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RELATÓRIO FINAL PROGRAMA DE EXTENSÃO AGRICULTURA FAMILIAR NA UFOP NUPEDES. COORDENADORA: MARISA ALICE SINGULANO Departamento de Ciências Sociais DECSO

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RELATÓRIO FINAL

PROGRAMA DE EXTENSÃO AGRICULTURA FAMILIAR NA UFOP – NUPEDES

COORDENADORA: MARISA ALICE SINGULANO Departamento de Ciências Sociais – DECSO

Período de execução: janeiro de 2019 a novembro de 2019 Número de alunos bolsistas e voluntários: 7

OURO PRETO NOVEMBRO DE 2019

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PROGRAMA DE EXTENSÃO AGRICULTURA FAMILIAR NA UFOP - NUPEDES

RESUMO: O Programa de Extensão Agricultura Familiar na UFOP, vinculado ao Núcleo de Pesquisa e Extensão em Desenvolvimento Econômico e Social, tem por objetivo propor e executar projetos de extensão relacionados à temática do desenvolvimento local em Ouro Preto e Mariana, sobretudo focados na agricultura familiar, considerando a potencialidade desta atividade e formação social para contribuir para o desenvolvimento da região. Para isso, o núcleo conta com professores de várias áreas do conhecimento (Arquitetura, Economia, Sociologia, Ciências Biológicas, Engenharia de Produção, Nutrição, Serviço Social, entre outros). Trata-se de uma proposta multidisciplinar que busca o fortalecimento da economia local por meio da diversificação das suas estruturas produtivas, com foco na agricultura familiar.

Equipe do Programa de Extensão:

NOME DEPARTAMENTO/

SETOR/CURSO FUNÇÃO

MARISA SINGULANO DECSO COORDENADORA

DO PROGRAMA

MARIA CRISTINA DE MEIRA CIÊNCIAS

ECONÔMICAS

BOLSISTA

MARIA CRISTINA BRAGA MESSIAS DEBIO COORDENADORA

DE PROJETO MARCELA DE OLIVEIRA SILVA COSTA CIÊNCIAS

BIOLÓGICAS

BOLSISTA

FERNANDA DAS GRAÇAS GOMES CIÊNCIAS

BIOLÓGICAS

VOLUNTÁRIA

BRUNA ROSSI SANTOS CIÊNCIAS

BIOLÓGICAS

VOLUNTÁRIA DANIELA ARCANJO PAIOLA FERREIRA PPG-Biomas VOLUNTÁRIA

FRANCISCA DIANA FERREIRA VIANA DEPRO COORDENADORA

DE PROJETO CARLOS AUGUSTO PEREIRA DOS SANTOS

JÚNIOR

JORNALISMO VOLUNTÁRIO

MAURÍCIO LEONARD DEARQ COORDENADOR DE

PROJETO

NICOLAS FERNANDES ARQUITETURA BOLSISTA

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Circula Agricultura

Projeto vinculado ao Programa Agricultura Familiar na UFOP Coordenação: Professora Dra. Francisca Diana Ferreira Viana

Departamento de Engenharia de Produção/EM/UFOP Execução: março a novembro de 2019

Bolsista: 1 Voluntário: 1

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Circula Agricultura

Resumo

Este projeto visa a realização de feiras continuadas para produtores da agricultura familiar nas dependências da Universidade Federal de Ouro Preto. A realização das feiras de agricultura familiar permite a geração de trabalho e renda para as famílias de agricultores, potencializa o desenvolvimento socioeconômico dos distritos rurais de Ouro Preto e Mariana e viabiliza o acesso a alimentos de qualidade e preços justos para a comunidade local.

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1. Avaliação das ações realizadas em 2019

a. A ação foi realizada conforme o cronograma? Justifique.

Sim. O projeto Circula Agricultura é uma ação continuada de feiras da agricultura familiar que acontecem com regularidade nas dependências da UFOP. Assim, tanto as feiras quanto as reuniões programadas com agricultores, coordenadores e bolsistas ocorreram dentro do cronograma estipulado.

b. Objetivos geral e específicos foram alcançados? Justifique. Sim. O projeto Circula Agricultura tem como metas principais:

I – Possibilitar às comunidades da UFOP e dos municípios de Ouro Preto e Mariana, enquanto consumidores, a aquisição de alimentos com qualidade e rastreabilidade de origem, a preços acessíveis;

II – Promover a comercialização direta pelos agricultores familiares, preferencialmente vinculados a sistemas coletivos de produção e gestão;

III – Possibilitar aos agricultores familiares da região de Ouro Preto e Mariana o acesso a novos mercados;

IV – Trocar experiência e vivência entre consumidores e agricultores familiares;

V – Promover a geração de trabalho e renda aos agricultores familiares na região do projeto; VI – Promover formas de desenvolvimento local sustentável para a região de Ouro Preto e Mariana

VII – Incentivar o consumo de alimentos saudáveis;

VIII – Contribuir com a humanização dos espaços internos da UFOP;

IX – Proporcionar o aumento do rol de serviços ofertados aos frequentadores da UFOP.

Todos estes objetivos vêm sendo trabalhados pelo programa Agricultura Familiar na UFOP e, especificamente, pelo projeto.

c. O público estimado foi atendido (termos quantitativos)? Justifique.

Sim. Atualmente, o projeto atende a duas famílias (cerca de 15 pessoas). Uma que vende os produtos da agricultura familiar no campus Morro do Cruzeiro e outra que vende os mesmos produtos no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) em Mariana.

d. Quais ações desenvolvidas contribuíram para o desenvolvimento dos grupos sociais participantes? Como o processo aconteceu?

O projeto Circula Agricultura destina-se à construção e manutenção de espaços e condições dentro dos campi de Ouro Preto e Mariana da UFOP para a venda exclusivamente no varejo de produtos da agricultura familiar produzidos pelos membros das organizações sociais participantes. É dada preferência para produtos agroecológicos ou orgânicos e da agricultura familiar, sobretudo certificados oficialmente. Participam do projeto organizações da agricultura familiar situadas em comunidades de Mariana onde os membros do Programa Agricultura na UFOP desenvolvem ações extensionistas há algum tempo ou com as quais já possui algum

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vínculo institucional. Em um segundo momento do projeto, pretende-se incluir outras comunidades e organizações. As atividades necessárias para o funcionamento da feira com frequência são definidas por meio de um regulamento interno, discutido em conjunto com as organizações participantes. De modo geral, os produtores se encarregam da logística de transporte, organização e vendas nas feiras. O Programa Agricultura Familiar na UFOP, por meio deste projeto e de sua equipe de docentes responsáveis, bolsistas e voluntários de extensão, encarrega-se do suporte à organização e gestão da feira, incluindo a negociação de datas e locais para realização, divulgação e organização das feiras, atividades de levantamentos de preços, identificação da demanda, suporte administrativo e contábil aos feirantes e apoio às organizações de produtores quanto à gestão da produção, das vendas e institucional.

e. Quais áreas de conhecimento foram integradas na execução da ação?

As áreas do conhecimento que integram a ação são: Administração, Economia, Ciências Sociais, Biodiversidade, Nutrição e Engenharia de Produção.

f. Explique como ocorreu a troca de saberes entre a Universidade e os grupos sociais participantes.

A troca de saberes entre a Universidade e os grupos sociais participantes se dá por meio do contato direto e informal entre o público acadêmico e as famílias que comercializam na feira semanalmente; pela viabilização de rodas de conversas formais para troca de experiências; por visitas técnicas as propriedades dos agricultores que fazem parte do projeto.

g. Descreva como a ação contribuiu para a formação dos estudantes.

Os estudantes têm a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula diante das questões a serem resolvidas ao longo da execução da ação. Para além da aplicação dos conhecimentos acadêmicos, os estudantes desenvolvem e/ou melhoram suas habilidades em trabalhar em equipe e ampliam suas percepções sobre o social, o ambiental e as relações humanas.

h. Como se deu a articulação entre o ensino e a pesquisa?

Este projeto se articula a atividades de ensino e pesquisa desenvolvida pelos membros do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Desenvolvimento Econômico e Social NUPEDES. Sobretudo, são desenvolvidos pelo NUPEDES estudos para caracterização socioeconômica e ambiental das áreas rurais de Ouro Preto e Mariana que servem de subsídios para esta proposta de ação extensionista. Além disso, o desenvolvimento deste projeto cria possibilidades de realização de pesquisas sobre mercados para a agricultura familiar para pesquisadores e estudantes da UFOP.

No que tange ao ensino, esta ação extensionista inclui a participação de estudantes de diferentes cursos que têm a oportunidade de relacionar seus conhecimentos e habilidades desenvolvidos em seus cursos de graduação ao projeto.

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i. Avalie a participação da equipe considerando os critérios de envolvimento, pontualidade, iniciativa, crescimento pessoal/profissional e tempo de permanência na ação.

Para todos os critérios elencados, considera-se que a participação da equipe foi bastante satisfatória. Percebe-se um significativo envolvimento dos bolsistas com as atividades propostas para a continuidade e melhoria do projeto.

j. Descreva os indicadores utilizados para acompanhamento e avaliação, bem como os resultados obtidos.

O acompanhamento e avaliação do projeto são realizados pela Comissão Gestora por meio de reuniões periódicas, onde são tratados os resultados e impactos da feira para os feirantes/agricultores e para a comunidade local. São produzidos e aplicados instrumentos de acompanhamento e avaliação do projeto que consistem em levantamento de dados socioeconômicos dos produtores e organizações de agricultores atendidos, pesquisa de interesse e satisfação com produtores e consumidores, avaliação do impacto das vendas sobre o orçamento das famílias e das organizações. Este processo ainda está em fase de realização.

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2. ANEXOS

2.1 Avaliação realizada pela equipe discente

Como a participação na ação impactou na sua formação? (texto único apresentado por um ou mais discentes identificados, com no máximo 30 linhas);

Meu nome é Maria Cristina, sou estudante de Ciências Econômicas e iniciei no NUPEDES em 2016, no segundo período de graduação, no projeto de extensão Circula Agricultura. Desde então não me afastei do Núcleo, tão pouco do projeto em questão, durante todo o período como bolsista do NUPEDES, tive a oportunidade de transitar em diversos projetos e ações desenvolvidas pelo núcleo, o que me proporcionou outra visão sobre a agricultura familiar e outra forma de colocar em prática o que aprendo na graduação, e também me permitiu aprender para além da sala de aula, me enriquecendo como pessoa e profissional, ao conhecer tantos agricultores e suas histórias de vida e luta, além de propiciar que as ações extensionistas os ajudem de alguma maneira, proporcionando outra fonte de renda e emprego.

2.2 Comprovação da inscrição no Encontro de Saberes 2019.

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2.4 Produtos da ação

Dissertação defendida junto ao programa de Pós-Graduação em Economia pela estudante Ariane R. Hott.

https://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/11750/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_D esenvolvimentoLocalLuz.pdf

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3. PROPOSTA DE PLANEJAMENTO PARA 2020

CIRCULA AGRICULTURA

Projeto vinculado ao Programa Agricultura Familiar na UFOP Coordenação: Professora Dra. Marisa Alice Singulano

Departamento de Ciências Sociais/UFOP Execução: março a dezembro de 2020

a. Cronograma de ações;

As ações que se dão ao longo do período de execução do projeto (março a dezembro de 2020) são: Acompanhamento e assistência aos agricultores familiares que participam das feiras de produtos agroecológicos que acontecem nos campi Ouro Preto e Mariana.

b. Objetivos específicos;

O objetivo deste projeto é a realização periódica de feiras com produtos das organizações de agricultores familiares dos municípios de Ouro Preto e Mariana. Estas feiras ocorrerão nas dependências da UFOP, caracterizando-se como um projeto de extensão continuado desenvolvido pelo Programa Agricultura Familiar na UFOP.

O projeto Circula Agricultura tem como metas principais:

I – Possibilitar às comunidades da UFOP e dos municípios de Ouro Preto e Mariana, enquanto consumidores, a aquisição de alimentos com qualidade e rastreabilidade de origem, a preços acessíveis;

II – Promover a comercialização direta pelos agricultores familiares, preferencialmente vinculados a sistemas coletivos de produção e gestão;

III – Possibilitar aos agricultores familiares da região de Ouro Preto e Mariana o acesso a novos mercados;

IV – Trocar experiência e vivência entre consumidores e agricultores familiares; V – Promover a geração de trabalho e renda aos agricultores familiares na região do projeto;

VI – Promover formas de desenvolvimento local sustentável para a região de Ouro Preto e Mariana

VII – Incentivar o consumo de alimentos saudáveis;

VIII – Contribuir com a humanização dos espaços internos da UFOP;

IX – Proporcionar o aumento do rol de serviços ofertados aos frequentadores da UFOP.

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c. Plano de Trabalho dos discentes (conforme formulário anexo); d. Estratégias de execução;

A execução do projeto deverá se basear numa concepção de metodologia participativa, em que todas as decisões concernentes à organização, execução e acompanhamento da feira deverão ser tomadas no âmbito da Comissão Gestora, composta por representantes dos agricultores, do poder público em diferentes níveis, da comunidade universitária e local.

As operações necessárias a organização e execução da feira sob responsabilidade do Programa Agricultura Familiar na UFOP, por meio deste projeto de extensão, desenvolvido pelos professores coordenadores, bolsistas e voluntários, consistem em:

• definição, juntamente com os demais agentes responsáveis pela administração das feiras, das datas e espaços para sua realização;

• divulgação das feiras por meio digital e por meio da produção de banners e panfletos que serão anexados em lugares estratégicos da universidade;

• busca de parcerias com entidades públicas para facilitar a locomoção dos agricultores e sua produção até os locais de realização das feiras na UFOP;

• acompanhamento nos dias e horários de realização das feiras para garantir o cumprimento do regulamento e seu bom funcionamento;

• suporte às organizações de agricultores participantes quanto ao planejamento e gestão das próprias organizações e das condições de participação nas feiras;

• realização de levantamentos e estudos necessários para oferecer subsídios aos feirantes e à organização da feira;

• avaliação periódica do projeto por meio de pesquisas realizadas com os agricultores e com os consumidores;

• divulgação dos resultados dos levantamentos e pesquisas e dos resultados alcançados com o projeto periodicamente destinada tanto às organizações participantes quanto à comunidade acadêmica.

e. Indicadores de acompanhamento e avaliação.

O acompanhamento e avaliação do projeto serão realizados pela Comissão Gestora por meio de reuniões periódicas, onde serão tratados os resultados e impactos da feira para os feirantes/agricultores e para a comunidade local. Serão produzidos e aplicados instrumentos de acompanhamento e avaliação do projeto que consistem em levantamento de dados socioeconômicos dos produtores e organizações de agricultores atendidos, pesquisa de interesse e satisfação com produtores e consumidores, avaliação do impacto das vendas sobre o orçamento das famílias e das organizações.

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14 Título da Ação: Circula Agricultura Modalidade: Projeto isolado Curso isolado X Projeto vinculado Curso vinculado

Programa: Agricultura Familiar na UFOP

Coordenador: Marisa Alice Singulano X Docente TA Setor: Departamento de Ciências Sociais/ICSA

Data Início Data Fim Atividade

01/03/2020 31/12/2020 Acompanhamento das feiras do ICSA e Morro do Cruzeiro; Expansão da feira (articulação com outros produtores rurais e com novos consumidores); articulação com as prefeituras de Ouro Preto e Mariana.

01/03/2020 31/12/2020 Articulação com o Núcleo de Estudos em Agroecologia da Região dos Inconfidentes (NEA – Inconfidentes).

01/03/2020 31/12/2020 Busca de articulação com os meios de comunicação para a divulgação do projeto interna e externamente à comunidade acadêmica.

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01/11/2020 30/11/2020 Redação de relatório de acompanhamento e avaliação do projeto.

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Título da ação: Uso de plantas nativas: ações para diversificação econômica de agricultores familiares em áreas atingidas pelo rompimento da barragem em

Mariana e Barra Longa Modalidade: Projeto vinculado

Programa: Agricultura Familiar na UFOP - NUPEDES

Relatório final de Projeto de extensão desenvolvido no período de janeiro a dezembro de 2019

Coordenadora: Profa. Maria Cristina T. Braga Messias

Departamento: Biodiversidade, Evolução e Meio Ambiente - DEBIO - ICEB Aluna bolsista:

Marcela de Oliveira Silva Costa - Ciências Biológicas Alunos voluntários:

Fernanda das Graças Gomes - Ciências Biológicas Bruna Rossi Santos - Ciências Biológicas

Daniela Arcanjo Paiola Ferreira - Mestranda PPG-Biomas

Ouro Preto Novembro de 2019

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ÍNDICE

RESUMO... 18

Equipe ... 18

Assinaturas... 18

1. AVALIAÇÃO DAS AÇÕES REALIZADAS EM 2019 ... 19

2. ANEXOS Anexo 1. Avaliação realizada pela equipe discente ... 21

Anexo 2. Avaliação realizada pelo público externo ... 22

Anexo 3. Certificado de participação no Encontro de Saberes 2019. ... 23

Anexo 4. Produtos da ação. ... 24

4.1. Apresentações em evento ... 24

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18 Uso de plantas nativas: ações para diversificação econômica de agricultores familiares em áreas atingidas pelo rompimento da barragem

em Mariana e Barra Longa

RESUMO

A região atingida pelo rompimento da barragem de Fundão alterou significativamente o meio ambiente e a socioeconomia local na região atingida. Propõe-se nesse trabalho a construção conjunta de atividades que possam auxiliar a recuperação das atividades locais, sobretudo àquelas ligadas a atividades sustentáveis ligadas à agroecologia e extrativismo sustentável dos recursos naturais da região atingida. Espera-se com este intuito auxiliar a recuperação ambiental, garantir a conservação dos remanescentes de vegetação nativa e diversificação socioeconômica dos agricultores ao longo do rio do Carmo e Gualaxo do Norte atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão.

Equipe

Maria Cristina Teixeira Braga Messias - Coordenadora. Professora Orientadora Aluna bolsista:

Marcela de Oliveira Silva Costa - Ciências Biológicas Alunos voluntários:

Fernanda das Graças Gomes - Ciências Biológicas Bruna Rossi Santos - Ciências Biológicas

Daniela Arcanjo Paiola Ferreira - Mestranda PPG-Biomas

Assinaturas

Profa. Dra. Maria Cristina Teixeira Braga Messias Coordenadora do Projeto

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1. AVALIAÇÃO DAS AÇÕES REALIZADAS EM 2019

1.1. A ação foi realizada conforme o cronograma? Justifique.

Sim. As ações foram realizadas conforme planejadas inicialmente no projeto. O bom planejamento contribuiu para que o cronograma fosse cumprido.

1.2. Objetivos geral e específicos foram alcançados? Justifique.

Sim. O desenvolvimento das atividades propostas permitiu alcançar os objetivos propostos dentro das expectativas. O bom planejamento e a boa aceitação pela comunidade contribuíram para alcançar os objetivos.

1.3. O público estimado foi atendido (termos quantitativos)? Justifique.

Sim. Propôs-se inicialmente um público alvo de 100 pessoas. Em atividades mais genéricas esse número foi atingido. No entanto um grupo menor de pessoas foi selecionado para trabalhos mais pormenorizados.

1.4. Quais ações desenvolvidas contribuíram para o desenvolvimento dos grupos sociais participantes? Como o processo aconteceu?

✓ Realizou-se um diagnóstico participativo da situação fundiária e de atividades econômicas desenvolvidas na zona rural de Mariana e Barra Longa atingida pelo rompimento da barragem de Fundão.

✓ Está em execução um Levantamento etnobotânico e etnoecológico com a comunidade residente ao longo da área atingida nos municípios de Mariana e Barra Longa.

✓ Realização de troca de saberes com a comunidade para a escolha das espécies e atividades a serem desenvolvidas neste projeto

✓ Foram realizadas oficinas de capacitação da comunidade com os produtos florestais passíveis de uso sustentável

✓ Elaboração de ações educativas junto das escolas locais.

1.5. Descreva os indicadores utilizados para acompanhamento e avaliação, bem como os resultados obtidos.

A forma de avaliação ocorreu ao final das atividades, pela comunidade envolvida. Os participantes foram convidados a se manifestar, fornecer sugestões ou críticas para a melhoria dos próximos eventos ou atividades, assim como salientar os principais aspectos positivos das atividades em que participou. Os membros da equipe também avaliaram as atividades ao seu término, usando também critérios para estabelecer melhorias nas próximas atividades. As ações e eventos foram bastante elogiadas pelo público participante.

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A seguir apresentamos o formulário de avaliação pelos participantes: PROJETO: USO DE PLANTAS NATIVAS ... - NUPEDES

AVALIAÇÃO PELA COMUNIDADE PARTICIPANTE

A sua avaliação é importante para melhorarmos nossa ação para melhor atendê-lo. Desta forma, solicitamos, por favor, que responda as seguintes questões.

1. Quais benefícios esta ação trouxe para você? 2. Sugere melhorias para a ação? Quais?

Muito obrigada! Todos os avaliados manifestaram-se positivamente elogiando a nossa ação. Alguns sugeriram ampliar nossas atividades expandindo a nossa ação também a outros distritos.

1.6. Considerações finais (opcional).

Pela aceitação pela comunidade, assim como pela importância social, cultural, ambiental e de promoção a melhoria da qualidade de vida das pessoas nessa região tão afetada econômica e socialmente, consideramos que este projeto tem grande mérito e deva continuar as suas atividades.

Ações dessa natureza estreitam os laços entre a universidade e sociedade e atuam como facilitadores na divulgação da importância da universidade na comunidade onde está inserida.

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2. ANEXOS

Anexo 1. Avaliação realizada pela equipe discente

(Realizada respondendo à seguinte pergunta: como a participação na ação impactou na sua formação?

PROJETO: Uso de plantas nativas: ações para diversificação econômica de agricultores familiares em áreas atingidas pelo rompimento da barragem em Mariana e Barra Longa

AVALIAÇÃO PELA EQUIPE DISCENTE

A sua avaliação é importante para melhorarmos nossa ação e contribuir para a sua formação como discente. Desta forma, solicitamos, por favor, que responda a seguinte questão (no máximo 30 linhas).

1. Como a participação nesta ação impactou a sua formação?

A participação neste projeto é enriquecedora pois podemos ver claramente o aprendizado mútuo entre a comunidade e nós alunos, é muito importante para a comunidade e para nós os resultados obtidos, assim o aprendizado não necessariamente fica restrito apenas a universidade. Outro fator importante é perceber que não temos como cessar todos os acontecimentos relacionados aos desastres ambientais, mas nós, comunidade cientifica, podemos estudar manejos para amenizar o impacto e trazer para a comunidade soluções que ajudam economicamente os mesmos.

Muito obrigada! Ouro Preto, 14 /11/ 2019 .

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22 Anexo 2. Avaliação realizada pelo público externo

Realizada respondendo à seguinte pergunta: quais benefícios esta ação trouxe para você? Sugere melhorias para a ação? (a resposta deve ser assinada por um representante do público atendido, digitalizada e incluída nesta parte do Relatório)

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Anexo 3. Certificado de participação no Encontro de Saberes 2019.

(Os certificados do Encontro de Saberes 2019 ainda não estão disponíveis, sendo assim, segue print da tela do Encontro de Saberes indicando que o trabalho foi apresentado devidamente)

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24 Anexo 4. Produtos da ação.

4.1. Apresentações em evento

4.1.1. Trabalho apresentado no Encontro de Saberes da Universidade Federal de Ouro Preto em novembro de 2019

TRABALHO APRESENTADO NO ENCONTRO DE SABERES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO EM NOVEMBRO DE 2019.

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4.1.2.. Trabalho apresentado no 39º Encontro Regional de Botânicos, em Diamantina - MG, em outubro de 2019.

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26 ACOMPANHAMENTO DA COMPRA INSTITUCIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR NA

UFOP 2019 E ABERTURA DE NOVOS MERCADOS

MODALIDADE : PROJETO VINCULADO

COORDENADOR: MAURÍCIO LEONARD DE SOUZA

SERTOR: DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO DA ESCOLA DE MINAS PERÍODO DE EXECUÇÃO: 01/03/2019 a 31/12/2019

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ALIAÇÃODASAÇÕESREALIZADASEM2019

2.1 A ação foi realizada conforme o cronograma?

As ações do projeto definiam-se principalmente em 2(dois) eixos de atuação: o primeiro deles, envolveu a mediação na compra e aquisição de alimentos, junto a empresa NUTRIR, que venceu a licitação para fornecimento de refeições para o Restaurante Universitário da UFOP. O intuito da mediação era que facilitássemos a continuidade da aquisição de alimentos dos agricultores familiares que já forneciam para o restaurante desde 2016. A segunda atuação consistia em abertura de novos mercados para os agricultores de Ouro Preto e Mariana, frente a redução constatada para o ano de 2019, já que a empresa contratada não teria a obrigação de adquirir a totalidade de alimentos dos agricultores comercializada anteriormente. Inicialmente essa ação seria realizada em parceria com a Câmara de Comércio de Ouro Preto, porém essa instituição definiu que esse trabalho só será realizado durante o ano de 2020. O projeto foi adaptado para trabalhar com outros mercados.

EIXO 1 - A mediação junto a empresa Nutrir foi muito morosa, já que era o seu primeiro ano de atuação no Restaurante Universitário. Muitas dificuldades ocorreram durante o agendamento de reuniões junto a contratada. Os prazos foram extrapolados por diversas vezes e etapas subsequentes foram realizadas com atraso.

Até a presente data, a contratada NUTRIR, não realizou nenhuma aquisição de alimentos, pois atestou falta de recursos para adquirir os alimentos com a precificação estipulada. Como os pequenos agricultores produzem em pequena escala e de forma agroecológica, seus custos de produção não são competitivos com o mercado concorrente que produz de forma tradicional (agrotóxico, fertilização química).

Desde julho foram feitas também várias reuniões com a EMATER local e a cooperativa de agricultores em formação, a fim de criarmos um acordo sobre quais alimentos poderiam ser produzidos/adquiridos e a confecção de uma tabela de preços adequada. Somente em setembro de 2019, um acordo razoável foi possível, porém não há garantias que a empresa NUTRIR, permaneça como fornecedora dos serviços para a UFOP, frente ao cenário político econômico instalado.

Sendo assim, o que conseguimos até o momento foi uma promessa de futuras negociações em 2020, mas sem nenhuma garantia que se realize. Como etapa final do trabalho preparamos uma tabela, ainda em processo, que relaciona alimentos possíveis de se produzir, tempo de produção e preços negociados.

EIXO 2 – A segunda mediação realizada pelo projeto de extensão, concentrou-se na abertura de novos mercados para os agricultores que já comercializam com o Restaurante Universitário. Esse processo ocorreu em cronograma previsto, embora demande ainda acompanhamento e frequente reavaliação em projetos posteriores. Foram duas comunidades atendidas pelo projeto, a comunidade de Goiabeiras, subdistrito de Furquim/Mariana e a Horta Real, no subdistrito de Piedade de Santa Rita, Ouro Preto.

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Em Goiabeiras, as etapas consistiram em consultas a comunidade, oficinas e formações sobre o processo de comercialização por Cestas Agroecológicas, que conhecemos como circuitos curtos de comercialização. No início de outubro o grupo de compras foi iniciado, depois de 3 oficinas de formação com a comunidade de Goiabeiras. Durante 3 semanas, foi promovida a divulgação em redes sociais, o que possibilitou a criação de um grupo de WHATSAPP com capacidade esgotada. A partir das primeiras entregas, no final de outubro, a comunidade segue gerindo de forma autônoma o processo.

Em Piedade de Santa Rita, na Horta Real, o processo foi diferente dada a organização prévia do grupo de agricultores que já haviam concluído várias formações consistentes. Nosso acompanhamento consistiu em abrir mercados em Belo Horizonte organizando grupos de WHATSAPP e também mediando contatos com entidades e parceiros para recepção e distribuição das cestas agroecológicas. A partir dessa primeira formação de redes e grupos, os próprios agricultores desenvolveram seus mercados e logística, sendo atualmente autônomos em diversos aspectos. Atualmente os agricultores comercializam em 5 (cinco localidades diferentes): OURO PRETO (5 pontos de distribuição), CACHOEIRA DO CAMPO, ITABIRITO, BELO HORIZONTE (3 pontos de distribuição) e CONTAGEM. Embora o cronograma de atividades para essa atuação já tenha se esgotado, seguimos buscando a abertura de outros mercados devido as oscilações dos mesmos. Atualmente os agricultores totalizam a entrega de 125 Cestas Agroecológicas semanalmente com diversidade produtiva e altíssima qualidade dos produtos.

2.2 - Objetivos geral e específicos foram alcançados? Justifique.

Seguindo nossa lógica de trabalho nos dois eixos, entendemos que no tocante a mediação com a empresa NUTRIR (EIXO 1), não conseguimos alcançar nosso objetivo específico que era efetivar a comercialização ao final das negociações. Com relação a objetivos gerais, conseguimos instalar modos de negociação e diálogo com a empresa e também propor alternativas para uma futura aquisição, embora ela não esteja confirmada. Porém, essa interdição nos impulsionou a continuar mediando junto a empresa e tentando intervenções para que cheguemos em preços competitivos ou formas de aquisição com quantitativos menores. Mesmo que o objetivo específico não fora alcançado, conseguimos um grande aprendizado reconhecendo os limites da comercialização para o pequeno agricultor e suas necessidades para a comercialização. É importante também entender que a conjuntura política não é favorável a atuações mais assertivas frente a empresa já que a própria representação da universidade solicitou que tivéssemos um tratamento adequado a situação, para que não houvesse dificuldades para ambas as partes.

No entanto, no EIXO 2 (abertura de mercados), o projeto foi exitoso. A conquista de mercados é uma pesquisa constante para encontrá-los e depois estabilizá-los. Para o grupo da Horta Real (Piedade de Santa Rita), que já tinha um mercado consolidado, sistemática de produção, logística e meios de entrega, foi mais fácil; e durante o ano 2019 o grupo conseguiu comercializar em média 100 cestas semanais (abril a outubro), sendo que no mês de novembro a média subiu para 125 cestas semanais, um montante considerável de produção de alimentos agroecológicos, com alta qualidade e diversidade de alimentos. A abrangência da distribuição é grande, pois atendem nesse momento 5 localidades, como foi descrito acima.

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Possuem também um Sistema Agroflorestal em desenvolvimento e tornaram-se referência na produção de alimentos agroecológicos na região, sendo convidados para eventos e conferências que abordam o tema na região. O integrante da Horta Real, Ricardo da Silva participou da Semana de Estudos da Escola de Minas como palestrante e Tobias Martins participou como palestrante na roda de conversa no Fórum das Cidades Históricas Sustentáveis, em Brumadinho, realizado em parceria com a Proex em outubro de 2019. O segundo grupo assessorado pelo projeto, os agricultores e agricultoras de Goiabeiras (subdistrito de Furquim – Mariana), necessitou de uma atenção e estímulos maiores, porém estão avançando de forma progressiva. O grupo está comercializando em média 15 cestas semanais, e fornecem apenas para o município de Mariana. Está em curso uma pesquisa de mercado desempenhada pela empresa júnior, PROJECT, que pretende apontar outros mercados próximos a Goiabeiras, para que haja aumento no fornecimento e implemento da produção. O grupo de Goiabeiras, é formado principalmente por mulheres, atualmente são 12 agricultoras, que produzem em seus quintais domésticos e complementam sua renda com a produção de quitandas.

2.3 - O público estimado foi atendido (termos quantitativos)? Justifique.

No Eixo 1, não conseguimos de fato efetivar as compras institucionais, o que traria um alcance de público muito grande nos desdobramentos da ação, considerando que grande parte da comunidade acadêmica seria beneficiada ao consumir alimentos agroecológicos. Sendo assim, o alcance foi apenas junto aos negociantes da empresa contratada, a cooperativa de agricultores) e agentes da Emater local.

No Eixo 2, tivemos um grande êxito, pois os agricultores compareceram as reuniões de organização e formações para comercialização das cestas agroecológicas (20 agricultores e agricultoras), e um público estimado de mais de 600 pessoas que se beneficiam da comercialização das cestas agroecológicas (Contabilizando todos os grupos de comercialização que estão ativos atualmente via rede social WHATSAPP)

2.4 Quais ações desenvolvidas contribuíram para o desenvolvimento dos grupos sociais participantes? Como o processo aconteceu?

As principais ações desenvolvidas junto aos grupos foram visitas a comunidade, reuniões virtuais e presenciais com as lideranças, reuniões com a coordenação do restaurante universitário, produção de material de apoio para organização do grupo.

No entanto, a principal ação realizada, nesse processo, foram as oficinas e formações para organização da logística de comercialização das cestas agroecológicas, no subdistrito de Goiabeiras. A comunidade já está envolvida conosco há 2 anos, porém foram as primeiras vezes em que houve um curso ministrado por nós mesmos, já que em outras oportunidades as informações foram facilitadas pelos colaboradores. Desta forma seguimos uma metodologia que coordenou 3 de nossos encontros:

1 – ANÁLISE CONJUNTURAL – A partir de análise da conjuntura política/econômica, aproximamos as demandas dos agricultores e agricultoras das problemáticas que estão em curso na gestão da agricultura familiar no contexto político brasileiro. Os agricultores

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expuseram suas problemáticas e suas principais dúvidas e questões. O grupo de coordenadores, bolsistas e voluntários, tentaram esclarecer de forma acessível para todos as dúvidas, sempre conduzindo e direcionando perguntas aos agricultores.

2 – LOGÍSTICA PARA A COMERCIALIZAÇÃO DE CESTAS AGROECOLÓGICAS – Utilizando metodologia participativa, transcrevemos as principais dúvidas para cartazes que depois foram afixados na parede, a fim de publicizar as informações. A partir das questões levantadas, utilizamos um quadro em branco para tecer um diálogo com os agricultores sobre a logística daquele sistema de produção. Foram listadas tarefas individuais e nomeados participantes para desenvolver cada tarefa descrita.

3 – MESA DA PARTILHA – Após as discussões foi realizado um café com os participantes, onde cada um se incumbiu de levar algum alimento a ser partilhado com os demais.

4 – ACOMPANHAMENTO – Semanalmente, a liderança da comunidade nos informa o andamento das negociações e produção do grupo, voltamos a comunidade quando solicitam nossa presença, além dos encontros que já haviam sido agendados (1 encontro mensal). 2.5 - Quais áreas de conhecimento foram integradas na execução da ação?

Este trabalho integra várias áreas do conhecimento ao envolver as articulações do projeto de comercialização e a busca de conhecimentos que facilitem a logística de produção das hortas. Sendo assim destacamos principalmente os conhecimentos advindos da Diversificação de Mercados, provenientes tanto das áreas da economia quanto da engenharia de produção. Estes conhecimentos nos permitiram encontrar alternativas para o encolhimento do mercado da agricultura familiar que experimentou relativa segurança na comercialização com o restaurante universitário. Desde 2016, a comercialização com o restaurante universitário propiciou um aumento significativo da produção e do tamanho das hortas, mas a interrupção do fornecimento gerou vários impactos nas comunidades. A diversificação de mercados nos propiciou encontrar outras formas de comercialização e outros públicos para os produtos das hortas. Não alcançamos ainda o mesmo quantitativo comercializado pelo RU, mas a comercialização cresce progressivamente.

Outros conhecimentos que foram integrados ao projeto foram provenientes da Agroecologia. Esses conhecimentos que em si, são uma rede muito vasta de informações, nos permitem gerar autonomia para a produção dos agricultores e agricultoras, pois ao utilizar uma forma produtiva ecologizada ao meio social e natural, acaba por estabelecer modos de produção agroecológicos que rompem com a produção tradicional, que muitas das vezes é insustentável para o pequeno agricultor. Essa forma tradicional além de ser dispendiosa (fertilização química e agrotóxicos), agride a saúde do meio ambiente e dos trabalhadores. Os conhecimentos da Agroecologia são provenientes de facilitadores, apoiadores do projeto como a EMATER e SENAR, que propõem cursos e oficinas de curta duração focando a produção de olerículas. Outro grupo de conhecimentos utilizados na mediação com os agricultores e agricultoras, são provenientes da Comunicação Popular. As informações e metodologias desse campo de

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conhecimento, nos ajudaram a criar uma comunicação facilitada, que permite amplo acesso de entendimento para os envolvidos. Um grande problema que enfrentamos nas oficinas e formações, é produzir conhecimento legível para os agricultores e agricultoras tornando nossa atuação verdadeiramente útil e produtiva para suas necessidades. As metodologias da Comunicação Popular nos permitiram mudar nossa forma de abordagem, principalmente através das facilitações gráficas, produções participativas e horizontalizadas. Ao utilizar esses métodos notamos uma modificação qualitativa na recepção dos agricultores.

2.6 - Explique como ocorreu a troca de saberes entre a Universidade e os grupos sociais participantes

Nosso grande desafio nesse projeto é encontrar formas e metodologias para uma comunicação efetiva com as comunidades envolvidas. Nesse sentido utilizamos os conhecimentos adquiridos em encontros de Agroecologia onde é partilhada as informações e metodologias da Comunicação Popular. Uma das diretrizes dessas metodologias é que o conhecimento deve ser produzido em coletivo e que os coordenadores trabalhem como mediadores em demandas da comunidade. Ao invés de resolver os problemas

Dessa forma foram abolidas as mediações audiovisuais e nos concentramos em trabalhar com cartazes e posters confeccionados em conjunto com os participantes. A partir de rodas de conversas, realizadas em grupos maiores e menores, foram sistematizadas as informações, dúvidas e questões de modo a deixar pública as discussões quando nos ausentamos.

As demandas foram avaliadas pela equipe de coordenação e elaborado um conjunto de atuações correspondente as necessidades da comunidade. Nossas ações modificaram-se várias vezes na tentativa de efetivar um melhor desempenho para efetivar nossa comunicação e ações, segundo os interesses dos agricultores e agricultoras.

2.7 - Descreva como a ação contribuiu para a formação dos estudantes.

O projeto de Extensão em sua relação com os estudantes do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFOP sugere o desenvolvimento de conteúdos relacionados ao pensamento e práticas de gestão territorial e local. Ao observarmos e praticamos a multifuncionalidade da agricultura familiar, relacionamos conteúdos diversos que não são abordados comumente nas disciplinas de gestão territorial, nem tomados como agentes articuladores desse aspecto no território. Sendo assim, iniciamos junto ao trabalho de extensão, a catalogação dos agricultores familiares no território dos municípios de Ouro Preto e Mariana, com intuito de compreender dinâmicas e condições que se estabelecem junto da agricultura familiar, elaborando uma cartografia, ainda em processo, que georreferencia os agricultores. Essa abordagem tem produzido outros conhecimentos junto aos professores de projeto, inserindo esse aspecto como motivação projetual. Nesse sentido, o conteúdo da disciplina Projeto IV, foi alterado para absorver o exercício de proposição de um CRV – Centro de Referência da Agricultura Familiar. Como coordenador deste projeto de Extensão, atuo nesta disciplina como colaborador, promovendo a contextualização e caracterização da produção da agricultura familiar no território, a partir de dados e práticas que se encaminham nos projetos de Extensão.

Na disciplina Introdução a Arquitetura, disciplina que ministro no 1 Período, foi criada também uma unidade dentro do Plano de Curso que aborda a Cidade e suas Ruralidades, interpolada

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com questões patrimoniais e ambientais. Esta abordagem está diretamente relacionada com as atividades e dados advindos das práticas extensionistas.

E por fim, está em curso no Departamento de Arquitetura e Urbanismo, a revisão do Projeto Político do Curso (PPC), que incluirá a Agricultura Familiar e Agroecologia como pauta de discussão nos conteúdos de Gestão e Produção Territorial e local.

2.8 - Como se deu a articulação entre o ensino e a pesquisa?

A relação entre ensino e pesquisa neste projeto de Extensão pode ser observada por dois aspectos. Por um lado, há pesquisas que se fazem necessárias pelas demandas do próprio projeto de extensão e há pesquisas que estão surgindo a partir de nossa relação com o território e percepções sobre o mesmo, alimentando a produção do NUPEDES – Núcleo de Pesquisa e Extensão em Desenvolvimento Econômico e Social. As pesquisas em elaboração, desdobram-se principalmente no trabalho final de graduação do bolsista Nicolas Fernandes, vinculado a este projeto de extensão e também em uma articulação no Fórum das Cidades Históricas Sustentáveis, na sessão “Cidades e seus Entornos”, formulando a abordagem, “Agricultura Familiar e Patrimônio”.

Ao trabalhar a expansão dos mercados há uma necessidade de aprofundamento em conteúdos ligados ao empreendedorismo e diversificação produtiva, bem como a formulação de propostas de valor para a comercialização junto aos mercados que estão sendo pesquisados.

Esses conteúdos foram obtidos a partir de pesquisas em artigos e bibliografia de referência, especialmente utilizando o material que consta no repositório da UFOP.

O bolsista Nicolas Fernandes que está vinculado a este projeto de extensão, iniciou também seu Trabalho Final de Graduação, que caracteriza a produção da Agricultura Familiar como alternativa a exploração minerária predatória no território. O aluno parte de pesquisas que caracterizam as atividades da agricultura familiar e investiga como se desenvolvem relacionadas a valorização das comunidades rurais e desenvolvimento local.

O Fórum das Cidades Históricas Sustentáveis, evento acolhido pela PROEX e coordenado pelo Professor Paulo Vieira, desenvolve também uma sessão dedicada ao reconhecimento dos entornos das cidades históricas, identificando suas formas de preservação e resiliência. A partir da relevância do trabalho desenvolvido neste projeto, nos tornamos colaboradores do Fórum e atualmente estamos coordenando uma sessão de trabalhos e discussões sobre “Agricultura Familiar e Patrimônio”, aspecto que não encontra ainda pesquisas formalizadas neste âmbito. No XI Congresso Brasileiro de Agroecologia, realizado em novembro de 2019, esse aspecto foi discutido em duas rodas de conversa, “Agricultura Urbana e Resiliência” e “Agricultura Familiar, Agroecologia e Cultura no campo”

2.9 - Avalie a participação da equipe considerando os critérios de envolvimento, pontualidade, iniciativa, crescimento pessoal/profissional e tempo de permanência na ação

A equipe envolvida teve um desenvolvimento satisfatório em todos os aspectos relacionados. Houveram problemas ocasionados principalmente pela morosidade da contratada NUTRIR, que não forneceu os dados solicitados e retornos para as negociações. Esse aspecto provocou atrasos e algumas das etapas ficaram sobrepostas dificultando o trabalho da equipe.

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Outro complicador para a equipe, foi a data antecipada do relatório, já que havíamos aprovado um cronograma onde esta etapa era considerada e desenvolvida durante o mês de dezembro. Sendo assim a etapa de avaliação não pode ser realizada efetivamente, pois as reuniões com a comunidade precisam de muita antecedência para serem marcadas, sendo que em nosso cronograma essa ação seria realizada na primeira semana de dezembro.

O bolsista envolvido no projeto, Nicolas Fernandes, cumpriu as demandas solicitadas em tempo hábil e participou como representante do NEA INCONFIDENTES no Encontro dos Núcleos de Agroecologia do Sudeste em Santa Tereza/ES, realizado no Instituto Federal Santa Tereza. O aluno fez boa articulação com os outros membros do NEAs e atualmente desenvolve também seu trabalho de conclusão de curso na mesma temática do projeto de extensão.

2.10 Descreva os indicadores utilizados para acompanhamento e avaliação, bem como os resultados obtidos.

O principal método de avaliação utilizado foi o tabelamento do cronograma/calendário de ações, observando quais foram os resultados obtidos, seguidos de avaliação qualitativa de cada tarefa.

As etapas foram avaliadas e reorganizadas segundo seu desempenho e especificidade. Porém nosso maior empecilho foi o grande atraso da empresa NUTRIR que inviabilizou a sequência das etapas e os acordos para o fornecimento de alimentos para o Restaurante Universitário. Porém não foram apenas os atrasos que tornaram inviável a sequência de ações, pois a própria empresa alegou não receber os repasses da instituição que propiciaria a aquisição de alimentos.

Sendo assim, avaliamos que nossos resultados foram satisfatórios, no tocante as etapas relacionadas a ampliação dos mercados, via comercialização através de cestas agroecológicas, porém esse mercado ainda é instável e necessita de consolidação. Com a continuidade do projeto em 2020, seguiremos com as negociações, mas sobretudo investiremos na ampliação dos mercados a partir da análise de mercado que está sendo consolidada pela Empresa Júnior Project, que certamente nos indicará as alternativas para consolidação de nossos empreendimentos junto à comunidade.

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3 - ANEXOS

3.1 - Avaliação realizada pela equipe discente, respondendo à seguinte pergunta: como a participação na ação impactou na sua formação? (texto único apresentado por um ou mais discentes identificados, com no máximo 30 linhas);

AVALIAÇÃO DO BOLSISTA NICOLAS FERNANDES

A partir do contato com o projeto de extensão pude observar como as práticas de produção e comercialização de alimentos agrícolas influenciam as dinâmicas territoriais da região em que estas estão inseridas. O incentivo a produção agroecológica é capaz de promover o desenvolvimento socioeconômico local na medida em que contribui com o fortalecimento das identidades e as relações de reciprocidade em torno da comunidade rural, garantindo condições necessárias para a permanência das famílias em sua região de origem, preservando suas práticas, reforçando os laços entre as gerações, assegurando o respeito aos povos tradicionais, aumentando sua capacidade de aquisição de bens e serviços.

Outro ponto importante foi entender a relação entre a agroecologia e a preservação ambiental, uma vez que a prática tem como uma de suas bases o manejo sustentável dos recursos naturais e o cuidado com a biodiversidade, a partir da rotação de culturas ou de sua mescla (presente nos sistemas agroflorestais), o que contribui para a manutenção da fauna e flora, dos solos e dos recursos hídricos.

Por fim, a partir do entendimento do contexto rural da região, do contato direto com as comunidades produtoras e da identificação de suas potencialidades, reconheço a importância de programas governamentais de financiamento, como o Pronaf, e de fomento da comercialização de alimentos saudáveis, como o PAA e PNAE. Também vejo como fundamental o trabalho de instituições como a SEDA e a EMATER para o desenvolvimento dos setores agrícolas.

As descobertas adquiridas durante este período foram norteadoras na definição do tema de meu Trabalho Final de Graduação, onde analiso a potência da agricultura familiar como alternativa de desenvolvimento para a região de Ouro Preto a partir do estudo de caso do grupo Horta Real e as reverberações de sua atuação para o subdistrito de Piedade de Santa Rita.

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3.2 Avaliação realizada pelo público externo, respondendo à seguinte pergunta: quais benefícios esta ação trouxe para você? Sugere melhorias para a ação? (a resposta deve ser assinada por um representante do público atendido, digitalizada e incluída nesta parte do Relatório);

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3.3 - Comprovação da inscrição (no caso de reprovação) ou o certificado de participação no Encontro de Saberes 2019;

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4 -PROPOSTADEPLANEJAMENTOPARA2020

ACOMPANHAMENTO DA COMPRA INSTITUCIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR NA UFOP 2020 E ABERTURA DE NOVOS MERCADOS

MODALIDADE : PROJETO VINCULADO

COORDENADOR: MAURÍCIO LEONARD DE SOUZA

SERTOR: DEARQ - DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO DA ESCOLA DE MINAS

4.1 - Cronograma de ações

DATA AÇÕES

Março/Abril - Retomada das negociações com a empresa Nutrir.

- Avaliação da pesquisa de mercado realizada pela Empresa Junior Project relacionada ao interesse de consumo de produtos agrícolas nas cidade de Ouro Preto e Mariana.

- Criação de estratégias para acesso aos mercados encontrados.

- Oficinas junto a comunidade para compartilhamento das informações.

- Manutenção dos grupos de compras já estabelecidos

Maio/Junho - Negociações com a Empresa Nutrir e mediação com os agricultores familiares - Implantação das estratégias de acesso aos novos mercados.

- Oficinas de organização da produção com os agricultores familiares

- Manutenção dos grupos de compras já estabelecidos

- Avaliação das ações desenvolvidas

Julho/Setembro - Negociações com a Empresa Nutrir e mediação com os agricultores familiares - Manutenção dos grupos de compras já estabelecidos

- Avaliação das ações desenvolvidas Outubro/Novembro - Pesquisa junto aos consumidores

- Avaliação da comercialização durante o ano

- Levantamento das necessidades e demandas para as ações do próximo ano

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4.2 - Objetivos específicos

- Dar continuidade as negociações com a Empresa NUTRIR ou empresa que assumir o fornecimento das refeições para Restaurante da UFOP, a fim de efetivar a aquisição de alimentos junto aos agricultores(as) familiares .

- Interferir positivamente na logística de produção e entregas dos gêneros alimentícios, através da capacitação dos agricultores familiares, por meio de cursos curtos de formação.

- Criar autonomia dos agricultores para a gestão do seu negócio comunitário e expansão para futuros mercados.

- Mediar junto a iniciativa privada dos municípios de Ouro preto e Mariana a abertura de novos mercados para os agricultores familiares dos respectivos municípios.

4.3 - Plano de Trabalho dos discentes. (em anexo) 4.4 - Estratégias de execução

- Rodas de conversas com as comunidades sobre suas demandas e aspectos produtivos e de comercialização, a fim de produzir entendimento do contexto.

- Desenvolvimento de atividades de capacitação das comunidades através da rede de parceiros no subdistrito de Piedade de Santa Rita, Goiabeiras e outras comunidades que demonstrarem interesse.

- Avaliação da análise de mercado que está sendo realizada pela Empresa Junior PROJECT. - Avaliação das ações desenvolvidas e seus impactos

4.5 - Indicadores de acompanhamento e avaliação

Os indicadores serão produzidos através de apuração das Rodas de Conversas a serem feitas com os participantes, avaliando conjuntamente as ações desenvolvidas a partir do terceiro mês de ações.

Também será produzido um quadro com o cronograma de ações e mensalmente será feita uma avaliação qualitativa das ações desempenhadas e seus resultados.

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Referências

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