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Gestão de custos, preços e resultados em venda de peças e conjuntos soldados

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Academic year: 2021

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GRANDE DO SUL

DCEENG – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA – CAMPUS PANAMBI

GABRIEL FRITSCH

GESTÃO DE CUSTOS, PREÇOS E RESULTADOS EM VENDA DE PEÇAS E CONJUNTOS SOLDADOS.

PANAMBI -RS 2014

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GESTÃO DE CUSTOS, PREÇOS E RESULTADOS EM VENDA DE PEÇAS E CONJUNTOS SOLDADOS.

Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca avaliadora do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheiro Mecânico.

Banca Avaliadora:

1° Avaliador: Prof. Eusélia Pavéglio Vieira

2° Avaliador (Orientador): Prof. Gil Eduardo Gimarães, Dr. Eng.

PANAMBI - RS 2014

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Aos meus queridos pais, a minha esposa Sabrina pelo amor, carinho e estímulo que me ofereceram, dedico-lhes essa conquista como gratidão.

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Agradeço primeiramente a Deus, por desfrutar deste momento, e poder contar com o apoio de pessoas especiais que estiveram comigo nesta caminhada e que de alguma forma contribuíram para a concretização deste sonho.

Aos meus pais pelo apoio e carinho;

A minha esposa Sabrina, carinho e companheirismo;

Aos professores Orientadores: Professor Dr. Gil Eduardo Guimarães, Eusélia Pavéglio Vieira.

A Empresa Tromink Industrial Ltda, pela disponibilidade de informações para a Elaboração e Desenvolvimento deste Relatório (Projeto).

Dedico esta conquista a todos.

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Equação 1 - Fórmulas para o Cálculo do Mark-up. ... 24

Equação 2 - Fórmula para o Cálculo da Margem de Contribuição Unitária e Total. ... 26

Equação 3 - Fórmula de Cálculo do Ponto de Equilíbrio Contábil. ... 27

Equação 4 - Fórmula de Cálculo do Ponto de Equilíbrio Financeiro. ... 28

Equação 5 - Fórmula de Cálculo do Ponto de Equilíbrio Econômico. ... 28

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Quadro 1 - Custo Direto por Unidade dos Produtos em R$. ... 35

Quadro 2 - Formação do Mark-up em Percentuais.Fonte: Dados Conforme Pesquisa ... 36

Quadro 3 - Preço de Venda em Reais. ... 36

Quadro 4 - Formação do Mark-up em Percentuais... 37

Quadro 5 - Preço de Venda em Reais ... 37

Quadro 6 - Preço de Venda Relacionado com Valor Cobrado do Cliente em Reais. ... 38

Quadro 7 - Margem de Contribuição pelo Preço de Venda Praticado pela Empresa em Reais ... 38

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Anexo I - Estrutura Produto 1. ... 43

Anexo II - Estrutura Produto 2. ... 44

Anexo III - Estrutura Produto 3. ... 45

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INTRODUÇÃO ... 9

1REFERENCIAL TEÓRICO ... 11

1.1 Gestão de Custos ... 11

1.2 Classificação dos Custos ... 12

1.3 Custos com Mão de Obra ... 13

1.3.1 Remuneração ... 14

1.3.2 Salário ... 14

1.3.3 Salário Mínimo ... 14

1.3.4 Jornada de Trabalho... 14

1.3.5 Repouso Semanal Remunerado ... 15

1.3.6 Equivalência Entre Minutos e Centésimos ... 15

1.3.7 Capacidade de Produção ... 17

1.3.8 Tempo Produtivo ... 17

1.3.9 Ociosidade ... 17

1.4 Sistema de Custeio Variável ... 18

1.5 Custos na Atividade Comercial ... 19

1.5.1 Custo de Aquisição ... 20

1.5.2 Despesas relativas à venda de mercadorias ... 20

1.6Formação do Preço de Venda ... 22

1.6.1Análise Custo, Volume e Lucro ... 24

1.6.2Margem de Contribuição ... 25

1.6.3Ponto de Equilíbrio ... 27

1.6.4Margem de Segurança ... 28

2 METODOLOGIA DO TRABALHO ... 30

2.1Classificação da Pesquisa ... 30

2.1.1Do ponto de vista de sua natureza ... 30

2.1.2Do ponto de vista de seus objetivos ... 30

2.1.3 Quanto à forma de abordagem do problema ... 31

2.1.4Do ponto de vista dos procedimentos técnicos ... 31

2.2Coleta de Dados ... 32

2.2.1Instrumentos de coleta de dados ... 33

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CONCLUSÃO ... 40 REFERÊNCIAS ... 41 ANEXOS ... 43

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INTRODUÇÃO

A globalização e as recentes crises mundiais forçam as empresas a reverem seus posicionamentos estratégicos. A busca pela melhor análise, o estudo no mercado onde atua e conhecimentos de seus produtos e processos é de grande importância.

É preciso estar preparado para os desafios que o mercado atual proporciona, a competitividade vem se tornando a cada ano um aspecto de grande importância para as empresas, pois relaciona qualidade de produto, prazo de entrega, rapidez. Também é preciso olhar para o lado financeiro, pois é este que faz com que a empresa evolua e possa expandir seus produtos no mercado. Não é mais possível aumentar lucros sem que se trabalhe nos custos dos produtos.

A gestão de custos aborda a análise da composição de custo de produção de cada produto, seguido da análise dos preços orientativos, mínimo e os praticados pela concorrência.

Neste contexto, o estudo aborda a gestão do custo, dos preços e dos respectivos resultados, estruturando os indicadores essenciais para a tomada de decisões.

A gestão de custos aborda a análise da composição de custo de produção de cada produto, seguido da análise dos preços orientativos (ideal), mínimo e os praticados pela concorrência (mercado), assim como todos os indicadores de gestão, tais como a margem de contribuição, ponto de equilíbrio e margem de segurança, os quais são fundamentais na gestão da atividade diante das estratégias de decisão.

Neste contexto, o estudo abordará a gestão do custo, dos preços e dos respectivos resultados, estruturando os indicadores essenciais para a tomada de decisões.

O Objetivo geral foi de analisar a relação do custo, volume, peças e resultado que proporcione informações relevantes à gestão.

Para isso, foi necessário elencar o caminho a ser percorrido, que são os objetivos específicos, os quais envolveram inicialmente as fases de: Mapear o custo de produção dos produtos em estudo (custo contábil e custo direto); Analisar o custo, volume e os preços; Avaliar as margens de contribuição a partir dos preços praticados e do mercado (target); Apurar os indicadores para a gestão.

Neste cenário, a globalização e as recentes crises mundiais estão forçando as empresas a reverem seus posicionamentos estratégicos, o sistema de gestão tem um papel fundamental, pois além de agir no quesito de competitividade também se responsabiliza pela viabilidade do negócio. Não é mais possível aumentar lucros sem que se trabalhe com os custos do produto, para isso é importante conhecer bem estes produtos, verificar atividades que agregam valor

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aos clientes, identificar custos que são realmente relevantes no processo de tomada de decisões.

Neste contexto a indústria em estudo tem apresentado uma dificuldade na a negociação e cotação de seus clientes, em função de não possuir um custo puro do produto e um custo contábil do mesmo para avaliar se efetivamente esse produto está sendo produzido de forma eficiente. Isto impacta diretamente nos preços e nos resultados, proporcionando indicadores que não satisfazem as estratégias de resultados da organização.

Baseado no exposto questiona-se: Qual a estrutura de custos, preços e resultados que potencialize a informação para a gestão da organização?

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1 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo apresenta-se uma metodologia para analisar a relação do custo, volume, preços e resultados que proporcione informações relevantes à gestão. Foi elaborada com base de dados de itens fornecidos por uma empresa de médio porte localizada na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul.

1.1 Gestão de Custos

O inicio do século XX foi de muitas conquista científicas, técnicas e em recursos materiais e humanos, principalmente para o mundo dos negócios, após a Revolução Industrial (1760 – 1860). As mudanças ocorridas no século XX foram relativamente mais significativas

do que todas as mudanças ocorridas até o século XIX.

www.unifae.br/publicações/pdf/financas/4.pdf (Pompermayer; Lima).

A revolução Industrial trouxe para a humanidade, uma forma diferente de pensar, através de descobertas científicas, interesses econômicos e financeiros das organizações e nações fizeram a humanidade ao longo do tempo possuir maior desenvolvimento e progresso.

Cada dia mais as empresas buscam atingir o maior lucro nos seus negócios, pois é ele que proporciona o crescimento da empresa, a possibilidade de novos investimentos, a perda do medo para buscar o algo a mais, entretanto, o lucro não é apenas uma simples verificação de desigualdade, se o valor da receita é maior que o valor da despesa e custo, o resultado do lucro, é a consequência parcial ou total de qualidade e produtividade, capacidade empresarial de trabalho.

O lucro e as despesas e custos são inversamente proporcionais, quanto menor forem às despesas e custos, maior será o lucro obtido. Esta linha de pensamento esta fazendo com que as empresas reavaliem seus posicionamentos estratégicos, o sistema de gestão tem um papel fundamental, pois além de agir no quesito de competitividade também se responsabiliza pela viabilidade do negócio. Não é mais possível aumentar lucros sem que se trabalhe com os custos do produto, para isso é importante conhecer bem estes produtos, verificar atividades que agregam valor aos clientes, identificar custos que são realmente relevantes no processo de tomada de decisões. Fonte: (Plentz, 2013).

A gestão de custos consiste em dar suporte ao planejamento e controle de atividades, ao processo decisório e a avaliação de resultados, fornecer informações sobre a rentabilidade e desempenho de diversas atividades da empresa, auxiliar no planejamento e desenvolvimento

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das informações. Todas as empresas devem conhecer administrar e controlar com muita propriedade os custos e despesas gerados para a produção e comercialização de seus produtos e serviços.

A boa gestão de custos de uma empresa depende da decisão dos administradores em mudar processos e comportamentos, para que isso ocorra é necessário o conhecimento do que esta se trabalhando, do administrar e controlar com muita seriedade percebendo a necessidade ou não de gastos com a produção e comercialização de produtos e serviços.

A gestão de custos tem por objetivo fornecer informações sobre a rentabilidade e desempenho de diversas atividades da empresa, auxiliar no planejamento, controle e desenvolvimento das operações, fornecer informações para a tomada de decisões. Fonte: (Plentz, 2013).

1.2 Classificação dos Custos

Os custos podem ser divididos em diretos e indiretos.

Os custos diretos são aqueles que podem ser adequadamente identificados e diretamente incluídos no cálculo dos produtos e serviços. Os custos diretos tem a característica de ser perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva, pode ser atribuídos ou identificados diretamente a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento. Para a apuração dos custos diretos não se admitem de critérios arbitrários de rateio. Exemplo: matéria-prima, materiais diretos usados na fabricação do produto ou prestação dos serviços, material de embalagem do produto e mão de obra direta. Fonte: (Plentz, 2013).

Os custos indiretos são os custos incorridos em todo o processo de fabricação de bens ou prestação de serviços, os quais não são identificáveis de maneira exata, precisando de um critério específico de rateio para poderem ser identificados e alocados a um determinado produto ou serviço. Os custos indiretos são alocados aos produtos ou serviços mediante a aproximação através de um critério de rateio geralmente arbitrário. Exemplo: depreciação, aluguéis, mão de obra indireta (salário da chefia, supervisão e dos encarregados da manutenção de equipamentos), materiais indiretos (cola e verniz consumidos na fabricação de móveis). Fonte: (Plentz, 2013).

Quanto a formação e variabilidade, os custos classificam-se em fixos e variáveis. Os custos fixos são os custos que num determinado período de tempo e numa certa capacidade instalada não variam, qualquer que seja o volume de atividade da empresa, ou seja, não possuem dependência com os volumes de produção ou de venda. Exemplo: limpeza

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e conservação, aluguéis de equipamentos e instalações, salários de administração, segurança e vigilância. Fonte: (Plentz, 2013).

Estes se dividem em custo fixo de capacidade e custo fixo operacional.

Custo fixo de capacidade é o custo relativo as instalações da empresa e reflete a própria capacidade instalada, como depreciação, amortização dentre outros,

Custo fixo operacional é o custo relativo às operações das instalações da empresa, como o seguro, impostos prediais dentre outros.

Os custos variáveis são os custos que estão relacionados com os volumes de produção ou de vendas, sendo diretamente proporcionais a suas variações. Quanto maior o volume de produção, maior será o custo variável e quanto menor o volume de produção, menor será o custo variável. Exemplo: matérias-primas, comissões de vendas, insumos produtivos (água, energia). Fonte: (Plentz, 2013).

1.3 Custos com Mão de Obra

Os custos com mão de obra representam um valor significativo nos custos de uma empresa. Os custos com pessoal é o valor relativo aos salários, encargos e todas as vantagens e benefícios concedidas aos funcionários, ou seja, são compostos pelos salários, encargos legais e provisões - férias, 1/3 sobre as férias e 13º salário.

Na definição de Padoveze (2003, p. 130):

Considera-se como custo da mão de obra, além do salário, todos os encargos ligados à manutenção dos recursos humanos na empresa, sejam esses encargos de caráter fiscal, previdenciário, legal, social ou espontâneo, desde que tenham um caráter de generalidade, isto é sejam obrigatórios ou de acesso a todos os funcionários da empresa [grifo do autor].

Cada empresa/entidade possui características próprias para composição de seus custo. Isso faz com que determinada forma de cálculo do custo da mão de obra de uma determinada empresa não possa ser aplicada a outra, ou apenas parte da metodologia do cálculo.

Na definição de Martins (2008, p.133):

Mão de Obra direta é aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, desde que seja possível a mensuração do tempo despendido e identificação de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio. Se houver qualquer tipo de alocação por meio de estimativas, ou divisões proporcionais, desaparece a característica “direta”.

Para calcular os custos de mão de obra é preciso conhecer os conceitos e os critérios de cálculo dos eventos envolvidos no custo da MO.

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1.3.1 Remuneração

Segundo o artigo 457 da CLT “Compreende-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. Sendo assim, remuneração é o salário (salário-base) acrescido a outros valores recebidos pelo empregado, como comissões, gorjetas, vale-transporte, participação de lucros, gratificações, entre outros.

1.3.2 Salário

É a totalidade das percepções econômicas dos trabalhadores, qualquer que seja a forma ou meio de pagamento quer retribuam o trabalho efetivo, os períodos de interrupção do contrato e os descansos computáveis na jornada de trabalho.

1.3.3 Salário Mínimo

Segundo o artigo 76 da CLT, salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinções de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e região do país as suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte. Fonte: (Plentz,2013).

1.3.4 Jornada de Trabalho

A constituição federal de 1988, art. 7º inciso XIII e a CLT art. 58, determinam que a jornada de trabalho no Brasil não ultrapasse 8 horas diárias e 44 horas semanais. Isso perfaz uma jornada de trabalho normal e máxima de 220 horas por mês, já incluído o descanso semanal remunerado – DSR. Para encontrar o valor dessas 220 horas, é admitido (de forma legal) um mês comercial de 5 (cinco) semanas. Desta forma: 44 horas por semana (x) 5 semanas (=) 220 horas por mês. Deve-se considerar que algumas atividades (ou por força de lei ou por acordo coletivo), possuem jornadas especiais de trabalho, reduzindo a jornada de trabalho. Fonte: (Plentz, 2013).

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1.3.5 Repouso Semanal Remunerado

Para o cálculo do descanso semanal remunerado (DSR) em uma jornada de 220 horas mês ou 44 horas semanais equivale a 1/6 da remuneração. Sendo assim, para uma jornada de 220 horas mês, um trabalhador efetivamente trabalharia 183,33 horas. O restante é considerado DSR. Fonte: (Plentz, 2013).

1.3.6 Equivalência Entre Minutos e Centésimos

Para elaborar o cálculo de horas que envolvam minutos, deve-se ficar atento ao fato de que cada hora possui 60 minutos e desta forma, os mesmos 60 minutos não podem ser colocados desta forma na calculadora. Se considerar que cada 60 minutos equivalem a 100%, 1 minuto equivale a 1,6666666%.

Hora diurna é aquela praticada entre as 05:00 horas e 22:00 horas.

Hora noturna prevê no art. 73 § 2º que o horário é aquele praticado entre as 22:00 horas e 05:00 horas. Para cada hora trabalhada neste intervalo, ocorre uma redução de 7 minutos e 30 segundos, ou seja, efetivamente o individuo trabalha 52 minutos e 30 segundos. Desta forma a legislação prevê que as 7 (sete) horas noturnas trabalhadas equivalem a 8 (horas). Essa norma busca repor o desgaste biológico que enfrenta quem trabalha à noite, sendo considerada um período penoso de trabalho. Fonte: (Plentz, 2013).

O empregado pode exercer horas extras no período noturno, devendo ser remunerado com base nas regras das horas extras e acrescido dos 20% do adicional noturno. Dependendo de convenção coletiva de trabalho os acréscimos legais podem ser alterados para mais. Conforme CLT art. 404 o menor de 18 anos é proibido de trabalhar no horário noturno.

Horas extras ocorrem quando o trabalhador exceder na quantidade de horas contratadas, podendo ser eventual ou regular mediante um acordo escrito pré-estabelecido entre o empregador e o empregado denominado de acordo de prorrogação de horas, ou mediantes acordo coletivo de trabalho. A legislação do trabalho (CLT art. 59) visando garantir proteção ao empregado e não deixar o limite do tempo por conveniência do empregador, procurou limitar esta prorrogação há 2 horas diárias. A CLT art. 59 § 1º determina que a duração das horas extras seja acrescida de no mínimo 50% nos dias normais e 100% nos domingos e feriados. Acordos ou convenções coletivas podem determinar valores percentuais diferenciados, variando pela quantidade de hora ou dia da semana, mas nunca para menos. As

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variações entre 5 (cinco) e 10 (dez) minutos diários não serão computadas como horas extras (CLT art. 58 § 1º).

As faltas e atrasos são considerados ausências no cumprimento do período do contrato de trabalho. Porém a legislação prevê ao empregado se ausentar, mediante apresentação de comprovante, e sem os descontos devidos em algumas situações tais como: falecimento, cônjuge, ascendente e descendente, casamento, nascimento filho, doação voluntária de sangue, alistamento eleitoral, aborto não criminoso, exame vestibular – curso superior, atestado de saúde, serviço militar, comparecer a juízo, etc.

O adicional de insalubridade é devido ao trabalhador que presta serviços em ambiente considerado insalubre, ou seja, ambiente que por sua natureza expõe o trabalhador a agentes nocivos a saúde, acima dos níveis de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo que é exposto a seus efeitos, calculado de acordo com o grau de insalubridade, que poderá ser mínimo, médio ou máximo, 10%, 20% e 40%, respectivamente. O cálculo é devido sobre o salário mínimo ou sobre o piso da categoria, acrescidos dos valores complementares como hora extra e alguns adicionais.

Adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário contratual e integra remuneração do empregado. As atividades de risco, pela lei, são as que envolvem inflamáveis, explosivos, eletricidade ou radiações.

Insalubridade e periculosidade são adicionais que a empresa deve pagar se o local de trabalho for insalubre e perigoso. Este valor é estipulado a partir de um laudo pericial especifico.

Previdência social é o seguro social para a pessoa que contribui. É uma instituição pública que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus segurados. A renda transferida pela previdência social é utilizada para substituir a renda do trabalhador contribuinte, quando ele perde a capacidade de trabalho, seja pela doença, invalidez, idade avançada, morte e desemprego involuntário, ou mesmo a maternidade e a reclusão. A previdência social é um seguro para todos. É só contribuir para a previdência social e o segurado tem direito aos benefícios oferecidos pela instituição por meio do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social. Fonte: (Plentz, 2013).

A única coisa que muda são as categorias de contribuição. Assim, quem trabalha com carteira assinada automaticamente esta filiado à previdência social. Autônomos em geral e os que prestam serviços temporários podem se inscrever e pagar como contribuinte individual. E aqueles que não tem renda própria como estudantes, donas de casa e desempregados podem ser segurados e pagar como contribuinte facultativo.

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Assim como o trabalhador contribui para a previdência social, a empresa também possui sua parte de contribuição, que além do próprio INSS tem destinação a outros órgãos, podendo variar no total de 26,80% ou 28,80%, de acordo com os códigos do FPAS – Fundo de Previdência e Assistência Social.

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) foi instituído pela Lei nº 5.107, de 13/09/66. Esta lei foi regulamentada pelo Decreto nº 59.820, de 20/12/66. Formado por depósitos mensais, efetuados pelas empresas em nome de seus empregados, no valor equivalente ao percentual de 8% das remunerações que lhes são pagas ou devidas. O empregador que despedir o empregado sem justa causa deverá pagar uma multa correspondente a 50% sobre o montante depositado no FGTS. Desse total, 40% destinam-se ao empregado demitido e 10% constituirá em contribuição social a ser recolhida na rede bancária e transferida à Caixa Econômica Federal.

1.3.7 Capacidade de Produção

A capacidade normal de produção de uma empresa esta relacionada diretamente com sua estrutura física para produzir (máquinas, equipamentos, móveis, imóveis, etc) juntamente com sua capacidade de alocação de pessoal (mão de obra), ou seja, é aquela para qual a fábrica foi projetada para produzir. Na maioria das vezes, a capacidade nominal só é alcançada em condições econômicas extremamente favoráveis. Sendo assim, nesses casos, a produção normal acaba sendo inferior à capacidade nominal da empresa, onde a diferença resultante da capacidade nominal e da produção efetiva não pode ser considerada como uma capacidade ociosa. Nesse caso, os custos apurados devem ser apropriados ao custo da produção normal. Fonte: (Plentz, 2013).

1.3.8 Tempo Produtivo

É aquele utilizado tão somente no processo produtivo de um bem ou serviço dentro de uma capacidade normal e a partir de uma medição de tempos de produção.

1.3.9 Ociosidade

É um estado ou qualidade de algo ou alguém que esta em repouso, que não esta em atividade. Em custos esta diretamente relacionado com a mão de obra e aos equipamentos de

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produção. Com relação à mão de obra, a ociosidade pode ser verificada diminuindo o tempo disponível para a produção, menos o tempo realmente utilizado para a produção.

1.4 Sistema de Custeio Variável

Cada organização deve escolher o sistema de custeio que melhor se adapta as suas necessidades. Os sistemas de custeio conforme Bruni e Famá (2004, p. 34) “referem-se às formas como os custos são registrados e transferidos internamente dentro da entidade”.

O sistema de custeio variável, também conhecido como por custeio direto ou custeio marginal, ele atribui aos produtos somente os custos que variam com o volume que será vendido. Esse método de custeio no Brasil não é aceito pela legislação e não atende aos princípios fundamentais de contabilidade, sendo utilizado somente para fins gerenciais, ele considera apenas os custos variáveis dos produtos vendidos enquanto os custos fixos são considerados como despesas no encerramento do resultado do período.

Este sistema apresenta o resultado operacional em função das vendas, não há necessidade de adotar critérios de rateio para apropriar custos fixos, já que esses são deduzidos diretamente do resultado e torna evidente a margem de contribuição de cada produto, que é muito utilizado no processo decisório.

Um modelo de decisão que utiliza como base a margem de contribuição deve conter elementos como quantidade de venda por produto, preço, custos e despesas variáveis unitários por produto, margem de contribuição unitária, vendas totais por produto, margem de contribuição percentual, etc.

Padoveze (2004, p. 332)

Afirma que alterações em qualquer uma das variáveis do modelo provocarão mudanças no resultado, e que a decisão será por aquela opção que gerar resultado maior. Cabe ressaltar que existem outras variáveis que influenciam na tomada de decisão como participação no mercado, concorrência, qualidade, entre outras, e que o modelo da margem de contribuição deverá ser utilizado em casos de decisões ligadas ao aspecto econômico do negocio, já que ele visa apenas resultados econômicos.

Na definição de Crepaldi (1998, p. 120)

O sistema de custeio direto é útil para a tomada de decisões administrativas ligadas a fixação de preços, decisão de compra ou fabricação, determinação do mix de produtos e, ainda, para possibilitar a determinação imediata do comportamento dos lucros em face das oscilações de vendas.

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A premissa básica do custeio direto é a de que somente os custos claramente identificados com os produtos ou serviços vendidos (chamados de diretos ou variáveis)devem ser apropriados. Os demais custos necessários para manter a capacidade instalada (indiretos ou fixos) devem ser desconsiderados em termos de custo do produto.

O custeio variável é extremamente importante para a tomada de decisão gerencial, pois auxilia no processo de tomada de decisões sobre preços, margem de contribuição, auxílio no controle dos custos periódicos e fixos da empresa, bem como na analise do custo x volume x lucro.

Já o sistema de custeio por absorção segundo Wernke (2008, p. 20)

Este é o método mais tradicional de custeio e é empregado quando se deseja atribuir um valor de custos ao produto, atribuindo-lhe também uma parte dos custos indiretos. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos, de forma direta ou indireta mediante critérios de rateios.

Ele é aceito pela legislação brasileira e internacional e atende aos princípios fundamentais de contabilidade. No entanto, é visto por alguns autores com restrição, pois eleva o custo de alguns produtos, pelo fato de alocar além dos custos variáveis também os custos fixos.

1.5 Custos na Atividade Comercial

Entende-se por atividade comercial toda prática exercida que envolve a permuta, troca, intermediação que acontece entre o produtor e o consumidor com o objetivo de lucro.

Atualmente o setor terciário (serviço) é o setor principal da economia nacional, por isso a contabilidade de custos passou a dispensar-lhe a devida atenção, para suprir todas as necessidades dos gestores nessa área.

A diferença fundamental entre custos industriais e custos no comércio, é que no segundo não ocorre à transformação de materiais em produtos, mas somente a aquisição e a revenda de mercadorias.

Por outro lado, no comércio geralmente não é necessário utilizar métodos de custeio para apurar o custo unitário das mercadorias. Este valor pode ser calculado considerando somente os itens relacionados com a compra da mercadoria para a revenda. Além disto, em razão da concorrência acirrada que caracteriza a maioria dos segmentos varejistas, não é recomendável imputar um valor “x” às mercadorias comercializadas relativo à folha de pagamento, energia elétrica, aluguel, gastos administrativos, etc., sob pena de prejudicar a competitividade da loja no mercado em que atua. (WERNKE, 2011, p. 26)

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Portanto, na atividade comercial envolve apenas a apuração dos custos das mercadorias adquiridas, e partir daí, levantar todas as despesas mensais da empresa, estabelecer a margem de lucro de cada mercadoria, formar o Mark-up, e a partir deste comparar sempre com o preço do mercado. Com essas informações, é possível realizar uma analise do custo, do volume e do lucro da empresa.

1.5.1 Custo de Aquisição

Os custos relativos à aquisição de mercadorias são os custos variáveis diretos sob a denominação contábil de custos da mercadoria vendida. Para fins gerenciais, o valor desse custo será o da reposição da mercadoria. Portanto, toda vez que houver alteração de preço do produto por parte do fornecedor, será considerado esse valor mais recente, mesmo ainda existindo parte da quantidade de mercadorias adquiridas anteriormente.

A fórmula do custo da mercadoria, segundo Bertó e Beulke (2006, p. 43) tem a seguinte configuração:

(+) Valor básico atual da mercadoria do fornecedor;

(+) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), quando houver essa incidência; (+) Frete, seguros, taxa etc., quando ocorrerem e forem pagos pelo comprador; (-) ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) recuperável da compra (quando não for substituto). Na hipótese do ICMS substituto, esse estará automaticamente agregado ao valor básico atual da mercadoria.

(=) Custo da mercadoria adquirida

Juntamente ao valor atualizado da mercadoria adquirida, é incluso/excluso o valor de tributos, fretes de compra que é pago pela empresa compradora, seguros e taxas e demais despesas incidentes sobre ela até a sua chegada ao destino.

1.5.2 Despesas relativas à venda de mercadorias

Como o próprio nome diz, são as despesas incidentes no ato da venda da mercadoria. Constituem os custos variáveis diretos de venda, tais como despesas financeiras com giro, as despesas diretas com vendas e as despesas tributárias diretas.

Despesas tributárias - Conforme Bertó e Beulke (2006) para o cálculo de custos há duas categorias de despesas tributárias:

Despesas tributárias não vinculadas diretamente ao valor da venda: são as despesa de natureza indireta. Por exemplo: o imposto territorial urbano, o imposto para licenciamento de

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veículos, o imposto sindical. Esses impostos integram as despesas operacionais e/ou administrativas.

Despesas tributárias relacionadas diretamente com o valor e o volume das vendas: são despesas de natureza variável e direta, e sua incidência ocorre diretamente sobre o preço de venda. Por exemplo: o ICMS, o PIS (Programa de Integração Social), a COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social).

Para o ICMS, esse procedimento só válido quando houver o crédito na compra da mercadoria. Se o ICMS for substituto, este imposto já é considerado no custo da mercadoria vendida.

Despesas financeiras com giro - Em praticamente todas as organizações existem dois tipos de despesas financeiras: as despesas financeiras reativas ao financiamento do ativo permanente e as que são relativas ao financiamento do ativo circulante.

As despesas que são relativas ao financiamento do ativo permanente, são aquelas que se referem à aquisição de máquinas e equipamentos, edificações, ou seja, um componente fixo da empresa.

As despesas relativas ao financiamento do ativo circulante ou despesas financeiras com o giro, são aquela que financiam o ciclo operacional da empresa, tais como estoque, prazo de vendas. Esse ciclo operacional difere de uma empresa para outra, como de uma mercadoria para outra, que de qualquer forma, decorre um espaço de tempo de retorno do dinheiro ao caixa da organização. E esse tempo de retorno implica em um custo para a entidade. Logo, é um componente variável direto da mercadoria.

Para o cálculo das despesas financeiras com giro, é conveniente levar em consideração duas etapas do ciclo operacional da mercadoria: “(i) a etapa interna do ciclo operacional, que abrange o período da aquisição da mercadoria até a sua venda e (ii) a etapa do ciclo operacional entre a venda da mercadoria e o recebimento efetivo do equivalente monetário” (BERTÓ e BEULKE, 2006, p.45).

A análise dessa despesa visa o alcance de objetivos importantes, tais como o de possibilitar o cálculo do preço de venda à vista para a verificação do resultado do ciclo operacional interno, e o cálculo nas condições de financiamento da empresa para a apuração do resultado decorrente do financiamento das vendas.

Despesas diretas com vendas - As despesas diretas com vendas são de natureza variável e incidem diretamente sobre o preço de venda das mercadorias, compondo o Mark-up. Conforme Bertó e Beulke (2006) também podem ser divididas em dois grupos:

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Despesas de vendas não associadas diretamente ao preço ou ao volume: são as despesas associadas à administração das vendas e são de natureza indireta.

Despesas diretas de vendas: são as despesas relacionadas diretamente ao valor e ao volume das vendas. São de natureza variável.

Alguns exemplos de despesas diretas com vendas são as comissões de vendas, os fretes de mercadorias quando de responsabilidade da empresa vendedora e estiver contemplado no preço de venda. Também podem ser consideras como despesas diretas com vendas as despesas decorrentes de propagandas promocionais de determinadas mercadorias.

1.6 Formação do Preço de Venda

A formação do preço de venda de um produto é de suma importância para a empresa, pois o preço garante a competitividade, cobre os custos da empresa, gera a margem de lucro desejada. Para a correta eficaz e eficiente formações do preço de venda deve-se realizar uma análise completa dos custos envolvidos no produto.

O preço de venda influencia o cliente nas decisões de compra, devido ao grande numero de concorrência, é preciso ter a melhor oferta sem perder a lucratividade.

A falta de informação do mercado e custos na qual as empresas estão envolvidas, dificultam na definição do preço de venda. É comum encontrar empresas que, em situação de forte concorrência, adotam estratégias de baixarem preços sem nenhum critério e acabam incorrendo em prejuízos, inviabilizando o negócio.

Para fixar o preço de venda de suas mercadorias, de forma a obtenção de lucro, o empresário deverá conhecer a importância da formação criteriosa de preços, bem como compreender sua estrutura.

Grande desafio das empresas é estabelecer uma prática de formulação e analise de preço que seja confiável, contabilize todos os custos e despesas envolvidas neste processo e que torne a empresa mais competitiva e lucrativa.

O preço nada mais é que a quantidade de dinheiro que o consumidor paga para adquirir um produto e que a empresa recebe em troca da venda desse produto.

O preço é muito importante na hora da compra, mas também é necessário levar em consideração a qualidade, a disponibilidade, à assistência técnica, a entrega e é influenciado por anúncios feitos por lojistas e fabricantes.

O preço deve ser compatível com as exigências do mercado, bem como o lucro que a empresa deseja obter e com garantia da sobrevivência do negócio. Para saber mais sobre as

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exigências do mercado, é preciso conhecer o produto, o ponto comercial, a comunicação entre a empresa e o mercado e o preço, isso é conhecido por composto de marketing.

Deve ser considerado como preço os descontos concedidos, os prazos pelos varejistas, as condições de pagamentos (cheque pré-datados, cartões de crédito e de débito, crediários, financeiras, etc). verifica-se com frequência que determinadas empresas comerciais oferecem preços acima dos de mercado, mas os clientes as preferem em virtude das condições de pagamento mais favoráveis a compra.

De acordo com Wernke (2011, p.45)

A adequada determinação dos preços de venda é questão fundamental à sobrevivência e crescimento das empresas, independente do porte ou área de atuação, tendo em vista a preferência cada vez maior pelo quesito “preço” como fator preponderante na decisão de compra dos clientes.

São muitos os fatores que orientam a formação do preço de venda, segundo Bruni e Famá (2004, p. 322) “Três processos distintos podem ser empregados na definição de preços e costumam basear-se nos custos, no consumidor ou na concorrência”.

Existem vários métodos para a formação do preço de venda, mas o Mark-up é o mais utilizado. Este método calcula o preço de venda de determinado produto, acrescentando um percentual sobre o custo do produto, que contem as despesas variáveis e a margem de lucro desejada.

Segundo Bomfim e Passarelli (2008, p.504) “a maneira mais utilizada, na área comercial, de determinar o preço de um produto baseia-se no princípio do mark-up (sobre marcação) - o preço é determinado adicionando-se uma margem de lucro ao custo do produto”.

Conforme Padoveze (2003, p. 314)

O conceito de Mark-up, que traduzimos como multiplicador sobre os custos, é uma metodologia para se calcular preços de venda de forma rápida, a partir do custo por absorção de cada produto. (...) A partir do custo por absorção de cada produto, aplica-se um multiplicador, de tal forma que os demais elementos formadores de preço de venda sejam adicionados ao custo, a partir desse multiplicador.

Complementando, de acordo com Wernke (2008, p.130)

A taxa de marcação ou mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para formação do preço de venda. Tem por finalidade cobrir os fatores, como tributação sobre vendas (ICMS, IPI, PIS, Cofins ou Simples), percentuais incidentes sobre o preço de venda (comissões sobre vendas, franquias, comissão da administradora do cartão de crédito etc.), despesas administrativas fixas, despesas de

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vendas fixas, custos indiretos de produção fixos e margem de lucro.

No cálculo do Mark-up, deve-se utilizar sempre percentual e nunca valor.

Os percentuais utilizados para o mark-up sempre serão fixos comparativamente ao preço de venda. Aumentando ou diminuindo o preço de venda, há diminuição em valores mas não em percentual.

Quando utilizar o mark-up multiplicador, o recomendado é usar no mínimo cinco casas após a virgula.

De acordo com Bruni e Famá (2004, p.341) “o mark-up pode ser calculado de duas formas: multiplicador – mais usual, [...], e o divisor – menos usual, [...]. A seguir apresentam-se as fórmulas para o cálculo do mark-up:

Equação 1 - Fórmulas para o Cálculo do Mark-up. Mark-up multiplicador

Mark-up = Preço de Venda ou Mark-up = 1 Custo 1- soma das taxas percentuais

Mark-up divisor

Mark-up = 100 – soma das taxas percentuais 100

Onde: soma das taxas percentuais = soma dos valores expressos em percentuais que influenciam no processo de formação de preços, como percentual de lucro desejado, taxa percentual de despesas diversas, etc. [grifo do autor]

Fonte: Vieira (2011, p.36).

Ao aplicar o mark-up, se obtêm o preço de venda orientativo, que para ser aplicado deve levar em consideração o preço praticado pelo mercado e o aceito pelo consumidor. Portanto o mark-up se bem elaborado se torna uma ferramenta indispensável a concorrência e gestão da empresa.

1.6.1 Análise Custo, Volume e Lucro

A análise do custo, volume, lucro (CVL) fornece informações que possibilitam ao gestor tomar decisões de forma rápida, precisa, e fidedignas da situação da empresa. Através dela avaliam-se as variações ocorridas nas receitas, conforme o volume de vendas e nos custos.

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A análise do custo, volume e lucro é relativa à forma pela qual os lucros e gastos se alteram com a mudança do volume. Ela examina o impacto nos lucros de alterações nos custos variáveis, custos e despesas fixas, preço de venda, volume e diversidade de produtos, e dessa forma, ajuda no processo de planejamento.

Para Wernke (2008, p. 41) “as análises custo/volume/lucro são modelos que visam demonstrar, de forma gráfica ou matemática, as inter-relações existentes entre as vendas, os custos (fixos ou variáveis), o nível de atividade desenvolvido e o lucro alcançado ou desejado”.

A análise do CVL utiliza-se de várias ferramentas como a margem de contribuição unitária e total, o ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiro, e a margem de segurança operacional. Segundo Vieira, Rossi e Pocai (2003, p.43) “essas ferramentas são muito importantes porque facilitam o entendimento da real situação do empreendimento, demonstrando por meio de números e gráficos as relações entre as vendas, os custos fixos e variáveis, o nível de atividade desenvolvido e o lucro alcançado ou que se deseja alcançar”.

Portanto, a análise do custo, volume, lucro é um instrumento de suma importância para a gestão, pois fornece informações como, por exemplo, a quantidade mínima de vendas que a empresa precisa alcançar para cobrir os custos e as despesas e não ter prejuízo.

1.6.2 Margem de Contribuição

A diferença entre o preço de venda e os custos e despesas variáveis é à margem de contribuição. Ela é um indicador que contribui para a formação do unitário e total lucro dos produtos vendidos. De acordo com Wernke (2008, p.42) “a margem, de contribuição é o valor resultante da venda de uma unidade, após deduzidos os custos e despesas variáveis associados ao produto comercializado. Tal valor contribuirá para pagar os custos fixos da empresa e gerar lucro”.

A margem de contribuição para Padoveze (2010, p. 376):

Representa o lucro variável. É a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os custos e despesas variáveis por unidade de produto. Significa que em cada unidade vendida a empresa lucrará determinado valor. Multiplicando-se pelo total vendido, teremos a contribuição marginal do produto para a empresa.

Padoveze (2010, p. 377) acrescenta:

Margem de contribuição é margem bruta obtida pela venda de um produto que excede seus custos variáveis unitários. Em outras palavras, a margem de contribuição é o mesmo que o lucro variável unitário, ou seja, preço de venda unitário do produto deduzido dos custos e despesas variáveis necessários para produzir e vender o produto.

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Hansen, Mowen (2001, p. 594) acrescenta:

Margem de contribuição é a receita de vendas menos o total da margem de custo variável. Se substituirmos a margem de contribuição da unidade por preço menos o custo variável da unidade na equação do resultado operacional e resolvemos para o número de unidades, obteremos a seguinte expressão do ponto de equilíbrio: Número de unidades = custos fixos/margem de contribuição unitária.

Ela pode ser unitária ou total, estando apresentada a seguir a formula para o cálculo destas:

Equação 2 - Fórmula para o Cálculo da Margem de Contribuição Unitária e Total. MCu = PVu – CVu – DVu MCT = MCu x Quantidade Vendida

Onde:

MCu = margem de contribuição unitária; PVu = preço de venda unitário;

CVu = custo variável unitário; DVu = despesa variável unitária;

MCT = margem de contribuição total Fonte: adaptado de Vieira (2011, p.39).

Wernke (2008, p.44) relaciona as seguintes vantagens e desvantagens da margem de contribuição:

a) É um instrumento para avaliar a viabilidade de aceitação de pedidos em condições especiais. Por exemplo: quando existem restrições de matéria-prima ou horas de trabalho disponíveis ou por preços e quantidades diferentes dos praticados;

b) Ajudam a administração a decidir que produtos devem merecer maior esforço de venda ou colocados em planos secundários ou simplesmente tolerados pelos benefícios de vendas que possam trazer a outros produtos;

c) São essenciais para auxiliar os administradores a decidirem se um segmento produtivo (ou de comercialização) deve ser abandonado ou não;

d) Podem ser usadas para avaliar alternativas quanto a reduções de preços, descontos especiais, campanhas publicitárias especiais e uso de prêmios para aumentar o volume de vendas. As decisões desse tipo são determinadas por uma comparação dos custos adicionais, visando ao aumento da receita de venda. Quanto maior for o índice de margem de contribuição, melhor é a oportunidade de promover vendas. Quanto mais baixo o índice, maior será o aumento do volume de vendas necessário para recuperar os compromissos de promover vendas adicionais;

e) A margem de contribuição auxilia os gerentes a entenderem a relação entre custos, volume, preços e lucros, fundamentando tecnicamente as decisões de venda; f) Basear o cálculo dos preços de venda somente com dados da margem de contribuição pode resultar em valores que não cubram todos os custos necessários para manter as atividades em longo prazo;

g) É útil para a tomada de decisões de curto prazo, mas pode levar o administrador a menosprezar a importância dos custos fixos.

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Enfim, A margem de contribuição é um termo que faz parte do método de custeio variável e é de extrema importância para as decisões de curto prazo, para a contabilidade de custos e para a tomada de decisões gerenciais, como políticas de incremento, quantidades e preços dos produtos.

1.6.3 Ponto de Equilíbrio

O ponto de equilíbrio estabelece a quantidade mínima que a empresa deve vender, para que pagar os seus custos e não ter prejuízo, ou seja, seu resultado é nulo, sem lucro ou prejuízo. O ponto de equilíbrio segundo Wernke (2008, p. 49) “representa o nível de vendas em que a empresa opera sem lucro ou prejuízo. Ou seja, o número de unidades vendidas no ponto de equilíbrio é suficiente para a empresa pagar seus custos fixos e variáveis, sem gerar lucro”.

Para Vieira, Rossi e Pocai (2003, p.44) o ponto de equilíbrio é uma ferramenta:

Importantíssima porque em função dela se saberá qual o volume de atividade é o suficiente para que a empresa não tenha prejuízo, além de identificar qual o nível de vendas que deve ser atingido para que a empresa alcance o lucro desejado. Deve ficar claro, contudo, que o número de unidades vendidas, exatamente no ponto de equilíbrio, é o suficiente para que a empresa pague seus custos fixos e variáveis, no entanto sem gerar lucro.

Existem três tipos de calculo do ponto de equilíbrio, que são o ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiro. O que determina qual cálculo será utilizado são as necessidades da empresa e dos gestores. De acordo com Bornia (2002, p. 79)

A diferença fundamental entre os três pontos de equilíbrio são os custos e despesas fixas a serem considerados em cada caso. No ponto de equilíbrio contábil são levados em conta todos os custos e despesas contábeis relacionados com o funcionamento da empresa. Já no ponto de equilíbrio econômico, são também incluídos nos custos e despesas fixos considerados todos os custos de oportunidades referentes ao capital próprio, ao possível aluguel das edificações (caso a empresa seja proprietária) e a outros itens do gênero. No caso do ponto de equilíbrio financeiro, os custos considerados são apenas os custos desembolsados que realmente oneram financeiramente a empresa.

Na sequência estão apresentadas as formulas para os cálculos dos pontos de equilíbrios:

Equação 3 - Fórmula de Cálculo do Ponto de Equilíbrio Contábil. Despesas e Custos Fixos da empresa ($)

PEC (unid.) = Margem de Contribuição Unitária ($) Fonte: Wernke (2011, p. 113).

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Equação 4 - Fórmula de Cálculo do Ponto de Equilíbrio Financeiro.

Despesas e Custos fixos ($) – Depreciações ($) + Dívidas do Período ($) PE Fin. (unid.) = Margem de Contribuição Unitária ($)

Fonte: Wernke (2011, p. 115).

Equação 5 - Fórmula de Cálculo do Ponto de Equilíbrio Econômico.

Despesas e Custos Fixos da empresa ($) + Lucro Desejado ($) PE Econ. (unid.) = Margem de Contribuição Unitária ($)

Fonte: Wernke (2011, p. 116).

Ainda, para Padoveze (2003, p. 281)

Denominamos ponto de equilíbrio o volume de atividade operacional em que o total da margem de contribuição da quantidade vendida/produzida se iguala aos custos e despesas fixas. Em outras palavras, o ponto de equilíbrio mostra o nível de atividade ou volume operacional, quando a receita total das vendas se iguala ao somatório dos custos variáveis totais mais os custos e as despesas fixas. Assim, o ponto de equilíbrio evidencia os parâmetros que mostram a capacidade mínima em que a empresa deve operar para não ter prejuízo, mesmo que à custa de um lucro zero.

Desta forma, conclui-se que o ponto de equilíbrio é um instrumento importante de gestão, que auxilia na analise do custo, volume e lucro, evidenciando a real situação da empresa, para que as decisões sejam as melhores possíveis.

1.6.4 Margem de Segurança

A margem de segurança fornece o volume de vendas que a empresa esta operando acima do ponto de equilíbrio, ou seja, quanto maior for a margem de segurança maiores são as chances de a empresa obter lucro.

De acordo com Bruni & Famá (2004, p. 262) “a margem de segurança consiste na quantia ou índice das vendas que excedem o ponto de equilíbrio da empresa. Representa o quanto as vendas podem cair sem que a empresa incorra em prejuízo, podendo ser expressa em quantidade, valor ou percentual”.

Ainda conforme Padoveze (2003, p.290) “a margem de segurança pode ser definida como o volume de vendas que excede às vendas calculadas no ponto de equilíbrio. O volume de vendas excedente para se analisar a margem de segurança, pode ser tanto o valor das vendas orçadas, como o valor real das vendas”.

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Equação 6 - Fórmula de Cálculo da Margem de Segurança.

Margem de Segurança (MS) = Vendas reais/orçadas ( - ) vendas no PE Fonte: Padoveze (2003, p.291).

Então, quanto maior for a margem de segurança, maiores os chances da empresa ter lucros, e menores os riscos de prejuízo.

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2 METODOLOGIA DO TRABALHO

A gestão de custos aborda a análise da composição de custo de produção de cada produto, seguido da análise dos preços orientativos (ideal), mínimo e os praticados pela concorrência (mercado), assim como todos os indicadores de gestão, tais como a margem de contribuição, ponto de equilíbrio e margem de segurança, os quais são fundamentais na gestão da atividade diante das estratégias de decisão.

Neste contexto, o estudo aborda a gestão do custo, dos preços e dos respectivos resultados, estruturando os indicadores essenciais para a tomada de decisões.

2.1 Classificação da Pesquisa

Na sequência estão apresentadas a classificação da pesquisa quanto a sua natureza, seus objetivos e seus procedimentos técnicos.

2.1.1 Do ponto de vista de sua natureza

Do ponto de vista da natureza a pesquisa pode ser básica ou aplicada, sendo esta caracterizada como aplicada. De acordo com Gil (2008, p. 46) a pesquisa aplicada “tem como característica fundamental o interesse na aplicação, utilização e consequências praticas dos conhecimentos”. Ela tem como objetivo a aplicação prática dos conhecimentos, envolvendo verdades e interesses locais, ou seja, Investiga, comprova ou rejeita hipóteses sugeridas.

2.1.2 Do ponto de vista de seus objetivos

A pesquisa do ponto de vista de seus objetivos podem se classificar como descritiva. Explorar significa reunir o maior conhecimento possível sobre o assunto e incorporar características inéditas.

De acordo com Beuren (2004) a pesquisa descritiva configura-se como um estudo intermediário entre a pesquisa exploratória, que é mais preliminar, e a explicativa, que é mais aprofundada. Descrever entre outros aspectos significa identificar, relatar e comparar. O objetivo da pesquisa descritiva para Gil (2008, p. 47) é “a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis”. Uma

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das principais características da pesquisa descritiva é a da utilização de técnicas padronizadas de coletas de dados.

O objetivo geral deste estudo é analisar a relação do custo, volume, peças e resultado que proporcione informações relevantes à gestão.

Os objetivos específicos, apurar os indicadores para a gestão, avaliar as margens de contribuição a partir dos preços praticados e do mercado (target), analisar o custo, volume e os preços, mapear o custo de produção dos produtos em estudo (custo contábil e custo direto).

2.1.3 Quanto à forma de abordagem do problema

Quanto à forma de abordagem do problema a pesquisa pode ser qualitativa ou quantitativa. O presente estudo se classifica como qualitativo, este se caracteriza por ser descritivo, não empregar métodos estatísticos, é uma analise mais profunda do estudo. Segundo Beuren (2004, p.92) “A abordagem qualitativa visa destacar características não observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a superficialidade deste ultimo”. A pesquisa qualitativa tem como foco principal o processo e seu significado.

A globalização e as recentes crises mundiais estão forçando as empresas a reverem seus posicionamentos estratégicos, o sistema de gestão tem um papel fundamental, pois além de agir no quesito de competitividade também responsabiliza-se pela viabilidade do negócio. Não é mais possível aumentar lucros sem que se trabalhe com os custos do produto, para isso é importante conhecer bem estes produtos, verificar atividades que agregam valor aos clientes, identificar custos que são realmente relevantes no processo de tomada de decisões.

Neste contexto a indústria em estudo tem apresentado uma dificuldade na negociação e cotação de seus clientes, em função de não possuir um custo puro do produto e um custo contábil do mesmo para avaliar se efetivamente esse produto está sendo produzido de forma eficiente. Isto impacta diretamente nos preços e nos resultados, proporcionando indicadores que não satisfazem as estratégias de resultados da organização.

Baseado no exposto questiona-se: Qual a estrutura de custos, preços e resultados que potencialize a informação para a gestão da organização?

2.1.4 Do ponto de vista dos procedimentos técnicos

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos a pesquisa se caracteriza como bibliográfica, documental, levantamento e estudo de caso. A pesquisa bibliográfica tem

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natureza teórica, ou seja, é elaborada a partir de materiais já publicados. De acordo com Lakatos e Marconi (1991, p. 158) “A pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema”. Ela tem como objetivo recolher previamente informações e conhecimentos sobre a hipótese que se quer experimentar, ou sobre problema para o qual se busca respostas.

A pesquisa documental é muito parecida com a pesquisa bibliográfica, sendo a sua principal diferencia a natureza das fontes utilizadas. Segundo Beuren (2004, p.89) “Sua notabilidade é justificada no momento em que se podem organizar informações que se encontram dispersas, conferindo-lhes uma nova importância como fonte de consulta”. As fontes que a pesquisa documental utiliza, são fontes primárias, oriundas de documentos, escritos ou não.

A pesquisa de levantamento é utilizada em estudos descritivos e explicativos. De acordo com Gil (2008, p. 74), as pesquisas de levantamento

Se caracterizam pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para em seguida, mediante analise quantitativa, obter as conclusões correspondentes dos dados coletados. O levantamento tem como principais vantagens o conhecimento direto da realidade, a economia e rapidez e a quantificação, mas apresenta limitações como ênfase nos aspectos perspectivos, pouca profundidade no estudo da estrutura e dos processos sociais e limitada apresentação do processo de mudança.

A pesquisa do tipo estudo de caso serve para aprofundar os conhecimentos sobre determinado caso especifico. O estudo de caso segundo Gil (2008, p. 76) “é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos”. O estudo de caso pode ser utilizado tanto em pesquisas exploratórias, quanto descritivas e explicativas. Ele apresenta algumas desvantagens como falta de rigor metodológico, dificuldade de generalização e o tempo destinado à pesquisa.

2.2 Coleta de Dados

Os dados utilizados para responder o problema da pesquisa são informados no plano de coleta de dados. Neste todas as fontes documentais são analisadas minuciosamente.

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Nesta pesquisa os dados foram obtidos da empresa em estudo por meio de entrevistas com o proprietário, relatórios e documentos internos, tais como notas de despesas, entradas e saídas, entre outros documentos que o pesquisador possui acesso por meio do empresário e da contabilidade. Após coleta de dados, realizou-se os cálculos de custos, preços, margem de contribuição, ponto de equilíbrio, margem de segurança operacional dos produtos que a empresa comercializa. Também foram utilizados os demonstrativos contábeis para a realização da analise das demonstrações contábeis, e por fim realizar um levantamento de informações que são úteis para a gestão da empresa.

2.2.1 Instrumentos de coleta de dados

A área abordada no presente trabalho é a comercial, para a coleta de dados foram utilizados os instrumentos de observação, pesquisa documental.

A observação contribui para a comprovação dos dados, ela consiste em ver, ouvir e examinar os fatos e fenômenos que estão sendo investigados. Segundo Beuren (2004, p. 129) “A principal vantagem da observação é a percepção direta e sem intermediação dos fatos, que reduzem sensivelmente a subjetividade que permeia o processo de investigação”. Existem vários tipos de observação, mas as utilizadas nesta pesquisa são a observação sistemática, não participante, individual e na vida real. Na observação sistemática o pesquisador não participa dos fatos, apenas presencia, e registra os dados a mediada que eles acontecem, descrevendo precisa e detalhadamente os fatos.

A pesquisa documental ou de fontes primárias foram obtidas através das demonstrações contábeis, relatórios internos, notas fiscais de entradas e de saídas, despesas, entre outros.

2.3 Análise e Interpretação dos Dados

A análise e a interpretação dos dados ocorrem após a coleta e organização dos mesmos. Segundo Beuren (2004, p. 136)

Quando se fala em analisar dados, espera-se que o estudante consiga sumariar os dados coletados para transformá-los em informações que sustentem um raciocínio conclusivo sobre o problema proposto no trabalho monográfico. Já na fase de interpretação dos dados, devera haver uma correlação dos dados coletados com a base teórica que sustentou a pesquisa.

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Nesta pesquisa, a área em estudo é a gestão de custos, preços e resultado como instrumento de auxilio de uma empresa industrial realizando a consolidação teórica e os levantamentos dos dados necessários ao desenvolvimento da pesquisa.

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3 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Os primeiros dados necessários para o estudo em questão foi examinar os custos diretos totais, tais como: custos de matéria-prima, os custos relacionados com serviços de terceiros (quando aplicado), custos com mão de obra e os custos com máquinas.

O levantamento destes custos aplicam-se em quatro itens produzidos pela empresa em questão, denominados produto 1, produto 2, produto 3, produto 4.

Segue o quadro com a relação dos itens e seus respectivos custos diretos totais. Quadro 1 - Custo Direto por Unidade dos Produtos em R$.

Fonte: Dados Conforme Pesquisa.

Os produtos mencionados no quadro anterior são conjuntos soldados que envolvem mais componentes, estes passam pelo processo de corte, dobra, solda e por fim a pintura. Os quatro produtos são muito similares.

A empresa considera que conjuntos conforme estes são muito atrativos, pois envolvem mais processos e possuem maior demanda, possibilitando assim maior lucratividade, devido à diminuição de setups podendo trabalhar com linhas de produção contínua com maior produtividade.

Após realizar o levantamento do custo direto total, é possível entrar na fase de negociação com o cliente através do preço de venda. Mas para isso, é preciso trabalhar detalhadamente nos custos e impostos que a empresa paga para não vender um item com prejuízo.

Após o levantamento dos custos relacionados aos quatro produtos, trabalhou-se com a formação do mark-up, considerando margem de lucro de 20%, 15%, 10%, 5%, 0%. Estas margens de lucro podem variar de acordo com o interesse da empresa em produzir o item ou de acordo com o fluxo que a negociação toma.

Trabalha-se com a relação de impostos, PIS/COFINS, ICMS, despesas da empresa (relacionadas a visitas no cliente, passagens aéreas, transporte terrestre, telefonemas), descontos previstos na negociação.

Custo direto total Produto 1 Produto 2 Produto 3 Produto 4

Custo MP 95,18 85,63 81,22 72,75

Custo Terceiros 1,11 1,49 2,23 1,15

Custo MOD 3,82 4,72 3,42 9,66

Custo Máquina 57,40 85,61 75,92 67,62

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O quadro seguinte mostra que para cada margem de lucro que os produtos foram calculados, existe a relação de quanto à empresa pretende ganhar, até quanto ela pode conceder de desconto na negociação.

Quadro 2 - Formação do Mark-up em Percentuais.

Fonte: Dados Conforme Pesquisa.

Pode-se observar que foi possível chegar em um mark-up multiplicador para cada margem de lucro considerada. Por exemplo, se a empresa optar em trabalhar com margem de lucro de 15%, considerando já um desconto de 5% na negociação, meu mark-up é de 1,8605.

Este quadro esta diretamente ligado á atratividade da empresa, pois de acordo com o que a empresa deseja investir, ou qual mercado deseja expandir seus negócios, o vendedor terá possibilidade de visualizar e trabalhar com descontos já previstos sem correr riscos de vender um produto sem margem de lucro.

O quadro a seguir gera o preço de venda considerando cada uma das margens de lucro especificadas anteriormente.

Quadro 3 - Preço de Venda em Reais.

Fonte: Dados Conforme Pesquisa.

Se a empresa optar entrar na negociação do produto 1 com margem de lucro de 20%, considerando um desconto de até 5%, o seu preço de venda é de R$ 323,12. Seu preço de venda mínimo permitido sem que tenha prejuízo é de R$ 213,59, nesta condição não há margem de lucro e nem desconto para negociação.

Na maioria das vezes o cliente apresenta valores de concorrentes ou um target (valor estipulado de custo do item) e deseja que os preços sejam equivalentes, nesta condição

Formação do Mark up ML 20% ML 15% ML 10% ML 5% ML 0% PIS/Cofins 9,25% 9,25% 9,25% 9,25% 9,25% ICMS 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Despesas 17,00% 17,00% 17,00% 17,00% 17,00% Margem de Lucro 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% Desconto Negociação 5,00% 5,00% 2,00% 1,50% 0,00% Total 51,25% 46,25% 38,25% 32,75% 26,25% Mk Divisor 0,4875 0,5375 0,6175 0,6725 0,7375 Mk Multiplicador 2,0513 1,8605 1,6194 1,4870 1,3559

Preço de venda Produto 1 Produto 2 Produto 3 Produto 4

Preço de Venda 20% 323,12 363,99 333,92 310,10

Preço de Venda 15% 293,07 330,13 302,86 281,26

Preço de Venda 10% 255,10 287,36 263,62 244,82

Preço de Venda 5% 234,23 263,86 242,06 224,80

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podemos observar que se o valor for inferior à R$ 213,59 o negócio deixa de ser vantajoso e começa a prejudicar o sistema financeiro da empresa. Para afinar uma negociação, é possível trabalhar com margem de lucro mais curta, ou seja, de 0% a 5%, conforme quadro seguinte: Quadro 4 - Formação do Mark-up em Percentuais.

Fonte: Dados Conforme Pesquisa.

Em alguns casos não é possível trabalhar com grandes variações de valores, é necessário uma análise mais minuciosa. No quadro anterior, não esta sendo considerado desconto de negociação para nenhuma das situações, porém tenho condições de apresentar ao meu cliente quatro simulações de preço de venda com rendimentos e uma simulação onde o preço de venda apenas cobre as despesas.

No quadro 5 esta especificado cinco condições de preço de venda para os quatro produtos analisados, considerando uma análise de geração de mark-up com pouca variação de valores.

Quadro 5 - Preço de Venda em Reais.

Fonte: Dados Conforme Pesquisa.

A seguir foram relacionados às condições de margem de lucro de 20%, 15%, 10%, 5% e 0% com o preço de venda real dos quatro produtos:

Formação do Mark up ML 5% ML 4% ML 3% ML 1,5% ML 0% PIS/Cofins 9,25% 9,25% 9,25% 9,25% 9,25% ICMS 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Despesas 17,00% 17,00% 17,00% 17,00% 17,00% Margem de Lucro 5,00% 4,00% 3,00% 1,50% 0,00% Desconto Negociação 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% Total 31,25% 30,25% 29,25% 27,75% 26,25% Mk Divisor 0,6875 0,6975 0,7075 0,7225 0,7375 Mk Multiplicador 1,4545 1,4337 1,4134 1,3841 1,3559

Preço de venda Produto 1 Produto 2 Produto 3 Produto 4

Preço de Venda 5% 229,12 258,10 236,78 219,89

Preço de Venda 4% 225,84 254,40 233,39 216,74

Preço de Venda 3% 222,65 250,81 230,09 213,67

Preço de Venda 1,5% 218,02 245,60 225,31 209,24

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