ANO XXVIII | NÚMERO 1.109 - EDIÇÃO DE 16 PÁGINAS
FOlha dO
FUNDADO EM 18 DE ABRIL DE 1993l O JORNAL DE ARACRUZ E REGIÃO
litOral
ARACRUZ e LINHARES (ES) | 23 A 29 DE ABRIL DE 2021
hospital são camilo: 54 anos
salvando vidas em aracruz
q 15
Governo atende pedido
de Erick Musso e
contrata empresa para
a construção do novo
DPJ de Aracruz
O novo DPJ em Aracruz foi um pedido deErick Musso ao governador Casagrande
Uma das maiores obras idealizadas pelo saudoso Monsenhor Guilherme Schmitz em Aracruz, o único hospital da cidade chega aos 54 anos de existência enfrentando o que talvez seja seu maior desafio: a pandemia da covid-19. Nesta edição, a história e depoimentos sobre a Fundação Hospital Maternidade São Camilo, mantenedora da unidade hospitalar. q03, 04 e 05
L
embro-me muito bem quando o jogo era livre em nosso País. Funcio-navam inúmeros cassinos. Corriam rios de dinheiro. Além de figuras das mais conheci-das da sociedade notava-se a pre-sença de moças e rapazes no verdor da juventude, ad-quirindo o nefando vício da roleta e do carteado. Poucos ganhavam e muitos perdiam. O lucro, como não poderia deixar de ser, só se via nas mãos dos banqueiros, qua-se todos ligados a “sindicatos” mafiosos com rami-ficações nacionais e internacionais. Os incautos que tombavam sob a atração do pano verde em pouco tempo estavam de-penados, vendendo tudo que possuíam e alienando a pró-pria personalidade. Grassava a corrup-ção, desmoralizan-do as instituições e as autoridades constituídas. Os cassinos sempre foram, e nunca deixarão de sê-lo, focos de criminali-dade. O resto são balelas. A sociedade, es-candalizada, exigia providências por parte do Governo. Tantos foram os clamores e pro-testos diante da re-alidade chocante e traumatizante que o presidente Eurico Gaspar Dutra ob-teve do Congresso Nacional uma lei proibindo taxati-vamente os jogos de azar no país e determinando o fe-chamento de todos os cassinos.Essa medida he-roica do presiden-te Dutra, dentre outros fabulosos benefícios, veio, a nosso ver, produ-zir um bem que reputo o mais im-portante: afastou as novas gerações do vício. Toda essa mocidade criada e crescida a partir de então não apren-deu a jogar; não conhece a roleta; não vive na tris-te dependência dessas quadrilhas organizadas. A implantação e o funcionamen-to de cassinos exigem vultosos investimentos. Geralmente são eles instalados nos balneários e pontos de atração turísti-ca, onde o metro quadrado de terra vale uma fortuna. Mas há também a necessidade de capital para
“ban-car” o jogo. Esse
capital não pode ser diminuto nem insignificante. Tudo isso, como é na-tural, só pode ser feito por poderosos grupos econômi-cos. Ocasionalmente surgem movimen-tos financiados às largas, tentando difundir as excelên-cias da reabertura dos cassinos. Mas, nós, os brasileiros, precisamos perma-necer vigilantes.
As palavras acima – todas elas – foram pronun-ciadas da Tribuna da Câmara dos Deputados pelo meu saudoso pai há uns 40 anos. Diante delas fico a pensar em Hegel, segundo quem “a
única coisa que a história ensina é que ela não nos ensinou nada”.
02 - FOlha dO litOral - ARACRUZ e LINHARES (ES) - 23 A 29 DE ABRIL DE 2021 ARACRUZ
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Jornal fundado em 18/04/1993 por Danilo S. Salvadeo
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“Circulação em Aracruz, Ibiraçu, João Neiva, Linhares e Fundão“ O jornal que ‘fala’ com Aracruz e Região
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litOral
O DIA A DIA DE ARACRUZ E REGIÃO folhalitoral@uol.com.br jornalfolhadolitoral@gmail.comCOMUNICADO
Bonfante Serv. e Em-preend. Imob. LTDA, torna público que re-quereu da SEMAMA, através do processo nº 006951/2020 a Licença Municipal de Operação para atividade de Lote-amento Predominante-mente Residencial de-nominado loteamento La Torre, no município de Rio Bananal/ES
Desembargador e presidente da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do ES
pedrO valls Feu rOsa
Jogo e história
serviços para a
administração pública
Por: Luiz Alberto Lima Martins, sócio-fundador da Modenesi Vicente & Lima Martins
Sempre foi desafiador para as em-presas que prestam serviços para a Administração Pública receber pon-tualmente os valores contratados. A nova Lei nº 14.133/21 (Lei de Lici-tações) tratou do tema da seguinte forma:
Art. 137. Constituirão motivos para extinção do contrato, a qual deverá ser formalmente motivada nos autos do processo, assegurados o contra-ditório e a ampla defesa, as seguin-tes situações:
§ 2º – O contratado terá direito à extinção do contrato nas seguintes hipóteses:
IV – Atraso superior a 2 (dois) me-ses, contado da emissão da nota fiscal, dos pagamentos ou de parce-las de pagamentos devidos pela Ad-ministração por despesas de obras, serviços ou fornecimentos;
V – Não liberação pela Administra-ção, nos prazos contratuais, de área, local ou objeto, para execução de obra, serviço ou fornecimento, e de fontes de materiais naturais especi-ficadas no projeto, inclusive devido a atraso ou descumprimento das obrigações atribuídas pelo contra-to à Administração relacionadas a desapropriação, a desocupação de áreas públicas ou a licenciamento ambiental.
Mas, em época de pandemia, vale destacar a exceção prevista na mes-ma lei. Se a sua empresa presta ser-viços para a Administração Pública, vale esse destaque para se evitar a onerosidade excessiva, de cumpri-mento do contrato, sem a contra-partida financeira:
§ 3º – As hipóteses de extinção a que se referem os incisos II, III e IV do § 2º deste artigo observarão as seguintes disposições:
I – Não serão admitidas em caso de calamidade pública, de grave perturbação da ordem interna ou de guerra, bem como quando decorre-rem de ato ou fato que o contratado tenha praticado, do qual tenha par-ticipado ou para o qual tenha con-tribuído;
II – Assegurarão ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assu-midas até a normalização da situa-ção, admitido o restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro do contrato, na forma da alínea “D” do inciso II do caput do art. 124 desta Lei.
Hospital São Camilo:
54 anos de filantropia
em Aracruz
A
mor à humanidade. Esta é a de-finição dos dicionários Aurélio e Michaelis para filantropia, palavra que move o Hospital Maternidade São Camilo desde a sua fundação, em 1967. Uma das maiores obras encabeçadas pelo saudoso Monsenhor Guilherme Schmitz em Aracruz, o único hospital da cidade chega aos 54 anos de existência enfrentando o que talvez seja seu maior desafio: a pandemia da co-vid-19.Há mais de um ano lidando com os de-safios da crise causada pelo coronavírus, os quase 500 colaboradores do hospital não poupam esforços para garantir a qualidade dos serviços prestados à po-pulação de Aracruz e Região, dia após dia, mantendo o legado da instituição: tomar consciência de uma necessidade do outro e sentir empatia por ela, reco-nhecendo a possibilidade de estar na mesma situação, despertando assim o ímpeto altruísta, característica maior da filantropia.
São momentos atípicos e difíceis. Mas também há motivos para celebrar. O Hospital Maternidade São Camilo está perto de entregar os primeiros
resulta-dos concretos do superpacote de obras anunciado em março de 2018. No segun-do semestre deste ano, deve entrar em funcionamento o novo Pronto-Socorro, que – com maior organização e confor-to – atenderá pacientes do Sistema
Úni-co de Saúde (SUS), além de particulares e de convênios. A obra está em fase de finalização.
Também deve ser entregue no segun-do semestre deste ano o primeiro segun-dos três pavimentos da Ala Dr. Sixto Nelson Quiñonez Diaz. Operários trabalham na fase de acabamento do andar que abri-gará a maternidade, passando o atual es-paço a comportar parte do novo Pronto--Socorro. O segundo pavimento também pode ser entregue ainda neste ano. Já o terceiro pavimento, que junto ao segundo abrigará novos leitos (SUS, de convênios de saúde e de atendimento particular), terá previsão de conclusão anunciada em meados de dezembro próximo.
Além de estrutural, a transformação pela qual vem passando o Hospital Ma-ternidade São Camilo é humana. Tendo o cuidar como vocação, a instituição filan-trópica segue no caminho da evolução, continuamente buscando e ofertando novas condições tanto para os clientes/ pacientes serem atendidos quanto para os profissionais atuarem.
Monsenhor Guilherme Schmitz benze o Hospital São Camilo no dia da inauguração
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E
m meados de 1967, Ara-cruz se viu às voltas com um surto de tifo, cujas consequências po-deriam ter sido arrasa-doras, se não fosse a já existente mobilização das ab-negadas pessoas, que foram o alicerce do hoje destacado Hospital Maternidade São Ca-milo. Daquele tempo para cá, ganhando espaço na vida e no coração dos aracruzenses, o São Camilo se consolidou como referência em urgência e emergência de média comple-xidade na região Polinorte.Dr. Sixto Nelson Quiñonez Diaz, cuja trajetória se
con-Passado que inspira e orienta o futuro
funde com a história do São Camilo, lembra que a genero-sa doação de recursos finan-ceiros e equipamentos pela Misereor, uma organização religiosa da Alemanha, foi primordial para que o hospi-tal viesse a ser inaugurado em abril de 1970. Braço direito de Monsenhor Guilherme Sch-mitz na saúde em Aracruz, o médico também recorda que arrecadações obtidas por meio da ativa mobilização da comunidade local em torno das nostálgicas feiras distri-tais também ajudaram a cons-truir o São Camilo.
Na história recente, aquele
Hoje, além de cirurgia geral 24h, cirurgia vascular e urológica e pronto-socorro 24h, o hospital oferece serviços de UCI (Unida-de (Unida-de Cuidados Intermediários) e UTI (Unida(Unida-de (Unida-de Tratamento Intensivo), realiza exames de endoscopia e videolaparoscopia e ainda presta atendimentos em clínica-geral e em cinco espe-cialidades (Cardiologia, Nefrologia, Obstetrícia, Ortopedia e Pediatria). Ao todo, são 140 leitos, sendo 111 direcionados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e 29 destinados a convênios de saúde. Podendo variar devido ao cenário atípico da pandemia, o quadro de pessoal é composto por 443 colaboradores, sendo 85 médicos.
Os serviços e a estrutura atual
esforço coletivo comunitário em prol do São Camilo foi reinventado em 2015, quan-do a Associação Vidas surgiu e passou a promover, entre outras ações, exposições agro-pecuárias, leilões e sorteios solidários, cujos resultados fi-nanceiros, em boa parte, vêm sendo investidos em obras de reforma, reestruturação e am-pliação do hospital. Também são notórias as doações e cap-tações que a área comercial do São Camilo vem fazendo com apoio da sociedade,
especial-mente neste período de pan-demia.
O Hospital São Camilo em construção na década de 60
M
onsenhor Guilherme Schmitz foi, e continua sendo para muita gente, daquelas raras pessoas que doam a vida pelas causas alheias. Um dos principais feitos dele remonta à área de saúde, com a construção do Hospital Maternidade São Camilo, fun-dado em 17 de abril de 1967 e inaugurado em 12 de abril de 1970. Até então, Aracruz só possuía um posto de saúde ao lado da praça do centro, onde não era possível fa-zer internações. Os doentes mais graves, acidentados, picados de cobra, eram le-vados para Vitória, geralmente em cami-nhões, e muitos eram acompanhados pelo padre Guilherme, que agilizava o atendi-mento graças a seu prestígio em várias re-partições públicas.A bênção da pedra fundamental foi re-alizada por Dom João Batista da Motta e Albuquerque, no dia 25 de julho de 1967. A construção do hospital ocorreu de 1967
54 anos salvando vidas!
a 1970, em trabalho quase contínuo. Mon-senhor fez o seguinte registro no livro de tombo da paróquia São João Batista: “Às
vezes éramos obrigados a parar os trabalhos por falta de material: lajotas, cimento, cal, areia e ferro. Mas não desanimamos. Durante alguns dias faltaram os operários. Resolvemos, Dr. Leonildo Poltronieri, eu (Monsenhor), Landir Poltronieri Rosa, a pegar na colher de pedrei-ro, fazer massa, carregar lajotas. Construímos uma boa parte da frente. Depois os operários voltaram aos serviços”.
Monsenhor conseguiu ajuda na Alema-nha para construir equipar o São Camilo por meio da Misereor – instituição católi-ca voltada para o auxílio aos países sub-desenvolvidos. Em seus manuscritos de 1974, ele registrou: “Fui buscar dinheiro na
Alemanha, que me deu 75.000 marcos e conti-nua até hoje com o seu valioso auxílio. Só no ano passado nos mandou mais remédio e muito material cirúrgico. Tudo gratuitamente”.
De seu país de origem, ele também con-seguiu equipamentos hospitalares como mesas cirúrgicas e obstétricas, de aneste-sia e foco de luz para a sala cirúrgica. O hospital chegou ao século 21 com muitas dificuldades financeiras e com problemas estruturais. Em 2015, a Associação Vi-das, liderada por empresários locais, com o apoio de milhares de voluntários e de emendas parlamentares, resolveu encam-par o projeto de revitalização, ampliação e modernização do São Camilo para torná--lo de média e alta complexidade e para atender um número cada vez maior de pa-cientes devido ao aumento da população.
Padre Antonio Luiz Pazolini Pandolfi
Paróquia São João Batista de Aracruz
O São Camilo
se consolidou
como referência
em urgência
e emergência
de média
complexidade na
região Polinorte.
DEPOIMENTOS
“É sempre uma grande honra falar do Hospital Maternidade São Camilo, uma instituição que nasceu da comunhão da coletividade aracruzen-se. Muito me orgulha ter vindo para Aracruz a convite de Monsenhor Guilherme Schmitz, pois testemunhei essa linda história. Muitas vidas fo-ram salvas desde o início das atividades do hos-pital, que com o passar dos anos cresceu e se difundiu pelo Estado. O São Camilo teve nome pela medicina preventiva que fez e pelo traba-lho comunitário envolvido em sua construção. Hoje com ressonância magnética e tomografia, entre outras modernidades, o hospital vem se adequando aos novos tempos. E com o empenho de novos voluntários, sobretudo da Associação Vidas, ele vem se consolidando como um gran-de empreendimento gran-de saúgran-de. É um trabalho cansativo, muitas vezes exaustivo, tamanho são os problemas a serem solucionados. Mas, as difi-culdades não têm sido motivo para o abandono deste trabalho. Muito pelo contrário, elas têm es-timulado a atualização do nosso querido e futuro grande hospital, que manterá a filosofia de salvar vidas. Parabéns a todos que fizeram e fazem do São Camilo uma realidade, em especial os anti-gos e novos colegas de profissão. Que as novas gerações cresçam reconhecendo esse patrimônio de Aracruz”.
“Que alegria poder fazer parte da equipe do Hospital Maternidade São Camilo e come-morar junto a essa instituição seus 54 anos de vida. Trabalhar no São Camilo é como fazer parte de uma grande família. O sentimento é amor e gratidão. Continuarei não medindo esforços para ver o crescimento e o reconhe-cimento do nosso hospital”.
Dra. Nina Mori Borges Pestana Dr. Sixto Nelson Quiñonez Diaz
“O Hospital São Camilo é patrimônio de Aracruz e Região. Estamos aqui sempre para atender você e sua família”.
“A cada ano podemos perceber uma evolução do Hospital São Camilo, seja no atendimento humanizado, seja na evolução tecnológica. Po-demos dizer que estamos no rumo certo, traba-lhamos para tornar o São Camilo um hospital no padrão que o aracruzense merece”.
Wellington Lozer Giacomin,
Diretor executivo do Hospital São Camilo
“Acompanhando as várias fases da história de Ara-cruz, a gente percebe o quanto foi fundamental a decisão de um grupo de cidadãos aracruzenses, liderado por Monsenhor Guilherme Schmitz, em criar o Hospital Maternidade São Camilo, em 1967, numa época em que a cidade não tinha nenhuma estrutura hospitalar, exceto um mini hospital im-provisado atrás da igreja Matriz. Entre 2015 e 2018 fui conselheiro do hospital e presenciei de perto os desafios que o São Camilo tem que superar a cada dia, uma vez que saúde é algo complexo e dis-pendioso. Destaque para a gestão do padre José Valdecy Romão como presidente do Conselho e pela iniciativa da Associação Vidas em congregar a sociedade para ampliar e modernizar o hospital, que continua, depois de 54 anos, único na cidade e cada dia mais importante na condução da saúde pública”.
Rogério Sarmenghi,
ex-conselheiro do Hospital São Camilo
Aroldo Lopes Rampinelli,
Presidente do Conselho Curador do Hospital São Camilo
“Nós, do Conselho Curador do Hospital, queremos homenagear todos os colabora-dores, médicos e voluntários pela passa-gem dos 54 anos de dedicação a esta ins-tituição. Estamos muito honrados de estar à frente da Fundação Hospital Maternidade São Camilo, em um momento tão especial nos cuidados de nossa população. Ao olhar-mos para trás, sentiolhar-mos muito orgulho da trajetória desta instituição, que sempre esteve pautada em valores científicos, re-ligiosos, éticos e morais. Temos certeza de que os objetivos traçados pelo fundador, Monsenhor Guilherme Schmitz, e inúmeros voluntários e entidades que compõem este Conselho, estão cada vez mais presentes em cada atendimento realizado. Nosso hospital é reconhecido pela dedicação dos colabora-dores, pelo ambiente acolhedor e familiar, pela qualidade na prestação de serviços e, principalmente, pelo respeito e atendimen-to humanizado. Aqui, o amor ao próximo e o compromisso com a vida, que foram os principais legados dos nossos fundadores, atravessaram a barreira do tempo e passa-ram de geração em geração. Também olha-mos para o futuro e nos sentiolha-mos confiantes de que a Fundação Hospital Maternidade São Camilo está preparada para os novos desafios, pois além de investirmos em in-fraestrutura e tecnologias, nossas equipes estão em constante aprimoramento. Aqui cabe nosso reconhecimento à Associação Vidas, que tem sido uma parceira nas obras de infraestrutura. Neste momento especial, queremos agradecer a Deus por ter abenço-ado este hospital e por ter ajudabenço-ado nossos médicos e equipes a atender milhares de pacientes, levando a eles conforto, atenção e auxílio em sua recuperação. Agradece-mos também todos aqueles que confiaram em nosso trabalho e aos colaboradores que compartilham conosco a missão de dedicar--se ao Servir e Valorizar a Vida”.
Dr. Eduardo Soares,
superintendente do Hospital São Camilo
Conselheiros da Associação Vidas: Aderbauer Pedroni, Pr. Geraldo Pinto de Oliveira (in memoriam), Jesimar Manola, Luis Soares Cordeiro e Etore
Cavallieri Aderbauer Pedroni
“Falar do Hospital São Camilo se resume em uma palavra: gratidão. Em um primeiro momento, gratidão pelas pessoas que o fundaram. Hoje temos alguns desafios, mas imagina o quão difícil foi há 54 anos, quando o hospital foi inaugurado. Então, toda a honra e todo louvor a Deus pelas pessoas que fundaram e depois deram continuidade, com muito sacrifício, ao nosso querido São Camilo. Em um segundo momento, gratidão pela Associação Vidas, que oportunizou a mim e tantos outros de se envolver diretamente na recuperação e ampliação do hospital. Uma coisa muito bonita de se ver e de se trabalhar. Nessa caminhada, destaco a participação do saudoso pastor Geraldo Pinto de Oliveira, um grande companheiro que esteve desde o primeiro momento junto com a Associação Vidas, trabalhando em favor do hospital do qual ele já participava anteriormente. Ele foi uma pessoa muito querida, um líder sensato, dono de um coração maravilhoso. O pastor Geraldo Pinto de Oliveira merece todo o nosso reconhecimento e é justo o homenagearmos, colocando seu nome na nova UTI do Hospital São Camilo”.
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06 - FOlha dO litOral - ARACRUZ e LINHARES (ES) - 23 A 29 DE ABRIL DE 2021 ARACRUZ
portocel entrega 21 toneladas de alimentos
para famílias em vulnerabilidade de aracruz
Na segunda-feira 19, o Por-tocel entregou à Prefeitura de Aracruz 1,5 mil cestas básicas. São quase 21,3 toneladas de alimentos direcionadas às fa-mílias em situação de vulne-rabilidade no município, que com a pandemia do corona-vírus estão em situação ainda mais delicada. A doação é fru-to de uma corrente solidária iniciada pela Comissão Inter-na de Prevenção de Acidentes (CIPA) do terminal especiali-zado no embarque de celulose. Envolvendo colaborado-res, trabalhadores portuários avulsos e outros parceiros do Portocel, a campanha da CIPA arrecadou 400 cestas básicas. A empresa apoiou a mobili-zação e doou outras 1,1 mil cestas. As nove unidades do Centro de Referência de Assis-tência Social (CRAS) e a
secre-taria de Desenvolvimento So-cial de Aracruz estão fazendo a distribuição dos alimentos.
Gerente de Operações Por-tuárias no Terminal Especia-lizado de Barra do Riacho, Alexandre Billot Mori destaca que “desde o início da pandemia,
o Portocel tem apoiado diversas iniciativas de combate à
dissemi-nação da covid-19 em Aracruz, seguindo o propósito da empresa de contribuir com ações que im-pactam positivamente a sua área de influência”.
A parceria entre o Portocel e a Prefeitura de Aracruz para enfrentamento à pandemia teve início no ano passado, com a doação de outras 21,2
toneladas de alimentos, além de 14 mil máscaras de prote-ção facial, álcool em gel, kits de higiene e limpeza e termô-metros digitais. A empresa também apoiou o município no desenvolvimento de cam-panhas para orientar e cons-cientizar a população sobre o coronavírus.
Projeto “Móveis Solidários” beneficia
nove mil famílias em aracruz
Desenvolvido em Aracruz pelas secretarias de Desen-volvimento Social e Serviços Urbanos, o projeto “Móveis Solidários” já beneficiou mais de nove mil famílias ca-rentes este ano. Por meio da iniciativa, desenvolvida den-tro do programa “Aracruz Sustentável”, colchões, esto-fados, mobílias e até eletro-domésticos usados são doa-dos a quem precisa, evitando o eventual descarte irregular desses itens.
O morador que precise des-cartar alguma peça de mobi-liário que possa ser reapro-veitada em outra residência pode solicitar o
recolhimen-to gratuirecolhimen-to pelo telefone (27) 99741-8382 ou encaminhar até a antiga fábrica de mani-lhas no bairro Itaputera. Já para receber essas doações, o interessado deve entrar em contato pelos telefones 3270-7433 ou 99622-5748.
Nas limpezas de valões re-alizadas pela prefeitura, o secretário municipal de Ser-viços Urbanos, Almir Via-na, diz ser comum encontrar móveis e eletrodomésticos descartados irregularmente.
“Com o projeto ‘Móveis Solidá-rios’, evitamos esse problema, minimizamos os impactos am-bientais e ainda ajudamos mui-tas famílias”, incentivou.
PROJETO MÓVEIS SOLIDÁRIOS EM ARACRUZ
Para doar: (27) 9741-8382 Para receber: 3270-7433 ou 99622-5748
projeto destaca artes indígenas como
forma de preservação da língua
tupiniquim
T
ornar público opensamento Tupi-niquim sobre a sua realidade, por meio da arte indígena e do incentivo à reto-mada da língua materna. Esta é a principal contri-buição do projeto “Língua Viva – Imagens em Movi-mento em Debate”, desen-volvido pela doutoranda em antropologia social Ali-ne Moschen, em conjunto com a Bule Criativo e lin-guistas e artistas indígenas do tronco tupi.
Selecionado pela Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, o projeto consiste na construção de um acer-vo digital composto pelas obras fotográficas de artis-tas indígenas, disponibili-zado no site www.lingua-viva.org, e na realização de um podcast no formato de um debate, reunindo a pesquisadora e as lide-ranças indígenas Jocelino Tupiniquim, Urutau Gua-jajara e Tiago Matheus Tu-piniquim.
O objetivo é integrar as artes verbais e as artes vi-suais do povo Tupiniquim aos temas da memória e do patrimônio imaterial dessa população, com ênfase na língua materna. As refle-xões versam sobre as artes indígenas como estratégias de preservação da língua tupiniquim e do enfren-tamento aos estereótipos étnico-raciais presentes no cotidiano dessa população, que divide limites próxi-mos com o meio urbano de
Beatriz Pego – Aldeia Caieiras Velha Jaciele Tupiniquim, da Aldeia Caieiras Velha
Aracruz.
O conteúdo do podcast será distribuído para as es-colas da Rede Estadual de Ensino em Aracruz e Co-latina. “Direcionar parte da
produção intelectual e artís-tica dessas pessoas ao ensino público é uma forma de reco-nhecer narrativas teóricas e históricas concretas sobre um território dentro da história e do ensino tradicional”,
afir-ma a pesquisadora Aline Moschen, que desenvolve pesquisas junto aos povos indígenas de Aracruz des-de 2015.
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comunidades indígenas de aracruz conquistam
recorde na produção de mel
Em iniciativa desenvolvida com o apoio da Suzano, foram colhidos 725 quilos de mel, 60 quilos de pólen e 40 quilos de cera, a melhor safra desde 2012
A parceria entre a Suzano e a Cooperativa de Agricultores Indígenas Tupiniquim e Gua-rani de Aracruz (Coopyguá) resultou em uma conquis-ta inédiconquis-ta. Entre os meses de março e abril deste ano foram colhidos 725 quilos de mel de abelhas
nati-vas sem fer-rão, além de 60 quilos de pólen e 40 qui-los de cera. Foi a melhor safra desde 2012, quando teve início o projeto desen-volvido pela Suzano com o objetivo de resgatar
ativi-dades tradicionais nas aldeias, entre elas a meliponicultu-ra, que é a criação de abelhas sem ferrão, que chegaram a estar quase desaparecidas na região. A Suzano vem pro-movendo junto às comuni-dades indígenas um trabalho de resgate dessa tradição. A companhia oferece capacita-ção, acompanhamento
técni-co, materiais, equipamentos e insumos necessários para a atividade.
O mel produzido pelos par-ticipantes da Coopyguá é co-mercializado sob a marca Tu-pyguá, uma linha de produtos agroecológicos. Um grupo de 60 famílias é responsável pelo manejo das colônias, produzindo mel e pólen. Ao apoiar a iniciativa, a Suzano con-tribui com a geração de renda, desenv o l desenv i m e n -to regional e também para a manutenção da cultura e da tradição das comunidades in-dígenas. Para saber mais, aces-se o site www.tupygua.com.br
“Com a utilização de méto-dos adequaméto-dos de multiplicação, mais de 1.200 colônias já foram produzidas no âmbito do projeto e estão sendo manejadas pelas fa-mílias indígenas”, explica
Dou-glas Peixoto, coordenador de
Desenvolvimento Social da Suzano. Neste ano, com o ce-nário de pandemia, uma equi-pe 100% indígena equi-percorreu
durante duas semanas as ca-sas de 30 famílias e colheu os produtos de 263 colônias de abelhas.
João neiva acelera emissão de alvarás
de edificações urbanas
A secretaria municipal de Obras e Servi-ços Urbanos de João Neiva, na atual gestão do prefeito Paulo Sérgio Micula, implantou o sistema de análise de processos e projetos, que possibilitou maior celeridade na emissão dos alvarás de construção, habite-se e certi-dões detalhadas, sendo emitidos até agora 42 alvarás/certidões.
A maior produtividade foi possível porque o departamento que analisa os projetos, que antes também fiscalizava contratos e outras funções, atualmente cuida exclusivamente de análise, aprovação e liberação de
proces-sos/projetos/alvarás, coordenados pelo en-genheiro civil José Marcos Campagnaro e pelo secretário de Obras e Serviços Urbanos, Allan Dantas de Azevedo.
De acordo com Allan, haviam casos de processos/projetos paralisados sem análise há seis meses, sendo que atualmente o pra-zo para primeira análise prévia é de apenas uma semana, e as notificações e recebimentos de correções são todas de forma digital, per-mitindo a finalização mais rápida, tendo al-varás emitidos em média de 15 dias, quando o prazo legal é de no máximo 60 dias. Tendo
excepcionalidade de aprovação de projeto (que não precisou de correções), a emissão de alvará sai em 5 dias úteis.
“Pretendemos implantar ferramentas como al-vará digital, liberações provisórias prévias, dentre outras inovações, visando a eficiência do poder público na emissão desses documentos, que permi-tem que as pessoas tenham acesso a regularização plena de suas habitações, bem como propicia um ambiente de negócios favorável, gerando o aqueci-mento da construção civil, mercado imobiliário e abertura de novos empreendimentos, gerando em-prego e renda na cidade”, conclui Allan.
Jovens aprendem a criar projetos para
construir o futuro da bacia do rio doce
C
erca de mil jovens de 15 a 29 anos de 41 municí-pios participam do ‘Li-deranças Jovens’, um projeto de formação que promove o prota-gonismo e empreendedoris-mo juvenil na revitalização da bacia do rio Doce. Ao lon-go deste ano, os jovens parti-cipam de aulas em educação à distância para aprenderem a elaborar projetos e captar recursos, entre outros temas. Na sequência, vão desenvol-ver iniciativas próprias nas áreas ambiental, econômica, cultural ou social para o futu-ro da bacia. Todos os pfutu-rojetos propostos receberão aporte financeiro da Fundação Re-nova.A ação é realizada em par-ceria com cinco instituições, cada uma com um plano de ação baseado em um levanta-mento dos anseios e vontades
dos jovens presentes em sua área de atuação. Além de uma formação geral, focada na re-vitalização da bacia, jovens de diferentes regiões terão acesso a conteúdos socioambientais articulados com fundamentos de robótica, expressões artís-ticas e culturais, fortalecimen-to de identidade, vinculações territoriais e protagonismo.
Cada uma das instituições realizou um diagnóstico com os jovens dos seus territórios e elaborou uma proposta de atuação com base nos conte-údos sugeridos pelo edital, respeitando os objetivos de envolvimento e engajamen-to com a revitalização local e regional dos territórios. As propostas levaram em conta alguns aspectos como: mo-bilização e engajamento dos jovens na revitalização do rio Doce; percepção dos jovens sobre a realidade do território
em que vivem; contribuição para o fortalecimento de uma rede de atores e ações que tra-balham com o protagonismo juvenil; e o fomento de práti-cas de educação em rede para a revitalização da região.
A primeira parte do pro-grama envolve 30 horas de
aulas comuns para todos os jovens dos cinco territórios. Depois entra a fase de forma-ção específica por território, contabilizando mais 56 horas ministradas pelas instituições selecionadas. Ao todo, os jo-vens passarão for 86 horas de formação.
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10 - FOlha dO litOral - ARACRUZ e LINHARES (ES) - 23 A 29 DE ABRIL DE 2021 ARACRUZ
Fiscalização notifica mais de 200
proprietários de terrenos baldios em aracruz
Limpeza realizada no dia 09 de abril e o mesmo lote cinco dias após, ao lado do Cartório Eleitoral, na avenida Castelo Branco
Com o objetivo de contri-buir para um município mais limpo e mais organizado, a Prefeitura de Aracruz está notificando os proprietários de terrenos baldios sem ma-nutenção, para realizarem a limpeza e o fechamento com muro nos locais. Já foram notificados pela fiscalização aproximadamente 200 pro-prietários.
A ação tem a finalidade de manter terrenos limpos
para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti e outros animais, além dos da-nos causados pelo mato alto servindo para esconderijo de bandidos. De acordo com o Código de Posturas, os do-nos de terredo-nos baldios são responsáveis pela conserva-ção dos locais, mantendo-os limpos e fechados.
Se os fiscais flagram um terreno sujo, eles notificam os proprietários para que
façam a limpeza. Quem des-respeitar as notificações será multado. A população pode fazer denúncia na Ouvidoria pelo telefone 9 9804 6552 ou no telefone 9 9741 8382, do setor de Limpeza Pública.
Para Francine Sousa, asses-sora da prefeitura, “os
cida-dãos precisam se conscientizar sobre a limpeza não só dos ter-renos, mas também das ruas, jogando lixo no local certo e colocando lixo domiciliar uma
hora antes do caminhão passar no local”.
lei de incentivo à cultura capixaba trará
recursos de R$ 10 milhões anuais para setor
Por Sandra Freitas
F
oi sancionada pelo go-vernador Renato Casa-grande a Lei de Incenti-vo à Cultura Capixaba (LICC), que permitirá a destinação de R$ 10 milhões anuais para a área, ou seja, dobrando o investi-mento do Estado em projetos culturais. Parte integrante das medidas anunciadas no mês de março pelo Governo do Estado para oenfrenta-mento à covid-19, a nova lei possibilita que empresas re-vertam parte dos impostos sobre o ICMS em recursos de fomento ao setor cultural.
A partir da regulamentação da lei, a secretaria de Cul-tura será responsável pelo credenciamento de projetos culturais, validação desses projetos para receberem in-vestimento e fiscalização do cumprimento das exigências da lei. A secretaria prevê
re-alizar um processo de mobi-lização com o setor privado, dando continuidade às arti-culações que já existem com o setor produtivo desde 2019 como, por exemplo, o Comi-tê + Cultura, que tem o apoio da Findes, da OAB-ES e do Conselho Regional de Con-tabilidade do Espírito Santo (CRC-ES).
Para normatizar a lei, o governador encaminhou o projeto à Assembleia
Legis-lativa, que aprovou a maté-ria, em regime de urgência, no dia 24 de março. A lei foi sancionada em 07 de abril. A medida permite ao setor produtivo reverter, por meio de isenção, parte do ICMS), permitindo que as empresas destinem parte deste impos-to para apoiar estes seimpos-tores tão prejudicados diante do momento de crise sanitária e econômica do novo corona-vírus.
De acordo com
o Código de
Posturas, os donos
de terrenos baldios
são responsáveis
pela conservação
dos locais,...
A população surda brasilei-ra conta agobrasilei-ra com um e-book gratuito para aprender Ciên-cias. Elaborada por docentes e egressos da Universidade Federal do Piauí (UFPI), com apoio de alunos deficientes au-ditivos, a publicação está dis-ponível para download no site
manual traduz o ensino de ciências para
os surdos
da FOLHA DO LITORAL. Intitulado “Manual de Li-bras para Ciências: A Célula e o Corpo Humano”, o livro di-gital – publicado pela Editora da UFPI (EDUFPI) – apresenta novos sinais para termos que não existiam antes na Língua Brasileira de Sinais (Libras). A
cada página, ilustrações e tex-tos contextualizam os assuntex-tos. Com o e-book, os organi-zadores – Bruno Iles, Jesus Rodrigues Lemos, Rosemary Menezes dos Santos e Taiane Maria de Oliveira – esperam colaborar com a população de surdos em diferentes
localida-des, e que os profissionais que executam a mediação e promo-vem uma interação mais justa e significativa se beneficiem, fazendo com que sua atuação seja mais positiva e os resulta-dos sentiresulta-dos por eles por meio da aprendizagem dos alunos surdos.
rio piraquê-açu vira personagem de livro
N
o próximo dia 27, às 16h05, será lançado em Santa Cruz o livro “O Auto do Rio Piraquê-açu”, de Margareth Galvão e Peter Boos. Os autores participarão de uma ‘live’ promocional na Taverna do Cais, junto à foz do rio que dá nome à obra. A publicação, com recursos da Lei Aldir Blanc e Prefeitura de Aracruz, traz dramaturgia para uma encenação nas praias e ruas do centenário distrito, onde o município e a imigração italiana no Brasil começaram.O livro é fruto de um trabalho iniciado em 2017. Na ocasião, o então secretário de Cultura e Turismo de Aracruz, Jean Pedrini (hoje vereador), solicitou à atriz e diretora teatral paulista radicada no Espírito Santo, Margareth Galvão, por anos professora da Escola de Teatro e Dança FAFI, em Vitória, e diretora do “Auto da Paixão de Cristo”, em Jaguaré, que desenvolvesse um projeto teatral para atrair turistas para Santa Cruz. Ela, por sua vez, convidou o agente cultural Peter Boos, nativo da orla de Aracruz, para participar da empreitada.
A partir daí, Margareth e Peter iniciaram uma trajetória de idealização de um espetáculo teatral para ser encenado nas praias e ruas de Santa Cruz e da concepção de uma dramaturgia original sobre a história de Aracruz, pelo ponto de vista do rio Piraquê-açu.
A Beepecriaoc Arte, empresa produtora cultural dirigida por Peter, assumiu a produção para a inserção do projeto na Lei de Incentivo à Cultura, do Governo Federal. Em 2018, após a análise técnica de pareceristas do então Ministério da Cultura, o projeto, que prevê a participação dos grupos étnicos Aldeia Temática
Atekoà Mirim e um grupo de dança afro, além de dez atores e outros figurantes, foi considerado como apto para a captação de recursos junto a pessoas jurídicas ou físicas que patrocinem ganhando isenção fiscal.
O projeto teatral prevê a geração de mais de cem postos de trabalho diretos e indiretos: costureiras, camareiras, técnicos cênicos, de som, de luz e de vídeo, motoristas, artistas, marinheiros, cozinheiras, grupos culturais, agentes comunitários, operadores gráficos e designers, assessores de imprensa e de administração para a realização de doze apresentações abertas ao longo de um ano para um público estimado de mil pessoas por sessão.
A Rede Santa Cruz de Ecologia e Cultura (REDESCEC), criada no ano seguinte à idealização da dramaturgia, foi formada
para nomear as parcerias institucionais de colaboração para a captação de recursos do projeto. Desde então ela se mantém debatendo com associações e outros grupos sociais a importância do desenvolvimento de projetos de turismo sustentável na região, visando contribuir com a melhoria da qualidade de vida em Santa Cruz.
Enquanto a encenação de “O Auto do Rio Piraquê-açu” não sai, uma outra lei, a Lei Aldir Blanc, possibilita que o público da literatura e do teatro possa entrar em contato com o resultado da pesquisa de Margareth e de Peter. A ‘live’ será transmitida pelo canal BeepeTVOnline, no Youtube, com replicação experimental do sinal para a página do projeto no Facebook (@oautodoriopiraqueacu), e terá retransmissão nas duas plataformas no dia 28 de abril, às 21h.
12 - FOlha dO litOral - ARACRUZ (ES) - 19 A 25 DE JUNHO DE 2020 ESPECIAL
12 - FOlha dO litOral - ARACRUZ e LINHARES (ES) - 23 A 29 DE ABRIL DE 2021 CIDADES
Governo do estado publica
manifestação de interesse
para implantar e gerir crJ
em aracruz
O
Governo do Estado pu-blicou no Diário Oficial a Manifestação de In-teresse da Seleção Ba-seada em Qualidade e Custo nº 003/2021. O objetivo é selecionar uma Or-ganização da Sociedade Civil (OSC) para implantar e gerir um Centro de Referência das Juventudes (CRJ) no municí-pio de Aracruz.A Organização será sele-cionada de acordo com os procedimentos indicados nas Políticas para a Seleção e Contratação de Consultores e
financiados pelo Banco Intera-mericano de Desenvolvimen-to (BID). Poderão participar todas as OSC’s de países de origem que forem elegíveis, segundo o estabelecido nessas políticas.
A manifestação de interes-se deverá interes-ser enviada, em formato PDF, para o endere-ço eletrônico licitações.ugp@ sedh.es.gov.br ou via e-Docs, pelo site www.acessocidadao. es.gov.br (para o órgão SEDH, grupos e comissões – “Comis-são Julgadora - SEDH”), até o próximo dia 30 de abril.
Justiça aprova fim de
validade em laudos de
pessoas autistas
A Comissão de Constitui-ção e Justiça da Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Lei (PL) 366/2020, de auto-ria do deputado Torino Mar-ques, que torna indeterminado o prazo de validade dos lau-dos concedilau-dos a pessoas com Transtorno do Espectro Autis-ta (TEA), que atualmente tem validade de cinco anos.
A matéria altera o artigo 1° da Lei 11.134/2020, oriunda do PL 893/2019 de autoria do pró-prio deputado, que concede cinco anos de validade para o documento. De acordo com o texto, os laudos e perícias que atestam TEA deverão ser
emi-tidos por médicos especialistas do setor público ou privado.
Para justificar a matéria, To-rino afirma que o objetivo é ga-rantir os cuidados necessários a essas pessoas. “O transtorno
do espectro autista não é uma do-ença, mas sim um transtorno do neurodesenvolvimento, ou seja, um distúrbio do desenvolvimen-to cerebral. É fadesenvolvimen-to irreversível e, por não se tratar de uma doença, é incurável, mas acompanhável. A única classificação que é feita não permeia em momento algum se há ou não cura, pois, como dito e pro-vado cientificamente, é transtorno e não doença”, pontua o
depu-tado.
João Neiva faz melhorias no sistema de capina
e conservação de ruas
Por meio da secretaria de Obras e Serviços Urbanos, a Prefeitura de João Neiva está implantando diversas me-lhorias no sistema de limpe-za pública, recuperando cai-xas de entulhos e alterando
o sistema de varrição, roça-gem, coleta, capina e conser-vação de vias urbanas.
Foi suspensa a utilização de roçadeiras na execução dos serviços de capina e ro-çagem das ruas, sendo
subs-tituídas pela capina manual, iniciando pelo bairro Cohab. De acordo com secretário Allan Dantas, o serviço com a roçadeira oferece maior produção, mas apresentam diversas desvantagens, como
limpeza superficial, barulho e lançamento de pedras. Os serviços de roçagem e capina serão realizados nos 25 bair-ros da cidade, além de lava-gem das ruas e caiação de meios fio e postes.
Eco101 continua ignorando
contrato e não duplica BR-101 entre
Linhares e Itapemirim
Nos quase sete anos de concessão, 175 milhões de veículos já pagaram pedágio
Trecho com alto índice de acidentes com mortes, o trajeto da rodovia BR-101 entre Linhares e Itapemirim continua sem duplicação a um mês de completar sete anos de cobrança de pedágio e descumprimento, pela Concessionária Eco101, do item 3.3.1 do contrato de concessão assinado em 2013 com a ANTT, que prevê a duplicação imediata de trechos que atinjam o Volume Diário Médio Anual (VDMA) dos valores constantes na tabela 3.1, o chamado ‘gatilho’, pelo qual este trecho da rodovia já deveria estar todo duplicado desde 2019.
Com cerca de 500 mil veículos pagando pedágio por mês na praça de Serra, 380 mil na de Itapemirim, 360 mil na de Guarapari e 300 mil na de Aracruz, correspondendo a mais de 10 mil por dia, a Concessionária ECO101 continua se apegando à não liberação, pelo Ibama (outra novela inexplicável), do licenciamento ambiental para as obras no Trecho Norte
As obras de duplicação são condicionadas ao volume de tráfego nos trechos de pistas simples. O fator determinante para a duplicação da pista é o ‘gatilho’, ou seja, além dos prazos máximos para a execução das obras, a Eco101 deverá antecipar as datas das obras relativas às duplicações desses trechos com mais de 10 mil veículos diários. E segundo os deputados estaduais da Comissão de Fiscalização na Assembleia, esse volume já foi atingido nos últimos anos.
Segundo os parâmetros de acompanhamento de tráfego expressos no capítulo 4 do contrato, uma vez atingido o ‘gatilho’ em qualquer um dos subtrechos especificados, a Concessionária terá um prazo de um ano para a conclusão dos investimentos de duplicação do respectivo subtrecho. Os dados nos boletins de tráfego divulgados mensalmente no site da Eco101 permanecem os mesmos desde o início da cobrança da tarifa, em 18 de maio de 2014 (quase sete anos).
Pelo ‘gatilho contratual’, também já deveria estar duplicado em 2019 o trecho de Serra a Guarapari. O prazo de 10 anos, sem o ‘gatilho’, é para o trecho da divisa com a Bahia até João Neiva. Das sete praças, de acordo com a ECO101, somente as de São Mateus (7.943) e Mimoso do Sul (8.281), não atingiram o ‘gatilho’ de 10 mil veículos diários pagando pedágio.
Em dados sempre imutáveis divulgados em seu site, os boletins de tráfego pago na BR-101 permanecem inalterados desde 18 de maio de 2014, totalizando cerca de 70 mil veículos por dia nas sete praças, até o último dia 31 de março (6 anos e 10 meses).
Neste período de quase sete anos, 174.310.615 veículos diversos pagaram pedágio nas sete praças da rodovia BR-101 no Estado, incluindo os que se utilizam do sistema Sem Parar. Os dados divulgados no site da Concessionária ECO101 não se alteram, ano a ano. Nos 2.567 dias
de cobrança, a média é de 67.904 veículos por dia, ou 2.829 por hora ou 47 por minuto.
Os números do tráfego pago variam muito pouco de um mês para o outro, desde o início da cobrança, em 18 de maio de 2014, dados que deixam dúvidas nos deputados estaduais e federais de que exista manipulação por parte da Eco101 para não duplicar trechos com alto índice de veículos, acionando o ‘gatilho’ previsto em contrato, que prevê a duplicação imediata de trechos com mais de 10 mil veículos por dia. A FOLHA
DO LITORAL é o único jornal que
divulga mês a mês as tabelas de estatísticas do tráfego pago na BR-101.
Apesar do tráfego diário de mais de 70 mil veículos pagantes por dia, somente 58,3 (12,2%) dos 475,9 quilômetros entre o trevo de acesso a Mucuri, no Sul da Bahia, e a divisa com o Rio de Janeiro, foram duplicados. Nos 6 anos e 10 meses de cobrança tarifária, somente 1,8 km foi duplicado em Anchieta, 2,2 km em João Neiva, 4,5 km em Ibiraçu, 7,8 km em Iconha (contorno) e 42 km de Viana a Guarapari.
Falta de duplicação contribui para acidentes como este, em Rio Novo do Sul, que deixou a BR-101 interditada por mais de 24 horas, nesta semana
Foi entregue a primeira eta-pa da obra do binário, que é um novo acesso com a abertu-ra de uma rua paabertu-ralela à rodo-via ES 257, próxima a capela mortuária, no bairro Jardins, que trará mais fluidez ao trân-sito de Aracruz. Nesta fase, ficou responsável pelos ser-viços a empresa Imetame, de acordo com as condicionantes
Você tem muita
vida pela frente.
Cuide-se e proteja
quem você ama.
prefeitura de aracruz recebe
primeira etapa da obra do binário
Novo acesso ao Centro de Aracruz, passando pelo bairro Jardins
Foto: Humberto De Marchi / PMA
previstas durante a análise do Estudo de Impacto de Vi-zinhança (EIV) do empreen-dimento Imetame Logística Porto.
A continuidade das obras será de responsabilidade da prefeitura, que finalizará o processo com a construção de canaletas e meio-fio, além de sinalizar o local. Até essa fase
final, a nova via estará interdi-tada para o tráfego de veícu-los. O prefeito Dr. Coutinho destacou que, “com o binário,
não tenho dúvida que nossa gente sentirá a diferença na trafegabili-dade de toda essa área. Além dis-so, com um menor fluxo de carros no centro da cidade, todos terão mais segurança e comodidade”.
O diretor de
Sustentabilida-de da Imetame, Sergio Fan-tini, destacou que assim que finalizado o binário, este trará reflexo imediato no trânsito, especialmente na rotatória próxima à prefeitura, nos ho-rários com maior número de carros. “Os resultados serão
imediatos e a população sentirá os benefícios da construção da nova via”, disse.
12 - FOlha dO litOral - ARACRUZ (ES) - 19 A 25 DE JUNHO DE 2020 ESPECIAL
Governo contrata empresa para a
construção do novo DPJ de Aracruz
Atendendo ao pedido do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Erick Musso (foto), o governador Renato Ca-sagrande contratou a empresa que fará as obras da nova sede da 13º Delegacia Regional de Aracruz (DPJ). O edital do Contrato 18/2021 foi publicado na edição do último dia 20 do Diário Oficial do Estado, sendo a empresa responsável a Ativa Construções e Incorporações, lici-tada por R$ 3.952.358,51.
Musso soube da notícia quando se dirigia para Vitória e parou o carro para gravar um áudio comemorando a realiza-ção da conquista: “Será um DPJ novo, que
levará mais segurança aos moradores de Aracruz, Ibiraçu, Fundão e João Neiva. O prazo de conclusão da obra é previsto em 900 dias. Fico feliz por contribuir, em meu mandato, com mais benefícios, melhorias e qualidade de vida ao nosso povo”.
As futuras instalações do DPJ serão construídas no bairro Bela Vista, em área cedida pela prefeitura. O projeto arquite-tônico foi elaborado com uma área total construída de 1.119,14 metros quadra-dos, composta de dois andares.
O local vai abrigar a Superintendência de Polícia Regional, Gabinete do Chefe da Regional, Seção de Apoio Adminis-trativo, Seção de Apoio Operacional, Seção de Registro e Verificação de Ocor-rências, Seção de Inteligência, Análise e Estatística, Delegacia de Plantão Regio-nal, Delegacia Especializada de Ho-micídio e Proteção à Pessoa, Delegacia Especializada de Narcóticos, Delegacia Especializada de Investigações Crimi-nais, Delegacia Especializada de Atendi-mento à Mulher, Delegacia Especializa-da de Proteção à Criança, Adolescente e Idoso, Delegacia Especializada de Infra-ções Penais, entre outros.
O prédio contará ainda com ambientes
de recepção, sanitários aces-síveis masculino e feminino, co-zinha, almoxa-rifado, arquivo, sala para mate-rial apreendido e estacionamen-to. O novo DPJ viabilizará em Aracruz os serviços de pe-rícia criminal e Serviço Médico Legal, hoje aten-didos por Li-nhares e Vitória. A futura sede ficará ao lado da 2ª Companhia do Corpo de Bombeiros, na avenida Castelo Branco. Erick Musso destacou que a obra, assim como o asfalto de Santa Rosa, “é um dese-jo antigo dos moradores de
Aracruz e principalmente dos agentes das forças de segurança. Agradeço ao governador Renato Casagrande por atender, com sua sensibilidade e respon-sabilidade, essa antiga reivindicação da população. A Polícia Civil necessita de um local mais adequado para dar melhores condições de trabalho para os servidores e, principalmente, atender com mais qualidade”.
O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) da futura Delegacia Regional foi apresentado à população em setembro de 2019, em audiência pública na Câma-ra Municipal. O projeto prevê a cons-trução da unidade na área de 3.575 m². O prédio terá vagas de estacionamento e uma maior estrutura para abrigar um número de efetivos que atenderá a demanda da segurança pública no muni-cípio e Região.
12 - FOlha dO litOral - ARACRUZ (ES) - 19 A 25 DE JUNHO DE 2020 ESPECIAL
16 - FOlha dO litOral - ARACRUZ e LINHARES (ES) - 23 A 29 DE ABRIL DE 2021 ARACRUZ