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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA

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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – LICENCIATURA

SINTOMAS DE STRESS E ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVO: SUA

INTERFERÊNCIA NO ESTADO EMOCIONAL EM ATLETAS DE

FUTSAL DE 15 A 17 ANOS PARTICIPANTES DO REGIONAL

ESTUDANTIL MATO-GROSSENSE

TIAGO BAÚ

SORRISO/MT

DEZEMBRO 2010

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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – LICENCIATURA

SINTOMAS DE STRESS E ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVO: SUA

INTERFERÊNCIA NO ESTADO EMOCIONAL EM ATLETAS DE

FUTSAL DE 15 A 17 ANOS PARTICIPANTES DO REGIONAL

ESTUDANTIL MATO-GORSSENSE

TIAGO BAÚ

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de Educação Física – Licenciatura da FACEM – Faculdade Centro Mato – Grossense, como requisito parcial para a obtenção do Título de Licenciado em Educação Física, sob a orientação do(a) professor Mestre Mario Mecenas Pagani.

SORRISO/MT

DEZEMBRO 2010

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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE

CURSO EDUCAÇÃO FÍSICA – LICENCIATURA

FOLHA DE APROVAÇÃO

SINTOMAS DE STRESS E ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVO: SUA

INTERFERÊNCIA NO ESTADO EMOCIONAL EM ATLETAS DE

FUTSAL DE 15 A 17 ANOS PARTICIPANTES DO REGIONAL

ESTUDANTIL MATO-GORSSENSE

TIAGO BAÚ

Trabalho de Conclusão de Curso defendido em 07 de Dezembro de 2010 , pela banca avaliadora:

_______________________________ Orientador: Prof. MS. Mario Mecenas Pagani

FACEM

______________________________

Professor (A) Esp. João Ricardo Gabriel de Oliveira FACEM

____________________________ Professor(a) ESP. Claudio Munaretto

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DEDICATÓRIA

A Cláudio Baú, meu pai, pelo incentivo. A Lenir Baú, minha mãe, pelo sorriso de amor e compreensão,

ternura em perdurarão.

A professora Neusa, a plena gratidão pelas primeiras letras, palavras hoje que são presença na distância.

Aos amigos e demais colegas, que durante esta jornada, me sorriram como forma de encorajamento e amizade.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, sem sua presença em minha vida, jamais teria tomado a iniciativa para algo. Ele que a todos nós protege indiscriminadamente, a todo dia e a toda hora.

Aos meus pais que me geraram e criaram, incentivando quaisquer que fossem as minhas lutas e conquistas.

A minha vó Jacomina que sempre me apoio nos momentos difíceis.

Ao meu orientador professor Mestre Mario Mecenas Pagani, que me conduziu, nesta jornada, pacientemente em toda caminhada.

A todos os colegas da faculdade, pelo convívio e pela amizade.

Aos meus amigos de trabalho que quando precisem, com todos sempre pude contar.

Aos meus tios pelos votos de confiança, nos momentos de duvida nesta jornada.

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“Não são os grandes planos que levam à vitória, são os

pequenos detalhes.”

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ... iii

LISTA DE SIMBOLOS ... iv RESUMO ... v 1. INTRODUÇÃO ... 1 2. JUSTIFICATIVA ... 3 3. OBJETIVOS ... 4 3.1. GERAL ... 4 3.2. ESPECÍFICOS ... 4 4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 5

4.1 O FUTSAL NO CONTEXTO ESCOLAR ... 5

4.1.1 Origem do Futsal ... 5

4.1.2 A importância das modalidades esportivas na escola ... 6

4.1.3 O Futsal como atividade dentro da Educação Física Escolar ... 7

4.1.4 Qualidades físicas trabalhadas no Futsal ... 9

4.1.5 Os Jogos Escolares no Mato Grosso ... 12

5. O ESTADO EMOCIONAL DO ALUNO PERANTE OS DESAFIOS DA COMPETIÇÃO ... 16

5.1 CATEGORIAS DE BASE E SUAS MODIFICAÇÕES PSICOLÓGICAS E FÍSICAS NOS ATLETAS PARTICIPANTES ... 16

5.2 ANSIEDADE ... 17

5.3 ANSIEDADE E COMPETIÇÃO: SUAS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS E POSITIVAS ... 19 5.4 STRESS E COMPETIÇÃO... 21 6. METODOLOGIA ... 24 7. ANÁLISE DE DADOS ... 26 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 31 ANEXOS ... 34

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Foto da aplicação do questionario...25

Figura 2: Foto da aplicação do questionario...25

Gráfico 1:Resultados obtidos com os (40) avaliados ... 26

Gráfico 2: Resultados obtidos com a cidade de Nova Maringá ... 26

Gráfico 3: Resultados obtidos com a cidade de Santa Carmen ... 27

Gráfico 4: Resultados obtidos com a cidade de Feliz Natal ... 27

Gráfico 5: Resultados obtidos com a cidade de Lucas do Rio Verde ... 28

Gráfico 6: Resultados obtidos com a cidade de Sorriso ... 28

Gráfico 7: Resultados obtidos com a soma das alternativas 3, 4 e 5 de cada cidade... ... 29

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LISTA DE SIMBOLOS

SEDUC - SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

CEEL - SECRETARIA DE ESTADO DE ESPORTE E LAZER CBFS - CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTSAL

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RESUMO

BAU, T. STRESS E ANSIEDADE: SUA INTERFERÊNCIA NO ESTADO EMOCIONAL EM ATLETAS DE FUTSAL DE 15 A 17 ANOS PARTICIPANTES DO REGIONAL ESTUDANTIL MATO-GORSSENSE. Sorriso 2010, 45p. Trabalho de conclusão de curso (Graduação) – FACEM Faculdade Centro Mato- Grossense

O presente estudo teve por intuito verificar o estado emocional dos atletas juvenis em competições escolares, tentado buscar os principais fatores que causam ansiedade e stress no período pré- competitivo. O objetivo foi observar se houve alguma mudança no estado emocional momentos antes da competição, devido à ansiedade e o stress. O estudo foi desenvolvido com atletas de futsal nascidos no ano 93, 94, e 95, participantes do Regional Estudantil Mato-Grossense na cidade de Vera. O questionário foi aplicado com cinco equipes, das cidades de Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Maringá, Feliz Natal e Santa Carmen, no total de quarenta alunos atletas, a seleção destas equipes foi de forma aleatória através da utilização do questionário já elaborado com perguntas fechadas por Dante De Rose Junior (1998): Lista de Sintomas Pré- Competitivo Infanto Juvenil (LSSPCI). O instrumento identifica 31 sintomas de “stress” pré- competitivo no período de 24 horas que antecede uma competição. Os dados foram realizados através de estatística descritiva e gráficos ilustrados com as porcentagem de cada score, as equipes foram divididas por cidades e o grupo todo também foi avaliado. O resultado foi obtido através da soma das respostas, assim representara o nível de stress momentos antes da competição. Através da analise dos resultados o que observou é que o grupo teve um nível alto de stress pré competitivo com a soma dos scores 4 e 5 em torno de 38,15%, se somado ao score 3 que já pode ser causadora de interferência este numero sobe para 56,7%, mais da metade das perguntas do questionário, já quando dividido por cidades constatou se uma interferência maior nas cidades menos populosas. Através destas observações podemos concluir que houve uma interferência no fator emocional com todo o grupo investigado, podendo sim ter modificações no decorrer das competições.

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1. INTRODUÇÃO

O esporte é considerado sinônimo de saúde, entretanto, como qualquer outra atividade física, o esporte pode gerar excessos capazes de trazer problemas psicológicos eventualmente graves. Embora as lesões físicas sejam as mais freqüentes, também as alterações ao comportamento e ao estado emocional podem estar relacionadas ao resultado na prática esportiva escolar.

Propiciar aos atletas preparo psicológico é tão importante quanto lhes fornecer uma alimentação apropriada e exercícios corretos, do mesmo modo que o condicionamento físico pode interferir no resultado, o fator psicológico também pode interferir no rendimento do atleta, posteriormente na competição.

Quando se compete o objetivo principal é a busca da vitória, ou mesmo conquistas pessoais ou coletivas, que muito das vezes implica em rivalidade e confronto entre equipes ou atletas em particular, (BRANDÃO 2007).

As competições escolares apresentam grandes exigências para o sistema nervoso do atleta, tanto no desenvolvimento de suas capacidades físicas e mentais como nos aspectos morais de sua personalidade.

A ansiedade e o stress, diante dos desafios da competição podem causar muita interferência no estado emocional do atleta, os fatores para tal interferência podem ser vários, tais como, pressão exagerada de pais e treinadores, comportamento da torcida entre outros, o que pode abalar o atleta também é a cobrança que ele mesmo faz sobre si, tal como, a busca de objetivos pessoais, expectativas de sucesso ou fracasso diante das vitórias ou derrotas. Portanto o atleta precisa estar preparado tanto fisicamente como psicologicamente, para agüentar as pressões que a competição propõe.

Na escola o esporte por si já é um meio de convívio entre os alunos, porém as competições deste meio são muito disputadas, todas as escolas que participam dos campeonatos buscam vencer, os professores são cobrados pelos seus superiores por resultados, sucessivamente eles cobram muito de seus alunos, que muito das vezes não estão prontos para tanta cobrança, por este motivo é que eles devem trabalhar tanto as habilidades motoras como as cognitivas, para que os mesmos possam assimilar o que deve ser feito perante aos desafios da competição, a relação interpessoal entre professor e aluno é de suma importância para o desenvolvimento do aprendiz, o educador deve buscar objetivos e estratégias

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metodológicas para que as metas possam ser alcançados, porém se elas não forem que nada interfira emocionalmente nos atletas de modo a deixar marcas negativas nas futuras competições. Devido à pouca experiência competitiva, estes atletas adolescentes podem apresentar maiores problemas para controlar suas emoções e reações em situações de competição.

Deve se levar em consideração que estes alunos estão em plena construção de caráter e personalidade, deste modo uma pressão exercida de forma muito rígida pode deixá-los com alguns aspectos de sua personalidade comprometida, com restrições inerentes na sua vida diária, ou mesmo com o convívio com seus colegas. Portanto nos treinamentos realizados as metas devem ser traçadas de forma clara para que no dia da competição se a equipe não conseguir desenvolver um bom papel, que ninguém sofra mais que o esperado, ou mesmo seja culpado pela derrota que de modo geral foi de toda a equipe, independente de possíveis erros individuais. O esporte na adolescência envolve muitos fatores em torno dos atletas participantes, a cobrança dos adultos e a própria cobrança que adolescente faz sobre si, ou mesmo a intensidade dos treinamentos ou recessos a festa e namoro, pode caracterizar o abandono dos estudos, (DE ROSE JUNIOR 2004).

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2. JUSTIFICATIVA

As competições esportivas apresentam grandes exigências para o sistema nervoso do atleta, a infância e a adolescência por ser um período de desenvolvimento do ser humano, é repleta por grandes mudanças físicas e psicológicas, principalmente nesta faixa etária da vida as pessoas devem passar por todas as etapas do desenvolvimento, para que no futuro elas não sofram com problemas físicos ou emocionais graves. Portanto o presente trabalho tem por finalidade tentar descobrir quais são estes fatores que podem prejudicar os alunos que participam de competições estudantis de modo que interfira tanto no resultado na competição ou mesmo em sua vida diária. Para tanto, pretende- se verificar se o processo emocional infanto- juvenil tem importância no meio escolar esportivo, tentando achar os principais subsídios que possa possibilitar alguma interferência significativa neste estado, tanto no aspecto teórico quanto prático, a fim de desenvolver um trabalho docente competente, (DE ROSE JUNIOR 1998).

As experiências pelas quais nós acadêmicos de Educação Física passamos no decorrer do curso é de suma importância para que possamos entrar em contato com a realidade educacional, desenvolvendo-se estilos de ensino, possibilitando adequadas seleções de objetivos, conteúdos, estratégias e avaliações, entre outras finalidades.

Ele constitui um processo de transição profissional, que procura ligar a educação e a investigação de determinado assunto, proporcionando a nós estudantes a oportunidade de demonstrar conhecimentos e habilidades adquiridos e também treinar as competências que já detemos.

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3. OBJETIVOS

3.1. GERAL

Observar se há mudança no estado emocional durante o período pré- competitivo, devido à ansiedade e o stress dos atletas de futsal de 15 a 17 anos que participaram da fase regional do estudantil mato-grossense.

3.2. ESPECÍFICOS

Observar se o período pré- competitivo causa influencia de algum modo no rendimento do aluno durante a competição;

Verificar as variações no comportamento e no estado emocional dos alunos no período pré- competitivo;

Identificar os sintomas de stress e ansiedade mais freqüente dos alunos neste período.

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4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1 O FUTSAL NO CONTEXTO ESCOLAR

4.1.1 Origem do Futsal

O futsal no seu surgimento tem duas versões, a primeira que ele foi criado no Brasil em meados da década de 40 em São Paulo por freqüentadores da Associação Cristã de Moços. A segunda e a mais provável é que o mesmo teve sua origem em Montevidéu na Associação Cristã de Moços na década de trinta, foi criado pelo professor argentino Juan Carlos Ceriani, acredita que o mesmo criou o esporte, por que via que as crianças por falta de campo usavam as quadras para jogar bola, então adaptando regras do pólo aquático, handebol e basquete, ele deu inicio a este esporte que era jogado no início com um numero de até onze jogadores em cada equipe e que também no começo foi chamado de Indoor- Foot- Ball. As bolas usadas eram de serragem, crina vegetal, ou de cortiça granulada, mas apresentavam o problema de saltarem muito e freqüentemente saiam da quadra de jogo, então tiveram seu tamanho diminuído e seu peso aumentado. (APOLO 2004).

Por ser um esporte muito dinâmico logo ele se expandiu por toda América do Sul, e teve no Brasil uma aceitação muito boa. Na sua evolução histórica no Brasil, ele passou por muitas etapas.

Sem duvida nenhuma no Brasil o futsal se tornou o segundo esporte mais praticado pela população que possuem ídolos devido as grandes conquistas que os atletas desta modalidade já conseguiram em torno do mundo. Dentre os mundiais realizados, o Brasil é o Maior vencedor, com a conquista de seis títulos.

Não somente no Brasil, o futsal vem crescendo em todo o mundo, esta pratica esportiva cada dia mais esta no meio social, e na escola deve ser tratada também como um esporte que possa ajudar no desenvolvimento e na melhoria das capacidades física dos alunos, deve ser trabalhado de forma correta, passando por todos seus fundamentos e métodos.

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4.1.2 A importância das modalidades esportivas na escola

As modalidades esportivas demoraram um bom tempo para serem inseridas ao meio escolar, após a segunda guerra mundial, quando foi parte integrante das aulas de educação física o esporte tinha por objetivo, a prevenção da saúde na busca de um corpo saudável e perfeito, e auxiliar as novas tendências para o desenvolvimento do sistema educativo brasileiro. Mas um grande fator para o esporte ser incluído as aulas, era à busca de super atletas que pudessem ter resultados internacionais, pois o objetivo era alavancar o pais como uma potencia. O esporte neste tempo não dimensionava a real função dele nas aulas de educação física, em vez de trabalhar o desenvolvimento dos alunos de modo que eles passassem por todas as fases de aprendizagem no tempo e da forma correta, ele na verdade apenas buscava o melhor condicionamento físico dos alunos de forma duvidosa, na busca de atletas imbatíveis, deixando de lado aspectos muito importantes como os emocionais que são de suma relevância nesta fase da vida. (BARROSO, DARIDO 2006).

Segundo COLETIVO DE AUTORES, 1992, (apud BARROSO, DARIDO). O esporte é criticado pela maneira que foi utilizado na educação física escolar, os autores criticam de forma clara que o esporte na escola, era transmitido de modo que não buscava o desenvolvimento dos alunos como um todo. Eles questionam a forma que é trabalhado o esporte nas aulas, pois o que acontece é a imersão das regras e normas do esporte realizado em ambientes competitivos na Educação Física escolar, ficando caracterizado os princípios de rendimento, identificação de talentos e comparação de resultados. Nela o professor deixa de ter a sua função de educador para ser um treinador, e os alunos passam a ser os seus atletas, fato que no ambiente escolar deve ser trabalhado de forma coerente por ambos os lados.

A pratica de esporte nas escolas pode ajudar os alunos no seu desenvolvimento social, pois com o jogo ele vai estar se integrando com os seus outros colegas; seu desenvolvimento cognitivo, a todo momento ele estará desenvolvendo seus aspectos mentais, devido as dificuldades que o jogo proporciona; e estará também desenvolvendo seu desenvolvimento motor, no jogo seu corpo estará a todo instante em movimento, podendo assim desenvolver suas

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capacidades físicas diminuindo o estresse e podendo aumentar a energia dele ou mesmo do grupo.

Mas estas praticas esportivas tanto coletivas como individuais devem ser orientadas nas escolas por profissionais competentes, de modo que ele possa passar aos seus alunos – atletas um respaldo tanto teórico como pratico, afim de esclarecer todas as possíveis duvidas. O aluno deve ter consciência que ele estará em constante movimento, podendo assim se conhecer, tendo a possibilidade de poder dominar suas aptidões físicas ou não, portanto deve ser passado a ele, que erros são normais e que nem sempre os objetivos serão alcançados de forma satisfatória, (CASTRO et AL s/d).

No entanto BARROS (1997) acredita que o esporte pode ser utilizado nas aulas de Educação Física, já que um de seus objetivos consiste em promover a socialização e interação entre seus alunos. O grande questionamento que se faz a respeito do esporte na escola, é que o mesmo muita das vezes exige muito dos alunos em questão de resultados, por isso ele pode trazer problemas emocionais graves as crianças, que nesta fase da vida estão em pleno desenvolvimento.

Na adolescência, os benefícios do esporte, muitas vezes, são substituídos por lesões, problemas nos ossos e músculos, devido à forma muito intensa com que muitos jovens se exercitam. Nessa fase, os adolescentes praticam esportes de alto impacto, como futebol, voleibol e basquete de forma exagerada muitas das vezes. O profissional de educação física deve orientar em suas aulas, também de forma teórica quais os maléficos que o esporte pode oferecer se for praticado de forma errada ou excessiva, e quais os cuidados que os alunos devem ter em praticar determinado esporte, como por exemplo, o alongamento que é de suma importância no começo e ao término dos jogos. Para MUTT apud COSTA (2008), os alunos aprendem muito mais rapidamente quando têm a exata noção do objetivo que se pretende atingir, e neste ponto o professor precisa ser bastante claro em suas explicações e estar sempre disposto a oferecer o máximo de suas possibilidades.

4.1.3 O Futsal como atividade dentro da Educação Física Escolar

Na escola o professor deve ser uma pessoa que possui as habilidades capazes para passar aos alunos os ensinamentos de modo que eles possam se desenvolver, pois ali o seu papel principal é de formar cidadões e não atletas. Ele deve levar em consideração que ele é o foco principal da aula, e que suas atitudes

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podem marcar muito seus alunos, pois estes estão em plena formação de caráter, eles podem levar os modos e o comportamento de seu professor durante seu desenvolvimento e após ele também.

O professor deve ser visto pelo seu aluno como um facilitador, o aluno não pode ter medo dele, deste modo a pratica de ensino aprendizagem fica mais fácil, para ambos os lados, para o professor que ensina e o aluno que adquire estes conhecimento para sua aprendizagem. O fator confiança deve ser bem trabalhado nas salas de aulas, os professores devem dar atenção e carinho aos alunos, devem planejar aulas agradáveis, de modo que todos participem, sentindo prazer em realizar as atividades propostas, sempre querendo participar mais. O positivismo por lado do professor deve ser tratado sempre com seus alunos, se ele elogiar seus alunos quando os mesmos acertarem o que ele esta pedindo, eles sentiram orgulho e sempre vão tentar fazer as coisas certas. Já o negativismo pelo professor deve ser tratado de forma correta, para que seus alunos não se sintam humilhados ou descriminados quando eles fizerem errado alguma atividade proposta, pois se isto acontecer eles terão dificuldade em realizar outras atividades ou mesmo terão marcas que podem ser levadas por toda a vida. Toda a afetividade positiva consiste em toda a ação, escrita ou verbal, que vise a elogiar, destacar, ou incentivar o aluno a concretizar uma determinada atividade. Assim como existe a afetividade negativa, que consiste em manifestações visando diminuir, criticar, ironizar, menosprezar, punir uma pessoa quando ela deixa de realizar algo, (COSTA 2003)

O jogo na escola deve ser compreendido como facilitador no processo educacional, deve ser concebido como meio de integração e formação do aluno deve-se obedecer a uma seqüência de aprendizagem, respeitando as características dos alunos em cada faixa etária, e trabalhando o jogo de forma organizada e sistematizada

Ao ensinar futsal nas aulas de educação física o professor deve levar em consideração os fundamentos e a ludicidade que o esporte pode oferecer, utilizar o futsal num primeiro instante de forma competitiva pode ser muito prejudicial para os alunos, para aqueles que vencem, a competição foi positiva, pois os objetivos foram alcançados, já para aqueles que perdem o fato de competir foi frustrante devido ao fato deles não terem atingido o objetivo principal, a vitória. Alterar métodos de ensino para que todos aprendam de modo que ninguém perca pode ser muito relevante ao aprendizado dos alunos, o professor deve buscar atividades que busque trabalhar o

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futsal de forma mais recreativa, o jogo em si pode ser adaptado a novas regras ou mesmo pode ser criado novos jogos que estimule a aprendizagem do aluno sem que o objetivo principal seja a vitória. Pensa-se, invariavelmente, que competir se resume a ganhar ou perder. Vencer é bom, capacita e integra. Perder é ruim, desestimula e segrega. Valores que permeiam o competir como, participação, alegria, entrega, cooperação, perseverança, auto-estima e o próprio aprendizado técnico e tático, raramente são considerados relevantes. (SANTANA 2004).

Já em um segundo estante o jogo no meio escolar pode ajudar no desenvolvimento dos alunos, como todos sabem as escolas geralmente não possuem os recursos apropriados para as praticas esportivas, o jogo pode integrar os alunos e conseqüente influenciar na aprendizagem sociocultural e motora dos mesmos.

Para BALBINO (2002). O jogo é o método mais utilizado na Educação Física escolar, como nós sabemos as escolas não possuem todos os materiais para que o ensino aprendizagem aconteça da melhor forma possível. É através do jogo que os alunos se socializam entre eles e desenvolvem a criatividade, a cognição e aprendem a resolver problemas e a tomar decisões. Além de estimular a inclusão e o desenvolvimento das inteligências múltiplas, entre outros.

4.1.4 Qualidades físicas trabalhadas no Futsal

Dentre os esportes o futsal se destaca também em relação a força e a resistência que os atletas precisão para praticar esta modalidade. A força nada mais é que uma tensão máxima sobre uma superfície para gerar uma reação, as forças mais utilizadas no futsal são a dinâmica e a explosiva. Deve ser levado em consideração que cada esporte trabalha com um numero determinado de membros no corpos, no futsal os professores devem dar ênfase aos membros inferiores pois é eles que os alunos mais utilizaram nesta determinada pratica esportiva. o futsal exige que os alunos tenham a força de explosão ou potencia desenvolvida em maior proporção nos membros inferiores. O trabalho de potencia ou força, se caracteriza pela brevidade das realizações, mas, com grande intensidade, ( COSTA 2003 ).

Ao falar de resistência acredita que; a resistência anaeróbia não é igual em todos os estágios maturacionais, quanto maior for à maturação biológica melhor será

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o desempenho anaeróbio. A resistência anaeróbica aláctica e láctica é uma capacidade de realizar esforço de elevada intensidade em curtos espaços de tempo. Já a resistência aeróbia apresenta um padrão menos diferente com relação aos estágios maturacionais. A resistência aeróbica é uma capacidade que esta associada à performance prolongada no tempo, de baixa ou média intensidade.

Portanto a resistência anaeróbica é trabalhada em atividades que exijam explosão em curto espaço de tempo, como em corridas de sem metro no atletismo, já a resistência aeróbica esta relacionada a atividades que sejam mais demoradas, que não exijam uma explosão alta todo o tempo, como por exemplos o futsal. Mas as duas resistências devem ser trabalhadas nesta modalidade, invariavelmente, pois o esporte exige sim resistência aeróbica quase o tempo todo por ser muito desgastante uma partida de futsal, que na maioria das vezes é cronometrada, e também exige a resistência anaeróbica em possíveis corridas curtas para desarmar um atleta adversário, ou mesmo para disputar a posse de bola em uma corrida rápida. Mas cabe ao professor saber o modo mais fácil de trabalhar as duas resistências com seus alunos, ele deve levar em consideração a faixa etária de sua equipe, para que eles não tenham um desgaste excessivo, e que não sofram futuras lesões, devido a essa carga muito forte colocada em cima deles. (FERREIRA et al 2008).

A agilidade também é muito utilizada no futsal, ela deve ser trabalhada de modo que possa buscar do aluno a perfeição, pois esta habilidade motora é muito importante nesta pratica atual, ela nada mais é que a capacidade do atleta de mudar de direção de forma rápida e eficaz, mover-se com facilidade no campo ou fingir ações que enganem o adversário a sua frente. A velocidade é uma das habilidades que caracteriza o futsal de hoje em dia, ela no jogo pode ajudar o atleta no aparecimento de reflexos, que podem ser útil no momento da competição, a velocidade é mais complexa do que simplesmente correr o mais rápido possível; inclui, também, força muscular, movimentos rápidos em todas as direções, habilidade de reagir e tempo de reação, e capacidade de parar rapidamente, (PASSOS 2009).

No futsal a flexibilidade é importante no desenvolvimento do atleta na competição e forra dela, principalmente no futsal ele deve ter uma boa flexibilidade dos membros inferiores, pois estes serão utilizados quase todo o tempo por ele na competição, deve se ter também uma ótima flexibilidade no tronco e no quadril, pois

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estes membros serão o centro de gravidade do aluno em quase todas ações que ele fizer nos treinamentos ou mesmo nos jogos. O alongamento pode ser uma forma útil para se aumentar a flexibilidade do aluno, se ele for realizado de forma correta no inicio e ao término das atividades pode ser de grande avalia para os atletas, (COSTA 2003).

O equilíbrio pode ser caracterizado também por uma habilidade motora que esta relacionada ao futsal, para que o aluno consiga estar em constante equilíbrio estático ou dinâmico ele deve ter as articulações do tornozelo e do joelho fortes, porém flexíveis, deve também ter uma musculatura abdominal resistente, esta que pode estar relacionada há uma possível correção que o centro de gravidade possa ter em determinados movimento. Ele pode ser definido como a manutenção de uma postura particular do corpo com o mínimo de oscilação (equilíbrio estático) ou a manutenção da postura durante o desempenho de uma habilidade motora que tenda a perturbar a orientação do corpo (equilíbrio dinâmico), (BARELA 2000).

Não somente habilidades motoras o futsal também proporciona aos seus atletas um contexto que relaciona aspectos de habilidades psicomotoras, tais como a velocidade de reação, que faz com que o atleta possa raciocinar antes de ser dado a ele um estimulo, a intenção principal é que ele possa ter em menor tempo possível a resposta de algo, seja ele visual ou auditivo. A velocidade de deslocamento também esta relacionado com o aluno, ela esta envolvida com o sistema nervoso e a amplitude dos movimentos, os movimentos estão fortemente relacionados ao sistema nervoso, já a amplitude esta relacionada ao sistema muscular.

Já a coordenação psicomotora deve ser bem desenvolvida no atleta, pois se for, esta poderá combinar a ação de diversos grupos musculares, para melhor obtenção de resultados em determinados movimentos, com um gasto menor de energia. A coordenação psicomotora é dependente de várias outras qualidades e habilidades, como a percepção espaço-temporal, o equilíbrio dinâmico, a lateralidade e a direcionalidade, o ritmo, a noção de relação entre os pés, as mãos e os olhos, a atenção, a noção do esquema corporal e a descontração parcial ou total.

A percepção temporal vem de cada atleta, ela é a capacidade que ele possui em relação à concentração, para a realização dos movimentos que acontecem em torno dele nos jogos ou nos treinamentos, estas ações podem acontecer em fração de segundos, por isso é que o atleta tem que estar ligado. Já o ritmo necessita que o aluno possua uma percepção espaço-temporal e os sentidos de lateralidade e de

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direcionamento, bem desenvolvidos, ele deve também perceber as reações que os seus adversários possam ter com antecedência para que o ritmo seja desenvolvido. Por fim nas habilidades psicomotoras esta a descontração diferencial, que é os meios que o aluno possui para realizar manobras que envolva a descontração, para seu beneficio no jogo, (COSTA 2003).

4.1.5 Os Jogos Escolares no Mato Grosso

Os jogos têm como finalidade estimular a prática desportiva nas escolas e incentivar a integração na comunidade escolar, reforçando o espírito de grupo. Além disso, os jogos ainda possibilitam a identificação de novos talentos esportivos.

No Mato grosso os jogos, são de promoção do Governo do Estado através da Secretaria de Estado de Educação e da Secretaria de Estado de Esportes e Lazer (Seduc), em parceria com as Prefeituras Municipais, instituições educacionais, desportivas, filantrópicas, órgãos oficiais e comissões credenciadas, têm por finalidade promover atividades educacionais de esporte, pesquisa, integração social e o intercâmbio cultural. Os objetivos desses jogos são; fomentar a prática de atividades esportivas educacionais, possibilitar ao aluno o desenvolvimento de suas habilidades no esporte, contribuir para o desenvolvimento integral do aluno como crítico, autônomo, democrático, participativo estimulando seu pleno exercício de cidadania, desenvolver as atividades esportivas prevalecendo sempre o caráter educacional.

Estarão aptas a participarem dos Jogos Escolares Mato-Grossenses, as escolas da Educação Básica representantes dos municípios que realizarem a fase municipal. Para participar destes jogos as escolas terão que se classificar em primeiro lugar nas suas respectivas fases regionais, e também serão classificadas as escolas da cidade aonde acontecera o estadual, independente de ter participado do regional ou não, escolas de Cuiabá também possuem vaga garantida no estadual, mesmo não tendo ganhado o regional. Para estes alunos participarem dos jogos eles devem seguir as seguintes condições; ter a respectiva idade que a organização dos jogos exija, estar legalmente matriculado até 31 de março de 2010 e com freqüência regular na escola de Educação Básica de seu município, o aluno poderá ser inscrito em apenas uma modalidade coletiva, estar apto à prática de atividades

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físicas, conforme autorização médica com seus dados preenchidos e abonados pelos responsáveis na ficha oficial de inscrição por Modalidade e Naipe, atender aos demais quesitos constantes no Regulamento Geral.

Os alunos atletas são divididos por categorias, neste ano de dois mil e dez a categoria A é composta por alunos nascidos em 93, 94 e 95, já a categoria B é composta por alunos nascidos em 96, 97, e 98. Das modalidades existentes, os jogos municipais comportam o Voleibol. Basquetebol, Futsal, Handebol, Atletismo, Judô, Natação e Xadrez.

Havendo desistência de uma das escolas classificadas, será convidada outra equipe da seguinte forma; a segunda colocada na Região da equipe desistente ou a segunda colocada na Região da cidade Sede, também fica a critério da SEDUC / SEEL, organizadores do evento, o convite a outras escolas interessadas independente de região, caso as escolas classificadas em 2º lugar não confirmarem sua participação. Porém a equipe que confirmar a presença junto a SEDUC / SEEL nos jogos e não comparecer estará automaticamente suspensa na modalidade e naipe da próxima edição dos Jogos Escolares Mato-grossenses, (SEDUC 2010).

O futsal sem duvida nenhuma é uma das modalidades mais disputada dos jogos escolares, os jogos são regidos pelas Regras Oficiais da CBFS, salvo inovações contidas no regulamento.

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4.1.6 Gronograma de onde acontecerão os jogos e em que datas eles foram realizados divididos por regiões

Mês Município Data Ações/Eventos Modalidades

Maio Colíder / Região Norte 29/05 a 05/06 VI Jogos Escolares Regionais - Categoria A e B Voleibol, Basquetebol, Handebol e Futsal Pontes e Lacerda / Região Sudoeste 29/05 a 05/06 VI Jogos Escolares Regionais - Categoria A e B Voleibol, Basquetebol, Handebol e Futsal Cuiabá/MT 21 a 26/05

XIX Jogos Abertos Brasileiros (Fase Nacional) Atletismo, Basquetebol, Futsal, Handebol, Judô, Natação e Voleibol.

Junho Juína / Região Noroeste 12 a 19\06 VI Jogos Escolares Regionais - Categoria A e B Voleibol, Basquetebol, Handebol e Futsal Vila Rica\Nordeste 12 a 18\06 VI Jogos Escolares Regionais - Categoria A e B Voleibol, Basquetebol, Handebol e Futsal Nova Xavantina / Região Leste 19 a 26/06 VI Jogos Escolares Regionais - Categoria A e B Voleibol, Basquetebol, Handebol, Futsal, Atletismo, Natação e Judô Tapurah / Região Centro-Norte 19 a 26/06 VI Jogos Escolares Regionais - Categoria A e B Voleibol, Basquetebol, Handebol e Futsal Diversos 13/06 a 19/09 IV Campeonato de Seleções Amadoras Municipais Futebol Julho Cárceres/ Região

Oeste 10 a 17/07 VI Jogos Escolares Regionais - Categoria A e B Voleibol, Basquetebol, Handebol e Futsal Rondonópolis/ Região Sul 10 a 17/07 VI Jogos Escolares Regionais - Categoria A e B Voleibol, Basquetebol, Handebol e Futsal Barra do Bugres / Região Médio Norte 17 a 24/07 VI Jogos Escolares Regionais - Categoria A e B Voleibol, Basquetebol, Handebol e Futsal Primavera do Leste / Região Sudeste 17 a 24/07 VI Jogos Escolares Regionais - Categoria A e B Basquetebol, Futsal, Handebol e Voleibol. Nova Mutum / Região Centro-Norte 30/07 a 07/08 VI Jogos Escolares Mato-grossenses - Categoria B (Fase Estadual) Voleibol, Basquetebol, Handebol,futsal e Atletismo

Agosto Juara / Região Noroeste

27/08 a

XXIX Jogos Regionais Estudantis

Mato-Voleibol, Basquetebol,

(25)

01/09 grossenses Handebol, Futsal e Futebol setembro Agua Boa /

Região Leste 04 a 11/09 VI Jogos Escolares Mato-grossenses - Categoria A (Fase Estadual) Voleibol, Basquetebol, Handebol,Futsal e Atletismo Fortaleza/CE 10 a 19/09 Olimpíadas Escolares Brasileiras (Categoria B - 12 a 14 anos) Atletismo, Basquetebol, Futsal, Handebol, Judô, Natação, Voleibol e Xadrez. São Félix do Araguaia / Região Nordeste 17 a 22/09

XXIX Jogos Regionais Estudantis Mato-grossenses Voleibol, Basquetebol, Handebol, Futsal e Futebol Guarantã do Norte / Região Norte 24 a 29/09

XXIX Jogos Regionais Estudantis Mato-grossenses Voleibol, Basquetebol, Handebol, Futsal e Futebol Barra do Garças 24 a 29/09

XXIX Jogos Regionais Estudantis Mato-grossenses Voleibol, Basquetebol, Handebol, Futsal e Futebol Outubro Carceres / Região Oeste 22 a 27\10

XXIX Jogos Regionais Estudantis Mato-grossenses Voleibol, Basquetebol, Handebol, Futsal e Futebol Nobres / Região Médio Norte 08 a 13/10

XXIX Jogos Regionais Estudantis Mato-grossenses Voleibol, Basquetebol, Handebol, Futsal e Futebol Paranatinga / Região Sudeste 08 a 13/10

XXIX Jogos Regionais Estudantis Mato-grossenses Voleibol, Basquetebol, Handebol, Futsal e Futebol Vila Bela Da Sant.Trindade / Região Sudoeste 15 a 20/10

XXIX Jogos Regionais Estudantis Mato-grossenses Voleibol, Basquetebol, Handebol, Futsal e Futebol Alto Araguaia / Região Sul 15 a 20/10

XXIX Jogos Regionais Estudantis Mato-grossenses basquetebol, Futebol, Futsal, Voleibol e Handebol Vera / Região Centro-Norte 22 a 27/10

XXIX Jogos Regionais Estudantis Mato-grossenses Voleibol, Basquetebol, Handebol, Futsal e Futebol Novembro Alta Floresta /

Região Centro-Norte

09 a 16\11

XXXIII Jogos Estudantis Mato-grossenses (Fase Estadual) Voleibol, Basquetebol, Handebol, Futsal e Futebol

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5. O ESTADO EMOCIONAL DO ALUNO PERANTE OS DESAFIOS DA

COMPETIÇÃO

5.1 CATEGORIAS DE BASE E SUAS MODIFICAÇÕES PSICOLÓGICAS E FÍSICAS NOS ATLETAS PARTICIPANTES

O esporte no século XX é considerado um fenômeno sócio cultural, onde contempla a necessidade de atuação de diversas áreas de conhecimento. O que se conhece como Ciências do Esporte: antropologia, filosofia, psicologia, fisiologia, medicina, entre outras. O esporte envolve mais do que um jogo, muitas das vezes ele age como fator determinante em uma sociedade ou em um grupo especifico.Passado quase meio século desde seu início a Psicologia do Esporte segue em sua evolução em várias direções (RUBIO, 2002).

Para GALLAHUE (2001) a adolescência é um o período de transição entre a infância e a vida adulta, ela caracterizada por intensas modificações físicas, psicológicas e sociais. A adolescência também é marcada por aspectos competitivos que acompanha o adolescente quando este se envolve em jornadas esportivas, mesmo quando o esporte tem caráter formativo expõe o jovem ao processo da competição, elevando desta forma os seus níveis de estresse.

O sentimento de medo na competição pode ser caracterizado como uma sensação subjetiva do próprio indivíduo, na qual ele sente que corre perigo, de que algo de muito ruim está para acontecer. Em geral, esta sensação vem acompanhada de sintomas físicos que incomodam bastante, como aceleração dos batimentos cardíacos, suor excessivo, tremedeira e tontura, estes sentimentos podem ser tão fortes, que podem até causar lesões físicas, devido às alterações no metabolismo energético; alterações fisiológicas e bioquímicas, podendo, causar aumento da tensão muscular, contrações involuntárias e falta de coordenação nos movimentos e mudanças na composição corporal. Este sentimento de medo, além de poder contribuir para o acontecimento ou agravamento da lesão, pode prejudicar a recuperação do indivíduo e o seu retorno à prática da modalidade esportiva. Isto porque o mesmo pode vir a sentir medo de fazer novamente o movimento que propiciou a lesão. Na competição os professores de Educação Física devem conhecer bem seus atletas, de modo que possa diferenciar as diversas

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manifestações que eles possam ter, assim ele poderá saber se as ações vão ajudar ou prejudicar seus atletas, (MACHADO, 2006).

A psicologia na categoria de base é de fundamental importância e deve ser estudada também por todos os profissionais da área. Dentro da prática do esporte há sempre fases a serem superadas que devem estar integrados aos pilares de desenvolvimento desportivo e uma boa evolução depende diretamente de uma boa base para se chegar ao alto rendimento. A motivação da escolha de um futuro atleta, é um aspecto importante a ser trabalhado pela psicologia, nem todos os atletas almejam como meta o desporto de alto rendimento e podem realmente não virem a ser, (RAMIREZ, 1999).

Segundo Thomas (1983), o medo do vexame social vem relativamente acompanhado da vergonha, e esta discussão é de grande importância na prática esportiva, uma vez que esta se dá perante a observação de outras pessoas, e o fracasso diante dos observadores pode significar, para o atleta, uma diminuição do valor da sua capacidade e, com isto, de sua personalidade, imagem e auto-estima, entre outros fatores.

O conhecimento sobre o estado emocional dos atletas nos treinos e competições é de grande auxilio no que se destina à preparação do jogador independente de seu nível técnico e idade (RODRIGUES, 1998).

5.2 ANSIEDADE

A ansiedade e a agressividade ainda continuam sendo um assunto muito polêmico em nossa sociedade, principalmente no esporte, onde tais atitudes tem se acentuado com mais gravidade. Para BARBANTI (1994, p.18), ansiedade:

É um estado emocional de temor, de apreensão, uma sensação de desastre eminente, sem nenhuma explicação racional. Ela denota vários estados emocionais complexos que são causados por fatores internos ou externos e surgem de ameaças reais ou presumidas. Estes estados são descritos com termos como: apreensão, agitação, paralisia, aborrecimento. Não é possível se saber ao certo o que realmente o esporte significa para o indivíduo envolvido, e talvez nunca venhamos á descobrir, embora possamos

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observar um vasto campo de pesquisa de educadores físicos, assim como de psicólogos engajados nesta missão de descoberta.

O esporte também é considerado uma atividade psíquica, então como compreender atitudes de agressividade e ansiedade, talvez se de fato tal pratica esteja ligada ao domínio competitivo, (MACHADO, apud. BURITI, 2009).

Nenhum sistema consegue explicar com exatidão o comportamento humano em todo seu aspecto, mas talvez a ansiedade e agressividade sejam conseqüência da pressão que se exerce sobre os jogadores, equipes ou profissionais que possuam um único objetivo que é ”vencer”, cuidando o que é chamado “círculo infernal de violência” ou “espiral de “violência”.

Ocorre que vivemos em nossa atualidade, com sentimentos constantes de ansiedade, provocado pelo nosso dia-dia, como também insegurança em diversas situações, que se desencadeiam em agressividade, é claro que as vezes sem direção especifica a alguém, mas com indiferença pela situação em que outros se encontram, e que sem duvida interferem com gravidade em outros setor da vida social.

Segundo MACHADO, apud BURITI, 2009. “As preocupações com a ansiedade e a agressão esportiva, no campo e fora dele, nunca foram tão grande como hoje...”

Muitas entidades públicas, como clubes e escolas vivem em grande preocupação, quanto às tais atitudes, estas procuram buscar ao longo do tempo medidas que visam diminuir estas manifestações, porém nota- se que os resultados apenas continuam a reforça- las, tornando uma realidade que não se consegue superar.A competição de modo geral, proporciona motivação dos alunos, porém se

o resultado for o fracasso, ela pode causar interferência no seu meio psicológico, para RUBIO (2003):

A Psicologia do Esporte tem se constituído um desafio para a Psicologia antes de se tornar uma especialidade. Enquanto área de conhecimento ela se encontrou, por muito tempo, na divisa entre a Psicologia e a Educação Física, entre os limites do rendimento humano e as atividades motoras básicas e lúdicas. O esporte midiático contribuiu em muito para uma associação entre a Psicologia e o rendimento esportivo na medida em que a produção do espetáculo esportivo demanda a utilização de várias especialidades na superação de adversários e recordes, finalidade do esporte competitivo e de pessoas distintamente habilidosas, o atleta de alto rendimento.

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O esporte na adolescência exige uma analise apurada da psicologia. Durante esta fase o adolescente vive em constante mudança, buscando firmar uma identidade, sem contar com as possíveis comparações com atletas famosos, que muitas das vezes possuem atitudes inadequadas, mas que, no entanto são admiráveis para os adolescentes. Machado explica que:

A extensão em que a adolescência é experimental é como um período de tensão, esforço e instabilidade emocional, dependendo de diversos fatores, (MACHADO, apud BURITI, 2009).

Uns dos fatores mais intrínsecos em relação à ansiedade são os sociais, pois estes requerem que o adolescente ajuste seus próprios problemas perante os problemas que a própria sociedade possui, infelizmente esta fase da vida que todos passam é angustiante, pois á influencia muito grande no grau emocional do individuo, privando às vezes de ele estabelecer sua identidade pessoal, devido aos problemas encontrados na sociedade que atenuam conflitos, indagações, rebeliões e questionamentos, (BERTÉ JÚNIOR, 2004).

Perante os desafios das aulas de educação física, o que geralmente vemos são jovens que contestam contra as regras e normas já estabelecidas, tentando impor suas próprias regras, buscando modificações, que venham a favorecer somente a eles, e não ao aprendizado e ao desenvolvimento do conjunto.

5.3 ANSIEDADE E COMPETIÇÃO: SUAS INFLUÊNCIAS NEGATIVAS

E POSITIVAS

O esporte em si, causa muitas mudanças no contexto emocional dos atletas, devido a possíveis comparações que o individuo possa ter na competição, estas que podem ser caracterizadas pelos outros atletas envolvidos, ou por ele mesmo. A ansiedade de certo modo pode ajudar na quebra de barreiras ou não, ela pode ser caracterizada por uma ansiedade momentânea, esta que pode ajudar na adaptação do atleta, perante aos obstáculos que a competição possa fornecer. E a Ansiedade Traço da Personalidade, esta que varia de pessoa pra pessoa, é encontrado em indivíduos naturalmente ansiosos, (WEINBERG; GOULD, 1995).

Na competição a ansiedade varia de acordo com cada atleta, para alguns ela pode ajudar no rendimento, já para outros ela é tratada como fonte de desequilíbrio,

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fato esse que possa interferir no seu rendimento pessoal e sucessivamente no resultado de sua equipe. A ansiedade nada mais é que um recurso de adaptação que todo ser humano possui, frente a novas situações, até certo ponto ela pode ajuda o atleta na competição, mas se a ansiedade for muita e o individuo não conseguir controla La, haverá um esgotamento da capacidade adaptativa, podendo assim prejudicar seu rendimento competitivo.

As situações indiretamente relacionadas com a competição são aquelas que acontecem fora do ambiente competitivo, mas que podem trazer influencias diretas no desempenho do atleta: problemas familiares, escolares, financeiros, alem de doenças, etc, (DE ROSE JUNIOR, 1996).

No esporte a ansiedade pode ser caracterizada para Martens como: ansiedade cognitiva e ansiedade somática, as quais não teriam a mesma influencia no rendimento do atleta. Ele acredita que quando a ansiedade cognitiva aumenta, o rendimento do atleta cai, já quando a somática aumenta moderadamente a tendência é de melhoria no resultado.

Em termos gerais a ansiedade cognitiva aparece anteriormente a competição, ou próximo dela, dando ao individuo apreensão, nervosismo e tenacidade psíquica, ela pode ser muito benéfica em atividades esportivas que requerem concentração e agilidade psicomotora fina como xadrez e golfe. Já a ansiedade somática aparece no momento da competição, deixando o atleta ligado, aumentando os níveis de adrenalina e cortisol no corpo, ela é favorável se os níveis aumentarem moderadamente na competição, é bem vista assim em atividades físicas que requerem rapidez, resistência física e força como futebol, basquete e natação.

De acordo com MACHADO et al.(1997) há variáveis que devem ser dosadas pelo técnico ou professor para atingir o nível ideal de ansiedade para favorecer a performance, como o grau de importância da competição, o fato de não saber o que acontecera, o nível de complexidade da tarefa e o medo do fracasso. O autor acredita que o estado emocional do atleta depende de vários fatores para ser interferido a ponto de prejudicá-lo na competição, dentre estes fatos, se ele esta pronto para realizar o que foi estabelecido nos treinamentos, se a competição é muito importante a ponto de deixá-lo ansioso e se o professor ou técnico estabeleceu parâmetros coerentes para que se no final da competição o resultado não for exatamente à vitória.

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5.4 STRESS E COMPETIÇÃO

Com o decorrer do tempo, e a evolução da humanidade, as doenças físicas também estão lutando lado a lado com as doenças psicológicas, uma destas bem conhecida é o stress, que nada mais é que situações desagradáveis que as pessoas possam enfrentar, tais como; perda de trabalho, doenças, morte de familiares ou mesmo a pratica de esportes radicais que podem causar medo nelas, são coisas que geralmente já aconteceram na vida das pessoas, de forma negativa. Mas indivíduos que possuem uma vida saudável com boa alimentação, com prática de atividades físicas regulares, que não possuem vícios, estarão mais aptos a agüentar o stress que a vida diária oferece, (RIBEIRO, 2009).

PARA COBRA 2003 :

O estresse que costuma ser visto como grande vilão de nossas vidas, nada mais é que a pressão imposta a cada um de nós no dia-a-dia. Em si, ele é altamente positivo. É a mola que nos impele a fazer o que é necessário e nos coloca no melhor de nosso desempenho nos momentos em que somos exigidos. Esse estresse é natural ao organismo. É ele que nos faz agir diante de determinada situação, derramando estimulantes em nossa corrente sanguínea. Esse processo de fabricação de hormônios estimulantes, que nos deixa de repente eufóricos ou capazes de não sentir dores em uma hora de risco, é altamente benéfico.

O stress no esporte se da a vários fatores, ele pode ocorrer independente de idade, do sexo ou grau de complexidade que o atleta terá perante a competição, ele poderá ser benéfico se o atleta conseguir mobilizar a energia antes e durante a competição, mas se tornara uma situação negativa, se houver muita pressão de indivíduos que possam abalar o estado emocional do atleta, como pais e técnico, ou mesmo pela própria pressão que o atleta possa se colocar, diante dos desafios pela busca da vitória, sem que o resultado seja o fracasso. (BARBOSA e CRUZ, apud. DE ROSE, 1998).

Se o atleta não possuir controle diante dos desafios, e deixar o stress tomar conta das suas emoções, ele poderá perder o controle sobre as funções que esta exercendo, podendo ter assim uma perda considerável de suas capacidades físicas. Geralmente estas situações ocorrem devido a situações externas, que possam ser consideradas pelo atleta como negativas para ele, e fatores internos, como,

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emoções que ele possa possuir em relação à competição, como o medo de errar e perder, (VAUGAHN e MILLER, apud. DE ROSE, 1998).

O nível de stress do atleta pode ser considerado devido ao valor que ele da à competição, se ele esta pronto para competir, e se no dia a dia foi passado a ele como ele deveria se portar perante esses desafios. Se ele não conseguir controlar o stress, poderá ter uma perda psicológica grande e perda de energia também.

Para DE ROSE (apud ZABALLA E FILHO 2009), participar de uma competição quer dizer:

“Enfrentar desafios e demandas que podem, de acordo com muitos aspectos individuais e situacionais, representar uma considerável fonte de estresse para os atletas, dependendo de seus atributos físicos, técnicos e psicológicos

Alguns estudos realizados informam que o stress na competição se da a dois fatores, que são os competitivos e os extra- competitivos. Entre as situações identificadas nesses estudos destacam-se: má preparação física, necessidade de manter o padrão de desempenho, derrotas, longos períodos de preparação, rotina de treinamento, falta de estrutura para treinamento, problemas de alimentação, viagens longas, más condições dos locais de competição, erros durante jogos, intervenções dos técnicos, discussões com companheiros de equipe, arbitragem, dormir mal, problemas de relacionamentos amorosos, problemas familiares: morte, doenças, falta de recompensas, falta de tempo para lidar com situações cotidianas e pressão da imprensa. No esporte infanto- juvenil apesar de todas estas situações causadoras de stress, o jogo em si é o fator mais evidente que possa causar stress nos atletas, porque o jogo é o momento culminante para que os atletas possam demonstrar suas habilidades, independentemente da idade ou do nível do praticante. (DE ROSE JUNIOR 2004).

Já para FREITAS et al (2008), os aspectos psicossociais, como ansiedade, motivação, concentração, autoconfiança e estresse podem interferir de forma inerente no rendimento dos atletas em esportes coletivos, os autores acreditam que estes aspectos devem ser bem dimensionados nos treinamentos, para que os atletas não sofram pressão excessiva na hora da competição, de modo que não consigam jogar da forma que erra esperado. Após a realização de uma pesquisa ficou comprovado que entre os possíveis motivos de estresse e ansiedade, o que

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mais prejudicava os atletas na hora da competição são os erros da arbitragem e perder um jogo praticamente ganho, estes como motivos estressores, e o inicio do jogo foi o mais citado com o ponto alto de ansiedade dos atletas. Já auto confiança e a concentração foi um dos pontos positivos citados pelos atletas entrevistados, como também a motivação de estar a frente no placar, foi mencionado por eles como algo que motiva muito. Portanto o que se conclui é que os treinamentos devem ser realizados de modo que busque integrar o ser humano por um todo e não apenas de forma física, técnica e tática, os aspectos psicossociais são de suma importância para que o atleta possa desenvolver seu desempenho competitivo de forma me morosa, assim dando êxito a sua equipe na competição.

Segundo RIVORIEL (apud ZABALLA E FILHO 2009):

“O estresse é definido pelas Ciências Médicas como: o estado de tensão excessivo resultante de uma ação brusca ou continuada para o organismo. Em Ciências do Esporte, se define como: grande solicitação psíquica e/ou física, vivida como uma carga e que conduz a reações de defesa específicas para dominar a situação ameaçadora. E, desde o ponto de vista psicológico, se entende como: um conjunto de manifestações gerais não-específicas como resposta por uma demanda qualquer do ambiente, incluindo o psicossocial”.

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6. METODOLOGIA

O trabalho foi subdividido em investigar todo referencial teórico que poderá estar nos auxiliando a cerca das possibilidades que desejamos encontrar, tendo também como suporte o questionário.

A parte descritiva procura observar e descobrir os fenômenos que ocorrem, descrevendo-os, classificando-os e interpretando-os. Geralmente o problema é enunciado para indagar se o fenômeno acontece ou não, que semelhanças existem entre eles.

A Pesquisa é realizada no local onde os fenômenos aparecem, ou seja, numa instituição, numa comunidade, numa fábrica, num grupo específico. Vai se caracterizar conforme, “o recorte que o pesquisador faz em termos de espaço”, (NETO, 1994, p.53).

O questionário elaborado por Dante de Rose Junior foi construído após revisão literária, as perguntas foram realizadas com os atletas, técnicos e os pais, verificando assim a existência de 111 sintomas de stress, porém alguns se repediam, sendo assim transformados em uma lista de 94 sintomas no ano de 1997.

Após a análise de dez especialistas entre eles, psicólogos, técnicos esportivos, pedagogos e professores de Língua Portuguesa que possuía experiência com crianças e jovens, este primeiro questionário foi modificado, onde após algumas outras pesquisas ficou constatado que entre todos a lista se estabeleceria com 31 sintomas de stress, podendo ser utilizado com atletas de dez a quatorze anos, ou mesmo, com atletas de maiores idades, inclusive com adultos, já que o conteúdo existente no questionário esta adequado para ambas as idades, porém o questionário não é recomendado para utilização com crianças abaixo de dez anos devido linguagem, este por sua vez teve sua fidignidade comprovada em 1998.

Os dados foram realizados através de estatística descritiva e gráficos ilustrados com as porcentagem de cada score, as equipes foram divididas por cidades. Conforme a proposta de Dante de Rose Junior (1998), as respostas serão classificadas dessa forma: nunca=1, poucas vezes=2, algumas vezes=3, muitas vezes=4 e sempre=5. O resultado será obtido através da soma de respostas, assim representara o nível de stress momentos antes da competição. O nível de stress será apontado a partir da definição da média de cada cidade considerando as trinta e uma perguntas do questionário.

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O escore pode variar de um nível extremamente baixo 1 e 2(muito calmo em competições); um escore médio de 3, definido como moderado, e os valores acima podem ser considerado como sintomas acima do moderada, quanto mais próximo de 5, maior será o seu nível de stress, podendo assim estar extremamente ansioso antes da competição.

Os dados foram coletados com atletas de futsal nascidos no ano 93,94, e 95, participantes do Regional Estudantil Mato-Grossense na cidade de Vera, aonde os jogos aconteceram. O questionário foi aplicado com cinco equipes, das cidades de Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Maringá, Feliz Natal e Santa Carmen, no total de quarenta alunos atletas, a seleção destas equipes foi de forma aleatória através da utilização do questionário De Rose (1998): Lista de Sintomas Pré- Competitivo Infanto Juvenil (LSSPCI). O instrumento identifica 31 sintomas de “stress” pré competitivo no período de 24 horas que antecede a competição.

Aplicamos o mesmo com o intuito de analisar quais são os sintomas que podem causar alguma interferência no estado emocional que posteriormente possa afetar no resultado da competição.

Figura 1: Aplicação do questionário Figura 2: Aplicação do questionário

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7. ANÁLISE DE DADOS

Gráfico 1: Resultados obtidos com os (40) avaliados.

Através da analise dos resultados do grupo, verificou- se que os escores numero 4 e 5 interferiram em 38,15% no mesmo. Ao acrescentarmos o score 3 que apresenta uma interfêrencia moderada, estes numeros sobem para 56,7%. Podemos destacar ainda que o score numero 5 apresentou se como o mais citado nas respostas atingindo um valor de 24,44% do total das respostas, reforçando que neste grupo sempre hà interfêrencia no estado emocional pré- competitivo.

Gráfico 2: Resultados obtidos com a cidade de Nova Maringá.

Analisando os resultados dos integrantes da equipe de futsal da cidade de Nova Maringá ficou claro que houve uma interferência de stress pré- competitivo de 41,53% das perguntas respondidas em um nível muito alto que são os scores correspondentes 4 e 5. Se considerarmos que o score 3, causa uma interferência moderada, porém podendo afetar o estado emocional do atleta, estes números

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sobem para 61,29%, mais da metade das perguntas do questionário respondido, podendo assim haver interferência na competição, pode se destacar ainda que o score 5 foi o mais citado com 22,98%.

Gráfico 3: Resultados obtidos com a cidade de Santa Carmen.

Já com a pesquisa realizada com os participantes da equipe de futsal da cidade de Santa Carmen o nível de stress chegou a um nível muito alto com a soma dos scores 4 e 5 com 44,36%, este numero somado ao score 3 se transforma em 65,73%, podendo se dizer que o fator emocional pode interferir no resultado da competição. Deve se destacar que o score 5 chegou a 33,47% das respostas do questionário, tendo assim havendo uma grande interferência.

Gráfico 4: Resultados obtidos com a cidade de Feliz Natal.

Com o mesmo aplicado com os integrantes da equipe de futsal da cidade de Feliz Natal obtivemos um resultado do nível de stress pré- competitivo muito alto de

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43,95% com as somas dos scores 4 e 5, se somarmos ao score 3 teremos um nível que possa ter interferência de 62,9%, podendo ter assim modificação emocionais na competição, destacando que o score 5 foi o mais citado com 29,84% das respostas.

Gráfico 5: Resultados obtidos com a cidade de Lucas do Rio Verde.

Já com os dados coletados com a equipe de futsal da cidade de Lucas do Rio Verde os resultados foram menores, se consideramos aos das três cidades a cima. O nível alto de stress com a soma dos scores 4 e 5 chegou a 28,63%, considerando uma interferência emocional moderada com a soma da score 3 com as demais ditas, este nível aumenta para 39,52%, podendo haver modificações mais leve na competição. Já 36,29% das respostas foram citadas no score 1, este que não causa interferência nenhuma na competição.

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Com os dados coletados com os participantes da equipe de futsal da cidade de Sorriso, o nível alto de stress pré competitivo com a soma dos scores 4 e 5 chegou a 32,26%, se somarmos ao score 3 que já causa uma pequena interferência estes números sobem para 54,03%, podendo haver modificações na competição. O score 2, foi o mais citado com 25,40%, sendo que este não causa modificações na competição.

Gráfico 7: Resultados obtidos com a soma dos scores 3, 4 e 5 de cada cidade.

Com a soma dos scores 3, 4 e 5 de cada cidade o que se percebe é que Nova Maringá, Santa Carmen e Feliz Natal que são cidades menores, tiveram um nível de stress pré- competitivo mais elevado que as cidades de Lucas do rio verde e Sorriso que são as mais populosas, muito devido pela pouca participação destes atletas nas competições, assim contento pouca experiência competitiva.

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8. CONCLUSÃO

As competições escolares são repletas de emoções tanto para os atletas como também para quem esteja envolvido neste meio, como dirigentes, acompanhantes e pais. Analisando o grupo de pessoas entrevistado constatou se que na maioria das respostas obtidas através do questionário, os scores 4 e 5 foram os mais citados pelos avaliados, indicando que muitas vezes e sempre ocorre interferência no estado emocional pré- competitivo interferindo de maneira significativa no desempenho do atleta.

Ao dividir o grupo por cidades, destacamos que as cidades com numero menores de habitantes, sem muita tradição nestes jogos (Nova Maringá, Santa Carmen e Feliz Natal), possuíram um nível de sintomas de stress ou ansiedade compatíveis, e mais elevado do que as cidades mais populosas (Sorriso e Lucas do Rio Verde), estas duas que possuem tradição nestes jogos, que são classificatórios para fase estadual, aonde somente o campeão de cada região participa.

Dentre as trinta e uma perguntas que o questionário relata, a grande maioria citou como grande fonte de interferência o medo de cometer erros na competição, a pressão exagerada das pessoas, o medo de decepcionar as pessoas, acordar mais cedo que o normal, ficar ansioso, o medo de perder, a presença dos pais na competição, muito cansaço ao final do treino, o coração bate o mais rápido que o normal, preocupação com os adversários, demorar muito a dormir, suar bastante, vontade de fazer xixi, medo de competir mal e ter duvidas sobre as suas capacidades físicas.

Portanto pode se concluir que o grupo apresentou interferência nos fatores emocionais pré- competitivos , porém se a parte emocional for trabalhada como o condicionamento físico os resultados podem se diferirem ao final das competições, pois com atletas mais preparados, o jogo terá menos erros individuais ou coletivos, e isto em momentos decisivos pode modificar o placar dos jogos ou mesmo possíveis abandonos no esporte devido a falta de reforços positivos, que neste caso pode ser a vitória ou mesmo a conquista de títulos que neta faixa etária da vida é muito importante para a auto estima e maturação do adolescente.

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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BALBINO, H. F. Os jogos coletivos e as inteligências múltiplas na interface da relação homem e ambiente. In: MOREIRA, Wagner Wey e SIMÕES, Regina (org.). Esporte como fator de qualidade de vida. Piracicaba: UNIMEP, 2002.

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BARBANTI, V. J. Dicionário de Educação Física e do Esporte. São Paulo: Ed Manole, 1994.

BRANDÃO, M. R. F. O papel do treinador como motivador do treinamento desportivo. Elaborado em 2004. Disponível em: www.uff.br/gef/Anais-IX.rtf. Acesso 25 de out. 2010.

BERTÉ J. D. Um estudo sobre o nível de ansiedade estado pré-competitiva em atletas de futsal. Disponível em: www.boletimef.org/. Acesso em 09 de out. 2010 BURITI, M. d. A (ORG). Psicologia do esporte. 2º edição, Campinas SP, Editora Alínea, 2009.

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Iniciação Desportiva. Disponível em:

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DA COSTA, F. R.; PAOLI, P. B.; DA SILVA, C. D. A importância dos jogos adaptados na iniciação aos esportes coletivos. Fevereiro de 2008. Disponível em. http://www.efdeportes.com/efd117/jogos-adaptados-na-iniciaca.

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