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Construção de um Meio Casco, passo a passo (Octávio Oliveira)

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Academic year: 2021

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Construção de um Meio Casco, passo a passo (

Octávio Oliveira

)

Para exemplificar a metodologia seguida, ocorreu-me voltar a construir o 3º modelo da esquerda (contando de cima para baixo, ver foto 1.

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Foto 1

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Trata-se do ½ casco do famoso Nan, obra-prima do arquitecto William Fife que o terminou em 1896.

Este veleiro devido à utilização de novos materiais e acompanhando o progresso galopante da arquitectura naval da época, “conseguiu”chegar até aos nossos dias.

Adquirido e restaurado por um antiquário de artefactos náuticos, Philipp Menhinicke que o “descobriu”em 1998…graças à Internet!

Coincidência ou destino esta preciosidade já tinha pertencido ao seu Avô…

Em Agosto de 2001 com mais de 100 anos de existência, completamente renovado navegou para a ilha de Cowes a fim de participar no jubileu da Copa da América! Um fenómeno de resistência e elegância com os seus 19,25 metros de

comprimento e mais de 310 metros quadrados de velas …

Foto 2: A minha réplica vai começar …

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Ampliei os planos (num centro de fotocópias) para que o modelo passa-se a ter 60 cms de comprimento, ver foto 3.

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Foto 3

Fotos 4 e 5: Obtenção dos moldes em cartolina.

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Foto 6: Espessura das peças 1 a 4 com 9mm e a 5 de 14,5mm.

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Foto 6

Como estas medidas não existem em MDF optei por 3 “réguas” de 70cms x 15cm x10mm e uma outra com 3mm de espessura para que o leme fizesse parte integrante do conjunto.

Foto 7: Fixei os moldes e marquei o seu contorno.

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Em seguida o corte com uma serra tico tico, tendo o cuidado de exceder a marcação 1 a 2mm por uma questão de segurança, ver foto 8.

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Foto 8

A foto 9 mostra a parte mais larga da metade do convés com 5,4 cms.

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Foto 9

Na foto 10, a peça 0/5 com o contorno do leme tem a espessura de 3mm como já tínhamos dito, as restantes tem 10mm, portanto mais 1 mm do que o requerido, … total 5,3 cms …quase o que se pretende, então adicionei uma outra (5/5) com 5mm de espessura há já existente de 10mm. Foi o ajuste possível sem recorrer a ferramentas dispendiosas ou ao auxílio de profissionais.

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Foto 11: Conjunto, provisório sem a peça que tem o leme, já dá uma ideia do nosso projecto.

Foto 11

Foto 12: O contorno equivalente ao convés indicado por setas irá ser ajustado em todas as peças. (grosa de meia cana para madeira) A serra eléctrica tico tico,é pouca precisa, cortaram-se as silhuetas com uma margem excedente de 1 a 2mm. Durante a fase de acerto à grosa haverá cuidado essencialmente com a extremidade das peças para não as quebrar.

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Foto 13: Com o plano de linhas longitudinais marca-se a distância entre elas, nas peças já cortadas e empilhadas.

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Foto 13

Na foto 14, nota-se à parte as 2 peças 5/5de espessuras diferentes em fase de colagem.

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Foto 14

Foto 15: As peças 1/5, 2/5, 3/5, 4/5 assinaladas a negro na extremidade em direcção á proa tem um contorno interior numerado a vermelho onde irão ser coladas as assim identificadas.

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Foto 16: Aplicam-se pelo menos 3 demãos, com um intervalo de 24h cada, de uma velatura acrílica escura (neste caso cor de tijolo), no reverso das peças 2/5, 3/5, 4/5 e 5/5.

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Foto 16

Foto 17: Exemplo: modelo do Endeavour. Este estratagema dará visibilidade às linhas longitudinais em relação ao conjunto depois de envernizado.

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As fotos 18, 19, 20, 21, 22 mostram a justa posição para a colagem peça a peça.

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Foto 18

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Foto 21

Foto 22

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Fotos 23, 24:Exemplo das primeiras, usar cola branca extra, deixando secar pelo menos 1 hora antes de acrescentar outra, porque “patinam” não permitindo uni-las todas numa só operação.

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Foto 24

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Foto 25: Conjunto completo, mesmo com tempo seco deve-se aguardar cerca de 24 horas mantendo os grampos de aperto.

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Foto 25

Fotos 26, 27 na parte de traz do ½ casco (ainda por esculpir) o molde com as linhas verticais que correspondem à posição dos diversos contornos do plano transversal.

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Foto 27

Foto 28: Molde da metade longitudinal do convés.

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Foto 28

Na foto 29 os dois moldes colados (cola para papel) para permitirem os primeiros ajustes.

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Foto 30: O molde do convés permite o corte do seu contorno.

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Foto 30

Foto 31: Com uma faca Xato apara-se o contorno.

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Foto 31

Seguidamente com uma pequena polaina desbasta-se com mais precisão, ver foto 32.

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Foto 32

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considerando de momento o painel da popa (15). As cavernas são recortadas de modo que a parte vazia é que servirá de guia.

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Foto 33

Foto 34: Palavras para quê? A foto é bem explícita.

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Foto 34

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Foto 35: Mostra parte das ferramentas a serem utilizadas e o ajuste do convés já efectuado.

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Foto 36: A pedra de esmeril e óleo poderão servir para repor o gume dos formões a utilizar. A pequena chave de fenda foi afiada tornando-se muito útil para abrir sulcos nas marcas das futuras cavernas.

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Foto 36

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Fotos 37 e 38: Aleatoriamente a caverna 8 foi o início de esculpir o nosso modelo.

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Foto 39: Alternadamente abriram-se sulcos na estrutura de acordo com os moldes utilizando as ferramentas mostradas.

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Foto 39

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Fotos 40 a 43: Na execução do corte, há que lembrar que o produto final será envernizado não permitindo erros que não poderiam ser corrigidos a betume.

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Foto 41

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Foto 44: As grosas para madeira vão melhorar imenso o trabalho já conseguido.

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Foto 44

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Foto 45: Altura para se colar a peça 05 de 3mm que tem o leme delineado.

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Foto 45

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Foto 46: Notam-se as linhas longitudinais permitidas pela velatura aplicada logo no início e o plano para comparação.

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Foto 47: É o momento de com o molde da peça 15 e uma grosa de meia cana ajustarmos a extremidade do ½ painel de popa.

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Foto 47

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Foto 48: Corta-se o leme em MDF de 3mm que irá posteriormente ser colado sobre a peça 05.

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Foto 48

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Foto 49: A partir deste momento irei utilizar tapa poros muito liquefeito para dar dureza ao MDF e lixa de 80 ou 100 (grão) passando sucessivamente para média e fina chegando até ao número 600…! Irei também dando camadas sobre camadas de tapa poros.

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Foto 50: Mostra a primeira aplicação ainda húmida.

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Foto 50 .

O modelo depois de seco fica muito mais claro e o facto de continuar a aplicar tapa poros não o escurece consegue-se sim uma dureza desejável que permite um bom polimento antes de aplicar 2 ou três demãos de verniz sintético de cor como acabamento final.

O modelo depois de seco fica muito mais claro e o facto de continuar a aplicar tapa poros não o escurece consegue-se sim uma dureza desejável que permite um bom polimento antes de aplicar 2 ou três demãos de verniz sintético de cor como acabamento final.

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Foto 51

Foto 52: Com uma pequena tesoura recorta-se o folheado já colado, o mais próximo da periferia do ½ Casco

Foto 52

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Foto 54: Com uma pequena lima paralela para corte de metais aperfeiçoa-se o folheado colado ao convés.

Foto 54

Foto 55:O modelo em cima de um pequeno banco com tudo o que foi necessário nesta fase final.

Foto 55

Foto 56: Caso optemos por colocar na parede o Meio Casco sem placa de fundo, pinta-se a parte de traz para protecção e aparafusa-se sensivelmente ao meio um gancho de suporte tendo o cuidado em ficar oculto de modo a não se ver o prego ou escápula que o vai suspender.

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Foto 57: O nosso Nan já está colocado numa parede vendo-se em baixo na quilha a pequena placa com o nome.

Foto 57

Foto 58: Se por opção ou gosto pretendermos colocá-lo numa placa de fundo, começa-se por fazer um contorno em cartolina que depois é recortado.

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servirá para fazer 2 furos no Meio Casco terá que se ter em linha de conta a espessura da madeira para não furar o modelo de lado a lado…inutilizando o nosso modelo.

Foto 59

Foto 60

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Podem ver-se igualmente as ferragens bem como as ferramentas ainda a utilizar.

Foto 62

Foto 63: E o nosso modelo está pronto a decorar um local na nossa casa, podendo ficar montado numa parede como já vimos anteriormente ou numa estante com o auxilio de uma peanha.

Foto 63

Foto 64: A imaginação não tem limites, poderá montar-se nos modelos os mastros mostrando-os estilhaçados, evita-se uma placa de fundo larga e inestética…ficando-se a saber quantos possui o veleiro… também infra-estruturas e outros equipamentos podem ser aplicados, aproximando-se neste caso de uma meia maqueta

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Chegamos pois ao fim da nossa secção. Tenho a acrescentar que este “hobby” com os seus laivos artísticos torna-se obsessivo para quem o pratica.

Referências

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