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Cenário internacional: mercados continuam sendo impulsionados pela frouxa política monetária do FED e pela estabilização da economia chinesa
Em abril, os ativos de risco continuaram se valorizando, enquanto o Dólar novamente se enfraqueceu, ainda que em menor ritmo. Merecem destaque as commodities – principalmente o petróleo e o minério de ferro – e as ações das empresas produtoras das mesmas, as quais apresentaram fortes altas.
A China esteve no centro das atenções. Muito se discutiu sobre o impacto dos estímulos adotados este ano e há diversas dúvidas no ar. As medidas implementadas levarão a um crescimento mais robusto e duradouro ou os efeitos destas medidas começarão a perder força a partir de meados do ano? Novas rodadas de estímulo serão adotadas para tentar manter taxas mais elevadas de expansão? Quanto da alta recente das cotações das commodities reflete o possível impacto direto das medidas sobre a atividade e quanto reflete simplesmente um grande movimento especulativo?
As indicações são de que há um certo entusiasmo exagerado. Chamam a atenção, por exemplo, os volumes recordes negociados na bolsa de commodities de Dalian, na China. A placa de aço se tornou um dos contratos mais líquidos do mundo. Do lado dos fundamentos, os problemas estruturais – e as dificuldades de adotar reformas para resolvê-los – permanecem. As autoridades do país parecem estar apenas tentando evitar uma desaceleração mais acentuada e não forçar um crescimento robusto através de nova explosão do crédito e investimentos. É bom lembrar que um consenso formado no país é de que os estímulos de 2009 foram exagerados e até hoje a China paga o preço daqueles excessos. Como sempre, os próximos passos do governo serão muito importantes para o comportamento de diversos mercados nos próximos meses.
Não apenas a China contribuiu para a valorização de diversos ativos com seus estímulos. O FED também procurou deixar os mercados calmos, optando por não mudar muito o tom do comunicado de sua reunião de abril. Até reconheceu a diminuição dos riscos para seu cenário básico de crescimento moderado, mas ficou um passo aquém de deixar mais clara a possibilidade de alta de juros em junho. O mercado terminou o mês precificando menos de uma alta do fed funds até o final do ano.
Foi mais um mês no qual os agentes foram estimulados a comprar ativos de risco. O FED de seu lado mantém a expectativa de taxas de juros muito baixas, enquanto o governo chinês procura, ainda que temporariamente, estabilizar as taxas de crescimento e a moeda do país. Sem a resolução de questões estruturais, a discussão vai migrando para o chamado “helicopter money” – impressão de dinheiro que iria diretamente para o bolso dos agentes - e novos estímulos fiscais como saída para o baixo crescimento global. As soluções fáceis são sugeridas, como se não tivessem efeitos colaterais e, em grande medida, não estivessem apenas empurrando os problemas para a frente. Além disso, como já colocamos em cartas anteriores, a folga na economia americana está muito próxima do fim e o adiamento de altas de juros no curto prazo pode significar altas mais elevadas no futuro.
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Cenário nacional: a aprovação da continuidade do processo de impeachment leva à nova rodada de forte apreciação dos ativos de risco brasileiros
Novamente, a performance dos ativos brasileiros foi o destaque global. O principal fator por trás do desempenho dos mercados locais foi, naturalmente, a aprovação do prosseguimento do processo de impeachment pela Câmara. O impedimento da presidente também terá que ser aprovado no Senado, mas a decisão da Câmara dificilmente será revertida.
O novo governo tomará posse em meados de maio. Os nomes que circulam para as principais pastas da área econômica fazem jus a expectativa de que políticas econômicas mais racionais sejam adotadas, assim como algumas reformas estruturais sejam aprovadas. O futuro presidente Michel Temer parece ter a correta preocupação de montar um time que não apenas tenha grande capacidade técnica, mas que também tenha grande capacidade de articulação política. Os dois primeiros meses de governo serão fundamentais para que se tenha uma melhor ideia de que mudanças podem ser aprovadas no Congresso.
Os desafios são enormes e já discutimos o assunto em diversas cartas passadas (vide cartas de fevereiro e março de 2016). Uma questão central é tirar a dívida pública de sua trajetória explosiva – o que demandará um ajuste das contas públicas da ordem de cinco pontos percentuais do PIB. Naturalmente todo o ajuste não será feito da noite para o dia – nem neste mandato -, mas reformas como a da previdência e a maior desvinculação de diversos gastos públicos são passos relevantes que deveriam ser implementados o mais rápido possível. Outros importantes passos podem ser dados ao longo dos próximos dois anos: reabertura comercial do país, implementação de um programa de concessões mais eficiente, melhor alocação do crédito público, dentre outros.
Embora uma política econômica mais racional deva ser adotada, os próximos anos não serão um mar de rosas. Até acreditamos que uma recuperação cíclica pode surpreender as expectativas em 2017 – afinal, os investimentos estão extremamente comprimidos e alguma descompressão seria natural em ambiente de maior confiança. No entanto, são muitas as barreiras para um crescimento mais robusto: infraestrutura precária, má alocação do crédito nos últimos anos, problemas regulatórios, baixa taxa de poupança, etc. Merece destaque a elevada alavancagem das famílias e empresas no país. Como as taxas de juros são muito elevadas, uma enorme parcela da renda e das receitas é dirigida para o pagamento de juros. Esta alavancagem deve dificultar um crescimento maior.
Acreditamos em menor inflação nos próximos anos. Mas projetamos uma convergência em ritmo mais lento do que o esperado pelo mercado. Ainda assim, achamos natural um ciclo de cortes de juros mais agressivo ao longo dos próximos trimestres. Neste ambiente de enorme hiato do produto e grande alavancagem das famílias e empresas, taxas de juros reais significativamente mais baixas contribuíriam para a retomada da atividade.
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Desempenho do fundo Kondor KRIT
O resultado do fundo foi -0,99%: -1,40% em moedas direcional; -0,14% em juros internacionais; -0,12% em bolsa micro; -0,26% em bolsa macro. O caixa rendeu +1,12% e as despesas foram de -0,18%.
Histórico de Rentabilidade
Kondor Max Kondor KRIT CDI IFMM IBOVESPA Dólar
-4.12% Março 0.00% -0.99% 1.16% -0.58% 16.97% -9.99% Abril 1.24% 1.58% 1.05% 2.42% 7.70% -0.31% Janeiro 1.17% 1.40% 1.05% 1.72% -6.79% 3.47% Fevereiro 0.69% 0.62% 1.00% 0.63% 5.91% -10.98% 2015 15.66% 19.80% 13.23% 16.87% -13.31% 45.53% 2016 3.13% 2.60% 4.34% 4.23% 24.36% 14.34% 2013 7.81% 9.24% 8.05% 9.34% -15.50% 13.29% 2014 8.79% 8.92% 10.81% 7.55% -2.91% 10.16% 2011 15.02% 15.55% 11.60% 11.19% -18.10% 12.03%% 2012 8.88% 10.07% 8.41% 13.43% 7.40% -4.23% 2009 14.90% 9.88% 16.81% 82.64% -25.98% 2010 10.36% 9.32% 9.75% 9.24% 1.04% 32.00% 2007 5.97%* 11.81% 12.54% 33.73% -8.66% 2008 14.33% 12.38% 5.76% -41.23% Data de Início* 2/8/2007 2/2/2010 Desde o Início 169.14% 103.34%
KONDOR MAX FIQ FIM KONDOR KRIT FIQ FIM
Estratégia KRIT KRIT Patrimônio Líquido
Juros Locais 0.38% 0.41% P.L. Médio (6 Meses)
Juros Internacionais 0.20% 0.10% Retorno Mensal Médio
Subtotal 0.58% 0.51% Desvio Padrão Anual.
Moedas 0.23% -1.03% Sharpe Anualizado ¹
Cupom Cambial 0.00% 0.00% Alpha contra IFMM
Moedas Valor Relativo 0.00% 0.00% Pior Mês -0.72% out-08 -1.97% set-13
Subtotal 0.23% -1.03% Melhor Mês 3.19% dez-08 3.74% jan-15
Bolsa Macro 0.00% -0.11% N.º de Meses Positivos
Bolsa Micro -0.08% -0.33% N.º de Meses Negativos
Subtotal -0.08% -0.44% Maior Seq. de Perdas -2.14% 3 Dias -1.20% 7 Dias
Crédito Externo 0.00% 0.00% Quantitativo 0.00% 0.00% Resultado Bruto 0.73% -0.96% Caixa 1.03% 4.24% Despesas -0.18% -0.68% Result. Líquido 1.58% 2.60% Result. em % do CDI 150% 60%
Atribuição do Resultado Dados Técnicos
Abril 2016 112,237,652 244,901,635 7% 9% 0.59 0.52 1.07% 1.03% 93% 91% 145,338,360 105,767,124 0.96% 0.96% 2.06% 2.72%
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Desempenho do fundo Kondor Equity TOTAL FIM
O Kondor Equity Total obteve rentabilidade de 0,99% em abril, equivalente a 94% do CDI. No ano, a rentabilidade acumulada é de 1.70%, equivalente a 39% do CDI.
A carteira direcional em índices e opções registrou ganho de 0,06%, com destaque positivo para posição comprada em juro real e negativa para nossa posição de hedge vendida de índice futuro de Bovespa.
A carteira direcional em ações perdeu 0.53% no mês. O destaque negativo veio de posição vendida no setor de siderurgia e o destaque positivo uma posição comprada no setor de transportes.
A carteira Long&Short (pares) registrou ganho de 0.29% mês, com destaques para ganho em par do mesmo grupo no setor de mineração e perda em um par do mesmo grupo do setor de petróleo.
A carteira de arbitragem gerou um ganho de 0.25% no mês, com posição no setor de papel/celulose.
Histórico de Rentabilidade por Estratégia
RESULTADO 2010 2011 2012 2013 2014 2015 jan-16 fev-16 mar-16 abr-16 2016 Desde Ínicio
DIR Ações
0.02%
0.38%
6.20%
2.04% -1.69%
3.71%
-0.91% 0.00% -1.14% -0.53% -2.56%
8.09%
DIR Índice0.13%
0.80%
-0.70%
1.15%
0.36%
6.35%
-0.05% -0.44% -0.04% 0.83%
0.31%
8.54%
DIR Opções-0.10% -0.49%
0.11% -0.15% -0.66%
0.03%
0.13% -0.40% -0.12% -0.77% -1.15%
-2.40%
TOTAL DIR0.06%
0.68%
5.58%
3.07% -1.92% 10.48% -0.83% -0.84% -1.29% -0.47% -3.38%
14.76%
LS Grupo0.53% -0.56%
1.29% -0.54% 0.33%
-0.55% -0.15% 0.01%
0.18%
0.29%
0.33%
0.83%
LS Intra Setorial0.52% -0.27%
1.29%
1.05% -0.34% -1.64%
0.14% -0.06% 0.56%
0.00%
0.65%
1.23%
LS Inter Setorial0.26%
0.90%
0.20%
0.13%
0.06%
0.00%
0.00%
0.00%
0.00%
0.00%
0.00%
1.56%
LS Ação x Índice0.82% -0.40%
0.38%
0.61%
1.33%
-0.08%
0.00%
0.00%
0.00%
0.00%
0.00%
2.69%
Total LS2.13% -0.34%
3.41%
1.25%
1.39%
-2.25% -0.01% -0.04% 0.74%
0.29%
0.97%
6.65%
ARB Distorção0.14%
0.01%
0.15% -0.01% 0.26%
0.20%
-0.29% -0.05% 0.09%
0.30%
0.04%
0.80%
ARB Evento0.23%
0.23%
0.09%
0.20%
0.88%
0.00%
0.00%
0.00%
0.00%
0.00%
0.00%
1.64%
ARB Volatilidade-0.01% 0.12%
0.19%
0.00%
0.66%
0.30%
0.22%
0.00%
0.45% -0.05% 0.62%
1.90%
Total ARB0.37%
0.35%
0.43%
0.20%
1.81%
0.50%
-0.07% -0.05% 0.53%
0.25%
0.66%
4.39%
Renda Fixa2.54% 11.20%
8.77%
7.53% 10.50% 12.74% 1.03%
0.97%
1.11%
1.11%
4.29%
73.27%
Despesas-1.13% -2.47% -3.44% -2.99% -2.07% -2.69% -0.17% -0.17% -0.19% -0.19% -0.72%
-14.53%
Resultado3.97%
9.24% 14.90% 9.09%
9.57%
19.09% -0.06% -0.12% 0.89%
0.99%
1.71%
88.94%
CDI2.60% 11.44%
8.41%
8.05% 10.80% 13.24% 1.05%
1.00%
1.16%
1.05%
4.33%
75.31%
% CDI153%
81%
177%
113%
89%
144%
-5%
-12%
77%
94%
39%
118%
*Data de Início - 29/09/20105
Histórico de Rentabilidade por Setor
Histórico de Exposição por Estratégia
RESULTADO 2010 2011 2012 2013 2014 2015 jan-16 fev-16 mar-16 abr-16 2016 TOTAL
Metais
0.50%
0.36%
0.31%
0.10%
0.11% -0.38% 0.11% -0.18% -0.11% -1.39% -1.56% -0.58%
Petróleo0.41% -0.04% -0.81% 0.03%
0.81%
0.00% -0.10% -0.11% -0.85% -0.64% -1.68% -1.31%
CommoditiesOutros0.19% -0.05% 1.86%
0.37%
0.24%
2.28% -0.11% -0.09% 0.00%
0.58%
0.37%
5.35%
Consumo0.37%
1.00%
1.22%
0.40% -0.87% 0.05% -0.76% -0.02% -0.35% 0.28% -0.85%
1.31%
Telecom0.00% -0.42% 0.04%
2.53%
1.82%
0.18% -0.06% -0.01% -0.06% 0.04% -0.09%
4.10%
Utilities-0.02% -0.04% 1.81% -0.52% 0.56%
1.39% -0.02% 0.01% -0.18% -0.27% -0.45%
2.74%
Infraestrutura-0.11% 0.30%
0.33%
0.02% -0.56% -0.21% 0.00% -0.01% -0.08% 0.96%
0.87%
0.64%
Financeiro0.52% -0.67% 1.38% -0.27% 0.27%
0.92% -0.06% -0.01% 1.06%
0.36%
1.35%
3.54%
Propriedades0.67%
0.05%
1.92%
0.57%
0.09% -0.29% -0.02% 0.19%
0.10% -0.13% 0.14%
3.18%
Índices-0.02% 0.22%
1.03%
1.27% -1.27% 4.37%
0.11% -0.70% 0.44%
0.27%
0.12%
5.77%
TOTAL2.52%
0.71%
9.09%
4.51%
1.26%
8.56% -0.92% -0.93% -0.03% 0.07% -1.79% 27.07%
6
Desempenho do fundo Kondor Equity Institucional FIA
O Kondor Equity Institucional FIA rendeu 6,97% em abril o enquanto o Ibovespa rendeu 7,70%.
Os maiores ganhos vieram do setor de transportes. Contribuiu negativamente posição comprada no setor de energia.
Durante o mês, o fundo manteve exposição em torno de 93% comprada em bolsa e fechamos o mês com posição de aproximadamente 94%. As maiores posições estão concentradas no setor financeiro.
Histórico de Rentabilidade
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano Últimos
12 meses IN S T F IA 8.93% - 3.36% 4.92% 10 . 4 5 % IB O V 11.49% - 2.51% - 0.21% 8 . 4 7 % 0 . 9 4 % IN S T F IA 4.43% 4.39% 0.29% - 0.52% - 6.69% 0.61% - 1.65% 6.03% 0.87% - 0.02% 0.35% 5.18% 13 . 3 5 % - 4 . 12 % IB O V 11.13% 4.34% - 1.98% - 4.17% - 11.86% - 0.25% 3.21% 1.72% 3.71% - 3.56% 0.71% 6.05% 7 . 4 0 % IN S T F IA 0.49% 0.69% - 1.57% 0.28% - 0.94% - 6.19% 0.88% - 1.85% 4.39% 2.38% - 1.65% - 1.00% - 4 . 3 6 % IB O V - 1.95% - 3.91% - 1.87% - 0.78% - 4.30% - 11.31% 1.64% 3.68% 4.66% 3.66% - 3.27% - 1.86% - 15 . 5 0 % TOTAL IN S T F IA - 7.46% - 1.22% 3.01% 4.60% 0.48% 3.01% - 2.13% 7.51% - 8.87% 0.18% - 1.90% - 5.99% - 9 . 6 9 % IB O V - 7.51% - 1.14% 7.05% 2.40% - 0.75% 3.76% 5.01% 9.78% - 11.70% 0.95% 0.17% - 8.62% - 2 . 9 1% 17 . 3 8 % IN S T F IA - 7.99% 9.85% 0.69% 5.65% - 3.28% 0.84% - 1.66% - 5.70% - 1.89% - 0.67% - 1.25% - 1.73% - 8 . 0 2 % 3 . 0 3 % IB O V - 6.20% 9.97% - 0.84% 9.93% - 6.17% 0.61% - 4.17% - 8.33% - 3.36% 1.80% - 1.63% - 3.92% - 13 . 3 1% IN S T F IA - 5.22% 4.45% 11.43% 6.97% 18 . 0 1% IB O V - 6.79% 5.91% 16.97% 7.70% 2 4 . 3 6 % 2 0 16 2 0 15 2 0 14 2 0 13 2 0 11 2 0 12