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MUDANÇAS NESTA VERSÃO

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Igreja Batista Reformada Vida Nova

Versão 002 - Junho de 2015 MUDANÇAS NESTA VERSÃO

 Remoção do termo liderança, substituindo todas as ocorrências de “presbitério/liderança” por “presbitério”.

 Esclarecimentos sobre a administração da modalidade “disciplina pastoral”, com a inclusão dos artigos 5.3.1, 6.2.1 e 6.2.2, além de pequenas modificações na redação dos artigos 6.1 e 6.2.

GUIAS RELACIONADOS

IGR_002 – Termo de Compromisso com a IBRVN

IGR_003 – Autoridade na IBRVN

IGR_004 – Fundamentos da Igreja Local

IGR_005 – Direitos e Deveres dos Membros

INTRODUÇÃO

Este guia descreve o modelo de disciplina eclesiástica na IBRVN. Por meio da prática da disciplina, a igreja tem em vista proteger amorosamente os seus membros e a própria congregação do poder destruidor do pecado, bem como, acima de tudo, oferecer ao mundo um testemunho da boa reputação do nome de Jesus e do Evangelho.

A disciplina eclesiástica pode ser formativa, quando diz respeito à instrução que os indivíduos recebem da igreja, ou corretiva, quando a igreja precisa corrigir e restaurar os indivíduos que se afastam dos caminhos bíblicos e excluir aqueles que não demonstram arrependimento por seus pecados. Neste guia, o modelo apresentado representa somente a disciplina corretiva.

Nas Escrituras, há várias formas de se realizar a disciplina corretiva, sendo que as principais estão nos textos de Mateus 18.15-17 e 1 Coríntios 5, ambas bastante diferentes entre si. A disciplina descrita em Mateus 18.15-17 é progressiva (não necessariamente lenta) e caracterizada pela rebeldia do indivíduo que, obstinadamente, não abandona o caminho pecaminoso, não importando a gravidade do pecado cometido. O modelo disciplinar encontrado em 1 Coríntios 5, por sua vez, é claramente mais abrupto e caracterizado pela gravidade do pecado, em que o indivíduo deve ser excluído imediatamente para que a igreja não mais seja contaminada pelo pecado praticado, descartando qualquer processo de restauração imediato, devendo o indivíduo buscar o arrependimento do lado de fora da igreja.

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Outras formas de disciplina podem ser encontradas em Tito 3.10-11; 2 Tessalonicenses 3.6, 14-15; Romanos 16.17; e 2 João 9-11. Pode-se dizer que essas formas adicionais são variantes das anteriores (ver a seção 5).

A igreja local, em obediência à Palavra de Deus, deve exercer disciplina corretiva sobre os membros envolvidos em pecados graves, dos quais recusam arrepender-se (Mt 18.15-17; 1 Co 5.1-7; Gl 6.1), sendo ela o instrumento designado por Deus para esse fim (Mt 18.18-20). Dessa forma, a igreja local zela pelo testemunho e pela boa reputação do Evangelho, refletindo fielmente o caráter e a santidade de Deus, procurando resgatar os indivíduos que se afastaram dos caminhos bíblicos ou excluir aqueles que, obstinadamente, recusam abandonar o pecado.

Na condição de agência do Reino, a igreja local tem o compromisso de mostrar ao mundo que há distinção entre o povo de Deus e os demais indivíduos. Assim, a igreja atesta, até onde lhe é possível saber, que cada um de seus membros é um cidadão e representante de um Reino que não é deste mundo e cuja implantação é futura.

1. REFERENCIAIS DOUTRINÁRIOS PARA A DISCIPLINA

1.1. Confissão de Fé Batista de 1689.

Capítulo 26 – A Igreja

7. De acordo com a mente de Cristo, declarada na Palavra, Deus deu a cada uma dessas igrejas todo poder e autoridade necessários ao desempenho da forma de adoração e de disciplina por Ele instituídas para a observância na igreja, com mandamentos e normas para a aplicação devida e o emprego correto desse poder. 8. Uma igreja local, reunida e completamente organizada de acordo com a mente de Cristo, consiste de oficiais e membros. Os oficiais designados por Cristo serão escolhidos e consagrados pela igreja congregada. São eles os anciãos (ou bispos) e os diáconos; cabe-lhes especificamente a administração das ordenanças [Batismo e Ceia do Senhor] e o exercício do poder ou do dever com que foram instruídos, ou para o qual foram chamados por Cristo. Este sistema deve ser mantido na igreja, até o fim do mundo.

[...]

12. Todos os crentes têm a obrigação de congregar-se em igrejas locais, no local que lhes seja possível, e quando lhes seja possível. E todos os que são admitidos aos privilégios da comunhão na igreja estão também sujeitos à disciplina e ao governo da igreja, segundo a norma de Cristo.

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1.2. Catecismo de Heidelberg.

82. Podem vir a essa ceia também aqueles que, por sua confissão e vida, se mostram incrédulos e ímpios?

Não, porque assim é profanada a aliança de Deus e é provocada sua ira sobre toda a congregação.

Por isso, a igreja cristã tem a obrigação, conforme o mandamento de Cristo e de seus apóstolos, de excluir tais pessoas pelas chaves do reino dos céus, até que demonstrem arrependimento.

1.3. Catecismo Maior de Westminster.

173. Alguém que professa a fé, e deseja participar da Ceia do Senhor, pode ser excluído dela?

Os que forem achados ignorantes ou escandalosos, não obstante a sua profissão de fé e o desejo de participar da Ceia do Senhor, podem e devem ser excluídos desse sacramento, pelo poder que Cristo legou à sua Igreja, até que recebam instrução e manifestem mudança.

2. FUNDAMENTOS PARA A DISCIPLINA

2.1. Expectativa de transformação. Os verdadeiros cristãos, aqueles em quem habita o Espírito Santo, são continuamente transformados por Ele. A disciplina bíblica é empregada quando a ação devastadora do pecado se faz presente na vida de um individuo de forma contumaz, evidenciando uma ação de desprezo à vontade de Deus revelada nas Escrituras.

2.2. Trabalho de representação. Os verdadeiros cristãos são representantes de Cristo neste mundo, peregrinos, cidadãos de outro Reino. A disciplina bíblica é empregada quando o indivíduo não zela pelo nome do seu Rei ou quando falha em representá-lo.

2.3. Autoridade da igreja local. Jesus conferiu à igreja local, e não a cristãos individuais, a autoridade de utilizar as chaves do reino ao declarar, até onde lhe é possível saber, quem tem e quem não tem uma profissão de fé crível (Mt 16:15-19; Mt 18:18-20). Quando a igreja local não tem como afirmar que um indivíduo é verdadeiramente um cristão, um cidadão do Reino, deve excluí-lo de sua membresia.

2.3.1. Uma vez que a igreja age de acordo com o que lhe é possível saber, ela não tem, evidentemente, a palavra final da parte de Deus quanto ao destino eterno do indivíduo. O destino eterno de cada ser humano é prerrogativa exclusiva do Deus trino.

2.4. Membresia é submissão. Em razão da autoridade da igreja local, cada membro deve submeter-se a ela quanto à sua condição de verdadeiro discípulo

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de Cristo (ver o guia IGR 002 – termo de compromisso com a IBRVN), não cabendo ao indivíduo renunciar sua membresia quando sujeito à disciplina.

3. QUANDO A DISCIPLINA É NECESSÁRIA?

3.1. A igreja não deve desprezar a disciplina corretiva, nem deixar de repudiar o pecado por causa do seu poder destruidor, mas precisa, antes, nutrir um ambiente em que há amor intenso e disposição para perdoar (1 Pe 4.8); e toda correção precisa ser feita com espírito de brandura, tendo em vista a restauração do indivíduo (Gl 6.1). Ou seja, a disciplina corretiva jamais deve ser realizada por vingança ou outro motivo vil qualquer, mas somente por amor ao indivíduo, à igreja de Deus, e ao próprio Deus.

3.2. Não é por todo pecado que um membro da igreja deve ser disciplinado, e nem é adequado que haja uma lista específica de pecados que incorrem em disciplina. Além disso, não se exige perfeição de um cristão, embora, evidentemente, espera-se mais de cristãos mais maduros.

3.2.1. O processo disciplinar será aplicado pela igreja quando houver manifestação externa do pecado, quando o pecado cometido for considerado grave (quando não se espera que o indivíduo cometa tal pecado), e quando não houver arrependimento genuíno.

3.2.2. Membros injustificadamente ausentes podem ser disciplinados (Hb 10.24-25), uma vez que a pouca frequência, nesses casos, costuma indicar a presença de outros pecados (ver o guia IGR 002 – termo de compromisso com a IBRVN).

3.3. Em relação ao arrependimento, quando a igreja entende que o indivíduo está genuinamente arrependido não deve prosseguir com qualquer forma de disciplina. No entanto, ao perceber que o indivíduo está obstinada e caracteristicamente não arrependido (não apenas temporariamente não arrependido), a igreja deve prosseguir com a excomunhão.

3.4. Quando um pecado for cometido de forma obstinada, deliberada e repugnante, indicativo de uma mente dividida, de modo que a igreja não tenha condições de dar crédito a uma profissão de arrependimento, a igreja deve prosseguir com a excomunhão e esperar que o arrependimento ocorra do lado de fora (pelo menos até a relação de confiança ser restabelecida).

3.5. O indivíduo que se declarar não-cristão não deve ser disciplinado, bastando apenas que seja desligado da membresia da igreja.

3.6. A igreja local só tem autoridade sobre os seus próprios membros. Membros de outras igrejas devem ser disciplinados por suas próprias igrejas.

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3.6.1. A participação da ceia na IBRVN pode ser negada ao indivíduo que, mesmo não sendo membro, está vivendo em flagrante pecado, sem arrependimento.

3.6.2. Caso um membro de outra igreja seja flagrado em pecado, qualquer cristão tem a prerrogativa de informar aquela igreja para que ela tome as medidas cabíveis.

4. PRINCÍPIOS PARA A PRÁTICA DA DISCIPLINA

4.1. Antes de iniciar um processo disciplinar, o benefício da dúvida deve ser concedido aos indivíduos; sem evidências ou testemunhas, não há disciplina e qualquer acusação deve ser desconsiderada.

4.2. Todo processo disciplinar que chega ao nível “igreja” (como na terceira etapa do processo de Mateus 18, por exemplo) deve ser conduzido pelo presbitério da igreja, naturalmente cristãos mais maduros e designados justamente para tarefas como essa.

4.3. O processo disciplinar deve envolver o menor número de pessoas possível para se chegar ao arrependimento do indivíduo, seguindo a progressão exposta em Mateus 18.15-17. Obviamente, no caso de pecados públicos como o de 1 Coríntios 5, os líderes da igreja devem prestar esclarecimentos à congregação quanto ao processo disciplinar.

4.4. Exortações e advertências devem fazer parte do processo de disciplina corretiva, sendo a excomunhão apenas o caso extremo, quando se torna o único procedimento adequado.

4.5. A duração do processo disciplinar depende de quanto tempo é necessário para que a igreja estabeleça que há uma característica (e não somente temporária) ausência de arrependimento.

4.6. A igreja não deve aceitar o pedido de desligamento preventivo de um membro que está sob processo disciplinar, uma vez que a autoridade da doutrina das chaves é concedida à igreja, e não a membros individualmente. Nesses casos, o processo disciplinar não deve ser interrompido.

4.7. O presbitério deve envolver e instruir a congregação no processo disciplinar (caso a igreja ainda não esteja ciente), quando este caminhar para o ato de excomunhão de um membro, para que os membros da igreja tenham ainda a chance de buscar o arrependimento do indivíduo ou para que igreja entenda como deve se relacionar com o indivíduo após sua exclusão.

5. MEDIDAS DISCIPLINARES APLICADAS NA IBRVN

5.1. Processo disciplinar progressivo. O propósito de conduzir o indivíduo ao arrependimento é observado conforme Mateus 18.15-17. A persistência do

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indivíduo em manter-se rebelde e caracteristicamente não arrependido determina sua excomunhão.

5.1.1. O processo se dá em quatro etapas, podendo haver arrependimento em qualquer uma delas. Em caso de arrependimento, o processo é imediatamente interrompido. As etapas são:

 Confrontação por um irmão: o irmão que testemunhou, ou que foi ofendido, ou que tem conhecimento do pecado exorta o irmão em pecado (Mt 18:15);

 Confrontação com duas ou três testemunhas: o irmão da etapa anterior envolve mais uma ou duas pessoas e este grupo de dois ou três exortam o irmão em pecado (Mt 18:16);

 Envolvimento da igreja: somente nesta etapa a igreja é informada. Cabe aos envolvidos conduzirem o assunto em primeiro lugar ao presbitério. O presbitério, caso ainda não estivesse envolvido, conversa com os envolvidos para esclarecer o assunto. Caso persista a condição de pecado, o presbitério comunica a situação à igreja, conferindo oportunidade a todos os membros de exortar e convencer o irmão em pecado. (Mt 18:17)

 Exclusão: Caso, após um prazo determinado pela igreja, não haja arrependimento, a exclusão é votada pelo Conselho. (Mt 18:17-20) 5.1.1.1. O processo progressivo pode ser deflagrado por causa da existência de um pecado específico para o qual não há arrependimento ou também pela presença de uma vida desordenada, em grave desalinhamento ao que se espera do discípulo de Cristo (conforme 2 Ts 3:6;14-15).

5.1.2. Heresias e divisões - Membros que proclamam e divulgam doutrinas heréticas, atuando como falsos mestres no meio da igreja, também precisam ser repreendidos e devem arrepender-se. Para isso, deve-se seguir também o processo progressivo. Entretanto é possível que o processo tenha só duas confrontações e não três (conforme Tt 3:10-11). Isso ocorre porque a primeira abordagem já é feita pelo presbitério da igreja, exigindo que o membro deixe de proclamar falsa doutrina. Uma desobediência ao presbitério faz com que este possa levar o caso à igreja como último recurso. Caso ainda assim, o membro não se arrependa, deixando de proclamar a falsa doutrina, deverá ser excluído.

5.1.2.1. Não é qualquer divergência ou diferença de opinião que pode ser classificada como falsa doutrina. Deve ser algo realmente sério, que compromete o Evangelho ou afronta a teologia da igreja. A presença de divisionismo é outra marca relevante a ser considerada (conforme Rm 16:17). Somente o presbitério poderá avaliar a gravidade e deflagrar um processo desse tipo.

5.2. Exclusão preventiva. Pela gravidade do pecado cometido, a excomunhão do indivíduo é imediata (1 Co 5), com o propósito de preservar e proteger a igreja. Essa medida pode ocorrer de duas formas:

“10 Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez, 11 pois sabes que tal pessoa está pervertida, e vive pecando, e por si mesma está condenada.” (Tito 3:10-11 RA)

“Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles,” (Romanos 16:17 RA) “9 Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho. 10 Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. 11 Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más.” (2 João 1:9-11 RA)

“Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes; [...] 14 Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado. 15 Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o cadverti-omadverti-o irmãadverti-o.” (2 Ts 3:6; 14-15)

“15 Se teu irmão pecar [contra ti], vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. 16 Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. 17 E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano.” (Mateus 18:15-17)

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5.2.1. Exclusão para preservação. O indivíduo que não demonstra arrependimento genuíno é excluído com a finalidade de preservar e proteger a igreja.

5.2.2. Exclusão pastoral. O indivíduo que declara estar genuinamente arrependido, restando ainda dúvidas por parte da igreja quanto ao caráter do arrependimento, é excluído por medida de segurança, mas passa a ser acompanhado mais de perto pela igreja até que possa demonstrar frutos de arrependimento.

5.3. Disciplina pastoral. O indivíduo declara estar genuinamente arrependido, restando ainda dúvidas por parte do presbitério da igreja quanto ao caráter do arrependimento. Neste caso ele é colocado sob um regime disciplinar mais atento e acompanhado mais de perto pelos líderes, com o propósito de ser restaurado e demonstrar frutos de arrependimento (Mt 3.8; Lc 3.8).

5.3.1. A modalidade “disciplina pastoral” é de administração exclusiva do Presbitério e não implica em exclusão da ceia. O Conselho não participa das decisões e o irmão sob disciplina permanece em pleno gozo da comunhão. Tanto a colocação como a remoção da disciplina é decidida pelo presbitério e somente comunicada ao Conselho.

6. IMPLICAÇÕES DA DISCIPLINA

6.1. Membros do Conselho da IBRVN envolvidos em processos disciplinares ficam automaticamente suspensos do Conselho enquanto durar o processo. Isso se aplica a qualquer dos modelos explicitados na seção 5, exceto a modalidade disciplina pastoral (ver artigo 6.2.1).

6.1.1. A suspensão no caso do processo disciplinar progressivo (5.1) só se dá na fase 3 – comunicação à igreja.

6.2. As medidas disciplinares para o caso de disciplina pastoral (5.3) são determinadas e administradas pelo presbitério.

6.2.1. A suspensão ou não da participação no Conselho fica a critério do presbitério nos casos de disciplina pastoral.

6.2.2. A suspensão, caso ocorra, não implica em reinício da contagem de tempo de Conselho para ser membro votante. O irmão retorna à condição original assim que a suspensão é removida. A remoção da suspensão fica a critério exclusivamente do presbitério.

7. COMO RELACIONAR-SE COM PESSOAS EXCLUÍDAS?

7.1. Os indivíduos excluídos da igreja por qualquer medida disciplinar devem ser também impedidos de participar da Ceia.

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7.2. Os relacionamentos com indivíduos excluídos devem mudar substancialmente. Todo contato ou conversa deve ter exclusivamente o propósito de incentivar o indivíduo a voltar à sensatez e arrepender-se. Caso ele expresse verbalmente estar arrependido, qualquer conversa deve ser no sentido de encorajá-lo à retomada de um discipulado consistente em sua vida como um todo e não só na área em que houve pecado.

7.2.1. Em acordo com a soberania das esferas, as relações familiares não são afetadas pelo processo disciplinar eclesiástico.

7.3. Os membros excluídos podem continuar vindo aos cultos públicos para que ouçam a Palavra de Deus. No entanto, a presença destes indivíduos não é adequada em reuniões cujo foco esteja mais centrado na comunhão entre os membros.

7.4. Mesmo declarando-se irmãos em Cristo, os indivíduos que se caracterizam por um estilo de vida pecaminoso, bem como os que propagam falsas doutrinas, devem ser especialmente evitados (1 Co 5; 2 Jo 9-11; Rm 16:17).

8. RESTAURAÇÃO DE PESSOAS EXCLUÍDAS

8.1. A restauração consiste no perdão que a igreja concede ao indivíduo excluído e no testemunho de sua condição de discípulo de Cristo e cidadão do Reino. Quando a igreja está convencida de que o pecador está genuinamente arrependido, pois percebe que há frutos de arrependimento em sua vida, deve perdoá-lo, reintegrá-lo à membresia e atestar sua cidadania no Reino.

8.1.1. Em relação a certas práticas pecaminosas, o arrependimento deve ser demonstrado de forma objetiva; não adianta o indivíduo declarar-se arrependido sem que o demonstre por meio de ações.

8.1.2. Pode haver, dependendo do pecado cometido e a critério do presbitério, a exigência de algum tipo de restauração imposta ao indivíduo reintegrado. Isso será previamente acordado com ele. A recusa em fazer restauração pode ser considerada evidencia de arrependimento não genuíno.

8.1.2.1. Caso o membro reintegrado se recuse a fazer restauração após ter sido orientado desta forma e ter concordado em fazê-la, o presbitério pode propor nova votação de exclusão por haver indicação da não existência de arrependimento genuíno.

8.1.3. O arrependimento de pecados relacionados a padrões de dependência (vícios em geral) observa-se pela estabilização, redução e posterior abandono da prática.

8.2. A restauração é absoluta. Não há cristãos “de segunda classe”; não há diferença entre pessoas que já foram disciplinadas e pessoas que nunca foram

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disciplinadas. Há, no entanto, o cuidado pastoral, em que o indivíduo será orientado a ser mais vigilante nas áreas em que ele demonstrou maior fraqueza.

8.3. A IBRVN não precisa reconhecer a disciplina aplicada por outra igreja local, uma vez que a autoridade relacionada à doutrina das chaves pertence a cada congregação. Mesmo que não seja sábio ou prudente receber um indivíduo disciplinado por outra igreja sem ao menos investigar os motivos pelos quais foi mandado embora, cada congregação é independente e soberana para decidir se recebe ou não o indivíduo.

“Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?” (Hebreus 12.4-7).

Soli Deo Gloria Igreja Batista Reformada Vida Nova

Serv. Antônio Irineu da Silva, 325 Córrego Grande

Florianópolis – SC

ibrvn.com IGR_006 – Disciplina Eclesiástica

Referências

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