ser um pesquisador dentro da sala de aula, capacitado a entender as diferentes estratégias desenvolvidas pelos alunos no processo de aprendizagem e as variáveis didáticas envolvidas no processo;

- ser agente de transformação dentro de sua escola, questionando os programas e as sequências de ensino vigentes;

- estar em permanente contato com pesquisas e experiências na área de Educação Matemática, realimentando permanentemente a dinâmica do ensinar e do aprender.” (PAIUFRGS, 1995, p. 4).

Frente às necessidades de formação do professor de Matemática para o Século XXI, o profissional que se pretende formar é um professor com sólido conhecimento matemático; professor prático-reflexivo, aquele que produz conhecimento pedagógico dos conteúdos; professor para o futuro, com domínio das tecnologias digitais; professor-pesquisador em sala de aula; professor agente transformador da realidade da escola e corresponsável pela qualidade do ensino. Esse perfil orienta as diferentes estratégias de formação que vão perpassar o trabalho docente e o próprio currículo.

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Os objetivos específicos do Curso de Licenciatura consistem no desenvolvimento de ações que contribuam para desenvolver:

a) conhecimento dos conteúdos da Matemática básica, com qualificado nível de abstração, estabelecendo relações dos conteúdos entre si dos conteúdos com as outras áreas da ciência e do cotidiano;

b) conhecimento de teorias de aprendizagem e de cognição, sabendo adequá-las ao conteúdo específico;

c) competência no uso das tecnologias digitais de informação e comunicação para ensino e aprendizagem de Matemática;

d) competências para desenvolver pesquisa na da sala de aula, tomando o aluno como sujeito da aprendizagem, buscando entender as diferentes estratégias desenvolvidas no processo de aprendizagem e buscando identificar as diferentes variáveis didáticas envolvidas no processo;

e) competência para se tornar agente de transformação dentro de sua escola, questionando os programas e as propostas de ensino vigentes e multiplicando a formação recebida;

f) competência para buscar a atualização permanente nas áreas de Ensino de Matemática e Educação Matemática, estando em contato com pesquisas e experiências novas para realimentar permanentemente a dinâmica do ensinar e do aprender.

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37 4. FORMAS DE ACESSO AO CURSO

As formas de acesso ao curso de Licenciatura em Matemática da UFRGS são:

1) por meio do Concurso Vestibular, conforme definido em Edital aberto pela UFRGS anualmente, podendo o candidato se inscrever nos sistemas de ingresso:

- acesso universal; ou,

- acesso universal e reserva de vagas para candidatos egressos do Sistema Público de Ensino Médio de acordo com a categoria de renda bruta mensal per capita ou, adicionalmente, autodeclarado preto, pardo, indígena ou pessoa com deficiência;

O exame vestibular está previsto na Resolução 11/2013 do CEPE. O processo seletivo específico para ingresso de estudantes indígenas, realizado anualmente, será considerado, para fins desta resolução, modalidade específica de Concurso Vestibular. O processo seletivo denominado vestibular é regulado pela Resolução nº 46/2009 do CEPE. Adicionalmente, por opção do candidato, haverá um décimo escore E10, composto pelo resultado das provas obtidas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

A reserva de vagas para alunos egressos de escolas públicas foi reorganizada, no ano de 2018, pela Decisão nº 212/2017 do CEPE/UFRGS, garantindo o acesso a pessoas com deficiência em todos os cursos da Universidade.

2) Por meio do Sistema de Seleção Unificado (SISU), adotado pela Universidade em 2014.

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O referido sistema de seleção é realizado pelo MEC, por meio do site http://sisu.mec.gov.br, e usa a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para selecionar os estudantes.

Para aprovação no Curso de Licenciatura em Matemática será exigida dos candidatos às vagas destinadas ao SISU a pontuação no ENEM de, no mínimo, 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento do exame, e, no mínimo, de 500 pontos na redação. As informações relativas ao processo de seleção pelo SISU estão detalhadas no Termo de Adesão da UFRGS ao SiSU.

O ingresso no curso por meio do Concurso Vestibular ou através do SISU ocorre anualmente com o oferecimento de 45 vagas para o Curso de Licenciatura em Matemática (de turno integral) no 1º semestre letivo do ano e 45 vagas para o Curso de Licenciatura em Matemática - Noturno no 2º semestre letivo do ano.

A distribuição e o preenchimento das vagas, segundo a forma de acesso, SISU ou Vestibular, são definidos em editais, em consonância com a legislação vigente. No ano de 2018, dessas 45 vagas, 31 foram reservadas para o ingresso via vestibular e 14 para o ingresso via SISU.

3) Por meio de ingresso para ocupação de vagas ociosas nos cursos de graduação da UFRGS, regulados pela Resolução n° 13/2016 do CEPE. De acordo com a referida resolução, a ocupação dessas vagas poderá ocorrer de três formas distintas: I – Transferência Interna, através do recálculo do argumento de concorrência do Processo Seletivo de Ingresso; II – Ingresso de Diplomado; III – Transferência por Processo Seletivo Unificado.

O ingresso para a ocupação de vagas ociosas nas modalidades de Transferência Interna e Ingresso de Diplomado ocorre semestralmente. O

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Processo Seletivo Unificado ocorre anualmente. O número de vagas para cada modalidade é definido no correspondente Edital.

O Ingresso de Diplomado é a forma de ingresso, mediante processo seletivo, para diplomados por esta Universidade ou por outras IES do país em curso reconhecido ou que tenham obtido diploma no exterior, desde que este tenha sido revalidado, na forma da lei.

A modalidade de Transferência Interna é destinada aos alunos da UFRGS que desejam trocar de curso. A COMGRAD/MAT adota como critério de aprovação o recálculo da média harmônica do Concurso Vestibular, devendo ser superior ao argumento do último classificado no Curso de Licenciatura em Matemática no ano em que o candidato prestou vestibular.

A modalidade de Processo Seletivo Unificado é destinada para alunos de outras IES. O candidato deve estar matriculado ou com matrícula trancada e ter sido aprovado no conjunto das disciplinas que compõem os três primeiros semestres do seu curso de origem (no caso de curso semestral) ou nos dois primeiros anos (no caso de curso seriado ou anual). O curso de origem do candidato deverá ser reconhecido pelo MEC e ser idêntico (mesma denominação) ou assemelhado ao curso pretendido, conforme disposto no anexo da Resolução nº.14/2008 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFRGS (CEPE). Também pode se candidatar aluno de curso idêntico ou assemelhado de IES estrangeira e, se pré-selecionado, estará sujeito à análise específica da sua documentação, a ser realizada pela COMGRAD/MAT. É vedada a Transferência Voluntária para os dois semestres finais do curso pretendido.

Também é autorizado o ingresso por Transferência Compulsória, destinada para Servidor Público Federal civil ou militar, ou para seu dependente discente, em razão de comprovada remoção ou transferência de

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ofício que acarrete mudança de domicílio para Porto Alegre ou município próximo, na forma da lei. A Transferência Compulsória ocorre, a qualquer tempo, independentemente da existência de vagas. O pedido desse tipo de transferência para curso idêntico, isto é, de mesma denominação, será apreciado pela Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD). Caso não exista curso idêntico, a Câmara de Graduação deve emitir um parecer vinculativo quanto à existência de curso equivalente nesta Universidade, cabendo a decisão final à PROGRAD.

A Resolução nº 11/2013 do CEPE regulamenta formas de ingresso na UFRGS. Além das citadas acima, a Resolução trata da Readmissão de Abandono, Transferência Compulsória e Discente Convênio.

Política de Ações Afirmativas

A UFRGS vem promovendo ações afirmativas, ou seja, políticas públicas que visam proteger minorias e grupos que, em uma determinada sociedade, tenham sido discriminados no passado. A ação afirmativa visa remover barreiras, formais e informais, que impeçam o acesso de certos grupos ao mercado de trabalho, universidades e posições de liderança. Nesse sentido a universidade tem promovido diálogos e reflexões desde o ano de 2005, quando foram realizados amplos debates, promovidos por estudantes, técnicos, professores, em parceria com os movimentos sociais, principalmente, os movimentos negros e indígenas para garantir a reserva de vagas através de cotas para alunos negros, pardos, indígenas e oriundos de escolas públicas.

Em 2006, a Universidade, em diálogo com esses movimentos, iniciou oficialmente o debate sobre a implementação de uma política de ações afirmativas. O resultado deste debate foi a constituição da Comissão Especial

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formada por membros do Conselho Universitário (CONSUN) e do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), cujo objetivo era formular uma proposta de política de ações afirmativas a serem adotadas pela UFRGS. O ano de 2007 foi um marco na luta contra a histórica exclusão de estudantes negros, indígenas e oriundos de escolas públicas: a proposta do ingresso por reserva de vagas foi aprovada pelo Conselho Universitário para vigorar a partir de 2008.

A Universidade entende que não basta reservar as vagas para este grupo de alunos e, preocupada com sua permanência na Universidade, criou em 2012 a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) com o objetivo de promover ações que visam a garantir a permanência e o sucesso do estudante na UFRGS bem como a Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas, com o mesmo objetivo, entretanto especialmente preocupada com o acompanhamento e a permanência dos estudantes cotistas na universidade. O Programa de Ações Afirmativas tem como objetivo garantir a permanência dos alunos ingressantes pelo sistema de cotas através de programas de bolsas, ampliação dos restaurantes universitários e moradia estudantil, aumento do acervo bibliográfico, entre outras ações. A resolução Nº 268/2012 do CEPE/UFRGS regulamentou o Programa de Ações Afirmativas na Universidade. Esta resolução foi aprovada pelo Conselho Universitário em agosto de 2012, quando determinou a criação da Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas.

O artigo 12 da referida resolução decide: “Fica instituída a Coordenadoria de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas, ligada à Pró-Reitoria de Coordenação Acadêmica, com estrutura própria e as seguintes atribuições:

I - realizar o acompanhamento dos estudantes ingressantes por este Programa, junto à Pró-Reitoria de Graduação – PROGRAD – e às

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Comissões de Graduação – COMGRADs – de cada curso da UFRGS, e buscar o atendimento de suas necessidades acadêmicas;

II - elaborar, ouvidas as Unidades Acadêmicas e as COMGRADs de cada curso, e encaminhar ao Conselho Universitário relatório anual de avaliação do Programa;

III - realizar e encaminhar ao Conselho Universitário relatório bianual relativo à permanência e ao desempenho do estudante ingressante por meio das vagas reservadas por este Programa;

IV - a partir das avaliações parciais realizadas, sugerir mecanismos de aperfeiçoamento do Programa ao Conselho Universitário;

V - encaminhar relatório de avaliação acerca dos resultados do Programa de Ações Afirmativas, sugerir mecanismos de aperfeiçoamento do mesmo e manifestar-se relativamente à sua prorrogação, ao final de sua vigência;

VI - implementar mecanismos de efetivação, junto às Unidades Acadêmicas, dos objetivos deste Programa, especialmente no que concerne aos incisos III e IV do Art. 2º.

VII - disponibilizar os dados referentes aos estudantes beneficiários da política de ações afirmativas para as COMGRADs e Unidades Acadêmicas, a fim de permitir o acompanhamento e qualificação dessa política no âmbito das Unidades e Cursos da UFRGS”.

No atendimento à Lei Federal nº 12.711/12, em 2013 e 2014 a UFRGS ofertou 30% das suas vagas para alunos que ingressaram amparados na reserva de vagas (cotas) para estudantes que concluíram o ensino médio em

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escolas públicas. Em 2015 a reserva de vagas foi ampliada para 40% e a partir de 2016, essa reserva passa a ser de 50% do total das vagas oferecidas.

Os estudantes do curso de Licenciatura em Matemática são convidados a refletir sobre a importância dessas ações, que visam diminuir as desigualdades de nosso país, em todas as disciplinas do curso. Também participam de atividades de extensão, palestras e diálogos promovidos pelo DEDS – Departamento de Educação e Desenvolvimento Social da UFRGS. Essas atividades versam sobre os seguintes temas: conversações afirmativas, lideranças de mulheres negras, conhecimento do continente africano, culturas indígenas, etc. Mais informações no site: http://www.ufrgs.br/deds. O objetivo é difundir o conhecimento das culturas africana e indígena, e ressignificar os conceitos sobre o negro e índio em consonância com a Lei LDBEN/2006 e a Lei Federal 10.639 de 2003 que trata da importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira.

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5. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UM PERFIL DE FORMANDO - MATRIZ CURRICULAR DO CURSO

CURSO LICENCIATURA EM MATEMÁTICA (INTEGRAL) Curso: MATEMÁTICA

Habilitação: LICENCIATURA EM MATEMÁTICA Currículo: LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Etapa 1

Código Disciplina/Súmula Caráter Créditos CH

MAT01343 COMPUTADOR NA MATEMÁTICA ELEMENTAR I

Súmula: Desenvolvimento de conceitos e relações matemáticas dentro do ambiente LOGO. Polígonos regulares convexos e não-convexos, círculos, curvatura e raio de curvatura, mosaicos, espirais, processos recursivos, árvores binárias, fractais.

Obrigatória 5 75

MAT01341 GEOMETRIA I – MAT

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