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África. Introdução ao estudo da história da África pré colonial

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Academic year: 2021

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África

Introdução ao estudo da história da África pré colonial

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Importância do Estudo da história da

África

“ A história da África é importante para nós, brasileiros, porque ajuda a explicar-nos. Mas é importante por seu valor próprio e porque explica o grande continente que fica em nossa fronteira leste e de onde proveio quase a metade de nossos antepassados. Não se pode continuar o seu estudo afastado de nossos currículos, como se fosse matéria exótica. O obá do Benin ou o

angola a quiluanje estão mais próximos de nós que os

antigos reis da França.”

Alberto da Costa e Silva

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• Relação com história do Brasil;

• Origem de parcela significativa da população; • Raízes culturais brasileiras;

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Historiografia Africana

• Por muito tempo acreditou-se ser impossível escrever uma história da África;

• Para os ocidentais existe uma maneira correta de se escrever a história (modelo: Heródoto);

• História da África subsaariana vem sendo escrita há muitos séculos – viajantes, eruditos...

• Estados recém surgidos da África pós-colonial precisavam contar suas histórias: unidade,

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Fontes para o Estudo da História da

África

1) Escritores árabes;

2) Africanos que escreveram em árabe; 3) Fontes europeias:

4) Fontes africanas;

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Importância da Oralidade

• Importância do conhecimento transmitido de geração em geração por meio da palavra;

• Palavra é sagrada;

• Ofícios relacionados à tradição oral: ferreiro, carpinteiro, tecelão, caçador, agricultor.

• Guardiões da tradição oral:

– Origem do mundo; – Ciências da Natureza; – Astronomia;

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Tradicionalistas

DOMAS => conhecedores, mestres iniciados e iniciadores num

ramo tradicional específico.

=> compromisso com a verdade [mentira é uma “lepra moral”];

=> perseguidos pelo poder colonial para extirpar as tradições e impor suas próprias ideias;

=> conhecedor de uma ciência prática a serviço da vida;

GRIOTS => animadores públicos

=> direito de embelezar os fatos => “O griot pode ter duas línguas”.

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“Quando falamos de tradição em relação à história africana, referimo-nos à tradição oral, e nenhuma tentativa de penetrar a história e o espírito dos povos africanos terá validade a menos que se apóie nessa herança de conhecimentos de toda espécie, pacientemente transmitidos de boca a ouvido, de mestre a discípulo, ao longo dos

séculos. Essa herança ainda não se perdeu e

reside na memória da última geração de grandes depositários, de quem se pode dizer são a

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Continente africano

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Mapa físico da África

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Hidrografia Nilo Senegal Gâmbia Cross Níger Volta Congo Limpopo Zambeze

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Formas de Organização das Sociedades

Africanas

• De agrupamentos de caçadores e coletores até Grandes Reinos;

• Organização a partir das relações de parentesco e fidelidade ao chefe;

• Chefe + agregados e dependentes=> núcleo básico da organização da África

• União mantida pela autoridade de um dos membros do grupo, em geral, mais velho.

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Aldeias

• Forma mais comum de organização; • Famílias

• Subordinação de todos ao chefe da aldeia • Chefe:

• Responsável pelo bem estar de todos os que viviam na aldeia;

• Punição aos que não seguiam as normas; • Distribui terras

• Comanda guerreiros

• Recebe parte da produção de todos

• Decisões tomadas em colaboração com outros chefes da aldeia ( conselho)

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Contato com sobrenatural

• Orientação para a vida; • Espíritos da Natureza; • Antepassados mortos;

• Heróis míticos=> fundadores;

• Conhecimento dos mais velhos e dos ancestrais (mesmo depois de mortos).

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Confederação

• Associação de diversas aldeias

• Obediência a um conselho de chefes

• Casamentos entre pessoas de diferentes famílias e trocas de produtos;

• Decisões tomadas por representantes do conjunto de aldeias que participavam do sistema.

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Reinos

• Capital;

• Chefe maior com autoridade sobre todos os outros chefes;

• Maior complexidade na administração da

justiça, comércio, distribuição de excedentes, defesa, organização do poder;

• Nas capitais: concentração de riqueza e poder, intercâmbio cultural, possibilidades de troca e convivência.

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Cidades independentes

• Geralmente cercadas de muros ou paliçadas; • Centros de comércio;

• Intersecção de rotas;

• Comerciantes, chefes locais; • Existência de um rei;

• Artesãos se agrupavam conforme atividade; • Agricultores e pastores nos arredores;

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África Subsaariana

• África Ocidental

– Entre os rios Senegal e Cross

– Outros rios: Gâmbia, Volta, Níger

– Vegetação: estepes, savanas, florestas

• África Centro Ocidental*

– Entre rios Congo e Cuanza

• África Oriental*

– Entre rios Limpopo e Zambeze

* Áreas de savanas e cerrados

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Reinos

Sudaneses

Primeiras comunidades:

• Agricultura (milhete, sorgo, arroz, cereais); • Caça; • Pesca; • Criação de gado ; • Domínio da metalurgia; • Vilas; • Organizam-se em linhagens Sudão Do árabe “Bilad al Sudan” = terra de negros

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Origem dos reinos sudaneses

• Comércio transaariano;

• Cereais, âmbar, marfim, pimenta, escravos

• Cavalos, sal, cobre, conchas, tâmaras, tecidos de algodão

• Aldeias tornam-se pontos comerciais; • Controle do comércio, tributos, hospedagem...

• Rotas comerciais => no deserto, controle dos berberes => guias/ camelos

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(Religiões Monoteístas na África)

um parênteses...

Cristianismo

• Origem no Oriente => Jesus pertencia ao Judaísmo

• Difusão pelo império romano

• Século VI => principados da Núbia e Reino da Etiópia são cristãos

• Século XVI => expansão com Portugal e Espanha,

incluindo reinos africanos.

Islamismo

• Origem no Oriente => Maomé

• Difusão por seus seguidores • Século VII: da Pérsia à

Península Ibérica, passando pelo Norte da África

• Comércio transaariano difunde a religião no restante do continente africano.

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Principais Reinos Sudaneses

• Gana;

• Mali;

• Songai;

• Tecrur;

• Canem ;

• Bornu;

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Estados da Floresta Ocidental

• Bono • Ifé • Benin • Oió • Idah • Ijebu-Ode, Idowa, Ijebu-Igmo, Owo Ikeja

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África Centro Ocidental

• Luba e Lunda; • Congo • Loango • Tios • Andongo • Libolo

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Escravidão na África Subsaariana

• Escravidão doméstica:

• Forma de dependência pessoal; • Aumentar componentes da família;

• Formas de se adquirir escravos:

• Vencidos de guerra (mulheres e crianças cativas) • Sequestros;

• Punição;

• Escravizar-se para saldar uma dívida;

• Fugas para fundação de novas comunidades; • Problema da falta de terras:

• Sobra terra / falta mão de obra;

• Chefes tem controle => cessão a quem tivesse braços para trabalhá-la.

• Séculos XV-XVI:

• Soldados; • Criados;

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Grupos Linguísticos

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Cidades e Reinos antigos

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Ubuntu

Ubuntu is a concept that we have in our Bantu languages at home. Ubuntu is the essence of being a person. It means

that we are people through other people. We cannot be fully human alone. We are made for interdependence, we are made for family. When you have ubuntu, you embrace others. You are generous, compassionate. If the world had more ubuntu, we would not have war. We would not have this huge gap between the rich and the poor. You are rich so that you can make up what is lacking for others. You are

powerful so that you can help the weak, just as a mother or father helps their children. This is God's dream.

Desmond Tutu (Arcebispo da Igreja Anglicana e ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1984)

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Para saber mais

www.casadasafricas.org.br

África e Brasil africano – Marina de Mello e

Souza

História e cultura afro-brasileira – Regiane

Referências

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