LITERATURA DE GRAVIOLA.

(1)

Naturell Indústria e Comércio Ltda. Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição.

CEP: 09991 000 - Diadema – SP

Nome Científico:

Annona muricata L.

Sinônimos Científicos:

Annona bonplandiana Kuth, Annona ceraensis Barb. Rodr, Annona macrocarpa Wercklé, Annona muricata Var. borinquensis Morales, Guanabanus muricatus M. Gómez.

Nomes Populares:

Graviola, Araticum de comer, Araticum do grande, Araticum manso, Araticum, Jaca de pobre, Coração de rainha, Jaca do Pará, Jaqueira mole.

Família Botânica: Annonaceae Parte Utilizada: Folha e Frutos. Origem: América central.

(2)

Descrição:

Árvore de até 8m de altura, dotada de copa piramidal, com folhas obovado-oblongas, brilhantes, medindo 8-15 cm de comprimento. Flores solitárias, com cálice de sépalas triangulares e pétalas externas grossas de cor amarelada. Os frutos, do tipo baga, tem superfície ouriçada, de 25-35 cm de comprimento, com polpa mucilaginosa e levemente ácida. Originária da América tropical, principalmente Antilhas e América Central, é amplamente cultivada em todos os países de clima tropical, inclusive no Brasil, principalmente nos estados do Nordeste. A espécie afim Annona Montana Macfad. Possue propriedade similares.

Constituintes Químicos Principais:

Estudos fitoquímicos indicaram nas folhas a presença de muitas subtâncias, incluindo taninos, alcaloides e ácido gama-aminobutírico (GABA).

Acetaldeído, acerogeninas, beta-sisterol, stigmesterol, campesterol, procianidina, cellobiose, AC. Cítrico, citrullina, coclaurine, coreximimino, dextrose, falacina, frutose, galactomanan, geranil – caproide glucose AC. Málico, manganês, murinina, muricapentocino, muricoreacina, acido – mirístico, AC. P-cumarico, cloridrato de potássio, reticulina, AC. Esteárico, estefarina, tanino, xilosil – celulose.

O óleo essencial é rico em beta – cariofileno, gama – cadineno, e alfa – elemeno, ésteres e compostos nitrogenados.

Várias acetogeninas são encontradas nas sementes, folhas, cascas e raízes dessa planta.

Ações:

Apresenta propriedades antimicrobiana, bactericida, fungicida, antiviral

antiparasitária e vermífuga.

Tem ação anti – inflamatória, analgésica e antirreumática; diurética e antisséptica das vias urinárias.

Diversas pesquisas apontam para uma promissora ação antitumoral relativa a vários tipos de tumores e células cancerígenas e retardar o crescimento de tumores.

(3)

Apresenta ação levemente calmante, relaxa o sistema nervoso e os vasos sanguíneos, abaixa a pressão arterial e reduz a frequência cardíaca, funciona como um tônico e regulador das funções cardíacas. Tem efeito estimulante da digestão e antidiarreico.

Indicação e Usos:

Pode ser utilizado como antibacteriano e fungicida de largo espectro, sendo eficaz para combater bactérias, fungos e vermes.

Apresenta, também, atividade em casos de problema do aparelho respiratório como resfriado, tosse, febre.

No combate aos sintomas relacionados ao estresse, com humor rebaixado, desordens do sistema nervoso, pressão arterial alta e coração acelerado. Pode ser usada em doenças reumáticas, doenças hepáticas e doenças de pele.

Modo de uso: Uso oral

 Infusão ou decocção do caule ou das folhas: 2g de folhas secas, 5g de

partes duras secas, 4g de folhas frescas, ou 10g de partes duras frescas (1colher de sopa para cada xícara de água): tomar de 1 a 3 vezes ao dia.  Tintura: 5 ml, de 2 a 3 vezes ao dia, diluídos em água.

 Pó: 1 a 2g do pó, 2 a 3 vezes ao dia. Uso externo:

 Unguento: feito com 5 a 10% da tintura. Aplicar nos locais doloridos, 2 a 3

vezes ao dia, especialmente para dores articulares e dores de cabeça.  Associações: Pode ser usada junto com a Tanchagem e a Romã.

(4)

Uso fitoterápico:

Em um estudo realizado para verificar a viabilidade celular de cultura de linfócitos tratados com a fruta verificou-se uma correlação positiva entre a atividade antioxidante e o conteúdo de polifenois totais (r=0,896; p=0,05). Os dados obtidos com o estudo indicam que os derivados da gravioleira apresentam importante atividade antioxidante frente ao radical DPPH e também aumento na viabilidade celular, indicando minimização nos danos oxidativos.

Vários pesquisadores evidenciaram seus estudos com a gravioleira, com base na medicina popular e observaram que as folhas utilizadas em infusão ou liofilizadas (ou seja, em cápsulas) para uso no tratamento de diabetes, gripes, tosses e hipertensão. Outros estudiosos obtiveram resultados positivos da espécie como anticancerígeno e antitumoral devido à presença do composto bioativo acetogeninas, que são compostos característicos dasannonaceae e que exercem citotoxidades seletiva sobre as células tumorais; significa que destroem as células tumorais sem afetar as células normais.

A annona muricata também tem demonstrado resultados positivos, como: inibidora do vírus herpes simplex; possuir propriedades antiviral, antiparasitárias; e ser benéfica contra os efeitos antirreumático e citotóxicos.

Efeitos colaterais /toxidade:

O Uso prolongado pode levar à destruição da flora bacteriana do trato digestivo.

Para tratamento superior a 30 dias, aconselha-se o uso de probióticos e enzimas digestivas;

Doses muito elevadas ou tomadas de uma única vez pode causar náuseas e vômitos, devido a seu efeito emético. Caso ocorra, a dosagem deverá ser ajustada e/ou reduzida. Doses em torno de 18g podem causar sonolência e sedação.

Os extratos alcoólicos de 100mg/Kg de peso corporal em cobaias não demonstraram toxidade ou efeitos colaterais - mas a dose de 300mg/Kg de peso levou a diminuição do comportamento exploratório e constrição abdominal moderada. A dose equivalente para um aduldo de 60Kg seria de 18g; Se ocorrerem sedação e sonolência, a dose deverá ser reduzida.

Contraindicações e advertência:

(5)

Evitar o uso da graviola junto com antioxidante, como, por exemplo, a Coenzima Q-10, uma vez que reduzem seus efeitos.

Gravidez e lactação:

Contra indicada na gravidez, pois, em alguns estudos, foi demonstrada atividade estimulante sobre o útero. Também não deve ser utilizada na amamentação.

Referências Bibliográficas:

1. LORENZI, Harri.Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2º Edição. Nova Odessa, Instituto plantarium de estudo da flora ltda, 2008.

2. CARNEIRO, Danilo Maciel. Essência da saúde: plantas medicinais e alimentação. 1ª edição. Goiânia, Ciência da saúde editora de livraria ltda, 2014.

3. SALGADO, Jocelem. Consumo de graviola no combate ao câncer não tem comprovação científica.S.D. Vya estelar. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vyaestelar/consumo_de_graviola_cura_ca ncer.htm> Acesso em: 12 Set,2014.

4.

5. BENEFÍCIOS medicinais da graviola. SD. Plantas que curam, seu guia

de plantas medicinais. Disponível em:

<http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/graviola.html#.VBMl6_l dVZk> Acesso em: 12 Set, 2014.