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ECOS do ATLÂNTICO. Editorial do Boletim. Senti falta das colegas que foram transferidas. para outras unidades. A minha doença agravou-se

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ECOS do

ATLÂNTICO

CASA DE SAÚDE CÂMARA PESTANA Nº 79 Julho/Agosto 2020

ial

do B

oletim

Devagar mas, contínua e persistente-mente, lá vamos voltando à normalida-de. Uma normalidade nova. A normali-dade possível. Com avanços e retroces-sos adaptados à realidade atual e em tempos de pandemia.

Assim, nesta edição damos conta de alguns novos projetos e atividades que foram retomados. Damos a conhecer o projeto ‘Pata Amiga’, baseado num complemento de intervenção terapêu-tico conhecido como terapia assistida por animais, e que está a ser desenvol-vido nesta Casa de Saúde desde Junho. Ficamos também a saber que no dia 02 de Agosto, se comemorou o 123º ani-versário da morte de Maria Angústias e que neste dia, na Casa de Saúde foi celebrada uma Eucaristia de Ação de Graças, onde se nomeou cada pessoa que faleceu vítima da pandemia nos diferentes centros das Irmãs Hospitalei-ras e se rezou por todas as Irmãs e co-laboradores que continuamente se têm dedicado à missão e à luta contra a COVID-19.

Neste boletim podemos ainda perceber melhor o projeto ‘Saúde Mental - Va-mos descomplicar?’. Um projeto dos Centros Assistenciais das Irmãs Hospi-taleiras do Sagrado Coração de Jesus que foi vencedor da 5ª edição das Bol-sas de Cidadania - Roche 2019.

Estes são alguns dos artigos. Pode ler outros e ficar a par do que por aqui

‘A minha doença

agravou-se’

‘Senti falta das

colegas que

fo-ram transferidas

para outras

uni-dades’.

Senti falta da mi-nha liberdade… de

poder ir a casa’

‘Vivi uma profunda agonia’

‘Foi doloroso não poder ver as mi-nhas filhas… sentir

(2)

Projeto ‘Pata Amiga’

D

eu-se início no passado mês de Junho, a um projeto inovador na CSCP, com vertente assistencial.

Este tem por nome “Pata amiga” e baseia-se num complemente de intervenção terapêutica conhecido como terapia assistida por animais.

Surge na sequência de uma parceria efetuada com os Bombeiro Sapadores do Funchal, os quais disponibilizam-se a vir 2 vezes por semana à CSCP para realizar as sessões. Foi composta uma equipa constituída por 2 dinamizado-res (o bombeiro Cláudio Medeiros e a terapeuta ocupacional Joana Neves) e uma cadela de raça pastor alemão chamada Elga (co-terapeuta). Tem como destinatárias um grupo de pessoas assistidas das áreas de intervenção de psiquiatria de longo internamento e de deficiência intelectual. Esta intervenção encontra-se a ser realizada sema-nalmente com duração média de 1 hora. Ao longo das sessões são realizadas várias atividades, nomeadamente o passear, alimentar, escovar e acariciar o co-terapeuta, ensinar regras e realizar jogos com mesmo. Desde o início das intervenções tem-se vindo a criar um vínculo entre as pessoas assistidas e o co-terapeuta, verificando-se o au-mento da cumplicidade com o co-terapeuta. Estas intervenções tem apresentado diversos benefícios desde aumen-to da motivação para o envolvimenaumen-to nas atividades, maior sentido de grupo, melhoria do processamenaumen-to e discri-minação tátil, aumento do sentido de responsabilidade, entre outros. Estes são apenas alguns dos benefícios que equacionam a relação com o melhor amigo do homem.

(3)

UM DIA DIFERENTE...

Um dia diferente, para uma época muito difí-cil onde cada um de nós sente na solidão, não de estar só, mas sim do toque da família, do conforto da Eucaristia que há muito não existia devido à situação de Pandemia da Covid-19.

No dia 26 de junho pela manhã toda a equi-pa e pessoas assistidas da unidade de Nossa Senhora de Fátima foi presenteada com a celebração da eucaristia aqui mesmo… Foi um momento muito bonito e de grande sa-tisfação para as nossas pessoas assistidas, um dia quase perfeito….

Para o coração de quem cuida o Sr. Pe. Ro-berto disse palavras de conforto e união que nos fez refletir na importância da nossa cami-nhada enquanto colaboradores ao serviço da vida e da esperança!

(4)

Eucaristia de Ação de Graças

D

ia 2 de agosto 2020, fomos convidados, como comunidade hospitaleira, a unir-nos a toda a

hu-manidade e a entrar nessa onda invisível, mas real, de ação de graças ao Senhor Jesus, o Divino

Samaritano.

Nesta onda, a Casa de Saúde Câmara viveu o 123º Aniversário da Morte de Mª Angustias nossa

Fundado-ra, celebrando a eucaristia pelas 11h00 em ação de graças pela vida da Comunidade hospitaleira.

Momen-to celebrativo onde recordamos nominalmente cada pessoa que faleceu vitima da pandemia nos Centros

hospitaleiros da Província Portuguesa e rezamos por irmãs e colaboradores, que de modo incansável se

têm dedicado na missão, em luta contra a Covid-19, nos Centros.

O espírito dos nossos Fundadores está mais vivo do que nunca. O Amor de caridade continua a ser a

cha-ma incendiária e a seiva que percorre e inunda todos os ramos da árvore que é a Congregação.

(5)

GAR - Projeto ‘Saúde Mental - Vamos descomplicar?’

A

promoção da literacia em saúde mental é re-ferida na literatura como uma estratégia chave de promoção da saúde mental e de redução do estigma. A Organização Mundial da Saúde define literacia em saúde como o conjunto de “competências cognitivas e sociais e a capacidade dos indivíduos para ganharem acesso a compreenderem e a usarem infor-mação de formas que promovam e mantenham boa saúde”. Possibilita assim o aumento do controlo das pessoas sobre a sua saúde e a sua capacidade para pro-curar informação e para assumir responsabilidades. Atu-almente verificam-se várias iniciativas de divulgação e capacitação de informação sobre saúde mental no en-tanto muitas apresentam os conteúdos com uma lin-guagem pouco acessível e com um grau de complexida-de que dificultam o seu entendimento e apropriação. A criação deste website tem assim como objetivo a pro-moção da acessibilidade à informação sobre incapacida-de e saúincapacida-de mental, tendo como principais protagonistas pessoas com deficiência intelectual e problemas de saú-de mental. Pretensaú-de promover a autosaú-determinação e empowerment das pessoas com deficiência e problemas de saúde mental e seus familiares e representantes, através da criação de um instrumento de disseminação

soas com deficiência e experiência de doença mental. Este é um projeto desenvolvido pelos grupos de autore-presentação (GAR) de pessoas assistidas/utentes dos 12 estabelecimentos de saúde geridos pelo Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus (IIHSCJ), englobando todo o contexto nacional (Portugal continental, Açores e Madeira) e um total de mais de 60 participantes.

O projeto "Saúde Mental - Vamos descomplicar?" foi um dos 6 projetos vencedores da 5ª Edição das Bolsas de Cidadania - Roche 2019. Estas Bolsas, promovidas pela empresa Roche (www.roche.pt), destinam-se a fi-nanciar projetos e ideias capazes de fomentar a partici-pação dos cidadãos e dos doentes nos processos de decisão em saúde, de informar os doentes dos seus di-reitos de acesso à informação e ao envolvimento nas decisões individuais de tratamento.

Pretende-se assim que este seja um passo potenciador de uma voz mais ativa das pessoas com deficiência e problemas de saúde mental! Contamos com o vosso apoio!

(6)

SABIA QUE….

N

o dia Agosto de 2020 celebrou-se o 123° Aniversário da morte de Maria Angústia Giménez Vera, co-fundadora da Congregação das Irmãs Hospita-leiras do Sagrado Coração de Jesus.

Maria Angústias nasceu em granada, a 21 de Agosto de 1849. Tinha três irmãos: Manuel; An-geles e Pepe.

Manuel trabalhou em Ci-empozuelos, no Hospital psiquiátrico dos Irmãos de São João de Deus; An-geles, que depois da mor-te de seus pais, viveu na Casa das Irmãs de Ciem-pozuelos e S. Baudílio. A amizade entre Maria Angústias e Maria Josefa iniciou-se por razões de vizinhança, uma vez que

viviam no mesmo prédio. A sua amizade foi tão profunda que na ‘História da Congrega-ção’ o Pe. Vicente Cárcel chega a afirmar: ‘a partir do momento que se conhecem, bastaria uma só biografia, pois foi tão grande a sua intimidade que, até à morte de Maria Josefa, as sua vidas foram idênticas’.

Depois de conhecerem o Pe. Menni em 1878

escolheram-no para seu diretor espiritual. A 21 de Junho de 1880 partem de Granada, chegando a Ciempozuelos a 22 de Junho. Quase um ano depois, no dia 5 de Maio de 1881 recebem a primeira doente e no dia 31 deste mesmo mês e ano, receberam o hábi-to as 10 primeiras Irmãs Hospitaleiras, entre as quais Maria Angústias. Maria Angústias faz a sua profissão a 1 de novembro de 1882 e a profissão perpétua a 15 de Novembro de 1885. Morreu no dia 2 de Agosto de 1887 no Hospital de S. Baudílio de Llobregat. No dia 3 de agosto foi sepultada no cemitério desta po-voação.

No dia 27 de Outubro de 1893, procedeu-se à exumação dos restos mortais de Maria Angús-tias e no dia seguinte foram transladados para Ciempozuelos .

Repousam na capela-panteão da casa-mãe, em Ciempozuelos, junto dos restos mortais do Pe. Menni e Maria Josefa.

(7)

O (verdadeiro) impacto da COVID - 19 na Casa de Saúde

A

Casa de Saúde Câmara Pestana, para aqueles que serve, todos os momentos que passam

contam – e na pandemia da COVID-19 que estamos a viver, cada instante que passa é

cruci-al.

As decisões tomadas pela Comissão de Gestão da Crise da COVID-19 da CSCP são realizadas com base

nas orientações do Governo Regional, DGS, IASaúde e por consequente nas evidências científicas

apre-sentadas pelos várias comissões de apoio (GCPPCIRA). Estas assumiram ser o ponto orientador e

defini-dor na gestão da COVID 19 na CSCP.

Nestes tempos de incertezas, fomos remetidos ao isolamento, mas ao contrario de muitas empresas que

fecharam a sua atividade, a CSCP e outras continuaram a responder, atuando onde e quando outros não

podiam.

Na medida em que à população geral foi-lhes pedido isolamento social, distanciamento social, os

profis-sionais da CSCP permaneceram na linha da frente e a agir onde são mais necessários, na assistência à

pessoa internada.

Esta pandemia leva-nos por caminhos desafiadores. Além de respondermos apenas às necessidades e

expetativas daqueles que assistimos e seus familiares, também enfrentamos dificuldades dentro de

por-tas. Os profissionais de saúde são diretamente afetados, expostos ao cansaço físico e emocional, muitas

vezes até, sendo profissionais com alto risco de serem vítimas desta nova doença.

Sobretudo na fase inicial, onde as orientações e normas eram alteradas com frequência e que uns dias

depois de serem comunicadas expiravam ou evoluíam para novas regras ou diretrizes. Apesar de, por

ve-zes sentirmos confusos, reagimos celeremente, adaptando-se e respondendo à altura. Para agravar ainda

mais estas condições, o impacto de termos os serviços de apoio na nossa sociedade fechados (creches,

jardins de infância, centros de dia, escolas, entre outros) rapidamente se transformou numa ameaça à

nossa estabilidade social, familiar e pessoal.

Ora, é hora de reconhecer as verdadeiras pessoas que estão a colocar as suas habilidades para estar na

linha da frente com coragem, mesmo estando em risco, e mesmo quando o trabalho que desenvolvem

ultrapassa vastamente o que já faziam e lhes era habitual realizarem.

Estamos diariamente, e com esforço, a responder de modo efetivo, às necessidades humanitárias agudas,

protegendo as pessoas que mais sofrem.

(8)

FESTA DE SANTO AGOSTINHO

N

o dia 28 de Agosto dia de Santo Agostinho, nosso padroeiro tivemos a possibilidade de celebrar em equipa e com todas as pessoas assistidas na nossa Capela da CSCP a Eucaristia, momento festivo que pudemos celebrar em ação de graças em comunidade hospitaleira. Nela voltámos a recordar todas as pessoas faleci-das vítimas da Pandemia Covid19 nos nossos Centros hospitaleiros.

Também neste dia tivemos ocasião de aprender algo em equipa…

Nós colaboradores de Santo Agostinho precisamos de aprender a ter orgulho do que somos, do que fazemos e do que temos, somos uma unidade onde todos os nossos dias são diferentes e onde cada pessoa assistida acrescenta sempre algo novo todos os dias…

-o que nos faz encarar sempre os novos desafios,

-o que nos faz sempre superar as nossas expetativas como equipa…

Estamos longe da perfeição pois tal não existe, mas com as nossas incertezas, diferenças e imperfeições vamos en-frentando as nossas adversidades e desafios.

A equipa de pastoral da saúde resolveu fazer-nos uma surpresa no dia de Santo Agostinho que tocou os nossos corações pois no dia à dia por vezes não nos sentimos valorizados e por vezes sentimos que ninguém dá valor ao nosso esforço e dedicação.

Foi muito gratificante este momento, pois, sentimo-nos valorizados, acolhidos e amados. Precisamos ser menos

crí-ticos connosco, precisamos saber revelar as nossas falhas e fraquezas, celebrar as pequenas conquistas diá-rias.

Os nossos dias são feitos de pequenos passos e é com o sucesso dos pequenos passos que vamos chegar onde queremos.

Sentir gratidão é revelar a bondade que experimentamos nos nossos corações, é espalhar o melhor de nós, é ter sabedoria para entender que na vida há sempre um motivo para sorrir.

Quando olhamos para o nosso lado e vemos alguém que está sempre presente, uma pessoa que nunca nos deixa desanimar, só podemos ficar gratos. Pessoas que nos dão palavras de coragem e que lutam para nos verem felizes, são raros hoje em dia. Estendemos as nossas mãos a quem de nós precisar! Obrigada por tudo!

“Cultiva em ti a planta do amor, pois dela só poderá vir o que é verdadeiramente bom. Por amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos. A medida do amor é amar sem

me-dida. Ama e faz o que quiseres”.

(Santo Agostinho)

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