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CAUSAL FACTORS OF PATIENTS READMISSION IN INTENSIVE CARE UNIT CLINICAL

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Academic year: 2021

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Journal of Specialist

Scientific Journal – ISSN:XXXX - XXXX Nº 1, volume 1, article nº 6, Jan/Mar 2018

D.O.I: http://dx.doi.org/XXXXXX/XXXX-XXXX/XXXXXX

Accepted: 02/02/2018 Published: 01/03/2018

CAUSAL FACTORS OF PATIENTS READMISSION IN INTENSIVE CARE UNIT CLINICAL

FATORES CAUSAIS DE REINTERNAÇÃO DE PACIENTES EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA CLINICA

Aline Martins Cortez Veloso1 Gilka Soraya Araújo Fontenele2 Helder de Meneses3 Telma Cristina Ayres de Carvalho3 Pablo Rodrigo Rocha Ferraz4

ABSTRACT

The purpose of this essay is to show the main factors that cause reinternment of patients interned in an Intensive Care Unit Clinic of a private hospital in Parnaíba,PI, and also to identify the gender,age of patients reinternmented,and to connect the causes of reinternment with age and basics diseases as well.It was made a longitudinal research,which opted to the analysis of record collected during April from July 2009.The valuation of the results showed that 53% of the patients were male; 58,85% were in the 80-90 age group;58,82% had cerebrovascular accident as basis disease,and 100% had respiratory infection as cause of reinternment.It is concluded that elderly and people who had cerebrovascular accident are more inclined to develop infection,and that in order to increase the excellence of treatment,avoiding complications,must be implanted implementation of protocols which may amplify the service of physicians.

Keywords: Intensive Care Unit. Hospital infection. Cerebrovascular Accident.

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1 Pós-graduanda do Curso de Motricidade Orofacial com enfoque em Fonoaudiologia Hospitalar – ESAMAZ/FONOCENTRO. Email: alinecortez@uol.com.br

2 Pós-graduanda do Curso de Motricidade Orofacial com enfoque em Fonoaudiologia Hospitalar – ESAMAZ/FONOCENTRO. Email: gilkafontenelle@ig.com.br

3 Fisioterapeuta em Terapia Intensiva. Email: helder.menesesfh@hotmail.com 4

Fonoaudiólogo, Especialista em Motricidade Orofacial, Mestre em Saúde Materno-Infantil,Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Email: pablorrf@uol.com.br

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RESUMO

A pesquisa identifica os principais fatores causais de reinternação de pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Clínica de um Hospital da rede pública em Parnaíba, Piauí, onde foram identificados o gênero, idade dos pacientes reinternados e relacionados às causas de reinternação com a idade e as doenças de base. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, baseado em análise de 17 prontuários no período de abril a julho de 2009. A avaliação dos resultados mostrou que 53% dos pacientes eram do sexo masculino; 58,85% tinham idade entre 80 e 90 anos; 58,82% apresentaram acidente vascular cerebral como doença de base e 100% dos pacientes tiveram infecção respiratória como causa de reinternação. Conclui-se que a população estudada, consistiu de indivíduos idosos, portadores de acidente vascular cerebral que tiveram como primeira causa de reinternação, a infecção respiratória. Portanto, sugerimos que para melhorar a qualidade da assistência de pacientes idosos, diminuindo assim as reinternações e o tempo de permanência hospitalar, faz-se necessária à implementação de protocolos para os profissionais da saúde que favoreçam as rotinas quanto ao manuseio e a realização de procedimentos invasivos nos mesmos, promovendo a prevenção e tratamento precoce destes pacientes, minimizando assim tais complicações.

Palavras-Chaves: Unidade de Terapia Intensiva. Infecção Hospitalar. Acidente Vascular Cerebral.

1 INTRODUÇÃO

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é tida, atualmente, como um ambiente onde se presta assistência qualificada e especializada, tornando mais eficiente o cuidado prestado ao paciente em estado crítico.

A fonoaudiologia é uma das especialidades que atua na avaliação, prevenção e tratamento de patologias relacionados à alimentação proporcionando ao paciente um funcionamento coordenado das funções de respiração, mastigação e deglutição. A terapia intensiva dirige-se aos pacientes de forma diferente, atingindo uma ampla variedade de enfermidades (Bongard & Sue, 2005; Nascimento & Caetano, 2003).

Estudos têm mostrado que doenças como Acidente Vascular Cerebral (AVC), Traumatismo Crânio Encefálico (TCE), Síndrome da Angústia Respiratória (SARA), Insuficiência Renal (IR), Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Doenças Cardiovasculares e Pós-operatórios são as principais causas que levam os pacientes a serem internados nas Unidades de Terapia Intensiva (Presto, 2005; Santos & Silva, 1999).

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Apesar de ser um local ideal para o atendimento aos pacientes agudos recuperáveis, a UTI é um dos ambientes hospitalares mais agressivos, tensos e traumatizantes, uma vez que ali se desenvolvem tratamentos intensivos. Além da situação crítica em que o paciente se encontra, existem outros fatores altamente prejudiciais a sua estrutura psicológica, como a falta de condições favoráveis ao sono, intercorrências terapêuticas frequentes, suposição da gravidade da doença e até mesmo risco de vida (Nascimento & Caetano, 2003). Além disso, com a internação, o paciente ainda pode sofrer uma série de alterações comportamentais, complicações secundárias da doença (hemorragia gastrintestinal, trombose venosa profunda, úlceras de decúbito, infecções do trato urinário e pneumonias), efeitos colaterais do tratamento e transtornos psicológicos como: medo, ansiedade, insegurança e depressão (Bongard & Sue, 2005; Garcia, 2005).

Diante de todas as dificuldades enfrentadas pelos pacientes internados nas UTI’s, é papel da equipe multidisciplinar oferecer condições ao paciente crítico de ser atendido em todos os requisitos de privacidade, de modo a ser possível realizar e registrar a assistência, manter o monitoramento e assistência contínua (Azeredo & Macado, 2002; Sarmento, 2005).

A presença do especialista em Fisioterapia Respiratória e do Fonoaudiólogo tem sido cada vez mais solicitada nas UTI’s, tornando necessário que tais profissionais sejam habilitados para atuar na resolução de casos complexos.

Muitos pacientes internados nas UTI´s quando recebem alta desta, permanecem internados por um período indeterminado de tempo no hospital, onde recebem atendimento médico em geral, aguardando melhora para sua possível alta. No entanto, existem pacientes que não apresentam melhora na evolução do seu quadro clínico, ou seja, não evoluem dentro de um protocolo de tratamento e ao invés de receberem alta hospitalar, vários deles complicam seu quadro por algum motivo e retornam as UTI’s. Isso gera um desconforto muito grande na família e principalmente no paciente que vai retornar para a rotina de uma UTI.

Quando as necessidades do paciente não são atendidas adequadamente, ocorre o surgimento de complicações que geram desconforto que, por tempo prolongado, causam doença. Diante disso, entende-se que o não atendimento das necessidades

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do paciente poderá dificultar seu processo de recuperação ou até mesmo piorar seu estado de saúde (Oliveira et al., 2003).

O objetivo do estudo foi identificar os possíveis fatores causais de reinternações de pacientes nas unidades de terapia intensiva clínica e a partir destes propor medidas que evitem o retorno dos pacientes, promover uma redução de gastos e minimizar os efeitos da internação, melhorando assim a assistência à saúde.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Tratou-se de um estudo quantitativo do tipo longitudinal, realizado em uma UTI clínica de um hospital da rede pública de Parnaíba, no período de abril a julho de 2009, oportunidade em que foram analisados os prontuários dos pacientes que estavam internados e foram reinternados neste período na UTI. Referidos dados foram levantados independentemente da patologia, sexo, idade e tempo de internação. Foram analisados os prontuários dos pacientes que estiveram internados na UTI e receberam altas no período já referido (abril a julho de 2009), mas que retornaram à mesma no período estabelecido para coleta de dados, sendo a amostra composta de 17 prontuários.

No grupo estudado, 58,9% (10) estavam na faixa etária de 80 e 90 anos; 23,5% (4) tinham entre 60 e 79 anos e 17,6% (3) com idade inferior a 60 anos. Da amostra analisada, 53% (9) dos pacientes eram do sexo masculino e 47% (8) do sexo feminino.

Para coleta de dados utilizou-se um formulário elaborado pelos pesquisadores e professores, onde as variáveis do estudo foram: causas de reinternação, idade, gênero, doenças de base e intercorrências durante a internação. Todas as informações foram obtidas a partir do registro feito pela equipe multidisciplinar nos prontuários dos pacientes envolvidos no estudo.

Para a realização dessa pesquisa, foi obedecido o critério estabelecido pela Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde, que preconiza e regulamenta os aspectos bioético e ético-legais da pesquisa com seres humanos. A pesquisa foi realizada mediante autorização da direção do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde.

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Os dados obtidos foram analisados em percentuais e em números e expressos em forma de gráficos e tabelas.

3 RESULTADOS

Durante o período de estudo que transcorreu de abril a julho de 2009 foram observados 17 pacientes reinternados na UTI com diagnósticos variados.

Quanto à doença de base, observou-se que os pacientes analisados tiveram uma predominância ao AVC 64,7% (11), Alzheimer 11,78% (2), DPOC 5,88% (1), Diabetes Melittus 5,88% (1), TCE 5,88% (1) e IR 5,88% (1) (Gráfico 1).

Gráfico 1 - Distribuição quanto às doenças de base dos pacientes reinternados em uma UTI clínica de um hospital público de Parnaíba, abr.- jul./2009. Fonte: Protocolo de pesquisa.

Ainda sobre a doença de base da população estudada, 27,2% (3) dos pacientes com AVC apresentaram associação com hipertensão sistêmica.

Todos os pacientes avaliados apresentaram intercorrências durante o tempo em que estiveram internados nas enfermarias ou apartamentos, período compreendido entre a alta da UTI e o retorno à mesma, ou seja, que antecedeu o

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retorno à UTI. Entre os analisados, 82,35% (14) pacientes tiveram complicações respiratórias (pneumonias); 11,77% (2) cardíacas (arritmias); 5,88% (1) clínica (hipotensão) (Gráfico 2).

Gráfico 2 - Distribuição quanto às intercorrências encontradas durante a internação dos pacientes que retornaram a UTI em um hospital público de Parnaíba, abr.- jul./2009. Fonte: Protocolo de pesquisa.

Dos pacientes estudados, pode-se observar que todos eles tiveram a infecção respiratória como principal causa de reinternação, no entanto todos os pacientes apresentaram pneumonia aspirativa como causa de reinternação, ou seja, o processo infeccioso predominante, em decorrência de disfagia. Outro fator observado foi a correlação entre a idade e o quadro clínico do paciente, onde constatamos que quanto maior a idade, maior comprometimento motor oral (Gráfico 3).

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Gráfico 3 – Relação entre pacientes estudados e suas respectivas causas de reinternação, hospital público de Parnaíba, abr.- jul./2009. Fonte: Protocolo de pesquisa.

Associado ao processo infeccioso todos os pacientes apresentaram quadros de insuficiência respiratória, além de serem hipersecretivos. Em um caso, a infecção do aparelho respiratório apresentou-se associada à infecção do trato urinário e em outro mostrou associação de septicemia.

4 DISCUSSÃO

O estudo mostrou que a infecção respiratória, principalmente a pneumonia foi à causa de todos os casos de reinternação. A infecção hospitalar geralmente está associada com o aumento da morbidade, mortalidade e do tempo de internação do paciente no hospital, além de sua alta incidência na população idosa (Villa Bôas & Ruiz, 2004; Martins & Nascimento, 2005; Martin et al., 2006).

No presente estudo houve o predomínio da população idosa (considerando idoso o indivíduo com idade igual ou superior a 60 anos), não ocorrendo diferença de reinternação entre os sexos.

Estudo realizado por Martins e Nascimento (2005), mostrou que segundo o Ministério da Saúde, em 2025 seremos um país com um total de 31,8 milhões de idosos. Fazendo a transposição desses dados para aquilo que diz respeito ao paciente idoso na terapia intensiva, chama-se a atenção o fato de que os referidos pacientes apresentam porcentagem cada vez maior de internações em UTI’S (BRASIL, 1994).

Martin et al. (2006), em estudo realizado sobre a morbidade hospitalar na cidade de Londrina no Paraná, conseguiu mostrar que a população idosa (9,34% da população), atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) representou a maior porcentagem (20,18%) das internações hospitalares em comparação com outras

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faixas etárias. Além disso, conseguiu mostrar que as doenças do aparelho respiratório na faixa etária à partir de 80 anos, é responsável por 30% das internações, sendo a pneumonia a principal causa de internação de idosos, representando 10,8% do total, resultados que confirmam os encontrados nesse estudo (Martin et al., 2006).

Pesquisa realizada por Villas Bôas e Ruiz (2004), sobre a ocorrência de infecção hospitalar em idosos, mostrou a infecção respiratória como sendo a mais prevalente, representando 27,6% das infecções, e observou-se que o tempo de permanência do paciente no hospital foi prolongado.

De acordo com Sitta e Jacob (2002), os principais motivos que ocasionam a hospitalização de idosos na UTI são os pós-operatórios imediatos ou tardios de cirurgias de emergência ou grandes cirurgias eletivas, afecções cardiovasculares, afecções respiratórias e traumas.

O alto índice de pacientes idosos internados na UTI deve-se ao fato de que essa população frequentemente necessita de internação para cuidados de suas condições clínicas. Contudo, o paciente idoso com a internação tem maior chance de desenvolver infecção hospitalar, isso se deve às próprias alterações fisiológicas do envelhecimento, declínio da resposta imunológica e principalmente da realização de procedimentos invasivos durante o período de internamento (Martin et al., 2006).

Na amostra a maioria dos pacientes que retornaram a UTI devido à infecção tinha AVC, Radanovic (2000), em estudo realizado no Hospital Universitário de São Paulo, conseguiu traçar o perfil dos pacientes atendidos com AVC. Os resultados mostraram que 15% dos casos apresentaram insuficiência respiratória, 29% tiveram infecção, sendo a infecção respiratória (pneumonia) responsável por 79% das infecções. A incidência de pneumonia encontrada neste estudo superou grandemente os índices habitualmente reportados na literatura, coincidindo com os encontrados em nossa amostra (Radanovic, 2000).

Trabalho realizado por Yamashita (2004), também conseguiu mostrar que os processos infecciosos, principalmente os pulmonares e do trato urinário são as principais complicações enfrentadas pelo paciente com AVC.

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Segundo o Ministério da Saúde, a infecção hospitalar é aquela adquirida após a admissão do paciente e cuja manifestação ocorreu durante a internação ou após a alta, podendo ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares (Brasil, 1998).

A maioria dos doentes geralmente adquire a infecção no próprio hospital, já que eles apresentam disfagia e se alimentam por via oral, o que predispõe a aspiração e infecção respiratória.

Em contrapartida, o elevado número de infecções respiratórias deriva-se da inexistência do atendimento fonoaudiológico no âmbito hospitalar, e acompanhamento

pós-alta, fazendo com que os mesmos retornem a UTI necessitando a introdução da sonda naso-gástrica.

Farias; Freire; Ramos (2006) ao caracterizarem os profissionais de saúde que realizavam procedimentos de aspiração, encontrou dados alarmantes em relação aos cuidados que esta técnica exige. Da amostra analisada, 80,24% dos profissionais não lavavam as mãos antes do procedimento e apenas 19,88% interrompiam a dieta enteral.

Tais resultados mostram que os profissionais da área da saúde não realizam adequadamente a técnica de aspiração, sendo assim, o paciente que necessita deste procedimento apresenta um sério risco de adquirir infecção. Isso reforça a necessidade de intensificar as atividades educativas que promovam a mudança no comportamento destes profissionais, melhorando a assistência e a prevenção de infecções. (Farias; Freire; Ramos, 2006).

A hipertensão arterial sistêmica é um fator de risco preditivo e poderoso para o AVC. Sua ocorrência está estimada em torno de 70% de todos os quadros vasculares cerebrais. Estudo realizado por Radanovic (2000), englobando 180 registros de pacientes com AVC, encontrou uma incidência de 67,5%. Referidos dados confirmam os existentes na literatura, entretanto não coincidiu com a nossa amostra na qual se constatou uma frequência de apenas 27,2% para os casos de AVC. Esse fato pode estar relacionado ao pequeno número de pacientes estudados Journal of Specialist v. 1, n.1, p. 9-12, Jan – Mar, 2018

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e da falta de registro da hipertensão nos prontuários feitos pela equipe multidisciplinar (Radanovic, 2000).

Durante o tempo de internação a grande maioria dos pacientes desenvolveu complicações respiratórias. Referidos dados foram confirmados por estudos já citados anteriormente (Martin et al., 2006; Radanovic, 2000).

Os problemas respiratórios são causas frequentes de complicações, principalmente no AVC. As pneumonias, broncopneumonias e acúmulo de secreções traqueobrônquicas geralmente podem levar a IR. Além disso, a restrição ao leito, pouca movimentação, limitada expansão da caixa torácica, disfagia, uso de sonda naso-gástrica e instituição da ventilação mecânica são fatores responsáveis pela alta incidência de IR nestes pacientes (Radanovic, 2000).

5 CONCLUSÃO

O presente estudo permitiu detectar que a infecção respiratória, na amostra estudada, apresentou um número elevado, sendo a responsável pela causa de reinternação dos pacientes na UTI. Os idosos foram os que mais apresentaram riscos de desenvolver infecção pulmonar. Com o crescimento da população idosa e da expectativa de vida, aumenta a preocupação do fonoaudiólogo em prevenir e diagnosticar as alterações na motricidade orofacial que possa prejudicar o mecanismo da deglutição.

Sugerimos que para melhorar a qualidade da assistência de pacientes idosos, diminuindo assim as reinternações e o tempo de permanência hospitalar, faz-se necessária à implantação de profissionais da equipe multiprofissional (como existência de fonoaudiólogo no setor que devem utilizar protocolos específicos) favorecendo assim as rotinas quanto ao manuseio e a realização de procedimentos invasivos nos mesmos, promovendo a prevenção e tratamento precoce destes pacientes, minimizando assim tais complicações.

O Fonoaudiólogo ingressa na equipe atuando desde a prevenção, diagnóstico e reabilitação propriamente dita, objetivando a redução e prevenção de complicações e o estabelecimento da alimentação por via oral e da comunicação, sendo importante para a saúde e bem estar do paciente, até mesmo porque os pacientes

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internados neste período receberam alta e foram reinternados por infecção respiratória face a ausência de fonoaudiólogos na equipe para orientar, acompanhar e reabilitar o paciente antes de receber alta hospitalar.

REFERÊNCIAS

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Bongard, F. &; Sue, D. (2005). Current Terapia Intensiva Diagnóstico e Tratamento. 2. ed. São Paulo: Artmed

Brasil. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei Nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994. Dispõe sobre a política nacional do idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da

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jan. 1998. Disponível em:

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Presto, B. & Presto, L. (2005). Fisioterapia Respiratória: uma nova visão. 2. ed. Rio de Janeiro: Bruno Presto

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