As transmissões de eventos esporti-vos via streaming não param de crescer. E sempre tem cachorro grande brigan-do por algum brigan-dos direitos. Dessa vez, o objeto de desejo é a Premier League. E os lutadores são nada menos do que dois gigantes do mundo das novas tec-nologias: Amazon e Facebook.
A informação do duelo pelos direitos do campeonato inglês de futebol foi
dada pelo CEO do Manchester United, Ed Woodward, durante uma entrevista. Ou seja, ainda não há nada oficial, mas não há como negar que a fonte é bas-tante confiável.
Segundo Woodward, tanto Amazon como Facebook estavam interessados em adquirir os direitos de transmissão da Premier League já na última vez em que eles foram colocados à venda. Na
Amazon e Facebook duelam
por Premier League
POR WAGNER GIANNELLA
B O L E T I M
NÚMERO DO DIA
EDIÇÃO • 846 SEGUNDA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 2017
Revelação foi feita em uma entrevista
do CEO do Manchester United,
Ed Woodward. Nos últimos meses,
tanto Amazon quanto Facebook tem avançado sobre
direitos esportivos de diversos produtos do segmento. Tendência é de ampliação.
61mil
Torcedores estiveram
presentes no Morumbi
para São Paulo e
Corinthians, no último
domingo; foi o melhor
público do Brasileirão.
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B O R U S S I A F E C H A
C O M S E G U R A D O R A
O Borussia Dortmund fechou um acordo com a seguradora médica IKK Classic. Os valores e a duração do contrato de patrocínio não foram revelados. A nova parceira será responsável por desenvolver uma plataforma chamada Fit as Borusse, que terá como principal objetivo uma campanha de saúde, com conteúdos profissionais de nutrição e exercícios físicos, para os torcedores do clube alemão.
A D I D A S D E M I T E
N A A R G E N T I N A
A Adidas anunciou uma redução no número de funcionários de sua subsidiária na Argentina, a Extreme Gear. A empresa teve 112 empregados demitidos nesta sexta-feira (22). De acordo com a imprensa do país, a Adidas se comprometeu a pagar 100% dos direitos de todos os funcionários que foram desvinculados da Extreme Gear. A sede da empresa, que fica em Buenos Aires, foi aberta em 2011.
U N I C E F T E R Á
G A L ATA S A R AY
O Unicef fechou um acordo sem fins lucrativos com o Galatasaray. A assinatura mostra o crescimento do órgão da ONU no futebol europeu, já que o clube turco é o quarto a fechar parceria. Os outros são o espanhol Barcelona, o inglês Manchester United e o grego Olympiacos.
Com o novo acordo com o time, o objetivo do Unicef é aumentar a conscientização sobre os direitos das crianças na Turquia.
ocasião, foram derrotados por BT Sport e BSkyB, que ficaram com os direitos para o período de 2016 a 2019.
Como nenhuma das duas gigantes gosta de perder, o CEO do Manchester United deixou claro que aposta em uma das duas para ficar com os direitos a partir de 2019. É provável que os
va-lores aumentem consideravelmente, o que levaria mais dinheiro aos clubes e, é claro, interessaria bastante a Woodward.
Não é de hoje que Amazon e Facebook estão de olho no mun-do esportivo. Em abril deste ano, a gigante mun-do e-commerce pa-gou 50 milhões de dólares e venceu a concorrência com You-Tube, Twitter, ex-detentor, e o próprio Facebook pelos direitos globais de transmissão por streaming das partidas de quinta--feira à noite da NFL.
Já em agosto, foi a vez de oferecer 10 milhões de libras e tirar da Sky os direitos da ATP para o Reino Unido, na primeira ação da empresa fora dos Estados Unidos. Pelo acordo, a Amazon passará todos os torneios da ATP, incluindo os quatro Grand Sla-ms, os ATP World Tour Masters 1000 e o ATP Finals.
Também em agosto, ainda fechou um acordo com o Eurosport e vai transmitir, para a Alemanha e a Áustria, três Grand Slams de tênis (Aberto da Austrália, Roland Garros e Aberto dos EUA), o Mundial de Moto GP e os Jogos Olímpicos de Inverno, que serão disputados em Pyeongchang, na Coreia do Sul, em 2018. Isso tudo além da Bundesliga, que já está sendo transmitida des-de o seu início em 18 des-de agosto.
O Facebook, por sua vez, tem um acordo com a MLS (liga de futebol dos EUA) para transmitir 22 jogos da temporada.
A agora pública briga entre Amazon e Facebook pela Premier League deixa ainda mais claro o momento vivido pelo esporte: o streaming já é uma realidade. Hoje, ele ainda não com-pete com a força da televisão, mas já há indícios que isso será uma questão de tempo. Há uma série de vanta-gens para o segmento esportivo, com a concorrência de novos players, mas existe um problema a ser resolvido.
Não é difícil prever que, em um futuro próximo, alguns veículos de streaming terão exclusividade em pro-dutos esportivos. O problema é que, com essa situação, o torneio e o clube
perdem o poder de promoção de um veículo tradicional. E, de alguma for-ma, isso terá que ser recompensado.
Hoje, há eventos que não cobram para estar na Globo, por exemplo. Garantir a emissora é ter certeza dessa promoção, com mais público e patro-cinadores. Mas não são só as atrações menores que dependem disso.
Há alguns anos, quando os clubes negociavam os direitos de transmis-são com Globo e Record, a discustransmis-são ficou em evidência: quanto que o fu-tebol perdia sem a maior emissora do país? Mudar seria ter menos audiên-cia, menos divulgação.
A discussão do momento envolve uma competição europeia, que dificil-mente abriria mão de estar nos prin-cipais veículos. Seria difícil imaginar a popularização das ligas do velho con-tinente ao redor do mundo caso elas estivessem restritas a um canal com acesso limitado. O melhor exemplo está na Liga dos Campeões, que mu-dou de status no Brasil após ser adota-do pela Globo, em rede aberta.
Por maior que seja a revolução do novo meio, o esporte terá que se man-ter dividido por mais tempo ainda.
Streaming gera um
problema para o esporte
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A seleção brasileira de futsal estreou no fim de semana seus novos patrocinadores: i9life, Implante Rio, Magnus e Univeritas, além da Pe-nalty que ampliou o acordo com a entidade. Além dos parceiros, a Confederação Brasileira da modalidade também comemorou a presen-ça de outras marcas no evento.
O time brasileiro enfrentou duas vezes a se-leção do Uruguai, válido pelo Desafio English Town Internacional de Futsal. Os jogos acon-teceram na noite de sexta-feira e na manhã de domingo. Com transmissão do Sportv e, no fim de semana, da Globo, a organização conse-guiu vender todas as cotas disponíveis para as partidas, com placas na quadra.
“Estamos muito felizes por este novo
momen-to do futsal brasileiro. Há pouco mais de dois anos iniciamos um projeto de reconstrução, assentamos o alicerce da CBFS, plantamos e agora começamos a colher os primeiros frutos. É a gratificação do trabalho", comemorou di-retor de marketing da CBFS, Bernardo Caixeta. Além de English Town, Multiplicar24h, Cerpa, Billy the Grill, Madel, Casa do Construtor, Po-tencial, Mr. Sheik, Domino's Pizza, Tempersul, Colégio Amorim, XBRI, Marata, Univeritas e JMC foram os parceiros do Desafio Internacio-nal de Futsal.
As vendas foram feitas pela união das agên-cias TFW e Sportplus, que nos últimos anos têm agenciado os patrocinadores da seleção brasileira e dos eventos da Confederação.
Futsal celebra evento com venda de
novos patrocinadores
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POR REDAÇÃO POR DUDA LOPES novos negócios da Máquina do Esporte
A relação entre duas das prin-cipais ligas esportivas dos Esta-dos UniEsta-dos, a NBA e a NFL, não está nada boa com o presidente do país, o republicano Donaldo Trump. Durante o fim de semana, atletas e entidades se posiciona-ram oficialmente contra algumas declarações do político.
A confusão começou ainda na sexta-feira, quando Trump insul-tou, em um comício no Alabama, os atletas da NFL que têm feito
protestos durante o hino nacio-nal. O presidente americano pediu para que as franquias demitissem imediatamente cada jogador que repetisse o ato.
No sábado, a NFL soltou um co-municado oficial: “Comentários que segregam como esses demon-stram uma infeliz falta de respeito com a NFL, nosso grande esporte e todos os nossos jogadores”, afir-mou a liga de futebol americano. No domingo, diversos jogadores
se ajoelharam durante o hino, em novo protesto contra Trump.
Na NBA, a crítica de Trump foi a um jogador específico, mas gerou um levante de comentários contra o presidente. O mandatário amer-icano afirmou, por meio de sua conta pessoal do Twitter, que Ste-phen Curry não era bem-vindo à Casa Branca, graças a declarações do atleta contra o atual governo.
Tradicionalmente, os times vencedores das principais ligas americanas visitam o presidente, mas o Golden State Warriors, time de Curry, resolveu divulgar uma nota oficial: a equipe quebraria o costume: “O Presidente Trump tornou claro que não fomos convi-dados”, afirmou a equipe.
Curry e o Warriors receberam diversas mensagens de apoio de nomes famosos da NBA. Lebron James, por exemplo, foi enfático em sua conta do Twitter: “Ir à Casa Branca era uma grande honra an-tes de você aparecer por lá”.
POR DUDA LOPES
NBA e NFL entram em atrito
público com Trump
O Botafogo apresentou, na última semana, um novo patrocinador. A Valle Express, empresa que atua no ramo de cartões de crédito, fechou com o clube para ter a marca exposta em comunicações da equipe nas redes sociais, além de placas publi-citárias no centro de treinamento da equipe.
Nas redes, a marca aparecerá em ilustrações de
gol que, segundo o clube, há grande engajamento com os torcedores. “O Botafogo possui quase 3 milhões de fãs nas suas redes sociais. Desde 2015, o clube atua forte no mercado digital e essa par-ceria com a Valle Express mostra que estamos no caminho certo”, comentou Márcio Padilha, vice--presidente de marketing do clube, em nota.