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Curso: Legislação Ambiental Aplicado a Implantação de Parques Eólicos Exercício Capítulo 3. Aluno: Vinicius Nóbrega

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Academic year: 2021

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Curso: Legislação Ambiental Aplicado a Implantação de Parques Eólicos Exercício – Capítulo 3

Aluno: _________Vinicius Nóbrega _______________________________

1) Abaixo seguem cinco reportagens extraídas do “www.estadão.com.br” que apontam crimes ambientais variados. Leia as reportagens e enquadre-as, caso possível, na Lei nº 9.605 de fevereiro de 1998 (que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências).

(2)

a)

Mulher matava e ensacava gatos e cachorros na Vila Mariana

Polícia foi acionada por um detetive contratado por ONGs que receberam denúncias de moradores

13 de janeiro de 2012 | 4h 29 - http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,mulher-matava-e-ensacava-gatos-e-cachorros-na-vila-mariana,822202,0.htm

Ricardo Valota, do estadão.com.br

SÃO PAULO - Uma mulher identificada como Dalva Lima da Silva, de 43 anos, foi presa no final da noite de quinta-feira, 12, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, acusada de maus-tratos contra animais e crime contra a natureza. Pelo menos 33 animais, entre gatos e cachorros, foram encontrados mortos dentro de sacos de lixo, um deles na calçada, em frente à casa da vizinha da acusada.

Há 20 dias, organizações não-governamentais (ONGs) protetoras dos animais contrataram um detetive particular após receberem denúncia de pessoas que entregavam os cães e gatos, encontrados na rua, para Dalva, que prometia cuidar dos bichos.

Desconfiados de que ela estava matando os animais, estas pessoas resolveram denunciá-la às ONGs. Os sacos de lixo contendo os animais mortos, segundo a polícia, eram colocados na porta das casas vizinhas, junto ao demais sacos, para não levantar suspeita. Tudo era levado pelo caminhão de coleta de lixo.

Por volta das 23 horas desta quinta-feira, 12, o detetive testemunhou Dalva deixando um saco plástico em frente à casa vizinha. Policiais militares da 3ª Companhia do 11º Batalhão foram acionados e detiveram a acusada, que foi encaminhada para o plantão do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), no centro da capital. Na casa dela, os policiais encontraram mais sacos e sedativos, que ela dava aos animais antes de matá-los. Há suspeita de que ela também realizava rituais religiosos porque o sangue dos bichos era retirado.

Durante depoimento, segundo um dos policiais civis, a mulher, que não aparentava nenhum sinal de distúrbio mental, chegou a contar várias histórias diferentes.

Ela assinou termo circunstanciado de crime ambiental, podendo ser processada e condenada a uma pena de 3 meses a um ano de prisão.

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Em se tratando de matar cães e gatos, que são animais domésticos, a senhora Dalva Lima da Silva deve ser enquadrada de acordo com a lei 9.605/98 em seu 32º artigo que diz: Art. 32: Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:

Pena: detenção, de três meses a um ano, e multa.

(3)

Como aconteceu a morte dos animais, esta pena deve ser aumentada.

Pena mínima: 3 meses mais um sexto da pena, totalizando 3 meses e quinze dias de detenção. Além da multa.

Pena máxima: 12 meses mais um terço da pena, totalizando 16 meses de detenção. Além da multa.

Portanto a senhora Dalva Lima da Silva deveria cumprir pena de 3 meses e quinze dias a 16 meses de detenção, além da multa a ser calculada.

(4)

b)

PF prende 40 acusados de crime ambiental em MT

28 de maio de 2008 | 15h 58 - http://www.estadao.com.br/noticias/geral,pf-prende-40-acusados-de-crime-ambiental-em-mt,179629,0.htm

ELVIS PEREIRA - Agencia Estado

A Polícia Federal (PF) prendeu até o início da tarde de hoje 40 acusados de envolvimento em um esquema de extração ilegal de madeira na Reserva Indígena Vale do Guaporé, no Mato Grosso. Entre os presos estão dois policiais rodoviários federais, um policial militar, o chefe da fiscalização da Secretaria do Estado do Meio Ambiente (Sema) e três servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai), dos quais um seria índio.

A operação, intitulada Caipora, foi iniciada hoje. Ao todo, foram expedidos 47 mandados de prisão e 54 de busca e apreensão. Eles estão sendo cumpridos em Vilhena (Rondônia) e nas cidades mato-grossenses de Cuiabá, Cáceres, Pontes e Lacerda, Nova Lacerda, Conquista D''Oeste e Comodoro. Os suspeitos poderão ser indiciados por prevaricação, formação de quadrilha, extração ilegal de madeira, furto qualificado, receptação e corrupção ativa e passiva.

Segundo a PF, para desmatar a área, os criminosos aliciavam índios e subornavam servidores. Os índios receberiam carros, motocicleta e alimentos para permitir a exploração da reserva. Quantos aos policiais e funcionários da Funai e da Sema, caberia o papel de fazer vista grossa ao esquema e alertar os madeireiros sobre possíveis ações de fiscalização na área. Os donos de fazenda na região também são investigados, pois autorizariam que os madeireiros utilizassem suas terras como rota de acesso ao Vale e depósito das madeiras extraídas.

A PF estima que 5.888 hectares tenham sido desmatados, o equivalente a 71 mil campos de futebol. Ou seja, 5% dos 245.871 hectares da área total da reserva. De acordo com a PF, esses dados se referem a áreas visualizadas por satélites e não incluem o desmate seletivo. Portanto, suspeita-se que a área devastada seja muito maior.

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Além dos vários crimes comuns, existe o crime ambiental de extração ilegal de madeira e os crimes contra a administração ambiental.

1) Crime de extração ilegal de madeira. Os acusados de envolvimento neste crime podem ser enquadrados nos artigos 38, 39 e 40 da lei 9605/98:

Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da autoridade competente:

(5)

Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto 99.274. de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

O artigo 40 será aplicado se a Reserva Indígena Vale do Guaporé for considerada uma Unidade de Conservação.

2) Crime contra a Administração Ambiental. Os funcionários públicos envolvidos com a administração ambiental podem ser enquadrados nos artigos 68 e 69:

Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano, sem prejuízo da multa.

Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambientais:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

A cada funcionário público deve ser analisado o grau de envolvimento com a referida “vista grossa” e com os alertas indevidos de fiscalização.

(6)

c)

PF apreende mais de 200 canários da terra no aeroporto de

Fortaleza

Homem preso confessou que receberia R$ 1 mil pelo transporte das aves

23 de agosto de 2011 | 11h 08 - http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,pf-apreende-mais-de-200-canarios-da-terra-no-aeroporto-de-fortaleza,762467,0.htm

Solange Spigliatti - estadão.com.br

SÃO PAULO - Mais de 200 pássaros da fauna brasileira, da espécie canário da terra, foram apreendidos na manhã desta segunda-feira, 22, no Aeroporto Internacional de Fortaleza, no Ceará. Um homem de 51 anos foi detido.

No interrogatório, o preso declarou que foi contratado em Recife para transportar os canários de Manaus, no Amazonas, para Fortaleza e que receberia a quantia de R$ 1 mil pelo transporte e entrega no Aeroporto de Fortaleza.

O envolvido responderá na Justiça Federal por crime ambiental. Os pássaros foram apreendidos e encaminhados para o Centro de Triagem do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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Este homem, ao transportar espécies da fauna silvestre sem autorização de órgão competente, deve ser enquadrado no 3º parágrafo do 29º artigo da lei 9.605/98 que diz: Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:

§ 1º. Incorre nas mesmas penas:

III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.

Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.

Portanto este homem pode ser processado e condenado a uma pena de 6 meses a um ano, além da multa.

(7)

d)

Pescador é multado por crime ambiental em MS

21 de outubro de 2011 | 17h 54 - http://www.estadao.com.br/noticias/geral,pescador-e-multado-por-crime-ambiental-em-ms,788635,0.htm

PRISCILA TRINDADE - Agência Estado

A Policia Militar Ambiental autuou em R$ 12 mil um pescador profissional por construir em área de preservação, no Rio Paraguai, em Mato Grosso do Sul, na tarde de ontem. O pescador construiu um rancho de pesca dentro da área de vegetação, no distrito de Albuquerque.

Com ele também foram encontradas munições de armas de caça, crânio e fotos de animais silvestres abatidos. Ao todo foram apreendidas 55 munições calibre 22 e 11 cartuchos de espingarda calibre 16, que normalmente são utilizadas em caça.

O pescador foi conduzido para a delegacia da Polícia Civil de Corumbá, onde foi multado e autuado em flagrante por crime ambiental e posse ilegal de munições. Se condenado, a pena pode chegar a sete anos de detenção.

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Este homem cometeu vários crimes ambientais. São vários artigos que podem enquadrá-lo em crimes ambientais.

1) Um dos crimes foi construir estabelecimento de pesca sem autorização. Eis a íntegra do artigo 60 com meus destaques em negrito:

Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. O Rancho de pesca pode se caracterizar como um potencial poluidor, pois a presença de vários pescadores pode poluir o ambiente. E a pesca sem regulamentação pode afetar a interação entre o rio, vegetação e peixes. A pena aplicada pode ser a multa ou a detenção de um a seis meses.

2) Outro crime é o de caçar animais silvestres.

Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:

Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.

§ 5º. A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional.

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A autoridade competente deve investigar se o pescador é também um caçador profissional, pois neste caso a pena é aumentada até o triplo.

3) Outro crime foi o ato de construir em área de preservação. A reportagem trata de “construção em área de vegetação”, então provavelmente ele danificou a vegetação do Rio Paraguai e cortou árvores. Estes atos enquadram o pescador nos artigos 38 e 39 da lei 9605/98.

Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da autoridade competente:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

4) O Artigo 40 também pode enquadrar este pescador. Porém seria preciso mais detalhes geográficos para ser perfeitamente enquadrado. Se este trecho do Rio Paraguai for uma Unidade de Conservação ele será enquadrado no artigo 40: Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto 99.274. de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

Por fim, pelo conjunto da obra, a autoridade competente ao aplicar uma multa de R$ 12.000,00 provavelmente enquadrou este homem nos artigos 29, 38, 39 e 60. Como o artigo 40 prevê apenas reclusão, sem aplicação de multa, é provável que ele não tenha sido usado.

(9)

e)

Governo da Bahia retira 800 litros de óleo do mar

De acordo com o IMA, a origem do resíduo é, provavelmente, algum navio que passou pela região

29 de outubro de 2008 | 19h 23 - http://www.estadao.com.br/noticias/geral,governo-da-bahia-retira-800-litros-de-oleo-do-mar,269078,0.htm

Tiago Décimo, de O Estado de S. Paulo

O Instituto do Meio Ambiente da Bahia (IMA), vinculado ao governo do Estado, anunciou nesta quarta-feira, 29, ter recolhido 800 litros de óleo do mar, perto da Terceira Praia de Morro de São Paulo, no litoral sul baiano. De acordo com a diretora-geral do instituto, Beth Wagner, a origem do resíduo é, provavelmente, algum navio que passou pela região. "A quantidade de embarcações que circulam pela área é muito grande", afirma. "Seria impossível determinar qual delas fez o descarte."

Segundo a diretora, manchas de óleo têm sido localizadas na região desde o fim de semana, quando uma pequena quantidade do resíduo foi encontrada na Praia de Guaibim, em Barra Grande. Apesar disso, não houve registro de morte de animais por causa da contaminação.

"Estamos trabalhando em parceria com a Petrobras, que está nos auxiliando no monitoramento e na remoção do óleo, para evitar um impacto ambiental maior", afirma. De acordo com ela, como as manchas têm sido localizadas antes de chegar às praias, não existe a necessidade de interdição dos locais turísticos.

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De acordo com a reportagem, não houve registro de morte de animais ou de danos causados à saúde humana. Desta forma o infrator estaria livre de ser enquadrado pelo Artigo 54 da lei 9605/98.

Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

De toda forma, a embarcação que lançou os 800 litros de óleo no mar não foi localizada, portanto é impossível aplicar penas e sanções sem identificar o infrator.

Referências

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