A atuação do perito médico nas ações previdenciárias perante o Juizado Especial Federal

Texto

(1)UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE NÚCLEO DE CIÊNCIAS DO PODER JUDICIÁRIO FACULDADE DE DIREITO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO JUSTIÇA ADMINISTRATIVA. LEONARDO AUGUSTO NUNES COUTINHO. A atuação do perito médico nas ações previdenciárias perante o Juizado Especial Federal. NITERÓI AGOSTO, 2014.

(2) 2. LEONARDO AUGUSTO NUNES COUTINHO. A. a t u a ç ã o. a ç õ e s. d o. p e r i t o. m é d i c o. p r e v i d e n c i á r i a s. J u i z a d o. E s p e c i a l. NITERÓI AGO/2014. n a s. p e r a n t e. F e d e r a l. o.

(3) 3. LEONARDO AUGUSTO NUNES COUTINHO. A atuação do perito médico nas ações previdenciárias perante o Juizado Especial Federal. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação Justiça Administrativa (Mestrado Profissional), como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre. Linha de Pesquisa: Inovações na gestão dos órgãos de justiça administrativa. Orientador: Prof. Dr. Wilson Madeira Filho. Coorientadores: Prof. Dr. Gilvan Luiz Hansen Prof. Dr. Túlio Batista Franco. Niterói Agosto/2014.

(4) 4. Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.. Catalogação da Publicação Serviço de Documentação da Faculdade de Direito Universidade Federal Fluminense. Coutinho, Leonardo Augusto Nunes A atuação do perito médico nas ações previdenciárias perante o Juizado Especial Federal / Leonardo Augusto Nunes Coutinho: Prof. Dr. Wilson Madeira Filho – Niterói, 2014 112 f. : il.. Dissertação (Mestrado)--Universidade Federal Fluminense, 2014.. Perito-médico – Juizado Especial Federal – Benefício por incapacidade – Prova – Linguagem.

(5) 5. Nome: COUTINHO, Leonardo Augusto Nunes Título: A atuação do perito médico nas ações previdenciárias perante o Juizado Especial Federal. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação Justiça Administrativa (Mestrado Profissional), como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre. Aprovado em:. Banca examinadora. Prof. Dr. __________________________________________________. Prof. Dr. ___________________________________________________. Prof. Dr. ___________________________________________________. Prof. Dr. ____________________________________________________.

(6) 6. Dedicatória. Dedico este trabalho a você, Bernardo, que me apresentou os encantos da paternidade e, se quando do início do Curso era apenas uma estrelinha no céu, hoje enche minha vida da mais sublime felicidade. A você também, Érica, cuja costumeira paciência e genuíno incentivo minimizaram o sofrimento das horas roubadas ao convívio. Por fim, a você, minha mãe, D. Socorro, verdadeira mestra. Sem você, este momento não teria sido possível..

(7) 7. Agradecimentos. Agradeço ao Professor Ricardo Perlingeiro, referência como acadêmico e magistrado, coordenador do programa de Pós-Graduação em Justiça Administrativa e coorientador deste trabalho, pela compreensão e apoio, fundamentais na produção deste trabalho. Agradeço ao meu orientador, Professor Wilson Madeira Filho, pela apresentação das diretrizes intelectuais que serviram à confecção deste trabalho. Agradeço, ainda, à Secretária do PPGJA, Leoná Rodrigues, que, com sua imensa capacidade de trabalho e doçura, contribuiu intensamente nesta caminhada. Agradeço, também, à Justiça Federal no Ceará, na pessoa do admirável juiz federal Leonardo Resende Martins, pelo inestimável apoio que viabilizou a produção deste estudo..

(8) 8. RESUMO. A concepção do presente estudo se deu a partir da análise das expectativas e resultados em torno da atuação do perito em ações judiciais. Em um primeiro momento, buscou-se compreender o motivo de não haver uma padronização mínima nas perícias realizadas nos mais diversos órgãos jurisdicionais do país. Mas uma melhor compreensão do problema exigiu uma delimitação, reduzindo-se o seu exame ao cenário que contempla os benefícios por incapacidade perante os Juizados Especiais Federais, local de minha atuação como juiz federal. A partir desta delimitação, procurou-se examinar a perícia do ponto de vista de todos os envolvidos: segurados, advogados, membros do Ministério Público, juiz, mas, sobretudo, por óbvio, do próprio perito. Sob esses pressupostos, observou-se que uma afinidade de propósitos e de linguagem entre o juiz e o perito, bem como a consciência, por parte deste, da sua real função em um processo judicial, se traduz em medida essencial a permitir que a perícia cumpra a sua finalidade: trazer elementos técnicos para que o magistrado possa, a partir das respostas motivadas constantes do laudo, definir com segurança qual benefício o segurado faz jus e a partir de quando. Por fim, expondo serem estas as providências preliminares para uma melhor sistematização dos exames periciais perante os Juizados Especiais Federais, diante da constatação de que ainda são poucos os profissionais médicos com conhecimento suficiente para atuar com segurança em uma área que sofre de uma carência de material doutrinário, espera-se que iniciativas como a deste estudo possam funcionar como um embrião para o desenvolvimento deste segmento tão relevante à eficiência da prestação jurisdicional.. Palavras-chave: Perícia-médica. Juizado Especial Federal. Benefício por incapacidade. Prova. Linguagem..

(9) 9. ABSTRACT. The design of the present study was performed based on the analysis of the results and expectations around the role of the expert in lawsuits. At first, we sought to understand why there is not a minimum standardization in forensic performed in various courts of the country. But a better understanding of the problem demanded a boundary, reducing its examination to the scenario that includes the disability benefits at the Special Federal Courts, the place of my work as a federal judge. From this definition, we sought to examine the expertise from the standpoint of all stakeholders: insured, lawyers, prosecutors, judge, and, obviously, the expert himself. Under these assumptions, we found that an affinity of purpose and language between the judge and the expert as well as awareness, by this, its real function in a court case, translates into essential measure to allow the expertise meets its purpose: to bring technical elements so that the magistrate may, from motivated answers in report, safely define what benefit the insured is entitled and from when. Finally, exposing these were the preliminary steps to a better systematization of expert examinations at the Special Federal Courts, given the fact that there are few medical professionals with enough to work safely in an area that suffers from a lack of material knowledge doctrinal, it is hoped that initiatives such as this study can function as an embryo to develop this as relevant to the efficiency of adjudication segment.. Key words: medical expert examination. Federal Special Court. Benefit for disability. Proof. Language..

(10) 10. LISTA DE SIGLAS. CEME - Central de Medicamentos CPC – Código de Processo Civil CRFB – Constituição da República Federativa do Brasil DATAPREV – Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social FUNABEM – Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor FUNRURAL – Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural IAP – Instituto de Aposentadoria e Pensão IAPAS – Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social INPS – Instituto Nacional de Previdência Social INSS – Instituto Nacional do Seguro Social LBA - Fundação Legião Brasileira de Assistência LOPS – Lei Orgânica da Previdência Social MONGERAL – Montepio Geral dos Servidores do Estado MPF – Ministério Público Federal OAB – Ordem dos Advogados do Brasil RGPS – Regime Geral de Previdência Social SINPAS – Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social.

(11) 11. SUMÁRIO. INTRODUÇÃO. 14. CAPÍTULO I Transformações do Direito Previdenciário 1 – Seguridade social no Brasil 2 – Acepção de seguridade social na Constituição Federal brasileira 3 – Princípios Gerais do sistema previdenciário brasileiro 4 – Dos benefícios previdenciários em espécie 4.1 – Qualidade de segurado 4.2 – Período de carência 4.2.1 – Período de carência X Período de graça 4.3 – Incapacidade ou redução de capacidade para o trabalho 4.4 – Benefícios por incapacidade em espécie 4.4.1 – Aposentadoria por invalidez 4.4.2 – Auxílio-doença 4.4.3 – Auxílio-acidente 5 – Benefício de prestação continuada. 16 19 19 21 24 25 26 28 31 35 35 39 43 46. CAPITULO II 1 – Juizados Especiais Federais. Antecedentes, instituição e funcionamento 1.1 – Juizados Especiais Federais e Gestão estratégica 1.2 – Contextualizando a atuação do perito no procedimento dos Juizados Especiais Federais 1.2.1 – Petição inicial. Prévio requerimento administrativo. Tutela de urgência. Perícia 1.2.2 – Audiência. Sentença. Recurso. Execução. 50 56 58 58 62. CAPITULO III 1- Prova Pericial. Perito. Assistentes técnicos. Verdade. Verdade formal X Verdade material. Teoria da prova. Prova e convencimento. Aspectos gerais da prova pericial 1.1 – Perito e assistentes técnicos 1.2 – Verdade no processo 1.3 – Verdade formal X Verdade material ou substancial 1.4 – Teoria da Prova. Prova e convencimento 1.5 – Aspectos gerais da prova pericial 1.5.1 – Impedimentos, suspeições , escusas e substituição do perito 1.5.2 – Assistentes técnicos 1.5.3 – Necessidade e dispensa da perícia 2- Procedimentos da perícia específicos no Juizado Especial Federal 2.1 – Procedimentos preliminares 2.1.1- Início da perícia 2.1.2 – Principais questões relacionadas à perícia. 70. 70 71 72 74 76 76 79 80 81 81 81 83.

(12) 12. 2.1.2.1 – Necessidade de especialização do perito 2.1.2.2 – Possibilidade da presença de advogado durante a perícia 2.1.2.3 – Perícia X Consulta médica 2.1.2.4 – Entrevista de pessoas e requisição de documentos pelo perito 2.1.2.5 – Atuação dos assistentes técnicos 2.1.2.6 – Quesitação 2.2 – Fase de deliberação, justificação e decisão 2.3 – Procedimentos finais 2.3.1 – Casos práticos 3 - Aspectos éticos da perícia judicial. 83 85 86 86 87 88 89 100 101 108. CONSIDERAÇÕES FINAIS. 113. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 116.

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