Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha
ISSN: 1665-0204
rebasa@hmo.megared.net.mx
Asociación Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, S.C.
México
Pereira Bomfim, Marinês; Dias, Nilma Oliveira; Vilas Bôas Souza, Ivan; Rebouças São José, Abel; de Moura Pires, Mônica
PRODUÇÃO, CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DA PINHA (Annona squamos L.) EM FUNÇÃO DO NÚMERO DE FRUTOS POR PLANTA
Revista Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, vol. 15, núm. 1, 2014, pp. 1-6 Asociación Iberoamericana de Tecnología Postcosecha, S.C.
Hermosillo, México
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Produção, características físico-químicas da… Marinês Pereira Bomfim y cols. (2014)
PRODUÇÃO, CARACTERÍSTICAS FÍSICO-‐QUÍMICAS DA PINHA (Annona
squamosa L.) EM FUNÇÃO DO NÚMERO DE FRUTOS POR PLANTA
Marinês Pereira Bomfim
1, Nilma Oliveira Dias
2, Ivan Vilas Bôas Souza
3, Abel Rebouças São
José
4, Mônica de Moura Pires
51Doutora. Biofábrica, UESB, Estrada do Bem Querer, Km 04, Caixa Postal 95, Vitória da Conquista-‐BA. CEP 45083-‐900. E-‐mail: mpbfito@gmail.com; 2Doutoranda em Agronomia. Biofábrica, UESB, Estrada do Bem Querer, Km 04, Caixa Postal 95, Vitória da Conquista-‐BA. CEP 45.083-‐900. E-‐mail: nodias@gmail.com; 3Doutorando em Agronomia. Biofábrica, UESB, Estrada do Bem Querer, Km 04, Caixa Postal 95, Vitória da Conquista-‐BA. CEP 45.083-‐900. E-‐mail: ivanvbsouza@gmail.com; 4Professor Phd. Biofábrica. DFZ/UESB, Estrada do Bem Querer, Km 04, Caixa Postal 95, Vitória da Conquista-‐BA. CEP 45.083-‐900. E-‐mail: abeljose3@gmail.com; 5Doutora. DCEC/MERPP/UESC, Rodovia Jorge Amado, Km 16, Salobrinho, Ilhéus, BA, CEP 45.662-‐900. E-‐mail: mpires@uesc.br.
Termos para indexação: Annonaceae, fruta do conde, qualidade, raleio, rentabilidade.
RESUMO
O objetivo deste estudo foi determinar o efeito do desbaste de frutos sobre a produção e as características físico-‐químicas da pinha. O experimento foi conduzido na Fazenda Frutapão Agropecuária, localizada no município de Tanhaçu, região Sudoeste do Estado da Bahia. Foram realizados cinco tratamentos, distribuídos em blocos casualizados, com quatro repetições e três plantas úteis por parcela experimental: T1 – Número de frutos por planta equivalente a 10% do número de ramos; T2 – Número de frutos por planta equivalente a 20% do número de ramos; T3 – Número de frutos por planta equivalente a 30% do número de ramos; T4 – Número de frutos por planta equivalente a 40% do número de ramos; T5 – Número de frutos por planta equivalente a 50% do número de ramos. O experimento foi realizado no período de fevereiro a julho de 2004. Foram avaliadas as características físico-‐químicas dos frutos para dois estádios de maturação, um no ponto de colheita e o outro no ponto de consumo, e a rentabilidade da produção. Os dados coletados para as características físicas foram: número de sementes, porcentagem de polpa, casca, talo central e sementes. Para as características químicas considerou-‐se: teor de sólidos solúveis totais, acidez total titulável e relação sólidos solúveis/acidez. Os resultados permitiram concluir que a operação de desbaste de frutos da pinheira não influenciou nas suas características físico-‐químicas. Plantas com 30% dos ramos com frutos propiciou maior rentabilidade.
PRODUCTION, PHYSICOCHEMICAL CHARACTERISTICS OF SUGAR APPLE (Annona squamosa
L.) IN RELATION TO THE NUMBER OF FRUITS PER PLANT
Index terms: Annonaceae, custard apple, quality, thinning, profitability.
ABSTRACT
The purpose of the present study was to determine the influence of fruit thinning on production and physicochemical properties of sugar apple. The experiment was carried out at Frutapão Agropecuária Farm, located in the municipality of Tanhaçu, southwestern region of Bahia State, Brazil. The region presents a semi-‐ arid climate with annual temperature average of 23 ºC; maximum 29 ºC and minimum 19 ºC. Five treatments were distributed in a randomized blocks with four replications with three plants per plot: T1 -‐ fruit number per plant was 10% of the number of branches; T2 -‐ 20% of the number of branches; T3 -‐ 30% of the number of branches; T4 -‐ 40% of the number of branches; T5 -‐ 50% of the number of branches. The characteristics were evaluated in two maturation stages. It was also considered the profitability of production among the treatmens. The determined characteristics were the following: percentage of pulp, peel, central peduncle and seeds;
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number of seeds per fruit soluble solids, titratable acidity and ratio. The following physiochemical characteristics were not affected by number of fruits per plant. Plants presenting 30% of fruit in relation to number of branches promoted higher profitability.
INTRODUÇÃO
A pinha (Annona squamosa L.), também conhecida como fruta-‐do-‐conde ou ata, é uma das representantes da família das anonáceas de maior importância econômica no Brasil, sendo consumida basicamente como fruta-‐ fresca o que implica na exigência do mercado por frutos de alta qualidade, o que inclui, além das características organolépticas, o tamanho e aspecto visual do fruto.
A qualidade do fruto produzido está relacionada aos diversos aspectos da cadeia produtiva como tratos culturais, colheita, embalagem e transporte. No Estado da Bahia o nível tecnológico adotado nas lavouras é bem diferenciado, sendo que a maior quantidade produzida é oriunda da agricultura familiar, de médios produtores e em menor parte de grandes produtores. De acordo com Silva et al. (2007a), o cultivo da pinha sob condições de irrigação e manejo adequado em regiões de clima semiárido, possibilita a colheita ao longo de todo ano. No entanto, para que isso ocorra, os cultivos são altamente tecnificados, uso intensivo de insumos e mão-‐ de-‐obra, utilização da poda a fim de escalonar a produção. Sob tais condições a cultura se revela de grande importância do ponto de vista socioeconômico, impulsionando a economia local, especialmente em áreas à margem do processo de desenvolvimento. Dentre as técnicas empregadas a fim de obter sucesso na cultura, recomenda-‐se o desbaste dos frutos. Para Souza et al. (2012), o excesso de frutificação gera inúmeros problemas à planta, pois resulta em frutos de menor tamanho e que, normalmente, atingem menor preço no mercado.
Considerando a importância que o desbaste de frutos representa para a qualidade dos frutos na cultura da pinheira, o presente trabalho teve como objetivo determinar o efeito do número de frutos por
planta pode exercer nas suas características físico-‐químicas e na produção, do ponto de vista da rentabilidade.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido durante o período de fevereiro a julho de 2004 em um pomar comercial de pinheiras, irrigado por microasperssão, localizado no município de Tanhaçu, Bahia, onde predomina o clima semiárido, com temperatura média anual de 23°C; nas coordenadas cartográficas de: 13º58’40,4” latitude Sul e 41º16’42,1” longitude Oeste de Greenwich.
Foram utilizadas 60 plantas úteis, com três anos de idade, originadas de mudas de pé franco, apresentando em média 1,20 m de altura; 0,86 m de diâmetro de copa e 0,041 m de diâmetro de tronco a 0,05 m acima do solo, sendo plantadas em espaçamento de 7,0 x 3,5 m.
Foram estudados cinco tratamentos, distribuídos em blocos casualizados, com quatro repetições e três plantas úteis por parcela experimental, os quais foram determinados após a operação de poda e estão descritos a seguir:
T1 -‐ Planta com 10% de frutos em relação aos ramos produtivos;
T2 -‐ Planta com 20% de frutos em relação aos ramos produtivos;
T3 -‐ Planta com 30% de frutos em relação aos ramos produtivos;
T4 -‐ Planta com 40% de frutos em relação aos ramos produtivos;
T5 -‐ Planta com 50% de frutos em relação aos ramos produtivos;
Para a instalação dos tratamentos, foi realizada a poda com desfolha manual dos ramos que foram deixados com 0,20 m de comprimento e diâmetro mínimo de 0,006 m, eliminando-‐se os demais. Foi determinado o total de ramos em cada planta e calculou-‐se o percentual de frutos a ser deixado em relação
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ao número de ramos produtivos de cada planta.
Os tratos culturais como controle de pragas, adubação e polinização artificial adotados foram os usualmente empregados pelo agricultor.
Para as avaliações, os frutos foram colhidos, pesados e medidos individualmente no local do experimento, sendo doze frutos previamente etiquetados e encaminhados ao Laboratório de Biotecnologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
Nas análises das características físico-‐ químicas foram determinados dois estádios de maturação, um na colheita e outro no consumo do fruto.
A massa dos frutos foi obtida com a pesagem, utilizando-‐se uma balança de precisão (0,1g). O número médio de sementes por fruto foi determinado contando-‐se as sementes dos frutos utilizados nas análises. Para se determinar a porcentagem de casca, polpa, semente e talo central (receptáculo) dos frutos de pinheira, nos dois estádios de maturação, foram tomados como amostra para cada um deles, o peso médio de seis frutos por parcela, determinando-‐se o índice percentual de cada um dos componentes.
O teor de sólidos solúveis foi determinado através de refratômetro de campo, à temperatura de 20oC, cuja leitura foi realizada
diretamente no aparelho.
A determinação da acidez titulável foi realizada conforme recomendação do Instituto Adolfo Lutz (1985). A relação entre sólidos solúveis e acidez foi determinada através de uma divisão do teor de sólidos solúveis totais pela acidez das amostras.
Os frutos colhidos foram classificados quanto ao tipo de comercialização que varia do tipo 8 ao tipo 18, no presente estudo foi acrescentado o tipo 21 devido a grande quantidade de frutos pequenos que não eram classificados na tabela padrão. Para determinação das receitas geradas no ensaio o preço da caixa de pinha foi estimado pelo
índice da CEAGESP, tomando como base o preço da época de colheita do experimento, sendo o maior valor atribuído para o menor tipo (tipo 9 -‐ frutos maiores) e decrescendo à medida que aumentava o tipo (tipo 21 -‐ frutos menores) (Souza et al., 2012).
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, com a utilização do Programa ESTAT – Sistema para Análise Estatística, desenvolvido pela UNESP – FCAV – Campus de Jaboticabal-‐SP. Para a comparação de suas médias, utilizou-‐se o Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados para a composição física dos frutos de pinha relacionados à porcentagem de polpa, casca, talo central e sementes estão apresentados nas Tabelas 1 e 2. Não foi observada diferença significativa entre os tratamentos para os dois estádios avaliados (ponto de colheita e ponto de consumo), indicando que o número de frutos por plantas de acordo com os tratamentos estabelecidos, não influenciou tais características.
Em relação ao percentual de casca, foram encontrados diferentes resultados: 50,74 a 53,87% (Silva, et al., 2007a); 43,8 a 48,5% (Silva, et al., 2007b), esses percentuais variaram entre 38,8% e 53,87%. Já (Neves; Yuhara, 2003) estudando quatro cultivares de atemóia encontraram 28,3 a 48,9%. Neste trabalho, as médias obtidas foram entre 42,92 e 44,27%, estando portanto, no intervalo dos autores citados.
Os estudos que avaliaram a porcentagem da polpa, também apresentaram resultados variados: Sousa et al. (2006) de 52.2 a 66,8% e Pereira et al. (2009) de 34,1 a 40,2%. Neste ensaio, em média, a porcentagem de polpa obtida foi de 45,70% para frutos em ponto de colheita e 48,12% para os frutos maduros, resultados esses dentro do intervalo de 34,1% a 66,8% dos trabalhos citados.
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Tabela 1 -‐ Porcentagem da composição dos frutos de pinha no ponto de colheita. Tanhaçu-‐BA, 2004.
Trat. Casca Polpa Sem. Talo Total 1 (10%) 44,29 a 46,68 a 6,85 a 2,20 a 100,02 2 (20%) 47,68 a 42,72 a 6,38 a 3,22 a 100,00 3 (30%) 39,41 a 48,96 a 8,16 a 3,47 a 100,00 4 (40%) 43,31 a 45,67 a 7,19 a 3,84 a 100,01 5 (50%) 46,67 a 44,46 a 7,18 a 1,70 a 100,01 Média 44,27 45,70 7,15 2,89 100,00 CV (%) 12,83 13,52 14,93 37,86
Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem entre
si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey.
Tabela 2 -‐ Porcentagem da composição de frutos de pinha no ponto de consumo. Tanhaçu-‐BA, 2004.
Trat. Casca Polpa Sem. Talo Total 1 (10%) 40,68 a 51,48 a 6,36 a 1,49 a 100,01 2 (20%) 43,60 a 46,31 a 8,51 a 1,59 a 100,01 3 (30%) 42,99 a 48,66 a 6,98 a 1,37 a 100,00 4 (40%) 41,89 a 50,11 a 6,87 a 1,13 a 100,00 5 (50%) 45,42 a 44,06 a 9,18 a 1,35 a 100,01 Média 42,92 48,12 7,58 1,38 100,00 CV (%) 8,76 7,38 17,43 24,13
Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey.
A média percentual das sementes nos frutos de pinha obtida neste ensaio foi de 7,15% para frutos no ponto de colheita e de 7,58% para os maduros com uma média geral de 7,37%, esses percentuais são próximo aos obtidos por Silva et al. (2007a) de 7,69%. As variações obtidas entre os diferentes autores para as porcentagens de casca e polpa, semente e talo central devem estar associadas às diferentes épocas do ano, condições edafoclimáticas, manejo do pomar, estádio de maturação dos frutos, além da variabilidade genética proporcionada pela propagação da pinheira que ocorre via seminífera.
O número médio de sementes não apresentou diferença estatística entre os tratamentos avaliados, obtendo-‐se em média 67,80 sementes, com uma variação de 66,05 a 69,55 (Tabela 3). Estes resultados são semelhantes aos de Silva et al. (2007a),
também para condições de clima semiárido da Bahia com médias entre 63 e 66,29. Diferentes valores foram obtidos por Sousa et al. (2006) com número de sementes entre 28,00 e 81,75 e por Cavalcante et al. (2011) com médias entre 11 a 47. Tais variações podem ser explicadas tanto pelos métodos e eficiência de polinização quanto pela variabilidade genética, pois os autores citados trabalharam com seleção de genótipos.
Tabela 3 -‐ Número médio de sementes em frutos de pinha no ponto de colheita e maduros. Tanhaçu-‐BA, 2004.
Trat. Ponto de
colheita Maduros Média 1 (10%) 61,00 a 67,25 a 64,13 2 (20%) 68,50 a 72,25 a 70,38 3 (30%) 80,50 a 58,00 a 69,25 4 (40%) 67,00 a 63,50 a 65,25 5 (50%) 70,75 a 69,25 a 70,00 Média 69,55 66,05 67,80 CV (%) 16,51 13,27
Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey.
Dados da composição química dos frutos em relação ao seu ponto de colheita e consumo estão apresentados na Tabela 4. Obteve-‐se uma média geral para sólidos solúveis totais de 3,05 ºBrix e 18,78 °Brix para frutos em ponto de colheita e consumo respectivamente, para a acidez os resultados foram de 0,16% e de 0,20 %, respectivamente. Esses valores não diferiram significativamente a 5% de probabilidade pelo teste Tukey, indicando que os tratamentos avaliados não influenciaram nos seus teores, com exceção da acidez no ponto de colheita que apresentou maior percentual no tratamento com 10% de frutos (T1) e menor para o T5, sendo que só diferiram entre si, não ocorrendo diferença entre cada um e os demais tratamentos estudados.
Para o teor de sólidos solúveis, os valores foram inferiores aos determinados por Silva et al. (2007a), Pereira et al. (2009), Cavalcante et al. (2011), Marcellini et al. (2003) que ficaram
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entre 25,10 e 27,71 °Brix; 27,4 e 28,7 °Brix; 15,3 e 22,8° Brix, 27,53° Brix, respectivamente. Tais variações podem ser explicadas pela época de colheita ocorrer em períodos diferentes, pelos locais de condução dos ensaios experimentais e pelo estádio de maturação em que foi realizada a análise. Silva e Muniz (2011) e Silva et al. (2009) também constataram que o teor de sólidos solúveis da atemóia aumentou durante o tempo de armazenamento dos frutos no ponto de colheita até o ponto de consumo.
No estudo da acidez a variação no teor entre os frutos no ponto de colheita e maduros foi de 0,04%, levando a crer que esta característica não é muito variável em relação ao estádio do fruto, desde que os mesmos estejam fisiologicamente maduros.
Na análise de relação sólidos solúveis/acidez, obteve-‐se uma média geral de 93,90 com uma variação de 86,95 (T5) a 97,11 (T2), sendo esses valores menores do que a média geral obtida por Sousa et al. (2006) (106,75). Todavia, os mesmos encontraram
valores inferiores com um mínimo de 43,3 em diferentes genótipos avaliados, que podem ser explicados pelo estádio de maturação em que os frutos foram analisados, a região do experimento e o período de colheita.
Analisando a produção dos frutos nos diferentes tratamentos não foi observada diferença significativa entre os mesmos. Pode-‐ se comprovar que a produção apresentou-‐se crescente à medida que se aumentava a percentagem de frutos por planta, em contrapartida a rentabilidade diminuía, pois o quanto maior tamanho do fruto maior era o preço pago pelo mercado ao produto (Tabela 5) (receita bruta menos as despesas de colheita, classificação, embalagem e transporte; considerando as demais despesas iguais para todos os tratamentos). Observou-‐ se que nas plantas com 30% de frutos dos ramos produtivos (T3) propiciavam maior receita ao produtor, auferindo maior lucratividade quando comparada aos demais tratamentos.
Tabela 4 -‐ Teor médio de sólidos solúveis totais (SST), acidez e relação SST/acidez dos frutos de pinha no ponto de colheita e maduro. Tanhaçu-‐BA, 2004.
Trat.
Sólidos solúveis totais (º Brix)
Acidez
(% de ácido cítrico) SST/Acidez
Ponto Colheita Maduro Ponto Colheita Maduro Ponto Colheita Maduro 1 (10%) 3,45 a 17,25 a 0,18 a 0,18 a 19,17 95,83 2 (20%) 2,78 a 18,45 a 0,16 ab 0,19 a 17,38 97,11 3 (30%) 2,92 a 19,70 a 0,16 ab 0,21 a 18,25 93,81 4 (40%) 2,43 a 20,22 a 0,16 ab 0,23 a 15,19 87,91 5 (50%) 3,66 a 18,26 a 0,15 b 0,21 a 24,40 86,95
Média 3,05 18,78 0,16 0,20 19,06 93,90
CV (%) 21,18 12,18 9,22 26,08
Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo Teste de Tukey.
Tabela 5 -‐ Rentabilidade (R$) da cultura da pinha em caixas por hectare. Tanhaçu-‐BA, 2004.
Trat. Tipo 8 9 12 15 18 21 Total
1 (10%) 25,20 497,70 401,20 146,30 1,30 (0,70) 1.071,00 2 (20%) -‐ 352,80 548,70 485,10 3,90 (11,90) 1.378,60 3 (30%) -‐ 617,40 466,10 592,90 11,70 (44,80) 1.643,30 4 (40%) -‐ 258,30 365,80 908,30 19,50 (51,80) 1.500,10 5 (50%) -‐ 44,10 64,90 904,75 33,80 (93,80) 953,75
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CONCLUSÃO
De acordo com as condições analisadas, as características físico-‐químicas da pinha não foram influenciadas pelo desbaste de frutos da pinheira. Pode-‐se inferir que o desbaste ótimo, é de 30% de frutos em relação ao número de ramos produtivos.
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