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1) Pressupostos da responsabilidade civil: Conduta: ação ou omissão, própria ou alheia. Responsabilidade in vigilando e in eligendo.

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DIREITO CIVIL

DIREITO CIVIL PONTO 1: Pressupostos da responsabilidade civil

1) Pressupostos da responsabilidade civil:

Conduta: ação ou omissão, própria ou alheia. Responsabilidade in vigilando e in eligendo.  Dano: material, moral e estético.

 Nexo causal: teorias: da causalidade adequada/ imediata.

 Fator de atribuição/imputação: - culpa: gera responsabilidade subjetiva. A lei é o risco: objetiva.

►Nexo Causal:

O nexo causal é a relação entre a conduta (ação ou omissão) e o dano. A conduta é a causa e o dano é o efeito.

Há diversas teorias que buscam explicar a noção de nexo causal:

- Teoria das equivalências das condições:

Menciona que tudo o que de alguma forma proporcionar o dano seria causa. Não adotada pelo nosso sistema na área civil.

- Teoria da Causalidade adequada e Teoria da Causalidade Imediata:

Para essas teorias nem tudo o que contribui para o dano vai ser causa. Essas são as teorias aceitas no civil. Em algumas jurisprudências são adotadas como sinônimos, bem como alguns concursos, em especial federais.

- Teoria da Causalidade adequada:

Causa é aquela conduta (ação ou omissão) ou evento adequado suficiente para causar o dano.

Ex: alguém sofre um atropelamento e machuca a perna. É conduzido ao hospital e lá, em função de erro medico, acaba tendo lesão no braço.

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Por essa teoria separa-se o acontecimento em duas partes:

- quanto ao dano causado à perna da vitima, temos como causa o atropelamento, sendo o responsável quem deu causou ao atropelamento;

- quanto ao dano que a vitima experimentou em relação ao erro medico, responde o hospital ou médico e não o causador do atropelamento. Porque o atropelamento não teria sido causa suficiente adequada para gerar o dano no prazo da vítima.

- Teoria da Causalidade Imediata:

Na Teoria da Causalidade Imediata a causa é evento imediatamente anterior ao dano, de regra, gera o mesmo resultado prático da teoria da causalidade adequada.

No mesmo exemplo anterior: o atropelamento foi causa imediata do dano causado a perna da vítima. O atendimento médico foi a causa imediata ao dano causado ao braço da vítima.

No Código Civil não há uma idéia clara quanto a noção de nexo causal.

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

A causa geral do ato ilícito do art. 186 não é suficiente para demonstrar se utilizamos a teoria da causalidade adequada ou da causalidade imediata.

A doutrina e jurisprudência mencionam o art. 403, CC, referente a responsabilidade contratual, porém, é usado para responsabilidade civil em geral.

Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.

Esse artigo demonstra a utilização da teoria da causalidade imediata ou adequada.

- Teoria da causalidade alternativa: (bastante restrita).

Existindo mais de uma possível causa ao dano e não havendo condições efetivas de identificar qual delas gerou esse dano, é possível aceitar que todas elas serviram para causar esse dano.

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Teoria muita utilizada pelo STJ para questões ambientais. Ex1: havia poluição num rio com várias empresas ao seu redor que jogavam dejetos nele e mais de uma delas usava o agente poluidor que estava em excesso no rio. O STJ decidiu que todas aquelas empresas que trabalhavam com o produto químico tinham potencialidade de dar causa ao dano e responsabilizou as empresas solidariamente por esse dano.

Ex2: três empresas se sucederam no corte de árvores e havia uma determinação que algumas árvores específicas deveriam ser poupadas e foram cortadas, sem saber qual das empresas realizou esse corte. As três empresas foram responsabilizadas usando essa teoria.

Foi utilizada também na responsabilidade do direito do trabalho com relação a doenças ocupacionais. Ex: quando empregado trabalha em várias empresas e desenvolve uma doença ocupacional, não sabendo qual das empresas que proporcionou a doença, poderá ser responsabilizada as três empresas, pois não se sabe a causa que gerou a doença.

Essa teoria tem um viés no aspecto social. Não é a teoria oficialmente utilizada no nosso sistema, apenas em casos específicos.

Causas de exclusão da responsabilidade:

- Caso fortuito ou força maior:

Quando o evento danoso que causou dano à vitima por caso fortuito ou força maior, teremos afastado o dever de indenização, quer na responsabilidade contratual, quer na responsabilidade extracontratual.

O caso fortuito significa caso surpresa, não esperada, que não se encontra na linha norma de desdobramento de acontecimentos. Ex: situações ligadas a eventos climáticos.

A força maior se refere ao acontecimento que embora previsível, foge do controle das partes. Ex: seca no verão ou enchente no inverno no RS.

Nestas situações se afasta a importância da conduta e por conseqüência, se afasta o dever de indenização.

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No entanto, há alguns casos que temos que ter um cuidado maior quanto ao caso fortuito ou de força maior. Existem algumas situações onde determinada atividade tem um risco imanente ao seu desenvolvimento (órbita de risco). Deve-se verificar onde se insere o acontecimento em questão, se encontra dentro ou fora da órbita do risco.

Quando o acontecimento está dentro da órbita do risco diz-se há um caso fortuito interno. Não há exclusão da responsabilidade, do dever de indenização. Quando está fora da órbita de risco há um caso fortuito externo. Neste caso, é afastado o dever de indenizar.

Ex: Acidente aéreo. Raio atinge o avião e cai – risco dentro da atividade, não afasta o dever de indenização. Entretanto, se uma empresa aérea cancela o vôo porque o aeroporto de destino não é possível pousar – fora do risco da atividade, afasta-se o dever de indenização.

A questão não é pacifica.

- Culpa exclusiva da vítima:

A culpa exclusiva da vítima rompe o nexo causal, quer em casos de responsabilidade subjetiva, quer em caso de responsabilidade objetiva. Não há causa e efeito entre a conduta do autor e o dano experimentado pela vítima. Portanto, se afastas o dever de indenizar.

Não há previsão expressa no Código Civil, mas há no CDC a especificação de que a culpa exclusiva da vítima afastar o dever de indenização.

Exs: consumir consome medicamento em excesso, neste caso, o dano não será indenizado. O consumidor não utiliza adequadamente o produto e causa um dano – culpa exclusiva da vítima.

- Culpa concorrente da vítima: art. 945, CC.

Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.

Neste caso, poderá levar o julgador a reduzir proporcionalmente o valor da indenização, como a culpa é concorrente não afasta a indenização, apenas influência na sua redução.

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Nos Tribunais há uma longa discussão quanto ao atropelamento em rodovias, cabendo ao Juiz analisar no caso concreto o fato da vítima, andar à noite na rodovia e suas condições, contribuiu para o evento, o quanto contribui e se contribui.

- Legítima defesa: art. 188, CC. Art. 188. Não constituem atos ilícitos:

I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;

A legítima defesa é tratada no art. 188, no qual traz as situações que excluem a ilicitude. Assim, no direito civil a legitima defesa tem o mesmo efeito que ocorre na área penal (ilicitude).

Não há na área civil um conceito de legítima defesa, sendo um conceito do direito penal. Ou seja, o uso moderado dos meios adequados. Legítima defesa real.

Quando alguém reage a uma agressão injustiça, praticando atos de legítima defesa pratica ato lícito, é uma reação justa. Aquele que provocou a situação, não pode se queixar das conseqüências da legítima defesa.

Quando estamos diante da legítima defesa putativa ou imaginária, situação que alguém acredita, em função do contexto fático, que está sofrendo uma agressão e reage a esta agressão. Neste caso, haverá dano injusto, não afastando o dever de indenização.

O Erro na execução (aberratio ictus) é quando alguém ao reagir, praticar atos em legítima defesa, acaba de alguma forma criando um dano a terceiros. O terceiro sofre dano injusto, por isso, deve ser indenizado.

- Fato de terceiro:

O fato de terceiro rompe o nexo causal, serve de causa de exclusão da responsabilidade.

Ex: alguém é atropelado e um dano ao braço em razão de erro médico. A vítima demandar contra o condutor veículo os dois danos. O motorista vai alegar fato de terceiro, afastando o dever de indenização.

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Não tem previsão no Código Civil, apenas no CDC.

Ocorre que houve uma evolução da responsabilidade civil. A questão relativa a fato de terceiro criou dificuldade. O empregador responde pelos atos do os empregados, portanto, o empregado não pode ser terceiro.

Há a chamada de responsabilidade civil agravada, situação em que a responsabilidade civil é mais intensa. Ex: transporte de pessoas, o condutor vai trabalhar e dirige corretamente, porém, outro automóvel bate no ônibus. A empresa transportadora deve indenizar.

Há muita discussão quanto ao fato de terceiro. Ex: Um atirador entra no cinema e atira nas pessoas. O STJ mencionou ser fato de terceiro, afastado a responsabilidade do cinema e do shopping.

A questão do estacionamento cobrança - Súmula 130 STJ – A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento.

Quando há cobrança de estacionamento temos um contrato, neste caso o contrato gera a responsabilidade.

- Estado de necessidade: art. 188, II, CC.

Utilizamos o conceito penal: quando alguém na defesa de um bem jurídico de maior valor destrói um bem jurídico de menor valor.

Quem age em estado de necessidade pratica um ato licito, ou seja, exclui a ilicitude.

Porém, quem age em estado de necessidade, de regra, causa um dano injusto num bem jurídico alheio, consequentemente, não afasta o dever de indenização.

Ex: alguém trafegando numa rua de tráfego intenso e uma criança atravessa a rua. Para evitar atropelamento, joga o carro contra muro, causando dano. Deverá indenizar o dano.

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DIREITO CIVIL

É possível aquele que praticou atos em estado de necessidade exercer regresso contra quem deu causa a situação de risco. Mas dependerá do contexto fático.

É possível que na prática do estado de necessidade afaste o dever de indenizar quando a situação de perigo foi criada por quem sofreu a lesão ao seu bem jurídico. Ex: vizinho coloca fogo no pátio, pega na minha casa e saio correndo e quebro a janela dele para me salvar. Neste caso, não preciso indenizá-lo.

Art. 188. Não constituem atos ilícitos:

II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.

Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.

Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.

- Cláusula de não indenizar:

Afasta o dever de indenização.

Só utilizada nos casos de responsabilidade contratual.

Casos em que não se aceitam a sua inserção:

- Direito do consumidor: sempre que estivermos em frente a relação de consumo a cláusula de não indenizar será nula de pleno direito. (art. 51, I1

, CDC).

- Nos contratos de adesão: consolidou-se na jurisprudência o entendimento de nulidade dessa cláusula, devida a técnica de adesão. (Art. 4242, CC).

1 Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:

I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;

2 Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da

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DIREITO CIVIL

- Nos contratos nos quais o dever de indenização faz parte da natureza do contrato: Neste caso a cláusula de indenizar será tida como não escrita. Ex: contratos de transportes. A obrigação assumida é de resultado.

Súmula 161 STF (no Código atualmente): Em contrato de transporte, é inoperante a cláusula de não indenizar.

A cláusula de não indenizar é aceita nos contratos que não são de consumo, nem de adesão e ainda não forem da essência do contrato a presença do dever de indenizar.

Ex: uma relação entre dois empresários. Um empresário visita o estabelecimento do outro empresário. Chega ao depósito e visualiza um maquinário parado e propõe que o dono do estabelecimento venda para ele, o qual não sabe o estado da máquina. Assim, firma um contrato com a cláusula de não indenização.

►Fator de atribuição/imputação:

Tem um papel especial no nosso sistema (CCB/02). Pois o Código cuida de casos de culpa e casos de risco.

O motivo para atribuir a alguém a responsabilidade pode ser a culpa - responsabilidade aquiliana é a responsabilidade por ato ilícito. (art. 186 + art. 927, caput, CC).

Outro fator de responsabilização é a lei ou o risco da atividade. (art. 927, parágrafo único e art. 931, CC).

- A culpa: art. 186 + art. 927, caput, CC É a culpa em sentido amplo, dividida em: - dolo (direito penal/intenção);

- culpa em sentido estrito (representa uma falha de dever de conduta adequada e prudente).

Essa culpa em sentido estrito se divide em: - negligência: falta de cuidado.

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Essa divisão entre negligência e imprudência não tem muita relevância para o direito civil, gerando o mesmo efeito, ou seja, o reconhecimento da responsabilidade subjetiva.

- imperícia: falha profissional. Quando alguém tem um erro numa atuação específica de sua profissão. Essa expressão não está expressa no Código Civil e sim implícita.

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

A culpa é um elemento do suporte fático, devendo ser verificada para ocorrer a atribuição da responsabilidade.

De regra, na área civil, não interessa o grau de culpa (leve, grave, gravíssima) e sim a extensão do dano experimentado pela vítima. Excepcionalmente, pela utilização do art. 944, parágrafo único3

, CC, o Juiz poderá levar em consideração o grau do culpa se tiver uma desproporção entre ele e a extensão do dano causado à vítima.

A culpa, em regra, deve ser provada pela parte autora ou pela inversão do ônus da prova. Alguns autores chamam de culpa provada. Excepcionalmente, temos a culpa presumida, como exemplo padrão: a responsabilização da atividade médica nas obrigações de resultado.

No nosso sistema o art. 14, §44 do CDC, temos a discussão da culpa. Quando um profissional liberal causa um dano ao consumidor a responsabilidade será subjetiva. Se for obrigação de meio de responsabilidade da atividade médica, por exemplo, teremos a necessidade de prova da culpa, salvo se houver a inversão do ônus da prova. Desde que o médico não assuma a obrigação de trazer a cura ao paciente e sim ministrar os meios adequados para a possibilidade de cura.

3 Art. 944, Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir,

eqüitativamente, a indenização.

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Em alguns casos a obrigação médica é tida como obrigação de resultado. Como, por exemplo, a responsabilidade médica na cirurgia plástica embelezadora. Neste caso, o medico assume a obrigação de resultado, sem deixar de se responsabilidade subjetiva, porém com a culpa presumida, cabendo ao médico fazer a prova de que não houve culpa desse agir dele nessa relação de consumo.

- Lei:

Temos a responsabilidade fundada na lei e no risco. Neste caso, a culpa não é elemento no suporte fático, sendo a existência de culpa irrelevante.

O art. 9325

c/c art. 9336

do CC representam casos de responsabilidade objetiva criada pela lei.

Às vezes, a lei imputa à alguém responsabilidade sem sequer fazer aferição a culpa, é a responsabilidade objetiva. Por exemplo, art. 9367

, CC. Trata-se de uma situação de imputação de atribuição de responsabilidade e objetiva por determinação da lei, onde a existência da culpa é irrelevante para o direito civil.

O art. 9378

, CC, trata-se de responsabilidade objetiva, porque a culpa não é elemento do suporte fático. Mais uma situação que a lei estabelece essa imputação de responsabilidade.

Outro exemplo é o art. 9389

, CC, basta habituar no prédio que se tem responsabilidade sobre os danos por ele causados. A culpa não é elemento do suporte fático.

5 Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;

III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;

IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;

V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.

6 Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos

atos praticados pelos terceiros ali referidos.

7 Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.

8 Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos,

cuja necessidade fosse manifesta.

9 Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em

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Quando o Código Civil atribuir alguém o deve de indenizar, não é preciso culpa. É a responsabilidade objetiva. Se quiser estabelecer a responsabilidade subjetiva irá colocar no tipo normativo a presença do elemento culpa.

- Risco da atividade - art. 927, parágrafo único e art. 931, CC: O risco da atividade pode ocasionar a responsabilidade objetiva.

Atualmente, há a seguinte lógica do risco da atividade: quem tem o bônus tem o ônus. Quem atua no mercado buscando um retorno financeiro vai ter um risco que atividade proporciona no mercado.

Art. 927, Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.

O exemplo padrão que se tem de responsabilidade objetiva fundada no risco encontra-se no direito do consumidor, encontra-sendo esta a regra geral.

A ideia desenvolvida no mercado eu gera risco, há responsabilidade independente de culpa. Entretanto, podemos eventualmente ter a discussão de culpa quando envolve esse tipo de responsabilidade, porque a responsabilidade pelo tipo de atividade é MITIGADA. Pois a empresa pode provar culpa exclusiva da vitima, excluindo o dever de indenizar.

Nota-se que se difere dos casos de responsabilidade objetiva pura ou responsabilidade pelo risco integral não aceitam clausulas de exclusão de culpa em nenhuma hipótese. Temos isto, com relação a responsabilidade estatal por eventual dano nuclear. Não há possibilidade de caso fortuito ou forca maior excluir essa responsabilidade.

A responsabilidade do Código Civil é a responsabilidade objetiva mitigada, pois o CC ao fixar regras sobre indenização no art. 944 e seguintes traz a possibilidade de culpa concorrente da vitima, sem fazer distinção do tipo de responsabilidade. Essa responsabilidade

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objetiva pura é específica para os danos nucleares ou para questões relacionadas com o direito ambiental.

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