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BOLETIM DO LEITE. Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 23 nº 266 Julho Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP JULHO

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LEITE

Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP

Ano 23 nº 266 | Julho - 2017

Centro de Estudos Avançados em

Economia Aplicada - ESALQ/USP

JULHO

(2)

  5 5 0DLR          -$1 )(9 0$5 $%5 0$, -81 -8/ $*2 6(7 287 129 '(= 5/LWUR 0e',$%5$6,/321'(5$'$%587$ %$0**2356&6356 9$/25(65($,6 5/,752 'HIODFLRQDGRV%DVH0DLR  0pGLD D   ϵϬ ϭϭϬ ϭϯϬ ϭϱϬ ϭϳϬ ϭϵϬ ϮϭϬ ĂŐ Ž ͬϬϰ ŶŽ ǀͬϬ ϰ ĨĞ ǀͬ Ϭϱ ŵĂ ŝͬϬ ϱ ĂŐ Ž ͬϬϱ ŶŽ ǀͬϬ ϱ ĨĞ ǀͬ Ϭϲ ŵĂ ŝͬϬ ϲ ĂŐ Ž ͬϬϲ ŶŽ ǀͬϬ ϲ ĨĞ ǀͬ Ϭϳ ŵĂ ŝͬϬ ϳ ĂŐ Ž ͬϬϳ ŶŽ ǀͬϬ ϳ ĨĞ ǀͬ Ϭϴ ŵĂ ŝͬϬ ϴ ĂŐ Ž ͬϬϴ ŶŽ ǀͬϬ ϴ ĨĞ ǀͬ Ϭϵ ŵĂ ŝͬϬ ϵ ĂŐ Ž ͬϬϵ ŶŽ ǀͬϬ ϵ ĨĞ ǀͬ ϭϬ ŵĂ ŝͬϭ Ϭ ĂŐ Ž ͬϭϬ ŶŽ ǀͬϭ Ϭ ĨĞ ǀͬ ϭϭ ŵĂ ŝͬϭ ϭ ĂŐ Ž ͬϭϭ ŶŽ ǀͬϭ ϭ ĨĞ ǀͬ ϭϮ ŵĂ ŝͬϭ Ϯ ĂŐ Ž ͬϭϮ ŶŽ ǀͬϭ Ϯ ĨĞ ǀͬ ϭϯ ŵĂ ŝͬϭ ϯ ĂŐ Ž ͬϭϯ ŶŽ ǀͬϭ ϯ ĨĞ ǀͬ ϭϰ ŵĂ ŝͬϭ ϰ ĂŐ Ž ͬϭϰ ŶŽ ǀͬϭ ϰ ĨĞ ǀͬ ϭϱ ŵĂ ŝͬϭ ϱ ĂŐ Ž ͬϭϱ ŶŽ ǀͬϭ ϱ ĨĞ ǀͬ ϭϲ ŵĂ ŝͬϭ ϲ ĂŐ Ž ͬϭϲ ŶŽ ǀͬϭ ϲ ĨĞ ǀͬ ϭϳ ŵĂ ŝͬϭ ϳ ,&$3/&(3($(VDOT863(VWDGXDO 37/,%*( 3DWDPDU GHPDLRGH 

J

unho foi um período de transição para o mercado lácteo:

as altas de preços foram mais pontuais, enquanto os movimentos de estabilidade e queda ganharam mais força. De acordo com cálculos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o preço líquido (que não considera frete nem impostos) do leite recebido pelo produtor em junho (referente ao entregue em maio) permaneceu praticamente nos mesmos patamares do mês anterior, chegando a R$ 1,2688/litro na “média Brasil” (compreende os estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA) – leve queda de 0,39% (ou de R$ 0,005/litro). Já o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea) registrou elevação de 0,8% entre abril e maio, na “média Brasil”.

Os resultados da “média Brasil” evidenciam um momento de transição, em que cada bacia leiteira apresentou uma situação diferente, em função das variáveis captação, qualidade e competitividade. Os preços do leite recebido pelos produtores no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais caíram devido à maior captação, justifi cada pelo clima favorável, bom volume de precipitações e início das pastagens de inverno no estado gaúcho. Por outro lado, o menor volume ofertado (característico da entressafra) em São Paulo aumentou a competitividade entre indústrias pelo leite, elevando a média paulista.

As cotações nos demais estados fi caram praticamente estáveis entre maio e junho, com variações menores que um centavo por litro. No Paraná e em Santa Catarina, houve elevação da captação dos laticínios e cooperativas amostradas. Entretanto, a competição entre empresas por leite e o maior pagamento por qualidade ajudaram a manter os preços em alta. Já em Goiás e na Bahia, a captação caiu, mas a menor qualidade e a difi culdade dos laticínios em repassar valorizações ao consumidor pressionaram as cotações.

Esses resultados, somados à pesquisa de derivados realizada pelo Cepea com o apoio fi nanceiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), sugerem que o período de transição para a desvalorização do leite recebido pelo produtor se iniciou. De acordo com a pesquisa de derivados, o leite spot na “média Brasil” (GO, SP, MG, PR e RS) já registrou queda de 2,1% da segunda quinzena de maio para a primeira de junho. Quanto ao leite UHT negociado nos atacados do estado de São Paulo, o valor recuou 3,8% de maio para junho. O varejo tem pressionado o atacado e as indústrias, refl etindo a difi culdade em manter o ritmo de vendas.

Neste cenário, as expectativas dos agentes entrevistados em relação aos preços em julho demonstraram estar mais homogêneas

do que em meses anteriores. A porção de agentes que acredita em queda se elevou para 67,8% (representando 87,9% do volume amostrado). Já a parcela que aposta em estabilidade caiu para 20% (10,7% do volume amostrado). A porcentagem de colaboradores do Cepea que espera altas caiu pela metade, chegando a 12,2% (com participação de 1,4% do volume).

Com mercado em período de transição,

“média Brasil” recua

Equipe Leite: Natália Salaro Grigol - Pesquisadora do Projeto Leite Equipe de Apoio: Wagner Hiroshi Yanaguizawa, Lucas Henrique Ribeiro, Maximilian Rizzardo, Aline Figueiró dos Santos, Aline Pires e Bianca Ferraz Teixeira

EXPEDIENTE

Editora Executiva:

Natália Salaro Grigol Pesquisadora do Projeto Leite

Jornalista Responsável:

Alessandra da Paz - Mtb: 49.148

Editores Científi cos:

Prof. Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros

Impressão:

Gráfi ca Riopedrense Editora

Contato:

(19) 3429-8834 | leicepea@usp.br

Endereço para correspondência:

Av. Centenário, 1080 | Cep: 13416-000 | Piracicaba/SP

LEITE A

O

PRODUT

OR

Por Natália S. Grigol

Fonte: Cepea-Esalq/USP

Gráfi co 2 - Série de preços médios pagos ao produtor - defl acionada pelo IPCA

Fonte: Cepea-Esalq/USP

Gráfi co 1 - ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - MAIO/17

(3)

3

CEPEA - CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA - ESALQ/USP

LEITE A

O

PRODUT

OR

Tabela 1 - Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em JUNHO/17 referentes

ao leite entregue em MAIO/17

Tabela 2 - Preços em estados que não estão incluídos na “média Brasil” – RJ, MS, ES e CE

Fonte: Cepea-Esalq/USP 1,6098 1,3728 1,4169 1,4988 1,5118 1,4769 1,3444 1,3853 1,4759 1,5199 1,4165 1,3833 1,5268 1,1415 1,3088 1,1550 1,0295 1,2046 1,1346 1,2117 1,1215 1,1934 1,2206 1,1825 1,1540 1,1663 1,3554 1,3388 1,2902 1,3645 1,3574 1,3428 1,2686 1,3052 1,3381 1,4715 1,2741 1,2714 1,3758 1,5276 1,1245 1,3167 1,3101 1,3449 1,3083 1,2583 1,2825 1,4296 1,4415 1,3839 1,3304 1,4128 1,0699 1,1049 1,0679 0,8513 1,0446 0,9737 1,1166 1,0160 1,1536 1,1490 1,1553 1,1050 1,0604 1,2789 1,1147 1,1968 1,1869 1,1939 1,1797 1,1722 1,1954 1,2950 1,3942 1,2449 1,2203 1,1501 3,39% -5,50% -0,21% 3,09% 5,32% 4,38% -3,48% -1,06% -1,52% 2,97% 0,00% -0,37% -0,22% 2,87% -13,82% -1,70% 2,60% 5,56% 4,43% -3,67% -1,30% -1,57% 3,39% 0,00% -0,47% 0,14% Fonte: Cepea-Esalq/USP 1,5678 1,4099 1,5337 1,5622 1,4509 1,5387 1,3884 1,4990 1,5201 1,5405 1,4918 1,6836 1,4566 1,5513 1,5405 1,5905 1,5738 1,4067 1,8701 1,3276 1,5863 1,4514 1,4783 1,4493 1,3148 1,4606 1,4578 1,5340 1,1917 1,0924 1,1566 1,1733 1,0235 1,1632 0,6843 1,2954 1,1541 1,2573 1,1865 1,1529 1,3557 1,3990 1,2149 1,2641 1,1422 1,1520 1,0569 1,0631 1,1625 1,1975 1,1097 1,1408 1,0658 1,0053 1,1014 1,1678 1,3936 1,3100 1,3578 1,3817 1,2635 1,3677 1,3377 1,4205 1,3524 1,3717 1,3928 1,4441 1,4393 1,4796 1,4277 1,4344 1,4606 1,2840 1,4036 1,2476 1,4002 1,3186 1,3353 1,3247 1,2095 1,2099 1,2897 1,3806 1,4388 1,3189 1,4239 1,4547 1,3184 1,4282 1,3553 1,3959 1,3620 1,4121 1,3865 1,5461 1,3572 1,4844 1,4385 1,4529 1,4754 1,2559 1,7368 1,2526 1,4658 1,3192 1,3538 1,3223 1,1874 1,3284 1,3083 1,4194 1,0712 1,0099 1,0553 1,0746 0,9006 1,0611 0,6674 1,1968 1,0184 1,1353 1,0890 1,0272 1,2654 1,3337 1,1204 1,1342 1,0527 1,0069 0,9419 0,9941 1,0515 1,0687 0,9935 1,0200 0,9441 0,8834 0,9599 1,0614 1,2659 1,2178 1,2497 1,2783 1,1352 1,2610 1,3057 1,3192 1,1999 1,2471 1,2898 1,3120 1,3113 1,4097 1,3249 1,3009 1,3745 1,1360 1,2808 1,1608 1,2846 1,1887 1,2141 1,2008 1,0845 1,0834 1,1440 1,2688 -1,70% -1,99% -1,48% 0,19% 1,31% 0,23% 2,83% 0,56% -1,41% -0,84% 0,53% 2,02% 0,37% 0,86% 1,29% -0,82% 1,88% -3,42% -2,49% -5,96% -0,95% -1,56% 0,63% -0,27% 0,08% -2,71% 1,00% -0,34% dez/jan dez/jan -1,90% -2,01% -1,58% 0,32% 1,48% 0,35% 2,83% 0,55% -1,44% -0,66% 0,55% 1,53% -0,19% 0,72% 1,17% -0,72% 2,20% -3,75% -2,78% -5,20% -1,00% -1,44% 0,31% -0,40% -1,76% -3,41% -0,22% -0,39% MÉDIA GERAL

(4)

CUST

OS E RECEIT

A

Custo de produção recua 1,9% no 1º semestre

Por Wagner H. Yanaguizawa e Natália S. Grigol

O

s custos de produção da pecuária leiteira seguiram em

queda em junho, mês posterior à campanha nacional de vacinação contra febre aftosa. Na “média Brasil”, (SP, GO, MG, PR, SC, RS e BA), o Custo Operacional Efetivo (COE), que considera os gastos correntes das propriedades, diminuiu 0,24% em relação a maio. No primeiro semestre deste ano, a queda chega a 1,9%. Esse resultado está atrelado à contínua desvalorização dos preços do concentrado, o principal insumo utilizado na atividade, que corresponde a cerca de 40% do COE.

Conforme pesquisa do Cepea que acompanha as cotações nas casas agropecuárias do estado de São Paulo, os preços do concentrado (22% de proteína bruta) recuaram novamente em

junho, 2,8% em relação ao mês anterior. No acumulado do primeiro semestre, a queda é de 18%.

Ao mesmo tempo, a receita obtida com a venda de leite em São Paulo aumentou 1,17% de maio para junho e 6,7% nos primeiros seis meses do ano.

Assim, a relação de troca entre o leite e o concentrado seguiu favorecida para o produtor paulista no mês passado, quando foram necessários 567,2 litros de leite para a aquisição de uma tonelada de concentrado, volume 3,9% menor que o de maio e 32,3% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. A relação de troca é também a menor desde outubro de 2011, quando era de 566,9 litros.

Nota: As relações de troca referem-se ao estado de São Paulo.

Fonte: Cepea-Esalq/USP e CNA (2017)

abr/17 mai/17 jun/17 606,9 litros/tonelada 590,4 litros/tonelada 567,2 litros/tonelada abr/17 mai/17 jun/17 867,9 litros/tonelada 899,6 litros/tonelada 828,0 litros/tonelada abr/17 mai/17 jun/17 9,8 litros/frasco 50 ml 9,8 litros/frasco 50 ml 9,6 litros/frasco 50 ml abr/17 mai/17 jun/17 4,7 litros/frasco 10 ml 4,6 litros/frasco 10 ml 4,6 litros/frasco 10 ml abr/17 mai/17 jun/17

Sal Mineral (130g de Fósforo)

64,5 litros/sc 25 kg 63,6 litros/sc 25 kg 63,4 litros/sc 25 kg abr/17 mai/17 jun/17 35,2 litros/litro de herbicida 34,4 litros/litro de herbicida 34,3 litros/litro de herbicida

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5

CEPEA - CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA - ESALQ/USP

Exportações dos produtos lácteos dobram em junho

Por Bianca F. Teixeira e Lucas H. Ribeiro

E

m junho, as exportações de produtos lácteos estiveram

2,17 vezes maiores frente a maio, devido à volta da demanda venezuelana por leites em pó. No total, foram vendidos 18,8 milhões de litros em equivalente leite, volume 21,3% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Segundo os dados da Secex, além da Venezuela, os principais compradores dos produtos lácteos do Brasil foram Argentina e Chile.

Quanto aos embarques brasileiros de leites em pó, somaram 12,49 milhões de litros em equivalente leite, que representa 66,43% de todo o volume de lácteos embarcado pelo País em junho, aumento de 436 vezes, aproximadamente, do volume exportado em relação a maio. A Venezuela foi responsável por comprar 98,46% dessa quantidade, somando 12,3 milhões de litros em equivalente leite.

Além dos leites em pó, os principais produtos embarcados foram os queijos, o leite condensado e o leite modifi cado, responsáveis por 12,2%, 12,8% e 4,8%, respectivamente, das exportações. As saídas de queijos e leite condensado caíram 19,5% e 29,3% frente ao mês anterior Já o leite modifi cado aumentou em 6 vezes o volume exportado, totalizando 904,7 mil litros em equivalente leite. Dessa

quantidade, 26,1% teve como destino o Chile, e 73,9%, a Argentina. As importações de lácteos também se elevaram em junho. Foram comprados 125,6 milhões de litros em equivalentes de leite, aumento de 5% frente a maio. Mas, em comparação com o mesmo período do ano passado, o volume foi 34,2% menor.

Os principais produtos adquiridos pelo País foram os leites em pó e os queijos, com crescimento de 4,9% e 5,1%, respectivamente, sobre o mês de maio. Já as compras de leite modifi cado quase quadruplicaram no período, sendo o Uruguai responsável por 57,9% desse volume. Em contrapartida, as compras de manteiga caíram 43% em relação a maio, com um total de 1,1 milhão de litros em equivalente-leite. A quantidade de manteiga comprada da França reduziu 81,4% e do Uruguai, 50%, na mesma comparação.

Mesmo a importação apresentando alta, o défi cit da balança comercial teve recuo de 5% em junho. Isso porque a variação do volume de lácteos exportados foi superior à do volume importado, totalizando 106,7 milhões de litros em equivalente leite, saldo negativo de 47, 4 milhões de dólares.

¹A categoria “leites em pó” considera os seguintes NCM defi nidos pela Secex: 04021010; 04022110; 04021090.

²A categoria “queijos” considera os seguintes NCM defi nidos pela Secex: 04061010; 04061090; 04062000; 04063000; 04064000; 04069010; 04069020; 04069030; 04069090.

MERCADO INTERNA

CIONAL

Total de Junho/2017 frente ao mesmo período de 2016: 21,3%

Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modifi cado e doce de leite. Fonte: Secex / Elaboração: Cepea-Esalq/USP

18.828 12.492 3.408 2.287 904 675 170,1% 43591,8% -29,3% -19,5% 505,3% 178,6% -66,43% 12,8% 12,2% 4,8% 3,6% 21,3% 49,1% -24,8% 18,1% -37,0% 31,3% Junho/17 Maio/17 – Junho/17 (%) Participação no total exportado em Junho/17 Junho/17 - Junho/16 (%)

Total

Tabela 2 - Volume exportado de lácteos (em equivalente leite)¹

Leite em pó (integral e desnatado) Leite Condensado Queijos Leite Modificado Leite Fluido

Total de Junho/2017 frente ao mesmo período de 2016: -34,2%

Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modifi cado e doce de leite; (2) O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litros. Fonte: Secex / Elaboração: Cepea-Esalq/USP

125.576 88.065 34.823 1.130 5,0% 4,9% 5,1% -42,9% -70,1% 27,7% 0,9% -34,2% -40,9% -9,9% -26,0% Junho/17 Maio/17 – Junho/17 (%) Participação no total importado em Junho/17 Junho/17 - Junho/16 (%)

Tabela 1 - Volume importado de lácteos (em equivalente leite)¹

Total Leite em pó

(integral e desnatado)

Queijos Manteiga

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C

onfi rmando as expectativas de agentes do mercado, o preço do leite UHT negociado no mercado atacadista do estado de São Paulo recuou 3,54% de maio para junho, com média de R$ 2,52/litro no mês passado. Esse valor é 33,05% inferior ao registrado em junho de 2016. Esta é a segunda queda mensal consecutiva do derivado, que costuma antecipar o cenário de preços no campo, servindo como uma espécie de termômetro ao produtor para investimentos e estratégias de negociação. O preço do queijo muçarela também registrou a primeira queda em junho – depois de quatro meses em alta –, de ligeiro 0,15%, para R$ 15,76/kg. Na comparação com o mesmo período de 2016, a cotações do derivado estiveram 16,39% menor em junho deste ano.

Esse resultado é explicado pela maior difi culdade de indústria e atacado de manter o ritmo de vendas, em função do menor poder

de compra do consumidor. Com isso, a competitividade entre as empresas para manter as negociações pressionou as cotações. A pesquisa diária realizada pelo Cepea tem o apoio fi nanceiro da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras).

Quanto aos demais derivados acompanhados pelo Cepea, quase todos registraram redução nos preços em junho, devido ao enfraquecimento da demanda na ponta fi nal da cadeia. As únicas exceções foram do leite pasteurizado e da manteiga (pote de 200g), a qual continuou valorizada em função da falta do creme, principal matéria-prima utilizada na produção do lácteo. O preço da “Média Brasil” (composta por SP, MG, GO, PR e RS) para o leite pasteurizado foi de R$ 2,26; para o leite UHT, de R$ 2,37; para o leite em pó (sachê 400 gramas), de R$ 15,63; para o queijo prato, de R$ 18,08; para o queijo muçarela, de R$ 17,04; e para a manteiga, de R$ 24,94 em junho.

UHT e muçarela se desvalorizam no atacado de SP

DERIV

ADOS

Por Aline Figueiró dos Santos e Aline Pires

Fonte: Cepea-Esalq/USP e OCB

Nota: Médias mensais obtidas de cotações diárias. Variação em termos nominais, ou seja, sem considerar a infl ação do período. R$ 2,52/litro R$ 15,76/kg -33,05% -16,39% -3,54% -0,15% Média de preços em junho/17 Variação (%) em relação a junho/16 Variação (%) em relação a maio/17

Variações em termos reais (deflacionamento pelo IPCA de Junho/2017) Cotação diária - atacado do Estado de São Paulo

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Fonte: Cepea-Esalq/USP

Nota: Valores reais, defl acionados pelo IPCA de junho/2017. 2,33 2,46 16,81 15,84 26,54 16,48 2,33 2,44 16,33 15,49 27,59 16,47 -0,11% -0,71% -2,87% -2,20% 3,94% -0,05%

Preços médios (R$/litro ou R$/kg) praticados no mercado atacadista e as variações no mês de maio em relação a abril de 2017

Produto Mai Jun (%) Média Brasil

Leite Pasteurizado Leite UHT Queijo Prato Leite em pó int. (400g) Manteiga (200g) Queijo Muçarela GO MG PR RS SP 2,20 2,37 21,18 17,21 23,97 18,83 2,20 2,30 20,80 17,00 25,01 18,90 0,12% -2,91% -1,79% -1,22% 4,32% 0,35% Jun Mai (%) 2,26 2,37 17,27 14,93 22,53 16,63 2,26 2,25 17,29 14,49 22,71 16,67 -0,21% -4,70% 0,14% -2,98% 0,79% 0,19% Jun Mai (%) -2,61 17,89 16,64 23,34 16,99 -2,48 17,88 16,00 25,04 16,81 --5,05% -0,06% -3,85% 7,27% -1,06% Jun Mai (%) 2,23 2,45 18,52 15,36 23,44 16,44 2,26 2,36 18,09 15,19 24,36 16,36 1,12% -3,69% -2,33% -1,13% 3,93% -0,49% Jun Mai (%) 2,25 2,45 18,33 16,00 23,97 17,08 2,26 2,37 18,08 15,63 24,94 17,04 0,22% -3,43% -1,40% -2,27% 4,07% -0,20% Jun Mai (%)

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7

CEPEA - CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA - ESALQ/USP

A

produção leiteira é diretamente infl uenciada pelas

condições climáticas, principalmente pelo regime de chuvas, que defi ne o período de entressafra pela qualidade das pastagens. No Sudeste e Centro-Oeste, esse período concentra-se entre os meses de março e setembro, enquanto no Sul, estende-se de fevereiro a julho, por conta da disponibilidade de forrageiras de inverno para o rebanho na região. No entanto, indícios apontam que a janela da entressafra sulista pode ser menor neste ano, encurtada principalmente pelo maior volume de chuvas – ao contrário do ano passado, quando a falta de chuvas limitou a oferta de leite.

Dados de estações meteorológicas do nordeste e noroeste rio-grandense (estações de Lagoa Vermelha, Caxias do Sul, Bom Jesus, Passo Fundo e Cruz Alta) captados pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) apontam que o volume de chuvas acumuladas de janeiro a maio deste ano foi 13% maior que o registrado no mesmo período de 2016. Se considerarmos, ainda, as precipitações de junho, a diferença sobe para 29,4%, uma vez que naquele mês choveu 11,3 vezes mais que em junho de 2016.

Como consequência do clima favorável à atividade, o Índice de Captação de Leite (ICAP-L) calculado pelo Cepea apresentou alta de 2,16% de abril para maio no Rio Grande do Sul, apesar do período de pico de entressafra. A maior captação, por sua vez, pressionou em 1,6% as cotações do leite recebidas pelo produtor gaúcho em junho. De acordo com os últimos dados disponíveis do IBGE, no primeiro trimestre deste ano, a captação no Rio Grande do Sul caiu 2% em relação à do mesmo período de 2016. Nos próximos meses, no entanto, a captação deve continuar aumentando, o que pode mudar o cenário observado nos primeiros três meses do ano. Além do aumento das chuvas, acentuado no mês de junho, os preços mais acessíveis da ração e as pastagens de inverno devem estimular a produção.

Maior volume de chuvas pode favorecer produção gaúcha

PANORAMA

Por Lucas H. Ribeiro e Natália S. Grigol

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Básica

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iracicaba/SP

MILHO: Avanço da colheita pressiona valores

O

avanço da colheita da segunda safra pressionou

fortemente as cotações de milho em junho, fazendo com que as médias de algumas regiões atingissem os menores patamares desde julho/2015, em termos nominais. Esse cenário se deve à expectativa de entrada volumosa do cereal no mercado interno nos próximos meses – estimada pela Conab em 63,5 milhões de toneladas –, o que manteve compradores retraídos. Além disso, as quedas nas cotações do cereal na Bolsa de Chicago reduziram a paridade de exportação, pressionando os valores.

Nesse cenário, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea em junho, os preços no mercado de balcão (preço pago ao produtor) caíram 6,6% e, no disponível (negociações entre empresas) 8,2%, em relação ao mês anterior. No acumulado deste ano (de janeiro a junho), registraram fortes desvalorizações de 37,5% e 37,3%, respectivamente.

A região de Campinas (SP), por sua vez, apresentou queda menos acentuada, em decorrência da retração vendedora na primeira quinzena do mês. Em relação a maio, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa caiu 3,8%, indo a R$ 25,49/saca de 60 quilos no dia 30. No acumulado do ano (janeiro a junho), a baixa é de 33,2%.

Na BM&FBovespa, os contratos futuros de milho seguiram em forte em queda, ainda sob efeito ajustes dos preços do o mercado físico. Os contratos Jul/17 e Set/17 recuaram 3,9% cada, ao fechar o pregão da sexta-feira a R$ 25,55/sc e a R$ 25,84/sc, respectivamente.

FARELO DE SOJA: Com menor interesse comprador,

preços recuam

O

s preços de farelo de soja fi nalizaram junho em queda,

pressionados pelo menor interesse de compradores estrangeiros e, como consequência, diminuição nas compras deste derivado. Esse cenário esteve atrelado ao aumento na oferta da Argentina, maior exportador mundial de farelo de soja.

No Brasil, compradores estiveram cautelosos nas aquisições, devido às expectativas de estoques de passagem elevados no País, fundamentados na safra recorde de soja. Além disso, houve maior demanda por óleo de soja nesse mês, aumentando a produção de farelo de soja, visto que para cada tonelada do grão processado, 78% produz farelo e apenas 19%, óleo de soja.

A queda nacional foi limitada pela alta cambial (Real por dólar). Entre maio e junho, o dólar registrou forte alta de 2,7%, com média a 3,2965 – a maior de 2017. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços de farelo de soja recuaram 1,2% entre as médias de maio e junho.

Por Ketlyn Hevelise Accorsi

MILHO E F

ARELO DE SOJA

Por Débora Kelen Pereira da Silva

Farelo de soja (R$/tonelada)

Preço médio em Campinas (SP) Fonte: Cepea-Esalq/USP

Milho (R$/sc de 60 kg)

Preço médio em Campinas (SP) Fonte: Cepea-Esalq/USP

mar/17 33,77

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