• Nenhum resultado encontrado

Oratório familiar. 9º ANO Catequese 2, segunda parte. O essencial é amar

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Oratório familiar. 9º ANO Catequese 2, segunda parte. O essencial é amar"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

Oratório familiar

9

º ANO

| Catequese 2, segunda parte

(2)

A família reúne-se no seu «Oratório familiar». Sugere-se a colocação de uma cruz, uma vela acesa e uma imagem de Nossa Senhora. Podem usar-se estatuetas ou estampas. Se a família tiver alguma devoção especial a um santo ou santa em particular, pode também colocar-se a sua imagem. A cruz deve ser sempre central. Convém que haja perto cadeiras para todos se sentarem.

Antes de começar a oração, é preciso combinar tarefas: uma pessoa preside (sugere-se que seja o adolescente) e são necessários 2 leitores. Caso no momento de oração participem apenas duas pessoas, então uma preside e a outra responde e faz as leituras. Após alguns momentos de silêncio, todos rezam como se segue (o V. marca as intervenções de quem preside e o R. a resposta de todos):

V. Em nome do Pai, (†) do Filho e do Espírito Santo.

R. Ámen.

A seguinte oração (Confissão) é rezada por todos:

Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa [batendo com a mão no peito], minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos, e a vós, irmãos, que rogueis por mim a Deus, Nosso Senhor.

Então, o adolescente que preside explica o sentido da celebração:

Na semana anterior, começámos a meditar num texto sobre o amor, um texto que nos diz que o amor é fundamental para sermos felizes. Na cidade grega de Corinto, para cujos habitantes São Paulo escreveu esse texto, havia muitas rivalidades, divisões, manias de superioridade. Os coríntios tardavam em descobrir que só vivendo no amor poderiam ser um sinal concreto de Deus que nos ama. Às vezes, parecemo-nos um bocado com os habitantes de Corinto… Esforçamo-nos muito, queremos ser e fazer muitas coisas e esquecemo-nos de que o essencial é amar: «Se eu não tiver amor, nada sou»!

(3)

O amor é concreto. Não se ama em abstrato. Não se ama «a humanidade»: amam-se as pessoas concretas que vivem ao nosso lado, os nossos pais, os nossos irmãos, os nossos colegas, os nossos amigos, até os nossos inimigos! Não se ama «os pobres»: amam-se as pessoas pobres que conhecemos, aquelas com quem nos cruzamos a caminho da escola ou do supermercado. Também no namoro e depois no casamento, o amor é concreto: ou se ama a menina ou o rapaz com quem se namora, tal como é, com as suas virtudes e defeitos (o que não significa «aguentar com tudo»!), ou não se ama. Hoje, além de ouvir novamente o Hino ao Amor, de São Paulo, vamos conhecer o exemplo de alguém que levou muito a sério a certeza de que o amor é concreto.

Todos se sentam. Então, recita-se a seguinte oração (da autoria de Raoul Follereau):

Concede-me, Senhor, o dom do amor. O dom de amar todo o mundo, de amar tudo em toda a terra e, sobretudo, os homens nossos irmãos, que são, por vezes, tão infelizes. De amar também as pessoas felizes, que tantas vezes são pobres fantoches. Dá-nos, Senhor, a força de amar sobretudo os que não nos amam, antes de tudo os que não amam ninguém, para os quais, quando a Hora soar, tudo acaba para sempre. Que a nossa vida seja o reflexo do Teu amor! Amar o próximo que está no cabo do mundo; amar o estrangeiro que vive ao nosso lado; consolar, perdoar, abençoar, estender os braços. Amar aqueles que se esgotam em correrias inúteis em redor de si mesmos: fazer brotar uma fonte no deserto do coração; libertar os solitários, erguer os prostrados, abrir com um sorriso os corações fechados. Amar! Então, uma grande Primavera transformará a terra e tudo em nós reflorirá.

(4)

O leitor 1 proclama a seguinte leitura (1 Cor 13, 1-13).

Leitura da Primeira Carta aos Coríntios

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor sou um bronze que soa ou um címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas, se não tiver amor, nada sou. Ainda que eu distribua todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita.

O amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará. As profecias terão o seu fim, o dom das línguas terminará e a ciência vai ser inútil. Pois o nosso conhecimento é imperfeito e também imperfeita é a nossa profecia. Mas, quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Mas, quando me tornei homem, deixei o que era próprio de criança. Agora, vemos como num espelho, de maneira confusa; depois, veremos face a face. Agora, conheço de modo imperfeito; depois, conhecerei como sou conhecido. Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor; mas a maior de todas é o amor.

Palavra do Senhor.

(5)

Segue-se o Salmo Responsorial.

Ditoso o que segue o caminho do Senhor.

1| Feliz de ti que temes o Senhor e andas nos seus caminhos.

Comerás do trabalho das tuas mãos, serás feliz e tudo te correrá bem.

2| Tua esposa será como videira fecunda, no íntimo do teu lar;

teus filhos serão como ramos de oliveira, ao redor da tua mesa.

3| Assim será abençoado o homem que teme o Senhor. De Sião te abençoe o Senhor:

vejas a prosperidade de Jerusalém todos os dias da tua vida.

O leitor 2 faz a seguinte leitura:

«Se eu não tiver amor, nada sou». O amor é concreto: realiza-se em atos. A tradição cristã fala das catorze obras misericórdia (sete corporais e sete espirituais), que durante esta semana desafiamos todos os catequizandos a reescrever por palavras suas. São catorze formas muito concretas de realizar o amor. A quinta obra de misericórdia corporal diz assim: «Assistir os enfermos». Dito por outras palavras: «ajudar quem está doente». Hoje vamos conhecer o exemplo de um homem extraordinário que dedicou grande parte da sua vida a cumprir esta obra de misericórdia: Raoul Follereau.

(6)

Cidadão francês, nascido a 17 de Agosto de 1903, ficou conhecido como o «apóstolo dos leprosos» dos tempos modernos. Foi o grande lutador na «Batalha contra a Lepra e todas as Lepras do nosso tempo». A lepra é uma doença crónica que atinge a pele das pessoas, levando à incapacidade de sentir dor e à perda de extremidades do corpo. Esta doença atinge sobretudo as zonas mais pobres do planeta. Raoul Follereau era jornalista e poeta; a sua vida mudou em 1935, quando se cruzou com leprosos pela primeira vez, no Níger. Percorreu o mundo inteiro, dando conferências acerca da lepra. Em Adopzé (Costa do Marfim), fundou a Aldeia dos Doentes de Lepra, onde os leprosos eram tratados e curados. Os leprosos chamavam-lhe «Pai Raoul». Por sua iniciativa, a ONU instituiu, em 1954, o Dia Mundial dos Doentes de Lepra, que é atualmente celebrado em 127 países. Fundou, com a sua irmã Eugénia, a Associação Raoul Follereau, que ajuda e defende os leprosos desde 1967, em particular nos países de África. Visitou Portugal em 1968.

Durante a sua vida, Raoul Follereau escreveu a vários líderes mundiais, denunciando o escândalo das enormes somas de dinheiro gastas em armas, quando uma pequena parte bastaria para acabar com a lepra de uma vez só. De facto, o tratamento da lepra é relativamente barato. Estima-se que o dinheiro que é gasto atualmente em armamento num único dia chegaria para erradicar a lepra do mundo inteiro! Um único dia… E, no entanto, centenas de milhares de pessoas sofrem de lepra ainda hoje! É um escândalo e uma vergonha para a humanidade! Raoul Follereau faleceu em Paris, a 6 de Dezembro de 1977. Ele costumava dizer: «Ser feliz é fazer os outros felizes».

Em silêncio, peçamos a Deus que nos dê um coração grande para amar, e amar concretamente, sem egoísmo.

(7)

No final da meditação, vem um momento longo de silêncio (3 minutos). Todos são convidados a pedir o dom de um coração capaz de amar as pessoas concretas que vivem connosco, sem egoísmos. Quem quiser, pode ajoelhar-se.

Ao fim do tempo assinalado, todos se levantam e cantam (repete-se várias vezes):

Deus é amor: atreve-te a viver por amor. Deus é amor: nada há a temer.

O adolescente que preside inicia as preces:

O amor é concreto. Sem amor, nada sou. Peçamos ao Senhor que aumente o nosso amor ao próximo, dizendo:

Senhor, nós temos confiança em Vós.

Os leitores 1 e 2, alternadamente, propõem as preces.

1| Por todos aqueles que têm responsabilidades no governo do mundo, para que respeitem e façam respeitar a dignidade de todas as pessoas, oremos.

2| Por todas as pessoas que sofrem de lepra, para que encontrem quem os ajude a curar a sua doença e a libertar-se da pobreza em que vivem, oremos.

3| Por todos os jovens, que estudam e rezam, para que se sintam sempre desafiados a valores mais altos, como a solidariedade, a compaixão e o cuidado por todos os seres humanos, oremos.

4| Pelos todos nós, para que façamos crescer o amor concreto e desinteressado na nossa família e no nosso grupo de amigos, oremos.

O adolescente que preside inicia o Pai-nosso, que todos rezam juntos. No final, o adolescente conclui com a seguinte oração:

V. Senhor Deus, ensinai-nos a amar. Quando olhamos à nossa volta, percebemos que o amor é mais falado do que vivido. Nós não queremos ser

(8)

pessoas artificiais, que falam muito de «amor», mas que são incapazes de se preocupar com quem quer que seja. Queremos ser construtores de um mundo novo, mais fraterno, mais justo, onde o amor não seja apenas uma palavra vazia, mas o motor que faz a nossa vida mover-se. Senhor Deus, ensinai-nos a amar! Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. R. Ámen.

O momento de oração conclui-se do seguinte modo:

V. O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.

R. Ámen.

E, voltados para a imagem de Nossa Senhora, rezam em conjunto:

Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degredados filhos de Eva; a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei; e depois deste desterro nos mostrai Jesus, bendito fruto do vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria. Rogai por nós, santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Ámen.

Então, em silêncio, todos se benzem.

Para saber mais…

Nas

páginas 21 e 22 do teu catecismo,

encontras vários desafios. Realiza-os! Se quiseres saber mais sobre Raoul Follereau, visita a página da

Referências

Documentos relacionados

Como se pode notar, o objetivo deste Projeto de Lei não é exclusivamente punir o agente infrator, mas sim, promover a conscientização de toda a população dos

O QUE DEUS FAZ NÃO COMPREENDEMOS AGORA “Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço não o sabes agora; compreendê- lo-ás depois.. Pedro, sem compreender a princípio o propósi-

6| Por todos os catequistas, para que o Espírito Santo os ilumine com a Sua força e sabedoria para transmitirem a Palavra de Deus, oremos irmãos.. Senhor Deus, queremos

Considera as seguintes imagens, identificadas pelas letras de A a D, que representam, de forma não ordenada, as várias fases de elaboração de um desenho pela Elsa. Indica uma

Disto observou-se o melhor resultado de distribuição de carga para a cadeirinha nº 2, que estava de acordo com o grupo de massa cujo qual o boneco de ensaio se enquadrava, isto

Sem desconsiderar as dificuldades próprias do nosso alunado – muitas vezes geradas sim por um sistema de ensino ainda deficitário – e a necessidade de trabalho com aspectos textuais

As principais características deste agente são: avaliação do diálogo sobre as emoções, representação do modelo de personalidade Big-Five e impacto dos valores

Pensar a questão ética que perpassa o tratamento da obesidade, colocando em pauta os modos como isso circula no senso comum e na ciência, favorece abordar a obesidade não