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Exposição ao fumo do tabaco (EFT) e morbilidade respiratória em crianças em idade escolar

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www.revportpneumol.org

volume 17 / número 1 / janeiro/fevereiro 2011

EDITORIAIS

Moldando o futuro da Revista Portuguesa de Pneumologia Exposição involuntária ao fumo do tabaco em crianças. Tabagismo nos jovens Todos os anos o ano do pulmão!

DESTAQUES

Hemoptises-etiologia, avaliação e tratamento num hospital universitário HLA class II alleles as markers of tuberculosis susceptibility and resistance Exposição ao fumo do tabaco (EFT) e morbilidade respiratória em crianças em idade escolar Representações sociais do comportamento de fumar em adolescentes de 13 anos

ISSN 0873-2159

www.revportpneumol.org

0873-2159/ $ - see front matter © 2010 Publicado por Elsevier España, S.L. en nome da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. Todos os direitos reservados.

ARTIGO ORIGINAL

Exposição ao fumo do tabaco (EFT) e morbilidade respiratória

em crianças em idade escolar

C. Constant

a,

*, I. Sampaio

a

, F. Negreiro

b

, P. Aguiar

b

, A.M. Silva

c

, M. Salgueiro

c

e T. Bandeira

c

aServiço de Pediat ria, Depart ament o da Criança e da Família, Clínica Universit ária de Pediat ria, Hospit al de Sant a Maria,

Cent ro Hospit alar Lisboa Nort e EPE, Lisboa, Port ugal

bDepart ament o de Bioest at íst ica,Eurot rials - Consult ores Cient íÞ cos, S.A., Lisboa, Port ugal

cServiço de Pediat ria, Núcleo de Est udos da Função Respirat ória, Sono e Vent ilação do Depart ament o da Criança e da

Família, Clínica Universit ária de Pediat ria, Hospit al de Sant a Maria, Cent ro Hospit alar Lisboa Nort e EPE, Lisboa, Port ugal

Recebido em 24 de j unho de 2010; aceite em 9 de setembro de 2010

*Autor para correspondência.

Correio elect rónico: carolinaconst ant @sapo.pt (C. Const ant ).

PALAVRAS-CHAVE Exposição ao fumo do tabaco (EFT); Questionário; Sibilância; Função respiratória; Crianças Resumo

Int r odução: A exposição ao f umo do t abaco (EFT) é f act or de risco para Doença Pul monar

Obstrutiva Crónica e um problema maj or de saúde pública. A EFT pré e/ ou pós-natal determina redução precoce da função pulmonar e aument o da morbilidade respirat ória, dependent e da dose. Tem sido sugerido que a EFT domiciliária é inà uenciada por factores socioeconómicos.

Mét odos: Est udo de rast reio epidemiológico t ransversal de dados de 313 crianças (52 % rapazes)

de 4 Escolas Básicas de Lisboa [1.º ano (54 %) e 4.º ano]. A EFT e sintomatologia respiratória foram avaliadas a part ir de quest ionário aut o-preenchido pelos pais. Todas as crianças efect uaram espiromet ria na escola e 54 % foram consideradas aceit áveis de acordo com crit érios ATS/ ERS. Ef ect uou-se análise descrit iva e bivariada das variáveis com maior int eresse e análise de regressão logística múltipla aj ustada para as variáveis com signiÞ cado clínico/ estatístico.

Resul t ados: Em 41 % dos casos a criança convivia com fumadores no domicílio (EFT na gravidez

18 %, mãe fumadora 32 %, pai fumador 38 %). Os pais fumadores t inham escolaridade inferior e ocupações menos qualiÞ cadas. Tosse foi mais frequent e nas crianças com mãe fumadora (OR aj ust ado = 2,1 95 %CI 1,1-4,0) e sibilância nas crianças com EFT na gravidez e com mãe/ pai fumadores. Todas as diferenças foram significat ivas (p < 0,05). Não se encont rou associação ent re educação parent al e sint omat ol ogia respirat ória ou ETF e inf ecções respiratórias/ asma/ diminuição de valores espirométricos.

Conclusão: A EFT é frequent e em crianças em idade escolar em Lisboa e condiciona morbilidade

respirat ória signiÞ cat iva. Int ervenções dirigidas devem t er em cont a condições sociais. Nest e est udo a espiromet ria de campo foi pouco út il na det ecção precoce de diminuição da função pulmonar em crianças associada à EFT.

© 2010 Publicado por Elsevier España, S.L. en nome da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. Todos os direitos reservados.

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Introdução

A Doença Pulmonar Obst rut iva Crónica (DPOC) do adult o per manece um pr obl ema maj or de Saúde Públ i ca. A exposição ao f umo do t abaco (EFT) cont inua a ser o principal f act or de risco para DPOC. O declínio a nível mundial do consumo de t abaco result aria em benefícios de saúde substanciais e na diminuição da prevalência de DPOC e de outras doenças relacionadas com a EFT 1.

A asma e a sibilância recorrente estão entre as patologias mais f requent es em Pediat ria 2. A asma é a causa mais

import ant e de morbilidade inf ant il, sendo a causa mais f requent e de doença crónica nest e grupo 3 e nas últ imas

décadas a sua prevalência t em vindo a aument ar em t odo o mundo, sobret udo nos países ocident ais 3-6. Vários est udos

popul aci onai s l ongi t udi nai s 7-9 t êm cont ri bui do para o

conheciment o de fact ores de risco associados a sibilância recorrent e e asma, elucidando-nos sobre a hist ória nat ural das doenças respiratórias obstrutivas. No entanto, a relação entre função respiratória na criança e asma ou DPOC do adulto mantém-se incerta. Os factores mais relevantes são infecções virais, tabagismo passivo e atopia, todos com consequências na função pulmonar da criança 8-10. Pensa-se que alguns dos

fact ores implicados na génese da DPOC do adult o podem e devem ser ident iÞ cados e prevenidos na idade pediátrica 11.

Na criança, a EFT pré ou pós-nat al const it ui um fact or det erminant e de morbilidade e de redução precoce da f unção respirat ória 12-14. Vários est udos demonst raram

que a EFT involunt ária af ect a de f orma adversa a saúde respiratória das crianças diminuindo o crescimento pulmonar e aument ando o risco de infecções respirat órias e sint omas

respiratórios, incluindo sibilância e exacerbação de asma 13-18.

Foi demonst rado que, quer a exposição int ra-ut erina, quer a exposição pós-nat al ao f umo do t abaco, inf luenciam a f requência de sint omas respirat órios, exist indo uma relação posit iva ent re a dose (um ou 2 pais fumadores), a sint omat ologia respirat ória e a função pulmonar 12,13,19. Não

há um nível seguro de exposição 18,20,21.

Rel at i vament e à i mpl ement ação de est r at égi as de prevenção, as leis ant i-t abaco const it uem int ervenções de Saúde Pública, com cust o-benefício, que aument am a percepção do risco da EFT e t êm o pot encial de promover est il os de vida saudável 21. No ent ant o, sabe-se que a

maior part e da EFT em l act ent es e crianças ocorre no domicílio, 20,22,23 e as crianças são especialmente vulneráveis 23.

Em comparação com os adult os t êm t axas de vent ilação relativas mais altas que levam a EFT internas mais elevadas (avaliadas pela cot inina urinária) para o mesmo nível de EFT ext erna 23. Apesar de em Port ugal j á exist irem leis que

prot egem os não-f umadores de EFT em locais públicos e de t rabalho (Lei n.º 37/ 2007, de 14 de Agost o — em vigor desde 1 de Janeiro de 2008), não exist em ainda medidas para proteger as crianças no domicílio, indicando que a EFT involunt ária persist irá e será uma causa de morbilidade e mort alidade significat ivas. Diversos est udos sugerem a inà uência de factores socio-económicos na EFT nas crianças no domicílio, nomeadament e a educação dos progenit ores, a situação social da família (família uniparental constituindo um fact or de risco) e o conheciment o do est ado de saúde respirat ória da criança. 17,24,25 A maior EFT cont ribuirá para

um risco aumentado de doença respiratória entre grupos de baixo nível socioeconómico.

KEYWORDS Environmental tobacco smoke (ETS); Questionnaire; Wheezing;

Pulmonary function testing;

Children

Environmental tobacco smoke (ETS) exposure and respiratory morbidity in school age children

Abstract

Int roduct ion: Tobacco smoke is a risk f act or f or Chronic Obst ruct ive Pulmonary Disease and a

maj or public health problem. Prenatal maternal smoking and post-natal environmental tobacco smoke (ETS) lead t o dose-dependent decrease in lung f unct ion and respirat ory morbidit y. Inà uence of different socioeconomic indicators and ETS in the home has also been suggested.

Met hods: Dat a on 313 children (52 % male) f rom 4 public schools in Lisbon was analyzed [ 1st

(46 %) and 4th graders]. ETS assessment and respiratory symptoms were based on a self-answered quest ionnaire. All children performed st andard spiromet ry in t he school set t ing and 54 % were acceptable according to ATS/ ERS criteria. Descriptive and bivariate analysis of the most relevant variables was done, followed by mult iple logist ic regression analysis adj ust ed t o t he variables with clinical/ statistical relevance.

Resul t s: ETS in t he home was found in 41 % (mat ernal smoking during pregnancy 18 %, smoking

mot her 32 %, smoking fat her 38 %). Smoking fat hers had lower educat ion and less qualiÞ ed occupation. Cough was more frequent in children with a smoking mother (adj usted OR = 2.1 95CI 1.1-4.0) and wheezing in children with maternal smoking during pregnancy and smoking parents. All differences were signiÞ cant (p < 0.05). No association was found between parental education and cough/ wheeze or ETS and respirat ory infect ions/ ast hma/ decreased spiromet ric values.

Concl usi ons: Chil dren in Lisbon are f requent l y exposed t o ETS which resul t s in signif icant

respirat ory morbidit y. Target ed int ervent ions must have social condit ions in considerat ion. In t his st udy, Þ eld spiromet ry was not helpful in early det ect ion of lung funct ion disabilit y in children associated with ETS.

© 2010 Published by Elsevier España, S.L. on behalf of Sociedade Portuguesa de Pneumologia. All rights reserved.

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Objectivos

Pret endeu-se avaliar a associação ent re EFT (exposição

i n ut er o e pós-nat al) e educação e ocupação parent al, a

ocorrência de sint omas respirat órios e infecções, asma e função pulmonar em crianças em idade escolar.

Material e métodos

Foi efectuado um estudo transversal, observacional. A população f oi seleccionada a part ir de um grupo de crianças a frequent ar o 1.º e 4.º ano do primeiro ciclo do ensino básico, na alt ura do est udo, de 4 Escolas Básicas (EB) pert encent es à área de Saúde Escolar do Cent ro de Saúde do Lumiar. Os pais deram consent iment o por escrit o à part icipação no est udo. O proj ect o f oi aprovado pela Comissão de Ética do Hospital de Santa Maria, Lisboa.

Questionário clínico

Aplicou-se quest ionário respirat ório em port uguês, que f oi preenchido pel os pais, el aborado especif icament e para est e est udo, adapt ado do quest ionário da American

Thor aci c Soci et y 26. O quest ionário cont empla a hist ória

socioeconómico-cul t ural (escol aridade e prof issão dos pais), hist ória ambient al [ exposição ao f umo do t abaco (EFT)] e hist ória ret rospect iva de event os respirat órios desde o nasciment o. A prof issão dos pais f oi classif icada em 9 cat egor i as d e acor d o com a Cl assi f i cação Naci onal das Prof i ssões 27 e post eri orment e agrupada

em prof issões qualif icadas (cat egorias 1-3) e prof issões pouco/ não qualif icadas (cat egorias 4-9). Considerou-se EFT: mãe f umador a na gr avi dez (EFT na gr avi dez); mãe/ pai fumadores/ ex-fumadores após gravidez (mãe/ pai f umadores) e convivent es int ra-domiciliários f umadores (incluindo fumadores no quarto da criança).

A exist ência de doença respirat ória f oi def inida pela pr esença dos si nt omas t osse e si bi l ânci a/ pi ei r a. Foi considerada a existência de tosse patológica (sintoma tosse) se est e sint oma ocorria f ora de inf ecções respirat órias, após o exercício, enquant o a criança brincava ou com o riso, e sibilância se est a ocorria com ou sem infecções respirat órias/ coriza, após o exercício, enquant o a criança brincava ou com o riso e se tivesse sido efectuada medicação com broncodilat adores. Apenas se considerou a exist ência de asma se a respost a às pergunt as “ alguma vez o médico lhe diagnost icou asma” ou “ o seu filho alguma vez t eve: asma” foi aÞ rmativa.

Antropometria e provas de função respiratória

Foram det ermi nados peso e al t ura no di a do est udo, e f oi ef ect uado exame obj ect ivo sumário (f requência respirat ória, auscult ação pulmonar e medição de sat uração t ranscut ânea de O2). Para o cálculo de obesidade [índice

de massa corporal (IMC) > percentil 95 para a idade] foram ut ilizadas t abelas para o IMC de rapazes e raparigas com idades ent re os 2 e os 20 anos adapt adas dos growt hchart s compil ados pel o Nat i onal Cent er f or Heal t h St at i st i cs (NCHS) e Cent er f or Disease and Cont rol and Prevent ion

(CDC) de 2000 28.

Relat ivament e à espiromet ria 29, est a foi efect uada nas

respect ivas escolas, usando um aparelho com t ransdut or de volume digit al (MicroLab Spiro V1. 34 - Micro Medical Lt d). Para as curvas aceit áveis, seleccionaram-se os valores absolut os e const ruiu-se uma base de dados ut ilizando o programa Excel (MSExcel 2007©). Usaram-se os valores de ref erência criados no UCL Inst i t ut e of Chi l d Heal t h, Londr es (www. gr owi ngl ungs. or g. uk) 30 e cal cul ou-se

aut omat icament e a percent agem do val or predit ivo e

z-scores dos índices espiromét ricos (apenas a percent agem

do valor t eórico f oi considerada nest e t rabalho). Foram consi derados val ores normai s de %t (percent agem de t eórico) para FEV1 e FVC ent re 80-120 %, Índice de Tiffeneau

(FEV1/ FVC) > 85 % e %t FEF25-75 ≥ 60 %.

Análise estatística

As variáveis quantitativas foram descritas através de medidas de t endência cent ral e dispersão (média, mediana, desvio padrão (DP), mínimo e máximo). As variáveis qualit at ivas foram sumariadas, em tabelas de frequências/ contingência, at ravés do cálculo de frequências absolut as (n) e relat ivas (%). Nos casos em que as respost as t inham valores omissos, classif icou-se a respost a como não sabe/ não responde (NS/ NR). Ef ect uou-se uma anál ise descrit iva de t odas as variáveis relevant es para o est udo, nomeadament e, caract erização sócio-demográf ica da criança e dos pais, ant ecedent es f ami l i ar es, f act or es ambi ent ai s (ETF), ant ecedent es pessoais da criança, presença de sint omas habit uais (t osse e sibilância), diagnóst ico de asma, exame obj ect ivo e det alhes da espiromet ria.

Real i zou- se uma anál i se bi var i ada ent r e dados demográÞ cos (sexo, idade e et nia), escola, ant ecedent es familiares, factores ambientais (EFT), antecedentes pessoais da criança, exame obj ect ivo relat ivament e a variáveis dependent es, nomeadament e sint omas habit uais (t osse e sibilância) e asma e os result ados da espiromet ria. Est a análise foi efect uada at ravés dos t est es do Qui-Quadrado ou do t est e exact o de Fisher (associação ent re variáveis cat egóricas) e o t est e t -St udent ou t est e Mann-Whit ney (comparação de dois grupos independent es f ace a uma variável numérica). Nest a análise, as variáveis referent es aos result ados da espiromet ria (valores de %t para FEV1,

FEV1/ FVC e FEF25-75) f oram cl assif icadas em “ normal ” ,

quando os seus valores se encont ravam dent ro dos valores normais de referência e “ anormal” caso esses valores se encontrassem fora dos valores de referência.

Realizou-se uma análise de regressão logíst ica múlt ipla para as vari ávei s dependent es rel at i vas aos si nt omas habit uais (t osse e sibilância) e asma, com as variáveis i ndependent es que apresent aram val ores cl íni cos ou est at i st i cament e si gni f i cat i vos na anál i se est at íst i ca bivariada. Quant iÞ cou-se a magnit ude da associação com as variáveis dependent es at ravés de odds r at i os (OR) e respect ivos int ervalos de conÞ ança a 95 %. Test aram-se os modelos de regressão múltipla através do teste da razão de verosimilhanças, avaliou-se a qualidade do aj ust ament o do modelo através do teste de Hosmer e Lemeshow e área sob a curva ROC (Receiver Operat ing Charact erist ic).

Ef ect uou-se ai nda uma anál i se de associ ação dos result ados da espiromet ria com a EFT. Nest a análise, as variáveis relat ivas aos result ados da espiromet ria f oram

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consideradas como sendo de dois t ipos: variáveis do t ipo cat egórico e variáveis de t ipo numérico (ut il izando as respectivas unidades - %t parâmetros espirométricos).

Todos os testes estatísticos foram efectuados bilateralmente considerando-se um nível de signiÞ cância de 5 %. A análise est at íst ica foi efect uada at ravés do programa est at íst ico SPSS® 13.0.

(ver supl ement o onl i ne par a mai s det al hes sobr e a população e execução da espiromet ria)

Resultados

A t axa global de respost a aos quest ionários f oi de 62 % (313/ 509 crianças).

Características demográÞ cas, sociais e

antropométricas

Dos part icipant es no est udo 163 (52 %) eram do género masculino, 143 (46 %) frequentavam o 1.º ano de escolaridade (com idades compreendidas ent re os 5 e 7 anos) e os restantes frequentavam o 4.º ano (n = 170, 54 %) (8-13 anos). Em 85 % dos casos (n = 262) o quest ionário foi respondido pela mãe e em 10 % pelo pai (n = 30). A mediana de idade (variação) das mães f oi de 37 (23-49) anos e dos pais 39 (24-58) anos. Em média os progenit ores ref eriram t er aproximadament e 12 anos de escolaridade (para 23 mães e 50 pais a respost a foi NS/ NR), 57 % das mães e 58 % dos pais referiram ocupação no grupo de proÞ ssões qualiÞ cadas (grupo 1-3) (NS/ NR 93 e 94 respectivamente).

Antecedentes pessoais e sintomas

Em pel o menos um dos f amil iares direct os da criança [ mãe, pai, irmã(o) ou meio-irmã(o)] houve hist ória de alergia/ at opia em 72 crianças (24 %, NS/ NR 13), rinit e em 82 (27 %, NS/ NR 11) e asma em 64 (21 %, NS/ NR 12). As crianças t inham em média um irmão e a grande maioria frequent ou o infant ário ou a creche (n = 263, 96 %, NS/ NR 39). Apenas um t erço das crianças t inha animais em casa (n = 99, 32 %), 49 (16 %) t inham cão, 20 (7 %) t inham gat o (NS/ NR 4). Na hist ória pregressa, 43 % (n = 127) relat ou a ocorrência de infecções respirat órias alt as e 32 % (n = 97) infecções respirat órias baixas (NS/ NR 15). Tosse durant e inf ecções respirat órias/ coriza ocorreu em 222 crianças (72 %, NS/ NR 6). O sint oma t osse (t osse pat ológica) ocorreu em 64 crianças (21 %) e sibilância em 104 crianças (33 %)

[53 crianças (18 %) tiveram ≥ 2 episódios de sibilância]. Asma foi considerada em 11 crianças (4 %).

Provas de função respiratória

Dos result ados espiromét ricos, 169 f oram considerados aceit áveis (54 %). Dest es 21 crianças (12 %) t iveram %t para FEV1 abaixo dos valores considerados normais (média 99,1 %,

variação 54,5 %-146,0 %), 21 (12 %) t iveram valores baixos FVC %t (média 99, 5 %, variação 67, 7-146, 9 %), 4 crianças (2, 4 %) t eve FEV1/ FVC %t baixa (média 99, 0 %, variação

82,1-110,1 %) e por último 7 (5 % das 148 curvas consideradas adequadas, 5 %) apresentaram FEF25-75 %t baixos.

EFT

101 crianças (34 %) est iveram expost as ao fumo do t abaco (34 %) em casa e 36 crianças (12 %) est ão habit ualment e expostas ao fumo do tabaco fora do domicílio (NS/ NR 13-15) (tabela 1).

Não se veriÞ cou associação entre idade e anos escolaridade dos progenit ores e ocorrência de sint omas respirat órios (tosse e sibilância) ou asma nas crianças.

Não encontrámos associação entre EFT e idade materna ou paterna, escolaridade ou ocupação materna. No entanto, os pais fumadores t inham escolaridade inferior, avaliada pela mediana dos anos de escolaridade (9,0 anos vs 17,0 anos, p < 0,001) e ocupação menos qualiÞ cada, maior % de pais com ocupação pert encent e ao grupo ocupações pouco/ não qualiÞ cadas (58,5 % vs 41,3,1 %, p < 0,001). (t abela 2, ver

dat os complement ares no suplement o online).

Tabela 1 EFT (n = 313) EFT n = 313 NS/ NR EFT na gravidez 57 (18 %) 2 Mãe fumadora 98 (32 %) 4 Pai fumador 112 (38 %) 14 Fumadores no domicílio 117 (40 %) 21 N.º fumadores no domicílio 1 83 (28 %) 21 2 32 (11 %) ≥ 3 2 (0,6 %)

Fumadores no quart o das crianças 6 (2 %) 10 Números most rados como números absolut os e (percent agem relat iva aos inquiridos).

Tabela 2 Associação da ETF de origem pat erna (pais fumadores) e fact ores socioeconómicos (idade, escolaridade e ocupação pat erna)

Pais Não fumadores (n = 170) Fumadores (n = 103) Valor p

Média de Idade pat erna (anos) (mín-máx) 40 (28-68) 39 (24-56) 0,21

Média de Escolaridade pat erna (anos) (mín-máx) 17 (2-25) 9 (2-24 < 0,001

Ocupação pat erna

Grupos 1-3 92 (68,1 %)* 33 (41,3 %)* < 0,001

Grupos 4-9 43 (31,9 %)* 47 (58,8 %)*

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Ver i f i cou-se associ ação ent r e EFT e ocor r ênci a de sint omas respirat órios e/ ou asma: i) a percent agem de crianças com tosse foi superior nos Þ lhos de mães fumadoras (29 % vs 17 %, p = 0,013); e ii) a percent agem de crianças com sibilância f oi mais elevada nas crianças com EFT na gravidez, nos Þ lhos de mães fumadoras e pais fumadores (51 % vs 31 %, p = 0,006; 49 % vs 28 % p < 0,001; e 45 % vs 28 %, p = 0,004 respect ivament e) (fig. 1). Na análise de regressão logíst ica múlt ipla, const at ou-se que as crianças Þ lhas de mães fumadoras t êm 2,1 vezes a probabilidade de t er t osse comparat ivament e às crianças Þ lhas de mães não-f umadoras (OR aj ust ado = 2, 15; 95 %CI 1, 15-4, 03; p = 0,017).

As infecções respirat órias (ot it e média aguda e infecção respirat ória baixa) f oram mais f requent es nas crianças f ilhas de mães e pais f umadores, mas as dif erenças não foram signiÞ cat ivas. Não se veriÞ cou associação ent re EFT e diminuição da função pulmonar (avaliada pela FEV1 %t ,

FEV1/ FVC %t e FEF25-75 %t).

Discussão e conclusões

Este estudo demonstrou que a EFT é frequente em crianças em idade escolar na região de Lisboa e é semelhant e à relatada noutros países 17,31,32 e noutras regiões de Portugal 33.

Com sintoma/doença Sem sintoma/doença

Tosse Sibilância Asma

100 % 90 % 80 % 70 % 60 % 50 % 40 % 30 % 20 % 10 % 0 %

Mãe não fumadora Mãe fumadora p = 0,013

Mãe não fumadora Mãe fumadora p < 0,001

Mãe não fumadora Mãe fumadora p = NS 100 % 90 % 80 % 70 % 60 % 50 % 40 % 30 % 20 % 10 % 0 %

Pai não fumador Pai fumador p = NS

Pai não fumador Pai fumador p = 0,004

Pai não fumador Pai fumador p = NS 100 % 90 % 80 % 70 % 60 % 50 % 40 % 30 % 20 % 10 % 0 %

Sem EFT EFT

na gravidez na gravidez p = NS

Sem EFT EFT

na gravidez na gravidez p = 0,006

Sem EFT EFT

na gravidez na gravidez p = NS

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Relacionou-se de f orma signif icat iva com o aument o de sint omas respirat órios (t osse e sibilância) mas não com inf ecções respirat órias ou diagnóst ico de asma. Est udos de prevalência em crianças em idade escolar sugerem que sibilância e o diagnóst ico de asma são mais comuns ent re as crianças com pais fumadores 15,16,18. A ausência de relação

ent re EFT e asma na nossa população leva-nos a especular que este diagnóstico estej a subestimado, uma vez que cerca de um t erço das crianças relat ou a ocorrência de sibilância (cerca de 20 % t iveram ≥ 2 episódios de sibilância) mas em apenas 4 % houve diagnóstico de asma.

Relat ivament e à EFT e f unção respirat ória, a maioria dos est udos, mas não t odos, most ram associação ent re EFT, sint omas respirat órios e diminuição dos valores de função pulmonar 12,16,18,22. A maioria demonst rou diminuição

dos valores de função pulmonar associada à EFT durant e a gr avi dez ( mães f umador as dur ant e a gr avi dez) , pr i nci pal ment e par a os f l uxos nas vi as de pequeno calibre. 14,17,34 No nosso est udo, a espiromet ria não foi út il

na det ecção precoce de redução da f unção pul monar associada à EFT. No ent ant o, apenas cerca de met ade dos valores espiromét ricos f oram considerados aceit áveis, e nout ras circunst âncias clínicas, a espiromet ria provou não ser suÞ cient ement e sensível para a det ecção precoce do compromisso das pequenas vias aéreas 35.

Relativamente à percentagem de mães fumadoras, esta foi superior à relat ada num est udo no Nort e de Port ugal 33. No

ent ant o, est a diferença provavelment e reà ecte o consumo do t abaco pela população port uguesa 36. De acordo com o

Inquérit o Nacional de Saúde de 2005-2006, a prevalência mais el evada de consumo diário de t abaco ocorreu na região de Lisboa e Vale do Tej o 36. Na nossa amostra, os pais

fumadores t inham menos anos de escolaridade e ocupação menos qualiÞ cada, o que é semelhante ao descrito noutros est udos. 17, 25 Est es achados suger em que a educação

parent al é import ant e na prevenção da EFT e das suas consequências. Tem sido sugerido que a consciencialização dos pais relat ivament e aos riscos de saúde implicados com EFT na infância pode diminuir signiÞ cat ivament e a EFT às crianças. 17,37

O nosso est udo t em al gumas l imit ações. A presença de asma f oi def inida de acordo com relat o parent al de diagnóst ico feit o por um médico, e sint omas e infecções respirat órias baseados na memória dos pais. A EFT f oi avaliada ret rospect ivament e, de acordo com as respost as aos questionários e não foi validada com medidas obj ectivas. Não se pode invest igar qualquer relação dose/ respost a por nos falt arem dados sobre a int ensidade ou duração da exposição.

No entanto, os nossos achados têm relevância clínica e de saúde pública. Os efeitos a longo prazo da EFT nos pulmões em cresciment o das crianças são de part icular int eresse. Uma vez que a principal f ont e de EFT nas crianças é o domicílio 23, as polít icas de Saúde Pública relat ivas ao fumo

do t abaco devem não só alert ar os pais para o aument o de morbilidade que a EFT causa nas suas crianças, mas também desenvolver est rat égias para diminuir a EFT domiciliária. A consciencialização dos malefícios do tabaco e as estratégias de controlo no domicílio devem também ser incorporadas nas escolas sob a forma de programas educativos obrigatórios 23.

Out ras medidas adequadas incluem eliminação da EFT no transporte de crianças e espaços públicos onde estas estej am

present es 18. A avaliação e monit orização dest es programas

é crucial em qualquer est rat égia para diminuir a EFT e os dados obt idos com quest ionários devem ser suplement ados com medidas obj ectivas. 23

Concluindo, o nosso estudo revelou que a EFT nas crianças é f requent e e relaciona-se com o nível de escolaridade e prof i ssão dos pai s e com a ocorrênci a de si nt omas respiratórios quando avaliado por questionários respiratórios. Um dos desaf i os mai s i mpor t ant es par a o f ut ur o é o desenvolvimento de medidas preventivas eÞ cazes que sej am adequadas a diferent es cult uras e níveis socioeconómicos. As est rat égias para a prevenção de consumo de t abaco a serem int roduzidas no nosso país não podem ignorar as dif erenças no consumo ent re as diversas regiões de Port ugal. Int ervenções baseadas em grupos populacionais t êm o pot encial de beneÞ ciar os grupos em desvant agem e assim diminuir as desigualdades na Saúde 35. Uma vez

que as crianças são especialment e vulneráveis aos efeit os prej udiciais da EFT, as mulheres grávidas e os pais de crianças pequenas devem ser um alvo preferencial para intervenção.

Agradecimentos

Dra. Cristina Bastardo pela colaboração na avaliação e leitura dos result ados espiromét ricos; Pulmocor pelo emprést imo do espirómetro; MSD (Dra. Fátima Afonso) pela colaboração na execução de fot ocópias dos inquérit os; Equipa de Saúde Escolar do Centro de Saúde do Lumiar, Crianças, Familiares, Professores e Direct ores das Escolas (EB Alt o da Faia, EB 57 Telheiras, EB 91 Bairro da Cruz Vermelha, EB31 Prof . Lindley Cintra) pela sua colaboração.

Est e proj ect o - “ Rast reio de Pat ologia Respirat ória em Crianças em Idade Escolar” - f oi cont emplado com uma Bolsa de Invest igação do Hospit al de Sant a Maria at ribuída em 2007.

Con

à ito de interesse

Os autores declaram não haver conà ito de interesse.

Apêndice

Dados complement ares associados a est e art igo podem ser encontradas na versão on-line, na www.elsevier.org/ rpp

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Referências

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