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IMPACTOS JURÍDICOS PANDEMIA COVID-19 e OUTROS ASSUNTOS MPs-Normas-Decisões Judiciais-Outros até 04- SET-2020 Informativo 24/2020

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IMPACTOS JURÍDICOS – PANDEMIA COVID-19 e OUTROS ASSUNTOS

MPs-Normas-Decisões Judiciais-Outros até 04- SET-2020

Informativo 24/2020

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IMPACTOS JURÍDICOS - PANDEMIA COVID-19

Desde o início da Pandemia do Coronavírus (COVID-19) temos trazido um compilado das medidas que os Governos (federal, estaduais e municipais) vêm adotando no combate aos efeitos da crise e ainda, as decisões judiciais pertinentes. Assim, seguindo com o compromisso de informar acerca dos impactos jurídicos, elaboramos esse novo Informativo.

ATUALIZAÇÃO PLANO SÃO PAULO

Os 56 municípios do Oeste Paulista conseguiram evoluir para a fase amarela do Plano São Paulo nesta sexta-feira (4), conforme a atualização feita pelo governo do Estado de São Paulo.

Na atualização feita nesta sexta-feira (4), os Departamentos Regionais de Saúde (DRSs) de Marília e de Presidente Prudente, aos quais estão vinculadas as 56 cidades do Oeste Paulista, evoluíram da fase laranja para a fase amarela do Plano São Paulo.

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a situação de nenhuma região do estado na fase mais restritiva, permanecendo todos os municípios paulistas, liberados para a abertura com restrições do atendimento presencial em comércios e serviços não essenciais.

Reabertura de escolas para atividades de reforço em 8 de setembro

No dia 01/09 o Governo do Estado de São Paulo autorizou que escolas públicas e privadas - em regiões que estão há pelo menos 28 dias na fase amarela do plano de flexibilização - a reabrirem para reforço escolar e atividades complementares a partir do dia 08/09, no entanto, a decisão final sobre a permissão ou veto ficará sob responsabilidade das Prefeituras.

Na cidade de São Paulo, o prefeito Bruno Covas vetou a reabertura após investigação sorológica realizada pela prefeitura que mapeou que 70% das crianças e adolescentes, que já tiveram Covid-19 na cidade são assintomáticas.

As regras de reabertura foram divulgadas no Diário Oficial, onde o governo anunciou o pagamento de adicional aos professores da rede pública que voltarem a trabalhar presencialmente; sendo que, as aulas regulares devem continuar pela internet, no ensino a distância. Também foram divulgados que algumas séries terão o retorno prioritário, conforme segue:

•1º e 2º anos do Ensino Fundamental, que é o período de alfabetização; •5º e 9º anos do Ensino Fundamental;

•3ª série do Ensino Médio.

MEDIDAS PROVISÓRIAS

MPV 997/2020 – Crédito Extraordinário – Enfrentamento Coronavírus

Data de Publicação: 01/09/2020

Finalidade: Abertura de crédito extraordinário no valor de R$ 12 BilhõesMedidas Adotadas:

oIntegralização de cotas no Fundo Garantidor de Operações - FGO para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Pronampe.

MPV 998/2020 – Alteração Legislativa

Data de Publicação: 02/09/2020

Finalidade: Transfere para a União as ações de titularidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear

Medidas Adotadas:

oTransfere para a União as ações de titularidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear representativas do capital social das Indústrias Nucleares do Brasil S.A. e da Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A.

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MPV 999/2020 – Crédito Extraordinário – Enfrentamento Coronavírus

Data de Publicação: 03/09/2020

Finalidade: Abertura de crédito extraordinário no valor de R$ 67,6 BilhõesMedidas Adotadas:

oAbertura de crédito extraordinário, em favor do Ministério da Cidadania, para Auxílio Emergencial Residual para Enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de

Importância Internacional Decorrente do Coronavírus (COVID-19).

NOVAS NORMAS

Senado aprova mudanças no Código de Trânsito Brasileiro

O Senado Federal aprovou nesta quinta-feira, 3 de setembro de 2020, o texto principal do Projeto de Lei nº. 3267/19 que modifica o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Foram 46 votos a favor, 21 contrários e apenas uma abstenção.

Dentre a série de alterações no CTB, estão mudanças como a validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), que passará para dez anos para condutores com até 50 anos de idade; a regra geral atual, é de cinco anos de validade. Outro item importante e polêmico, trata sobre o aumento do número de pontos acumulados necessários para a suspensão da habilitação e uso obrigatório da cadeirinha até os 10 anos de idade.

O chamado ‘afrouxamento das regras de trânsito’ é uma tese defendida pelo presidente Jair Bolsonaro desde a campanha eleitoral. A oposição tentou sem sucesso adiar a votação, buscando ampliar o debate sobre as alterações das leis de trânsito, mas, a maioria parece estar formada.

O governo propunha aumentar de 20 para 40 o limite de pontos para a cassação da CNH. A proposta original foi rejeitada, mas a regra aprovada no Senado, contempla que, a suspensão da CNH somente ocorrerá na hipótese de o condutor já acumular 20 pontos e, depois disso, ainda incorrer em 02 (duas) ou mais infrações gravíssimas.

No caso de 01 (uma) infração gravíssima [após os 20 pontos], apenas se atingidos 30 pontos o condutor será impedido de dirigir; ainda como alteração, se não tiver incorrido em infrações gravíssimas, o motorista poderá acumular até 40 pontos, antes da suspensão.

O Senado também alterou a regra sobre o uso da cadeirinha. No texto votado pela Câmara, crianças de até 10 anos de idade e com menos de 1 metro e 45 centímetros de altura precisariam do artefato. Os senadores modificaram a regra, obrigando a adequação do dispositivo ao peso da criança.

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Médico Perito Examinador Responsável pelo Exame de Aptidão Física e Mental para Condutores de Veículos Automotores”, que poderão continuar a exercer suas funções.

Por fim, a terceira mudança feita pelo Senado impede a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito em caso de homicídio ou lesão corporal cometidos no trânsito por condutores alcoolizados ou sob a influência de substâncias psicoativas.

A proposta havia sido aprovada na Câmara dos Deputados no final de junho e, por ter sido modificada no Senado, retornará para nova votação.

Crédito consignado do INSS será ampliado devido à pandemia

No dia 31/08 a Previdência Social recomendou a ampliação de cinco pontos percentuais do crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS durante a pandemia do Covid-19. Após as alterações, o valor mensal da aposentadoria ou pensão do INSS passará de 35% para 40%. No entanto, para beneficiários que usam o cartão de crédito consignado, o limite permanece de 5%.

O Plenário do Conselho Nacional da Previdência Social – CNPS fez uma recomendação ao INSS para que fixe o limite máximo a ser concedido para operações com cartões de crédito em 1,6 vez o valor da renda mensal do benefício previdenciário. Também foi recomendado que o Instituto autoriza um prazo de carência de até 90 dias, para que seja feito o desconto da primeira parcela. Além disso, mais uma vez foi adiada a reabertura das agências do INSS, que ficou para o dia 14/09. Os atendimentos por meio de canais remotos também foram estendidos até o dia 11/09.

MEIs estão dispensados de alvarás e licenças para funcionamento

Desde o dia 01/09/2020 os empreendedores interessados em abrir uma micro e/ou pequena empresa, estão dispensados de alvarás de licenciamento e de funcionamento, conforme disciplina a Resolução n°. 59 do CGSIM (Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios), publicada no dia 12/08/2020.

A resolução é mais um reflexo da Lei de Liberdade Econômica, em vigor desde setembro/2019, que visa tornar o ambiente de negócios no país mais simples e menos burocrático.

Na prática, ao solicitar a abertura do negócio na categoria MEI, o empreendedor está automaticamente liberado para o exercício das suas atividades, desde que manifeste concordância com o termo de ciência e responsabilidade disponível no momento da inscrição do negócio no Portal do Empreendedor.

Em posse do documento emitido eletronicamente, o empreendedor é autorizado a iniciar as suas atividades de imediato, mas, fica ciente de que, deve atuar de acordo com os requisitos legais

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que envolvem aspectos sanitários, ambientais, tributários, de segurança pública e uso e ocupação do solo, entre outros.

Projeto de Lei pode acirrar disputa entre aplicativo e entregadores

O Projeto de Lei nº. 130/2019 está em votação na Câmara dos Vereadores do Estado de São Paulo, tal PL é de autoria do Vereador Camilo Cristófaro, que cria e altera regulamentações da Lei nº. 14.491/2007, que trata da atividade de transporte de pequenas cargas [motofrete], os conhecidos, entregadores de aplicativos das plataformas como Loggi, iFood, Rappi e Uber Eats e etc.

Caso aprovado, o projeto determina o uso de placa vermelha para trabalhar, o que acarretaria aos entregadores entrarem na categoria profissional de motofrete, com direitos e deveres trabalhistas como contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Além disso, os entregadores deverão passar por cursos para obter licenças e seguro de vida, providências que podem levá-los a desembolsar cerca de R$ 1.600 e, para isso, eles podem ainda ter que esperar até seis meses para conseguir o registro na Prefeitura.

Gil Diniz, presidente do sindicato dos entregadores - Sindimoto-SP (que é favorável ao projeto) avalia que a mudança vai proporcionar aos ‘motoboys’ o pagamento de um adicional de 30% por periculosidade, além da previsão de que os aplicativos não façam promoções que levem entregadores a se colocarem em risco, ao serem incentivados a correr mais do que o recomendável para atingir metas.

Se a empresa do aplicativo decidir por continuar trabalhando com entregadores de placa cinza, a companhia assumiria uma responsabilidade solidária, ou seja, arcaria [na forma do PL] com custos como seguros de vida e despesas em caso de acidentes.

Caso aprovado, o texto precisará passar por uma segunda votação. Na semana passada, a Câmara dos Vereadores aprovou em primeiro turno outra iniciativa que também altera o trabalho no setor.

DECISÕES JUDICIAIS

STF

Plenário virtual decide que INSS Patronal incide no terço de férias gozadas

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a incidência da contribuição previdenciária patronal sobre o terço constitucional de férias. Por meio do plenário virtual, a maioria dos ministros da Corte proveu parcialmente o Recurso Extraordinário (RE) 1072485, com repercussão geral (Tema 985), interposto pela União contra decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

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(TRF-4), que considerou indevida a incidência da contribuição sobre a parcela.

A matéria foi debatida em mandado de segurança impetrado pela empresa ‘Sollo Sul Insumos Agrícolas Ltda’ e, ao analisar o tema, o TRF-4 considerou que a lei estabelece expressamente a não incidência da contribuição previdenciária sobre as férias indenizadas (artigo 28, parágrafo 9º, alínea "d", da Lei 8.212/1991). Quanto às férias usufruídas, entendeu que, como o adicional de férias tem natureza indenizatória e não constitui ganho habitual do trabalhador, também não é possível a incidência.

No recurso ao STF, a União sustentava que, nos termos da Constituição Federal (artigo 195, inciso I, alínea “a”), todos os pagamentos efetuados ao empregado em decorrência do contrato de trabalho compõem a base de cálculo da contribuição previdenciária, com exceção das verbas descritas no rol taxativo do parágrafo 9º do artigo 28 da Lei 8.212/1991. Afirmava também que a decisão do TRF-4, ao não admitir a hipótese, seria contrária ao comando constitucional (artigo 195, caput) de que a seguridade social “será financiada por toda a sociedade”.

Com base em precedentes do STF, o relator, ministro Marco Aurélio, observou que a natureza remuneratória e a habitualidade da verba são dois pressupostos para a incidência da contribuição previdenciária sobre os valores pagos aos empregados. Para ele, essas duas diretrizes devem nortear o alcance do artigo 195, inciso I, da Constituição e a solução sobre a delimitação da base de cálculo da contribuição previdenciária a cargo do empregador.

O relator avaliou que a natureza do terço constitucional de férias (artigo 7º, inciso XVII, da CF) é de verba periódica auferida como complemento à remuneração. Segundo o ministro Marco Aurélio, esse direito é adquirido em razão do decurso do ciclo de trabalho e trata-se de um adiantamento, em reforço ao que é pago ordinariamente ao empregado quando do descanso. A seu ver, é irrelevante a ausência de prestação de serviço no período de férias. “Configura afastamento temporário”, disse, ao lembrar que o vínculo permanece e que o pagamento é indissociável do trabalho realizado durante o ano. Ficou vencido o ministro Edson Fachin, que entendeu inconstitucional a incidência da contribuição, em razão de seu caráter reparatório.

A tese de repercussão geral aprovada foi a seguinte: “É legítima a incidência de contribuição social sobre o valor satisfeito a título de terço constitucional de férias”.

Plenário julga inconstitucional lei municipal que reduz base de cálculo do ISS

Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), na sessão virtual encerrada em 28/08, julgou inconstitucional o artigo 41 da Lei Complementar nº. 118/2002 do Município de Barueri (SP), que, na redação dada pela Lei Complementar nº. 185/2007, fixou alíquota reduzida, por meio de abatimentos na base de cálculo do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). A decisão foi tomada na análise de agravo regimental interposto na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 189, ajuizada pelo Governo do Distrito Federal.

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Em 2011, o relator, ministro Marco Aurélio, havia negado seguimento à ADPF, por entender que é inadequado um ente da federação apresentar esse tipo de ação para questionar lei municipal relativa a base de cálculo de tributo. Segundo o ministro, não há risco concreto ao pacto federativo a fixação, por município, da base de cálculo do ISSQN. Essa posição foi mantida pelo relator ao votar pelo desprovimento do agravo regimental apresentado pelo Distrito Federal. Prevaleceu, no julgamento, o voto divergente do ministro Edson Fachin, que afirmou haver no caso, violação do princípio federativo fiscal. Ele citou decisão de 2016, em matéria praticamente idêntica, em que o STF considerou inconstitucional lei do Município de Poá (SP) que reduziu a base de cálculo ISSQN. Na ocasião, ficou definido que lei municipal não pode fixar base de cálculo de imposto, por se tratar de matéria reservada a lei complementar nacional (artigo 146, inciso III, alínea “a” da Constituição Federal).

Fachin explicou que a lei de Barueri estabeleceu que o ISSQN deveria incidir sobre o preço do serviço, excluindo os tributos federais relativos à prestação de serviços tributáveis e o valor do bem envolvido em contratos, portanto, invadiu competência legislativa da União, pois, a Lei Complementar Federal nº. 116/2003 (Lei do ISSQN) é categórica ao considerar como base de cálculo o preço do serviço, sem nenhuma outra exclusão que não a definida no inciso I do parágrafo 2º do artigo 7º.

Segundo o ministro, os tributos federais que oneram a prestação do serviço são embutidos no preço do serviço, independentemente do destinatário ou da qualificação contábil dada a eles, e, por conseguinte, compõem a base de cálculo do tributo, por falta de previsão em contrário da lei complementar nacional. “Se cada um dos 5.561 municípios brasileiros definisse o que pode ser incluído na base de cálculo do ISS, surgiria uma miríade de leis municipais que ora incluiriam, ora excluiriam ingressos na base de cálculo do imposto sobre serviços de qualquer natureza”, afirmou.

Outra inconstitucionalidade apontada por Fachin é a ofensa à alíquota mínima estabelecida para o tributo em questão no artigo 88, incisos I e II, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), que vedou a concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais que resultasse, direta ou indiretamente, na redução dessa alíquota.

O ministro Dias Toffoli divergiu em parte do ministro Edson Fachin para determinar o seguimento da ADPF, mas sem julgar a ação procedente. Nesse caso, seria aberta a possibilidade de o relator analisar eventuais preliminares de mérito não apreciadas na decisão monocrática e, avançando-se na análiavançando-se do processo, avançando-serem feitas sustentações orais pelas partes.

STJ

São admitidos Embargos de Terceiro com base em alegação de posse

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estabelece que é admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda do compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro pode ser aplicado no caso de comprador que só não entrou no imóvel porque ele ainda não foi entregue pela construtora.

Nessa hipótese, segundo o colegiado, mesmo sem a posse do imóvel e o registro público do contrato de compra e venda, é possível a oposição de embargos de terceiro, nos termos da súmula.

Os ministros mantiveram acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) que desconstituiu a penhora de imóvel adquirido por uma empresa e que ainda não havia sido entregue pela construtora.

Inicialmente, a construtora negociou o imóvel com uma consumidora. O contrato foi desfeito, e a compradora entrou na Justiça para reaver o que havia pago. No âmbito dessa ação, foi

determinada a penhora do imóvel para garantir o pagamento.

A empresa que adquiriu a unidade – negócio formalizado antes do ajuizamento da ação em que se deu a penhora – opôs embargos de terceiro e conseguiu desconstituir a constrição sobre o imóvel.

No recurso especial, a primeira compradora, autora da ação, sustentou que não seria possível a aplicação da Súmula 84 e que não haveria motivos para a desconstituição da penhora, uma vez que a empresa descumpriu o dever legal de promover o registro público do bem. Alegou ainda que a simples existência de promessa de compra e venda não é suficiente para a procedência do pedido formulado em embargos de terceiro.

Como apontou a relatora, o imóvel só não estava na posse da empresa que o comprou em razão de ainda estar em construção. Todavia – observou a ministra –, o instrumento de compra e venda devidamente assinado pelas partes e por duas testemunhas "deve ser considerado para fins de comprovação de sua posse, admitindo-se, via de consequência, a oposição dos embargos de terceiro".

Assim, ressaltou Nancy Andrighi, é admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda do compromisso de compra e venda, ainda que o imóvel disputado não tenha registro e esteja em fase de construção.

Afastada legitimidade de terceiro para impugnar penhora de bem de família

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou provimento ao recurso de uma empresa corretora de imóveis que, na co​ndição de terceira interessada em ação de execução, buscava o reconhecimento de sua legitimidade recursal para questionar decisão que indeferiu pedido de declaração da impenhorabilidade de bem de família.

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Para o colegiado, a empresa não demonstrou como os seus interesses poderiam ser afetados pela decisão e, portanto, deixou de preencher os requisitos de legitimação exigidos pelo artigo 996, parágrafo único, do Código de Processo Civil.

Citando doutrina sobre o assunto, a Relatora ressaltou que a legitimidade do terceiro poderá ser extraída da consideração de que a solução de mérito do processo repercute juridicamente sobre ele.

Segundo Nancy Andrighi, ao apontar que o imóvel é garantia em fiança de contrato de locação, a corretora sustenta ser detentora de direito decorrente de exceção legal à regra geral de proteção do bem de família (Lei 8.009/1990, artigo 3º, inciso VII) – situação que seria afetada pela decisão que afastou a impenhorabilidade.

TRF

RFB pode tributar de IR/CS crédito de PIS-COFINS no encerramento da ação

Uma decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio e Janeiro, pode afetar diretamente a receita de empresas que discutem a exclusão de ICMS do cálculo do PIS e COFINS – a chamada “tese do século”.

Essa fatia é referente ao recolhimento de Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido CSLL, que incidem sobre o acréscimo ao patrimônio da empresa. Trata-se, segundo advogados, da “ressaca” da vitória que os contribuintes tiveram no Supremo Tribunal Federal (STF).

Depois de os ministros decidirem que o imposto estadual não poderia compor o cálculo do PIS e da Cofins (março/2017), os processos que estavam parados nos tribunais regionais voltaram a tramitar e, aos poucos, estão sendo encerrados.

Agora, a discussão envolve o momento em que esses créditos de PIS e Cofins, garantidos por decisão judicial, serão tributados. O contribuinte defende que a tributação deve ocorrer no momento do uso dos créditos, mas, os desembargadores do TRF deram razão à Receita Federal e determinaram que o recolhimento de IRPJ e CSLL tem de ocorrer já no trânsito em julgado (encerramento do processo).

Esse caso teve origem em um processo da TIM. O entendimento do relator, desembargador Marcus Abraham, foi seguido de forma unânime pelos demais julgadores. Ele afirma, no voto, que deve-se levar em conta, para a tributação, a disponibilidade jurídica do crédito (processo nº 50356 22-22.2019.4.02.5101).

“Se o crédito certo quanto à existência incorpora-se ao patrimônio da pessoa jurídica no momento do trânsito em julgado da sentença judicial que o reconheça, é de se concluir que esse

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crédito configura hipótese de incidência do IRPJ e da CSLL ante a aquisição da disponibilidade econômica”, diz.

A decisão de primeira instância beneficiava a TIM. O juiz havia autorizado até mais do que foi pedido. A companhia solicitava, no processo, que o recolhimento de IRPJ e CSLL ocorresse somente quando apresentasse o pedido de compensação à Receita Federal, ou seja, a data em que começaria a usar os créditos decorrentes da disputa do PIS e da Cofins para pagar tributos. Constou na sentença, no entanto, que a tributação só poderia ocorrer com a homologação do pedido de compensação – o que pode ocorrer até cinco anos depois da data do pedido. O entendimento, na primeira instância, foi de que somente nesta etapa se poderia falar em crédito líquido, e, então, gerar a cobrança de IRPJ e CSLL.

Esse cenário foi adotado pelo TRF da 3ª Região, com sede em São Paulo, em decisão recente. A 4ª Turma entendeu que a tributação deveria ocorrer no momento da homologação da compensação ao julgar pedido de uma indústria química (processo nº 5033080-78.2019.4.03.0000).

TJ/SP

Lei que veda fornecimento de produtos de plástico na capital é constitucional

No dia 26/08 o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo julgou constitucional a Lei n° 17.261, do Município de São Paulo que proíbe o fornecimento de plástico de uso único, como: copos, canudos, sacolas, pratos e talheres - em estabelecimentos comerciais.

O Sindicato da Indústria de Material Plástico, Transformação e Reciclagem de Material Plástico do Estado de São Paulo – SINDIPLAST, propôs a Ação Direta de Inconstitucionalidade sob a alegação de incompetência do município para legislar sobre matéria do meio ambiente de interesse nacional e ausência de estudo sobre o impacto ambiental.

Segundo o desembargador responsável pela decisão, a Constituição Federal estabelece em seu artigo 30, I e II que os municípios possuem competência concorrente com os demais entes da Federação para legislar sobre temas referentes ao meio ambiente podendo suplementar a legislação federal e estadual ao regular a matéria.

Decisão judicial determina que cartório não pode exigir CND para lavrar escritura

Em decisão exarada no processo n°. 1040962-88.2020.8.26.005, o juiz Enio José Hauffe, da 15ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, concedeu liminar em mandado de segurança permitindo a lavratura de escritura pública de imóvel sem a prévia apresentação de certidão negativa de tributos federais.

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O Letang Advogados está atento de forma crítica no intuito de

melhor auxiliar e esclarecer às medidas expedidas diariamente

pela Administração Pública necessárias para minorar os

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notas para lavrar escritura pública de venda e compra de um imóvel que pretendia alienar a terceiro, mas teve o pedido condicionado à prévia apresentação de certidão negativa de tributos federais, exigida pela legislação e normativos da Receita Federal. Diante da recusa, pleiteou na Justiça a concessão de medida liminar determinando a lavratura da escritura. Ao conceder a medida liminar requerida pela empresa, o magistrado que julgou o caso considerou que a exigência do cartório de Notas é indevida:

"Sem adentrar ao mérito da questão, eis que este não é o momento oportuno, anoto que o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo reputa indevida tal exigência, o que demonstra a probabilidade do direito invocado".

Referências

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