II CBGq-Litogeoquímica e Geoqufaiica Isotópka 157
CARACTERÍSTICAS PETROQUÍMICAS DO GRANITO ALCALINO
SERRA DO MEIO (CAMPO ALEGRE DE LOURDES-BAHIA)
Carlson de Matos Maia Leite
Raymundo José Bulcão Fróes
Companhia Baiana de Pesquisa Mineral RESUMOO Granito Serra do Meio aflora próximo à cidade de Campo Alegre de Lourdes, nor-noroeste do estado da Bahia. E intrusivo em micaxistos correlacionáveis ao Gru-po Salgueiro-Cachoeirinha (Proterozóico Inferior) em fase pré a sintectônica de cisalhamento. Situa-se em ambiente geológico caracterizado, ainda, por um complexo carbo-natítico mineralizado em rocha fosfática e por complexos gabróicos com uma das maiores reservas mundiais de
Fe-Ti-V. Sua composição varia de leuco -álcali-feldspato-granito a aegerina-augita-álcali-feldspato-sienito.
Os resultados analíticos definem um granito enrique-cido em SiOi (67 a 76%), em NazO + KzO (7,7 a 12,5%)
e valores elevados de Nb (até 680ppm), Zr (até 2.390ppm), Y (até 250ppm), e ETR (até 796ppm). O comportamento geoquímico é próprio de granilos da série alcalina, in-dicando um magma, sobretudo potássico, supersaturado em silica.
Os padrões de comportamento na distribuição dos ETR, normalizados aos valores do conduto, indicam um gradiente suave do La ao Lu e um outro gradiente in-clinado para direita. Os dois padrões são marcados por fortes anomalias de Eu. Ao primeiro padrão associa-se
um baixo grau de fracionamento com um enriquecimento de ETRP. Ao segundo associam-se amostras com tramas mitoníticas e um maior grau de fracionamento, sugerindo metassomatismo pós-magmático.
Os diagramas discriminantes de Nb, Ye Rb, conjunta-mente com os dados geofísicos, indicam um granito in-trusivo em ambiente tectônico distensivo de intraplacas em crosta continental atenuada.
INTRODUÇÃO
Este trabalho representa uma contribuição ao co-nhecimento geológico do extremo-noroeste da Província São Francisco nos municípios de Campo Alegre de Lourdes e Pilão Arcado, estado da Bahia. A região contém uma das maiores jazidas do mundo de ferro, titânio e vanádio e um complexo carbonatítico pré-cam-briano mineralizado cm rocha fosfática residual com reservas que montam a 12,5 milhões de toneladas e um teor médio de 15,4% P2O5 (Silva et alii, 1988).
Entre os anos de 1986 e 1988, a CBPM executou trabalhos de prospecção regional, quando foram iden-tificados corpos graníticos de idade provável do
Proterozóico Inferior. Um desses corpos, denominado Serra do Meio (Leite, 1987X foi selecionado para carac-terização química total (elementos maiores, traços e terras raras).
Os resultados aqui apresentados atestam um granito alcalino altamente diferenciado com origem em am-biência tectônica de intraplaca continental, refletindo tanto uma evolução magmática como uma redistribuição metassoraática.
LOCALIZAÇÃO E METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
O Granito Serra do Meio localiza-se a cerca de 56km a oeste de Campo Alegre de Lourdes (BA), próximo à divisa dos estados da Bahia e Piauí (figura 1).
Dez amostras representativas das diferentes facies do corpo granítico foram analisadas no Laboratório da GEOSOL. Os óxidos foram determinados por fluores-cência de raios X, usando-se amostras fundidas com tetraborate de lítio. Os elementos Sr, Ba e Cl foram dosados a partir de amostras de pó prensado. Os ele-mentos-traço F, Rb, Y, Zr e Nb foram determinados por espectrografia óptica quantitativa e os ETR (elementos terras raras), por espectrometria ICP (plasma de aco-plamcnto indutivo). O método de determinação dos ETR é encontrau em Dutra (1984) e Dutra et alii (1986).
Os valores de abundância dos ETR nos condritos, utilizados para normalização e confecção dos gráficos neste trabalho, são os de Evensen et alii, 1978 (in Dutra et alii, op. cit.).
GEOLOGIA REGIONAL
O acervo bibliográfico geológico de caráter regional, nesses sítios do extremo-noroeste da Bahia, não é nume-roso. Citam-se os trabalhos de Barbosa (1965), Ennes & Grazia (1973), Inda & Barbosa (1978), Sá & Hack-spacher (1980) e Caldasso et alii (1981). Leite (in pre-paração) reinterpreta a geologia regional, à luz dos con-hecimentos mais recentes, advindos dos trabalhos de prospecção mineral efetuados pela CBPM. Esses traba-lhos de reavaliação tornaram bem clara a desatualização dos trabalhos anteriores, excetuando-se o de Sá & Hack-spacher (op. cit.), que contribuíram mais eficazmente na compreensão da geologia regional.
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Segundo Leite (1987), cinco grandes conjuntos estra-tigráficos são identificados na região (figura 1):
. rochas gnáissicas migmatíticas, provavelmente ar-queanas;
- metassedimentos xistosos e quartzfticos com cal-cário subordinado, correlavionáveis ao Grupo Salgueiro-Cachoeirinha (Proterozóico Inferior);
-rochas mstaplutônicas, incluindo granitos-sieni-tos alcalinos, complexos gabróicos de Campo Alegre de Lourdes e do Peixe e o Complexo Carbonatítico de Angico dos Dias, caracterizado por Silva et alii, 1988;
- quartzitos e metassiltitos do Grupo Santo Onofre (Proterozóico Médio);
-conglomerados e arenitos da Formação Serra Grande (Siluro-Devoniano).
Menciona-se ainda a existência de uma extensa e espessa cobertura detríto-laterítica do Cenozóico, que dificulta acentuadamente as observações geológicas.
A tectônica da área é caracterizada pela forte milo-nitizaçáo das rochas, excetuando-se os litótipos perten-centes aos sedimentos siluro-devonianos da Formação Serra Grande. Os efeitos cataclásticos, que geram milo-nitos, são mais marcantes nas rochas do Arquea-no/Proterozóico Inferior e se atenuam nos metassedi-mentos do Grupo Santo Onofre.
As características estruturais da área sugerem um ambiente tectônico de cisalhamento simples, tangencial à crosta, provavelmente acompanhada por zonas milo-nítícas de baixo mergulho correspondendo a empurrões (Sá, 1988).
CARACTERIZAÇÃO DO GRANITO SERRA DO MEIO
Geologia e Petrografía
A noroeste de Campo Alegre de Lourdes ocorre uma faixa de aproximadamente 40km de extensão, consti-tuída por uma série de corpos graníticos de composição alcalina (figura 1). As melhores exposições desses cor-pos estão presentes nas serras do Meio, da Canastra e nos povoados de Santa Ursula, Pitomba e Calixto.
O Granito Serra do Meio está encaixado em mos-covita-quartzo-xistos milonitizados. As relações de con-tato entre a rocha granítica e sua encaixante não foram observadas devido à expressiva cobertura cenozóica local.
O corpo granítíco possui, em afloramento, uma for-ma elipsoidal (figura 2), orientada com o eixo for-maior para NE-SW. A estrutura das rochas varia de maciça a fo-liada, segundo três direções:
- a primeira, E-W, 6 geralmente suborizontal (tec-tônica recumbente). Nas áreas onde as rochas são fortemente milonitizadas o mergulho 6 quase que verticalizado, traduzindo provavelmente zo-nas do tipo rampa lateral de empurrão;
- a segunda corresponde à foliação de plano axial N-S e pode representar um dobramento posterior à tectônica recumbente, ou ainda, ser um evento tardio aos empurrões e gerados em rampa lateral;
- a terceira é de direção NE-SW, correspondendo a uma maior evidência de cisalhamento com o desenvolvimento de fenoclastos de feldspato po-tássico.
Critérios cinemáticos de Sn+Lnx em micaxistos, "boudinagens" sigmoidais e estruturas do tipo SxC in-dicam a existência de movimentos tipo empurrão e re-troempurrão para NNW e SSE.
As diferentes fades de rochas ácidas ocorrem tanto longitudinal quanto transversalmente ao corpo. São, em geral, de cores claras variando de branco, rosado até vermelho. A tectônica transforma de modo marcante todos os aspectos primários das diferentes facies gra-níticas do maciço da serra do Meio. Assim, existe um desenvolvimento de facies secundárias, caracterizadas por seus aspectos tectônicos. Nas facies menos defor-madas a textura é granular hipidomórfica a porfirítica, enquanto que naquelas fortemente deformadas e recris-talizadas a textura é milonítica/granolepidoblástica.
Os fenoclastos são de ortoclásio pertítico, de gra-nulometria variada, atingindo dimensões de até lcm. A matriz, em parte primária, na maioria secundária, recris-talizada, é constituída por um agregado de cristais muito finos ( < 0,5mm) de quartzo, plagioclásio albítico e de microclina de alta tríclinicidade, em contatos retos entre si do tipo tripla junção. A presença de cristais não-geminados e a granulometria muito fina não permite considerar-se, separadamente, albita de microclina, ten-do os ten-dois minerais siten-do contaten-dos conjuntamente nas análises modais (tabela 1).
Os minerais máficos ocorrem em proporções va-riadas, estando ocasionalmente presentes nas facies ma-ciças. Trata-se de um clinopiroxênio sódico, da série aegerina-augita, em determinações óticas. Nas facies intensamente afetadas pela tectônica, o desenvolvimento de texturas secundárias é predominante, e o clinopi-roxênio passa a ter aparência esquelética e está intima-mente associado a epidoto, titanita e magnetita. Ocor-rem, ainda, biotita e anfibólios do tipo hastingsita e riebeckita, que estão associados ou não aos clinopi-roxênios.
Na composição modal das amostras analisadas pe-trografícamente (tab. 1) verifica-se que os termos mag-máticos mais silicosos (1, 5, 7 e 10) são pobres em minerais máficos, As amostras menos diferenciadas (ter-mos menos ácidos, 2,3,4, 6,8 e 9) contêm piroxênios e anfibólios sódicos e biotita. Esses termos correspondem
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aos mais milonitizados, apresentando estrutura gnais-sosa marcante.
Petroquímica
Os resultados analíticos são apresentados na tabela 2. Nota-se os valores altos de SÍO2, Na20 e K2O, cuja relação Na2Ü/K20 varia de 0,96 (amostra 8) até 1,56 (amostra 1). Por outro lado, os teores de CaO e MgO são muito baixos e o valor de CaO + MgO apresenta rela-ção inversa aos teores de SÍO2 e AI2O3. A razão Fe203/FeO varia segundo valores menores que 1 (amos-tra 2), entre 1 e 3 (4, 5 e 9), entre 3 e 5 (1, 7 e 10) e maiores que 5 (5,8 e 3). Essas últimas estão situadas em zonas de falhas e são portadoras de piroxênios sódicos. Estes poderiam ser produto de transformações secun-dárias provenientes de um piroxênio mais cálcico.
A figura 3a, baseada em Wright (1969), ilustra com-portamento próprio das séries alcalinas para seis das 10 amostras. A amostra 5 exibe uma alcalinidade extrema-mente alta, não tendo sido plotada, face aos valores similares de 2Na2Ü e de AI2O3 + CaO. Para a amostra 3 a razão de alcalinidade apresenta-se menor que 0, visto que 2Na20 é maior que AI2O3 + CaO. Ao verificar-se as tabelas 1 e 2 nota-se que, para essa amostra, há um enriquecimento de clinopiroxênio sódico e de metas-silicato de sódio normativo. Para as amostras 6 e 8 a razão K20/Na20 é igual a 1,0 e 0,96, respectivamente. Neste caso na razão de alcalinidade, 2Na20 seria subs-tituído por Na20 + K2O. O comentário feito em relação à amostra 3 é também válido para as amostras 6 e 8 (vide tabelas 1 e 3). No diagrama de variação Na20-K20-CaO (figura 3b), que acentua a alcalinidade das amostras, os termos mais diferenciados (amostras 1, 5, 7 e 10) coa-dunam-se com as observações macro e microscópicas mencionadas anteriormente. Define-se, também, um ali-nhamento de diferenciação das amostras 6 e 8 (por-tadoras de piroxênios sódicos e menos ricas em K2O) para as amostras 1 e 7 (leucocráticas).
No diagrama QAP (figura 4), segundo Streckeisen (1976), a composição modal das amostras confirma a alcalinidade do Granito Serra do Meio.
Segundo a classificação normativa CIPW (tabela 2), as amostras são do tipo granito alcalino a hiperalcalino com pouca ou nenhuma anortita e coríndon normativos. O parâmetros de Lacroix indicam um magma alcalino, sobretudo potássico, supersaturado em silica, em que o total de álcalis é refletido na presença de acmita nor-mativa.
Os elementos-traço litófüos Ba, Sr e Rb mostram una acentuada variação de valores para o primeiro ele-mento e uma uniformidade para os dois últimos. Quando lançados no diagrama de El Bouseily & El Sokkary (1975) (figura 5) representam um alinhamento evolutivo de granitos altamente diferenciados. Em relação ao Nb, Zr e Y, os teores são elevados e compatíveis com os da série alcalina.
Os diagramas de distribuição dos ETR, normali-zados aos valores do condrito (figura 6), apresentam dois padrões de comportamento:
a) o primeiro caracterizado por uma diminuição das concentrações do La ao Lu em gradiente suave (amostras 7,8,1 e 9);
b) o segundo padrão apresenta uma declividade para direita na curva de distribuição.
Os dois padrões são ainda marcados por fortes anomalias negativas do Eu. Quanto às anomalias ne-gativas do Ce, estas são atribuídas a erros de dosagens ou alterações secundárias das amostras. Ao primeiro padrão associa-se um baixo grau de fracionamento, (La/Lu)n, exceção da amostra 1 (tabela 2). O baixo grau de fracionamento indica o empobrecimento de ETRL em relação aos ETRP e é compatível com a presença de titanita, fluorita, zircônio e aüanita nessas amostras.
No segundo padrão o grau de fracionamento é maior, exceção da amostra 5, que é a mais rica em ETRP. Correspondem a amostras na maioria milonitizadas e em geral com teores de minerais máficos maiores do que os das amostras do primeiro padrão.
Pode-se explicar os diferentes graus de fracionamen-to nessas rochas graníticas por duas maneiras distintas: primeiro, por uma evolução magmática controlada pelo fracionamento do feldspato mais ou menos potássico; .segundo, a partir de fluidos ricos em CO2, que poderiam redistribuir os ETR, principalmente os ETRL, indican-do condições de metassomatismo. A razão Eu/Sm é similar para todas as amostras, um pouco mais elevada para as amostras 6 e 8. A concentração elevada do ETR indica ser o granito compatível com os da série alcalina (Cullers & Graf, 1984).
Finalmente, apresenta-se aqui dois diagramas de Pearce et alii (1984) que utilizam elementos-traço na discriminação de granitóides em diferentes ambientes tectônicos. Em todos os diagramas discriminantes (figuras 7a e 7b) as amostras são incluídas entre as rochas graníticas de intraplacas. Segundo esses autores, Nb, Y e Rb constituem perfeitos discriminantes para os granitos de intraplacas. Estes podem, ainda, ser sub-divididos naqueles intrudidos em crostas oceânicas e continentais de espessura normal ou ainda em crosta continental com espessura atenuada.
Dados gravimétricos da região de Campo Alegre de Lourdes (Gomes & Motta, 1978; Davino, 1980) sugerem um ambiente geotectônico similar ao último caso. A existência do Complexo Carbonatítico Angico dos Dias nas proximidades do Granito Serra do Meio é um outro dado que corrobora essa hipótese,
CONCLUSÕES
Os dados aqui discutidos indicam o caráter alcalino do Granito Serra do Meio. Os fatos que assim o definem são:
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- a presença de anfibólio e piroxênius sódicos e de minerais acessórios complexos como magne-tita, allanita, fluorita e zircão, bem como acmita e metassilicato Na normativos;
- teores de S1O2 variando de 67 a 76% e de Na2Ü + K2O entre 7,5 e 12,5%;
- altos valores de Nb, Zr, Y e ETR, com um rela-tivo enriquecimento de ETRP.
Embora não se tenha dados mais conclusivos para se discorrer sobre a sua petrogênese, sugere-se que esse granito seja intrusivo em ambiente distensivo de in-traplaca, em crosta continental de espessura atenuada. Por outro lado, a presença de tipos portadores de minerais máfícos que evoluem até tipos iíticos completa-mente desprovidos desses minerais é indicativa da ex-trema saturação dessas rochas em silica. Isso pode ser interpretado por efeitos de processos de recristalização metassomática a partir de um magma tipo sálico, sobretudo potássico. Os altos valores de Zr, Nb, Y e ETR podem sugerir uma origem mantclica a híbrida (assimilação de rochas crustais).
Devido à filiação de carbonatitos a províncias al-calinas, é sugestiva a sua cronocorrelação, pelo menos aproximada, com o Complexo Carbonatílico de Angico dos Dias. Esse complexo foi datado em cerca de 2,0 g.a. (Silva et alii, 1988). O que nos leva a supor uma idade similar ou ao menos próxima da origem do Granilo Serra do Meio. Outro dado que indica uma idade do Proterozóico Inferior para o Granito Serra do Meio é a sua intrusão em rochas supracrustais metamorfizadas, corrclacionávcís ao Grupo Salguciro-Cachoeirinha.
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Fig. 3A - Distribuição das s e m do M o o DO
A I A « C o O « 2 N o / ) ( <y . AljOj* CoO - 2No^0 do gramto ak ilinu da de Wright (1969).
Amoslros 6,8 opresentom razão K J O / N O J O > 0,95 < 1,1 Amostro 5 apresento razão de alcahnidotfe - 1 5 %
Amostro 3 opresenra razão de aicahnidade < O NOjO
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Fig. 3B - Diagrama N a 2 0 - K2O - CaO, com amostras do granito alcalino da serra do Meio.
164 D CBGq-Litogeoqufaka e Geoqufmica Isotópka
Q(Q2)
Fig. 4 - Diagrama Q-A-P que mostra a forte tendência alcali-na do granito serra do Meio.
(Segundo Strcckeisen, 1976). Rb r7 v* / ' t o , 6 R 4 N I T 0 S ANÔMALOS G R A N 0 I O T 0 S Oi 0 I 0 R I T 0 S O I O R I T O S BO
Fig. 5 — Relações Rb-Ba-Sr para o granito alcalino da serra do Meio. Diagrama segundo El BouseUy e El Sokkary (1975).
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Tabela 2 - Análises Químicas e Norma CIPW do Graniu» Serra do Me». Amostras SÍO2 (%) AI2O3 Fe203 FeO CaO MgO Na20 K2O T1O2 P2O5 MnO CO2 F(ppm) Ba Cl Rb Sr Y Zr Nb La Ce Nd Sm Eu Cd Dy Ho Er Tm Yd Lu ETRL ETRP 1 75,8 10,4 3,2 0,7 0,1 0,03 3,4 5,3 0,28 0,05 0,07 0,35 1.000 65 <20 130 10 140 1.250 260 185,3 318,2 124,9 24,0 2,3 18,7 16,4 2,9 8,5 1,1 6,8 0,8 654,7 5 5 2 ETRL/ETRP 11,8 ETR 709.99 (La/Lu)N Eu/Sm 24,6 0,1 2 70,6 12,6 1,5 1,9 0,8 0,22 4,6 5,9 0,29 0,08 0,12 0,80 2.900 280 <20 140 59 82 440 146 159,2 185,7 98,9 18,7 1,8 14,6 12,1 2,1 6,4 1,0 5,4 0,6 464,3 4 2 ^ 11,0 1.505,6 26,2 0,1
Minerais normativos (CIPW)
Quartzo Ortoclásio Albita Anortita Coríndon Diopsídio Hiperstênio Acmita Magnetita Ilmenita Apatita Metas. Na Amostra 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 39,1 25,8 29,2 0,4 0,03 -1,97 -2,6 0,5 -Código TR050 1. TR053 1. TR051 11 TR045 11 TR046 11 TR047 11 TR058 1. SI 003 11 SI 004 1. TR057 1. 21,2 35,0 32,2 -3,2 2,1 4,4 -0,5 0,2 0,5 3. 1. 3 4. 1. 3 3(4). 1. 1 3. 1. 3 3. 1(2). 3 . 3. 1. 2 3. 1. 3 . 3. 1. 3 3(4). 1. 3 4. 1. 3 3 67,4 7,8 10,7 0,5 0,1 0,03 5,9 6,6 0 2 1 nd 0 2 2 0,35 650 94 <20 200 10 180 940 200 72,9 1202 52,4 9,4 0,8 7 2 4 2 0,6 2,0 0,2 2,0 0,3 255,8 16,5 15,5 272,3 27,0 0,1 25,6 39,5 3,4 -— 0,3 15,9 5,0 -0,4 -9,6 4 74,3 9 2 4,6 2 2 0,4 0,11 3 2 4,8 0 3 2 0,05 0,17 0,35 1.450 480 <20 130 24 120 850 480 287,4 274,8 180,0 29,6 2,9 16,8 10,1 1,7 4,9 0,8 5 2 0,7 774,7 40,3 192 815,0 39,8 0,1 34,9 28,5 20,7 — — 1,4 8,0 5,3 -0,6 0,1 0,1 5 74,8 8,0 5,8 2 2 nd 0,04 3,5 4,5 028 nd 0,10 0,40 59 <20 <20 110 10 55 1.120 200 123,7 175,4 5602 87,6 8,7 52,4 33,6 5,8 15,7 2 2 112 1,3 955,6 1222 7,8 219,1 9,9 0,1 30,45 26,80 162 -— 10,6 5,2 -0,5 -1,8 6 7 0 2 6,9 11,5 12 nd 0,02 4,4 4,5 036 0,06 0,05 0,35 340 58 <20 130 10 80 440 160 88,1 76,7 66,9 12,6 1,7 10,7 10,1 1,7 5,1 0,7 3,9 0 4 246,0 32,7 7,5 278,7 19,5 0,13 32,96 26,% 10,6 -— -17,9 5,5 -0,7 -5,0
Parâmetros e Classificação de Lacroix
Granito alcalino Granito alcalino Granito alcalino Granito alcalino Granito alcalino Granito alcalino Granito alcalino Granito alcalino Granito alcalino Granito alcalino a hiperalcalino a hiperalcalino a hiperalcalino a hiperalcalino a hiperalcalino a hiperalcalino a hi «ralcalino a hiperalcalino a hiperalcalino a hiperalcalino 7 75,7 9,4 4,8 U nd 0,07 2,9 4,6 0,19 nd 0,07 0,35 940 58 <20 200 10 240 2.390 460 178,0 384,3 129,3 2 8 2 2,71 22,5 21,6 3,9 12,4 nd 11,8 1,4 722,5 73,6 9,8 796,1 13,2 0,1 38,98 27,44 23,0 — — -6,6 1,6 1,7 0,4 -8 70,6 8 2 9,7 0,7 0,1 0,02 4,6 4,4 0,45 nd 0,12 025 1.375 110 <20 130 10 250 1.700 680 199,0 265,9 130,3 28,1 3,6 3 0 ^ 35,8 2 3 19,1 nd 14,2 6,5 626,9 1082 5,8 1.737,0 3,2 0,13 31,14 26,43 18,0 _ _ 0,5 13,6 5,7 — 0,9 -3,5 9 75,8 10,4 2,9 1 2 0,1 0,03 3,6 5,1 0 2 3 nd 0,09 0,25 1.500 47 <20 180 10 97 660 174 111,2 181,7 73,5 16,0 1,6 13,8 16,1 2,9 9,6 nd 9,4 1,1 384,0 52,9 "1 1 7,3 436,9 10,4 0,1 34,9 303 25,2 -0,3 3,7 4,8 0,1 0,4 -10 73,9 11,5 3,4 0,7 nd 0,04 3,9 5,3 0 2 7 nd 0,06 0,40 390 71 <20 140 10 150 1.040 210 156,0 141,7 85,7 17,9 1,8 152 14,9 2,6 7,7 nd 6,1 0,7 403,1 47,2 9,8 4503 24,2 0,1 3024 31,5 2,8 ~ -3,5 3,0 1,1 0,5