• Nenhum resultado encontrado

Keywords: volatile corrosion inhibitor; aboveground storage tank; corrosion; potentiodynamic polarization

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Keywords: volatile corrosion inhibitor; aboveground storage tank; corrosion; potentiodynamic polarization"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

Copyright 2014, ABRACO

Trabalho apresentado durante o INTERCORR 2014, em Fortaleza/CE no mês de maio de 2014. As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).

 

Avaliação da eficiência de inibidores voláteis de corrosão para proteção externa de fundo de tanque de armazenamento por meio de técnicas eletroquímicas José Luís S. Ribeiroa, Zehbour Panossianb, Adriana de Araujoc, Neusvaldo L. de Almeidad, Renata A. Nellie, Guternberg de Souza Pimentaf

Abstract

This paper describes the preliminary results of potentiodynamic polarization tests conducted with the purpose to evaluate the corrosion protection efficiency of two commercial volatile corrosion inhibitors (VCI) in protecting the external surface of the bottom of aboveground storage tanks. The tests were performed in salt solution (NaCl 0.1 mol.L-1) without addition of VCI (reference) and with the addition of VCI in the following concentrations: 1 %, 2 %, 3 % and 5 %. The tests showed that the VCI samples are anodic type inhibitors and that a concentrate ion higher than 2 % is needed to protect the steel against corrosion. For higher concentrations, the tests are being repeated due to interference problems that occurred during the polarization tests. The results also indicated the need to evaluate crevice corrosion susceptibility in the presence of VCI as well as the adequacy of the use of VCI in association with cathodic protection. 

 

Keywords: volatile corrosion inhibitor; aboveground storage tank; corrosion; potentiodynamic polarization 

Resumo

Neste artigo, são apresentados os resultados prelimares de ensaios de polarização poteciodinâmica de avaliação de dois inibidores voláteis de corrosão (IVCs) comerciais na proteção contra corrosão da face externa de fundo de tanques. Os ensaios foram realizados em solução aquosa de NaCl de 0,1 mol.L-1, sem (referência) e com adição de VCI nas concentrações de 1 %, 2 %, 3 % e 5 %. Os ensaios mostraram que ambos são do tipo anódico, sendo necessária uma concentração maior do que 2 % para a proteção do aço-carbono contra corrosão. Para concentrações maiores, os ensaios estão sendo repetidos, devido à interferência de ruídos nas curvas de polarização. Os resultados obtidos também       

a

Doutor em Engenharia Civil, pesquisador convidado do Laboratório de Corrosão e Proteção - LCP do Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT (e-mail: jlsr@uol.com.br).

b

Doutora em Ciências, Diretora de Inovação do IPT e professora convidada do Departamento de Metalurgia e Materiais da EPUSP (e-mail: zep@ipt.br).

c

Mestre em Habitação, Pesquisadora do LCP - IPT (e-mail: aaraujo@ipt.br).

d

Mestre em Física, responsável pelo LCP - IPT (neusval@ipt.br).

e

Técnica em química do LCP - IPT (e-mail: renatabr@ipt.br)

f

Mestre em Engenharia, consultor sênior do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (CENPES) da PETROBRAS S.A. (e-mail: gutembergsp@petrobras.com.br)

(2)

 

apontaram a necessidade de avaliação de corrosão em fresta na presença dos IVCs e de investigação detalhada da adequação do seu uso associado à proteção catódica.

Palavras-chave: inibidor volátil de corrosão; fundo de tanque de armazenamento; corrosão, polarização poteciodinâmica

Introdução

A face externa da chaparia de fundo de tanque de aço-carbono de armazenamento atmosférico pode sofrer corrosão devido à presença de contaminantes e de umidade no ambiente [1]. Muitas vezes, a contaminação é decorrente de vazamentos de produto armazenado sobre a base de assentamento da chaparia, quando da sua perfuração pela face interna. Se o reparo da perfuração for feito sem a descontaminação da base de assentamento da chaparia, esta pode sofrer um severo processo de corrosão. Como consequência, novas perfurações podem ocorrer após um período muito menor do que o período decorrido entre a construção do tanque e a primeira perfuração.

A taxa de corrosão da estrutura de tanques é bastante variável. Avaliações em campo, realizadas em 16 tanques de óleo cru, indicaram que a taxa de corrosão da chaparia de fundo varia entre 0,1 mm.ano-1 a 0,92 mm.ano-1. Para o teto dos mesmos tanques, quase a sua totalidade apresentou taxa de corrosão máxima de 0,5 mm.ano-1 [2]. Valor bem próximo a este último, 0,55 mm.ano-1, foi obtido em estudo de laboratório de simulação da condição agressiva que a chaparia de fundo de tanque de óleo cru está sujeita [3]. No caso de corrosão por pite da chaparia, a norma API 650 [4] menciona que a taxa de corrosão pode ser maior do que 2 mm.ano-1. Em consequência da corrosão, estimou-se, em 2012, que os principais países produtores de petróleo tenham perdas entre 0,4 milhões a 4,2 milhões de dólares por dia, sendo que no Brasil esta perda seria da ordem de1 milhão de dólares por dia [5].

Dentre as tecnologias disponíveis de proteção da face externa de fundo de tanques contra corrosão, tem-se a opção de utilização de inibidores voláteis de corrosão (IVC). Neste artigo, são apresentados resultados dos ensaios eletroquímicos preliminares de avaliação em laboratório de dois IVCs disponíveis no mercado nacional, aqui denominados de IVC-A e IVC-B, que são apresentados por seus fabricantes como sendo eficientes nessa proteção. Os resultados obtidos neste estudo serão utilizados para a determinação da concentração de inibidores a ser adotada em ensaios posteriores, em protótipos da chaparia de fundo de tanque assentado em base de concreto. Com isso, ao término dos trabalhos, pretende-se validar sistemas de utilização de IVCs.

Materiais e Métodos

Os ensaios foram realizados em solução aquosa de NaCl 0,1 mol.L-1 sem (referência) e com adição dos inibidores nas concentrações 1 %, 2 %, 3 % e 5 %, em massa. A solução com NaCl foi usada para simular tanques localizados em ambientes marinhos.

Inicialmente, foi monitorado por 2 h o potencial de circuito aberto dos eletrodos de trabalho após 24 h de sua imersão na solução de ensaio. Após esse período, foi feito o levantamento das curvas de polarização potenciodinâmica [6], sendo, primeiro, feita a polarização catódica e, após 2 h de repouso, a polarização anódica. Esses ensaios foram repetidos e foram

(3)

 

levantadas apenas as curvas anódicas após a monitoração do potencial de circuito aberto. Cita-se que, futuramente, serão realizados os mesmos ensaios em água produzida.

Para os ensaios, foi utilizada uma célula similar à célula eletroquímica de Tait (ver Figura 1. Na base da célula, foi fixado um eletrodo de trabalho de aço-carbono ASTM A-36, nas dimensões de 100 mm x 60 mm x 4 mm. A área exposta foi limitada em cerca de 17,0 cm2, tendo-se um anel de vedação (de Viton®) no perímetro desta área. O preparo dos eletrodos de trabalho consistiu de jateamento abrasivo de ambas as faces, com microesferas de vidro e lixamento superficial da face de ensaio com lixa de grana 200, seguido de lixa de grana 400, para acabamento final. Antes do início dos ensaios, os eletrodos de trabalho foram submetidos à lavagem com água e detergente, desengraxe com acetona e secagem. 

Figura 1 - Representação esquemática da célula desenvolvida, mostrando o posicionamento do anel de vedação e também do eletrodo de trabalho (a) Ensaio eletroquímico na célula desenvolvida, mostrando o posicionamento do contraeletrodo de platina e do capilar de Luggin (com o eletrodo de referência Ag/AgCl) (b)

O potenciostato Bio-Logic, modelo VMP3, foi utilizado para o levantamento das curvas de polarização potenciodinâmica. Como eletrodo auxiliar, utilizou-se uma cesta cilíndrica de platina, com área aproximada de 54 cm2 e, como eletrodo de referência, o eletrodo de prata/cloreto de prata (Ag/AgCl) introduzido num capilar de Luggin, com solução saturada de KCl. A velocidade de varredura adotada foi de 0,5 mV.s-1, iniciando no potencial de circuito aberto (Eca). A varredura catódica foi feita até -1.100 mV vs. Ag/AgCl. Na varredura anódica, aplicou-se uma sobretensão de 500 mV vs. potencial de circuito aberto. Na repetição dos ensaios, a varredura anódica foi feita até 1.200 mV vs. Ag/AgCl.

Resultados e discussão

A Figura 2, a Figura 3 e a Figura 4 mostram os resultados dos ensaios eletroquímicos para o aço-carbono ASTM A-36 em NaCl 0,1 mol.L-1, que é a solução adotada como referência no presente estudo. Observando estas curvas pode-se verificar:

 o valor do potencial de circuito aberto antes das polarizações (-733 mV, Ag/AgCl) e as curvas de polarização catódica e anódica são típicas de estado ativo de corrosão do

aço-Eletrodo de trabalho Anel de vedação deViton® Capilar de Luggin Contraeletrodo (a) (b)

(4)

 

carbono, fato constatado pelo aspecto visual dos eletrodos de trabalho após as polarizações;

 após a polarização catódica, o potencial de circuito aberto assumiu um valor próximo ao do potencial antes da polarização;

 na curva de polarização catódica, nota-se um pequeno trecho com predominância da reação de redução de oxigênio (tendência de ocorrência de polarização por concentração indicada pela seta azul na Figura 3);

 as curvas anódicas da Figura 3 e Figura 4 são muito semelhantes, indicando que a polarização catódica não acarretou mudanças na polarização anódica.

 

Figura 2 - Monitoração do potencial de circuito aberto do aço-carbono ASTM A-36 após 24 h de imersão em NaCl 0,1 mol.L-1 – referência . A monitoração foi feita 2 h antes do levantamento da curva catódica. Terminada a curva catódica, monitorou-se mais 2 h para então iniciar a curva anódica. Nota-se que após a curva catódica, o potencial praticamente assumiu o valor original. 

 

   

 

Figura 3 - Curva catódica seguida da anódica do aço ASTM A-36, após 24 h de imersão em NaCl 0,1 mol.L-1 - referência (a). Eletrodo de trabalho após o ensaio (b). 

    ‐1.200 ‐1.000 ‐800 ‐600 ‐400 ‐200 0 0 1 2 3 4 5 Potencial  (mV,  Ag/AgCl) Tempo (h) Aço ASTM A‐36 em NaCl 0,1 mol.L‐1‐ Referência ‐1200 ‐1000 ‐800 ‐600 ‐400 ‐200 0 200

1,0E‐08 1,0E‐06 1,0E‐04 1,0E‐02 1,0E+00

Potencial  (mV,  Ag/AgCl) i (A/cm²) Polarização Aço ASTM A‐36 em NaCl 0,1 mol.L‐1Referência

Antes da curva catódica Depois  da  curva  catódica,  durante  o 

período de repouso antes da anódica 

(a) 

(b) Reação de redução de 

(5)

 

   

 

Figura 4 ‐ Curva da polarização anódica do aço ASTM A-36, após 24 h de imersão em NaCl 0,1 mol.L-1 –

Referência (a). Eletrodo de trabalho após o ensaio (b). 

A Figura 5, a Figura 6 e a Figura 7 mostram os resultados dos ensaios eletroquímicos para o aço-carbono ASTM A 36 em NaCl 0,1 mol.L-1 com 1 % de IVC-A e a Figura 8, a Figura 9 e a Figura 10 mostram os dos ensaios realizados com 1 % do IVC-B. Observando estas figuras pode-se verificar:

 o valor do potencial de circuito aberto antes das polarizações do ensaio com IVC-A (-700 mV, Ag/AgCl) é típico de estado ativo de corrosão do aço-carbono, fato não observado com IVC-B que assumiu um valor mais positivo (-324 mV, Ag/AgCl). Isto indica que na concentração de 1 %, o IVC-A ainda não está agindo como inibidor no potencial de circuito aberto. Já o inibidor IVC-B foi capaz de causar uma elevação do potencial, o que indica que está exercendo sua ação inibidora já no potencial de circuito aberto, agindo como inibidor anódico;

 após a polarização catódica, o potencial de circuito aberto assumiu um valor próximo ao do potencial antes da polarização somente no caso do IVC-A. Já no ensaio com IVC-B, verificou-se que o potencial após a polarização assumiu um valor muito próximo ao do potencial de circuito aberto do aço na solução Referência, o que leva a supor que o filme de inibidor formado sobre a superfície metálica foi danificado ou mesmo removido durante a polarização catódica. Este resultado é de grande importância para o presente estudo, já que o objetivo final é a verificação da viabilidade de aplicação da proteção catódica associada com IVC, como proteção complementar tanto na fase aquosa como na fase vapor. Como ensaios serão realizados em protótipos simulando esta associação, espera-se verificar a veracidade desta suposição;

 no ensaio com IVC-A, verificou-se uma diminuição da corrente anódica após um pico de corrente (transição ativo/passivo), tanto na curva levantada após a polarização catódica como na curva levantada sem esta polarização, indicando a formação de um filme protetor (passivação) sobre a superfície do metal. Isto é esperado, visto que os inibidores voláteis de corrosão são em geral anódicos. Vale a pena chamar a atenção sobre o aspecto visual do eletrodo de trabalho (Figura 6b e Figura 7b) após as polarizações: o ataque superficial é menos intensa do que o ataque observado no ensaio com a solução Referência (Figura 3b e Figura 4b). Esta observação corrobora as afirmações feitas;

 no ensaio com IVC-B, o mesmo comportamento do IVC-A foi obtido somente para a curva anódica levantada após a polarização catódica (neste caso, a polarização se iniciou

‐800 ‐600 ‐400 ‐200 0 200

1,0E‐08 1,0E‐06 1,0E‐04 1,0E‐02 1,0E+00

Potencial  (mV,  Ag/AgCl) i (A/cm²) Polarização anódica  Aço ASTM A‐36 NaCl 0,1 mol.L‐1Referência (a) (b)

(6)

 

sem o filme protetor o qual foi destruído durante a polarização catódica). Neste caso também, o ataque superficial do eletrodo de trabalho foi menos intenso do que no eletrodo ensaiado na solução referência (Figura 9b). Chama-se a atenção que a transição ativo/passivo não foi observado no caso do levantamento da curva anódica direta (sem polarização catódica). A curva obtida é típica de corrosão ativa. Examinando com atenção a superfície do eletrodo de trabalho, verificou-se que ocorreu ataque preferencial em fresta formada na região de contanto do eletrodo de trabalho com o anel de Viton® usado para selar a célula de ensaio (ver Figura 10b). Este fato poderia talvez não ocorrer se fosse evitada a formação de fresta, porém considerou-se um resultado de suma importância, visto que no fundo de tanques de armazenamento assentados em concreto, é comum a formação de frestas. Assim sendo, foram programados ensaios específicos para verificar a possibilidade de se ter corrosão em frestas.

 

Figura 5 - Monitoração do potencial de circuito aberto do aço-carbono ASTM A-36 após 24 h de imersão

em NaCl 0,1 mol.L-1 com 1 % do IVC-A. A monitoração foi feita 2 h antes do levantamento da curva

catódica. Terminada a curva catódica, monitorou-se mais 2 h para então iniciar a curva anódica. Nota-se que após a curva catódica, o potencial praticamente assumiu o valor original.

 

 

   

Figura 6 ‐ Curva catódica seguida da anódica do aço ASTM A-36, após 24 h de imersão em NaCl 0,1mol.L-1

com 1 % IVC-A (a). Eletrodo de trabalho após o ensaio (b).      ‐1.200 ‐1.000 ‐800 ‐600 ‐400 ‐200 0 0 1 2 3 4 5 Potencial  (mV,  Ag/AgCl) Tempo (h) Aço ASTM A‐36 em NaCl 0,1 mol.L‐1+ 1 % de IVC‐A ‐1200 ‐1000 ‐800 ‐600 ‐400 ‐200 0 200

1,0E‐08 1,0E‐06 1,0E‐04 1,0E‐02 1,0E+00

Potencial  (mV,  Ag/AgCl) i (A/cm²) Polarização  Aço ASTM A‐36 em NaCl 0,1 mol.L‐1 + 1 % IVC‐A  (a) (b) Antes da curva catódica

Depois  da  curva  catódica,  durante  o  período de repouso antes da anódica 

(7)

 

 

 

Figura 7 - Curva da polarização anódica do aço ASTM A-36, após 24 h de imersão em NaCl 0,1 mol.L-1

com 1 % IVC-A (a). Eletrodo de trabalho após o ensaio (b).

 

Figura 8- Monitoração do potencial de circuito aberto do aço-carbono ASTM A-36 após 24 h de imersão em NaCl 0,1 mol.L-1 com 1 % do IVC-B. A monitoração foi feita 2 h antes do levantamento da curva catódica. Terminada a curva catódica, monitorou-se mais 2 h para então iniciar a curva anódica. Nota-se que, após a curva catódica, o potencial não assumiu o valor original

 

   

Figura 9 - Curva catódica seguida da anódica do aço ASTM A-36, após 24 h de imersão em NaCl 0,1 mol.L-1 com 1 % IVC-B (a). Eletrodo de trabalho após o ensaio (b). 

  ‐800 ‐600 ‐400 ‐200 0 200

1,0E‐08 1,0E‐06 1,0E‐04 1,0E‐02 1,0E+00

Potencial  (mV,  Ag/AgCl) i (A/cm²) Polarização anódica  Aço ASTM A‐36 em NaCl 0,1 mol.L‐1 + 1 % IVC‐A ‐1.200 ‐1.000 ‐800 ‐600 ‐400 ‐200 0 0 1 2 3 4 5 Potencial  (mV,  Ag/AgCl) Tempo (h) Ensaio potenciodinâmico (aço ASTM A‐36 em sol NaCl 0,1 mol/L ‐ IVC‐B ‐ 1 %) ‐1200 ‐1000 ‐800 ‐600 ‐400 ‐200 0 200

1,0E‐08 1,0E‐06 1,0E‐04 1,0E‐02 1,0E+00

Pote ncial  (mV,  Ag/AgCl) i (A/cm²) Polarização Aço ASTM A‐36 em NaCl 0,1 mol.L‐1 + 1 % IVC‐B (a) (b) (a) (b) Antes da curva catódica

Depois  da  curva  catódica,  durante  o  período de repouso antes da anódica 

(8)

 

 

   

Figura 10 - Curva da polarização anódica do aço ASTM A-36, após 24 h de imersão em NaCl 0,1 mol.L-1

com 1 % IVC-B (a). Eletrodo de trabalho após o ensaio (b). 

A Figura 11, a Figura 12 e a Figura 13 mostram os resultados dos ensaios eletroquímicos para o aço-carbono ASTM A 36 em NaCl 0,1 mol.L-1 com 2 % de IVC-A e a Figura 14Figura 8- Monitoração do potencial de circuito aberto do aço-carbono ASTM A-36 após 24 h de imersão em NaCl 0,1 mol.L-1 com 1 % do IVC-B. A monitoração foi feita 2 h antes do levantamento da curva catódica. Terminada a curva catódica, monitorou-se mais 2 h para então iniciar a curva anódica. Nota-se que, após a curva catódica, o

potencial não assumiu o valor original., a Figura 15 e a Figura 16 mostram os dos ensaios realizados

com 2 % do IVC-B. Observando estas figuras pode-se verificar:

 os valores do potencial de circuito aberto antes das polarizações tanto do ensaio com IVC-A (-442 mV, Ag/AgCl) como do ensaio com IVC-B (-84 mV, Ag/AgCl) são mais positivos do que o do ensaio na solução referência. Isto indica que na concentração de 2 %, ambos os inibidores estão exercendo sua ação inibidora já no potencial de circuito aberto, agindo como inibidores anódicos. O VCI-B é mais efetivo do que o VCI-A;

 após a polarização catódica, nos ensaios com os dois inibidores, o potencial de circuito aberto assumiu um valor muito próximo ao do potencial de circuito aberto do aço na solução Referência, o que leva a supor, à semelhança do ensaio com 1 % de IVC-B, que o filme de inibidor formado sobre a superfície metálica foi danificado ou mesmo removido durante a polarização catódica, fato a ser considerado fortemente nos ensaios futuros, conforme já mencionado;

 na curva de polarização anódica levantada após a curva catódica, tanto com IVC-A como IVC-B, verificou-se uma diminuição da corrente anódica após um pico de corrente (transição ativo/passivo), indicando a formação de um filme protetor (passivação) sobre a superfície do metal. Estes resultados foram semelhantes aos ensaios realizados nas mesmas condições usando 1 % de inibidor;

 para ambos os inibidores, nas curvas de polarização anódicas levantadas sem a polarização catódica, não foi verificada a transição ativo/passivo, mas sim uma comportamento passivo direto, indicando que o filme protetor formado graças à presença dos inibidores já estava presente no potencial de circuito aberto, conforme já mencionado. Nota-se que ocorre quebra do filme a valores de potenciais mais positivos, sendo o potencial de quebra para IVC-A menor (33 mV, Ag/AgCl) do que o potencial de quebra para B (133 mV, Ag/AgCl), indicando mais uma vez o maior poder inibidor do IVC-B. A observação da superfície do eletrodo de trabalho após o levantamento das curvas de

‐800 ‐600 ‐400 ‐200 0 200

1,0E‐08 1,0E‐06 1,0E‐04 1,0E‐02

Potencial  (mV,  Ag/AgCl) i (A/cm²) Polarização anódica  Aço ASTM A‐36 em NaCl 0,1 mol.L‐1 + 1 % IVC‐B (a) (b)

(9)

 

polarização mostrou a ocorrência de corrosão por frestas e alguns pites no eletrodo de trabalho ensaiado com IVC-B, sendo o número de pites muito maior na superfície do eletrodo de trabalho ensaiado com IVC-A, sem ocorrência de corrosão em frestas (ver Figura 12b e Figura 13b).

As curvas levantadas com 3 % e 5 % de inibidor apresentaram comportamento similar às curvas obtidas com 2 %, porém com muito ruído na região de passivação. Ensaios estão sendo conduzidos usando potenciostato com maior número de filtros, para tentar minimizar o ruído. Analisando os resultados eletroquímicos de uma maneira geral, pode-se concluir que os dois inibidores apresentaram efeito de inibição de corrosão durante a polarização. Mesmo nos ensaios com a polarização catódica que destruiu o filme de passivação, verificou-se menor ataque da superfície do eletrodo de trabalho. O IVC-B apresentou um poder de inibição maior, porém apresentou corrosão em frestas, corrosão esta não observada nos ensaios com IVC-A.

 

Figura 11- Monitoração do potencial de circuito aberto do aço-carbono ASTM A-36 após 24 h de imersão

em NaCl 0,1 mol.L-1 com 2 % do IVC-A. A monitoração foi feita 2 h antes do levantamento da curva

catódica. Terminada a curva catódica, monitorou-se mais 2 h para então iniciar a curva anódica. Nota-se que após a curva catódica, o potencial praticamente assumiu o valor original. 

 

   

 

Figura 12 - Curva catódica seguida da anódica do aço ASTM A-36, após 24 h de imersão em NaCl ‐1.200 ‐1.000 ‐800 ‐600 ‐400 ‐200 0 0 1 2 3 4 5 Potencial  (mV,  Ag/AgCl) Tempo (h) Ensaio potenciodinâmico (aço ASTM A‐36 em sol NaCl 0,1 mol.L‐1‐ IVC‐A ‐ 2 %) ‐1200 ‐1000 ‐800 ‐600 ‐400 ‐200 0 200

1,0E‐08 1,0E‐06 1,0E‐04 1,0E‐02 1,0E+00

Potencial  (mV,  Ag/AgCl) i (A/cm²) Polarização Aço ASTM A‐36 em NaCl 0,1 mol.L‐1 + 2 % IVC‐A  (a) (b) Antes da curva catódica

Depois  da  curva  catódica,  durante  o  período de repouso antes da anódica 

(10)

 

0,1mol.L-1 com 2 % IVC-A (a). Eletrodo de trabalho após o ensaio (b). 

   

   

Figura 13 - Curva da polarização anódica do aço ASTM A-36, após 24 h de imersão em NaCl 0,1 mol.L-1

com 2 % IVC-A (a). Eletrodo de trabalho após o ensaio (b). Eletrodo de trabalho após o ensaio (b). 

 

Figura 14 - Monitoração do potencial de circuito aberto do aço-carbono ASTM A-36 após 24 h de imersão

em NaCl 0,1 mol.L-1 com 2 % do IVC-B. A monitoração foi feita 2 h antes do levantamento da curva

catódica. Terminada a curva catódica, monitorou-se mais 2 h para então iniciar a curva anódica. Nota-se que após a curva catódica, o potencial praticamente assumiu o valor original. 

      ‐800 ‐600 ‐400 ‐200 0 200

1,0E‐08 1,0E‐06 1,0E‐04 1,0E‐02 1,0E+00

Potencial  (mV,  Ag/AgCl) i (A/cm²) Polarização anódica  Aço ASTM A‐36 em NaCl 0,1 mol.L‐1 + 2 % IVC‐A ‐1.500 ‐1.000 ‐500 0 0 1 2 3 4 5 Potencial  (mV.  Ag/AgCl) Tempo (h) Ensaio potenciodinâmico (aço ASTM A‐36 em sol NaCl 0,1 mol.L‐1‐ IVC‐B ‐ 2 %) ‐1200 ‐1000 ‐800 ‐600 ‐400 ‐200 0 200

1,0E‐08 1,0E‐06 1,0E‐04 1,0E‐02 1,0E+00

Potencial  (mV,  Ag/AgCl) i (A/cm²) Polarização  Aço ASTM A‐36 em NaCl 0,1 mol.L‐1 + 2 % IVC‐B (a) (b) (a) (b)

Antes da curva catódica Depois  da  curva  catódica,  durante  o 

(11)

 

Figura 15 - Curva catódica seguida da anódica do aço ASTM A-36, após 24 h de imersão em NaCl 0,1mol.L-1 com 2 % IVC-B (a). Eletrodo de trabalho após o ensaio (b). 

 

   

   

Figura 16 - Curva da polarização anódica do aço ASTM A-36, após 24 h de imersão em NaCl 0,1 mol.L-1

com 2 % IVC-B (a). Eletrodo de trabalho após o ensaio (b). Eletrodo de trabalho após o ensaio (b). 

Conclusões

Os resultados obtidos permitiram obter as seguintes conclusões:

 os ensaios eletroquímicos mostraram que os inibidores em estudo são do tipo anódico, sendo a concentração necessária para uma efetiva proteção maior que 2 %. Não foi possível estimar a concentração mínima adequada, porque as curvas de polarização com concentração maior do que 2 % apresentaram ruído. Está sendo verificada a possibilidade de se obter curvas sem ruído usando potenciostato com filtro mais eficiente;

 os ensaios eletroquímicos indicaram a tendência de ocorrência de corrosão em frestas na presença do IVC-B;

 os ensaios eletroquímicos indicaram que a aplicação de proteção catódica pode destruir a camada de passivação formada na presença dos inibidores estudados, colocando em dúvida a eficiência de ação destes inibidores em associação com a proteção catódica. Esta possibilidade será investigada com mais detalhe.

   

Referências Bibliográficas

[1] GANDHI, A. Storage tank bottom protection using volatile corrosion inhibitors. Supplement to Materials Performance: VCI Corrosion Control. Jan. 2001, p.28-30. [2] SHUAI, S.; HAN, K. XU, X. Risk-based inspection for large-scale crude oil tanks.

Journal of Loss Prevention in the Process Industries, v.25, p. 166-175, 2012.

[3] MARTINEZ, S. Estimating internal corrosion rate and internal inspection interval of above ground hydrocarbon storage tanks. Goriva Maziva, v. 52, n.2, p.134-143, 2013. [4] AMERICAN PETROLEUM INSTITUTE.API 652: Lining of Aboveground Petroleum

Storage,1997, 22p. ‐1200 ‐1000 ‐800 ‐600 ‐400 ‐200 0 200

1,0E‐08 1,0E‐06 1,0E‐04 1,0E‐02 1,0E+00

Potencial  (mV,  Ag/AgCl) i (A/cm²) Polarização anódica  Aço ASTM A‐36 em NaCl 0,1 mol.L‐1 + 2 % IVC‐B (a) (b)

(12)

 

[5] LYUBLINSKI, E.; KUZNETSOV, Y.I.; SCHULTZ, M.; VAKS, Y. Corrosion protection of tank product side bottoms. International Journal of Corrosion and Scale Inhibition. v. 2; n. 2, p.150-161, 2013.

[6] AMERICAN SOCIETY FOR TESTING & MATERIALS. ASTM G3: standard practice for conventions applicable to electrochemical measurements in corrosion testing. Houston, 2013, 9p.

Referências

Documentos relacionados

Equipcanna - Equipamentos Agrícolas Ilustração: DESCRIÇÃO: Cubo da Roda Caixa Lanterna Elevador Chassi Engate Rápido Engate Dianteiro Escora do Cabeçalho do Chassi

What we can point that is different from the poems of his early phase is, again, the use of precise nouns and similes, instead of lingering into a hazy vagueness as we have seen in

with irregular rows of 14 long, slender setae and 28 short, spini-. form setae; subscutum with 14–16 long setae, without

LEANDRO GOMES DA COSTA e CAMILA SANTOS SILVA, sendo o pretendente: nacio- nalidade brasileira, solteiro, vigilante, nascido em Delmiro Gouveia - AL, aos 04/05/1987, residente

a aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; b

Numa rede de relações objetivas entre posições, todos os lugares ocupados dependem da situação determinada pela estrutura do campo de poder, assim como o

Os bilhetes para o jogo no Mul- tiusos de Guimarães custam apenas três euros e estão à ven- da nas bilheteiras do Multiusos de Guimarães, no Complexo de Piscinas de Guimarães, nas

Esta dissertação inclui uma revisão da literatura que avalia a utilização da Avaliação Subjetiva Global Produzida pelo Paciente ASGPPP em pacientes com câncer do