ANAC 2016
Decisões
São escolhas entre alternativas ou
possibilidades
São tomadas para resolver problemas ou
aproveitar oportunidades
Podem ser programadas ou não programadas
Levam a uma nova situação que podem
Processo decisório
Identificação do problema ou oportunidade Diagnóstico
Concepção de alternativas Decisão
Diagrama de Ishikawa
Fator 1 Fator 2
Fator 3 Fator 4
Princípio de Pareto
Técnica para selecionar prioridades.
Dentro de uma coleção de itens, os mais
importantes normalmente representam uma
pequena proporção do total.
Segundo o Princípio de Pareto, a maior
quantidade de efeitos depende de uma
pequena quantidade de categorias.
Brainstorming
Opera com base em 2 princípios:
◦
Suspensão do julgamento
◦
Reação em cadeia
Processo de interação entre pessoas para
geração de sugestões sem críticas.
Processo termina quando há um número
suficiente de idéias ou o fluxo de idéias acaba.
As idéias geradas serão analisadas
posteriormente.
Método de Delineamento de
Problemas Organizacionais
Como melhorar algo?
Efeitos desejados (O que queremos alcançar?) Variáveis (O que podemos manipular?) Parâmetros
(O que não podemos mudar?)
Árvore de decisões
Técnica de representação gráfica na qual as
alternativas são identificadas como ramos de
uma árvore.
Auxilia a visualização das possibilidades.
O desenho da árvore ajuda a organizar o
raciocínio, mas não aponta a decisão a ser
tomada.
Ponderação de critérios
Avaliação de alternativas sempre é feita por
meio de critérios.
Os critérios são indicadores de importância
que possibilitam a avaliação de alternativas
de forma objetiva.
Cada critério apresenta um grau de
importância (peso).
Os critérios refletem os valores do tomador
de decisão.
Racionalidade e Intuição
O processo decisório ocorre com a
combinação da racionalidade e da intuição.
Quanto mais informação utilizada mais
racional é o processo.
Quanto mais opinião e sentimento utilizados
mais intuitivo é o processo.
Quem decide?
Líder
Decisões autocráticasEquipe
Decisões compartilhadas Decisões delegadasDecisões em grupo
Nem sempre a decisão em grupo é
democrática.
Aumento da propensão ao risco.
Interação entre os indivíduos:
◦
Habilidade de liderança.
◦
Persuasão.
◦
Formação de subgrupos.
Dissonância Cognitiva
Modelo de Festinger:
◦
Cognição é a percepção do indivíduo sobre si e
sobre o contexto
◦
Dissonância é a oposição entre cognições ou
emoções, gerando conflito
◦
Solução: alterar valores antigos ou a ação atual
ARMADILHAS
Armadilha da ancoragem
Armadilha do status quo
Armadilha do custo afundado
Armadilha da confirmação das evidências
Armadilha da formulação
ARMADILHAS
Armadilha da Ancoragem
Corresponde à tendência da mente humana de
prestar
maior
atenção
às
informações
apresentadas preliminarmente sobre uma
determinada questão, as quais funcionam como
âncoras ao processo decisório.
ARMADILHAS
Armadilha da Status Quo
Decorre do desejo humano de proteger o ego:
estudos demonstram que as pessoas preferem
evitar mudanças quando instadas a escolher
entre a manutenção de uma situação vigente e a
mudança.
ARMADILHAS
Armadilha do Custo Afundado
Consiste em tomar decisões que justifiquem ou
ratifiquem decisões passadas, mesmo quando
elas não parecem mais válidas. Nessa
armadilha, o indivíduo se recusa a fazer
mudanças necessárias, inclusive porque isso
seria admitir um erro.
ARMADILHAS
Armadilha da Confirmação das
Evidências
Consiste na busca de informações que
confirmem ponto de vista interno, evitando-se
a busca das informações conflitantes com
aquilo que já se acredita. A armadilha afeta não
apenas a busca de informações, mas também a
interpretação para favorecer um ponto de vista.
ARMADILHAS
Armadilha da Formulação ou da
Formatação
Consiste na influência da forma como uma
questão é apresentada sobre as decisões das
pessoas. A formatação de uma questão é uma
das etapas mais perigosas da tomada de
decisões.
ARMADILHAS
Armadilha da Estimativa ou Previsão
Abrange: armadilha do excesso de confiança,
que consiste na crença elevada nas estimativas
pelos
seus
respectivos
formuladores;
armadilha da prudência, que consiste na
preocupação excessiva conferida a previsões;
armadilha da lembrança, que consiste na
interferência de experiências pessoais em
decisões tomadas.
Deep Blue foi um supercomputador e um software criados pela IBM especialmente para jogar xadrez, com 256 processadores capazes de analisar 200 milhões de posições por segundo.
Em 1997, Deep Blue venceu Kasparov em um novo confronto de 6 partidas, com 2 vitórias, 3 empates e 1 derrota, tornando-se o primeiro computador a vencer um campeão mundial de xadrez num
Racionalismo
Incrementalismo
Mixed-Scanning
Os tomadores de decisão deveriam ter um extremo
grau de controle sobre as situações que enfrentam.
Neste modelo, a decisão racional segue o seguinte
processo:
◦
O ator conscientiza-se de um problema;
◦
Define uma meta;
◦
Analisa cuidadosamente os meios alternativos;
◦
Escolhe entre os meios aquele que melhor se alinha
com o resultado pretendido.
Suas exigências estão além das reais capacidades dos
atores decisórios;
Na maioria dos casos, não existe clareza sobre os
valores que orientam a decisão;
É exagerada a afirmação de que é possível distinguir
perfeitamente as alternativas, os valores e os fatos, os
meios e os fins;
As informações sobre os impactos das alternativas
são imperfeitas e falhas;
Não existem recursos técnicos nem tempo para uma
escolha perfeitamente racional.
O Homem que Decide
Os critérios do indivíduo são múltiplos e
possivelmente ambíguos
Os critérios de decisão dependem do contexto
As decisões são afetadas por fatores inconscientes
O conceito amplo de racionalidade limitada abrange:
◦
(1) soluções satisfatórias ao invés de otimizadoras;
◦
(2) a substituição de objetivos abstratos e globais
por objetivos menores tangíveis;
◦
(3) a divisão da tarefa do processo decisório entre
muitos especialistas, coordenando seu trabalho
através de uma estrutura de comunicação e
relações de autoridade.
A decisão é mais lenta;
Requer o levantamento de todas as informações
sobre o assunto, o estudo de todas as
possibilidades técnicas e políticas para solucionar
o problema;
Pretende-se realizar grandes mudanças a partir
de objetivos e cursos de ação previamente
definidos.
Busca solucionar problemas de maneira gradual,
sem introduzir grandes modificações nas
situações existentes e sem rupturas;
Em vez de especificar objetivos, os tomadores de
decisão escolhem mediante a comparação de
alternativas específicas;
A melhor decisão não é a que maximiza os
valores, mas a que assegura o melhor acordo
entre os interesses envolvidos.
Tipicamente, são decisões que dizem respeito a
ajustes ou a medidas experimentais de curto
alcance no atendimento das demandas;
Pode ser importante estratégia para a adoção de
políticas com alto potencial de conflito, ou que
implicam limitação de recursos ou de
conhecimentos.
Validade limitada por exigir a existência conjunta de
três condições necessárias:
◦
Os resultados das políticas atuais devem ser
satisfatórios, pois assim é possível aceitar que
mudanças apenas marginais possam produzir uma
taxa de melhora aceitável nas políticas;
◦
A natureza dos problemas não pode variar muito;
◦
A disponibilidade dos meios para atender aos
problemas deve permanecer constante.
Incrementalismo
O modelo incremental mostra-se pouco compatível
com as necessidades de mudança e pode apresentar
um viés conservador!
O modelo racional-compreensivo parte de um
pressuposto ingênuo de que a informação é perfeita e
não considera adequadamente o peso das relações de
poder na tomada de decisões!
Há 2 tipos de decisão: as estruturantes e as
ordinárias;
As decisões estruturantes estabelecem os rumos
básicos das políticas públicas e proporcionam o
contexto para as decisões ordinárias;
As decisões ordinárias decorrem das decisões
estruturantes e envolvem análise mais detalhada de
alternativas específicas.
O mixed-scanning requer que os tomadores de
decisão se engajem em uma ampla revisão do campo
de decisão, para definir alternativas fundamentais;
A partir das alternativas estrategicamente
selecionadas, são realizadas análises detalhadas para
escolha da melhor opção;
Não seria tão exaustiva como o racionalismo e seria
mais estratégica e inovadora do que o
incrementalismo.
Noção de Estado
• Ao se organizar como
grupo,
o
homem
é
envolvido na teia do
Estado, que controla os
que
habitam
seu
território.
Enfim:
• Estado é a organização político-jurídica de
uma sociedade para realizar o bem comum,
com governo próprio e um território
determinado.
Elementos do Estado
Povo
Soberania
Território
Formação dos Estados
• Teoria do Impulso Associativo Natural: As sociedades seformariam de maneira natural, pois esse impulso de associação seria intrínseco ao ser humano.
• Teoria Contratualista: As sociedades se formariam devido à necessidade e à conveniência da formação de grupos, como uma forma de favorecimento mútuo encontrada pelos indivíduos. Em outras palavras, o Estado seria concebido a partir da escolha racional dos indivíduos em prol de um pacto, estabelecido como forma de superar os conflitos gerados pelo instinto anti-social do homem ou pacificar seus problemas de convivência.
FORMA
ÇÃ
O DOS ESTADOS
INDIVÍDUO ISOLADO
AGRUPAMENTO SOCIAL BÁSICO
SOCIEDADE PRIMITIVA
SOCIEDADE COMPLEXA
NAÇÃO
ESTADO
Nação política e juridicamente organizada
Domínio da Teoria do Impulso Associativo Natural Domínio das Teorias Contratualistas
Nação x Estado
• Nações: em seu conceito primário, representam o conjunto de indivíduos que têm vínculos sociais e identitários, não necessariamente associados a um território específico. Por isso, pode-se mencionar a Nação Islâmica, que não se refere a um Estado específico.
• Estado: encerra a ideia de uma organização política e jurídica que prevalece sobre um determinado espaço geográfico, habitado por uma sociedade em que os indivíduos se submetem à vontade coletiva - originando, assim, um poder supremo que denominamos soberania.
Formação dos Estados
• O Estado Moderno se inicia com o Absolutismomonárquico, que consegue obter a concentração de poder nas mãos do soberano e, com isso, permite o estabelecimento de unidades nacionais.
• Há concentração dos poderes militares, econômicos e burocráticos - em outras palavras, trata-se da
monopolização do poder, que é um dos elementos fundamentais do Estado moderno.
Formação dos Estados
Fatores que possibilitaram a monopolização crescente do poder:
• Criação de um exército permanente, formado por membros remunerados dispostos em uma estrutura hierárquica com comando centralizado;
• Estabelecimento de uma burocracia composta por quadros profissionais permanentes;
• Implantação de um sistema tributário para assegurar o fluxo de receitas para o soberano;
• Estabelecimento de uma ordem jurídica válida por todo o território.
Formas de Surgimento
• Modo Originário: o Estado surge diretamente do meio nacional, sem decorrer de nenhum outro Estado previamente constituído.
• Modo Secundário: o Estado também surge do meio nacional, mas por intermédio de vários Estados ou partes que almejem constituir uma unidade, como ocorre, por exemplo, na constituição das federações. (Pode se dar por meio de fusões ou desmembramento de Estados!).
• Modo Derivado: o Estado forma-se a partir do seu exterior, mediante processos de descolonização, reconhecimento dos direitos de soberania (ex.: Austrália) ou ação de entidade supranacional (ex.: Israel).
Funções do Estado
Doutrina da divisão de poderes - ou, como muitos preferem, da divisão das funções a cargo do Poder Estatal:
• PODER LEGISLATIVO: Estabelecimento de normas gerais que irão reger o funcionamento da sociedade, definindo parâmetros de atuação para governo e sociedade, em termos abstratos, não direcionados a casos específicos e concretos;
• PODER EXECUTIVO: Execução das normas estatuídas pelo Legislativo, como expressão da vontade soberana do Estado;
• PODER JUDICIÁRIO: Deslindar os conflitos que podem surgir na sociedade, assegurando a melhor aplicação das normas gerais e abstratas aos casos concretos.
Funções do Estado
Montesquieu estabeleceu a doutrina da separação dos poderes, a partir dos seguintes fundamentos:
• Cada função básica do Estado deverá ser exercida por um titular diferente, evitando-se a concentração em uma só pessoa ou órgão;
• Cada um dos três poderes deverá atuar de forma independente, mas vinculada aos outros, de forma a estabelecerem mecanismos mútuos de controle.
Dessa forma, foi estabelecido o sistema de "FREIOS E CONTRAPESOS" (em inglês, "checks and balances"), em que cada poder oferece limites à atuação do outro.
Apresentam um único centro de poder político, que direciona as decisões políticas e as políticas públicas;
Há Centralização Política: um poder com competência exclusiva em todo o território do Estado e sob toda a população;
Pode haver Descentralização Administrativa;
Exemplos: França, Espanha, Portugal, Uruguai.
Apresentam um complexo de unidades com poder político, entre as quais são repartidas as decisões políticas e as políticas públicas;
Há Descentralização Política: diversos poderes com competência próprias, comuns ou concorrentes;
Há Descentralização Administrativa;
Exemplos: Estados Unidos, Brasil, Argentina.
Dois ou mais Estados se unem, formando um único Estado Soberano;
Não há hierarquia ou subordinação entre as partes, que mantém autonomia para atuar segundo as competências definidas pela Constituição, havendo controle judicial do pacto federativo;
Há descentralização política, com representação das unidades no poder legislativo nacional (Senado);
Ao renunciarem à sua soberania para formar um novo Estado, as unidades perdem o direito de secessão.
ESTADO COMPOSTO
ESTADO FEDERADO
PROCESSOS DE FORMAÇÃO
Modo Centrífugo:
Um Estado unitário se transforma em Estado Federal, outorgando a suas unidades certo grau de autonomia e concedendo-lhes participação na formação da vontade da União.
Ex: Brasil
Modo Centrípeto:
Nasce de um acordo entre unidades independentes,
formalizado por um tratado que define um novo Estado, do qual as unidades serão membros.
ESTADO FEDERADO
CARACTERÍSTICAS (1)
Segundo Dalmo Dallari:
A união faz nascer um novo Estado e, conseqüentemente, aqueles que aderiram à federação perdem a condição de Estados.
O poder político é compartilhado pela União e pelas unidades federadas.
A base jurídica do Estado Federal é uma Constituição, não um tratado.
ESTADO FEDERADO
CARACTERÍSTICAS (2)
Segundo Dalmo Dallari:
Só o Estado Federal tem soberania.
Na federação não existe direito de secessão.
No Estado Federal as atribuições da União e as das
unidades federadas são fixadas na Constituição, por meio de uma distribuição de competências.
Pacto Federativo
“Em essência, um arranjo federal é uma
parceria, estabelecida e regulada por um
PACTO.”
“Suas conexões internas refletem um tipo de
divisão de poder entre os parceiros, baseada no
reconhecimento mútuo da integridade de cada
um e no esforço de favorecer uma unidade
especial entre eles.”
Pacto Federativo
Os governos subnacionais também têm instrumentos para defender seus interesses e direitos originários:
◦ Cortes constitucionais, que garantem a integridade contratual do pacto originário.
◦ Casa legislativa representante dos interesses regionais (Senado).
◦ Representação desproporcional dos estados menos populosos na câmara baixa.
◦ Limitações a mudanças na Constituição, com um processo decisório que exige maiorias qualificadas.
◦ Princípios básicos da federação não podem ser minimizados via emendas.
Existência de heterogeneidades que dividem uma
determinada nação:
◦
Cunho territorial.
◦
Étnico, lingüístico, sócio-econômico.
◦
Cultural e político.
Existência de um discurso e de uma prática
favoráveis à UNIDADE NA DIVERSIDADE.
Defesa da autonomia local, mas procurando
formas de manter a integridade territorial.
PERÍODO COLONIAL:
Dificuldades para Portugal ocupar e manter o controle político do território brasileiro;
Necessidade de algum grau de descentralização política e administrativa;
Divisão do território em Capitanias Hereditárias, administradas por nobres em nome da Coroa;
A divisão em capitanias influenciou a organização territorial brasileira.
FEDERALISMO BRASILEIRO
IMPÉRIO:
Esforços de centralização político e administrativa X Dispersão da população e dificuldade em estabelecer controle político sobre o território;
Pactos entre o poder central e os poderes locais (os “coronéis”) para manter a ordem no interior do país;
A Constituição do Império reconhecia o papel político das províncias;
As províncias elegiam assembléias com autonomia para legislar sobre assuntos estritamente locais.
FEDERALISMO BRASILEIRO
REPÚBLICA (até 1930):
Pressão política das províncias mais desenvolvidas (SP, MG, RS) por mais influência política;
Política dos Governadores: acordos entre as elites regionais para dividir o poder local e nacional;
A Constituição de 1891 concedia diversas competências aos estados;
Os estados podiam legislar sobre qualquer assunto que não fosse atribuição exclusiva da União, controlando inclusive o imposto sobre exportações.
FEDERALISMO BRASILEIRO
REPÚBLICA (de 1930 até 1988):
A Revolução de 1930 derrubou o “federalismo
oligárquico”;
Redução da autonomia dos estados com a nomeação de interventores por Getúlio Vargas;
Constituições de 1934, 1937, 1946 e 1988 ampliaram as atribuições da União;
Concentração de poder e recursos pelo governo federal e crescente sobreposição de funções, até 1988.
FEDERALISMO BRASILEIRO
EVENTOS RECENTES:
Ao final do regime autoritário, os governadores eleitos em 1982 e 1986 tiveram grande influência na Nova
República;
Efeitos sobre a Assembléia Constituinte de 1988, levando à descentralização de recursos tributários;
Até 1994, grande influência dos governadores levando ao agravamento da crise fiscal do Estado brasileiro.
FEDERALISMO BRASILEIRO
Indissolubilidade do vínculo: a forma federativa deve ser um núcleo permanente (cláusula pétrea);
Divisão constitucional de competência entre as unidades federadas;
Participação das unidades parciais na formulação da vontade geral;
Capacidade de auto-organização e auto-administração dos Estado-Membros.
FEDERALISMO BRASILEIRO
A Constituição estabelece que o Brasil é uma República Federativa, composta: pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios;
Observação: o Brasil é um dos únicos estados federais que consideram os municípios como unidades da federação;
Todos os entes federados possuem competências próprias e autonomia administrativa, legislativa e tributária.
FEDERALISMO BRASILEIRO
A Constituição estabelece os impostos e taxas exclusivas de cada ente da federação;
O ICMS, maior imposto da federação (25% da
arrecadação), é de arrecadação exclusiva dos estados;
Impostos relacionados ao nível de atividade econômica:
◦ ICMS e IPVA (estados);
◦ ISS e IPTU (municípios)
FEDERALISMO BRASILEIRO
A Constituição estabelece a repartição das receitas tributárias da União com estados e municípios;
Fundos de participação dos estados e municípios: FPE e FPM, incidindo sobre o IR e o IPI;
Fundos Constitucionais de Desenvolvimento, para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste;
A distribuição dos fundos é, em parte, proporcional à população e inversamente proporcional à renda,
visando reduzir desequilíbrios regionais.
FEDERALISMO BRASILEIRO
Havia tendência de os estados e municípios transferirem os custos de suas atividades para a União, em um ciclo de
endividamento e inflação;
Encerramento do ciclo no governo FHC: eliminação da inflação e desvalorização das dívidas públicas, o que favoreceu os estados devedores;
A União começou a fechar o cerco sobre os “ralos” que
possibilitavam o endividamento dos estados: empréstimos por antecipação de receitas orçamentárias – AROs e uso dos bancos estaduais como tomadores de empréstimos no mercado.
LRF - A LEI DE
Aprovação, em 2000, da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101), que estabeleceu normas rígidas de gestão fiscal para todos os governos;
Obrigatoriedade de planejamento orçamentário, com comprovação de que suas receitas são suficientes para cobrir os gastos;
Restrição à prática da transferência dos “restos a pagar”
aos sucessores;
Limites para gastos com pessoal e endividamento, com pesadas punições para os administradores e governantes.
LRF - A LEI DE
Presidencialismo forte, com Legislativo bicameral
fragmentado entre vários partidos políticos e Judiciário independente;
Sistema federativo que reproduz a separação de poderes nas esferas estadual e municipal, com autonomia
política;
Para governar, o Executivo realiza alianças partidárias amplas (Presidencialismo de Coalizão), dificultando a atuação dos partidos em nível nacional para articular projetos políticos.
FEDERALISMO BRASILEIRO
Representação desigual da população na Câmara dos deputados, por causa dos limites mínimos e máximos por Estado;
Influência dos governadores na política nacional,
sobretudo a partir do seu controle sobre os Deputados Federais;
Fragmentação do sistema partidário, causando total dependência dos governos para que haja coordenação de atividades e políticas.
FEDERALISMO BRASILEIRO
Formas de Governo
Para Aristóteles (classificação mais antiga), o
governo pode se constituir em:
MONARQUIA, ARISTOCRACIA E DEMOCRACIA
Para Montesquieu, há três espécies de governo:
Formas de Governo:
Monarquia
Refere-se a forma de governo em que um só
indivíduo, governa em prol do bem geral.
São características fundamentais da monarquia:
Vitaliciedade
– O monarca pode governar
enquanto viver ou enquanto tiver condições.
Hereditariedade
– A linha sucessória seguirá
uma ordem hereditária do monarca.
Irresponsabilidade
– O monarca não tem
responsabilidade política.
Formas de Governo:
República
Refere-se a forma de governo típica da
coletividade, na qual cabe à população eleger
seus representantes para um mandato
pré-fixado.
As características principais da República são:
Temporariedade
– o mandato do chefe de
governo tem duração predeterminada.
Eletividade – o governante é eleito pelo povo.
Responsabilidade
– o chefe do governo é
politicamente responsável.
Sistemas de Governo
Refere-se a organização social e política de um
Estado, especialmente em termos das relações
entre os poderes executivo e legislativo.
Sistemas:
- PARLAMENTARISMO
- PRESIDENCIALISMO
Sistema de Governo:
Parlamentarismo
• Monarquias Constitucionais e Repúblicas.
• Poder executivo se divide em duas partes: um
Chefe de estado (monarca ou presidente da
república), e um chefe de governo (primeiro
ministro ou presidente do conselho de
Ministros)
• O primeiro ministro é indicado ou mesmo
nomeado pelo chefe de estado, mas sua
escolha
e
permanência
dependem
da
aprovação da maioria no parlamento.
Sistema de Governo:
Parlamentarismo
• A aprovação do Primeiro Ministro e do seu
Conselho de Ministros pelo parlamento se faz
pela aprovação de um plano de governo, e a ele
cabe o empenho pela concretização do mesmo
perante o povo.
• O governo é exercido por um corpo coletivo de
Ministros e seus ministérios.
• O Poder Legislativo assume funções
Sistema de Governo:
Parlamentarismo
RESPONSABILIDADE POLÍTICA!
• O Parlamento é responsável perante os
eleitores. Caso haja perda de confiança do
povo com os membros do governo, utiliza-se o
mecanismo da dissolução do parlamento, por
meio
de
convocação
de
eleições
extraordinárias
para
formação
de
outro
Parlamento.
Sistema de Governo:
Presidencialismo
• O presidente da república é o Chefe de Estado
e Chefe do Governo. Assim, a chefia do
executivo é unipessoal.
• Eletividade e Temporariedade.
• O Presidente da República tem poder de veto
Sistema de Governo:
Presidencialismo
• Independência entre os três poderes do estado.
• É sistema típico das repúblicas.
• Irresponsabilidade política do chefe do
Presidencialismo
Segundo Paulo Bonavides, são três os princípios
básicos do presidencialismo:
•
Historicamente, é o sistema que adotou a forma
clássica do princípio da separação de poderes.
•
Todo o poder executivo se concentra na figura do
Presidente, que o exerce de forma plena e fora de
qualquer responsabilidade política perante o poder
legislativo.
•