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APOIOS PARA LINHAS AÉREAS. Características e ensaios

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Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 1 / 72 1 - OBJECTO

O presente documento trata da especificação das características de postes de betão (1) equirresistentes (2), de fuste tronco-piramidal tetragonal (3), destinados a linhas aéreas de BT, MT e AT da EDP Distribuição, e dos ensaios de comprovação dessas características.

2 - CAMPO DE APLICAÇÃO

O presente documento é aplicável aos postes normalizados indicados no Quadro 1. Quadro 1 Postes normalizados Altura total, H (m) Solicitação nominal, F (daN) 9 10 12 14 16 18

800 EB-9-800 EB-10-800 EB-12-800 EM - 14 - 800 EM - 16 - 800 EA - 16 - 800

EM - 18 - 800 EA - 18 - 800 1000 EB-9-1000 EB-10–1000 EB-12-1000 EM - 14 - 1000 EM - 16 - 1000

EA - 16 - 1000 EM - 18 - 1000 EA - 18 - 1000 1250 EM - 14 - 1250 EM - 16 - 1250 EA - 16 - 1250 EM - 18 - 1250 EA - 18 -1250 1600 EM - 14 - 1600 EM - 16 - 1600 EA - 16 - 1600 EM - 18 - 1600 EA - 18 -1600 2000 EM - 14 - 2000 EM - 16 - 2000 EA - 16 - 2000 EM - 18 - 2000 EA - 18 - 2000 2500 EM - 14 - 2500 EM - 16 - 2500 EA - 16 - 2500 EM - 18 - 2500 EA - 18 -2500 3200 EM - 14 - 3200 EM - 16 - 3200 EA - 16 - 3200 EM - 18 - 3200 EA - 18 - 3200 4000 EM - 14 - 4000 EM - 16 - 4000 EA - 16 - 4000 EM - 18 - 4000 EA - 18 - 4000 5000 EM - 14 - 5000 EM - 16 - 5000 EA - 16 - 5000 EM - 18 - 5000 EA - 18 - 5000

(1) Postes de betão armado ou de betão pré-esforçado. (2) Postes com diagrama de utilização estipulado circular.

(3) As arestas laterais são arredondadas ou chanfradas. As secções transversais são cheias na cabeça e vazadas abaixo da cabeça (ver figura 1).

(2)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 2 / 72

Na designação destes postes é usado um código alfanumérico, composto por três campos, ordenados, da esquerda para a direita, do seguinte modo:

Campo alfabético: constituído pela inicial da palavra equirresistente (E) seguida da letra de código de utilização (B - Poste para rede de Baixa Tensão; M - Poste para rede de Média Tensão; A - Poste para rede de Alta Tensão).

Primeiro campo numérico: constituído pelo valor da altura total do poste, em metros.

Segundo campo numérico: constituído pelo valor da solicitação nominal do poste, em decanewtons.

3 - DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Como fontes de informação complementar sobre o assunto tratado no presente documento, indicam-se as seguintes normas e documentos de referência:

POSTES DE BETÃO DMA-C67-200/E JUL 1993

- Postes de Betão Armado. Características e Ensaios DMA-C67-205/E

NOV 2000

- Apoios para linhas aéreas. Postes de betão para redes BT. Características e Ensaios.

DMA-C67-210/E JUL 1991

- Postes de Betão Armado TP2 e TP4. Características e Ensaios DMA-C67-215/E

NOV 2000

- Apoios para linhas aéreas. Postes de betão para redes MT . Características e Ensaios.

DMA-C67-225/E (em projecto)

- Apoios para linhas aéreas. Postes de betão para redes AT. Características e Ensaios.

DMA-C67-250/E: NOV1989

- Postes de Betão Pré-esforçado. Características e Ensaios NP - 261:1961 - Linhas Eléctricas. Postes de betão.

- Dimensionamento, fabricação e ensaios.

P - 628:1967 - Linhas Eléctricas. Postes de Betão Armado. Dimensões das cabeças, furação, ligação à terra e marcação.

REGULAMENTOS -

REBAP - Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado. RSLEAT - Regulamento de Segurança de Linhas Eléctricas de Alta Tensão. RSRDEBT - Regulamento de Segurança de Redes de Distribuição de Energia

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Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 3 / 72 CIMENTOS

NPEN196.1:1990 - Métodos de ensaio de cimentos. Determinação das resistências mecânicas.

NPEN196.2:1990 - Métodos de ensaio de cimentos. Análise química de cimentos.

NPEN196.3:1990 - Métodos de ensaio de cimentos. Determinação do tempo de presa e da expansibilidade.

NPEN196.4:1990 - Métodos de ensaio de cimentos. Determinação quantitativa dos cimentos.

NPEN196.5:1990 - Métodos de ensaio de cimentos. Determinação da finura.

NPEN196.7:1990 - Métodos de ensaio de cimentos. Métodos de colheita e preparação de amostras de cimento.

NPEN196.21:1990 - Métodos de ensaio de cimentos. Determinação do teor em cloretos, dióxido de carbono e álcalis nos cimentos.

ENV 197-1 - Cement-Composition, specifications and conformity criteria - Part 1; Commom cements.

NP952:1973 - Cimento portland normal. Determinação do teor em magnésio. Processo complexométrico.

NP2064:1991 - Cimentos. Definições, composição, especifica- ções e critérios de conformidade.

NP2065:1991 - Cimentos. Condições de fornecimento e recepção. LNEC E 29 - Cimentos. Determinação da resistência mecânica. LNEC E 49 - Cimentos. Determinação do teor em sulfuretos.

LNEC E 56 - Cimentos portland. Determinação do teor em álcalis solúveis em água.

LNEC E 59 - Cimentos. Determinação da perda ao fogo LNEC E 61 - Cimentos. Determinação do teor em sulfatos. LNEC E 64 - Cimentos. Determinação da massa volúmica. LNEC E 65 - Cimentos. Determinação da resistência mecânica. LNEC E 66 - Cimentos. Determinação da superfície específica. LNEC E 68 - Cimentos. Determinação do calor de hidratação.

LNEC E 229 - Cimentos. Ensaio de expansibilidade. Processo de autoclave. LNEC E 231 - Cimentos. Determinação do teor em halogenetos.

LNEC E 328 - Cimentos. Preparação da pasta normal.

LNEC E 329 - Cimentos. Determinação dos tempos de presa.

LNEC E 330 - Cimentos. Ensaios de expansibilidade. Processo de Le Chatelier. LNEC E 331 - Cimentos. Determinação do resíduo de peneiração.

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Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 4 / 72

LNEC E332 - Cimentos. Preparação das amostra para análise química.

LNEC E 333 - Cimentos. Determinação do teor em matéria insolúvel em solução de ácido clorídrico e de carbonato de sódio.

LNEC E 339 - Cimentos. Determinação do teor em sílica.

LNEC E 340 - Cimentos. Determinação do teor em óxido de cálcio. LNEC E 341 - Cimentos. Determinação do teor em óxido de magnésio. INERTES

NP85:1964 - Areias para argamassas e betões. Pesquisa da matéria orgânica pelo processo do ácido tânico.

NP86:1972 - Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em partículas muito finas e matérias solúveis.

NP581:1969 - Inertes para argamassas e betões. Determinação das massas volúmicas e da absorção de água das britas e godos.

NP953:1973 - Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em partículas muito leves.

NP954:1973 - Inertes para argamassas e betões. Determinação das massas volúmicas e da absorção de água das areias.

NP955:1973 - Inertes para argamassas e betões. Determinação da baridade.

NP956:1973 - Inertes para argamassas e betões. Determinação dos teores em água total e em água superficial.

NP957:1973 - Inertes para argamassas e betões.

- Determinação dos teores em água superficial das areias. NP1039:1973 - Inertes para argamassas e betões.

- Determinação da resistência ao esmagamento.

NP1378:1976 - Agregados . Ensaio de alteração pelo sulfato de sódio ou pelo sulfato de magnésio.

NP1379:1976 - Inertes para argamassas e betões. Análise granulométrica.

NP1380:1976 - Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em partículas friáveis.

NP1381:1976 - Inertes para argamassas e betões. Ensaio de reactividade potencial com álcalis do ligante. Processo da barra de argamassa.

NP1382:1976 - Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor de álcalis solúveis. Processo por espectrofometria de chama.

NP2106:1984 - Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em sulfatos. NP2107:1984 - Inertes para argamassas e betões.

- Determinação do teor em sulfuretos.

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Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 5 / 72

LNEC E 196 - Solos. Análise granulométrica.

LNEC E 222 - Agregados. Determinação do teor em partículas moles. LNEC E 223 - Agregados. Determinação do índice volumétrico.

LNEC E 237 - Agregados. Ensaio de desgaste pela máquina de Los Angeles.

LNEC E 251 - Inertes para argamassas e betões. Ensaio de reactividade com os sulfatos em presença de hidróxido de cálcio.

LNEC E 253 - Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em halogenetos solúveis.

LNEC E 355 - Inertes para argamassas e betões. Classes granulométricas.

LNEC E 373:1993 - Inertes para argamassas e betões. Características e verificação da conformidade.

LNEC E 415 - Inertes para argamassas e betões. Determinação da reactividade potencial com os álcalis. Análise petrográfica.

ÁGUAS

NP411:1966 - Água. Determinação do valor do pH. NP413:1966 - Água. Determinação do teor em sulfatos. NP421:1966 - Águas. Determinação da alcalinidade. NP423:1966 - Água. Determinação do teor em cloretos. NP505:1966 - Água. Determinação do teor em resíduo. NP507:1966 - Água. Determinação do teor em magnésio.

NP625:1966 - Água. Determinação do teor em sódio. Processo gravimétrico. NP626:1966 - Água. Determinação do teor em potássio. Processo colorimétrico. NP730:1978 - Águas. Determinação do teor de azoto amoniacal (Processo

expedito).

NP1414:1977 - Águas. Determinação do consumo químico de oxigénio de águas de amassadura e de águas em contacto com betões. Processo do dicromato de potássio.

NP1415:1977 - Águas. Colheita das amostras de águas de amassaduras e de águas em contacto com betões.

NP1416:1977 - Águas. Determinação da agressividade para o carbonato de cálcio de águas de amassadura e de águas em contacto com betões.

NP1417:1977 - Águas. Determinação do teor em sulfuretos totais de águas de amassadura e de águas em contacto com betões. Método volumétrico. NP1418:1977 - Águas. Determinação do teor de sulfuretos dissolvidos de águas de

amassadura e de águas em contacto com betões. Método volumétrico. LNEC 372:1993 - Água de amassadura para betões. Características e verificação da

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Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 6 / 72

LNEC E 379 - Águas. Determinação do teor de ortofosfatos por espectrofometria. Processo por redução pelo ácido ascórbico.

LNEC E 380 - Águas. Determinação do resíduo em suspensão, do resíduo dissolvido e do resíduo total.

LNEC E 381 - Águas. Determinação dos teores de sódio e de potássio por fotometria de chama.

LNEC E 382 - Águas. Determinação do teor de nitratos. Método de redução com a liga de Devarda.

LNEC E 417 - Águas. Determinação do teor de zinco. ADJUVANTES

LNEC E 374:1993 - Adjuvantes para argamassas e betões. Características e verificação da conformidade.

AÇOS

NPEN10002-1:1991 - Materiais metálicos. Ensaio de tracção. Parte 1: Método de ensaio (a temperatura ambiente).

NPEN10002-2:1992 - Materiais metálicos. Ensaio de tracção. Parte 2: Verificação do sistema de medição da força da máquina de ensaio de tracção.

EN10002-4:1994 - Metallic materials. Tensile test.

- Part 4: Verification of extensometers used in uniaxial testing. NPEN10020:1989 - Definição e classificação dos aços.

NPEN10027-1:1993 - Sistemas de designação dos aços. Parte 1: Designação simbólica, símbolos principais.

NPEN10027-2 - Sistemas de designação dos aços. Parte 2: Sistema numérico. NPEN10079 - Definição dos produtos de aço.

ENV10080:1995 - Steel for the reinforcement of concrete. Weldable ribbed reinforcing steel B500. Technical delivery conditions for bars, coils and welded fabric.

EN10138 - Prestressing Steel, Parts 1 - 5.

EN 10204:1991 - Steel and iron and steel products. Inspection documents.

ISO 6934-1:1991 - Acier pour armatures de précontrainte. Partie 1: Spécifications générales.

ISO 6934-2:1991 - Acier pour armatures de précontrainte. Partie 2: Fil tréfillé à froid. ISO 6934-3:1991 - Acier pour armatures de précontrainte.

- Partie 3: Fil trempé et revenu.

ISO 6934-4:1991 - Acier pour armatures de précontrainte. Partie 4: Torons. ISO 6934-4:1991 - Acier pour armatures de précontrainte.

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Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 7 / 72

ISO 6935-1:1991 - Acier à beton pour armatures passives. Partie 1: Barres lisses. ISO 6935-2:1991 - Acier à beton pour armatures passives. Partie 1: Barres nervurées. ISO 6935-3:1991 - Acie r à beton pour armatures passives. Partie 1: Treillis soudés. ISO 10065 - Barres en acier pour béton armé. Essais de pliage-dépliage.

ISO 10287:1992 - Acier à beton pour armatures passives. Determination de la résistance des joints des treillis soudés.

ISO 10544:1992 - Cold reduced steel wire for reinforcement of concrete and the manufacture of welded fabric.

ISO 10606: 1995 - Acier à béton pour armatures passives. Détermination de l’allongement total pour cent sous charge maximale.

ECISS - Information Circular IC10: Designtion system for steel. Aditional symbls for steel.

NP2451:1988 (EURONORM 18)

- Produtos siderúrgicos. Colheita e preparação de amostras e de provetes.

BETÃO

NP87:1964 - Consistência do betão. Ensaio de abaixamento.

NPENV206:1993 - Betão, produção, colocação e critérios de conformidade. NP414:1964 - Consistência do betão. Ensaio de espalhamento.

NP1383:1976 - Betões. Preparação de provetes para ensaios de compressão e de flexão.

NP1384:1976 - Betões. Determinação da massa volúmica do betão fresco. NP1385:1976 - Betões. Determinação da composição do betão fresco. NP1387:1976 - Betões. Determinação do tempo de presa.

ISO 4012:1978 - Concrete. Determination of compressive strength of test specimens. ISO 7034 - Cores of hardened concret. Taking, examination and testing in

compression.

LNEC E 226 - Betão. Ensaio de compressão. LNEC E 227 - Betão. Ensaio de flexão.

LNEC E 228 - Betão. Determinação da trabalhabilidade Vêbê. LNEC E 378 - Guia para a utilização de ligantes hidráulicos. QUALIDADE

EN 45011:1989 - General criteria for certification bodies operating quality system certification.

NPEN ISO 9001:1995 - Sistemas da qualidade. Modelo de garantia da qualidade na concepção/desenvolvimento, produção, instalação e assistência após venda.

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Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 8 / 72

NPEN ISO 9002:1995 - Sistemas da qualidade. Modelo de garantia da qualidade na produção, instalação e assistência após venda.

ISO 2859-1:1991 - Sampling procedures for inspection by attributes. ESTRUTURAS DE BETÃO

ENV 1991-1:1994 Eurocode 1

- Basis of design and Actions on Structures. ENV 1992 -1-1:1991

Eurocode 2

- Design of concrete structures, Part 1: General rules for buildings. Part 1b: Precast concrete elements and structures.

ENV 1992 -1-3:1994 Eurocode 2

- Design of concrete structures, Part 1.3: General rules - Precastconcrete elements and structures.

prEN3369:1999 - Common rules for precast concrete products INVÓLUCROS

NP EN60529:1994 Graus de protecção assegurados pelos invólucros.

EN 50102:1994 Degrés de protection fournis par les boitiers destinés à l`équipemen. REVESTIMENTOS METÁLICOS

ISO 1459:1973 - Revêtements métalliques. Protection contre la corrosion par galvanisation à chaud. Principes directeurs.

ISO 1460:1973 - Revêtements métalliques. Protection contre la corrosion par galvanisation à chaud. Principes directeurs.

ISO 1461:1973 - Revêtements métalliques. Revêtements de galvanisation à chaud sur produits finis en fer. Spécification.

NP - 525:1988 - Produtos zincados. Determinação da massa por unidade de superfície e da espessura média do revestimento.

SÍMBOLOS GRÁFICOS

NP608 1970 - Sinalização de segurança. Símbolo de tensão eléctrica perigosa. IEC 60417: 1973 - Graphical symbols for use on equipment. Index, survey and

compilation of the single sheets.

4 - DEFINIÇÕES

Para efeitos do presente documento, são aplicáveis as definições seguintes: 4,1 - Altura total (ou comprimento total), H

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Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 9 / 72 4,2 - Armadura

Conjunto de armaduras elementares de aço, dispostas longitudinal (armadura longitudinal do poste, constituída exclusivamente por armaduras elementares ordinárias, no caso de postes de betão armado, ou por armaduras elementares de pré-esforço associadas ou não a armaduras ordinárias, no caso de postes de betão pré-esforçado) e transversalmente (armadura transversal do poste, constituída por armaduras ordinárias), destinadas a reforçar o betão, absorvendo principalmente esforços de tracção.

4,3 - Base

Secção transversal inferior do poste. 4,4 - Cabeça

Troço a partir do topo onde estão os furos destinados à fixação das ferragens e armações. 4,5 - Coeficiente de segurança em relação à fendilhação de 0,1 mm

Quociente da solicitação de fendilhação de 0,1 mm pela solicitação nominal de ensaio. 4,6 - Coeficiente de segurança em relação à fendilhação de 0,2 mm

Quociente da solicitação de fendilhação de 0,2 mm pela solicitação nominal de ensaio. 4,7 - Coeficiente de segurança em relação à rotura por cedência

Quociente da solicitação de rotura por cedência pela solicitação nominal de ensaio. 4,8 - Coeficiente de segurança em relação à rotura final

Quociente da solicitação de rotura final pela solicitação nominal de ensaio. 4,9 - Conicidade

Alargamento entre faces longitudinais opostas por metro de comprimento do poste (dobro do jorramento).

4,10 - Ensaio de série

Ensaio previsto para ser efectuado de maneira repetitiva sobre os produtos fabricados em série, quer sob a forma de ensaios individuais, quer sob a forma de ensaios sobre amostra, com vista a verificar que uma dada fabricação satisfaz a critérios definidos.

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Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 10 / 72 4,11 - Ensaio de tipo

Ensaio ou série de ensaios efectuados sobre uma amostra para ensaio, tendo por finalidade verificar a conformidade de concepção de um dado produto às prescrições da norma apropriada.

4,12 - Factor de fendilhação

Quociente da solicitação de fendilhação (aparecimento da 1ª fenda) pela solicitação nominal de ensaio.

4,13 - Flecha máxima

Máximo deslocamento sofrido por um ponto do poste, quando da aplicação de uma força, medido em relação à posição desse ponto no início do ciclo 1 do ensaio de flexão (ver 13,1,2).

4,14 - Flecha residual

Deslocamento sofrido por um ponto do poste, após ter sido anulada a força aplicada, medido em relação à posição desse ponto no início do ciclo 1 do ensaio de flexão (ver 13,1,2).

4,15 - Índice de fragilidade

Quociente da solicitação de fendilhação (aparecimento da 1ª fenda) pela solicitação de rotura final. 4,16 - Jorramento

Metade do alargamento entre faces longitudinais opostas por metro de comprimento do poste (metade da conicidade).

4,17 - Ligação à terra

Conjunto constituído por terminais de ligação à terra (TLT1 e TLT2) e de medição (TLT3) e pelos condutores de cobre nu electrolítico (ou em alternativa armaduras elementares longitudinais ordinárias do próprio poste, mas apenas nos postes de betão armado) que estabelecem a continuidade eléctrica entre estes terminais (ver figuras 6a e 6b).

4,18 - Plano transversal

Plano normal ao eixo longitudinal do poste. 4,19 - Poste rectilíneo

Poste que apresenta, em qualquer trecho, um desvio do eixo inferior a 0,3% do comprimento total. Este desvio corresponde à máxima distância medida entre uma face externa do poste e um fio esticado entre as arestas da base e do topo dessa face.

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Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 11 / 72 4,20 - Profundidade de enterramento (ou comprimento de encastramento)

Comprimento destinado a realizar o encastramento do poste no maciço. 4,21 - Recobrimento

Espessura da camada de betão sobre a armadura. 4,22 - Secção transversal

Secção normal ao eixo longitudinal do poste. 4,23 - Solicitação de fendilhação

Força que aplicada ao poste durante o ensaio provoca o aparecimento da 1ª fenda. 4,24 - Solicitação de fendilhação de 0,1 mm

Força que aplicada ao poste durante o ensaio provoca o aparecimento de fendas com a largura máxima de 0,1 mm.

4,25 - Solicitação de fendilhação de 0,2 mm

Força que aplicada ao poste durante o ensaio provoca o aparecimento de fendas com a largura máxima de 0,2 mm.

4,26 - Solicitação de rotura por cedência

Força que aplicada ao poste durante o ensaio provoca o aparecimento de fendas que não fecham quando se anula a solicitação actuante.

4,27 - Solicitação de rotura final

Força que aplicada ao poste durante o ensaio provoca a exaustão da capacidade de suporte. 4,28 - Solicitação fictícia do vento convencional, V

Força que aplicada normalmente ao eixo longitudinal do poste, na secção situada a 0,25 m do topo, provoca na secção de encastramento um momento flector de módulo igual ao do vento máximo habitual com a pressão de 750 Pa quando este incide apenas sobre uma das faces do poste (coeficiente de forma, c, igual a 1,75, segundo o RSLEAT).

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Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 12 / 72 4,29 - Solicitação nominal, F

Força utilizada para designar e dimensionar o poste, aplicável normalmente ao eixo longitudinal do poste na secção situada a 0,25 m do topo.

4,30 - Solicitação nominal de ensaio, S

Força (S = F + V) que aplicada normalmente ao eixo longitudinal do poste, na secção situada a 0,25 m do topo, provoca na secção de encastramento um momento flector igual à soma do momento devido à solicitação nominal (F) na direcção considerada e do momento devido à solicitação fictícia do vento convencional (V) nessa mesma direcção.

4,31 - Topo

Secção transversal superior do poste.

5 - NATUREZA, QUALIDADE E COLOCAÇÃO EM OBRA DOS MATERIAIS

5,1 - Constituintes

Os constituintes dos postes, nomeadamente: - cimento

- inertes - água

- adjuvantes (eventualmente) - aços

devem satisfazer as condições estabelecidas nas normas Portuguesas e/ou Europeias em vigor e, na sua falta, documentos normativos adequados.

5,1,1 - Cimento

O cimento deve ser do Tipo I (cimentos com pelo menos 95% de clínquer portland) ( 4) de classe de resistência igual ou superior a 32,5, com as características indicadas no Quadro 1), a menos que cimento de outro tipo seja indicado na consulta ou tenha o acordo prévio da EDP Distribuição.

(4) O clínquer portla nd (K) é um produto artificial obtido por cozedura até princípio de fusão (clinquerização) do correspondente cru ou pasta e por arrefecimento adequado subsequente, de modo a ter a composição química e a mineralógica convenientes.

O clínquer portland é um material hidraulicamente activo, que contém pelo menos dois terços de silicatos de cálcio, em massa, sendo o restante constituído por aluminatos e ferratos de cálcio, para além de pequenas quantidades de outros óxidos. A relação entre o teor de óxido de cálcio (CaO) e o teor de óxido de silício (SiO2) não deve ser inferior a 2,0 e o teor de óxido de magnésio (MgO) não deve ser superior a 5% em massa.

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Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 13 / 72 Quadro 2

Características do cimento

Valor especificado para cimentos do Tipo I Norma do valor especificado Norma do ensaio Tipo I Classe ≥ 95% de clinquer portland 32,5 32,5R 42,5 42,5R NP 2064 NP 2064 NP 2064 NP 2064 NP 2064 NP ENV 196-4 NP EN 196-1 NP EN 196-1 NP EN 196-1 NP EN 196-1 Características físicas Finura: Resíduo de peneiração (%) Superfície específica (cm2/g): Blaine NP EN 196-5

Tempos de presa ao ar: Princípio de presa (min) Fim de presa (min) Expansibilidade (mm): Le Chatelier Michaelis ≥ 60 min ≤ 10 mm NP 2064 NP 2064 P EN 196-3 NP EN 196-3 Características mecânicas

Resistência à compressão (MPa): Aos dois dias

Aos sete dias Aos 28 dias

Resistência à flexão (MPa): Aos dois dias

Aos sete dias Aos 28 dias Areia utilizada:

Os valores especificados na norma são apenas função da classe do cimento (*) NP 2064 NP 2064 NP 2064 NP EN 196-1 NP EN 196-1 NP EN 196-1 Características químicas Perda ao fogo (P.F.) Resíduo insolúvel (R.I.) Sulfatos (expressos em SO3) Cloretos (Cl-) ≤ 5% ≤ 5% ≤ 3,5% ≤ 0,1% NP 2064 NP 2064 NP 2064 NP 2064 NP EN 196-2 NP EN 196-2 NP EN 196-2 NP EN 196-2

(*) Resistência à compressão (MPa):

Classe do cimento Aos 2 dias Aos 7 dias Aos 28 dias

32,5 - ≥16 ≥ 32,5 e ≤ 52,5

32,5R ≥ 10 - ≥ 32,5 e ≤ 52,5

42,5 ≥ 10 - ≥ 42,5 e ≤ 62,5

42,5R ≥ 20 - ≥ 42,5 e ≤ 62,5

5,1,2 - Inertes

Os inertes devem apresentar resistência mecânica, forma e composição química que permitam garantir a adequada resistência e durabilidade do betão. Os inertes não devem conter, em quantidades

(14)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 14 / 72

prejudiciais, películas de argila ou qualquer outro revestimento que os isole do ligante, partículas moles, friáveis ou demasiadamente finas, matéria orgânica e outras impurezas.

As características dos inertes devem ser determinadas por ensaios. Os valores ou resultados a satisfazer estão indicados no Quadro 3 e na ficha geral de fabricação (ver Anexo I).

A maior dimensão do inerte grosso (brita ou godo) deve ser proporcionada à distância entre armaduras elementares e entre estas e os moldes (5).

(5) A máxima dimensão do inerte é definida como a menor abertura do peneiro, de uma série de peneiros de referência, através do qual passam pelo menos 90% da massa do inerte. A série de peneiros de referência é estabelecida na NP 1380 (ou especificação LNEC E 245 - Inertes para argamassas e betões. Análise granulométrica)

A título orientativo, recordam-se as recomendações do antigo RBLH e as prescrições de algumas normas (normas espanholas de postes de betão e NP ENV 206):

RBLH

De um modo geral, é aconselhável que a máxima dimensão do inerte, D, respeite as condições a seguir indicadas:

a) Um quinto da menor distância entre as faces opostas de um molde;

b) Três quartos da distância mínima entre armaduras elementares ou a espessura mínima de recobrimento das armaduras elementares.

Normas espanholas de postes de betão (UNE 21 - 080- 84 e UNE 21- 082- 83)

Pelo menos 85% da totalidade do inerte deve ser de dimensão menor do que as seguintes: a) Cinco sextos da distância livre perpendicular entre armaduras elementares;

b) Quarta parte da largura, espessura ou dimensão mínima do poste que se betona. NP ENV 206

A máxima dimensão do inerte não deve exceder:

- um quarto da menor dimensão do elemento estrutural;

- a distância livre entre as barras da armadura diminuída de 5 mm, a não ser que se tomem providências especiais, p. ex. agrupando os varões da armadura;

(15)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 15 / 72 Quadro 3

Características dos inertes

Característica Valor ou resultado a satisfazer Documento

normativo

Tensão de rotura à compressão da rocha de que é obtido o inerte britado (1)

≥ 50 Mpa NP 1040

Determinação da resistência ao esmagamento (1)

≤ 45% NP 1039

Desgaste Los Angeles (1) ≤ 50% LNEC E 237

Desagregação pelo sulfato de sódio ou de magnésio

SO4 Na: perdas peso ≤ 10%

SO4 Mg: perdas peso ≤ 15% ao fim de 5 ciclos

NP 1378 Determinação das massas volúmicas e da

absorção de água dos inertes gross os (britas e godos)

Absorção ≤ 5% NP 581

Determinação das massas volúmicas e da absorção de água das areias

Absorção ≤ 5% NP 984

Pesquisa da matéria orgânica pelo processo do ácido tânico

Não prejudicial NP 85

Determinação do teor em partículas muito finas e matérias solúveis

Areia natural ≤ 3 % Areia britada ≤ 10 % Godo ≤ 2%

Brita ≤ 3%

NP 86

Teor em partículas de argila (dimensões inferiores a 2 mm), referido à massa do ligante

≤ 2% LNEC E 196

Determinação do teor em partículas friáveis

Areia ≤ 1%

Godo ou Brita ≤ 0,25%

NP 1380 Teor em partículas moles (godo ou

brita)

Godos ou britas ≤ 5% LNEC E 222

Determinação do teor em partículas muito leves

Areia ≤ 0,5% Godo ou brita ≤ 1%

NP 953

Índice volumétrico Godo ≥ 0,12

Brita ≥ 0,15

LNEC E 223 Reactividade potencial com os álcalis

do cimento

Processo químico: negativo

Processo da barra de argamassa: extensões de

alongamento dos provetes não superiores a 1,0x10-3 ao fim de seis meses

Análise petrográfica: negativo (2)

LNEC E 159 NP 1381

LNEC E 415 Reactividade com os sulfatos Provete de argamassa:

- ausência de fendilhamento - extensão < 0,5x10-3 Provetes de rocha:

- extensão < 1,0x10-3 ao fim de 6 meses

(16)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 16 / 72

Característica Valor ou resultado a satisfazer Documento

normativo

Determinação do teor de cloretos O teor de cloretos dos inertes deve ser somado ao teor cloretos dos outros constituintes do betão de forma que o teor por massa de cimento seja inferior a 0,4% e 0,2% no caso de betão para postes de betão armado e pré

-esforçado, respectivamente

LNEC E 253

Determinação do teor de sulfuretos O teor de sulfuretos dos inertes (expressos em S) deve ser somado aos teores de sulfuretos determinados nos outros componentes do betão (com excepção do cimento) e o valor final não deve ser ser superior a 0,2% referido à massa do cimento

NP 2107

Determinação do teor de sulfatos O teor de sulfatos dos inertes (expressos em SO3) deve ser somado aos teores de sulfatos determinados nos outros componentes do betão (com excepção do cimento) e o valor final não deve ser ser superior a 0,5% referido à massa do cimento

NP 2106

Determinação do teor de álcalis O teor de álcalis dos inertes (expressos em Na 2O) deve ser somado aos teores de sulfuretos determinados nos outros componentes do betão (com e xcepção do cimento) e o valor final não deve ser ser superior a 0,6 % referido à massa do cimento

NP 1382

Análise granulométrica (3) NP 1379

Determinação da baridade (4) NP 955

Determinação dos teores em água total e em água superficial

NP 956 Determinação dos teores em água

superficial das areias

NP 957

Notas:

(1) Estas características aferem a resistência mecânica dos inertes, bastando, em geral, determinar uma delas; note -se que a primeira característica não pode ser determinada no caso de inertes naturais e a terceira não é significativa para inertes calcários.

(2) Na Especificação LNEC E 415 indicam-se os minerais e rochas com formas de sílica potencialmente reactivas ou fornecedoras de álcalis.

(3) A classificação dos inertes em classes granulo métricas é feita na Especificação LNEC E 355. (4) A baridade é usada para definir ou controlar a composição do betão.

5,1,3 - Água

(17)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 17 / 72 Quadro 4

Características da água

Característica Exigências Documento

normativo

1 PH ≥ 4 NP 411

2 Consumo químico de oxigénio (mg/dm3) ≤ 500 NP 1414

3 Teor de cloretos (mg/dm3) ≤ 600 (*) NP 423

4 Resíduo em suspensão (mg/dm3) ≤ 2000 LNEC E 380

5 Resíduo dissolvido (mg/dm3) ≤ 100 (**) LNEC E 380

6 Teor de sulfatos (mg/dm3) ≤ 2000 NP 413

7 Teor de carbonatos e hidrogeno-carbonatos (mg/dm3) (**) NP 421

Nota: as determinações referidas em 3, 5 e 7 são efectuadas na amostra filtrada por um filtro com uma

porosidade de 0,45 µm.

Notas:

(*) Para concentrações superiores deverá verificar-se se o teor total de cloretos no betão não é superior a 0,4% ou 0,2%, no caso de postes de betão armado ou de betão pré-esforçado, respectivamente.

(**) Respeitando as exigências de 1 a 4 e sendo RD > 100 mg/dm3, a água poderá ser aceite se:

a) RD1 = RD - (NaCl) ≤ 100 mg/dm3

supondo que os cloretos existentes na água estão presentes como sais de sódio; b) no caso de RD1 > 100 mg/dm3, se:

RD2 = RD1 - (Na2SO4) ≤ 100 mg/dm3, supondo que os sulfatos existentes na água estão presentes como Na2SO4; o teor de sulfatos deve ainda satisfazer o valor indicado no Quadro IV.

c) no caso de RD2 > 100mg/dm3, se:

RD3 = RD2 - (Na2CO3) ≤ 100 mg/dm3 calculando o valor de (Na2CO3) a partir do teor de carbonatos e hidrogeno-carbonatos determinados na água.

(18)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 18 / 72 5,1,4 - Adjuvantes (6)

Podem empregar-se adjuvantes, desde que se possa justificar por ensaios que o produto, adicionado nas condições previstas, provoca o efeito desejado sem perturbar de maneira sensível as outras qualidades exigidas ao betão ou apresentar qualquer perigo para as armaduras.

As características dos adjuvantes devem satisfazer as exigências fixadas na Especificação LNEC E 374:1993.

Os adjuvantes à base de cloreto de cálcio ou de outros cloretos não devem ser utilizados. 5,1,5 - Armaduras

As armaduras elementares, nomeadamente na ocasião da sua aplicação, devem apresentar-se livres de ferrugem pulverulenta ou lamelar e limpas, sem manchas de gordura ou qualquer outra substância que possa atacar quimicamente o betão ou o aço ou possa prejudicar a aderência entre ambos.

As armaduras elementares não devem ter emendas nem apresentar entalhes ou mossas.

Nos postes de betão armado ou de betão pré-esforçado, as armaduras elementares longitudinais ordinárias de cada poste devem ser de aço da mesma qualidade.

Nos postes de betão pré-esforçado as armaduras elementares longitudinais de pré-esforço de cada poste devem ser de aço da mesma qualidade.

As armaduras a utilizar devem apresentar características (ver Quadro 5) adequadas, conhecidas e garantidas (ver documentos relativos a aços, listados no ponto 3 do presente documento).

(6) Designa-se por adjuvante a substância utilizada em percentagem inferior a 5% da massa do cimento, adicionada durante a amassadura, aos componentes normais das argamassas e betões, com o fim de modif icar certas propriedades destes materiais, quer no estado fluído quer no estado sólido, quer ainda no momento da passagem de um estado a outro.

(19)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 19 / 72 Quadro 5

Características dos aços

AÇOS Processo de fabrico

Aço natural (laminado a quente)

Aço endurecido a frio (por torção, tracção, trefilagem ou laminagem a frio) Características geométricas

Forma da secção transversal Dimensões da secção transversal Configuração da superfície

Lisa

Rugosa (nervurada ou deformada): altura das nervuras, largura das nervuras, afastamento longitudinal entre nervuras, altura das nervuras longitudinais e largura das nervuras longitudinais, passo da hélice, etc.

Características mecânicas a) Tracção

Tensão convencional de proporcionalidade a 0,01% Tensão convencional de proporcionalidade a 0,05% Tensão convencional de proporcionalidade a 0,1% Tensão convencional de proporcionalidade a 0,2%

Tensão de cedência fsy ou tensão limite convencional de proporcionalidade a 0,2%, fs0,2k

Tensão de rotura fsuk Extensão após rotura esuk Coeficiente de estricção Diagrama tensões-extensões Diagrama forças-deformações Módulo de elasticidade b) Dobragem Dobragem simples Dobragem-desdobragem c) Relaxação Normal Baixa relaxação d) Resistência à fadiga e) Sensibilidade à corrosão Características de aderência Alta Normal

(20)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 20 / 72 5,2 - Betão

O teor de iões cloreto do betão não deve exceder os valores indicados no Quadro 6. Quadro 6

Teor máximo de cloretos do betão

Postes Percentagem de Cl - referida à massa de cimento

Postes de betão armado 0,4%

Postes de betão pré-esforçado 0,2%

Os inertes, a água e os adjuvantes não devem conter, em conjunto, teores de sulfuretos, sulfatos e álcalis superiores aos fixados no Quadro 7.

Quadro 7

Teores máximos de sulfuretos, sulfatos e álcalis admissíveis no conjunto dos componentes (excluindo o cimento)

(Percentagens referidas à massa do cimento)

Postes Sulfuretos (expressos em S) Sulfatos (expressos em SO3) Álcalis (*) (expresso em Na2O) Postes de betão armado ou de

betão pré-esforçado 0,2% 0,5% 0,6%

(*) Esta determinação será dispensável se os inertes satisfizerem as exigências do Quadro 3 no que respeita à reactividade potencial com os álcalis do cimento.

O factor água/cimento do betão não deve ser superior a 0,5.

A medição do cimento, dos inertes e dos adjuvantes deve ser efectuada por pesagem. A medição da água pode ser efectuada em peso ou em volume.

A precisão do equipamento de medição deve respeitar os valores mínimos indicados no Quadro 8. Cada divisão da escala ou valor do indicador digital convém que represente uma massa não superior a 1/500 do valor máximo da escala ou do indicador digital.

(21)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 21 / 72 Quadro 8

Precisão do equipamento de medição

Posição no campo de medida da

escala ou do indicador digital Precisão na instalação Precisão em operação de 0 a ¼ do valor máximo da

escala ou do indicador digital

0,5% de ¼ do valor máximo da escala ou do indicador digital

1,0% de ¼ do valor máximo da escala ou do indicador digital de 0 a ¼ do valor máximo da

escala ou do indicador digital 0,5% da leitura feita 1,0% da leitura feita

Em cada amassadura, o doseamento dos materiais constituintes do betão deve ser feito com a precisão indicada no Quadro 9.

Quadro 9

Precisão do doseamento dos materiais constituintes

Cimento Inertes Água Adjuvante

± 3% ± 3% ± 3% ± 5%

5,2,1 - Colocação do betão em obra

Os processos empregados para a colocação do betão em obra devem conservar- lhe a homogeneidade e evitar-lhe qualquer segregação.

Pode ser utilizado um tratamento para acelerar o endurecimento do betão. Neste caso, o processo utilizado deve ser indicado na ficha geral de fabricação.

Se a temperatura ambiente for tal que exista o risco de a temperatura do betão no momento da sua colocação ser inferior a 5º C ou superior a 35º C, a fabricação deve ser suspensa, a menos que sejam tomadas disposições especiais no fabrico para evitar este facto. Tais disposições devem ser indicadas na ficha geral de fabricação, caso nessas situações não se opte por suspender a fabricação. 5,2,2 - Cura do betão

A cura deve processar-se em condições que favoreçam a presa e o endurecimento do betão. Para tal tomar-se-ão, logo após a betonagem, as medidas convenientes em face da temperatura ambiente e de outros factores que possam provocar a congelação ou a perda prematura da água do betão, nomeadamente.

Pelo menos nas primeiras 72 horas após a betonagem o betão deve ser protegido de temperaturas inferiores a 0º C.

(22)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 22 / 72

Sempre que a humidade relativa da atmosfera ambiente seja inferior a 75 %, o betão deve ser protegido pela aplicação de um produto que, sem o atacar ou manchar, lhe retarde a evaporação da água. Esta medida deve ser mantida por um período não inferior a sete dias.

As medidas referidas não são obrigatórias se na fabricação dos postes for utilizado um tratamento para acelerar o endurecimento do betão.

Em qualquer caso, devem ter-se em conta as eventuais alterações das propriedades do betão motivadas por tais medidas ou processos especiais de cura, em particular no que se refere à evolução da resistência no tempo, à relação entre as resistências à compressão e à tracção e às propriedades reológicas (retracção e fluência).

6 - CARACTERÍSTICAS DOS POSTES EQUIRRESISTENTES

6,1 - Dimensões principais

As dimensões principais - altura total e lado da secção quadrada do topo - dos postes equirresistentes normalizados, são as indicadas no Quadro 10.

Quadro 10

Dimensões principais dos postes normalizados

Altura total, H (m) Solicitação nominal, F (daN) 9 10 12 14 16 18 Lado da secção quadrada do topo (mm) 800 x x x x x x 150 ou 175 ou 200 1000 x x x x x x 175 ou 200 ou 225 1250 x x x 200 ou 225 ou 250 1600 x x x 225 ou 250 ou 275 2000 x x x 250 ou 275 ou 300 2500 x x x 250 ou 275 ou 300 ou 325 3200 x x x 275 ou 300 ou 325 4000 x x x 300 ou 325 ou 350 5000 x x x 325 ou 350 ou 375

6,2 - Jorramento das faces

As quatro faces laterais de cada poste devem ter todas elas o mesmo jorramento nominal (tronco de pirâmide quadrangular regular), sendo este fixado pelo fabricante, mas com a condição de não ser superior a 12,5 mm/m (conicidade do poste ≤ 25 mm/m).

(23)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 23 / 72 6,3 - Posição da secção teórica de encastramento

A posição da secção teórica de encastramento é definida pelo comprimento de encastramento, H1, cujo valor é determinado para todos os postes pela expressão

H1 = 0,1 H + 0,50 em que:

H1 é o comprimento de encastramento em metros H é a altura total do poste em metros

6,4 - Classe de resistência do betão

A classe de resistência à compressão do betão utilizado na fabricação dos postes, definida de acordo com a Norma NP ENV 206, não deve ser inferior a C30/37 no caso de postes de betão armado, e a C35/45 no caso de postes de betão pré-esforçado, como se indica Quadro 11.

Quadro 11

Classes de resistência do betão

Tipo de poste

Valor característico (1)

mínimo da tensão de rotura por compressão, fck (MPa)

Classe de resistência

mínima Provetes cilíndricos (2)

Provetes cúbicos (3)

Postes de betão armado C30/37 30 37

Postes de betão pré-esforçado C35/45 35 45

Notas:

(1) Valor cuja probabilidade de não ser atingido é de 5 %. (2) Cilindros com 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura. (3) Cubos com 15 cm de aresta.

Em ambos os casos podem ser utilizadas classes intermédias às referidas na Norma NP ENV 206, desde que superiores a C30/37 e C35/45, respectivamente.

A determinação do desvio padrão, do coeficiente de variação e do valor característico da tensão de rotura do betão a partir dos resultados dos ensaios deve ser feita de acordo com a secção 15. Os provetes utilizados para este efeito devem ser betonados pelos mesmos processos usados na betonagem dos postes e devem endurecer nas mesmas condições de ambiente.

6,5 - Recobrimentos da armadura

(24)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 24 / 72 Quadro 12

Recobrimentos da armadura

Figura Paramentos exteriores Paramentos interiores

Figura 2a

I - Armaduras elementares longitudinais

D = Diâmetro da armadura elementar

C1 ≥ D, com um mínimo de 15 mm

Contudo, se as armaduras elementares ordinárias têm um diâmetro superior a 10 mm, o recobrimento das armaduras não deve ser inferior a 20mm

I - Armaduras elementares longitudinais D = Diâmetro da armadura elementar C 2 ≥ D, com um mínimo de 10 mm.

Figura 2b II - Armaduras elementares transversais

C3≥ 10 mm

II – Armaduras elementares transversais

C4≥ 5 mm

No topo do poste, o recobrimento das armaduras elementares longitudinais não deve ser inferior a 20 mm.

As armaduras elementares de pré-esforço aparentes na base do poste devem ser cortadas rentes ao betão, o mais possível, para se evitarem acidentes (beliscaduras,...) nas operações de movimentação dos postes.

A armadura do poste deve ser convenientemente identificada por uma etiqueta.

Esta etiqueta deve permanecer visível mesmo depois de concluída a fabricação do poste. 6,6 - Placa de perigo de morte

Os postes devem possuir um sinal de tensão eléctrica perigosa de acordo com a figura~3.

O sinal de tensão eléctrica perigosa deve ser uma placa em mosaico hidráulico embebida no betão durante a fabricação do poste e aflorando a uma das suas faces, sempre que possível uma das que tenha os furos de escalamento.

A manutenção das indicações e das cores da chapa de perigo de morte devem ser garantidas pelo fabricante.

(25)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 25 / 72

A base do triângulo do sinal de tensão eléctrica perigosa deve ficar situada a 4,5 m da base do poste (ver figura 4).

6,7 - Furação

A furação dos postes deve ser conforme o plano da figura 5. Os furos da cabeça (1a a 24a e 1b a 24b) destinam-se à fixação das ferragens. Os furos do fuste nas secções abaixo da cabeça destinam-se ao escalamento do poste. Quer uns quer outros não devem apresentar-se obstruídos ou terem exposta qualquer parte da armadura.

Os furos da cabeça devem estar centrados com as faces e alinhados entre si e os seus eixos devem ser perpendiculares ao eixo longitudinal do poste.

Os furos de escalamento devem desenvolver-se entre uma secção do poste situada a não mais de três metros da base e uma secção situada a 3 m do topo. O espaçamento destes furos não deve ser superior a 50 cm.

Os furos devem ter diâmetros de 21 mm com a tolerância de ± 1 mm. A tolerância para a distância entre furos consecutivos e para desvios dos furos em relação aos planos axiais do poste é de ± 2 mm.

6,8 - Ligação à terra

6,8,1 - Solução base

Os postes destinados às redes de MT e AT (60 kV) devem ter condutores e terminais próprios de ligação à terra e medição.

Na solução base (ver figura 6a) os condutores devem ser de cobre electrolítico e estar ligados de forma eficaz e durável a terminais de latão.

As secções nominais destes condutores não devem ser inferiores a 16 mm2 no caso de postes MT e a 35 mm2 no caso de postes AT.

Os condutores e os terminais devem ficar embebidos no betão, mas estes últimos apenas parcialmente (ver comprimento da parte não embebida nos Quadros 13 e 14). As partes não embebidas dos terminais TLT2 e TLT3 devem ser acessíveis através de orifícios de 120 mm de diâmetro, situados a 1m e 3,5 m da base do poste, respectivamente. Sempre que possível estes orifícios devem situar-se na mesma face do poste e com os respectivos centros sobre o eixo de simetria dessa face. O terminal TLT1 deve situar-se no topo do poste ( ver figuras 6a e 6b).

Os terminais TLT1 e TLT2 destinam-se à ligação à terra. O terminal TLT3 destina-se a medição da resistência de terra do apoio. Admite-se no entanto que este terminal possa também ser utilizado na

(26)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 26 / 72

ligação à terra, nomeadamente quando se pretenda melhorar a resistência eléctrica da terra do apoio posteriormente à implantação deste (apoio de linha já em serviço).

As ligações soldadas dos condutores de cobre aos terminais de latão não devem constituir pontos fracos do circuito de terra, nomeadamente do ponto de vista da intensidade de corrente admissível em regime de curta duração.

As dimensões dos terminais de terra dos postes MT e AT, na solução base, devem respeitar os valores limites fixados para os terminais de latão nos Quadros 13 e 14, respectivamente.

Quadro 13

Dimensões dos terminais dos postes MT

Material Dimensões dos terminais (mm)

TLT1 TLT2 TLT3

Mín máx mín máx mín máx

Comprimento do terminal (incluindo parte embebida no betão)

135 (a) 135 (a) 135 (a)

Largura do terminal 35 50 35 50 35 50

Latão Espessura do terminal 2 4 2 4 2 4

Diâmetro do furo do terminal 8,5 9,5 10,5 11,5 10,5 11,5 Distância do centro do furo à

extremidade não embebida

22 30 22 30 22 30

Distância do centro do furo à secção de encastramento do terminal

45 60 50 60 50 60

Comprimento de encastramento do terminal

60 60 60 60 60 60

Comprimento do terminal (incluindo parte embebida no betão)

135 (a) 135 (a) 135 (a)

Largura do terminal 25 40 25 40 25 40

Aço Espessura do terminal 5 8 5 8 5 8

Diâmetro do furo do terminal 8,5 9,5 10,5 11,5 10,5 11,5 Distância do centro do furo à

extremidade não embebida

22 30 22 30 22 30

Distância do centro do furo à secção de encastramento do terminal

45 60 50 60 50 60

Comprimento de encastramento do terminal

60 (a) 60 (a) 60 (a)

(27)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 27 / 72 Quadro 14

Dimensões dos terminais dos postes AT

Material Dimensões dos terminais (mm)

TLT1 TLT2 TLT3

Mín máx mín máx mín máx

Comprimento do terminal (incluindo parte embebida no betão)

135 (a) 135 (a) 135 (a)

Largura do terminal 35 50 35 50 35 50

Latão Espessura do terminal 4 6 4 6 4 6

Diâmetro do furo do terminal 8,5 9,5 10,5 11,5 10,5 11,5 Distância do centro do furo à

extremidade não embebida

22 30 22 30 22 30

Distância do centro do furo à secção de encastramento do terminal

45 60 50 60 50 60

Comprimento de encastramento do terminal

60 (a) 60 (a) 60 (a)

Comprimento do terminal (incluindo parte embebida no betão)

135 (a) 135 (a) 135 (a)

Largura do terminal 25 35 25 35 25 35

Aço Espessura do terminal 5 8 5 8 5 8

Diâmetro do furo do terminal 8,5 9,5 10,5 11,5 10,5 11,5 Distância do centro do furo à

extremidade não embebida

20 30 20 30 20 30

Distância do centro do furo à secção de encastramento do terminal

45 60 50 60 50 60

Comprimento de encastramento do terminal

60 (a) 60 (a) 60 (a)

(a) Para esta cota não é fixado um máximo

6,8,2 - Solução alternativa (exclusivamente para postes de betão armado)

Nos postes de betão armado, em alternativa à solução base, pode ser utilizada a própria armadura do poste e terminais de latão ou de aço para constituir a ligação à terra (ver figura 6b), desde que:

a) postes MT

- a armadura do poste tenha pelo menos duas armaduras elementares ordinárias com o mesmo comprimento do poste e os diâmetros nominais destas não sejam inferiores a 12 mm;

- cada um dos terminais de terra (TLT1, TLT2 e TLT3) fique ligado mecânica e electricamente às duas armaduras elementares por dois condutores de cobre, cada um destes com secção

(28)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 28 / 72

nominal não inferior a 16 mm2; no caso de serem utilizados terminais de aço (protegido por um revestimento de zinco obtido por imersão a quente, com uma espessura não inferior a 80 µm) estes fiquem ligados mecânica e electricamente às armaduras elementares por dois condutores de aço (varões) de diâmetro nominal não inferior a 8 mm;

- sejam satisfeitos os valores da resistência eléctrica entre terminais fixados no Quadro 15; - todas as ligações soldadas (dos condutores de cobre ou de aço às armaduras elementares e aos

terminais) não constituam pontos fracos do circuito, nomeadamente do ponto de vista da intensidade de corrente admissível em regime de curta duração;

- as soldaduras efectuadas não afectem as características mecânicas das armaduras elementares nem as características mecânicas e eléctricas dos condutores de ligação.

b) postes AT

- a armadura do poste tenha pelo menos duas armaduras elementares ordinárias com o mesmo comprimento do poste e os diâmetros nominais destas não sejam inferiores a 16 mm;

- cada um dos terminais de terra (TLT1, TLT2 e TLT3) fique ligado mecânica e electricamente às duas armaduras elementares por dois condutores de cobre, cada um destes com secção nominal não inferior a 35 mm2; no caso de serem utilizados terminais de aço (protegido por um revestimento de zinco obtido por imersão a quente, com uma espessura não inferior a 80 µm) estes fiquem ligados mecânica e electricamente às armaduras elementares por dois condutores de aço (varões) de diâmetro nominal não inferior a 12 mm;

- sejam satisfeitos os valores da resistência eléctrica entre terminais fixados no Quadro 15;

- todas as ligações soldadas (dos condutores de cobre ou de aço às armaduras elementares e aos terminais) não constituam pontos fracos do circuito, nomeadamente do ponto de vista da intensidade de corrente admissível em regime de curta duração;

- as soldaduras efectuadas não afectem as características mecânicas das armaduras elementares nem as características mecânicas e eléctricas dos condutores de ligação.

As dimensões dos terminais de terra dos postes MT e AT devem respeitar na solução alternativa os valores limites fixados para os terminais de latão e para os terminais de aço nos Quadros 13 e 14, respectivamente.

(29)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 29 / 72 6,8,3 - Resistência eléctrica entre terminais de terra

Independentemente do sistema utilizado - condutor de cobre ou armaduras elementares ordinárias - as resistências eléctricas entre terminais, determinadas analítica e experimentalmente, não devem ter valores superiores aos indicados no Quadro 15, considerada a altura total do próprio poste e a tensão da rede a que o mesmo se destina.

No cálculo analítico da resistência eléctrica deve ser desprezada a contribuição do betão.

Nos ensaios de tipo e de recepção não deve ser efectuada qualquer correcção para atender a estados de maior ou menor secura que o betão do poste possa apresentar no momento da medição.

Quadro 15

Resistência eléctrica máxima permitida entre terminais de terra a 20° C Altura total do poste, H (m) Postes MT (mΩ) TLT1-TLT2 Postes MT (mΩ) TLT2-TLT3 Postes AT (mΩ) TLT1-TLT2 Postes AT (mΩ) TLT2-TLT3 14 17 4 8 2 16 19 4 9 2 18 21 4 10 2 6,9 - Diagrama de utilização

O diagrama de utilização do poste para solicitações normais deve ser tal que o diagrama de referência, de raio S = F + V, fique nele inscrito.

6,10 - Limites de fendilhação Sob a solicitação S = F+ V :

- os postes com armaduras elementares de pré-esforço não devem apresentar fendas transversais; - os postes sem armaduras elementares de pré-esforço não devem apresentar fendas com largura

superior a 0,2 mm. 6,11 - Índice de fragilidade (7)

O índice de fragilidade dos postes com armaduras de pré-esforço não deve ser superior a 0,75.

(7) O índice de fragilidade é aqui definido pela relação entre a força de fendilhação e a força de rotura final, ambas supostamente aplicadas na secção do poste situada a 0,25 m do seu topo, podendo actuar em qualquer direcção perpendicular ao eixo longitudinal do poste.

Procura-se com esta disposição garantir que os postes com armaduras de pré-esforço não sejam susceptíveis de rotura do tipo frágil.

(30)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 30 / 72 6,12 - Flechas máximas

Sob a solicitação S = F + V os valores das flechas dos postes no topo não devem ser superiores aos fixados no Quadro 16 Quadro 16 Flechas máximas Altura total (m) Flecha no topo (mm) 9 115 10 130 12 180 14 220 16 280 18 330

6,13 - Localização da rotura em flexão

A secção (ou secções) de rotura deve(m) situar-se:

- a pelo menos 5 m da base, nos postes de 9 e 10 m de altura total; - a pelo menos 6 m da base, nos postes de altura total superior. 6,14 - Resistência à torção

Os postes não devem romper sob a acção de um momento torsor inferior ao indicado no Quadro 17. O momento torsor referido deve ser aplicado na secção situada a 0,25 m do topo e ter direcção paralela ao eixo longitudinal do poste.

Quadro 17

Momento torsor de rotura final mínimo Solicitação nominal do poste, F

(daN)

Momento torsor de rotura final, Mt (daN.m) 800 800 1000 1000 1250 1250 1600 1600 2000 2000 2500 2500 3200 3200 4000 4000 5000 5000

(31)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 31 / 72 6,15 - Tolerâncias de fabricação

As tolerâncias de fabricação a respeitar devem ser as indicadas no projecto, e estas, por sua vez, não devem ser menos exigentes do que as estabelecidas a seguir:

- Sobre as dimensões na direcção longitudinal: ± 1 %, com um máximo de 100 mm. - Sobre as dimensões transversais: ± 5 %, com um máximo de 10 mm.

- Sobre a espessura de recobrimento das armaduras longitudinais: +10 mm, 0 mm.

- Sobre o recobrimento das armaduras transversais: os valores indicados na ficha particular de tipo são valores mínimos.

- Sobre a massa do poste: + 10 %, - 5 %.

- Encurvadura do poste, δ ≤ 0,3 % (ver figura 7). Este desvio corresponde à maior distância medida entre o paramento exterior do fuste e a recta materializada por um fio esticado entre o topo e a base do poste nas extremidades do paramento correspondente ou entre quaisquer duas secções transversais distantes entre si de pelo menos 1 m.

- Furação: de acordo com o plano da figura 5. Permitem-se desvios de ± 1 mm para o diâmetro dos furos da cabeça e de escalamento, e de ± 2 mm quer para a distância entre eixos de dois furos consecutivos, quer para desvios dos eixos dos furos em relação ao planos axiais do poste. - Ligação à terra: de acordo com os planos das figuras 6a e 6b (postes para redes de MT e AT). 7 - MARCAÇÃO

No momento da fabricação os postes devem ser marcados, em relevo (3 a 5 mm de profundidade), de forma legível e indelével, com as indicações seguintes:

- referência EDP; - ano de fabricação;

- um número de ordem começado em 1, no dia 1 de Janeiro de cada ano, podendo este número ser o mesmo para centros de fabricação diferentes, do mesmo fabricante;

- nome ou marca do fabricante (xxx);

- para os fabricantes que tenham vários centros, o número indicativo do centro.

Estas indicações devem ser agrupadas imediatamente abaixo da placa de perigo de morte, pela ordem atrás referida e que se explicita a seguir:

EB - 10 - 800 2000

237 xxx 2

O conjunto das marcações deve ocupar uma altura de aproximadamente 500 mm (ver figura 4). Os postes devem apresentar numa das suas faces laterais um traço horizontal a três metros da base (ver figura 4) para a verificação da profundidade de enterramento, e uma marca circular na secção do

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Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 32 / 72

centro de gravidade, ambas em relevo. Na face oposta devem ter uma marca circular na secção do centro de gravidade, em relevo ou a tinta indelével.

Na secção da base do poste, a tinta indelével, devem figurar: - a referência EDP do poste;

- dia e o mês de fabricação do poste. 8 - MOVIMENTAÇÃO NA FÁBRICA

Na movimentação dos postes deve atender-se à variação da resistência do betão com a idade.

A armazenagem dos postes na fábrica deve ser feita horizontalmente sobre barrotes de madeira com pelo menos 5 cm x 5 cm de secção colocados de fora a fora de cada lado do poste (um barrote de 5 em 5 metros, pelo menos).

O primeiro poste sobre o solo deve ser colocado sobre vigas de madeira ou de betão . Neste último caso a face superior das vigas de betão deve ser revestida com pranchas de madeira.

Os barrotes que suportam cada poste devem ser colocados exactamente por cima (na mesma vertical) dos barrotes ou vigas que suportam o poste inferior.

9 - EXPEDIÇÃO E ENTREGA

Salvo indicação da EDP Distribuição em contrário, os postes não devem ser expedidos antes de completarem pelo menos 20 dias de idade.

A carga deve ser feita de maneira a que os postes não se posicionem de forma a poderem ficar sujeitos a vibrações ou acções do peso próprio susceptíveis de os danificar.

A descarga na berma da estrada ou em qualquer outro local deve fazer-se sobre barrotes, como na fábrica.

10 - DIMENSIONAMENTO

O dimensionamento dos postes deve ser efectuado por métodos analíticos e experimentais. Os métodos experimentais utilizados devem incluir ensaios de protótipos.

Na análise dos resultados obtidos nos ensaios de protótipos deve atender-se, nomeadamente:

- à precisão das medições efectuadas (dimensões das secções, forças, flechas, largura de fendas,... );

- às características reais das armaduras elementares do protótipo, obtidas por ensaios sobre provetes retirados das mesmas barras utilizadas na execução das armaduras elementares;

(33)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 33 / 72

- às características reais do betão do protótipo, obtidas por ensaios sobre provetes moldados com betão da mesma amassadura;

- às dimensões reais transversais e longitudinais do protótipo;

- às posições reais longitudinais e transversais das armaduras elementares do protótipo, em particular nas secções de rotura e/ou de previsível rotura;

- à influência da idade na resistência mecânica do betão;

- às perdas instantâneas devidas à deformação do betão (postes de betão pré-esforçado); - às perdas instantâneas nos dispositivos de amarração (postes de betão pré-esforçado);

- às perdas de tensão devidas à relaxação das armaduras desde o seu traccionamento até à sua libertação, efectuado após a presa do betão, e a perda de tensão devida à retracção do betão já processada quando se efectua a referida libertação (postes com armaduras pré-tensionadas); - às perdas de pré-esforço diferidas devidas à retracção e à fluência do betão e à relaxação das

armaduras de pré-esforço (postes de betão pré-esforçado).

O conhecimento da variação da tensão de rotura do betão com a idade - à compressão e à flexão-tracção - deve ser obtido por via experimental.

Os resultados obtidos nos ensaios dos protótipos, devidamente interpretados, devem ser coerentes com os resultados previstos pelos métodos analíticos utilizados no dimensionamento.

No dimensionamento dos postes à flexão devem ser considerados os valores característicos dos materiais em conjugação com os coeficientes de segurança e índice de fragilidade indicados no Quadro 18.

Quadro 18

Coeficientes de segurança (Solicitações normais) Flexão nos planos principais de

inércia Postes de betão armado S = F+V Postes de betão pré-esforçado S = F+V Coeficiente de segurança em relação

à fendilhação de 0,2 mm ≥ 1 -

Coeficiente de fendilhação - ≥ 1

Coeficiente de segurança em relação

à rotura por cedência ≥ 1,7 ≥ 1,7

Coeficiente de segurança em relação à rotura final

≥ 2 ≥ 2

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11 - DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

No âmbito de uma acção de qualificação (ou de requalificação) de postes o fabricante deve elaborar, entre outros, os seguintes documentos técnicos:

- Ficha geral de fabricação (ver ANEXO I);

- Fichas particulares dos tipos de postes que pretenda qualificar (ver ANEXO I);

- Memória descritiva dos métodos analíticos utilizados no dimensionamento dos postes que pretenda qualificar, apoiada em bibliografia da especialidade e nos ensaios realizados (ver secção 10);

- Notas de cálculo para os ensaios de tipo (ver secção 13);

- Notas de cálculo de verificação do dimensionamento dos tipos de postes que pretenda qualificar.

As notas de cálculo devem permitir conhecer nomeadamente:

- plano dos postes (dimensões, furação, tolerâncias, armaduras, ...); - as flechas máximas e residuais;

- as solicitações de fendilhação de 0,1 mm e 0,2 mm;

- as solicitações de rotura por cedência e de rotura final em flexão;

- os coeficiente de segurança em relação à rotura por cedência e em relação à rotura final em flexão;

- factor de fendilhação e o índice de fragilidade (postes de betão pré-esforçado); - as secções de rotura em flexão;

- os momentos de rotura final em torção;

- os coeficientes de segurança em relação à rotura final em torção; - a resistência eléctrica entre terminais de terra.

12 - VALIDAÇÃO DOS MÉTODOS ANALÍTICOS

Os métodos analíticos utilizados no dimensionamento devem ser validados pela EDP Distribuição com base nos seguintes documentos e critérios:

a) Documentos

Relatório dos ensaios de tipo realizados na presença do representante da EDP sobre postes completos (ver secção 13);

Notas de cálculo para os ensaios de tipo, elaboradas com base nos métodos analíticos objecto de validação e nos resultados dos ensaios dos provetes indicados nos Quadros XIX e XX da secção 13; Fichas de previsão de resultados para os ensaios de tipo (ver ANEXO I) elaboradas a partir das notas de cálculo indicadas no ponto anterior.

(35)

Gabinete de Normalização e Tecnologia Folha 35 / 72 b) Critérios

b.1) Postes submetidos ao ensaio de flexão até à rotura:

- A flecha máxima observada sob a força aplicada S (medida no 4º ciclo no caso de postes de betão pré-esforçado, e no 7º ciclo, na descarga e sob a força 1 S, no caso de postes de betão armado) deve respeitar o valor fixado no Quadro 15 e não diferir mais de 10 % do valor indicado na nota de cálculo para o ensaio;

- A flecha residual observada após a descarga da força 1,7 S não deve ser superior a 5/1000 da altura total do poste e, se este for de betão pré-esforçado, as fendas devem refechar;

- A distância entre a secção de rotura e a base do poste não deve ser inferior a 6 m;

- Os coeficientes de segurança obtidos no ensaio devem respeitar os valores fixados no Quadro 18 (ver secção 10).

b.2) Postes submetidos ao ensaio de torção até à rotura:

- valor do momento torsor de rotura final expresso em daN.m não deve ser inferior ao valor da solicitação nominal do poste expresso em daN.

13 - ENSAIOS DE TIPO

O número mínimo de postes a submeter a ensaios de tipo para validar os métodos analíticos utilizados no dimensionamento deve ser conforme o Quadro 19.

Referências

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