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Indústria de veículos cobra mudança em plano de emprego

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1 Boletim 1016/2016 – Ano VIII – 07/07/2016

Indústria de veículos cobra mudança em plano de emprego

DA REUTERS - DE SÃO PAULO

A indústria de veículos tenta convencer o governo a ajustar regras rígidas do programa que visa a evitar demissões no setor, de acordo com o presidente da Anfavea, Antonio Megale.

Sancionado pelo governo Dilma Rousseff em 2015, o PPE (Programa de Proteção ao Emprego) permite redução da jornada de trabalho e dos salários em até 30%, com uma complementação de 50% da perda salarial bancada pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

O programa tem validade até o final de 2017, mas as montadoras precisam renovar o interesse em permanecer dentro de suas regras, que incluem estabilidade de emprego aos funcionários por um terço do período em que ficaram sob o PPE. "O PPE é excelente para a manutenção dos empregos, mas tem algumas restrições que dificultam a operação das empresas", disse Megale. Ele citou como exemplo a impossibilidade de montadoras chamarem hora extra para recuperação de produção afetada por problemas como atrasos na entrega de componentes por fornecedores.

Segundo Megale, metade das montadoras afiliadas à entidade não adotou o regime e "várias" das que tinham aceitado as regras estão optando por não renovar a participação. "Algumas empresas disseram que não vão renovar o PPE no segundo semestre porque ele não está sendo suficiente."

Os comentários foram feitos no mesmo dia em que o presidente da entidade que representa os fornecedores de autopeças, Sindipeças, Dan Ioschpe, se reuniu com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, para pedir que o PPE vire permanente, reivindicação também da Anfavea.

Uma proposta para flexibilização do PPE foi entregue nos últimos dias ao Ministério do Trabalho, disse Megale. Hoje, 21.300 trabalhadores do setor, de um total de 128 mil, estão sob o PPE.

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Produção de veículos volta a nível de 2004, mas dá sinais de

melhora

ANA PAULA MACHADO / DE SÃO PAULO

A produção de veículos no Brasil regrediu aos níveis de 2004 ao cair 21,5% no primeiro semestre, para pouco mais de 1 milhão de unidades, segundo dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) nesta quarta-feira (6). Ao analisar os dados de junho, no entanto, a indústria dá sinais de que a retração pode estar no fim e que caminha para a estabilidade.

No mês, as montadoras instaladas no país produziram 182,6 mil veículos, recuo de 3% em relação a junho de 2015. Em maio, a queda havia sido de 18% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em abril, de 22,9%, em março, de 23,7%, e, em fevereiro, de 36,4%; "O mercado encontrou o seu patamar de estabilidade e, depois disso, vem o crescimento. O mês de junho já foi melhor que maio e há indicadores econômicos que apontam uma melhora daqui para a frente", disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale.

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Em maio, segundo o IBGE, o setor automotivo já havia sido um dos principais responsáveis pela melhora da produção industrial brasileira.

VENDAS

As vendas de veículos recuaram 25,4% de janeiro a junho, quando 1,31 milhão de

unidades foi emplacada –pior volume nos últimos dez anos. Em junho, atingiram 171,8 mil unidades, alta de 2,6% em relação a maio, mas queda de 19,2% ante o mesmo mês de 2015.

Para o consultor automotivo, Valdner Papa, o Brasil chegou ao fundo do poço e, a partir de agora, a tendência é de recuperação. "Será uma retomada gradativa. Não vai ser rápida nem abrupta. Vamos demorar ao menos três anos para atingir os níveis de 2013." Naquele ano, as montadoras produziram 3,71 milhões de veículos e venderam 3,76 milhões de unidades. O segmento de caminhões continua com queda acentuada na produção. No semestre, foram montados 31,29 mil unidades, recuo de 24,8% sobre janeiro a junho de 2015.

EXPORTAÇÕES

As exportações caíram 12,5% no semestre, para US$ 4,85 bilhões. Em junho, atingiram US$ 890 milhões, queda de 5,5% em relação a maio e de 11,9% na comparação com o mesmo mês de 2015.

No semestre, foram exportadas 226,64 mil unidades, aumento de 14,2%. Em junho, foram embarcadas 43,39 mil veículos, queda de 7,5% em relação a maio e de 9,6% em

comparação a junho do ano passado. Os estoques foram reduzidos, em junho, para 39 dias, o que equivale a 225,6 mil veículos. Em maio, havia 235 mil unidades nos pátios, o que levava 41 dias para girar.

Segundo Megale, da Anfavea, com a previsão de 2,3 milhões de veículos produzidos no ano, as montadoras devem usar menos de 50% da capacidade instalada de 5 milhões de veículos.

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Comércio paulista tem o pior semestre desde o início do Plano

Real

Entre janeiro e junho, movimento de vendas caiu 11,1% aponta a Associação Comercial de São Paulo; segundo a Serasa Experian retração nas vendas foi de 8,3% em igual período

MÁRCIA DE CHIARA E FRANCISCO CARLOS DE ASSIS - O ESTADO DE S.PAULO

O comércio varejista fechou o primeiro semestre com o pior desempenho para o período desde o início do Plano Real. Dois indicadores que acompanham o pulso das vendas em São Paulo e no País mostram um desempenho muito ruim no período como um todo, apesar de, a cada mês, as quedas terem sido menos acentuadas.

O tombo no volume de vendas entre janeiro e junho deste ano foi 11,1% na cidade de São Paulo comparado com os mesmos meses de 2015, de acordo com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Foi a maior retração desde 1995. Nem na última

recessão que a economia brasileira enfrentou em 2009, a queda foi tão forte. No primeiro semestre daquele ano, o varejo paulista encolheu 7,7% ante o mesmo período de 2008. Nas contas da Serasa Experian, a atividade do comércio no País recuou 8,3% no primeiro semestre deste ano. Foi o pior resultado da série do Indicador de Atividade iniciada em 2001. A queda registrada no primeiro semestre de 2016 supera até mesmo o recuo de 6,9% observado no primeiro semestre de 2002, época em que o País vivia a “Crise do Apagão”.

Desemprego em alta, confiança ainda em níveis muito baixos e crédito caro e escasso explicam, segundo os economistas das duas entidades, o fracasso do varejo no semestre. Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, lembra que em 2009 o País saiu da recessão por causa do impulso dado ao consumo. “Desta vez é diferente: temos desemprego de

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dois dígitos, 60 milhões de brasileiros com o nome sujo e não há perspectiva de redução de juros.”

Os dados da Serasa Experian mostra que os setores do varejo mais afetados no primeiro semestre deste ano foram o dependentes de crédito. Tanto é que as vendas carros, seguidas por itens de vestuário e eletroeletrônicos, tiveram retrações de 17%, 13,9% e 13,3%, respectivamente, no semestre. Já nos supermercados, onde os negócios

dependem mais da renda, o recuo foi menor, de 7,5%. O único segmento cujas as vendas avançaram no período foi o de combustíveis, que cresceu 4,3%.

Fundo do poço. Apesar da forte retração no primeiro semestre como um todo, os dados

mensais mostram uma reação. Os economistas acreditam que o fundo do poço da atividade do comércio foi na virada do primeiro para segundo trimestre. Em abril, o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa caiu 9,5% em relação ao mesmo mês de 2015. Em maio, a queda foi de 8,3% e encerrou junho com retração de 6,7%.

“O pior já passou”, diz o economista da ACSP. Em junho, por exemplo, o movimento de vendas em São Paulo caiu 1,5% sobre o ano anterior. Essa retração foi atenuada pelo avanço das consultas para vendas a prazo, que cresceram 1,6% em bases anuais, enquanto a vendas à vista recuaram 4,6% no período.

Apesar dessa reação, Alfieri acredita que a atividade bateu no fundo poço, mas ainda não saiu dele. Ele observa que a recuperação é seletiva, isto é, está sendo puxada por itens sazonais, como aquecedores, chuveiros e artigos de vestuário por causa do frio.

Também o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fabio Bentes, separa a reação do varejo em dois grupos. Para a venda de bens duráveis e dependentes de crédito, ele não enxerga uma reação, diante de juros elevados e do calote em alta. “A queda é menor em termos de taxa, mas o faturamento não para de piorar.” Já no caso dos supermercados, por conta do arrefecimento da inflação de alimentos e pelo fato de vender itens essenciais, é possível acreditar que o pior já tenha passado.

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6 No vermelho. “Estávamos num inverno de menos 30 graus Celsius e agora estamos com

uma temperatura de menos 25”, compara Rabi, fazendo referência a taxas negativas ao longo dos meses. No entanto, ele projeta que o comércio varejista feche este ano no vermelho, com queda de 6% em relação a 2015. Se a projeção se confirmar, será o pior resultado anual da série do indicador do comércio iniciada em 2001.

Para este ano, a CNC projeta queda de 4,8% nas vendas do varejo restrito, que não incluem veículos e materiais de construção, e retração de 9,4% para o varejo ampliado. No ano passado, as vendas do varejo restrito, de acordo com o IBGE, encolheram 4,3% e o varejo ampliado teve recuo de 8,6%.

Produção de veículos no 1º semestre cai ao menor nível desde

2004

De janeiro a junho, foram produzidos pouco mais de 1 milhão de unidades, uma queda de 21,2% em relação a igual intervalo do ano passado

ANDRÉ ÍTALO ROCHA - O ESTADO DE S.PAULO

As montadoras instaladas no Brasil terminaram o primeiro semestre com o menor nível de produção para o período desde 2004. De janeiro a junho deste ano, 1.016.680 veículos saíram das fábricas, queda de 21,2% em relação a igual intervalo de 2015, informou há pouco a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Só em junho, 182.626 unidades foram produzidas, baixa de 3% em relação a junho do ano

passado, mas alta de 4,2% na comparação com maio.

Por segmento, os automóveis e comerciais leves, juntos, somaram 175.232 unidades em junho, retração de 3,2% em relação a igual mês do ano passado, mas crescimento de 4% ante o volume observado em maio. No primeiro semestre, a queda acumulada é de 20,9%, para 976.142 unidades. Com o corte na produção, as demissões continuam nas

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montadoras. Só em junho, 244 vagas de emprego foram eliminadas. Considerando os últimos 12 meses, são 9.163 vagas a menos. Com isso, a indústria conta hoje com 127.742 funcionários, recuo de 6,7% em relação ao nível de junho do ano passado.

Vendas. A venda de veículos novos no Brasil terminou o primeiro semestre com queda de

25,43% em relação à primeira metade do ano passado. O presidente da Anfavea, Antonio Megale, afirmou que os dados confirmam uma tendência de estabilização observada nos meses anteriores. "O mercado parece ter encontrado o seu piso", defendeu o executivo. No primeiro trimestre, as vendas recuaram 28,6%. Até abril, a retração foi de 27,9%. De janeiro a maio, as vendas caíram 26,6%. E, no primeiro semestre, a baixa acumulada é de 25,4% em relação ao mesmo período de 2015. Com base nestes números, Megale

acredita que a previsão da Anfavea para o ano inteiro, de queda de 19%, deverá ser confirmada em dezembro. "Depois de estabilizar, normalmente vem um crescimento, e temos visto indicadores melhores de confiança do consumidor e algumas visões bem claras do governo federal no sentido de controlar os gastos", disse o presidente da Anfavea.

Financiamento. Apesar dos sinais de melhora, Megale lamentou que a participação dos

financiamentos na venda de veículos tenha ficado em 51,2% em junho, o menor nível da série histórica. "Significa que ainda há uma dificuldade de obtenção de financiamento, ou por parte do agente financeiro ou por uma decisão do consumidor", afirmou o executivo. Ele disse também que as montadoras instaladas no Brasil ainda contam com excedente de mão de obra, apesar das demissões registradas desde o ano passado. "De 2004 até 2014 nós tivemos um aumento da produção em relação ao nível de emprego, ajustando isso com trabalho no fim de semana e hora extra. Desde 2015, no entanto, essa tendência se inverteu, então estamos com excedente de mão de obra", afirmou.

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