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Heidegger - sobre a essência da verdade

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Academic year: 2021

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S O B R E A E S S Ê N C I A

S O B R E A E S S Ê N C I A

DA VERDADE*

DA VERDADE*

• A primeira A primeira edição deste trabalho edição deste trabalho foi impressa foi impressa em em 1943. Ence1943. Ence rri o rri o textotexto,.dlverMi,.dlverMiV M I IV M I Iravltto,ravltto,dl umitdl umit conferência pública que, sobre o mesmo título, foi repetidas

conferência pública que, sobre o mesmo título, foi repetidas V C K JV C K Jproferiu», deidcproferiu», deidc 19)0 A19)0 ApMMflMIÍHpMMflMIÍH11 aparece sem modificações. O primeiro parágrafo da observoçüo final falta nn

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Nota do Tradutor

Nota do Tradutor

Este

Este texto texto já é já é familifamili ar para muiar para mui tos esttos est udioudio sos de filosofia. Apesar de reduzisos de filosofia. Apesar de reduzi do do nana extensão, sua trajetória foi das mais luminosas no pensamento contemporâneo. O pró extensão, sua trajetória foi das mais luminosas no pensamento contemporâneo. O pró prio filósofo a ele torna, seguidamente, quando sustem seu caminho e se volta na busca prio filósofo a ele torna, seguidamente, quando sustem seu caminho e se volta na busca de uma auto-interpretação. Nele apontam os primeiros sinais da viravolta de uma auto-interpretação. Nele apontam os primeiros sinais da viravolta (Kehre).(Kehre).

Enquanto marco inicial da passagem do primeiro ao segundo Heidegger, tornou-se o Enquanto marco inicial da passagem do primeiro ao segundo Heidegger, tornou-se o necessário ponto de referência para o desbravador desta enigmática região do pensador. necessário ponto de referência para o desbravador desta enigmática região do pensador. É um texto sobre o qual já se debruçaram muitas gerações de universitários e urna É um texto sobre o qual já se debruçaram muitas gerações de universitários e urna geração de filósofos. Aí sempre se encontram novos desafios e novos impulsos para pros geração de filósofos. Aí sempre se encontram novos desafios e novos impulsos para pros seguir na interrogação em torno da questão, velha como a humanidade, mas sempre seguir na interrogação em torno da questão, velha como a humanidade, mas sempre insolvida como o próprio mistério, que sustenta o homem neste velho planeta: Qu e é a insolvida como o próprio mistério, que sustenta o homem neste velho planeta: Qu e é a Verdade?

Verdade?

Sobre a

Sobre a Essência da Essência da VerdadeVerdade nos auxilia a perguntar pelo sentido e evolução donos auxilia a perguntar pelo sentido e evolução do conceito de verdade em Heidegger. Conduz-nos, ao mesmo tempo, a pensar as conse conceito de verdade em Heidegger. Conduz-nos, ao mesmo tempo, a pensar as conse qüências da intuição do filósofo e a confrontá-lo com outras definições de verdade. Que qüências da intuição do filósofo e a confrontá-lo com outras definições de verdade. Que há de subjetivo no conceito de verdade esboçado em

há de subjetivo no conceito de verdade esboçado em Ser e Tempo?Ser e Tempo? Qual a novidadeQual a novidade introduzida pelo presente texto? Pode-se dizer que aí começa uma concepção mais ob je introduzida pelo presente texto? Pode-se dizer que aí começa uma concepção mais ob je tiva de verdade? Tem algum sentido falar em "subjetivo-objetivo", nadiscussão da ver tiva de verdade? Tem algum sentido falar em "subjetivo-objetivo", nadiscussão da ver dade em Heidegger? Quais os elementos que distinguem a verdade como adequação e a dade em Heidegger? Quais os elementos que distinguem a verdade como adequação e a verdade como desvelamento? Sendo a adequação um conceito derivado, estreito e equí verdade como desvelamento? Sendo a adequação um conceito derivado, estreito e equí voco da verdade, não é, por outro lado, a verdade como desvelamento algo mui to vago voco da verdade, não é, por outro lado, a verdade como desvelamento algo mui to vago e amplo demais? Qual a utilidade desta redefinição heidegger

e amplo demais? Qual a utilidade desta redefinição heidegger iana para a iana para a concconc epçãepçã o o dede verdade nas .ciências em geral? Que dizer da interpretação que o filósofo.propõe do vocá verdade nas .ciências em geral? Que dizer da interpretação que o filósofo.propõe do vocá bulo grego

bulo grego alétheia?alétheia?Coincide o sentido deCoincide o sentido de alétheiaalétheia com o conceito.heideggeriano de vercom o conceito.heideggeriano de ver

dade? É possível um confronto da concepção de verdade como desvelamento com a ve r dade? É possível um confronto da concepção de verdade como desvelamento com a ve r dade como a

dade como a comprecompre ende a analítica da linguaende a analítica da lingua gem? Hgem? H ouve uma evolução do ouve uma evolução do conceito deconceito de verdade em Heidegger, depois da redação do texto em questão? Como deve ser entendida verdade em Heidegger, depois da redação do texto em questão? Como deve ser entendida a relação entre verdade e liberdade? E a atitude do Filósofo que entrega a liberdade à ver a relação entre verdade e liberdade? E a atitude do Filósofo que entrega a liberdade à ver dade? Não se mostra aqui a falta de responsabilidade da liberdade diante da verdade? dade? Não se mostra aqui a falta de responsabilidade da liberdade diante da verdade? Não são necessárias a busca e a elaboração crítica da verdade, conu> o queria Husserl? Não são necessárias a busca e a elaboração crítica da verdade, conu> o queria Husserl? Não encontrou Heidegger, entretanto, o fundamento da verdade que amplia as próprias Não encontrou Heidegger, entretanto, o fundamento da verdade que amplia as próprias possibilidades do conceito de verdade em Husserl? Como situar a comp lementaridade possibilidades do conceito de verdade em Husserl? Como situar a comp lementaridade das concepções de verdade nos dois filósofos? Basta a verdade que resulta da redução ou das concepções de verdade nos dois filósofos? Basta a verdade que resulta da redução ou é preciso pensar também a verdade ligada à historicidade, o que vale dizer, à é preciso pensar também a verdade ligada à historicidade, o que vale dizer, à não-ver-dade? Qual a verdadeira relação que existe entre verdade e

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.

. ~ ~ : : . . . . H EH E I DI D E GE G G EG E RR

A solidez e o vigor de

A solidez e o vigor de Sobre a Essência da Verdade,Sobre a Essência da Verdade, como textocomo texto

filosófico, revelam-

filosófico,

revelam-se.

se. justajusta mente, nesmente, nes sa capasa capa cidacida de de suscitar, em cada leitor de de suscitar, em cada leitor atento, estas e atento, estas e outout ras interras inter roro gações. Encontra-se aí também a garantia de sua presença duradoura no diáloao gações. Encontra-se aí também a garantia de sua presença duradoura no diáloao

filosófico.

filosófico.

E R N I L D O S T E I N E R N I L D O S T E I N 32 32 99 Introdução Introdução

Trata-se da essência da verdade. A pergunta pela essência da verdade n ão se preo Trata-se da essência da verdade. A pergunta pela essência da verdade n ão se preo cupa com o fato de a verdade ser a verdade da experiência prática da vida ou a da cupa com o fato de a verdade ser a verdade da experiência prática da vida ou a da conje-tura no campo econômico, a verdade de uma reflexão técnica ou de uma prudência polí tura no campo econômico, a verdade de uma reflexão técnica ou de uma prudência polí tica; ou, mais especialmente, com o fato de a verdade ser a verdade da pesquisa c ientífica tica; ou, mais especialmente, com o fato de a verdade ser a verdade da pesquisa c ientífica ou da criação artística, ou mesmo a verdade de uma meditação filosófic a ou de uma fé ou da criação artística, ou mesmo a verdade de uma meditação filosófic a ou de uma fé religiosa. A pergunta pela essência se afasta de tudo isto e dirige seu olhar para aquilo religiosa. A pergunta pela essência se afasta de tudo isto e dirige seu olhar para aquilo q u e u n i c a m e n t e c a r a c t e r i z a t o d a " v e r d a d e " e n q u a n t o t a l .

q u e u n i c a m e n t e c a r a c t e r i z a t o d a " v e r d a d e " e n q u a n t o t a l .

Mas não nos desgarramos, com a questão da essência, no vazio do universal abs Mas não nos desgarramos, com a questão da essência, no vazio do universal abs trato que corta o fôlego a qualquer pensamento? Não manifesta a excentricidade de tal trato que corta o fôlego a qualquer pensamento? Não manifesta a excentricidade de tal interrogação que a filosofia não tem apoio na realidade? Um pensamento rad ical voltado interrogação que a filosofia não tem apoio na realidade? Um pensamento rad ical voltado para o real deve aspirar, primeiramente e sem rodeios, a instaurar a verdade rea l que hoje para o real deve aspirar, primeiramente e sem rodeios, a instaurar a verdade rea l que hoje nos oferece medida e segurança contra a confusão da opinião e do cálcul o. Que importa, nos oferece medida e segurança contra a confusão da opinião e do cálcul o. Que importa, em nossa indigência concreta, a questão da essência da verdade que em s ua abstração se em nossa indigência concreta, a questão da essência da verdade que em s ua abstração se afasta de toda realidade? Não é a questão da essência o problema mais inessencial e afasta de toda realidade? Não é a questão da essência o problema mais inessencial e mais gratuito que se possa colocar?

mais gratuito que se possa colocar?

Ninguém irá subtrair-se ao evidente acerto destas objeções. Ninguém poderá des Ninguém irá subtrair-se ao evidente acerto destas objeções. Ninguém poderá des prezar levianamente a urgência e gravidade delas. Mas que se exprime nestas objeções? prezar levianamente a urgência e gravidade delas. Mas que se exprime nestas objeções? O simples "bom senso". Ele teima em

O simples "bom senso". Ele teima em. . s u s t e n t a F. . s u s t e n t a F as exigências do imediatamente útil e seas exigências do imediatamente útil e se revolta confra o saber qu

revolta confra o saber qu e se refere à essência do ente. saber fundame se refere à essência do ente. saber fundam ental quental qu e, e, já hájá há muito tempo, traz o nome de "filosofia".

muito tempo, traz o nome de "filosofia".

O senso comum tem sua própria necessidade; ele defende seu direito usando a única O senso comum tem sua própria necessidade; ele defende seu direito usando a única arma de que dispõe. Esta é o apelo"à "evidência" de suas pretensões e crític as. A filoso arma de que dispõe. Esta é o apelo"à "evidência" de suas pretensões e crític as. A filoso fia,

fia, por sua por sua vez, vez, jamjam ais pais p odod e refutar o e refutar o senso comusenso comu m porque este não tem ouvm porque este não tem ouv idos pidos p araara sua linguagem. Pelo contrário, ela nem deve ter a intenção de refutá-l ô porque o senso sua linguagem. Pelo contrário, ela nem deve ter a intenção de refutá-l ô porque o senso comu

comu m não m não tem olhos partem olhos par a aquilo que a a aquilo que a filosoffilosof ia ia propõe parpropõe par a ser a ser visto como essevisto como esse ncial.ncial. Além do mais, nós mesmos nos movimentamos no nível de compreensão do senso Além do mais, nós mesmos nos movimentamos no nível de compreensão do senso comum, na medida em que nos cremos em segurança no seio das diversas "verdades" da comum, na medida em que nos cremos em segurança no seio das diversas "verdades" da experiência da vida, e da ação, da pesquisa, da criação e d a fé. Nós mesmos partici experiência da vida, e da ação, da pesquisa, da criação e d a fé. Nós mesmos partici pamos da revolta do "evidente" contra tudo o que exige ser posto em questão.

pamos da revolta do "evidente" contra tudo o que exige ser posto em questão.

Se, não obstante, é necessário perguntar pela verdade, então se exige uma resposta Se, não obstante, é necessário perguntar pela verdade, então se exige uma resposta ao nosso desejo de saber onde hoje nos encontramos. Queremos saber o que, ho je em dia, ao nosso desejo de saber onde hoje nos encontramos. Queremos saber o que, ho je em dia, acontece conosco. Clamamos pela meta a ser proposta ao homem como ser historiai e à acontece conosco. Clamamos pela meta a ser proposta ao homem como ser historiai e à h i s t ó r

h i s t ó ri a m e s m a . Q u e r e m oi a m e s m a . Q u e r e m o s a " v e r ds a " v e r d a d e " r e a l . P o r t a n t o , a d e " r e a l . P o r t a n t o , e x i s t e , e x i s t e , c o n t u d oc o n t u d o , u m a p r e o c u, u m a p r e o c u p a ç ãp a ç ã oo pela verdade!

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Entre

Entre tantotanto , enquant, enquant o reclamo reclam amos a "verdade" real. amos a "verdade" real. já devemos saber o já devemos saber o que afinalque afinal significa verdade enquanto tal. Ou sabe-se isto apenas "confusamente" e "de modo significa verdade enquanto tal. Ou sabe-se isto apenas "confusamente" e "de modo gerai"? Não é por acaso este "saber" impreciso e aproximativo e a indiferença com rel a gerai"? Não é por acaso este "saber" impreciso e aproximativo e a indiferença com rel a ção a ele, no fundo, mais miserável que a pura e simples ignorância da essência da ção a ele, no fundo, mais miserável que a pura e simples ignorância da essência da v e r d a d e ?

v e r d a d e ?

1.

1. O conceito corrente de

O conceito corrente de verdade

verdade

O que, pois, se entende ordinariamente por "verdade"? Esta palavra tão sublime e. O que, pois, se entende ordinariamente por "verdade"? Esta palavra tão sublime e. ao mesmo tempo, tão gasta e embotada designa o que constitui o verdadeiro enquanto ao mesmo tempo, tão gasta e embotada designa o que constitui o verdadeiro enquanto verdadeiro. O que é ser verdadeiro? Dizemos, por exemplo: "É uma verdadei ra alegria verdadeiro. O que é ser verdadeiro? Dizemos, por exemplo: "É uma verdadei ra alegria colaborar na realização desta tarefa". Queremos dizer que se trata de uma al egria pura. colaborar na realização desta tarefa". Queremos dizer que se trata de uma al egria pura. real. O verdadeiro é o real. Assim falamos do ouro verdadeiro distinguindo-o do falso. O real. O verdadeiro é o real. Assim falamos do ouro verdadeiro distinguindo-o do falso. O ouro falso não é realmente aquilo que aparenta. É apenas uma "aparência" e por isso ouro falso não é realmente aquilo que aparenta. É apenas uma "aparência" e por isso irreal. O irreal passa pelo oposto do real. Mas o ouro falso é, contudo, algo real. E assim irreal. O irreal passa pelo oposto do real. Mas o ouro falso é, contudo, algo real. E assim que dizemos mais claramente: o ouro real é o ouro autêntico. M as um e outro são que dizemos mais claramente: o ouro real é o ouro autêntico. M as um e outro são "reais", o ouro autêntico não o é nem mais nem menos que o falso. O verdadeiro do ou ro "reais", o ouro autêntico não o é nem mais nem menos que o falso. O verdadeiro do ou ro autêntico não pode, portanto, ser simplesmente garantido pela sua realidade. Retorna a autêntico não pode, portanto, ser simplesmente garantido pela sua realidade. Retorna a questão: Que significam aqui autêntico e verdadeiro? O ouro autêntico é aquele ouro questão: Que significam aqui autêntico e verdadeiro? O ouro autêntico é aquele ouro real, cuja realidade consiste na concordância com aquilo que "propriamente", prévia e real, cuja realidade consiste na concordância com aquilo que "propriamente", prévia e constantemente entendemos como ouro. Pelo contrário, ali onde presumimos que haja constantemente entendemos como ouro. Pelo contrário, ali onde presumimos que haja ouro falso, excla

ouro falso, excla mammam os: "Aqui algo não está de acordo"os: "Aqui algo não está de acordo" . O . O que, entretaque, entreta nto, é nto, é assimassim "co

"co mo deve ser" nos faz dizer: mo deve ser" nos faz dizer: está de acordoestá de acordo . A coisa está . A coisa está de acordo.de acordo.

Não designamos, porém, apenas verdadeira uma alegria real, o ouro autêntico e Não designamos, porém, apenas verdadeira uma alegria real, o ouro autêntico e qualquer ente deste gênero, mas chamamos ainda, e antes de tudo, verdadeiras ou falsas qualquer ente deste gênero, mas chamamos ainda, e antes de tudo, verdadeiras ou falsas nossas enunciações sobre o ente, que, por sua vez. conforme sua natureza, pode ser nossas enunciações sobre o ente, que, por sua vez. conforme sua natureza, pode ser autêntic

autêntic o ou inautêntico, desta ou o ou inautêntico, desta ou daquedaque la maneira em sua la maneira em sua realidade. Urealidade. U ma enunciama enuncia ção éção é verdadeira quando aquilo que ela designa e exprime está conforme com a coisa sobre a verdadeira quando aquilo que ela designa e exprime está conforme com a coisa sobre a qual se pronunc

qual se pronunc ia. Tamia. Tam bém neste caso dizebém neste caso dize mbs: está de mbs: está de acordo. O que, acordo. O que, porém, agoraporém, agora está de acordo não é a coisa, mas sim a proposição.

está de acordo não é a coisa, mas sim a proposição. .

. O verdadeiroO verdadeiro , seja , seja uma coisa uma coisa verdaverda deira ou deira ou uma proposição verdadeiruma proposição verdadeir a, a, é aquiloé aquilo que está de acor

que está de acor do, que concorda. Ser verdadeido, que concorda. Ser verdadei ro e ro e verdade significam aqui: estaverdade significam aqui: esta r r dede acordo, e isto de duas maneiras: de um lado, a concordância entre uma coisa e o que dela acordo, e isto de duas maneiras: de um lado, a concordância entre uma coisa e o que dela previamente se presume, e, de outro lado, a conformidade entre o que é significado pela previamente se presume, e, de outro lado, a conformidade entre o que é significado pela enunc

enunc iaçãiaçã o o e e a a coisa. coisa. ' ' ''

Este duplo caráter da concordância traz à luz a definição tradicional da essência da Este duplo caráter da concordância traz à luz a definição tradicional da essência da v e r d a d e :

v e r d a d e : Veritas est adaequatio rei et intellectus.Veritas est adaequatio rei et intellectus. Isto pode significar: Verdade é a adeIsto pode significar: Verdade é a ade quação da coisa com o conhecimento. Mas pode se entender também assim: Verdade é quação da coisa com o conhecimento. Mas pode se entender também assim: Verdade é a adequação do conhecimento com a coisa. Ordinariamente a mencionada definição é a adequação do conhecimento com a coisa. Ordinariamente a mencionada definição é apenas apresentada pela fórmula:

apenas apresentada pela fórmula: Veritas est adaequatio intellectus ad rem.Veritas est adaequatio intellectus ad rem. C o n t u d o , aC o n t u d o , a verdade assim entendida, a verdade da proposição, somente é possível quando fundada verdade assim entendida, a verdade da proposição, somente é possível quando fundada na verdade da coisa, a

na verdade da coisa, a adaequatio rei ad intellectum.adaequatio rei ad intellectum. Estas duas concepções da essênciaEstas duas concepções da essência da

da veritasveritas s i g n i f i c as i g n i f i c am u m m u m c o n f o r m a r - s e c oc o n f o r m a r - s e c o m .m . . . . . e p e n s a m , e p e n s a m , a s s i m , a v e r d a d e a s s i m , a v e r d a d e c o m oc o m o c o n f o r m i d a d e .

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33

33 22 H E I D E G G E RH E I D E G G E R

Todavia, uma destas concepções não resulta simplesmente da conversão da outr a. Todavia, uma destas concepções não resulta simplesmente da conversão da outr a. Pelo contrário,

Pelo contrário, intellectusintellectusee resres são pensados de modo diferente, num caso e noutro. Parasão pensados de modo diferente, num caso e noutro. Para reconhecer isto é preciso que conduzamos a expressão corrente do conceito ordinário d e reconhecer isto é preciso que conduzamos a expressão corrente do conceito ordinário d e verdade à sua origem

verdade à sua origem imediatimediat a a (medieval). A(medieval). A veritas.veritas. i n t e r p r e t a d a c o m oi n t e r p r e t a d a c o m o adaequatio reiadaequatio rei ad inteílectum,

ad inteílectum, não enão e xprimxprim e ainda e ainda o pensamento transo pensamento trans cendental de Kantcendental de Kant . . que é poque é posteriorsterior e somente se tornará possível a partir da essência humana enquanto subjetividade, segun e somente se tornará possível a partir da essência humana enquanto subjetividade, segun do a qual "'os objetos se conformam com nosso conhecimento". Mas a fórmul a acima do a qual "'os objetos se conformam com nosso conhecimento". Mas a fórmul a acima decorre da fé cristã e da idéia teológica segundo as quais as coisas, em su a essência e decorre da fé cristã e da idéia teológica segundo as quais as coisas, em su a essência e existência, na medida em que, como criaturas singulares

existência, na medida em que, como criaturas singulares (ens creatum),(ens creatum), c o r r e s p o n d e m àc o r r e s p o n d e m à idéia previamente concebida pelo

idéia previamente concebida pelointellectus divinus.intellectus divinus. isto é, pelo espírito de Deus. Assim,isto é, pelo espírito de Deus. Assim, elas concordam com a idéia e com ela se conformam, sendo neste sentido "verdadeiras ''. elas concordam com a idéia e com ela se conformam, sendo neste sentido "verdadeiras ''. T a m b é m o

T a m b é m o intellectus humanusintellectus humanus é é umum ens creatum.ens creatum. Como faculdade concedida por Deus.Como faculdade concedida por Deus. o intelecto humano deve adequar-se à idéia. Ora, o intelecto somente é conforme com a o intelecto humano deve adequar-se à idéia. Ora, o intelecto somente é conforme com a idéia porque realiza a adequação do que pensa com a coisa, tendo esta que ser conforme idéia porque realiza a adequação do que pensa com a coisa, tendo esta que ser conforme com a idéia. A possibilidade da verdade do conhecimento humano se funda, se todo ente com a idéia. A possibilidade da verdade do conhecimento humano se funda, se todo ente é "criado", sobre o fato de a coisa e a proposição serem igualmente confo rmes com a é "criado", sobre o fato de a coisa e a proposição serem igualmente confo rmes com a idéia e serem, por isso, coordenados um ao outro a partir da unidade do plano da cria idéia e serem, por isso, coordenados um ao outro a partir da unidade do plano da cria ção. A

ção. A ventasventas e n q u a n t oe n q u a n t o adaequatio rei (creandae) ad inteílectum (divinum)adaequatio rei (creandae) ad inteílectum (divinum) garante agarante a

veritas

veritas e n q u a n t oe n q u a n t o adaequatio intellectus adaequatio intellectus (humani) ad rem (humani) ad rem (creatam). (creatam). VeritasVeritas significa porsignifica por toda parte e essencialmente a

toda parte e essencialmente aconvenientiaconvenientiae a concordância dos entes entre si que, pore a concordância dos entes entre si que, por sua vez, se fundam sobre a concordância das criaturas com o criador, "harmonia" det er sua vez, se fundam sobre a concordância das criaturas com o criador, "harmonia" det er minada pela ordem da criação.

minada pela ordem da criação.

Mas esta ordem pode também — desligada da idéia de criação — ser representada Mas esta ordem pode também — desligada da idéia de criação — ser representada de modo geral e indeterminado como ordem do mundo. Em lugar da ordem da cr iação de modo geral e indeterminado como ordem do mundo. Em lugar da ordem da cr iação teologicamente. surge a ordenação possível de todos os objetos pelo espírito que, como teologicamente. surge a ordenação possível de todos os objetos pelo espírito que, como razão universal

razão universal (mathesis universalis),(mathesis universalis), se dá a si mesmo sua lei e postula, assim, a inteli-se dá a si mesmo sua lei e postula, assim, a inteli-gibilidade imediata das articulações de seu processo (aquilo que se considera como "lógi gibilidade imediata das articulações de seu processo (aquilo que se considera como "lógi co"). Não é então mais necessário que se justifique, de maneira especial, por que a essên co"). Não é então mais necessário que se justifique, de maneira especial, por que a essên cia da verdade da proposição reside na conformidade da enunciação. Mesmo lá , onde. cia da verdade da proposição reside na conformidade da enunciação. Mesmo lá , onde. com notório insucesso, se procura esclarecer o modo como se fixou esta conformi dade, com notório insucesso, se procura esclarecer o modo como se fixou esta conformi dade, ela

ela já sempre está prejá sempre está pre ssuposssupos ta como a essência da ta como a essência da verdade. Paralverdade. Paral elamenteelamente ,.» verdade da,.» verdade da coisa significa sempre o acordo da coisa dada com seu conceito essencial, ta l como o coisa significa sempre o acordo da coisa dada com seu conceito essencial, ta l como o "espírito" (a

"espírito" (a r r azão) o concebe. Assim, pode parecer que esta concepção de essência daazão) o concebe. Assim, pode parecer que esta concepção de essência da verdade seja independente da interpretação relativa à essência do ser de todo ente : esta verdade seja independente da interpretação relativa à essência do ser de todo ente : esta última inclui,

última inclui, entreentre tanttant o, necessariamente uma interpretação correso, necessariamente uma interpretação corres pondente da pondente da essênciaessência do homem como sujeito que é portador e realizador do

do homem como sujeito que é portador e realizador do intellectus .intellectus . Assim, a formula daAssim, a formula da essência da verdade

essência da verdade (veritas est adaequatio intellectus et rei)(veritas est adaequatio intellectus et rei) adquire, adquire, para. para. cada um ecada um e imediatamente, uma evidente validez. Sob o império da evidência deste conceito de imediatamente, uma evidente validez. Sob o império da evidência deste conceito de essência da verdade, mal e mal meditada em seus fundamentos essencia is, admite-se essência da verdade, mal e mal meditada em seus fundamentos essencia is, admite-se como igualmente evidente que a verdade tem um contrário e que há a não-ve rdade. A como igualmente evidente que a verdade tem um contrário e que há a não-ve rdade. A não-verdade da proposição (não-conformidade) é a não concordância da enunciação não-verdade da proposição (não-conformidade) é a não concordância da enunciação com a coisa. A não-verdade da coisa (inautenticidade) significa o desacordo de um e nte com a coisa. A não-verdade da coisa (inautenticidade) significa o desacordo de um e nte com sua essência. A não-verdade pode ser compreendida cada vez como não estar de com sua essência. A não-verdade pode ser compreendida cada vez como não estar de acordo. Isto fica excluído da essência da verdade. É por isso que a não-verdade, acordo. Isto fica excluído da essência da verdade. É por isso que a não-verdade, enquanto pensada como parte contrária da verdade, pode ser negligenciada quando se enquanto pensada como parte contrária da verdade, pode ser negligenciada quando se trata de apreender a pura essência da verdade.

trata de apreender a pura essência da verdade.

Mas, afinal, é preciso ainda proceder-se a um especial desvelamento da essência da Mas, afinal, é preciso ainda proceder-se a um especial desvelamento da essência da verdade? Não está a essência pura da verdade suficientemente explicitada por esta noç ão verdade? Não está a essência pura da verdade suficientemente explicitada por esta noç ão

S O B R

S O B R E E A A E S S Ê N C IE S S Ê N C I A A D A D A V EV E R DR D A DA D EE 33 33 33

33

comumente válida que nenhuma teoria perturba e que protege sua evidência. S e. enfim, comumente válida que nenhuma teoria perturba e que protege sua evidência. S e. enfim, tomarmos a redução da verdade da proposição à verdade da coisa, por aquilo que eia tomarmos a redução da verdade da proposição à verdade da coisa, por aquilo que eia significa ordinariamente, a saber, por uma explicação teológica, e se procur armos man significa ordinariamente, a saber, por uma explicação teológica, e se procur armos man ter inteiramente depurada a determinação filosófica da essência de qualquer intromissão ter inteiramente depurada a determinação filosófica da essência de qualquer intromissão dá teologia e se restringirmos o conceito de verdade à verdade da proposição, en tão nos dá teologia e se restringirmos o conceito de verdade à verdade da proposição, en tão nos encontramos, ao mesmo tempo, com uma tradição antiga do pensamento, ainda q ue não encontramos, ao mesmo tempo, com uma tradição antiga do pensamento, ainda q ue não a mais antiga, segundo a qual a verdade consiste na concordân cia

a mais antiga, segundo a qual a verdade consiste na concordân cia (omóíosis)(omóíosis) de umade uma e n u n c i a ç ã o

e n u n c i a ç ã o(lógos)(lógos) com o seu objetocom o seu objeto (pragma).(pragma). Que nos restará para investigar se admiQue nos restará para investigar se admi tirmos que sabemos o que significa a concordância de uma enunciação com u ma coisa? tirmos que sabemos o que significa a concordância de uma enunciação com u ma coisa? Mas sabemos nós isto?

Mas sabemos nós isto?

2. A possibilidade intrínseca da concordância

2. A possibilidade intrínseca da concordância

Falamos da concordância em diversos sentidos. Dizemos, por exemplo, em pre Falamos da concordância em diversos sentidos. Dizemos, por exemplo, em pre sença de duas moedas de cinco marcos postas sobre a mesa: há concordância en tre elas. sença de duas moedas de cinco marcos postas sobre a mesa: há concordância en tre elas. Elas estão em concordância pela identidade de seu aspecto. Por isso, elas têm este aspec Elas estão em concordância pela identidade de seu aspecto. Por isso, elas têm este aspec to em comum e, sob este ponto de vista, são iguais. Falamos aind a em concordância to em comum e, sob este ponto de vista, são iguais. Falamos aind a em concordância quando dizemos, por exemplo, de uma das moedas: esta moeda é redonda. Aqui a enun quando dizemos, por exemplo, de uma das moedas: esta moeda é redonda. Aqui a enun ciação está em concordância com a coisa. A relação, neste caso, não se estabelece de ciação está em concordância com a coisa. A relação, neste caso, não se estabelece de uma coisa a

uma coisa a outraoutra , mas entre uma enunc, mas entre uma enunc iação e umiação e um a coisa. Maa coisa. Ma s em s em que devem convir que devem convir aa coisa e a

coisa e a enuncenunc iaçãiaçã o, o, já que ambos os elementos da já que ambos os elementos da relrel açãaçã o são manifestao são manifesta mente diferenmente diferen tes pelo seu aspecto? A moeda é feita de metal. A enunciação não é de nenhum modo tes pelo seu aspecto? A moeda é feita de metal. A enunciação não é de nenhum modo material. A moeda é redonda. A enunciação não tem nenhum caráter espacial. A moeda material. A moeda é redonda. A enunciação não tem nenhum caráter espacial. A moeda permite

permite comprcompr ar um ar um objeto. A objeto. A enuncenunc iaçãiaçã o o jamajama is é um is é um meio de meio de pagapaga mentment o. Maso. Mas , apesar, apesar de todas as diferenças, a enunciação em questão concorda, enquanto é verd adeira, com de todas as diferenças, a enunciação em questão concorda, enquanto é verd adeira, com a moeda. E este acordo, conforme o conceito corrente de verdade, deve ser concebido a moeda. E este acordo, conforme o conceito corrente de verdade, deve ser concebido como uma adequação. Como pode aquilo que é completamente diferente, a enunciação. como uma adequação. Como pode aquilo que é completamente diferente, a enunciação. adequar-se à moeda de cinco marcos? Esta enunciação deveria e ntão tornar-se uma adequar-se à moeda de cinco marcos? Esta enunciação deveria e ntão tornar-se uma moeda e

moeda e desta maneidesta manei ra cessar absolutra cessar absolut amentament e e de ser de ser ela mesmela mesm a. Mas isto"a a. Mas isto"a enuncenunc iaçiaç ão ão jaja mais consegue. No momento em que tal coiíà acontecesse, uma enunciação enquant o tal mais consegue. No momento em que tal coiíà acontecesse, uma enunciação enquant o tal não mais poderia estar em concordância com a coisa. Para realizar a adequação, a não mais poderia estar em concordância com a coisa. Para realizar a adequação, a eniin-ciação deve,.permanecer, ou antes, tornar-se o que é. Em que consi ste, portanto, sua ciação deve,.permanecer, ou antes, tornar-se o que é. Em que consi ste, portanto, sua essência, fundamentalmente diferente de qualquer coisa? Como pode uma enunciação. essência, fundamentalmente diferente de qualquer coisa? Como pode uma enunciação.jj .. mantendo sua essência, adequar-se a algo diferente, a uma coisa?

mantendo sua essência, adequar-se a algo diferente, a uma coisa?

A adequação não pode significar aqui um igualar-se material entre coisas desiguais.. A adequação não pode significar aqui um igualar-se material entre coisas desiguais.. A essência da adequação se determina antes pela natureza da relação que r eina entre a A essência da adequação se determina antes pela natureza da relação que r eina entre a e n u n c i a ç ã o e a c o i s a . E n q u a n t o e s t a " r e l a ç ã o " p e r m a n e c e r i n d e t e r m i n a d a e i n f u n d a d a e n u n c i a ç ã o e a c o i s a . E n q u a n t o e s t a " r e l a ç ã o " p e r m a n e c e r i n d e t e r m i n a d a e i n f u n d a d a em sua essência, toda e qualquer discussão sobre a possibilidade o u impossibilidade, em sua essência, toda e qualquer discussão sobre a possibilidade o u impossibilidade, sobre a natureza e o grau desta adequação, se desenvolve no vazio.

sobre a natureza e o grau desta adequação, se desenvolve no vazio.

A enunciação sobre a moeda "se" relaciona com esta coisa enquanto a apres enta e A enunciação sobre a moeda "se" relaciona com esta coisa enquanto a apres enta e diz da coisa apresentada o que ela é sob o ponto de vista principal. A enunc iação diz da coisa apresentada o que ela é sob o ponto de vista principal. A enunc iação apre-sentativa exprime, naquilo que diz da coisa apresentada, aquilo que ela é, isto é, expri sentativa exprime, naquilo que diz da coisa apresentada, aquilo que ela é, isto é, expri me-a tal qual é, assim como é. O "assim como" se refere à apresentação e ao qu e é apre me-a tal qual é, assim como é. O "assim como" se refere à apresentação e ao qu e é apre s e n t a d o . " A p r e s e n t a r " s i g n i f i c a a q u i , d e s c a r t a n d o t o d o s o s p r e c o n c e i t o s " p s i c o l o g i s t a s " s e n t a d o . " A p r e s e n t a r " s i g n i f i c a a q u i , d e s c a r t a n d o t o d o s o s p r e c o n c e i t o s " p s i c o l o g i s t a s " e "epistemológicos", o fato de deixar surgir a coisa diante de nós enquanto objeto. O que e "epistemológicos", o fato de deixar surgir a coisa diante de nós enquanto objeto. O que

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 pA

 pA H E I D E G G E RH E I D E G G E R S O B RS O B R E E A E S S Ê N C I A A E S S Ê N C I A D A D A V EV E R DR D A DA D EE

vincula somente é possível se se está livre para aquilo que está manifesto no seio do a ber vincula somente é possível se se está livre para aquilo que está manifesto no seio do a ber to. Man

to. Man eireir a semelhanta semelhant e de ser lie de ser livre se refvre se refere ere à à essência até agora incessência até agora inc orr.srorr.sr eendideendid a daa da liberdade. A abertura que mantém o comportamento, aquilo que torna i.nt rinsecamente liberdade. A abertura que mantém o comportamento, aquilo que torna i.nt rinsecamente posfsíve! a conformidade, se funda na liberdade. A essência da verdade é a liberdade. posfsíve! a conformidade, se funda na liberdade. A essência da verdade é a liberdade.

Nã o substitui, porém, esta afirmação sobre o substitui, porém, esta afirmação sobre a a essência da essência da confoconfo rmidarmida de uma "evide uma "evi dência" por outra? Uma ação obviamente não se pode realizar a não ser através da liber dência" por outra? Uma ação obviamente não se pode realizar a não ser através da liber dade de quem age. O mesmo acontece com a ação de enunciar apresentando , e com a dade de quem age. O mesmo acontece com a ação de enunciar apresentando , e com a ação de consentir ou recusar uma "verdade".

ação de consentir ou recusar uma "verdade".

Esta tese, entretanto, não significa que para levar a termo uma enu nciação. para Esta tese, entretanto, não significa que para levar a termo uma enu nciação. para comunicá-la ou assimilá-la, se deva agir sem constrangimento. A afirmação diz: a liber comunicá-la ou assimilá-la, se deva agir sem constrangimento. A afirmação diz: a liber dade é a própria essência da verdade. Entendamos aqui por "essência" o funda mento da dade é a própria essência da verdade. Entendamos aqui por "essência" o funda mento da possibilidade intrínseca daquilo que imediata e geralmente é admitido como c onhecido. possibilidade intrínseca daquilo que imediata e geralmente é admitido como c onhecido. Todavia, no conceito de liberdade nós não pensamos a verdade e muito menos sua es sên Todavia, no conceito de liberdade nós não pensamos a verdade e muito menos sua es sên cia. A tese segundo a qual a ess

cia. A tese segundo a qual a ess ência da ência da verdade verdade (a conformid(a conformid ade da enunciaade da enuncia çãoção ) é ) é aa liberdade deve, portanto, surpreender.

liberdade deve, portanto, surpreender.

Situar a essência da verdade na liberdade não significa, por acaso, entregar a verd a Situar a essência da verdade na liberdade não significa, por acaso, entregar a verd a de ao arbítrio humano? Pode-se sabotar mais profundamente a verdade do que a aba ndo de ao arbítrio humano? Pode-se sabotar mais profundamente a verdade do que a aba ndo nando ao arbítrio deste "caniço instável"? O que constantemente se impôs ao bom senso nando ao arbítrio deste "caniço instável"? O que constantemente se impôs ao bom senso durante a discussão manifesta-se agora de modo mais claro: a verdade é aqui deslocada durante a discussão manifesta-se agora de modo mais claro: a verdade é aqui deslocada para a

para a subjetividade do sujeito subjetividade do sujeito humhum ano. Mano. M esmo que esmo que este sujeiteste sujeito tenha aceso tenha aces so a uma objeso a uma obje tividade, ela permanece, porém, do mesmo modo humana como esta subjetividade e tividade, ela permanece, porém, do mesmo modo humana como esta subjetividade e posta à disposição do homem.

posta à disposição do homem.

Põe-se, sem dúvida, na conta do homem, a falsidade e a hipocrisia, a ment ira e o Põe-se, sem dúvida, na conta do homem, a falsidade e a hipocrisia, a ment ira e o enga

enga no, o logro e no, o logro e a simula simul ação, nuação, nu ma palavra, todos ma palavra, todos os modos da os modos da não-não- verdverd ade. Made. M as jáas já que a não-verdade é o contrário da verdade, tem-se o direito de afastá-la do âmbito de que a não-verdade é o contrário da verdade, tem-se o direito de afastá-la do âmbito de interrogação pela pura essência da verdade com relação à qual aquela é inessencial . Esta interrogação pela pura essência da verdade com relação à qual aquela é inessencial . Esta origem humana da não-verdade apenas confirma, por oposição, que a essência da verda origem humana da não-verdade apenas confirma, por oposição, que a essência da verda de "em si" reina "acima" do homem. Ela é tida pela metafísica como eterna e de "em si" reina "acima" do homem. Ela é tida pela metafísica como eterna e imperecí-vel. e jamais poderá ser edificada sobre a instabilidade do frágil ser humano. Como-po de, vel. e jamais poderá ser edificada sobre a instabilidade do frágil ser humano. Como-po de, ainda assim, a essência da verdade encontrar seu apoio e fundamento na liberdade do ainda assim, a essência da verdade encontrar seu apoio e fundamento na liberdade do hom

hom em? em? "•"•• • ''

A hostilidade contra a tese que diz que a essência da verdade é a liberdade apóia-s e A hostilidade contra a tese que diz que a essência da verdade é a liberdade apóia-s e em precon

em precon ceitceit os dos os dos quais os mais obstinaquais os mais obstina dos são: dos são: a liberdade é a liberdade é jjjj ma proprima propri edadedad e doe do homem; a essência da liberdade não necessita nem tolera mais amplo exame; o que é o homem; a essência da liberdade não necessita nem tolera mais amplo exame; o que é o home

home m, m, cadcad a a qual qual sabe. sabe. ••

4.

4. A essência

A essência da

da liberdade

liberdade

Entretanto, a indicação de uma relação essencial entre a verdade como conformi Entretanto, a indicação de uma relação essencial entre a verdade como conformi dade e a liberdade sacode estes preconceitos, suposto evidentemente que esteja mos dis dade e a liberdade sacode estes preconceitos, suposto evidentemente que esteja mos dis postos para a transformação do pensamento. A reflexão sobre o laço ess encial entre a postos para a transformação do pensamento. A reflexão sobre o laço ess encial entre a verdade e a liberdade nos leva a perseguir o problema da essência do homem, de ntro de verdade e a liberdade nos leva a perseguir o problema da essência do homem, de ntro de uma persp

uma persp ectivectiv a a que nos garantirque nos garantir á a á a experiência experiência de um de um fundafunda mento original ocmento original oc ulto doulto do homem (do ser-aí) e isto de tal maneira que esta'reflexão nos transporta primeiramente homem (do ser-aí) e isto de tal maneira que esta'reflexão nos transporta primeiramente para o âmbito onde a essência da verdade se desdobra originariamente. Também a partir para o âmbito onde a essência da verdade se desdobra originariamente. Também a partir assim se opõe a nós deve. sob este modo de posição, cobrir um âmbito aberto para nosso

assim se opõe a nós deve. sob este modo de posição, cobrir um âmbito aberto para nosso encontro, mas permanecer, ao mesmo tempo, também a coisa em si mesma e se manifes encontro, mas permanecer, ao mesmo tempo, também a coisa em si mesma e se manifes tar em sua estabilidade. Esta aparição da coisa, enquanto cobre (mede) um âmbito para tar em sua estabilidade. Esta aparição da coisa, enquanto cobre (mede) um âmbito para o encontro, se realiza no seio de uma abertura cuja natureza de ser aberto não foi cria do o encontro, se realiza no seio de uma abertura cuja natureza de ser aberto não foi cria do pela apresentação, mas é investido e assumido por ela como campo de relação. A relação pela apresentação, mas é investido e assumido por ela como campo de relação. A relação da enunciação apresentaciva com a coisa é a realização desta referência: esta se re aiiza. da enunciação apresentaciva com a coisa é a realização desta referência: esta se re aiiza. originariamente e cada vez. como o desencadear de um comportamento. Todo o compor originariamente e cada vez. como o desencadear de um comportamento. Todo o compor tamento, porém, se caracteriza pelo fato de, estabelecido no seio do aberto, se manter tamento, porém, se caracteriza pelo fato de, estabelecido no seio do aberto, se manter referido àquilo que é manifesto enquanto tal. Somente isto que, assim, no sentido estrito referido àquilo que é manifesto enquanto tal. Somente isto que, assim, no sentido estrito da palavra, está manifesto foi experimentado precocemente pelo pensamento oc idental da palavra, está manifesto foi experimentado precocemente pelo pensamento oc idental como "a

como "a quilo que está presente" e quilo que está presente" e já. desdjá. desde há muito tempe há muito temp o, é chamado "eo, é chamado "e nte"nte" .. O comportamento está aberto sobre o ente. Toda relação de abertura, pela qual se O comportamento está aberto sobre o ente. Toda relação de abertura, pela qual se instaura a abertura para algo. é um comportamento. A abertura que o homem mantém instaura a abertura para algo. é um comportamento. A abertura que o homem mantém se diferencia conforme a natureza do ente e o modo do comportamento. Todo tr abalho se diferencia conforme a natureza do ente e o modo do comportamento. Todo tr abalho e toda realização, toda ação e toda previsão, se mantêm na abertura de um âmbito aberto e toda realização, toda ação e toda previsão, se mantêm na abertura de um âmbito aberto no seio do qual o ente se põe propriamente e se torna suscetível de ser expresso naquil o no seio do qual o ente se põe propriamente e se torna suscetível de ser expresso naquil o que é e como é. Isto somente acontece quando o ente mesmo se pro-põe, na enunci ação que é e como é. Isto somente acontece quando o ente mesmo se pro-põe, na enunci ação que o apresenta, de tal maneira que esta enunciação se submete à ordem de expr imir o que o apresenta, de tal maneira que esta enunciação se submete à ordem de expr imir o ente assim como é. Na medida em que a enunciação obedece a tal ordem, ela se con ente assim como é. Na medida em que a enunciação obedece a tal ordem, ela se con forma ao ente. O dizer que se submete a tal ordem é conforme (verdadeiro). O que assim forma ao ente. O dizer que se submete a tal ordem é conforme (verdadeiro). O que assim é dito é conforme (verdadeiro).

é dito é conforme (verdadeiro).

A enunciação recebe sua conformidade da abertura do comporta mento. Pois, A enunciação recebe sua conformidade da abertura do comporta mento. Pois, somente através dela, o que é manifesto pode tornar-se, de maneira geral, a medida dire somente através dela, o que é manifesto pode tornar-se, de maneira geral, a medida dire tora de uma apresentação adequada. Mas o comportamento aberto mesmo deve de tora de uma apresentação adequada. Mas o comportamento aberto mesmo deve de ixar-se guiar por esta medida. Isto quer dizer: o comportamento mesmo deve receber antec i se guiar por esta medida. Isto quer dizer: o comportamento mesmo deve receber antec i padamente o dom prévio desta medida diretora de toda apresentação. Isto faz par te da padamente o dom prévio desta medida diretora de toda apresentação. Isto faz par te da abertura que o comportamento mantém. Mas se somente pela abertura que o comport a abertura que o comportamento mantém. Mas se somente pela abertura que o comport a mento mantém se torna possível a conformidade da enunciação, então aquilo que t orna mento mantém se torna possível a conformidade da enunciação, então aquilo que t orna possível a conformidade possui um direito mais

possível a conformidade possui um direito mais o r i g i n a l . d eo r i g i n a l . d e ser considerado como aser considerado como a essência da verdade.

essência da verdade.

Assim, cai por terra a atribuição tradicional e exclusiva da verdade à enunciaç ão. Assim, cai por terra a atribuição tradicional e exclusiva da verdade à enunciaç ão. tida como o único lugar essencial da verdade. A verdade originária não tem sua morada tida como o único lugar essencial da verdade. A verdade originária não tem sua morada original na proposição. Mas surge simultaneamente a seguinte questão: qual é o fun da original na proposição. Mas surge simultaneamente a seguinte questão: qual é o fun da mento da possibilidade intrínseca da abertura que mantém o comportamento e que se d á mento da possibilidade intrínseca da abertura que mantém o comportamento e que se d á antecipadamente uma medida? É somente desta possibilidade intrínseca da abertura do antecipadamente uma medida? É somente desta possibilidade intrínseca da abertura do comportamento que a conformidade da proposição recebe a aparência d e realizar a comportamento que a conformidade da proposição recebe a aparência d e realizar a essência da verdade. essência da verdade.

3. O fundamento da possibilitação

3. O fundamento da possibilitação

de uma conformidade

de uma conformidade

De onde recebe a enunciação apresentativa a ordem de se orientar para o objeto, de De onde recebe a enunciação apresentativa a ordem de se orientar para o objeto, de se pór de acordo segundo a lei da conformidade? Por que é este acordo co-determinante se pór de acordo segundo a lei da conformidade? Por que é este acordo co-determinante da essência da verdade? Como pode unicamente efetuar-se a antecipação do dom de uma da essência da verdade? Como pode unicamente efetuar-se a antecipação do dom de uma medida e como surge a injunção de se ter que pôr de acordo? E isto que somente se reali medida e como surge a injunção de se ter que pôr de acordo? E isto que somente se reali zará se esta doação prévia nos tiver instaurado como livres, dentro do aberto, para algo zará se esta doação prévia nos tiver instaurado como livres, dentro do aberto, para algo que nele se manifesta e que vincula toda apresentação. Liberar-se para uma medida que que nele se manifesta e que vincula toda apresentação. Liberar-se para uma medida que

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3 3 6

3 3 6 . . , , . . H EH E I DI D E GE G G EG E RR S O B R E A S O B R E A E S S Ê N C I A D A E S S Ê N C I A D A V EV E R DR D A DA D EE

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como liberdade é a ex-posição ao caráter desvelado do ente como tal. Ainda incom como liberdade é a ex-posição ao caráter desvelado do ente como tal. Ainda incom preendida e nem mes

preendida e nem mes mo carecendo dmo carecendo de fundamentaçãe fundamentaçã o o essenciessenci al, a al, a ek-siek-si stêncstênc ia ia do do homehome mm historiai começa naquele momento em que o primeiro pensador é tocado pelo desvela historiai começa naquele momento em que o primeiro pensador é tocado pelo desvela mento do ente e se pergunta o que é o ente. Nesta pergunta o ente é pel a primeira vez mento do ente e se pergunta o que é o ente. Nesta pergunta o ente é pel a primeira vez experimentado em seu desvelamento. O ente em sua totalidade se revela como experimentado em seu desvelamento. O ente em sua totalidade se revela comophvsis,phvsis,

"natureza", que aqui não aponta um domínio específico do ente. mas o ente enquanto tal "natureza", que aqui não aponta um domínio específico do ente. mas o ente enquanto tal em sua totalidade, percebido sob a forma de uma presença que eclode. Somente onde o em sua totalidade, percebido sob a forma de uma presença que eclode. Somente onde o próprio ente é expressamente elevado e mantido em seu desvelamento. somente lá onde próprio ente é expressamente elevado e mantido em seu desvelamento. somente lá onde tal sustentação é compreendida à luz de uma pergunta pelo ente enquanto tal, começa a tal sustentação é compreendida à luz de uma pergunta pelo ente enquanto tal, começa a história. O desvelamento inicial do ente em sua totalidade, a i nterrogação pelo ente história. O desvelamento inicial do ente em sua totalidade, a i nterrogação pelo ente enquanto tal e o começo da história ocidental são uma e mesma coisa; eles se efetua m ao enquanto tal e o começo da história ocidental são uma e mesma coisa; eles se efetua m ao mesmo "tempo", mas este tempo, em si mesmo não mensurável, abre a possibilid ade de mesmo "tempo", mas este tempo, em si mesmo não mensurável, abre a possibilid ade de t o d a m e d i d a .

t o d a m e d i d a .

Se, entretanto, o ser-aí ek-sistente, como deixar-ser do ente, libera o homem para a Se, entretanto, o ser-aí ek-sistente, como deixar-ser do ente, libera o homem para a sua "liberdade", quer oferecendo à sua escolha alguma coisa possível (ente), quer impon sua "liberdade", quer oferecendo à sua escolha alguma coisa possível (ente), quer impon do-lhe alguma coisa necessária (ente), não é então o arbítrio humano que dispõe da li ber do-lhe alguma coisa necessária (ente), não é então o arbítrio humano que dispõe da li ber dade. O homem não possui a liberdade como uma propriedade, mas antes, pel o contrá dade. O homem não possui a liberdade como uma propriedade, mas antes, pel o contrá rio: a liberdade, o ser-aí, ek-sistente e desvelador, poss ui o homem, e isto tão rio: a liberdade, o ser-aí, ek-sistente e desvelador, poss ui o homem, e isto tão originariamente que somente ela permite a uma humanidade inaugurar a relação com o originariamente que somente ela permite a uma humanidade inaugurar a relação com o ente em sua totalidade e enquanto tal, sobre o qual se funda e esboça toda a história. ente em sua totalidade e enquanto tal, sobre o qual se funda e esboça toda a história. Somente o homem ek-sistente é historiai. A "natureza" não tem história.

Somente o homem ek-sistente é historiai. A "natureza" não tem história.

A liberdade assim compreendida, como deixar-ser do ente, realiza e efetua a ess ên A liberdade assim compreendida, como deixar-ser do ente, realiza e efetua a ess ên cia da verdade sob a forma do desvelamento do ente. A "verdade" não é uma caracte cia da verdade sob a forma do desvelamento do ente. A "verdade" não é uma caracte rístic

rístic a a de uma proposiçde uma proposiç ão conforme, enunciada por um ão conforme, enunciada por um "suj"suj eiteit o" relato" relat ivamenivamen te a te a umum "objeto" e que então "vale" não se sabe em que âmbito; a verdade é o des velamento do "objeto" e que então "vale" não se sabe em que âmbito; a verdade é o des velamento do ente graças ao qual se realiza uma abertura. Em seu âmbito se desenvolve, ex -pondo-se. ente graças ao qual se realiza uma abertura. Em seu âmbito se desenvolve, ex -pondo-se. todo o comportamento, toda tomada de posição do homem. É por isso que o homem é todo o comportamento, toda tomada de posição do homem. É por isso que o homem é ao modo da ek-sistência.

ao modo da ek-sistência.

Pelo fato de todo comportamento humano sempre estar aberto a seu modo e se pôr Pelo fato de todo comportamento humano sempre estar aberto a seu modo e se pôr em harmonia com aquilo a que se refere, o comportamento fundamental do deixar-ser. em harmonia com aquilo a que se refere, o comportamento fundamental do deixar-ser. quer dizer, a liberdade, lhe comunicou como dom a diretiva intrínseca de confor mar sua quer dizer, a liberdade, lhe comunicou como dom a diretiva intrínseca de confor mar sua apresentação ao ente. O homem ek-siste significa agora: a história das possibilidades apresentação ao ente. O homem ek-siste significa agora: a história das possibilidades essenciais da humanidade historiai se encontra protegida e conservada para ela no desve essenciais da humanidade historiai se encontra protegida e conservada para ela no desve lamento do ente em sua totalidade. Conforme a maneira do desdobramento originário da lamento do ente em sua totalidade. Conforme a maneira do desdobramento originário da .

. - - 'es'es sêsê ncinci a da da verdadea verdade , irçompem as r, irçompem as raraara*S*S, simples e , simples e capitais deccapitais dec isões da históriisões da históri a.a. Porque a verdade é liberdade em sua essêndia, o homem historiai pode também, dei Porque a verdade é liberdade em sua essêndia, o homem historiai pode também, dei xando que o ente seja,

xando que o ente seja,nãonãodeixá-lo-ser naquilo que ele é e as"sim como é. O ente, então,deixá-lo-ser naquilo que ele é e as"sim como é. O ente, então, é encoberto e dissimulado. A aparência passa assim"a dominar. Sob seu dom ínio surge é encoberto e dissimulado. A aparência passa assim"a dominar. Sob seu dom ínio surge a não-essência da verdade. Pelo fato de a liberdade ek-sistente como essência da verdade a não-essência da verdade. Pelo fato de a liberdade ek-sistente como essência da verdade não ser uma propriedade do homem, e ainda pelo fato de o homem não ek-sistir a não s er não ser uma propriedade do homem, e ainda pelo fato de o homem não ek-sistir a não s er enquanto possuído por esta liberdade e somente assim tornar-se capaz de história, a enquanto possuído por esta liberdade e somente assim tornar-se capaz de história, a não-essência não poderia nascer subsidiariamente da simples incapacidade e da negli não-essência não poderia nascer subsidiariamente da simples incapacidade e da negli gência do homem. A não-verdade deve, antes pelo contrário, derivar da essência da ver gência do homem. A não-verdade deve, antes pelo contrário, derivar da essência da ver dade. É pelo fato de a verdade e não-verdade não serem indiferentes um para o o utro en dade. É pelo fato de a verdade e não-verdade não serem indiferentes um para o o utro en sua essência, mas copertencerem, que, no fundo, uma proposição verd adeira pode si sua essência, mas copertencerem, que, no fundo, uma proposição verd adeira pode si encontrar em extrema oposição com a correlativa proposição não-verdadeira. P or isso.: encontrar em extrema oposição com a correlativa proposição não-verdadeira. P or isso.: questão da essência da verdade atinge, somente então, o domínio original do que real questão da essência da verdade atinge, somente então, o domínio original do que real deste fundamento se mostrará: a liberdade somente é o fundamento da possibilidade

deste fundamento se mostrará: a liberdade somente é o fundamento da possibilidade intrínseca da conformidade porque recebe sua própria essência da essência mais origina l intrínseca da conformidade porque recebe sua própria essência da essência mais origina l da única verdade verdadeiramente essencial.

da única verdade verdadeiramente essencial.

A liberdade foi primeiramente determinada como liberdade daquilo que é manifesto A liberdade foi primeiramente determinada como liberdade daquilo que é manifesto no se:o do aberto. Como deverá ser pensada esta essência da liberdade? O manifesto ao no se:o do aberto. Como deverá ser pensada esta essência da liberdade? O manifesto ao qual se conforma a enunciação apresentativa. enquanto lhe é conforme, e o en te assim qual se conforma a enunciação apresentativa. enquanto lhe é conforme, e o en te assim como se manifesta para e por um comportamento aberto. A liberdade em face do que se como se manifesta para e por um comportamento aberto. A liberdade em face do que se revela no seio do aberto deixa que cada ente seja o ente que é. A liberdade se revela então revela no seio do aberto deixa que cada ente seja o ente que é. A liberdade se revela então como o que deixa-ser o ente.

como o que deixa-ser o ente.

Falamos ordinariamente de "deixar" quando, por exemplo, nos abstemos de uma Falamos ordinariamente de "deixar" quando, por exemplo, nos abstemos de uma tarefa que nos havíamos proposto. "Deixamos algo ser" significa: não tocamos mais tarefa que nos havíamos proposto. "Deixamos algo ser" significa: não tocamos mais nisto e com isto não mais nos preocupamos. "Deixar" tem. então, aqui, o sentido nega nisto e com isto não mais nos preocupamos. "Deixar" tem. então, aqui, o sentido nega tivo de desviar a atenção de algo. de renunciar a. . .; exprime uma indiferença ou mesm o tivo de desviar a atenção de algo. de renunciar a. . .; exprime uma indiferença ou mesm o u m a o m i s s ã o .

u m a o m i s s ã o .

A palavra aqui necessária para expressar o deixar-ser do ente não visa, entretanto , A palavra aqui necessária para expressar o deixar-ser do ente não visa, entretanto , nem a uma omissão nem a uma indiferença, mas ao contrário delas. Deixar-ser sign ifica nem a uma omissão nem a uma indiferença, mas ao contrário delas. Deixar-ser sign ifica o entregar-se ao ente. Isto, todavia, não deve ser compreendido apenas como simples o entregar-se ao ente. Isto, todavia, não deve ser compreendido apenas como simples ocupação, proteção, cuidado ou planejamento de cada ente que se encontra ou que se ocupação, proteção, cuidado ou planejamento de cada ente que se encontra ou que se procurou. Deixar-ser o ente — a saber, como ente que ele é — significa entr egar-se ao procurou. Deixar-ser o ente — a saber, como ente que ele é — significa entr egar-se ao aberto e à sua abertura, na qual todo ente entra e permanece, e que cada ent e traz, por aberto e à sua abertura, na qual todo ente entra e permanece, e que cada ent e traz, por assim dizer, consigo. Este aberto foi concebido pelo pensamento ocidental, desde o seu assim dizer, consigo. Este aberto foi concebido pelo pensamento ocidental, desde o seu c o m e ç o , c o m o

c o m e ç o , c o m o tà aléthea,tà aléthea, o desvelado. Se traduzimos a palavrao desvelado. Se traduzimos a palavra alétheiaalétheia por "desvelapor "desvela mento", em lugar de "verdade", esta tradução não é somente mais "literal", mas ela co m mento", em lugar de "verdade", esta tradução não é somente mais "literal", mas ela co m preende a indicação de repensar mais originalmente a noção corrente de verdade como preende a indicação de repensar mais originalmente a noção corrente de verdade como confor

confor midadmidad e da enunciaçe da enunciaç ão, no sentido, ainda ão, no sentido, ainda incomprincompr eendido, do caráteeendido, do caráte r de sr de ser er desvedesve lado e do desvelamento do ente. O entregar-se ao caráter de ser desvelado não quer diz er lado e do desvelamento do ente. O entregar-se ao caráter de ser desvelado não quer diz er perder-se nele, mas se desdobra num recuo diante do ente a fim de que este se mani feste perder-se nele, mas se desdobra num recuo diante do ente a fim de que este se mani feste naquilo que é e como é, de tal maneira que a adequação apresentativa dele receba a naquilo que é e como é, de tal maneira que a adequação apresentativa dele receba a medida. Semelhante deixar-ser significa que nós nos expomos ao ente enquanto tal e que medida. Semelhante deixar-ser significa que nós nos expomos ao ente enquanto tal e que transferimos para o aberto todo o nosso comportamento. O deixar-se, isto é. a liberdad e, transferimos para o aberto todo o nosso comportamento. O deixar-se, isto é. a liberdad e, é. em si mesmo, exposição ao ente, isto é, ek-sistente. A essência da liberdade, entrevis ta é. em si mesmo, exposição ao ente, isto é, ek-sistente. A essência da liberdade, entrevis ta à luz da essência da verdade, aparece como ex-posição ao ente enquanto ele tem o cará à luz da essência da verdade, aparece como ex-posição ao ente enquanto ele tem o cará ter de desvelado.

ter de desvelado.

A liberdade não é somente aquilo que o senso comum faz com facilidade c ircular A liberdade não é somente aquilo que o senso comum faz com facilidade c ircular sob tal nom

sob tal nom e: a veleidae: a veleida de que de que de vez de vez em quaem qua ndo se manifesndo se manifes ta em nós, ta em nós, de oscilarmos, emde oscilarmos, em nossa escolha ora para este, ora para aquele extremo. A liberdade também nãoé a a usên nossa escolha ora para este, ora para aquele extremo. A liberdade também nãoé a a usên cia pura e simples de constrangimento relativa às nossas possibilidades de ação ou cia pura e simples de constrangimento relativa às nossas possibilidades de ação ou ina-ção. A liberdade também não consiste somente na disponibilidade para uma exigência ou ção. A liberdade também não consiste somente na disponibilidade para uma exigência ou uma necessidade (e, portanto, para um ente qualquer). Antes de tudo isto (antes da li ber uma necessidade (e, portanto, para um ente qualquer). Antes de tudo isto (antes da li ber dade "negativa" ou "positiva"), a liberdade é o abandono ao desvelamento do ente co mo dade "negativa" ou "positiva"), a liberdade é o abandono ao desvelamento do ente co mo tal. O caráter de ser desvelado do ente se encontra preservado pelo abandono ek-sisten te; tal. O caráter de ser desvelado do ente se encontra preservado pelo abandono ek-sisten te; graças a este abandono, a abertura do aberto, isto é, a "presença" (o "aí"), é o que é. graças a este abandono, a abertura do aberto, isto é, a "presença" (o "aí"), é o que é.

No ser-aí se conse

No ser-aí se conse rva para o homerva para o home m o fundamento essencial, longamem o fundamento essencial, longame nte não fnte não funun dado, que lhe permite ek-sistir. "Existência" não significa aqui

dado, que lhe permite ek-sistir. "Existência" não significa aqui existentiaexistentia no sentido dono sentido do acontecer da pura "subsistência" de um ente não humano. "Existência", porém, também acontecer da pura "subsistência" de um ente não humano. "Existência", porém, também não significa o esforço existencial, por exemplo, moral, do homem preocupado com s ua não significa o esforço existencial, por exemplo, moral, do homem preocupado com s ua identidade, baseada na constituição psicofísica. A ek-sistência enraizad a na verdade identidade, baseada na constituição psicofísica. A ek-sistência enraizad a na verdade

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