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FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE ENSINO CURSO DE BIOMEDICINA DIEGO MEDEIROS BACON HPV E CARCINOGÊNESE NO ÂMBITO MOLECULAR E GENÉTICO

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FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE ENSINO

CURSO DE BIOMEDICINA

DIEGO MEDEIROS BACON

HPV E CARCINOGÊNESE NO ÂMBITO MOLECULAR E GENÉTICO

ITAPETININGA – SP 2017

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DIEGO MEDEIROS BACON

HPV E CARCINOGÊNESE NO ÂMBITO MOLECULAR E GENÉTICO

Trabalho de conclusão de curso apresentado a Faculdade Sudoeste Paulista – FSP – ao curso de graduação de Biomedicina como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Biomedicina

Orientador: Prof. Dr. Renato P. Prado

ITAPETININGA – SP 2017

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BACON, Diego Medeiros

HPV e a Carcinogênese no âmbito genético e molecular/ Diego Medeiros Bacon – Itapetininga – SP, 2017, 38p.

Trabalho de conclusão de curso - FSP- Curso de Biomedicina.

Orientador Prof.Dr. Renato P. Prado

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DIEGO MEDEIROS BACON

HPV E CARCINGÊNESE NO AMBITO MOLECULAR E GENÉTICO

Trabalho de conclusão de curós apresentado a Faculdade Sudoeste Paulista – FSP – ao curso de graduação de Biomedicina como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Biomedicina

Orientador: Prof. Dr. Renato P. Prado

BANCA EXAMINADORA

____________________________ Prof. Orientador Dr. Renato P. Prado

_____________________________ Prof.a Ms. Ligia Maria Micai Gomide

_____________________________ Prof. Ms. Heverson Felipe Pranches Carneiro

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Dedico esse trabalho aos

meus pais e irmãos que

estão sempre ao meu lado

em todas as ocasiões

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a minha mãe na qual me alertou na possibilidade de se aventurar nessa profissão e aos meus pais que possibilitaram a oportunidade de exercer a faculdade. Agradeço a todos os professores, onde compartilharam seus conhecimentos e experiências para formação de futuros profissionais biomédicos e principalmente ao professor e amigo Renato na qual me orientou na execução deste trabalho. Por fim agradeço a todas as pessoas e amigos feitos durante o estado na faculdade, diurno e noturno na qual compartilhamos momentos de alegria, companheirismo e dificuldades, nessa caminhada longa realizados por todos nós.Obrigado!

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BACON, Diego M. Acarcinogênese no âmbito molecular e genético, 2017. 38f. Monografia (Graduação) – Faculdade Sudoeste Paulista, Itapetininga-SP, 2017.

RESUMO

A suspeita do HPV como provável causaa levar aodesenvolvimento docâncer de colo uterino iniciou historicamente em 1949, com o patologista George Papanicolaou que estabeleceu o exame que detecta lesões pré-cancerosas. O HPV atua como carcinógeno devido a interações dos genes desses com os genes das células hospedeiras, resultando em desregulação dos genes que atuam no ciclo celular, promovendo o crescimento celular descontrolado. Anualmente, cerca de 5 a 15% das mulheres, sem histórico de infecção pelo HPV, são infectadas por algum tipo deHPV de alto risco, sendo que aproximadamente 25% dessa incidência afeta jovens entre a faixa etária de 15 e19 anos. Além disso, aproximadamente 40% das mulheres sexualmente ativas são infectadas pelo HPV. O HPV é considerado o agente infeccioso de transmissão sexual mais comum. Estima-se que o número de mulheres portadoras do DNA viral chega a 291 milhões, e pelo menos uma vez na vida 105 milhões de mulheres terão infecção pelo HPV 16 ou 18. Dentre os vários tipos de HPV, o HPV18 e HPV16 são os de maior interesse, pois são os mais correlacionadosao alto risco oncogênico. O DNA do HPV de alto risco é detectado em 92,9% a 99,7% na maioria das espécies com câncer cervical invasivo. Entre os vários tipos de câncer, o câncer cervical é responsável por 6% de todas as neoplasias entre as mulheres, surgindo cerca de 500 casos novos e levando a aproximadamente 231mil óbitos de mulheres por câncer cervical invasivo anualmente. Dessa forma, o seguinte trabalho é uma revisão bibliográfica em que se relata o histórico do vírus, suas características, formas de contágio, sua relação com o processo de carcinogênese e principalmente as interações e alterações dos produtos moleculares dos vírus com a célula hospedeira, especialmente com relação ao seugrande impacto nos produtos dos genes celulares p53 e RB, que levam ao surgimento do câncer.

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BACON, Diego M. Thecarcinogenesis at the molecular and genetic level, 2017. 38f. Monograph (University Graduation) – Faculdade Sudoeste Paulista, Itapetininga-SP, 2017.

ABSTRACT

The suspicion of HPV being likely to lead to cervical cancer began historically in 1949, with pathologist George Papanicolaou who established the test that detects precancerous lesions. HPV acts as a carcinogen due to interactions of these genes with host cell genes, resulting in dysregulation of genes that act on the cell cycle, promoting uncontrolled cell growth. Annually, about 5 to 15% of women with no history of HPV infection are infected with some high-risk HPV, with approximately 25% of them affecting young people aged 15-19 years. In addition, approximately 40% of sexually active women are infected with HPV. HPV is considered the most common infectious agent of sexual transmission. It is estimated that the number of women carrying viral DNA reaches 291 million, and at least once in their lifetime 105 million women will have HPV infection 16 or 18. Among the various types of HPV, HPV18 and HPV16 are those of greater interest, since they are the most correlated to the high oncogenic risk. High-risk HPV DNA is detected in 92.9% to 99.7% in most species with invasive cervical cancer, and among cervical cancers, cervical cancer accounts for 6% of all neoplasms among women, with about 500 new cases occurring, and approximately 231,000 deaths of women from invasive cervical cancer occur annually. Thus, the following work is a bibliographical review where the history of the virus, its characteristics, forms of contagion, the process of carcinogenesis and mainly the interactions and alterations of the molecular products of the virus with the host cell are reported. This has a major impact on the products of the cellular genes p53 and RB that lead to the onset of cancer.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Mapa genético do HPV 18 ... 16

Figura 2 – Diferenciação da célula hospedada pelo vírus HPV ... 17

Figura 3 – Proteína pRb e o feedback negativo ao ciclo celular ... 26

Figura 4 – Proteína pRb e o feedback positivo ao ciclo celular ... 27

Figura 5 – Proteína p53 mostrando suas diferentes regiões com funções específicas ... 28

Figura 6 – Ativação da proteína p53 ... 29

Figura 7 – Proteína p53 e o feedback positivo ao ciclo celular ... 30

Figura 8 – Proteína p53 e o feedback negativo ao ciclo celular ... 31

Figura 9 – Interação do produto viral E7 com a proteína pRB ... 32

Figura 10 – Interação dos produtos virais E6/E6AP com a proteína P53 ... 33

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 10

2 DESENVOLVIMENTO ... 14

2.1 Histórico ... 14

2.2 Vírus do Papiloma Humano ... 15

2.3 Ciclo do Vírus ... 16 2.4 Classificação ... 17 2.5 Epidemiologia... 18 2.6Formas de Contágio... 19 2.7Manifestação do Vírus ... 20 2.7.1Forma Latente ... 20 2.7.2Forma Subclínica ... 21 2.7.3Forma Clínica ... 21

2.8Genoma Viral e suas Funções ... 21

2.9Ciclo Celular ... 22

2.10Processo de Carcinogênese ... 24

2.10.1Gene RB1 ... 26

2.10.2Gene P53 ... 27

2.11 Genes Virais e o Impacto ao Ciclo Celular ... 31

2.12 Polimorfismo da P53 ... 33

3 CONCLUSÃO ... 35

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1 INTRODUÇÃO

Acarcinogênese é um processo de múltiplas etapas, as quais envolvem principalmentea desregulação de proto-oncogenes e inativação de genes supressores tumorais. Asalterações nos proto-oncogenes resultam em oncogenes, obtendo crescimento celular excessivo, e ainativação de genes supressores tumorais pode resultaremdesregulação do ciclo celular(GUERRA et al., 2007). As célulasnormaisnecessitam passar por certos processos de controle para que o crescimento celular seja adequado, masnas células cancerosasesses processos estão alterados e a célulainiciada continua seu crescimento independentemente, ou seja, sem as paradas de verificação e reparo de uma célula com seus genes íntegros, fazendo com que acumule mutações, resultando no fenótipo maligno (SOUTO et al., 2005).

Dentre os vários tipos de câncer, o câncer cervical é responsável por 6% de todas as neoplasias entre as mulheres, surgindo cerca de 500 casos novos e aproximadamente 231mil óbitos de mulheres por câncer cervical invasivo anualmente, sendo que 80% acontecem em países subdesenvolvidos (ROSA et al., 2009). No Brasil, o Distrito Federal, Goiânia e Belém apresentam as maiores taxas de incidência ajustadas por idade deste tipo decâncer com valores de 50,7/100.000, 41,1/100.00 e 34,7/100.000, respectivamente (GUERRA et al., 2007).Além disso, o câncer de colo de útero representa um grave problema de saúde pública em países da América Latina, considerada uma das regiões de maior incidência do mundo, destacando-se o alto percentual de mulheres que nunca realizaram os exames colpocitológico, principalmente as de maior risco. Este carcinoma apresenta incidência mais alta em mulheres infectadas por HPV, negras, de regiões urbanas, de classes sociais mais baixas, países em desenvolvimento, em não virgens, viúvas e divorciadas, em multíparas, em mulheres cuja primeira gravidez foi em idade jovem, fumantes, em que tiveram relações sexuais mais precoces e garotas promíscuas (ALEIXO NETO, 1991).

A suspeita do papiloma vírus humano (HPV) como provável agente causador do câncer de colo uterino iniciou-se historicamente em 1949, com o patologista George Papanicolaou que estabeleceu o exame que detecta lesões pré-cancerosas, o exame Papanicolaou. Esse exame tem a capacidade de detectar lesões pré-malignas, possibilitando observações sobre as relações entre o hábito sexual das mulheres e o desenvolvimento de câncer do colo do útero (NAKAGAWA et al., 2010).

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Contudo, nos dias de hoje, com avanços nas tecnologias e diagnósticos de biologia molecular já está bem estabelecido de que o HPV, junto com outros fatores, está relacionado com a maioria dos casos de alterações pré-malignas e malignas, como ocâncer cervical, e que casos raros desse câncer acontecem sem qualquer interação com o vírus (NAKAGAWA et al., 2010).

Nas mulheres, o HPV infecta as regiões do períneo, vulva, vagina, colo do útero e região anal. Já no homem, infecta as regiões do pênis, uretra, região anal e saco escrotal (SOUTO et al., 2005).Porém, sua aquisição e transmissão ocorrem por meio de contato sexual direto, sexo anal e oral, por meio de lesões que servem de porta de entrada para o micro-organismo infectar (ROSA et al., 2009).Na maioria das vezes as infecções pelo HPV não duram muito tempo, ocorrendo geralmente a cura. Entretanto, a persistência da infecção está relacionada com o tipo de HPV e o número de vezes que essa pessoa é exposta a outra infecção por HPV (ROSA et al., 2006).Dentre os vários tipos de HPV, o HPV18 e HPV16 são os de maior interesse, pois são os mais correlacionadosao alto risco oncogênico. O DNA do HPV de alto risco é detectado em 92,9% a 99,7% na maioria das espécies com câncer cervical invasivo (RAMA et al., 2008).

O surgimento da malignidade por HPV é aumentada quando seguem determinados hábitos que aumentam o fator de risco, como tabagismo egrande números de parceiros sexuais, podendo elevar a progressão das lesões intra-epiteliais em mulheres brasileiras (GUERRA et al., 2007). Entretanto, medidas de rastreabilidade como exames colpocitológico e exame do Papanicolaou sãomedidas de combate ao câncer cervical de muita importância para redução das taxas de câncer no Brasil e no Mundo. Paraná e São Paulo tiveram suas mortalidades diminuídas pela implantação de medidas de combate ao câncer cervical.(GUERRA et al., 2007). Atualmente, existem duas formas de prevenção do HPV:medidas de rastreamento e vacinação. As medidas de rastreamento reduziram em 75% a incidência por meio de diagnósticos citopatológicos em países desenvolvidos nos últimos 50 anos.Mesmo assim, a vacinação deve ser implementada, pois só as medidas derastreabilidade não garantem total proteção. Outroproblema é o custo elevado das medidas de rastreamento, sendo necessária a produção de vacinas (NADAL et al., 2008).

Uma vacina de HPV quadrivalente foi aprovada nos Estados Unidos, pelaFoodandDrugAdministration (FDA), tendo como resultado proteção às cepas, não as deixando expostas ao vírus. A idade para se aplicar a vacinação deve ser por volta

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de 9 a 12 ano sem meninas, pois as infecções ocorrem logo após o início da vida sexual. São aplicadas três doses intramusculares, com intervalos de 2 a 6 meses após a primeira dose da vacina(NADAL et al., 2008).No Brasil, foram aprovadas duas vacinas contra o HPV (Cervarix da GlaxoSmithKlineeGardasil da Merck Sharp & Dohme).Essas vacinas demonstraram-se seguras, imunogênicas e efetivas na prevenção das infecções por HPV e de lesões precursoras, contudo não são capazes de abolir por completo o câncer cervical (ROSA et al., 2009).

As possíveis relações em âmbito molecular foram demonstradas graças aos grandes avanços de tecnologias e diagnósticos (RIVOIRE et al., 2006). A divisão celular é controlada por proteínas que são fabricadas pelas células,mas quando o HPV as infecta ocorre à quebra do seu genoma, resultando na integração à célula hospedeira. Isso ocorrendo, alguns genes do vírus ficam ativados de forma descontrolada, criando produtos que interagem com proteínas das nossas células,as quais regulam o ciclo celular, começando o processo de evolução carcinogênica (RIVOIRE et al., 2006).O genoma do HPV em infecções com câncer cervical é visto integrado ao DNAda célula, já em lesões pré-malignas e benignas o genoma encontra-se na forma extracromossomal. Lesões benignas podem levar ao câncer cervical quando os genes do HPV passam a se integrar no genoma do hospedeiro, ocorrendo distúrbio no ciclo celular normal, levando a divisão descontrolada. (ROSA et al., 2009).Em 1990, foi observado à integração entre os genes viras (E6/E7) com os genes da célula hospedeira p53 e Rb, resultando em imortalização celular (RODRIGUES et al., 2010). Algumas questões importantes devem ser levadas em conta como: porque somente em alguns pacientes pode ocorrer à integração do DNA viral e quanto tempo de latência o vírus pode apresentar (ROSA et al., 2009).

Tendo em vista a complexidade do histórico do HPV, como seus problemas na população, suas medidas de combate, sua complexidade na transformação maligna e fatores adicionais, bem como a persistência de infecções, esse trabalho tem o objetivo de demonstrar, em âmbito da biologia molecular, como ocorre à interação doDNA hospedeiro como DNA viral, e tambémexplicar a interação dos produtos do vírus comos produtos das células do hospedeiro, em que região acontece à quebra do DNA viral, quais produtos são afetados e qual é sua função,assim como outros problemas, com intuito de entendercomo essas interações resultam na desregulação do ciclo celular normal e na evolução para o desenvolvimento docâncer cervical, de maneira clara e objetiva.

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2DESENVOLVIMENTO

2.1 Histórico

A possível relação entre o HPV e o câncer de colo uterino começou historicamente em 1949, com o patologista George Papanicolaou que estabeleceu o exame que detecta lesões pré-cancerosas, o exame Papanicolaou. O exame tem a capacidade de detectar lesões pré-malignas, possibilitando observações entre o habito sexual das mulheres e o desenvolvimento de câncer do colo do útero (NAKAGAWA et al., 2010).

Em 1970, o infectologista alemão Harold zurHausen, elucidou que poderia haver um possível agente etiológico (que seria o HPV), que o vírus estaria relacionado com o surgimento de verrugas e condilomas e afirmoutambém que possivelmente o DNA viral se encontraria nas células neoplásicas (NAKAGAWA et al., 2010).

Alguns anos depois, mais especificamente em 1983, o HPV do tipo 16 (HPV16) foi descoberto e, juntamente com o HPV18, estava presente em 70% das biópsias de pacientes com câncer de colo uterino (ROSA et al., 2009). Avanços da biologia molecular e da engenharia genética foram aos poucos esclarecendo as relações complexas entre as interações moleculares do vírus HPV com transformações malignas das células cervicais (RODRIGUES, 2010).

Em 1985, com a descoberta dos genes virais E6 e E7 do vírus através de seleções exclusivas e transcrições seletivas, sugeriu-se a integração desses genes virais com o DNA celular (RODRIGUES, 2010). Já em1990, foi observado a integração entre os genes viras (E6/E7) com os genes da célula hospedeira p53 e Rb, resultando em imortalização celular, aparecendo também estudos multicêntricos que confirmava a presença do DNA viral em quase 100% dos carcinomas invasivos, estabelecendo uma tese de causa entre o HPV e o surgimento do câncer cervical (ROSA et al., 2009; RODRIGUES 2010). Casos raros de câncer cervical podem aparecer sem indução pelo agente viral, ou aparecem devido a falhas no rastreamento do DNA viral (ROSA et al., 2009).Após dois anos, os genes virais E6 e E7 e sua contribuição para o desenvolvimento do câncer foi demonstrado em animais (RODRIGUES 2010).

Em 1995, a InternationalAgency for ResarchonCancer (IARC) demonstrou uma forte associação entre câncer cervical e a presença de qualquer tipo de HPV, através de um estudo multicêntrico com 2 mil casos de câncer cervical e 2 mil casos controles,

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abordando vários países.Apesar de vários estudos terem investigado outros possíveis fatores de risco, nenhum apresentou uma altíssima incidência envolvendo a malignidade como a associação entre o câncer e a presença do HPV (ROSA et al., 2009). Contudo, não significa que a presença do vírus em uma mulher infectada provavelmente acarretarána transformação maligna, uma vez que apenas uma pequena parcela de mulheres infectadas desenvolve câncer, indicando que a infecção pelo HPV é necessária, mas não suficiente para o surgimento maligno. Fatores adicionais devem aparecer em conjunto, como persistência da infecção, tipo do HPV e da evolução das lesões precursoras (ROSA et al., 2009).

2.2 Vírus do papiloma humano

O HPV é um vírus da família papillomaviridae (antiga papoviridae), e infectam células epiteliais de vários animais como pássaros, répteis e mamíferos, como também seres humanos (FERRARO et al., 2011).Mais de 200 tipos de vírus HPVjá foram descritos, diferindo entre si na sequência do DNA, entre esses 100 tipos acometem o homem e 50 que acometem a mucosa do aparelho genital foram descritos e seqüenciados (NAKAGAWA et al., 2010). São vírus não envelopado, de formato icosaédrico com 72 capsômeros, possuindo um DNA de fita duplacom cerca de 6.800 a 8.400 pares de bases (SOUTO et al., 2005). Esses vírus replicam seus genomas dentro do núcleo das células infectadas, sendo considerados parasitas intracelulares obrigatórios incapazes de produzir suas próprias enzimas para replicar-se (FERRARO et al., 2011). Seu genoma aprereplicar-senta 3 regiões distintas possuindo de 8 a 7 genes. Tais regiões são: a região LCR (LongControlRegion), em que se encontra a origem de replicação ORI e os promotores de transcrição; a região Early (região precoce), na qualcontêm os genes E1,E2,E4, E6 e E7, os quase sãocodificadores de proteínas para replicação do DNA e transformação celular; e a região Late (região tardia) que compreende os genes L1 e L2, que codificam proteínas estruturais do capsídio viral, responsáveis pela etapa final da produção de novos vírus(Figura 1). As regiões Late e Early englobam uma região ORF (Open Reading Frames), onde se encontra as regiões codificadoras de proteínas (NAKAGAWA et al., 2010).

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Figura 1. Mapa genético do HPV 18

Fonte: Silva et.al., 2002

2.3 Ciclo do vírus

O HPV pode infectar tanto células epiteliaisbasais da pele, quanto de tecidos e são categorizados como cutâneos ou mucosos. Os cutâneos são epidermotrópicos que infectam a pele principalmente das mãos e dos pés, formando verrugas. Por outro lado, os mucosos infectam o revestimento da boca, garganta, trato respiratório e revestimento ano-genital, manifestando com aparecimento de condilomas planos e acuminados (NAKAGAWA et al., 2010). Apresentam receptores específicos com tropismo celular para células em diferenciação, sendo que a infecção ocorre devido à micro lesão e abrasões no tecido epitelial ou mucoso, até chegar a células da camada basal (ROSA et al., 2009).

O ciclo de vida do HPV é dependente da diferenciação, aonde as células da camada basal vão sofrendo diferenciações e subindo as camadas mais externas(Figura 2).A entrada do vírus na célula basal, ele injeta no núcleo seus genes que ficam como formas extracromossômicas com o número de cópias chegando de 50 a 100 por célula.À medida que as células vão sofrendo diferenciação, os vírus vão subindo juntamente com as células, e as células filhas basais servindo como reservatório viral (SILVA et al, 2002). A lise e liberação dos vírus só acontecem nas camadas mais externas, porém ainda nas camadas basais a proliferação continua fazendo com que a infecção persista por longos períodos (SILVA et al, 2002)

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Fonte: Silva et.al., 2002

Para que ocorra a entrada do vírus na célula, é necessário que ocorra a junção entre o vírus e a célula. Entretanto, não se sabe ao certo quais receptores do vírus estabelece esta função de entrada na célula humana, não sendoainda identificados. Estudos em BPV-1 (papiloma vírus bovino) foi observado que a entrada do vírus na célula ocorre em 90 minutos, com a maioria dos antígenos dos capsídeos virais localizados dentro do núcleo, sendo os fagossomos os responsáveis pelo transporte das partículas virais. Com uso de drogas como a citochalasina B e placitaxel (taxol) a entrada e transporte viral são evitados, sugerindo possivelmente o envolvimento de microtúbulos e microfilamentos no processo. Nunca foi observado presença do virião completo dentro dos núcleos das células, apesar de ter verificado a presença das proteínas L1 e L2, com isso sugere-se que a desintegração ocorre fora do núcleo, no citoplasma, e através do sinal de localização nuclear (NLS)13 essasproteínas podem migrar do citoplasma até o núcleo. (ROSENBLATT et al., 2005)

Pouco conhecimento se tem sobre formação das partículas do HPV, bem comoocorre sua liberação. Entretanto, é observado partículas virais na camada granulada do epitélio, não sendo observado em camadas profundas, indicando fortemente que o vírus não tem propriedade citolítica. (ROSENBLATT et al., 2005)

2.4 Classificação

Além de serem classificados de acordo com o tropismo como: (a) cutaneotrópicos: que infectam a epiderme e (b) mucosotrópicos: que infectam as mucosas em geral, o vírus HPV também é classificado de acordo com seu risco

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oncogênico. Os considerados de alto risco compreendem os tipos: 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, e 58 que são associados ao aparecimento do câncer cervical e lesões escamosas intra epiteliais. Já os tipos de baixo risco são: 6,11,40,42,43,44,54,61,70,72,81 e CP6108 que são responsáveis pelo surgimento de verrugas, papilomas e condilomas na mucosa vulvo-genital (NAKAGAWA et al., 2010).

A identificação de novos tipos virais se faz por meio da genotipagemdos genes: L1, E6 e E7, que faz parte de 30% do genoma total. Em seguida, compara-os com outros tipos de vírus a fim de observar diferenças. Se a diferença for menor que 2%, trata-se de uma variante do mesmo tipo; masse a divergência for entre 2% a 10%, o vírus é classificado como um subtipo; e, contudo, se a diferença for mais que 10%, trata-se de um tipo totalmente novo de HPV (SILVA et al; 2002).

2.5 Epidemiologia

Anualmente, cerca de 5 a 15% das mulheres sem histórico de infecção pelo HPV são infectadas por algum tipo deHPV de alto risco, sendo que aproximadamente 25% dessa incidência afeta jovens entre a faixa etária de 15 e19 anos (NAKAGAWA et al., 2010). Além disso, aproximadamente 40% das mulheres sexualmente ativas são infectadas pelo HPV (ROSA et al., 2009).

Estudos de seguimentos foram realizados a fim de observar a prevalência e incidência da infecção pelo HPV em jovens antes e após o início da vida sexual. A incidência foi de 20% nos primeiros 12 meses, decaindo consideravelmente no segundo e terceiro ano, demonstrando que o risco é maior no início da vida sexual, como também que a maioria das infecções pelo HPV é transitória. Além disso, os tipos AE7, 61, 18, 16 e 73 são os tipos que persistem por um maior período, associados a uma duração mais longa da infecção (NAKAGAWA et al., 2010).

O HPV é considerado o agente infeccioso de transmissão sexual mais comum. Estima-se que o número de mulheres portadoras do DNA viral chega a 291 milhões, e quepelo menos uma vez na vida 105 milhões de mulheres terão infecção pelo HPV 16 ou 18 (NAKAGAWA et al., 2010).

Estudos demonstram que a prevalência do HPVse apresentaelevada em países de continentes mais pobres do mundo, tais como África e América do Sul, incluindo o Brasil. Entretanto, em continentes como a Europa e Ásia Central as prevalências são menores. Esse quadro se reflete também na morbidade e

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mortalidade dos países, sendo que as medidas de combate à doença de cada país influenciamna prevalência do vírus. Contudo, algunspaíses de terceiro mundo obtiveram sucesso na redução da prevalência da doença, implementando programas de prevenção e controle da doença (NAKAGAWA et al., 2010).

2.6 Formas de Contágio

A aquisição viral por infecção é o primeiro passo para outras séries de processos que resultam no surgimento do câncer cervical.Foram realizados diversos estudos epidemiológicos e experimentais, verificando tais características. Apenas a infecção por HPV não é responsável pelo surgimento do câncer de colo uterino, uma vez que a maioria das mulheres que são infetadas pelo HPVeque apresentam lesões de baixo grau acabam resultando na sua regressão espontânea, ou seja, apenas uma pequena parcela dessas mulheres que acaba por desenvolver a tumurogênese (ROSA et al., 2009).

O HPV é considerado como forma de contágio preferencialmente sexual, porém não há um consenso entre os pesquisadores dequal a chance de contágio uma pessoa tem ao entrar em contato com um parceiro contaminado. Não se sabe ao certo o intervalo conhecido entre a contaminação e a detecção do DNA viral, bem como as lesões sub-clinícas, portanto sendo difícil a identificação do parceiro contaminante, resultando em problemas para o médico e seu paciente identificar quem foi este determinado parceiro. (ROSENBLATT et al., 2005)

De forma rara o HPV pode-se propagar através de contato com a mão, pele, objetos, toalhas, roupas íntimas e vasos sanitários. As pessoas contaminadas, em geral, podem propagar o vírus por desconhecer que estão infectadas (INSTITUTO DO HPV, 2003). Certos autores sugerem que nem todo contato com o HPV determinará em infecção, o argumento é que, como o vírus HPV infecta células basais, a infecção ocorreria apenas se houvesse contato com tais células estando expostas, tais como na junção escamo-colunar (JEC), ou através de microtraumas que provavelmente ocorre durante a ação do ato sexual. Os locais onde ocorrem lesões extragenitais são raras (ROSENBLATT et al., 2005). Isso acaba por explicar, porque outras formas possíveis de contaminação, que não seja o coito não se resultam em lesões. Muitos autores já demonstraram a presença do HPV em liquido amniótico, pele e na orofaringe em proporções altas de até 73%, porém esta alta proporção não resulta um

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alto numero de lesões e condilomas, dando a entender que apenas o contato com o HPV não resulta no aparecimento das lesões (ROSENBLATT et al., 2005). Outros autores também demonstram a presença de partículas do HPV em secreções vaginais, superfícies contaminadas, instrumentos cirúrgicos, e fumaça oriunda de procedimentos cirúrgicos ou a laser, porém a questão permanece se estas partículas são contaminantes ou não (ROSENBLATT et al., 2005).

A camisinha tem um papel importante na contenção das DST’s em geral, porém no caso do HPV não evita 100% o contágio, o qual pode ocorrer mesmo sem penetração, tendo em vista que o vírus pode estar presente na pele da região genital. Estima-se que a camisinha evita o contágio com HPV em 70 a 80%dos casos, sendo de extrema importância a conscientização da população sobre seus riscos e forma de contaminação (INSTITUTO DO HPV, 2003)

2.7 Manifestação do vírus

2.7.1Forma Latente

A forma latente representa o estado da não manifestação do vírus, permanecendo incubado dentro das células, podendo se estender indefinidamente, tal como na fase final da regressão da lesão. Nessa forma, as células apresentam-se de maneira morfologicamente normal, não havendo nenhuma alteração histopatológica, colposcópicas ou citológicas e não evidenciando nenhum sinal clínico, podendo apenas diagnosticá-lo com técnicas moleculares (ROSENBLATT et al., 2005). O DNA viral se encontra no núcleo, na forma epissomal, aparentando-se não funcional e replicando-se apenas uma vez a cada ciclo celular. Não se sabe ao certo quais são os mecanismos que fazem com que o vírus fique nesse estado latente, porém, não apresentando forma produtiva, fatores imunológicos pode ser a provável resposta a esta questão. É desconhecido quanto tempo o vírus pode permanecer nesta situação e quantos os casos progridem para as outras formas de manifestações (ROSENBLATT et al., 2005).

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A forma subclínica acontece de maneira bem mais freqüente do que as alterações clinicamente evidentes. Elas são melhores visualizadas através dos métodos de colposcopia e peniscopia, após aplicação de ácido acético 5% nas áreas suspeitas (ROSENBLATT et al., 2005). Nesta forma de infecção, ao invés de o HPV produzir lesões bastante evidentes como os condilomas, ele provoca alterações em áreas difusas de hiperplasia epitelial não-papilífera. Tanto o condiloma, quanto as lesões sub-clínicas apontam características iguais como proliferação da camada germinativa basal, alterações citológicas características e desnaturação do epitélio, sendo a principal diferença a visualização da lesão macroscopicamente, no caso do condiloma. Colposcopicamente a área suspeita se torna confirmada ao se tornar esbranquiçada após aplicação do ácido acético 5%. No Homem, pode apresentar-se como forma de epitélio acetobranco, máculas acetobrancas e pápulas acetobrancas vistas à peniscopia (ROSENBLATT et al., 2005).

2.7.3 Forma Clínica: Condiloma acuminado

A forma clínica pronuncia-se pela forma de lesões verrucosas, de superfície granulosa, majoritariamente múltipla, da cor da pele, hiperpigmentada ou eritematosa, aparecendo com aspecto de couve-flor em lesão grande, sendo que os menores se manifestam com aspecto de pápula, placa ou filiformes (ROSENBLATT et al., 2005). Os locais mais acometidos nos homens são a glande, frênulo, corona e prepúcio, e nas mulheres na parte posterior do intróito vaginal, lábio menor, clitóris e lábio maior, áreas extremamente mais propicias a microtraumas durante o ato sexual. Pode haver também lesões no meato uretral e na região perianal, podendo haver prurido, queimação, sangramento e até obstrução, no caso das lesões no meato uretral (ROSENBLATT et al., 2005).

2.8 Genoma viral e suas funções

O genoma viral é dividido em duas categorias:os genes late (tarde) que compreendem L1 e L2 e os genes early (precoce) contendo os genes E1,E2, E3, E4, E5,E6,E7e E8 (SILVA et. al., 2002).

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O gene E1 possui função de replicação viral, responsável pela atividade da DNA helicase, ligação da ATP DNA dependente e atividade da ATPase. Além disso, tem função, além da replicação, na repressão da mesma (RIVOIRE et. al., 2006).

O geneE2apresentafunção de regulação de transcrição, regulando negativamente as funções das proteínas E6 e E7, tendo controle sobre a região precoce (early), além de ter importância na replicação eficiente do vírus, juntamente com o gene E1 (RIVOIRE et al., 2006; FERRARO et al., 2011).

O geneE3 estápresente em uma pequena quantidade nos HPV, não tendo função conhecida (RIVOIRE et. al., 2006).

O geneE4 tem papel na maturação viral e transformação da matriz celular, são expressos em epitélio de diferenciação primariamente, apresentando função na liberação do vírus (SILVA, et. al. 2002; RIVOIRE et. al., 2006).

O gene E5 é o responsável por estimular a proliferação e transformação das células, possuindo possivelmente a função da iniciação da proliferação celular e podendo ter papel na estimulação do processo cancerígeno (RIVOIRE et. al., 2006).

O gene E6 tem função de transformação celular juntamente com E7, apresentando propriedades de ativação transcripcional. Além disso, é um dos genes, juntamente com E7, responsáveis pela transformação maligna. O gene E6, junto com a E7, propicia um ambiente celular adequado para a replicação viral (RIVOIRE et. al., 2006).

O gene E7 tem a capacidade de induzir a síntese de DNA em células em repouso, além de ser visto, juntamente com a E6, incorporadoao DNA celular, ocorrendo a transformação maligna da célula (RIVOIRE et. al., 2006).

O gene E8, igualmente ao gene E3, tem sua função desconhecida, estando presente em poucos HPV’s (RIVOIRE et. al., 2006).

O gene L1 tem função codificadora da principal proteína do capsídeo viral (SILVA, et.al. 2002). Já o gene L2 codifica a proteína secundária do vírus do papiloma humano (SILVA, et.al.2002).

2.9 Ciclo Celular

O Câncer é classificadocomo uma doença exclusivamente genética, uma vez que o seu fenótipo maligno (célula neoplásica) resulta de uma modificação genética,

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causada poruma mutação, que é transmitida da célula alterada para as posteriores células filhas, nas posteriores divisões celulares (WARD, 2002).

Um ser humano normal realiza milhões de divisões celulares todos os dias. A cada divisão celular estamos expostos a sofrer falhas no mecanismo de divisão, sendo por fatores externos, como carcinógenos ambientais, bem como, por fatores internos. Porém o aparecimento e desenvolvimento de uma célula neoplásica maligna é um evento relativamente raro. O câncer ocorre porque para que uma célula se torne maligna é necessário romper uma séries de eventos de pontos de checagem do DNA, sendo que essas barreiras são os pontos de controle para verificar a integridade do DNA (WARD, 2002).

As células de praticamente todos os seres vivos necessitam efetuar divisões, dando multiplicidade às células que compõe um tecido,porém essas divisões necessitam de pontos de checagem, entre as etapas do ciclo celular, para efetuar a divisão de forma integra (WARD, 2002). Danos ao DNA podem acontecer durante o período do ciclo celular e causar problemas nos pontos de checagem e estimular as células a multiplicarem-se de forma desordenada, ignorando os pontos de checagem (WARD, 2002). O ciclo celular possui três principais etapas: a etapa G1 que compreende a fase de síntese protéica e crescimento celular, a fase S de síntese de DNA e a fase G2 onde ocorre o crescimento celular.Em todas essas etapas haverá um ponto de checagem para verificar se o ciclo está bem encaminhado e preparado para prosseguir (WARD, 2002). A progressão do ciclo celular é estimulada positivamente por sinalizadores. As células respondem a esses sinais extracelulares por vias sinalizadoras como exemplo: receptores  proteína G  proteínas quinases fatores de transcrição. A progressão do ciclo celular é em parte estimulada positivamente através de proteínas quinasesdependentes de ciclinas (CDK’s) (WARD, 2002). Os níveis de ciclinas oscilam durante os tipos diferentes do ciclo celular, determinando momentos próprios para ligação com as CDK’s. Essas proteínas ativarão outras, que servirão como pontos chaves para a progressão das fases do ciclo celular. Porém, existem outras proteínas que regulam negativamente o ciclo celular quando necessário (WARD, 2002). Caso exista um erro na fase S, por exemplo, asproteínas inibidoras de CDK’s (CDKI) têm como papel a parada do ciclo celular quando algo estiver fora da normalidade, podendo esta célula ser encaminhada para a morte celular por apoptose (WARD, 2002).

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2.10Processo de Carcinogênese

A transformação de uma célula normal para uma célula com fenótipo maligno envolve processos de vários danos sucessivamente nos genes responsáveis pelos mecanismos de controle da proliferação e diferenciação celular. Sendo assim, é necessário que os danos atinjam tanto os mecanismos de proliferação celular, quanto os mecanismos que barram este processo (CARVALHO et.al.,2008).

O câncer é um título dadoàs formas mais virulentas de uma doença chamada neoplasma. Uma neoplasma se caracteriza por uma proliferação descontrolada que leva a um surgimento de massa ou tumor (NUSSBAUM et al.,2002). Para que um tumor possa ser chamado de câncer é necessário que esse crescimento celular seja totalmente não regulado e seja capaz de sofrer metástase (mecanismo onde as células cancerígenas passam a se espalhar e alojar em outros tecidos fora do tecido de origem). Tumores que não realizam metástase não são considerados câncer e são chamados de tumores benignos, mesmo assim pode causar conseqüências graves para quem o desenvolver (NUSSBAUM et al.,2002).

Como visto anteriormente, as células se multiplicam passando por várias etapas do ciclo celular, por um processo chamado de mitose e morrem devido a um tipo de morte celular programada, aonde ocorre fragmentação celular, denominada de apoptose. A desregulação deste processo resulta na acumulação do número anormal de células em um tecido. Sendo assim, por envolver mecanismos genéticos e os produtos de sua regulação, o câncer é uma doença fundamentalmente genética (NUSSBAUM et.al.,2002).

Uma das principais características das células com fenótipo maligno é a sua independência em relação aos sinais de fatores de crescimento, ocorrem muitas vezes de a própria célula produzir fatores que se interagem com seus próprios receptores, sendo este processo chamado de regulação autócrina. Também há possibilidade de ocorrer à modificação desses receptores (CARVALHO et.al., 2008).

Os diferentes tipos de genes responsáveis por iniciar o processo cancerígeno, são genes responsáveis por codificar:proteínas que atuam na regulação da proliferação celular; reguladores do ciclo mitótico; componentes da maquinaria de morte celular programada; proteínas que detectam e reparam as mutações ocorridas; e componentes do citoesqueleto envolvidos na manutenção da inibição por contato (NUSSBAUM et al.,2002).

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Três tipos de mutações podem ocorrer e causar o câncer, sendo elas: mutação de ganho de função sobre um alelo de um proto-oncogene; perda dos genes ou de sua função em ambos os alelos de um gene supressor tumoral, ou mutação negativa dominante de um gene supressor tumoral; e translocações cromossômicas que resultam em má expressão dos genes ou criando um gene quimérico que codifica proteínas com novas propriedades funcionais (NUSSBAUM et al.,2002).

Depois de iniciado, o câncer evolui pelo acúmulo de danos genéticos adicionais pelo aparecimento de mutações ou silenciamento dos genes que são responsáveis por codificar proteínas que reparam o DNA danificado e mantém a normalidade das células (NUSSBAUM et.al.,2002).

É comum separar os genes envolvidos no câncer em duas classes particulares: os oncogenes e os genes supressores tumorais. Os oncogenes são uma classe de genes alterada (mutada) dos genes normais os proto-oncogenes, contudo outros genes como ativadores da telomerase e bloqueadores da apoptose são classificados também como oncogenes (NUSSBAUM et al., 2002). Um oncogene é responsável por apresentar sinais de estímulos de proliferação e estimulação da divisão celular de forma descontrolada, as mutações podem ocorrer no próprio oncogene, ou a seus produtos regulatórios, ou em seus números de cópias genômicas, resultando na hiperexpressão dos seus produtos oncogênicos. Os oncogenes tem a característica dominante, ou seja, se um único alelo sofrer a mutação, ocorrerá a transformação do fenótipo normal ao maligno. (NUSSBAUM et.al.,2002)

O ganho de função é o tipo de mutação que torna a célula normal em fenótipo maligno (uma característica dos oncogenes). Já nos genes supressorestumorais, outros tipos de mutações sãonecessários para a contribuição do fenótipo maligno, como a perda de função de ambos os alelos. Os genes supressores tumorais atuam de diversas formas no ciclo celular, se enquadrado em dois principais grupos: os genes protetores (gatekeppers) e os genes de manutenção (caretakers). Os gatekeppers são genes que atuam diretamente no ciclo celular, atuando exatamente como supressores tumorais, ou inibindo contato célula-célula que ativam o crescimento celular.Por outro lado, os caretakers são responsáveis pelo reparo ao DNA e manter a integridade genômica. A perda de função de ambos os alelos resulta em uma duplicação do DNA sem atuação de verificação e concerto de possíveis erros que possam surgir, levando assim indiretamente ao câncer, pois aumentam as

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chances de mutações nos proto-oncogenes e em outros genes supressores tumorais (NUSSBAUM et al.,2002).

2.10.1 Gene RB1

O gene RB1 é um gene supressor de tumor localizado no cromossomo 13q14, tendo como produto a proteína pRb de aproximadamente 105 Kda (SILVA et. al., 2002). A proteína pRb tem a função de supressora tumoral, pois interage com um fator transcricional, o E2F, formando um complexo pRb/E2F, impedindo que o ciclo celular progrida. A regulação da proteína pRb por sua vez, é exercida por fosforilação, resultando em inibição de sua função, deixando o fator E2F livre, o que resulta na progressão do ciclo celular. Esta fosforilação é exercida pelas proteínas quinases-ciclinas-dependentes (CDK), as quais fosforilizam a pRb, exercendo um feedback negativo(Figura 3). As proteínas inibidoras de CDK (CDKI), como a p21 e p16 atuam desativando as CDK’s resultando na expressão da função da pRb(Figura 4) (FERRAZ et. al., 2012).

Figura 3. Proteína pRb e o feedback negativo ao ciclo celular

Fonte: Autoria própria

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Fonte: Autoria própria

2.10.2 Gene P53

Esse gene supressor de tumor está localizado no braço curto do cromossomo 17 (17p 13.1), sendo o seu produto de transcrição uma fosfoproteína de 53 kilodaltóns (Kda), dando origem ao seu título de gene p53, por causa do seu peso molecular. Esse gene possui 20Kb e é composto por 11 éxons, sendo o primeiro não codificante e extremamente conservado, possuindo igualdades entre várias espécies. (ARRUDA et.al. 2008)

O gene p53 possui quatro regiões distintas, tendo funções variadas. Na região N-terminal existe o local da transativação, local importante para ativação especifica de determinados genes. Na parte central possui o local de função de ligação com o DNA, possuindo quatro sítios de ligação, na qual a proteína tem a capacidade de ligar a pontos específicos do DNA. Na extremidade C-terminal existe dois sítios de funções diferentes, sendo oprimeiro o domínio de tetramerização que é responsável pela formação de tetrâmeros da p53, o qual é uma forma mais ativa da proteína em transativação e o outro domínio, tem a função regulatória, regulando negativamente a p53, pois tem a capacidade de manter-se ligado ao domínio central, impedindo a ligação da p53 com promotores específicos(Figura 5) (SILVA et. al., 2002).

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Figura 5. Proteína p53 mostrando suas diferentes regiões com funções específicas

Fonte: Silva et.al., 2002

A “guardiã do genoma”, assim intitulada a proteína p53 por exercer funções críticas para a progressão correta do ciclo celular. A célula durante sua divisão pode sofrer diversos danos ao seu DNA, por conta de sofrer influencia a certos tipos de ambientes físicos, químicos e biológicos. Com isso, a p53 é responsável por perceber esses eventuais erros, realizando a parada do ciclo celular, ativando genes específicos, seguidos por reparo ao DNA.Se o reparo ao DNA não for possível ou suficiente para dar continuidade ao ciclo celular, a célula é encaminhada a morte celular programada (apoptose) (ARRUDA et. al., 2008). A fosforilação na parte N-terminal não é suficiente para a ativação completa da p53, sendo que essa fosforilação exerce uma ligação inespecífica ao DNA com a parte C-terminal ligado à parte central da proteína, causando um bloqueio. Este desbloqueio é realizado por acetilação ou fosforilação da parte C-terminal, agora podendo se ligar de maneira especifica ao DNA.Logo depois, a proteína realizará a função de tetramerização formando tetrâmeros entre si, agora com a capacidade de realizar as paradas do ciclo celular ou o encaminhamento a apoptose (Figura 6)(SILVA et.al., 2002). A proteína p53 realiza a função de parada do ciclo ativando o gene p21 (CDKI) que tem a função de inibir as CDK’s, sendo assim, acaba por ativar um gene chamado GADD-45, que tem a função de reparo ao DNA e conforme a gravidade da lesão o caminho pode seguir

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por ativar genes de ação anti-apoptótica, levando a morte celular (ARRUDA et. al., 2008).

Figura 6. Ativação da proteína p53

Fonte: Silva et.al., 2002

Devido à capacidade de fazer alterações significativamente importantes nas células, é necessário um controle rígido da proteína p53.O proto-oncogene MDM2 é ativado pelo próprio gene p53, formando um complexo p53/MDM2, onde o MDM2 liga-se a parte de transativação da p53, conliga-seqüentemente realizando a diminuição da parada do ciclo celular e a morte celular realizada pela p53 (ARRUDA et. al., 2008). O complexo p53/MDM2 ativa sinais para a saída do complexo do núcleo ao citoplasma via proteínas chamada exportinas, onde sofrerá degradação via ubiquitinação, sendo

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assim, o MDM2 realiza a função negativa sobre a p53 (Figura 8)(ARRUDA et. al., 2008). Existe um gene supressor tumoral o p14ARF(Alternative Reading Frame) que é capaz de ligar-se a MDM2 impedindo sua ligação com a p53, com a capacidade também de degradar a MDM2 ligada ao p53, resultando na liberação da p53 no núcleo (Figura 7)(ARRUDA et. al., 2008). Outra característica importante a ressaltar, é que a proteína p53 possui sinais de localização nuclear, chamado NES (Nuclear ExportSignal).O NES está presente na parte C-terminal da p53, quando a p53 está na forma de tetrâmeros o NES fica inacessível às exportinas, mas quando a p53 está em forma de dímero ou monômero, as exportinas tem a capacidade de ligar a NES e realizar a exportação do núcleo ao citoplasma, independentemente da presença da proteína MDM2 (ARRUDA et. al., 2008).

Figura 7. P53 e o feedback positivo ao ciclo celular

Fonte: Autoria própria

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Fonte: Autoria própria

2.11 Genes Virais e o impacto ao ciclo celular

A origem de replicação no genoma do HPV é localizada entre o gene E6 e L1 e é chamada de longa região de controle, em inglês longcontrolregion(LCR). Essa região é controlada pela proteína E6 e por proteínas celulares, a proteína E6 possui 3 regiões funcionais, regiões denominadas A,B e C e se liga ao DNA em forma de dímero. As regiões A e C são ligadas pela região B, que é uma região de dobradiça flexível.A região A está relacionada com a transativação da proteína e o C está relacionada com a dimerização da proteína e com a ligação do mesmo ao DNA (SILVA et.al., 2002).

Para que a entrada do DNA viral no DNA humano seja concluída, o DNA do vírus primeiro se lineariza para posteriormente se integrar ao DNA hospedeiro.Esse mecanismo tem como conseqüência a perda do gene E2 do vírus, que é responsável pelo controle da origem de replicação, com isso aumenta a ação dos genes E6 e E7,

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sendo que suas proteínas são cruciais para o desequilíbrio da proliferação celular (SILVA et.al., 2002).

Os produtos dos genes E6 e E7 são determinantes para transformação e imortalização celular.Os produtos do gene E6 tem grande afinidade ao DNA e está presente também no citoplasma, igualmente ocorre coma proteína E7, provavelmente. As proteínas pRB e p53 são os alvos dos produtos dos genes do vírus HPV, sendo assim, causando distúrbio no controle do ciclo celular (SILVA etal., 2002).

A proteína E7 se associa com a proteína pRb, inativando a função da pRb, exercendo estimulo excessivo para proliferação celular. As proteínas E7 dos HPV’s de alto risco, está associado com a inativação das proteínas das famílias pRb, as p107 e p130 e a própria pRb, formando complexos estáveis entre a proteína viral e as proteínas do hospedeiro. Assim como a fosforilação da pRb é um estimulo para sinalizar sua inativação deixando o fator E2F livre, a proteína E7 exerce esse mesmo estimulo, estando ligado a pRb, ou seja, o fator E2F fica livre indenpendente de estímulos positivos para função da pRb, resultando na ação de fatores de transcrição e conseqüentemente descontrole do ciclo celular (Figura 9)(SILVA et.al., 2002).

Figura 9. Interação do produto viral E7 com a proteína pRb

Fonte: Autoria própria

A proteína E6 age sobre a proteína p53, recrutando outra proteína viral E6AP (Figura 10).O complexo E6/E6AP interage com a proteína p53, resultando em

Mesmo a proteína pRb não sofrendo fosforilação a proteína E7 interage com a pRB, deixando o fator E2F livre resultando na progressão do ciclco celular

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ubiquitinação e rápida degradação da proteína p53, sendo assim a proteína E6 age como se fosse à proteína celular MDM2, porém não existindo regulação quanto à proteína viral.Portanto, havendo falha na parada e reparo do ciclo celular, que antes era exercida pela proteína p53. Como a parada e o reparo e também o mecanismo de apoptose está prejudicado, isto faz com que ocorram maiores números de rearranjos cromossômicos e células mutadas que passam para frente sem os mecanismos de reparo celular (SILVA et.al., 2002).

Figura 10. Interação dos produtos virais E6/E6AP com a proteína P53

Fonte: Autoria própria

2.12Polimorfismo da p53

Na proteína p53, na seqüência de aminoácidos, especificamente naposição 72 é verificado duas variantes na população, que pode ser uma prolina ou uma argenina (SILVA et.al., 2002). O polimorfismo é relevante, pois se verifica diferenças na degradação da p53, por ação da proteína viral E6.Foram feitas investigações e

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observado que a forma argenina é mais susceptível a degradação do que a forma prolina(Figura 11)(SILVA et.al., 2002).

Figura 11. Figura ilustrando a localização do polimorfismo da p53

Fonte: Silva et.al., 2002

Estudos das regiões alélicas com pacientes com tumores cervicais foram feitos e verificado que os pacientes homozigotos para P53-Argenina72 estavam em maior número comparando-os com a população alélica normal.Portanto, indivíduos homozigotos para argenina são 7 vezes mais susceptíveis ao câncer associado ao HPV quando comparadoscom indivíduos homozigotos (SILVA et.al., 2002). Conseqüentemente indivíduos homozigotos para a argenina representam um fator de risco ao desenvolvimento de câncer associado ao HPV (SILVA et.al., 2002).

Estudos feitos, verificando a degradação in vivo da p53 selvagem comparando polimorfismo na posição 72 argenina/prolina, indicam uma maior degradação induzida por proteína E6 de HPV de alto risco oncogênico, sendo a p53Arg mais susceptível a degradação do que a p53Pro (SILVA et.al., 2002).

Storey e colaboradores (1998) demonstraram que os tipos de alto risco 16 e 18 são mais eficientes na degradação da p53Arg do que da p53Pro in vivo.Já a HPV11 que é um tipo de menor risco apresenta menor eficiênciana degradação da p53Arg, sendo inativa para p53Pro (SILVA et al., 2002)

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3. CONCLUSÃO

Vimos que desde muito tempo o HPV tem sido muito associado ao câncer cervical, mesmo em épocas onde não se tinham diagnósticos moleculares e citopatológicos para detectar o vírus. Conforme as técnicas evoluíam, descobria-se cada vez mais a relação entre o câncer cervical e infecção pelo HPV, sendo que infecções pelo HPV é extremamente ocorrente entre a população em geral, principalmente entre asmoças jovens e que iniciam sua vida sexual prematuramente.Portanto, várias técnicas de erradicação foram utilizadas para diminuir a taxa de infecções pelo HPV, mostrando bons resultados com utilização de vacinas e programas de educação sexual. Conhecemos seus genes, seu formato a sua forma de replicação necessária a diferenciação celularda célula hospedeira para poder se replicar. Além disso, conhecemos os vários tipos de HPV, os mais ocorrentes e os de maior risco oncogênico, tais como o HPV18 e 16. Vários estudos destacaram sua forma de contágio, comumente por ato sexual, mas viu -se que pode ocorrer contágio através de qualquer lesão que sirva de porta de entrada ao vírus.Tais estudos também comprovaram a manifestação que pode ser latente onde o vírus não exerce ação, sua forma sub-clinica em que ocorre alterações somente em níveis microscópicos e a manifestação clínicana qual surgem as verrugas e condilomas, além claro do surgimento do câncer. Foi demonstrado todo o genoma viral e função de cada gene, sendo os mais importantes o gene E2 que quando sofre ruptura do DNA descontrola todo o ciclo de replicação viral, aumentando a produção dos genes E6 e E7 que são os genes que interagem com a célula hospedeira levando a sua malignidade. Entendemos como funciona o ciclo celular e suas fases G1, S, G2 e M e que várias proteínas e vias de sinalização atuam para que o ciclo seja realizado de maneira segura. Compreendemos o processo de carcinogênese em geral, e que as principais alterações que levam a este fim, são alterações nos genes supressores tumorais ou proto-oncogênes ou em seus produtos que aumentam as chances da célula sofrerem mutações proliferando-se de maneira descontrolada, e que o câncer é uma doença essencialmente genética. Analisamos os genes RB1 e o p53 e seus respectivos produtos pRb e p53, e como atuam no ciclo celular de maneira natural e como são controlados por vias de sinalização, mostrando-se suas atuações na parada do ciclo celular, bem como sua regulação na continuidade da divisão celular. Por fim,observamos e concluímos que a altíssima incidência da relação entre HPV e o

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câncer cervical é respondida pelos produtos virais E7 e E6/E6AP que atuam nos produtos dos genes da célula hospedeira,tais como pRb e p53, onde a pRb é impedida de exercer sua função de parada do ciclo celular não ligando-se ao fator transcricional E2F, e que a proteína viral E6/E6AP tem a capacidade de degradar a proteína p53, não exercendo sua função de paralisação do ciclo e ativação da apoptose, sendo que esses genes são extremamente importantes para dar continuidade ao ciclo celular normal, e quando não exercem sua função as células sofrem um grande impacto, não conseguindo controlar direito a sua própria divisão acarretando em mutações e proliferação excessiva, surgindo a malignidade das células.Portanto, isso explica exatamente tanto o quanto o HPV está presente nas pacientes que tenham câncer de colo de útero e que países que investem em programas de educação sexual e na vacinação da população estão no caminho certo, pois combatendo a infecção pelo HPV estão diretamente combatendo e prevenindo o surgimento do câncer cervical, pela a sua altíssima correlação com o HPV.

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Referências

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