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ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO A DISTÂNCIA: ORIENTAÇÕES AOS AUTORES

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ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO PARA PROGRAMAS

ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO PARA PROGRAMAS

DE FORMAÇÃO A DISTÂNCIA: ORIENTAÇÕES AOS AUTORE

DE FORMAÇÃO A DISTÂNCIA: ORIENTAÇÕES AOS AUTORES

Conhecer não é um ato isolado, individual. Conhecer envolve intercomunicação, intersubjetividade. É por meio dessa intercomunicação mediada pelos objetos a serem conhecidos que os homens mutuamente se educam, intermediados pelo mundo real. Paulo Freire

Equipe da Coordenação Pedagógica

Equipe da Coordenação Pedagógica

Cleide Leitão Gustavo Figueiredo Henriette dos Santos Maria Leonor Leal Marisa Teixeira Sheila Nunes Suely Rocha Valéria Fonseca Ministério da Saúde

Fundação Oswaldo Cruz

Escola Nacional de Saúde Pública Programa de Educação a Distância

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Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

Dezembro de 2005

Dezembro de 2005

APRESENTAÇÃO

APRESENTAÇÃO

É com grande satisfação que a Coordenação Pedagógica do Programa de Educação a Distância, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca – EAD/ENSP – apresenta o documento Elaboração de material didático impresso para programas de formação a distância: orientações aos autores.

O presente documento, destinado aos grupos de trabalho envolvidos no processo de produção do material didático dos diferentes cursos do Programa, integra um conjunto de muitos outros que a Coordenação vem construindo, dentre os quais destacamos: Pressupostos do Programa EAD/ENSP; Orientações para os Coordenadores de Curso; Programa de formação de tutores; O papel do tutor no ensino a distância; Passo a passo do Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA.

Todas essas produções estão sendo desenvolvidos com a finalidade de discutir a qualidade na ação dos atores envolvidos nos processos de planejamento, construção, execução e avaliação dos programas de formação a distância.

Equipe de Coordenação Pedagógica Programa de Educação a Distância – EAD

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I. INTRODUÇÃO

I. INTRODUÇÃO

O avanço no campo das tecnologias da informação e da comunicação, iniciado na segunda metade do século passado e impulsionado pelo desenvolvimento acelerado de novos instrumentos e recursos da informática, tem causado grande impacto em todos os âmbitos da atividade humana: na cultura, na economia, nos meios de comunicação, na gestão de empresas, na direção dos serviços públicos e no funcionamento do sistema político.

A análise do uso dessas tecnologias, nos diversos âmbitos, e as transformações profundas que elas imprimem são a chave para compreender as características marcantes da sociedade atual e para desenvolver, de forma competente, qualquer atividade profissional.

No campo da Educação, a conexão promovida por essas tecnologias, entre os diversos sistemas sociais, econômicos, políticos e culturais nos impulsiona a superar as barreiras disciplinares tradicionais, integrando diversas perspectivas teóricas, ferramentas metodológicas e experiências profissionais.

O Programa de Educação a Distância, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca – EAD/ENSP – é uma iniciativa estratégica de formação e qualificação em saúde, que oferece oportunidades de alto nível aos profissionais, de forma integrada ao seu processo de trabalho. Com isso, visa colaborar para a construção e consolidação do Sistema Único de Saúde – SUS – com mais eficácia, eficiência e eqüidade, fundamentando-se em três dimensões interdependentes: o material didático, o sistema de gestão acadêmica e a tutoria/orientação da aprendizagem.

Este documento tem como objetivo orientar o desenvolvimento de parte de uma dessas três dimensões – a do material didático impresso –, estabelecendo princípios para a sua construção pelos autores e garantindo a uniformidade da política pedagógica e da filosofia educacional adotada pelo EAD/ENSP.

Podemos afirmar que o sucesso de um curso a distância é diretamente proporcional à sua qualidade pedagógica. E no caso específico dos materiais didáticos impressos – de que trata este documento – compreendemos a qualidade pedagógica não só no sentido da forma, do conteúdo e do alcance dos objetivos, mas, fundamentalmente, na possibilidade de utilização de materiais interativos, estimulantes, compreensíveis e atraentes.

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Os ambientes de aprendizagem a distância, compostos pelas diversas mídias – material impresso, áudio-visual, CD-Rom etc. –, precisam favorecer o desenvolvimento do conhecimento interdisciplinar, da intuição e da criatividade.

II. PRESSUPOSTOS TEÓRICO-CONCEITUAIS

II. PRESSUPOSTOS TEÓRICO-CONCEITUAIS

O referencial político-pedagógico adotado pelo EAD/ENSP fundamenta-se nos princípios básicos do construtivismo, cuja premissa essencial é a de que o indivíduo é agente ativo de seu próprio conhecimento. Isto é, ele constrói significados e define sentidos de acordo com a representação que tem da realidade, a partir de suas experiências e vivências em diferentes contextos.

Estas representações sobre a realidade, no entanto, estão constantemente abertas a mudanças e suas estruturas formam as bases sobre as quais novos conhecimentos são construídos.

Esse pressuposto assume a perspectiva de que o processo de formação tem como eixo fundamental o pensamento crítico e produtivo, e parte do conceito de atividade consciente, em que a ação intencional do aluno, na resolução de problemas do mundo real, em diversas instâncias – técnica, interpessoal, política, social etc. – é construída a partir de uma enorme gama de conhecimentos e metodologias que ele articula, mobiliza e usa, quando se depara com um problema que precisa ser resolvido no exercício de sua atividade.

O programa de formação a distância da EAD/ENSP é desenvolvido em um ambiente de interação que busca oferecer uma série de materiais e atividades: textos básicos, listas, fóruns, exercícios, situações-problema geradas a partir do contexto e do processo de trabalho do aluno. Portanto, um programa de educação a distância em saúde, com o uso de redes, deve ser compreendido como um novo paradigma para a organização social de um campo de conhecimentos e práticas com perspectivas de formação, intercâmbios de experiências, acesso a materiais e informações.

Configura-se, assim, como um espaço aberto, permitindo a participação ativa de todos os seus integrantes em condições de igualdade, migrando-se, progressivamente, da noção de curso (pontual) para a de programa de formação, estruturado em unidades de aprendizagem/módulos que possibilitam ao aluno estabelecer sua trajetória, baseado na realidade de seu processo de trabalho.

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O EAD/ENSP assume como prerrogativa, no processo de construção do material educativo, uma postura descentralizadora e participativa, buscando uma aproximação com a realidade local vivenciada pelos alunos/profissionais. Compreendemos que, ao estabelecer uma relação de informalidade e cordialidade, estamos estimulando e favorecendo o processo de construção coletivo e possibilitando a construção de materiais didáticos com uma concepção interdisciplinar, que busca personalizar os estudos a partir de casos, relatos de experiências e exemplos contextualizados em termos geográficos, e não somente o conhecimento científico clássico. Na educação a distância, o material didático assume o papel de fio condutor, já que organiza o desenvolvimento e a dinâmica de todo o processo de ensino-aprendizagem.

No desenvolvimento de materiais didáticos pelos autores, a interdisciplinaridade pode ser alcançada na apresentação de problemas reais enfrentados pelos alunos em seu cotidiano e no desenvolvimento do seu processo de trabalho. É exatamente na resolução de problemas concretos, oriundos da vida real, que as diversas disciplinas interagem entre si e possibilitam ao aluno o desenvolvimento de novas competências profissionais.

É, portanto, um desafio, oferecer metodologias que estimulem a busca de novos conhecimentos pelo aluno. Nesta perspectiva, o material didático não precisa conter todos os conteúdos e todas as possibilidades de aprofundamento da informação oferecida, já que a lógica de organização enciclopédica dos conhecimentos vem perdendo força a cada dia em nossa sociedade, uma vez que as tecnologias de comunicação e de informação possibilitam acesso rápido e difuso a conteúdos de alta qualidade.

Deste modo, mais importante que ofertar todos os conteúdos de um curso em seu material didático, é oferecer aportes teóricos e estratégias metodológicas, em uma perspectiva interativa, que motive o aluno à busca de conhecimentos e o estimule a resolver as estratégias pedagógicas, possibilitando, assim, o desenvolvimento de competências profissionais.

IV. ORIENTAÇÕES GERAIS

IV. ORIENTAÇÕES GERAIS

Procurando subsidiar, de modo mais específico, a produção de material didático impresso destinado aos programas de formação a distância promovidos pela EAD/ENSP, destacamos algumas orientações relacionadas aos seguintes aspectos:

- objetivos do material didático - Termo de Referência

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- linguagem

- articulação forma-conteúdo

- abordagem baseada em problemas/casos - atividades de avaliação

- estrutura

-

formato

-

fonte, parágrafo e entrelinhas

A) Objetivos do material didático

Ao iniciarmos o processo de concepção e produção de qualquer material didático, é necessário ter em mente os objetivos que pretendemos atingir com aquele material, junto ao público-alvo. Dentre esses objetivos, vale salientar:

proporcionar os conhecimentos fundamentais para a compreensão crítica dos problemas e para a intervenção no contexto social, político e cultural em que eles são produzidos;

 estimular a reflexão sobre os meios, recursos e estratégias de transformação da realidade vivenciada no processo de busca de novos conhecimentos para a resolução dos problemas;

 fornecer conteúdos mínimos que possibilitem a organização do conhecimento prévio trazido pelo aluno, indicar referências e, principalmente, estimular o próprio aluno a buscar novos conteúdos;

 fornecer ferramentas e informações necessárias à pesquisa qualificada de novos conteúdos, a partir das necessidades reais do aluno;

 facilitar a aquisição das competências técnicas específicas, como, também, estimular o desenvolvimento de competências necessárias ao trabalho em equipe, à atitude de liderança e à ética profissional;

 promover a integração entre as unidades de aprendizagem, a partir de uma abordagem que considere diferentes estratégicas metodológicas, tais como: resolução de problemas, estudos de casos, reflexões sobre a experiência e/ou sobre o aporte teórico, pesquisa, planejamento de ações;

 estimular a participação do aluno na comunidade virtual de aprendizagem;  estimular a relação tutor-aluno e aluno-aluno;

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 promover a reflexão sobre o processo de trabalho do aluno, instrumentalizando-o para o desenvolvimento de uma nova prática profissional.

B) Termo de Referência das Unidades de Aprendizagem do Curso

Na construção de um curso, no âmbito da EAD/ENSP, o Termo de Referência é o documento que organiza e planeja as Unidades de Aprendizagem que compõem a estrutura programática do curso, sendo cada uma dessas unidades de responsabilidade de um grupo de autores.

Assim, ao iniciar a elaboração do material didático de um determinado curso, é importante considerar o Termo de Referência de cada Unidade de Aprendizagem, o qual servirá de balizamento para a construção do material, em todas as suas etapas. É nele que os autores vão consultar os objetivos e as competências que se busca desenvolver naquela Unidade de Aprendizagem, em especial, e, também, no curso como um todo.

C) Princípios pedagógicos

Considerando o referencial político-pedagógico adotado pelo EAD/ENSP, que se fundamenta nos princípios básicos do construtivismo, podemos sinalizar os princípios pedagógicos a serem observados na construção do material didático utilizado nos cursos do EAD.

 Construção dos textos do material a partir dos princípios pedagógicos que

fundamentam os cursos do EAD/ENSP

Significa dizer que, para o aluno construir o seu conhecimento, é necessário partir das suas experiências, de suas vivências, de seu processo de trabalho, para que, a partir deles, o aluno possa refletir sobre sua prática. Portanto, a partir da temática a ser trabalhada, é importante questionar o aluno sobre seus conceitos, vivências e percepções, favorecendo um movimento de prática-teoria-prática.

 Possibilidade de o aluno assumir um papel ativo dentro do processo de

ensino-aprendizagem

Tendo em vista que lidamos com um profissional-aluno, é importante convocá-lo a analisar o contexto profissional no qual se insere, identificar os problemas de sua realidade de trabalho, priorizá-los e buscar solucioná-los. Neste contexto de aprendizagem, a teoria ganha sentido, pois subsidia a compreensão dos problemas,

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contribuindo para avançar na busca de resolução desses problemas – aprendizagem significativa.

 Respeito aos conceitos-chave do curso e das Unidades de Aprendizagem

A observância deste princípio, no processo de produção de um material didático, facilita o desenvolvimento do conteúdo, evitando que os autores se excedam em aspectos que possam ser irrelevantes para o desenvolvimento daquele tema, além de nortear a elaboração das atividades.

D) Linguagem

A produção de um material didático sempre precisa ser cuidadosa em relação à linguagem de seus textos, qualquer que seja o nível curso ou o grau de escolaridade de seu público-alvo. Ressaltamos, nos itens que seguem, alguns desses cuidados.

Privilegiar uma linguagem clara, objetiva e coloquial, adequada às características da clientela, especialmente quanto ao nível de escolaridade, idade e interesses.

Isto permite uma leitura leve e agradável, de fácil compreensão, uma vez que o aluno estará estudando a distância e a referência cultural de processos educativos que ele tem normalmente é o ensino presencial. Além disso, esse tipo de linguagem possibilita uma sensação de maior proximidade com os autores e, conseqüentemente, com o curso, visto que o material é uma das vias de materialização da figura do docente.

Elaborar o texto de forma a dialogar o máximo possível com o aluno.

Algumas estratégias podem ser adotadas na produção de um material didático, de modo a garantir a dialogicidade do texto, e que vão ao encontro dos princípios pedagógicos adotados pelo EAD/ENSP. Dentre essas estratégias podemos adotar, por exemplo, a inclusão de questionamentos, questões para reflexão ou pequenas atividades voltadas para a realidade de trabalho ou de vida do aluno.

E) Articulação forma-conteúdo

A busca da articulação entre forma e conteúdo deve ser uma preocupação constante, ao se construir um material didático, qualquer que seja a natureza do curso.

Nesse sentido, é importante que os autores se perguntem sempre: - Como podemos desenvolver melhor este determinado conteúdo?

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- Que recursos podem ser utilizados? Figuras, fotografias, mapas, diagramas, gráficos, tabelas? Filmes e vídeos? Outras linguagens, como, por exemplo, poesias, músicas, pequenos contos, relatos de experiências, pinturas, quadrinhos, jornais, desenhos?

É importante lembrar que esses recursos devem ser selecionados e incluídos no material sempre na perspectiva de agregar elementos que possam contribuir para a reflexão e o enriquecimento do assunto tratado.

Portanto, quando adequadamente selecionados, os recursos apóiam a difícil tarefa de tornar o estudo mais prazeroso, pois podem ajudar a dar “asas aos pensamentos e aos sentimentos”.

Os recursos incluídos no material didático devem vir acompanhados das respectivas fontes e datas, quando for o caso.

F) Abordagem baseada em problemas/casos

Como já vimos, a formação do aluno do Programa de Educação a Distância parte do conceito de atividade consciente, em que a ação intencional do aluno, na resolução de problemas do mundo real, em diversas instâncias – técnica, interpessoal, política, social etc. – é construída a partir de uma enorme gama de conhecimentos e metodologias que ele articula, mobiliza e usa, quando se depara com um problema que precisa ser resolvido, no exercício de sua atividade.

Nesse sentido, ao se adotar a abordagem baseada em problemas/casos é importante atentar para os seguintes aspectos na elaboração de casos :

 selecionar fatos reais, possíveis de o profissional se deparar em seu campo de trabalho e que sejam representativos da complexidade deste campo;

 buscar construir um "esqueleto" do curso, tentando relacionar os casos selecionados com as competências que ele visa desenvolver. Este exercício possibilita avaliar se o conjunto de atividades (casos) atende aos objetivos do curso e ao desenvolvimento das competências necessárias ao perfil de saída do profissional;

 descrever, em detalhes, o contexto e a história que envolve o caso selecionado, para que o aluno tenha elementos suficientes para compreender as diversas dimensões que envolvem a prática profissional e, portanto, sua complexidade;

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 elaborar questões que conduzam o aluno à reflexão e ao questionamento, de tal forma que ele se envolva com a situação-problema, buscando analisá-la e sentindo-se desafiado a encontrar soluções. Sendo assim, as questões devem remetê-lo à prática, à articulação teoria-prática para uma atuação profissional consistente.

G)Atividades de avaliação

As atividades de avaliação propostas no material didático devem refletir o sistema de avaliação definido para o curso. Este sistema, por sua vez, precisa considerar os seguintes aspectos preconizados pelo Programa de Educação a Distância da ENSP, numa perspectiva de avaliação que pretende envolver todos os participantes como sujeitos do processo:

 a avaliação do processo educativo não é um fim em si mesma; é parte indissociável da própria concepção pedagógica;

 o desenvolvimento da compreensão sobre avaliação como formativa, processual e possibilitadora de mudanças;

 a clareza nos critérios de avaliação, os quais devem estar em consonância com o regimento da Instituição Formadora, com o nível do curso e certificação;

 o uso de diferentes formas de avaliação (relatórios, sínteses, reflexões, elaboração de textos, pesquisas etc.) como instrumentos que devem auxiliar o aluno/grupo/tutor a avançar no processo de construção do conhecimento;

 e, finalmente, a relação necessária entre as atividades de avaliação escolhidas e os objetivos e competências estabelecidos para cada Unidade de Aprendizagem e/ou módulo.

H)Estrutura

A estrutura do mater

ial didático, ou seja, o modo como o conteúdo é organizado e apresentado ao aluno, deve ser definida antes de os autores iniciarem a elaboração dos textos propriamente dita. Nesse processo, algumas reflexões se fazem necessárias, como destacamos aqui.

Analisar o conteúdo e as atividades da Unidade de Aprendizagem sob a responsabilidade daquele grupo de autores, tendo em vista as demais Unidades e, também, o curso como um todo. Nesse processo de análise, que possibilita a busca da coerência interna do material, é importante, por exemplo, identificar os links entre as

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Unidades; as possíveis articulações que favorecem a “costura” e a constituição da unidade do curso.

Construir um material que amplie a visão do aluno, que permita o aprofundamento dos assuntos principais, fornecendo sempre uma vasta bibliografia de apoio, sugestões de sites para navegação, textos para complementação dos assuntos abordados etc.

 Estruturar o material de forma clara, que propicie fácil manuseio e identificação de cada uma de suas partes/elementos.

 Prever a inclusão, no material didático, de seções especiais, como, por exemplo, de questões para reflexão, de dicas, de glossário etc., que se constituem recursos para maior interação do aluno com o material; para dialogar com o texto; e, ainda, para facilitar a navegação e articulação dos conteúdos. Estas seções, definidas principalmente em função dos objetivos e conteúdos do curso e do público a que ele se destina, devem ser apresentadas de modo a serem claramente identificadas/percebidas pelo aluno quanto ao que elas propõem, devendo estar em perfeita harmonia com o conteúdo e a estrutura do material. Nesse sentido, vale destacar a importância de se buscar um equilíbrio entre a variedade de seções definidas para um mesmo material didático impresso, como, também, entre o número de cada uma delas, lembrando que o excesso pode “poluir” o material e/ou comprometer a clareza e a objetividade dos assuntos tratados.

Dentre os itens que podem compor a estrutura de um material didático, sugerimos aqueles considerados básicos, embora outros também possam ser agregados, tendo em vista as especificidades do curso a que o material se destina. São eles:

 Sumário

o geral, abrangendo os grandes itens contemplados no material

o objetivo, apresentando, preferencialmente, títulos e subtítulos até o terceiro nível da hierarquia de títulos

Apresentação e/ou Introdução

o traz considerações gerais dos autores (ou da chefia da EAD/ENSP) sobre a obra: objetivos do material/curso, importância dos temas tratados, contexto em que a publicação se situa; agradecimentos (se for o caso).

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o pode ser incluída mais de uma apresentação no material. Por exemplo, uma de natureza institucional, assinada pela direção da EAD/ENSP; e outra com uma abordagem pedagógica, assinada pela equipe de coordenação do curso.

Unidades de Aprendizagem (I, II, III etc.)

o cada unidade pode ter uma página especial de abertura (opcional), que traria, no mínimo, os seguintes elementos: título da unidade, seu respectivo número e os títulos dos subitens que ela compreende.

o Mapa Referencial da Unidade – vem logo após a página de abertura da unidade (caso exista), trazendo informações sobre os grandes blocos temáticos da unidade e os principais assuntos tratados em cada um deles. o desenvolvimento da Unidade propriamente dito, com as atividades ao

longo e outras ao final, que necessariamente serão enviadas ao tutor para correção e aferição de nota/conceito.

Referências bibliográficas

o podem ser apresentadas para o material como um todo e, nesse caso, devem vir ao final de todos os textos e antes dos anexos;

o também podem ser específicas para cada Unidade de Aprendizagem do curso, sendo apresentadas ao final delas.

Anexos

Ainda em relação à estrutura do material didático, é necessário lembrar que existem critérios editoriais pré-definidos para os elementos que deverão compor as capas e as páginas iniciais do material, que antecedem o sumário. No Anexo é possível consultar o que deve constar em cada uma dessas capas/páginas iniciais.

I) Formato

Em se tratando de um material didático impresso, o seu formato está diretamente relacionado ao seu feitio, às suas dimensões (largura e altura) expressas em centímetros.

O formato é geralmente definido pelos autores em conjunto com o designer, não só em função da estética mas, principalmente, do objetivo do material, do conteúdo que será

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veiculado, do público-alvo do curso e da economia de papel, tendo em vista o tipo de corte que será efetuado.

São exemplos de formato de material didático impresso:

- formato A4 – bastante usual, com dimensões de 21 x 29,7cm

- formato oblongo – aquele em que a largura da página é maior que a altura

- formato almaço – com dimensões de 33 x 44cm, peculiar ao papel almaço, e que, dobrado ao meio, produz o formato ofício

- formato tablóide – correspondente à metade do formato corrente de um jornal

J) Fonte, parágrafo e entrelinhas

Embora o projeto gráfico de um material didático impresso defina a fonte, o parágrafo e o entrelinhamento que serão adotados nos textos, nos títulos, nas legendas das figuras, nas notas de rodapé etc., é recomendável que o original entregue à empresa encarregada da produção gráfica seja digitalizado segundo alguns critérios, visando normalizar e, assim, facilitar a transposição do texto para o programa de edição apropriado.

Dentre os critérios para a digitalização dos originais do material didático, em sua forma final, ressaltamos alguns mais relevantes:

-

editor de texto – Word

-

fonte – Times New Roman , corpo 11

-

parágrafo – justificado

-

entrelinhas – 1,5

-

caixa alta e baixa (Cab) – usar em todo o material, ou seja, nos textos, títulos, legendas de figuras etc.

 Recomendação

Cada módulo ou outro componente de uma Unidade de Aprendizagem apresentar um número médio de 10 a 15 laudas.

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V. CONSIDERAÇÕES FINAIS

V. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o objetivo de estimular os autores a fazerem uma auto-avaliação do material didático produzido, nas suas diferentes etapas de elaboração, sugerimos algumas questões para problematização.

 Os conteúdos estão dando suporte ao desenvolvimento das competências identificadas?  A linguagem está clara, compreensível, propiciando entendimentos e reflexões?

 As estratégias pedagógicas propostas (atividades, questões para reflexão, uso de imagens, casos etc.) possibilitam que o aluno realize uma atividade consciente, reflexiva e crítica?

 O material permite partir do contexto do aluno, de suas experiências e vivências para que, a partir delas, ele possa construir o seu próprio conhecimento?

 As atividades de avaliação estão contemplando todo o percurso do processo educativo?

O fato de hoje serem priorizadas as tecnologias eletrônicas de ponta é facilmente justificável porque encontra amparo em razões bem conhecidas e fundadas, mas isso não implica exclusão ou refutação de qualquer outra tecnologia educacional, independentemente de sua geração.

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VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, Antônio Ivo e DUPRET, Lúcia Maria. Modelo e Diretrizes Estratégicas para formulação de cursos a distância : a experiência da Escola de Governo –

ENSP/FIOCRUZ. ABED, 2004.

HILDENBRAND, Lucí e LEITE, Lígia Silva. Material didático impresso como elemento do Sistema de Comunicação em EAD. Disponível em

http://www.artmed.com.br/patiooline/frconteudopatio.php?=11668secao=548pai=53 . Acessado em 28/12/2005.

HOLANDA FERREIRA, Aurélio Buarque. Novo dicionário eletrônico Aurélio. Versão 5.0. Curitiba: Positivo Informática Ltda., 2004.

KRITZ, Sonia. Utilização de Material Didático. In: GONÇALVES, Maria Helena Barreto (Org.). Competências básicas: Programa de Desenvolvimento de Docentes. Rio de Janeiro: Editora Senac Nacional, 2000.

SENAI/Departamento Regional de São Paulo. Manual de elaboração de material didático impresso. São Paulo: Senai/SP, 1994.

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A N E X O

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CAPAS E PÁGINAS INICIAIS DE UM MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO

1) Capa

- Apresenta os seguintes elementos:

o título específico do material, caso exista

o título do curso, se os autores/designer considerarem necessário/interessante - Pode também incluir outros textos definidos pela equipe de autores/designer. Por

exemplo: título das unidades de aprendizagem; número ou nome do módulo; a quem o material se destina etc.

2) Segunda Capa – Verso da capa

- Geralmente em branco

3) Página 1 – Folha de rosto

- Na parte superior da página, geralmente centralizado – incluir nome do Ministério - No miolo da página – Repetir os títulos principais da capa, com a mesma formatação.

Dependendo do projeto gráfico do material, pode manter ou não alguns elementos gráficos da capa, como, por exemplo, fios, ilustrações, logomarca do curso etc. - Na parte inferior da página, geralmente centralizado – incluir o nome do município,

estado e ano da edição - Exemplo de segunda capa

Ministério da Saúde Curso de YYYYYYYYY Curso de YYYYYYYYY YYYYYYYYYYYYYYYYYYY YYYYYYYYYYYYYYYYYYY YYYYYYYY YYYYYYYY Livro do Tutor Rio de Janeiro – RJ 2006

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4) Página 2 – Verso da folha de rosto

-

Apresenta os créditos institucionais gerais

-

Exemplo de verso de uma folha de rosto.

Governo Federal

Governo Federal

Ministro de Estado de Saúde José Saraiva Felipe

Demais créditos, considerando especificidades do curso

Fundação Oswaldo Cruz

Fundação Oswaldo Cruz

Presidente

Paulo Marchori Buss

Vice-Presidente de Ensino, Informação e Comunicação Maria do Carmo Leal

Diretor da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca Antonio Ivo de Carvalho

Coordenadora do Programa de Educação a Distância – ENSP Lucia Maria Dupret

Outra instituição parceira/programa, se for o caso

Outra instituição parceira/programa, se for o caso

Créditos correspondentes





Atenção

Atualizar os créditos no momento de impressão do material.

5) Página 3

-

Apresenta os créditos institucionais específicos

-

Exemplo de página 3

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Curso de YYYYYYYYY

Curso de YYYYYYYYY

Créditos, conforme especificidades do curso. Exemplo:

Coordenação Nacional

Coordenação Nacional (ou

Coordenação Geral

Coordenação Geral

etc.)

Nome(s) por hierarquia

Coordenação dos Núcleos Regionais

Coordenação dos Núcleos Regionais

Nome do núcleo por ordem alfabética e respectivo nome do coordenador

Equipe de Coordenação

Equipe de Coordenação

Nomes em ordem alfabética

Apoio Administrativo

Apoio Administrativo

Nomes em ordem alfabética

Coordenação Pedagógica

Coordenação Pedagógica

Nomes dos elementos da equipe envolvidos no curso/produção do material didático

Grupo de Avaliação

Grupo de Avaliação

Nomes em ordem alfabética

6) Página 4 – Verso da página 3

- Apresenta a autoria do texto do material: organizadores ou coordenadores; autores; colaboradores etc.

- Dependendo das especificidades do material, a relação dos nomes da autoria pode ser geral, para o material como um todo, ou agrupada por outro critério: por unidades de aprendizagem; por módulos etc.

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7) Página 5

- Apresenta a relação dos tutores-validadores, se for o caso, ou outros créditos correspondentes/similares

- Nomes relacionados em ordem alfabética

8) Página 6 – Verso da página 5

- Apresenta, essencialmente:

o copirraite, na parte superior da página o créditos relativos à editoração do material o ficha catalográfica

o instituições responsáveis pela elaboração, distribuição e informação - Exemplo de página 6

Título do material

2005 Fundação Oswaldo Cruz

Todos os direitos dessa edição reservados à ....

Créditos de autoria da editoração. Por exemplo: Capa:

Projeto gráfico: Ilustrações: Fotos:

Editoração eletrônica:

Revisão de texto (ou revisão gramatical): Revisão editorial:

Outros necessários, conforme projeto gráfico Ficha catalográfica

Nome das instituições responsáveis pela elaboração,

distribuição e informação (vem antes ou depois da ficha):

- endereço completo; - telefone e fax;

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9) Página 7 (ou outra página ímpar)

- Apresenta o sumário do material como um todo

- Deve vir, necessariamente, em página ímpar, por ser considerada a “página nobre” do material

10) Página 9 (ou outra página ímpar seguinte à do sumário)

- Destinada à apresentação do material

- Deve estar, necessariamente, em página ímpar

- Se o material apresentar mais de uma apresentação, cada uma delas deve iniciar em página ímpar

 Atenção

A numeração das páginas do material, em geral, começa a aparecer somente aqui, na página da apresentação.

11) Terceira capa

- Geralmente sem impressão

11) Quarta capa

- Apresenta logos das instituições envolvidas no curso/produção de material didático, indo da direita para a esquerda em ordem de importância hierárquica

- Também pode conter um texto divulgativo da obra; uma resenha etc.

13) Outros comentários

- A partir da apresentação, são introduzidos os componentes específicos do material, tal como definido em seu projeto/estrutura. Por exemplo: introdução, orientações ao aluno, unidade de aprendizagem, atividades de avaliação, textos complementares etc.

- Cada um desses componentes deve iniciar, preferencialmente, em página ímpar. - Para uma melhor estruturação do material e também para facilitar o seu manuseio

pelo aluno, cada um dos elementos acima referidos pode vir “separado” por uma página especial de abertura. Essa página pode incluir, por exemplo:

o o título daquela “parte” (introdução, orientações gerais, unidade de aprendizagem etc.)

o os subitens daquela “parte”, caso existam. Sugerimos não usar, aqui, o termo sumário, pois pode confundir com o sumário da obra como um todo.

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Referências

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