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Evolução Histórica. Antonio Castelnou

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(1)

Evolução

Histórica

Antonio Castelnou

(2)

Tão antiga quanto à própria humanidade,

a ARQUITETURA

surgiu a partir da

necessidade do ser humano fixar-se e ter um

abrigo, permanente e seguro, contra o clima, os

inimigos e os animais selvagens, o que ocorreu

por volta de 8000 aC.

Na PRÉ-HISTÓRIA, o homem era um caçador

nômade, que vivia em constante mudança à

procura de alimentos, ocupando cavernas

naturais ou vivendo à sombra de árvores.

(3)

Até cerca de 4000 aC, quando o ser humano

passou a cuidar de rebanhos, a necessidade

de construir habitações ainda não era grande.

Porém, a partir do

momento que começou a cultivar alimentos, a sua

FIXAÇÃO no território tornou-se primordial.

Habitações primitivas

(4)

Em paralelo à REVOLUÇÃO AGRÍCOLA (surgimento da

agricultura), ocorreu a

sedentarização humana e

o aparecimento da escrita, a qual deu início à HISTÓRIA.

A maior especialização e também o comércio levaram

à REVOLUÇÃO URBANA, que se refere à formação dos

primeiros estabelecimentos urbanos (cidades), marcando

o início da CIVILIZAÇÃO. Catalhöyuk (Turquia)

Reconstituição de uma das primeiras cidades

(5)

 A EVOLUÇÃO da arquitetura e da transformação do papel do arquiteto na sociedade acompanharam a História da Civilização Humana, que teve basicamente

04 (quatro) fases consecutivas:

4000-3500 aC 476 1453 1789 IDADE ANTIGA MOVIMENTO MODERNO (1915/45) 0 IDADE MÉDIA IDAD MODER IDADE CONTEMPORÂNEA PRÉ-

(6)

Tanto na Era Antiga como Medieval, a atividade

arquitetônica era praticamente

ANÔNIMA, já que as grandes obras eram realizadas por

grupos de escravos e/ou corporações de artesãos. Salvo algumas exceções, pouco se conhece a respeito dos primeiros arquitetos, que podem ser considerados mais como construtores ou artistas.

Im-hotep (c. 2600 aC.) Fidias (490-431 aC) Vitrúvio (c.80-25 aC)

(7)

Idade Antiga

Com o início da fundição do bronze em 4000 aC,

surgiram as primeiras civilizações e, com elas, um período marcado pelo

desenvolvimento gradual de estilos particulares.

Em toda a Antiguidade, as culturas mantiveram-se

isoladas, o que lhes conferiu traços próprios e

bastante característicos.

Stonehenge (c.3000-1500 aC, Wilshire GB) Conjunto de Carnac (c.4500 aC, França)

(8)

As principais características da prática arquitetônica da

ERA ANTIGA foram:

 Arquitetos construtores que criavam e executavam

coletivamente as obras

 Prática geralmente anônima, em que as obras eram

realizadas artesanalmente por escravos e/ou em grupo

 Monumentalidade, pesadez (austeridade) e forte relação arquitetura/poder político

 Emprego de materiais naturais (barro, pedras, madeiras, etc.)

Grandes Pirâmides de Gizeh

(c.2600 aC, Cairo - Egito)

Zigurate de Urnammu

(c.2125 aC, Ur – Mesopotânia, atual Iraque)

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Palácio de Persépolis (480 aC, Pérsia - Atual Irã) - Arquitetura Mesopotâmica - Arquitetura Egípcia - Arquitetura Persa - Arquitetura Hindu - Arquitetura Budista

Grande Stupa de Sanchi

(c.100, Pradesh - Índia)

Templo Mahabodhi

(10)

STUPA Séc. III aC – I dC Índia DAGODA Séc. II dC Índia PAGODA Séc. V-VII dC China PAGODA Séc. VII dC Japão

(11)

- Arquitetura do Extremo Oriente - Arquitetura Pré-Colombiana - Arquitetura Grega e Romana

Teotihuacán (c. 50 aC, México)

Grande Muralha

(c.220 aC, China)

Parthenon

(447/38 aC, Atenas - Grécia)

Colosseo

(c.72/80 dC, Roma)

(12)

Roma

(13)

Idade Média

O período medieval iniciou-se a partir das invasões

bárbaras, que aceleraram o declínio romano e

esfacelaram a sociedade europeia (Feudalismo). Com a Queda do Império do

Ocidente (476 dC), diversos

povos se estabeleceram em vilarejos, construídos

próximos a castelos.

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Foi uma época marcada pela afirmação do

cristianismo no Ocidente, pelas cruzadas e pelo

desaparecimento das cidades, que somente puderam renascer a partir

do comércio e do

HUMANISMO.

Durando cerca de 1.000 anos, esse longo período dividiu-se em: Alta Idade Média (do século V ao X)

e Baixa Idade Média (do século X ao XV).

Reinos Bárbaros (Séc. V)

Krak des Chevaliers

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As principais características da arquitetura realizada na

ERA MEDIEVAL foram:

 Continuação da postura do arquiteto ao mesmo tempo criador e executor dos espaços arquitetônicos

 Prática ainda anônima, em que as obras eram realizadas por artesãos (mestres/aprendizes) organizados em corporações de ofício (guildas)  Monumentalidade, aspecto rústico

e ligação estreita entre arquitetura e poder religioso

 Grande interrelacionamento entre arquitetura, escultura e pintura

(relevos, mosaicos, vitrais, etc.) Catedral de Paris

(1163/1250, França)

Igreja de San Vitale

(16)

Basílica de Santa Fosca (c.1100, Torcello - Itália) - Arquitetura Paleocristã - Arquitetura Românica - Arquitetura Bizantina - Arquitetura Gótica

Basílica di San Marco (976/1094, Veneza - Itália)

Catedral de Colônia

(1243/1473 Alemanha)

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EVOLUÇÃO DA PLANTA DA IGREJA MEDIEVAL

PALEOCRISTÃ BIZANTINA ROMÂNICA GÓTICA

Séc. I-V Séc. V-IX Séc. X-XI Séc. XII-XIV

N

abside transepto capelas

naves nártex

(18)

Com a quebra da unidade do mundo mediterrânico, novos reinos se estabeleceram na Europa, levando à expansão

da CIVILIZAÇÃO ISLÂMICA, que conquistou novos

territórios entre os séculos VII e XV e acabou provocando a Queda do Império Romano do Oriente (1473). Por sua vez, a arquitetura do resto do mundo mantinha-se isolada.

Meca

Domo da Rocha

(19)

- Arquitetura Muçulmana - Arquitetura Mudéjar - Arquitetura Xintoísta - Arquitetura Indochinesa Mesquita de Córdoba (987, Espanha) Templo de Byodoin (1053, Kyoto – Japão) Angkor Wat (c.1150, Camboja) Grande Mesquita de Qairouan (836, Tunísia)

(20)

Idade Moderna

Várias mudanças políticas e socioeconômicas que

vinham se processando na Europa culminaram com o

RENASCIMENTO; um movimento cultural e

artístico do século XV, cujo berço foi Florença.

Antes anônimo, o arquiteto adquiriu status como um artista maior, responsável

tanto pela criação quanto construção de obras. Duomo (1420/36, Florença)

Filippo Brunelleschi (1377-1446)

Altos-relevos medievais

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Com a Renascença, modificou-se a posição profissional do ARQUITETO, que passou a ser considerado um especialista autônomo de alto nível, independente das corporações medievais e, desta vez, ligado aos clientes

(nobres, burgueses e religiosos) pelo mecenato.

Donato Bramante (1444-1514) e outros

Igreja de S. Pietro

(1506/46, Vaticano)

Piazza del Campidoglio

(1538/1612, Roma)

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- Arquitetura Renascentista - Arquitetura Maneirista

- Arquitetura Barroca - Arquitetura Rococó

Piazza Navona (1574/1651, Roma)

Gian Lorenzo Bernini (1598-1680)

Leon B. Alberti (1404-72)

Palazzo Rucellai

(1450, Florença) Diogo de Boitaca

(1460-1528) Torre de Belém

(23)

Houve o surgimento do

ENSINO FORMAL de

arquitetura através de Academias e de grandes mestres, os quais ditavam seus preceitos estéticos por

meio de Tratados.

Com a Era das Navegações, esses ideais foram difundidos

em todo o mundo e as

manifestações arquitetônicas na Ásia, África e Américas –

antes primitivas e/ou

desconhecidas – acabaram sendo influenciadas.

Villa Rotunda (1550/54, Vincenza - It.) Andrea Palladio (1508-80)

(24)

Papel de destaque desempenhou a

ARQUITETURA

COLONIAL, tanto nos

EUA como no Brasil, além de outros lugares do mundo, onde ocorreu a transferência e adaptação de padrões europeus.

Boston MA

(EUA) Olinda PE (Brasil)

(25)

As principais características da prática dos arquitetos da ERA MODERNA foram:

 Trabalho autônomo, protegido e financiado pelo clero, nobreza e burguesia (grande relação com o poder econômico)

 Desenvolvimento de regras

acadêmicas (simetria, proporção, perspectiva, etc.) e resgate dos elementos da arquitetura clássica (colunas, frontões, arcos, etc.)

 Grande intercâmbio estético, através de um processo de europeização  Emprego de materiais naturais

manipulados, além de requinte e suntuosidade em igrejas e palácios

Donato Bramante (1444-1514)

Tempietto de S. Pietro in Montorio

(1502/10, Roma)

Palais de Versailles

(26)

Idade Contemporânea

Iniciada oficalmente com os acontecimentos que deram origem à REVOLUÇÃO FRANCESA (1789/99),

caracterizou-se pela transformação decisiva do perfil profissional do arquiteto, que embora mantivesse sua

autonomia, viu seu status social se modificar com a ascensão da carreira de engenharia civil.

Desde os progressos tecnológicos (novos materiais e técnicas) até as mudanças socioeconômicas oriundas

da REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1750-1830) – como a

urbanização acelerada e a proletarização de milhares de trabalhadores – fizeram com que o arquiteto tivesse seu

(27)

As novas tecnologias e os materiais trazidos com a industrialização fizeram surgir a carreira do engenheiro civil, o qual passou a dividir com o arquiteto a produção de

espaços no século XIX. Após uma fase de desprestígio, a arquitetura retomaria sua importância com o advento do

MOVIMENTO MODERNO (1915/45).

Giuseppe Mengoni (1829-77)

Galleria Vittorio Emanuele II

(1865/70, Milão - Itália)

Gustave Eiffel (1832-1923)

(28)

O surgimento da MÁQUINA, as modificações nos métodos de

representação gráfica (geometria mongeana, sistema métrico, etc.) e de construção (padronização, etc.), além do desmembramento da atividade arquitetônica, exigiram uma mudança radical.

Durante todo o século XX, os arquitetos acabaram como

meros decoradores das obras modernas e/ou presos no chamado HISTORICISMO. Capitólio (1811/17, Washington DC) Benjamin H. Latrobe (1764-1820) Jean Chalgrin (1739-1811) L’Arc de Triomphe (1806/36, Paris - França)

(29)

As principais características da arquitetura oitocentista antes do do MODERNISMO foram:

 Contínuo desprestígio da

profissão, que se divorciou das novas técnicas, voltando-se

apenas às questões decorativas, de valor estético-formal

 Prática calcada no resgate/ releitura de modelos antigos e

exóticos (Historicismo), resultando em edificações marcadas pelo

rigor e excesso ornamental

 Adoção progressiva dos materiais novos (ferro, vidro e concreto), assim como de métodos

industriais, primeiramente de

modo simulado e depois de forma revolucionária.

Neuschwanstein

(1869/81, Baviera - Alemanha)

(30)

- Arquitetura Neoclássica - Arquitetura Neogótica - Arquitetura Eclética

- Arquitetura Art Nouveau

Houses of Parliament

(1840/60 - Londres GB)

Charles Barry (1795-1860) & Augustus W. N. Pugin (1812-52)

Antoni Gaudi (1852-1926)

Templo expiatória da Sagrada Família

(1882 em diante, Barcelona - Espanha)

Paul Abadie (1783-1868)

Sacré-Coeur

(1875/1914, Paris)

(31)

Somente após a Primeira

Guerra Mundial (1914/18)

e com a fundação da

BAUHAUS (1919/33),

a arquitetura moderna difundiu-se pelo mundo,

associando arte e indústria.

Através da composição com

volumes puros, além de

materiais industrializados e ênfase na ideia de

FUNCIONALIDADE, nascia finalmente o perfil moderno

do arquiteto e urbanista.

Walter Gropius (1881-1969)

Nova sede da Bauhaus

(1924/25, Dessau - Alemanha) Red-and-Blue Gerrit Rietveld (1888-1964) Pavilhão alemão (1929, Barcelona - Espanha)

(32)

O MOVIMENTO MODERNO

(1915/45) consistiu em uma

série de transformações no modo de pensar e fazer

arquitetura, que buscavam a expressão de uma “nova”

arquitetura da Era Industrial. Todos os mestres modernistas

criticavam a mistura de estilos

e defendiam o emprego de formas e materiais novos,

através de uma linguagem funcional e universal.

Le Corbusier (1887-1965)

Villa Savoye (1928/29,

Poissy - França)

Casa da Cascata

(1934/36, Bear Runn PA)

(33)

Depois da Segunda Guerra Mundial (1939/45), novas transformações socioeconômicas e tecnológicas fizeram com que os princípios modernos fossem revisados, o que

fez eclodir o MOVIMENTO PÓS-MODERNO, que trouxe

outros desafios como a questão da sustentabilidade. Renzo Piano (1937-) Zaha Hadid (1951-2016) Shigeru Ban (1957-) Jean Nouvel (1945-) Sir Norman Foster (1935-)

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Leitura Complementar

 APOSTILA – Capítulo 04.

GLANCEY, J. A história da arquitetura. São Paulo: Loyola, 2001.

GYMPEL, J. Historia de la arquitectura de la

antigüedad a nuestros días. Köln: Könemann, 1996.

JORDAN, R. F. História da arquitetura no ocidente. São Paulo: Verbo/Camarate, 1985.

STRICKLAND, C. Arquitetura comentada. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.

Referências

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