• Nenhum resultado encontrado

Anais do X Colóquio de História da UNICAP/ 2016 ESCRAVIDÃO, ABOLIÇÃO E PÓS-ABOLIÇÃO ISSN

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Anais do X Colóquio de História da UNICAP/ 2016 ESCRAVIDÃO, ABOLIÇÃO E PÓS-ABOLIÇÃO ISSN"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

Anais do X Colóquio de História da UNICAP/ 2016 ESCRAVIDÃO, ABOLIÇÃO E PÓS-ABOLIÇÃO

ISSN 2176-9060

RELAÇÕES DE PORTUGAL COM A GUINÉ NO SÉCULO XV: UM COMEÇO PARA O SISTEMA COLONIAL E DIASPORA AFRICANA

André Felipe de Souza Menezes UFPE andrefelipepe@hotmail.com RESUMO

O presente trabalho traz um pouco do estudo sobre a história da África e as relações dos portugueses com os reinos e povos africanos na região da Guiné, visando ajudar a ampliar o debate sobre o tema da diáspora africana e sua influência no mundo atlântico, como também ajudar a compreender um pouco da sociedade brasileira colonial. Para tal o estudo das relações dentro do comércio português com povos da Guiné, traz esse ponto, pois é com muitas experiências dentro da costa e com povos da guiné mostram um dos precursores para a diáspora africana, a escravatura e o desenrolar do comércio na costa da África ocidental. Analisando como era feito o comércio entre os portugueses e africanos nessa região, e como se desenrolou essa relação, o fato é que os africanos participaram ativamente deste comércio, o presente trabalho ampliar o diálogo sobre a temática da influência dos africanos no mundo atlântico, e como se desenrolou essa relação com os pioneiros portugueses, além de contribuir para o entendimento da sociedade brasileira.

PALAVRAS-CHAVE: ÁFRICA, DIÁSPORA, MUNDO ATLÂNTICO

INTRODUÇÃO

O presente artigo tem a finalidade de contribuir para a historiografia brasileira, pois sabe-se que há uma conexão grande entre Brasil e África, na qual se deriva de muitas coisas não somente do tráfico negreiro, mais também de relações mercantis.

Sendo assim trata-se de uma pesquisa como ponto de partida para outras mais aprofundadas, como também no artigo procura-se discutir essa relação entre africanos e portugueses na região conhecida como Guiné, e destacando as experiências que os dois tiveram e sua importância para o desenvolver do império ultramarino português.

(2)

Anais do X Colóquio de História da UNICAP/ 2016 ESCRAVIDÃO, ABOLIÇÃO E PÓS-ABOLIÇÃO

ISSN 2176-9060

Portanto procura-se discutir e fazer uma análise das relações portuguesas com os povos na Guiné, onde destas relações se tornam ponto partida para os projetos coloniais, implantados em ilhas na costa ocidental africana, como a de São Tomé, dos Açores, entre outras.

Neste sistema por que não dizer que foram um começo para o sistema colonial implantado no Brasil? Fruto de experiências e negociações feitas na costa africana, em regiões abaixo do controle dos mauritanos, onde se encontravam diversas especiarias.

Portanto este trabalho tem como um dos objetivos combater alguns preconceitos sobre os povos africanos, aos quais não eram inferiores aos portugueses e/ou outros europeus principalmente no período do século XV, onde se existia grandes impérios e reinos fortes, como o império do Mali e os Mouros, que ainda detinham uma grande força no norte africano.

COMO SE DEU ESSA RELAÇÃO ENTRE PORTUGUESES E AFRICANOS?

Com base nos estudos da Crônica do Descobrimento e Conquista da Guiné, (Azurara, 1841) no qual nota-se que as atividades iniciais dos portugueses na África em seu começo não eram amigáveis, pois o espirito de cruzada levado pela reconquista e a conquista de Ceuta, fizeram com que eles saqueassem, fizessem guerra com outros povos africanos.

A partir deste ponto os portugueses iniciaram incursões ao longo da costa, ao mando de muitos anos pelo infante Dom Henrique, ao qual tinham conhecido de povos que não sofriam influência dos mouros, e do islã.

Portanto haveria de irem para além do cabo bojador, neste começo foram 4 motivos os quais levaram os portugueses a ir além do cabo

No Livro o trato dos viventes de Luiz Felipe de Alencastro, mostra que em Ceuta

iniciou-se o processo de expansão portuguesa, cidade portuária no norte africano, onde se encontraram muitas informações de especiarias, como marfim, entre outros.

No livro de Charles Boxer O Império Colonial português, no capitulo primeiro, ele

(3)

Anais do X Colóquio de História da UNICAP/ 2016 ESCRAVIDÃO, ABOLIÇÃO E PÓS-ABOLIÇÃO

ISSN 2176-9060

bojador, dos quais um dos principais foi se apoderar do ouro da Guiné estava incluso.

As informações sobre a guiné e o seu ouro, circulavam ao norte da África , portanto os portugueses tiveram acesso a essas informações, sendo assim mais motivos para ir além do cabo bojador.

Contudo os portugueses eles assim que passaram do cabo e começaram suas interações, não foi pacífica para os dois lados, onde os portugueses na metade do século quinze, já com as ilhas da madeira, açores precisavam de mão de obra, e especiarias, portanto assaltavam vilas costeiras.

Entretanto esses embates começaram a sofrer algum revés à medida que os mesmos entravam em território africano, de algumas tribos, portanto isso mostraria algum tipo de superioridade?

Claramente que não, dizer que os africanos eram mal organizados, indispostos, e péssimos guerreiros é uma afirmativa errônea, pois a arte de guerrear, era muito praticada na África a milhares de anos, portanto os africanos tinham sua maneira de lutar contra seus inimigos. 

O fato é que, os portugueses conseguiram suas especiarias sim conseguiram, contudo não poderiam as ter se não por meio de negociação com povos africanos, pois a superioridade africana por dentro da África era muito maior, pois conheciam o território, estavam em maior número, sendo assim os tratos de comércio eram muito mais lucrativos para os dois lados.

especiarias orientais como marfim, a pimenta entre outros ,4- o desejo de se apoderar do ouro da Guiné.

Como se tem nas Cronicas de Ibin Matuta, na coleção história geral da África Volume IV

de Djibril Tamsir Niane, onde ele relata dos capítulos 25 e 26, que caravanas

muçulmanas circulavam na África levando o ouro da Guiné até o norte da África e para a Arábia, uma destas cidades era Ceuta, que recebia o ouro africano e outras especiarias, como a pimenta, noz-de-cola, cobre, entre outros.

Segundo o livro o trato dos Viventes de Alencastro revela tal fato.

No Livro a África e os Africanos na conquista do mundo Atlântico, de 1400-1800, do

historiador John Thornton, revela que muito pelo contrário, os portugueses tiveram contato com povos como os jalofos, mandingas, fulas, que eram ótimos guerreiros.

(4)

Anais do X Colóquio de História da UNICAP/ 2016 ESCRAVIDÃO, ABOLIÇÃO E PÓS-ABOLIÇÃO

ISSN 2176-9060

Até mesmo na etimologia da palavra conquista, ou o verbo “conquistar” diz que, se subjuga, domina, obtém o que é do outro por meio de luta e etc, segundo o dicionário Aurélio, sendo assim os portugueses e os europeus subjugaram e dominaram no século XV, toda região da Guiné? Portanto já aqui debate isso também, claramente sem cometer anacronismos, pois os significados das palavras mudam com o tempo, entretanto, afirmar que os portugueses subjugaram todos os povos da Guiné, todas as tribos, é algo errôneo, pois havia muitos povos.

Sendo assim, a superioridade africana ainda no século XV em regiões mais adentro longe do litoral era bem maior que a portuguesa, subjugar muitas tribos mesmo ao longo dos anos, é algo que requer uma grande expedição e alto investimento militar, coisas que Portugal não tinha interesse em realizar altos gastos desnecessários.

Portanto a troca comercial foi vital para o desenvolvimento, pois a mesma faz com que os portugueses tivessem acesso a mercadorias, e especiarias que se encontram mais ao centro da África, como o ouro, a pimenta, o marfim entre outros.

Essas trocas vitais para o comércio português e desenvolvimento do comércio no atlântico, e para o desenvolvimento das ilhas costeiras dos açores, e próximas ao cabo bojador, sobretudo a de São Tomé.

AXIM, CASTELO DA MINA E SÃO TOMÉ.

Axim e sua e sua formação foi muito importante para o comércio de ouro na região da Guiné, como também para defender o comércio de outras especiarias como a pimenta e escravos.

Segundo o dicionário Aurélio online a palavra conquistar no qual significa: 1- fazer

conquista de; 2- Adquirir por conquista; 3- subjugar; 4- Dominar; 5- Alcançar; 6- Adquirir a força de trabalho; 7- Ganhar (estimas, amizade); 8- Namorar. Podendo ser acessado em: https://dicionariodoaurelio.com/conquistar

Presente no capítulo segundo e terceiro do livro de John Thornton, a África e os

Africanos na conquista do mundo atlântico (1400 a 1800), onde mostra como era feita a troca destas mercadorias por escambo, na troca por cavalos, espadas, e até mesmo armas de fogo até certo momento onde o papa proíbe, o comércio de armas de fogo e de matérias de caráter militar para povos não cristão, contudo essa prática continuou a ser praticada ao longo dos séculos.

(5)

Anais do X Colóquio de História da UNICAP/ 2016 ESCRAVIDÃO, ABOLIÇÃO E PÓS-ABOLIÇÃO

ISSN 2176-9060

A construção do Castelo da Mina, foi para que servisse de defesa dos interesses portugueses em defesa de ataques de tribos africanas, como também de outras nações europeias, protegendo assim o principal produto de interesse português o ouro em pó da Guiné.

Portanto as feitorias além de servirem de entre postos comerciais, também serviam como defesa, e de certa forma uma demonstração de poder por parte dos portugueses em cima dos africanos.

Como também além de servirem como base estratégica, e militar, era uma proteção as ilhas ao longo da costa, abastecendo navios, e levando os cativos das regiões para Lisboa, e para as ilhas conquistadas.

Portanto o ouro da Guiné consegui colocar Portugal no ramo de cunhagens de moeda na Europa, colocando cada vez mais atenção aos negócios portugueses na África e no atlântico.

DIÁSPORA AFRICANA E COMEÇO DO SISTEMA COLONIAL?

Primeiramente é preciso ressaltar que, os portugueses não começaram a diáspora africana, pois a mesma aconteceu a muitos anos com civilizações como os Cartagineses, os Romanos, e na idade antiga os povos vencidos eram escravizados, sendo eles de etnias negras ou brancas. Sendo assim ainda neste diálogo pode-se ressaltar que a escravidão é sim uma das instituições mais antigas do mundo, contudo essa escravidão de indivíduos não tinha sobre um foco o mundo atlântico.

Portanto pode-se afirmar que os portugueses e os europeus a serviço de Portugal, eles foram precursores sim de um sistema colônia escravista

No livro O Império Colonial Português, por Charles Boxer, mostra que o castelo da

mina e a feitoria de Axim foram de vital importância para o controle e proteção dos negócios na região da Guiné.

No capítulo primeiro de Charles Boxer, império ultramarino português, onde mostra que

o ouro da Guiné e as especiarias levaram Portugal a um momento onde Lisboa no século XVI, seria uma cidade onde se encontrava vários produtos, muitas especiarias, como refuta também Luiz Felipe de Alencastro no livro o trato dos viventes, que Lisboa entra no cenário internacional, e muito disso se deve aos negócios dos mercadores

(6)

Anais do X Colóquio de História da UNICAP/ 2016 ESCRAVIDÃO, ABOLIÇÃO E PÓS-ABOLIÇÃO

ISSN 2176-9060

na idade moderna, mas não foram os primeiros a utilizar cativos dentro de uma sociedade.

Sendo assim o tráfico negreiro também no século XV, no qual é realizado por portugueses, é um começo, é como a ponta de um iceberg, pois ao longo dos anos vários outros povos vão intensificar esse processo no mundo atlântico.

Seguindo essa linha de pensamento, é preciso entender que não foi logo no começo do século XV, que os portugueses começaram a trazer cativos da Guiné para as ilhas de São Tomé, Canárias, Açores, entre outros.

Vale lembrar também que não se foi de uma hora para outra que os portugueses conseguiram dominar as águas do atlântico e suas correntes, demorou-se alguns anos até eles conseguirem, como também para navegarem as léguas além do cabo bojador, e das que tinham navegado anteriormente.

Sendo assim o comercio de escravos feito pelos portugueses, se começa a partir de Ceuta, marco da expansão portuguesa na África, onde muçulmanos eram escravizados, contudo no atlântico, com maior intensidade, se intensificou maior nos séculos posteriores, com relações mais com o reino do congo, e ndongo, na capitania da angola, sem contar também o Benim, que muitos escravos saiam do reino do Benim.

Contudo é inegável que começou na região da Guiné e no Senegal, onde se começou entre relações, que foram facilitadas pelos chamados

Como mostra John Thornton, no livro A África e os Africanos na conquista do mundo

Atlântico, em seus capítulos 1,2, 3 dedicados à os primeiros séculos e como as

negociações eram feitas, A Charles Boxer, O império Colonial Português, como também a Djibril Tamsir Niane, em História Geral da África, na obra patrocinada pela Unesco, onde nos capítulos 25 e 26, relata sobre essa transição.

Nota-se isso a partir da leitura do livro história Concisa de Portugal, de José Mattoso,

como também pelas Chronicas do descobrimento e conquista da Guiné, de Gomes Eannes de Azurara.

(7)

Anais do X Colóquio de História da UNICAP/ 2016 ESCRAVIDÃO, ABOLIÇÃO E PÓS-ABOLIÇÃO

ISSN 2176-9060

lançados ou tango maos, os quais facilitavam negociações com grupos e tribos africanas, como os fulas, os mandingas, entre outros.

Os mesmos tango maos facilitavam imenso, pois quebravam muitas vezes barreiras linguísticas, facilitavam trocas culturais, e negociações, alianças, que muitas vezes os povos africanos faziam com os europeus pois estavam em guerra com outros povos na África.

Mesmo assim de qualquer forma, no começo alguns navios portugueses caçavam na costa africanos para escravizarem, e muitas vezes não conseguiam, sendo assim o comercia e o aumente extensivo na diáspora somente se deu por conta de negociação com os próprios africanos, que vendiam os prisioneiros de guerra e povos subjugados em guerras, entre outros cativados.

Portanto como visto anteriormente a escravidão foi uma das instituições mais antigas da humanidade, sendo assim o aumento extensivo do comércio de escravos começado pelos portugueses na costa africana da Guiné, só foi possível graças as tribos, reinos e povos na África.

Esse comércio desenvolveu uma mão de obra barata, e muito explorada principalmente para plantação de cana de açúcar, e outros meios começando nas ilhas ao longo da costa africana, aumentando a população substancialmente nas ilhas, como também a produção, como mostra o mapa a seguir:

No livro O trato dos viventes Luiz Felipe de Alencastro, mostra a importância destes

homens para facilitar o comércio, vistos muitas vezes não muito bem por europeus, por se vestirem e andarem com os nativos, algo que no livro dentre os capítulos 1 e 2, o historiador Alencastro, mostra também que facilitava muito as relações, e muitos

portugueses na África por assim dizer se africanizavam, por terem condições melhores de vida no local onde estavam, do que na Europa.

Presente mapa na parte introdutória do livro A África e os Africanos na conquista do

mundo atlântico, como nos primeiros capítulos Thornton vai mostrar a importância deste comércio e interações entre portugueses e africanos, e dos lançados para o facilita as negociações com esses povos.

Nas Chronicas de conquista da Guiné por Azurara, relata sobre alguns portugueses que

buscavam essa prática, contudo bem menos efetiva do que com os lançados ou por meio de negociações.

Podendo ser acessado no link:

https://www.google.com.br/?gws_rd=cr,ssl&ei=tx50WPDjMIe3mwHDqJnQCg#q=inclus% C3%A3o+de+mapa+segundo+abnt+2016

(8)

Anais do X Colóquio de História da UNICAP/ 2016 ESCRAVIDÃO, ABOLIÇÃO E PÓS-ABOLIÇÃO

ISSN 2176-9060

Rotas de escravos nas quais mostram que no século XV os africanos já percorriam grandes distâncias, sendo levados para trabalharem nas ilhas ao longo da costa e na Europa, contudo as ilhas atlânticas serviram de muitas experiências para os portugueses para navegações posteriores. A IGREJA E PORTUGAL NO MUNDO ATLÂNTICO.

Sobre a questão da expansão portuguesa, a igreja católica proporcionou incentivos aos portugueses, aos quais proporcionaram ao

(9)

Anais do X Colóquio de História da UNICAP/ 2016 ESCRAVIDÃO, ABOLIÇÃO E PÓS-ABOLIÇÃO

ISSN 2176-9060

infante Dom Henrique, dos quais vieram em forma de bulas papais, permitindo que os portugueses escravizassem, matassem, conquistassem, entre outras, todos os sarracenos e inimigos de Cristo.

Ou seja, o papa permitia que os portugueses realizassem saques na costa africana contra tribos, tudo isso em nome de cristo, e difusão da religião cristã.

Para os dias atuais parece um absurdo, contudo o historiador não pode cometer esse anacronismo, pois os homens no século XV é totalmente do homem do século XXI.

Portanto a igreja não fazia vista grossa, ela incentivou as incursões portuguesas ao longo da costa africana, com base tomada a guerra contra os muçulmanos ao oriente, os chamados sarracenos e turcos.

Como também o sinal da existência do prestes João, também incentivava tanto as navegações como a igreja, a um aliado para combater os muçulmanos no norte da África e oriente médio.

Além disso a igreja, olhava a África como um local de ganhar mais fiéis para a igreja, logo o interesse nas navegações e conquistas dessas regiões na África.

Contudo alguns povos abaixo da influência do império do Mali e de outros povos de origem islâmica.

Mesmo assim como os africanos viam esse lado? Como encaravam a questão da conversão?

Sobre as bulas papais no livro de Charles Boxer no livro O Império Colonial Português,

define três como principais que caracterizavam o apoio papal: 1º A Dum diversas, na qual permite o rei de Portugal de conquistar, submeter e atacar sarracenos, pagãos e outros descrentes inimigos de Cristo, capturar seus territórios, reduzi-los a escravatura perpétua, além de transferir seus territórios para o rei de Portugal. 2º Romanus Pontifex, que na qual enaltece o infante Dom Henrique pelos seus feitos, e proclama ele como defensor da fé cristã, na qual enaltece a colonização das ilhas das canárias, madeira, permitindo que o príncipe submetesse os denominados pagãos a fé cristã. 3º na bula Inter Caetera, refuta a bula anterior e dá a urisdição espiritual a Ordem de Cristo. Nas páginas, 42,43,44.

Como mostra Djibril Tamsir, no livro História Geral da África, volume IV, no capitulo

25, sobre as transações na África e a importância e influencia na costa do atlântico do império do Mali.

(10)

Anais do X Colóquio de História da UNICAP/ 2016 ESCRAVIDÃO, ABOLIÇÃO E PÓS-ABOLIÇÃO

ISSN 2176-9060

O fato é que, muitos povos estavam longe da jurisdição e égide portuguesa que os povos os quais não eram cristão eram escravizados, outros facilitavam a interação com portugueses, por conta de alianças e jogo de interesses de ambos os lados, então a conversão muitas vezes era encara como forma de aliança e negociação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste presente artigo procurou-se discutir como as experiências trocadas pelos portugueses e africanos, foram sobretudo importantes e precursores de muitas interações levadas ao longo dos séculos, muitas baseadas nas experiências portuguesas, e dos navegadores a serviço do reino de Portugal.

Levando em consideração também que os africanos, já tinham tido algumas experiências com os portugueses, e os jogos de interesses de ambos os lados nas trocas comerciais, que posteriormente também manipulavam os europeus com base nos seus interesses.

Por isso quando se toma conhecimentos sobre a historiografia africana, é necessário entender que os africanos nunca foram inferiores aos europeus em nenhuma ocasião, nem cientificamente, muito menos culturalmente.

Além do mais se fossem também tão inferiores militarmente, porque se o fossem não tinham ganhado embates na África, seriam rapidamente exterminados, mas eram muito resistentes, expulsando muitas vezes os europeus de suas regiões.

Portanto o estudo das interações luso-africanas, são essenciais para entender o brasil colonial também, que nos anos quinhentos e seiscentos recebe muitos africanos, e com base nas experiências observadas e vivenciadas pelos portugueses na África e nas ilhas na costa africana, fizeram com que os mesmos conseguissem desenvolver um sistema

(11)

Anais do X Colóquio de História da UNICAP/ 2016 ESCRAVIDÃO, ABOLIÇÃO E PÓS-ABOLIÇÃO

ISSN 2176-9060

comercial muito lucrativo, que somente foi possível graças aos africanos, e as interações com os mesmos.

REFERÊNCIAS:

http://www.geledes.org.br/escravizacao-de-africanos/#gs.x5f4fGM último acesso 09/01/2017, ás 23:38.

História Geral da África I, Metodologia e Pré-história, Brasília: Editor J. Ki-Zerbo, 2.ed. rev. UNESCO, 2010. p. 1 a 23.

Thornton, Jonh K. A ÁFRICA E OS AFRICANOS NAFORMAÇÃO DO MUNDO ATLÂNTICO 1400-1800. Tradulçao Marisa Rocha Motta. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2004, 2 ed. p. 7 a 186.

HISTÓRIA GERAL DA ÁFRICA IV, África do século XII ao XVI, Brasília: Editor Djibril Tamsir Niane, 2.ed. rev. UNESCO, 2010. Cap. 25 e 26.

Alencastro, Luiz Felipe de. O trato dos viventes: Formação do Brasil no Atlântico Sul Séculos XVI e XVII. São Paulo: SCHWARCZ LTDA, 2000, p. 9 a 78.

Saraiva, José Hermano. História Concisa de Portugal. 21. Ed. Mem Martins: PUBLICAÇÕES EUROPA-AMÉRICA, LDA, 2001. p. 123 a 148. Boxer, C. R. O IMPÉRIO COLONIAL PORTUGUÊS. LISBOA: edições70, 1972, p. 37 a 60.

Azurara, Gomes Eannes, Chronicas do descobrimento e conquista da Guiné. Pariz: publicada por J. P. AILLAUD, p. 1 a 162.

http://slavevoyages.org/assessment/intro-maps último acesso 09/01/2017 ás 23:41.

Referências

Documentos relacionados

este volume contém os contos escritos por sir Arthur Conan doyle que guardam algumas de suas histórias mais famosas e queridas: As aventuras de Sherlock Holmes, Memórias de Sherlock

A teoria das filas de espera agrega o c,onjunto de modelos nntc;máti- cos estocásticos construídos para o estudo dos fenómenos de espera que surgem correntemente na

O objetivo deste trabalho foi realizar o inventário florestal em floresta em restauração no município de São Sebastião da Vargem Alegre, para posterior

Diante disso, o objetivo deste trabalho foi investigar a variabilidade espacial da textura do solo em área de Terra Preta Arqueológica sob floresta em Manicoré - Amazonas.. REVISÃO

Enfim, está claro que a discussão entre Ghiselin e De Queiroz diz res- peito ao critério de identidade para táxons. Para Ghiselin, um indivíduo é algo que não apresenta

A Parte III, “Implementando estratégias de marketing”, enfoca a execução da estratégia de marketing, especifi camente na gestão e na execução de progra- mas de marketing por

Após extração do óleo da polpa, foram avaliados alguns dos principais parâmetros de qualidade utilizados para o azeite de oliva: índice de acidez e de peróxidos, além

Crisóstomo (2001) apresenta elementos que devem ser considerados em relação a esta decisão. Ao adquirir soluções externas, usualmente, a equipe da empresa ainda tem um árduo