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CCJ aprova regras para a mediação judicial e extrajudicial

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Academic year: 2021

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Ano 16 • Número 93 • 11 de dezembro de 2013 • www.cni.org.br

de junho de 2011 • www.cni.org.br

Nesta Edição:

CCJ aprova regras para a mediação judicial e extrajudicial

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, hoje, o PLS nº 517, de 2011, na forma da emenda substitutiva apresentada, que institui e disciplina o uso da mediação como instrumento para prevenção e solução consensual de conflitos.

A CNI entende que o texto aprovado confere regramentos necessários aos procedimento de mediação extrajudicial e judicial, importante instrumento de prevenção e solução de conflitos que poderá contribuir para a realização mais célere da Justiça.

A participação na mediação será facultativa e somente poderá ser objeto de mediação o conflito que versar sobre matéria que admita transação. Não poderá ser submetido à mediação o conflito em que se discute: (i) filiação, adoção, poder familiar ou invalidade de matrimônio; (ii) interdição; (iii) recuperação judicial ou falência.

O procedimento da mediação deverá ser protegido pela confidencialidade e pelo sigilo, que somente poderão ser quebrados em caráter excepcional.

Na mediação extrajudicial, o convite será formulado por uma parte a outra e considerar-se-á rejeitado se não for respondido no prazo estipulado em contrato ou, na falta deste, em até 30 dias da data de seu recebimento. Se, no termo inicial de mediação, as partes se comprometerem a não iniciar procedimento arbitral ou processo judicial durante certo prazo ou até o implemento de determinada condição, o árbitro ou o juiz suspenderá o curso da arbitragem ou da ação pelo prazo previamente acordado ou até o implemento dessa condição.

Na mediação judicial, o Juiz, se verificar que a controvérsia é passível de solução pela via da mediação, encaminhará o processo ao mediador judicial, designado por distribuição. O procedimento de mediação judicial deverá ser concluído em até 60 dias, contados da primeira sessão, salvo quando as partes, de comum acordo, requererem sua prorrogação. Se houver acordo, os autos serão encaminhados ao juiz, que determinará o arquivamento da petição inicial e, desde que requerido pelas partes, homologará, por sentença irrecorrível, o termo final da mediação.

Os Órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios também poderão submeter à mediação os conflitos em que se envolverem. O projeto será submetido à votação em turno suplementar na CCJ. Se aprovado, será encaminhado à Câmara dos Deputados.

 CCJ aprova regras para a mediação judicial e extrajudicial;

 CCJ aprova modificações na Lei de Arbitragem;

 CDEIC aprova Programa Brasil+Competitivo;

 Convalidação de incentivos fiscais no âmbito do CONFAZ segue para o Plenário do Senado;

 CFT aprova Substitutivo ao PLP que trata da atuação do CADE no sistema financeiro;

 Aprovado PLP que altera Estatuto das MPE;

 Rejeitada fiscalização pelos sindicatos sobre recolhimento do FGTS;

 Projeto Centro-Oeste Competitivo é tema de audiência pública no Senado;

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NOVIDADES LEGISLATIVAS

CCJ aprova modificações na Lei de Arbitragem

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou hoje o PLS 406/2013, que amplia a abrangência da Lei de Arbitragem para permitir sua aplicação a outras formas de relações jurídicas. O texto aprovado permite a utilização da arbitragem pela Administração Pública para resolver conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis decorrentes de contratos por ela celebrados.

Admite, também, o estabelecimento de cláusula compromissória (convenção através da qual as partes em um contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato) nos contratos individuais de trabalho, desde que o empregado ocupe ou venha a ocupar cargo ou função de administrador ou diretor estatutário. A cláusula terá eficácia apenas se for dele a iniciativa de instituir a arbitragem ou se ele houver expressamente concordado com tal instituição.

O projeto altera, ainda, a Lei das S/A e prevê a utilização da arbitragem para dirimir conflitos societários. A aprovação da inserção de convenção de arbitragem no estatuto social obriga a todos os acionistas da companhia. Assegura, contudo, ao acionista dissidente o direito de retirar-se da companhia mediante o reembolso do valor de suas ações. O direito de retirada não será aplicável:

(i) caso a inclusão da convenção de arbitragem represente condição para que os valores mobiliários de emissão da companhia sejam admitidos à negociação em segmento de listagem de bolsa de valores ou de mercado de balcão organizado, que exija dispersão acionária mínima de 25% das ações de cada espécie ou classe;

(ii) caso a inclusão da convenção de arbitragem seja efetuada no estatuto social de companhia aberta cujas ações sejam dotadas de liquidez e dispersão no mercado.

O projeto aguardará na Mesa decurso de prazo para recurso e na inocorrência deste segue para apreciação da Câmara dos Deputados.

CDEIC aprova Programa Brasil+Competitivo

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio – CDEIC da Câmara dos Deputados aprovou, com emendas, o PL 6558/2013, que institui o Programa de Aumento de Competitividade Empresarial e Melhoria no Acesso a Capital de Crescimento - "BRASIL+COMPETITIVO", no âmbito do mercado de capitais brasileiro, estimulando a entrada das médias empresas no mercado de valores mobiliários por meio da dedução de IR e da concessão de crédito tributário em função do imposto deduzido.

De acordo com o texto original, o emissor poderia, em um prazo de 60 meses, deduzir do IRPJ devido crédito tributário correspondente a 66% das despesas incorridas com: sua preparação para ofertas públicas de ações; a oferta pública inicial e subsequente; e o cumprimento com a regulação, formação de mercado e boas práticas de relacionamento. Ademais, os ganhos líquidos com o investimento em ações do Programa seriam tributados por alíquota de IRPJ a 0%, nos casos de pessoa física domiciliada no país ou no exterior e pessoa jurídica tributada com base no lucro real, isenta ou optante do Simples Nacional.

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As emendas aprovadas na Comissão referem-se ao ajuste do percentual de abatimento do IRPJ de 66% para 33%, fazendo com que haja uma contrapartida da empresa; e à constituição de um fundo de investimento intermediário, que aplique um mínimo de 33% em cotas dos Fundos de Médias Empresas previstos pelo benefício, contando com alíquota de IR de 10%.

A CNI entende que a iniciativa é positiva já que cria condições, em termos de incentivos e compensações tributários, para o fomento da entrada de médias empresas no mercado de capitais, que é, atualmente, incipiente em decorrência do alto custo atrelado à abertura de capital e à manutenção desse estado.

Estima-se que a abrangência dessa ação se estenderia por cerca de 35 mil empresas e que, após cinco anos de implantação, a abertura de capital de 750 novos empreendimentos proporcionaria a geração de R$ 84 bilhões em investimentos, criando 1,1 milhão de empregos diretos, circulação adicional de R$ 6,8 bilhões em INSS e FGTS e ganho líquido de arrecadação de IR de R$ 2,5 bilhões (já descontado o incentivo fiscal). Nesse sentido, a medida é positiva para a indústria e economia brasileiras, criando uma nova opção de financiamento ao investimento, à expansão e ao desenvolvimento econômico.

Contudo, cabe ressaltar que a aprovação do Programa não deve ser um fim em si mesmo. Há ainda que se trabalhar para a redução do custo efetivo da abertura de capital. É imprescindível trabalhar no sentido de reduzir os custos de registro, simplificar os processos e acabar com a exigência de publicação legal.

A matéria segue para a apreciação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania – CCJC.

Convalidação de incentivos fiscais no âmbito do CONFAZ segue para o

Plenário do Senado

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal aprovou hoje, em reunião conjunta com a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o parecer do relator, Senador Luiz Henrique (PMDB/SC), favorável ao PLC nº 99, de 2013. O relatório foi aprovado por unanimidade, com emendas redacionais. O projeto prevê quórum diferenciado do CONFAZ para convalidação, até 31 de dezembro de 2013, dos benefícios ou incentivos fiscais ou financeiros instituídos à margem do Conselho, além de substituir o indexador dessas dívidas, o IGP-DI, pelo IPCA. A proposta estabelece a taxa básica de juros (Selic) como limitador dos encargos (quando a fórmula IPCA mais 4% ao ano foi maior que a variação acumulada da taxa Selic, a própria taxa básica de juros será o indexador) e reduz os juros dos atuais 6% a 9% ao ano, para 4% ao ano.

O relator defendeu o projeto em seu parecer pelo fato dos estados possuírem um grande passivo financeiro, decorrente principalmente do pagamento de juros, correções monetárias e amortizações, sendo a União credora de grande parte dessa dívida. Dessa forma, a medida proposta constitui uma solução ao parcelamento da dívida dos estados, uma vez que compreende quase a totalidade dos passivos estaduais e municipais.

O PLC 99/2013, constante da Agenda Legislativa da Indústria de 2013, é apoiado pela CNI já que o convênio junto ao CONFAZ facilitará a convalidação, minimizando a insegurança jurídica e estimulando investimentos e o crescimento econômico.

Tendo sido aprovado nas comissões de mérito, o projeto segue agora para ser apreciado pelo Plenário do Senado Federal.

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NOVIDADES LEGISLATIVAS

CFT aprova Substitutivo ao PLP que trata da atuação do CADE no

sistema financeiro

A Comissão de Finanças e Tributação (CFT) aprovou o Substitutivo apresentado pelo relator Deputado João Magalhães (PMDB/MG) ao PLP 265/2007, que confere ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE a competência para prevenir e reprimir as infrações contra a ordem econômica e contra a concorrência no âmbito do Sistema Financeiro Nacional. A iniciativa prevê também que o Banco Central do Brasil terá competência para decidir acerca de atos de concentração entre instituições financeiras e que, caso entenda que o ato de concentração não afeta a confiabilidade e segurança do sistema financeiro, encaminhará a matéria às autoridades responsáveis pela defesa da concorrência. O Substitutivo aprovado na CFT atualiza os dispositivos do texto original ao corrente quadro normativo, passando a referir-se ao Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência – SBDC, que é constituído pelo CADE. Adicionalmente, determina que a análise dos atos de concentração entre instituições financeiras deverá ocorrer em até 60 dias após sua notificação, sob pena de nulidade.

O segue agora para apreciação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), sujeita à apreciação do Plenário.

Aprovado PLP que altera Estatuto das MPE

A Comissão Especial – CESP constituída na Câmara dos Deputados aprovou o substitutivo ao Projeto de Lei Complementar Nº 221/2012 (Projeto de Lei Complementar Nº 237/2012 apenso), apresentado pelo Relator Dep. Dep. Cláudio Puty - PT/PA nesta data.

A proposta contida no PLP 221/2012 permite abater do valor devido mensalmente pela Micro e Pequena Empresa - MPE optante pelo Simples Nacional parcela correspondente à sua respectiva faixa de renda, incluindo o valor a ser abatido para efeitos de IR, CSLL e PIS/Cofins. Seu apensado, o PLP 237/2012, altera a Lei Geral das MPEs para modificar o Simples Nacional, aumentar o teto das licitações exclusivas para as MPEs e abrir a possibilidade das empresas optantes pelo Simples Nacional usufruírem de outros benefícios fiscais previstos em lei ou instrumento legal desde que expressamente definidos. Ademais, amplia as atribuições do Fórum Permanente das MPEs, estendendo a competência do Comitê Gestor do Simples Nacional, inclui novas categorias no regime e a instaura inovações para o Microempreendedor Individual – MEI.

O Substitutivo aprovado, por sua vez, contempla como principais inovações: a adoção de cadastro nacional único (para fins de arrecadação/fiscalização/cobrança) por CNPJ; a invalidação de exigências e atos que não respeitarem a fiscalização orientadora e a dupla visita; a facilitação e simplificação dos trâmites de abertura, registro, alteração e baixa da MPE; a vedação à exclusão do Simples Nacional por descumprimento de obrigações principais e acessórias; redução de multas; o tratamento diferenciado e facilitado nas compras governamentais, vedada a exclusão da participação por débitos tributários; inclusão de novas categorias ao Simples Nacional; redução da participação obrigatória de MPE em licitações; entre outros.

Por iniciativa dos Dep. Andre Moura – PSC/SE e Dep. Efraim filho – DEM/PB, foi aprovada a supressão do texto que equiparava as compras realizadas pelas entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical (Sistema S) e pelas sociedades de economia mista àquelas promovidas pelo poder público.

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Rejeitada fiscalização pelos sindicatos sobre recolhimento do FGTS

A Comissão de Trabalho (CTASP), da Câmara, rejeitou hoje o PL 4.461/12, de autoria do deputado Vicente Selistre (PSB /RS), que previa fiscalização dos sindicatos sobre o recolhimento do FGTS, dos tributos e contribuições sociais e previdenciárias dos trabalhadores. A Comissão acolheu parecer do relator, deputado Jorge Corte Real (PTB/PE), pela rejeição do projeto.

A proposta estabelecia prerrogativa do sindicato obter, independentemente da outorga de procuração, junto ao empregador, instituições bancárias e órgãos públicos competentes, informações e documentos sobre a regularidade do recolhimento mensal do FGTS, dos tributos e contribuições sociais e previdenciárias, em favor dos trabalhadores da respectiva categoria, mediante pedido escrito de informações. O prazo para resposta não poderia exceder a 72 horas, a contar do protocolo do pedido. A rejeição atende ao posicionamento da CNI, que é divergente ao projeto, vez que a proposta afronta a garantia do sigilo e da privacidade de dados do empregador e busca delegar poder de polícia à entidade privada, o que ofende princípio constitucional, por ser uma atividade típica do Estado.

Ademais, a eficiência da atuação das entidades sindicais na defesa dos interesses dos integrantes da categoria representada ou a sua representatividade não dependem do acesso a essas informações sigilosas.

Na ausência de recurso o projeto será enviado ao arquico.

Projeto Centro-Oeste Competitivo é tema de audiência pública no

Senado

O projeto Centro-Oeste Competitivo foi apresentado, hoje, em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, em atendimento a requerimento da senadora Lúcia Vânia (PSDB/GO). A proposta idealizada pela Confederação Nacional da Indústria - CNI, teve a participação da Confederação Nacional da Agricultura - CNA e das Federações de Indústria dos Estados que compõe a região do Centro-Oeste.

Desenvolvido pela Macrologística, o projeto identifica as principais obras necessárias e projeta uma matriz com eixos de integração que permitam a redução de custos logísticos e por consequência o aumento da competitividade dos estados da região. Consideradas estratégicas, 106 obras foram priorizadas, que permitirão um melhor e mais rápido escoamento da produção, principalmente de grãos. A relevância do encontro foi marcado pela presença do governador do Mato Grosso, Silval Barbosa, de representantes dos governadores de Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, dos presidentes das Federações das Indústria estaduais e ainda representantes de órgãos governamentais federais.

O presidente da CNI Robson Braga de Andrade foi representado por Pedro Alves de Oliveira, presidente da Federação das Indústria do Estado de Goiás,

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NOVIDADES LEGISLATIVAS

Participaram do encontro os senadores: Lúcia Vânia (PSDB/GO), Cyro Miranda (PSDB/GO), Waldemir Moka (PMDB/MS), Delcídio Amaral (PT/MS), Ruben Figueiró (PSDB/MS), Blairo Maggi (PR/MT), Pedro Taques (PDT/MT), Oswaldo Sobrinho (PTB/MT), e Cristóvam Buarque (PDT/DF).

Foram unânimes as manifestações dos senadores no sentido de apoio às propostas contidas no projeto "Centro-Oeste competitivo".

NOVIDADES LEGISLATIVAS| Publicação Semanal da Confederação Nacional da Indústria - Unidade de Assuntos Legislativos - CNI/COAL

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