Fevereiro de 2013
Claramente, fevereiro foi muito distinto do primeiro mês de 2013. Se em janeiro os mercados globais reagiram de forma favorável diante de sinais animadores da economia, o segundo mês do ano trouxe diversas incertezas pela frente. Começando pela Europa, o resultado da eleição para o parlamento italiano trouxe de volta o risco político. Isso
porque nenhum partido/coalisão saiu-se vencedor,
inviabilizando assim a formação de um governo forte, Também voltaram à cena figuras populistas, contrárias à austeridade fiscal com votações expressivas. Sem dúvida, o recado parece bem claro: os cidadãos estão cansados de muito sacrifício, com pouco ou nenhum retorno (leia-se baixo crescimento econômico e elevado desemprego). O mercado de ações reagiu de forma mista, com Frankfurt e Paris caindo 0,44% e 0,26%, respectivamente, e Londres subindo 1,34%. E o Euro que atingiu quase 1,37 por dólar americano desvalorizou -3,84%, fechando o mês cotado a EUR / USD 1,3066.
Nos EUA, o debate para evitar os cortes automáticos no orçamento falhou, e agora a economia estará sujeita a restrições fiscais que podem reduzir o consumo e diminuir a eficiência da economia americana nos próximos meses. Estima-se que o impacto possa atingir 0,60% do PIB e represente mais um risco para a recuperação gradual que tem marcado a economia America. Em seu pronunciamento ao senado, o Bernanke deixou claro que pretende manter os estímulos à economia e não tem intenção de elevar os juros antes do esperado. Neste contexto, o S&P continuou sua trajetória de alta, subindo 1,11% no mês, e as treasuries de 10 anos fecharam 10,90 bps, com taxa de 1,876% a.a. O petróleo caiu 6,03% no mês, cotado a USD 92,05 o barril
Na Ásia, o Japão nomeou o novo presidente do Banco do Japão, confirmando o caminho de continuar a estimular a economia através de medidas monetárias expansionistas, com o objetivo de quebrar o ciclo deflacionário que atinge a economia. Apesar das expectativas positivas, com melhores projeções de crescimento, o desafio parece bastante grande. E na China, o PMI de manufatura de fevereiro registrou ligeiro recuo, o que sinaliza uma perda de força na manufatura, resultado do efeito adverso de um cenário global complicado. No mês, a bolsa de Xangai caiu 0,83%, enquanto Tókio subiu 3,78%. JPY desvalorizou 0,93% no mês, cotado a 92,56. E o índice CRB de commodities teve queda de 2,81% no mês.
No Brasil, a inflação corrente seguiu persistentemente alta, mesmo com queda nos preços administrados. O último número do IPCA 15 registrou alta de 0,68% a.m acima das expectativas de mercado. O BC, por sua vez, continua enfatizando que o controle da inflação é foco, que o principal instrumento da política monetária é a taxa de juros, e que os ciclos da Selic não foram abolidos, numa tentativa de gerenciar as expectativas inflacionárias dos agentes econômicos. Por outro lado, a atividade econômica continuou fraca e sem sinais claros de recuperação consistente. O PIB de 2012 registrou crescimento de somente 0,90%. Apesar de alinhado com as últimas expectativas, está aquém do desejado. Neste contexto, o Ibovespa teve novo mês negativo, com queda de 3,91%, enquanto que no mercado de juros a curva pré-fixada abriu 35 bps na parte curta, e 20 bps na parte longa. Na curva de juros reais, esta sofreu abertura média de 60 bps na parte curta e 20 bps na parte longa. O BRL apreciou-se 0,65% no mês, cotado a BRL / USD 1,9785.
O quadro externo sugere que as políticas monetárias expansionistas deverão continuar em todos os cantos do mundo, a despeito de um cenário econômico melhor. As incertezas fiscais nos EUA, e a volta do risco político europeu praticamente não deixam espaço para os bancos centrais alterarem suas políticas de estímulo monetário. No
uma inflação mais elevada, com juros estáveis, não pode ser descartada. Neste sentido, continuamos preferindo ativos atrelados à inflação, especialmente com horizonte de retorno de médio prazo. Quanto ao mercado de ações, apesar de um cenário mais incerto, mantemos uma visão otimista, especialmente nos setores financeiro, imobiliário,
Variação CDI IBOV IBX-50 IBX-100 US$ Mensal – Fev/2013 0,48% -3,91% -4,03% -2,89% -0,65% Ano 1,07% -5,79% -4,40% -2,67% -3,56% Variação IGP-M IPCA-15 IRF-M IMA-Geral IMA-B Ano 0,63% 1,57% 0,05% 0,08% -0,34% Mensal – Fev/2013 0,29% 0,68% 0,04% -0,29% -0,88%
2
EXCLUSIVE FI REFERENCIADO DI
O fundo fechou o mês com boa rentabilidade, ao render 0,4880%. Obtivemos sucesso na estratégia de reduzir a participação das LTNs casadas com DI e substituir por LFT. O alto diferencial da taxa Selic para o CDI mantêm a atratividade de nossa aposta. O fundo fechou fevereiro com 92,19% em LFT, 2,03% em LTN casada com DI e 5,78% do PL em operações compromissadas.
PREMIUM FI RENDA FIXA
O fundo encerrou o mês com rentabilidade de 0,4762%. Durante o mês zeramos as posições em CDB´s e aumentamos em DPGE, LF e debêntures. A participação em LFT ficou em 44,78%.
EXCELLENCE FI RF CRÉDITO PRIVADO
Em fevereiro, o fundo obteve ótima rentabilidade, com rendimento de 0,4988%. Houve aumento na carteira de crédito e os destaques na rentabilidade foram as debêntures, LF´s e os DPGE´s. Realizamos compra de Letra Financeira Subordinada do Banco do Brasil com prazo de 6 anos e taxa de 111% do CDI. A carteira encerrou o mês com alocação de 19,24% em CDB, 9,60% em DPGE, 30,52% em Letra Financeira e 15,22% do PL em debêntures.
FI RENDA FIXA ATIVO
O principal destaque do fundo no mês de fevereiro foi:
• Redução da posição dada na parte intermediária da curva de taxas pré-fixadas;
O mês de fevereiro foi marcado por alta volatilidade no mercado de juros. O IPCA-15 fevereiro de 0,68%, acima das expectativas do mercado e as declarações das autoridades monetárias enfatizando que os juros são o principal instrumento de política monetária, fizeram as taxas prefixadas curtas abrirem com mais intensidade que as taxas longas, em um movimento de diminuição da inclinação da curva de juros e com a curva precificando aumento da taxa SELIC nas reuniões de abril e maio. Com isso em mente, decidimos reduzir posição dada no DI jan/15, dado o aumento de probabilidade do BACEN subir os juros no curto prazo. Essa estratégia contribuiu negativamente para o fundo no mês.
No mercado de juro real, a redução da energia elétrica resultou na reprecificação das inflações implícitas das NTN-Bs para baixo, com forte elevação das taxas curtas e intermediárias e leve alta na parte longa. Continuamos sem exposição neste ativo, principalmente porque avaliamos que o período de IPCA mais elevado ficou para trás, e pelo risco de redução significativa dos preços agrícolas no curto prazo, que vem exibindo comportamento bastante distinto de períodos anteriores.
CRÉDITO ATIVO FI RENDA FIXA
A rentabilidade do fundo ficou um pouco acima do CDI em fevereiro. No mês realizamos compra de Letra Financeira Subordinada do Banco do Brasil. O fundo encerrou o mês com alocação de 8,57% em CDB´s, 3,85% em DGPE´s, 32,26% em Letras Financeiras e 3,82% do PL em debêntures. Para março, pretendemos aumentar a alocação em crédito em operações de curto e médio prazo.
INFLATIE FI RENDA FIXA LP
O fundo rendeu este mês -0,626% contra -0,876% do IMA-B. Comentários do governo de preocupação com a inflação e de que os juros não são fixos levaram à forte abertura das taxas e perdas para o fundo. Em relação ao benchmark o posicionamento mais concentrado nos vencimentos entre 2030 e 2050 e menos entre 2015 e 2020 favoreceu o fundo. Esta diferença de alocação já foi bem reduzida. Operações de arbitragem de juros também tiveram boa contribuição no ganho este mês. O fundo está 0,48 anos mais longo do que o IMA-B, que tem duration de 8,46 anos. A perspectiva para o fundo é bastante favorável, dado que o mercado já precifica alta da taxa Selic ainda no 1º semestre/13 e acreditamos que os dados de atividade não sancionam esta alta.
ABSOLUTO FIC FI MULTIMERCADO
Os principais destaques nas estratégias do fundo no mês de fevereiro foram: • Redução da posição dada na parte intermediária da curva de taxas pré-fixadas; • Manutenção da estratégia de venda de USD contra EUR e JPY;
• Montagem de carteira direcional de ações;
Juros
Na estratégia de juros, optamos por reduzir posição dada no DI jan/15, dado o aumento de probabilidade do BACEN subir os juros no curto prazo. Essa estratégia contribuiu negativamente para o fundo no mês.
No mercado de juro real, continuamos sem exposição, principalmente porque avaliamos que o período de IPCA mais elevado ficou para trás, e pelo risco de redução significativa dos preços agrícolas no curto prazo, que vem exibindo comportamento bastante distinto de períodos anteriores.
Moedas
Na estratégia de moedas, as posições compradas em BRL contra AUD, BRL contra USD, EUR contra USD e vendida de USD contra JPY foram negativas. Durante o mês reduzimos as posições de BRL. Acreditamos que esse governo não está disposto a utilizar o BRL como instrumento para controle da inflação uma vez que para uma redução significativa do IPCA utilizando-se do câmbio exigiria uma apreciação para R$ 1,85/dólar e esutilizando-se nível é incompatível com o discurso do governo. Nos mercados internacionais, dentre os principais bancos centrais, o único que não está expandindo o balanço é o europeu e neste sentido o EUR tem espaço para se valorizar, mas a posição foi prejudicada no mês por causa do ruído gerado pela eleição italiana. Já o JPY, acreditamos que o mercado já antecipou uma atitude mais expansionista e a moeda deve se estabilizar ao redor dos ¥90/dólar no curto prazo.
Ações
Na estratégia de ações, o resultado da carteira contribuiu favoravelmente para a performance do fundo. Iniciamos o mês com uma posição vendida que foi sendo progressivamente revertida enquanto o mercado caia. Terminamos o mês com uma posição comprada líquida de 12,5% em uma carteira bem diversificada, dada a nossa percepção de que os riscos de mercado já estão bem precificados. A performance do mês foi beneficiada sobretudo pela boa escolha de ações nos setores de Construção Civil e Bancos. Estes ganhos mais do que compensaram as perdas nos setores de Serviços Financeiros e Petróleo.
Valor Relativo
Por fim, na estratégia de valor relativo, mantivemos a visão de enfraquecimento do dólar americano frente ao EUR, em função da queda do risco sistêmico e do menor uso de estímulos monetários vis a vis os EUA, e frente ao JPY, em função da forte depreciação desta moeda (cerca de 14% nos últimos quatro meses). Esta estratégia foi perdedora, dada a reviravolta das eleições italianas, e dos bons indicadores de atividade americanos, fortalecendo o USD. Paralelamente, montamos posição tática comprada de S&P500, que ajudou a compensar o prejuízo das estratégias de moeda. Por fim, após a forte alta dos juros, terminamos o mês com pequena posição pré-fixada no vértice julho/14.
ALOCAÇÃO FIC FI MULTIMERCADO
O fundo Alocação teve performance abaixo do CDI, notadamente em função da alocação nos fundos Advis Delta 30 e BTG Pactual Local. Pelo lado positivo destacamos o retorno dos fundos Plural Capital Equity Hedge, Neo Long Short 30 e BRZ Long Short, porém não o suficiente para compensar as perdas dos outros fundos alocados.
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TOTAL RETURN FIA
O fundo SulAmérica Total Return rendeu 6,58% em fevereiro, acima do IBX50 e Ibovespa que desvalorizaram 4,03% e -3,91% respectivamente. O ótimo retorno do fundo foi explicado pela boa performance das ações do setor de consumo, construção e transportes. As posições no setor de commodities foram o destaque negativo, embora seu desempenho tenha sido superior ao índices de ações.
Expediente
Equipe de Gestão: Marcelo Saddi Castro - Diretor de Investimentos Informações: Maria Augusta - mariaaugusta.mosca@sulamerica.com.br
Julia Silveira – julia.silveira@sulamerica.com.br Atendimento a clientes : investimentos@sulamerica.com.br Site: www.sulamericainvestimentos.com.br
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Em um mês de performance negativa no mercado acionário brasileiro, o fundo perdeu menos do que o mercado em geral, como era esperado de uma carteira de dividendos. Tivemos boa performance em Energia Elétrica, Saneamento e Bancos, que compensaram o resultado aquém do esperado nas posições em Mineração e Telefonia.
Durante o mês prosseguimos com a redução das posições em Serviços Financeiros, e eliminamos a exposição a Saneamento, onde auferimos ganhos muito rapidamente. Continuamos adicionando ao Setor Elétrico, onde acreditamos que há bom potencial de valorização e dividendos interessantes. Além disto, iniciamos uma exposição ao setor de Consumo. Ao final do mês a carteira contava com 16 empresas, proporcionando um retorno de dividendos esperado de 7,4%. Os principais setores da carteira permanecem Energia Elétrica, Bancos e Mineração.
Fevereiro Janeiro Dezembro Novembro Outubro Setembro 2013 2012 12 M 24 M 36 M Desde o Início 12 meses*PL Médio Tx. Adm. Tx. Perf. Data Início
Referenciado DI
#Exclusive FI Refenciado DI 0,49 0,59 0,53 0,53 0,61 0,52 1,08 8,30 7,73 19,70 31,06 306,95 104.259.380 0,15% a.a. não há 06/02/2002
% CDI 101,35 101,29 99,09 98,14 100,84 96,17 101,32 98,65 98,95 97,40 95,47 94,45
Renda Fixa
#Excellence FI RF Crédito Privado 0,50 0,61 0,54 0,57 0,62 0,58 1,11 8,76 8,14 21,11 33,88 282,98 1.084.178.702 0,50% a.a. não há 12/11/2002
% CDI 103,59 104,28 101,77 104,07 102,21 107,58 103,98 104,09 104,19 104,36 104,17 103,65
#Inflatie FI RF Longo Prazo -0,63 0,64 1,82 0,41 3,54 1,33 0,01 23,77 19,64 43,63 65,09 110,39 831.382.505 0,40% a.a. 20% sobre o que 11/07/2008
IMA-B (Alfa) 0,25 0,11 -0,10 -0,12 -0,25 -0,10 0,36 -2,91 -1,94 -1,21 -0,10 -3,52 exceder o IMA-B
#Renda Fixa Ativo FI Longo Prazo 0,21 0,31 0,72 0,34 0,72 0,50 0,53 9,38 8,05 15,93 100.135.451 0,50% a.a. 20% sobre o que 10/08/2011
% CDI 44,59 53,24 135,23 62,28 118,04 92,79 49,27 111,52 103,07 110,97 exceder o CDI
#Premium FI RF 0,48 0,59 0,55 0,55 0,62 0,55 1,07 8,63 7,95 14,86 25.503.115 0,30% a.a. não há 04/08/2011
% CDI 98,90 100,05 102,72 100,56 101,41 101,82 99,53 102,54 101,78 102,01
Multimercados Multigestor
#Focus Fundo de Fundos FIC FIM 0,23 1,43 1,39 1,09 0,63 1,51 1,67 14,06 12,24 24,02 34,43 468,57 22.097.213 0,35% a.a. 20% do que 01/06/2001
% CDI 47,94 244,52 260,32 200,00 103,67 280,96 155,79 167,18 156,74 118,78 105,83 124,09 exceder o CDI
#Alocação FIC FIM 0,32 0,54 0,78 0,36 1,00 0,38 0,86 11,45 9,79 12,81 6.502.002 0,30% a.a. não há 13/12/2011
% CDI 66,64 91,50 146,63 66,62 163,99 71,36 80,24 136,06 125,33 126,14
Multimercado Estratégia Específica
#Crédito Ativo FIM Crédito Privado 0,48 0,65 0,60 0,61 0,67 0,60 1,14 6,50 7,71 37.679.692 0,60% a.a. 20% do que 26/03/2012
% CDI 100,12 110,93 111,64 111,61 109,86 111,43 106,07 109,03 108,65 exceder 108% do CDI
Multimercado Multiestratégia
#Absoluto FIC FI Multimercado -0,54 0,32 0,96 -0,05 0,28 0,70 -0,22 9,59 7,48 23,44 31,42 96,51 26.732.306 2,00% a.a. 20% do que 19/01/2007
% CDI 53,77 179,04 45,59 130,37 113,95 95,76 115,91 96,59 114,83 exceder o CDI
Ações Dividendos
#Dividendos FI Ações -0,57 -0,32 4,02 3,24 4,28 -1,39 -0,89 15,69 7,98 23,34 41,69 48,01 31.253.467 1,50% a.a. 20% do que 20/08/2009
Ibr-X 50 (Alfa) 3,46 0,06 -1,02 1,92 5,67 -4,54 3,51 5,82 14,57 31,64 47,71 39,60 exceder o Ibr-X50
Ações Livre
#Total Return FIA 6,58 1,81 4,93 1,26 -0,10 1,22 8,51 30,76 20,07 27,33 34,39 127.557.752 1,50% a.a. 20% do que 25/08/2010
#Ibr-X 50 (Alfa) 10,61 2,19 -0,11 -0,06 1,28 -1,92 12,90 20,89 26,66 35,62 35,52 exceder o Ibr-X50
Fundo Fechado de Ações
#Expertise FIA 2,32 5,68 6,68 2,58 3,76 2,11 8,13 60,51 49,01 43,53 43,73 333.782.785 1,50% a.a. 20% do que 25/02/2011
IVBX-2 (Alfa) 2,99 4,61 2,19 1,47 4,41 0,81 7,75 39,69 44,49 43,53 23,22 exceder o IVBX-2
INDICADORES
RENTABILIDADE MENSAL CARACTERÍSTICAS
Fundos SulAmérica Investimentos