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Avaliação de Bacillus Subtilis, Trichoderma, e Azospirillum na cultura do trigo (Triticum aestivum L.)

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DIONATAS RODRIGUES DA SILVA

AVALIAÇÃO DE BACILLUS SUBTILIS, TRICHODERMA, E AZOSPIRILLUM NA CULTURA DO TRIGO (Triticum aestivum L.)

Ijuí – RS Dezembro - 2017

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DIONATAS RODRIGUES DA SILVA

AVALIAÇÃO DE BACILLUS SUBTILIS, TRICHODERMA, E AZOSPIRILLUM NA CULTURA DO TRIGO (Triticum aestivum L.)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como um dos requisitos para a obtenção do título de Engenheiro Agrônomo, Curso de Agronomia do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Orientador: Prof. Msc. Luiz Volney Mattos Viau

Ijuí – RS Dezembro – 2017

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DIONATAS RODRIGUES DA SILVA

AVALIAÇÃO DE BACILLUS SUBTILIS, TRICHODERMA, E AZOSPIRILLUM NA CULTURA DO TRIGO (Triticum aestivum L.)

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia - Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, defendido

perante a banca abaixo subscrita

Banca Examinadora

________________________________________________________ Prof. Msc. Luiz Volney Mattos Viau – Orientador - DEAg/UNIJUÍ

____________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Sandra Beatriz Vicenci Fernandes - DEAg/UNIJUÍ

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter me dado saúde, segurança e força para superar as dificuldades, também por ter me proporcionado estudar e ter me auxiliado na escolha da profissão de Engenheiro Agrônomo.

Ao curso de Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI, pela qualidade do ensino transmitido.

Ao meu orientador, professor Msc. Luiz Volney Mattos Viau, quem muito estimo, pelo empenho dedicado à elaboração deste trabalho; pelos ensinamentos, paciência, confiança depositada em mim, assim como pela amizade e companheirismo.

Ao professor Dr. José Antonio Gonzalez da Silva, por todo conhecimento transmitido ao longo dos três anos na bolsa de iniciação científica; por todos os ensinamentos que perpassaram a área acadêmica e, principalmente, pelo amor e carinho que senti até mesmo nas horas de cobrança.

Aos colegas e amigos bolsistas do Grupo de Pesquisa, Andressa Raquel Cyzeski de Lima, Maria Eduarda Gzergorczick, Lorenzo Arenhardt, Luiz Michel Bandeira, Natiane Ferrari Basso, Darlei Lambrecht, Ester Mafalda Matter, Osmar Scremin, e Rafaela Bassan, pela amizade e ajuda nas atividades desenvolvidas no campo e laboratório.

Ao meu primo, Aguinaldo, pela confiança e disponibilidade incondicional. A ele, que me proporcionou estudar, crescer como pessoa e como futuro profissional engenheiro agrônomo, meu muito obrigado.

Aos meus pais João e Sulema, minha irmã Priscila e minha noiva Micheli, pelo amor, incentivo е apoio constante nas horas difíceis, de desânimo е de cansaço. Sem eles eu não teria conseguido finalizar esta jornada.

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AVALIAÇÃO DE BACILLUS SUBTILIS, TRICHODERMA, E AZOSPIRILLUM NA CULTURA DO TRIGO (Triticum aestivum L.)

RESUMO

O experimento foi conduzido no ano agrícola de 2017, no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), localizado no município de Augusto Pestana - RS. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, composto por oito tratamentos e quatro repetições. As parcelas foram constituídas por cinco fileiras de cinco metros de comprimento, e espaçamento entre fileiras de 0,20 metros. Foram instalados os seguintes tratamentos: T1 - Bacillus subtilis na semente + N, T2 -Bacillus subtilis na semente + Parte aérea + N, T3 -Trichoderma na semente + N, T4 -Trichoderma na semente + Parte aérea + N, T5 - Azospirillum na semente sem N, T6 - Azospirillum na semente + N, T7 –Tratamento químico Vitavax-Thiran na semente + Fungicida Primo na parte aérea + N, T8 – Testemunha + N, sendo avaliado no florescimento a incidência e severidade de doenças foliares, e após a maturação fisiológica, realizou-se a colheita das duas linhas centrais para a avaliação dos caracteres de importância agronômica. Os dados foram submetidos à análise de variância e aplicação do teste por Scott-Knott à 5% de probabilidade, ambos com a utilização do programa GENES. Também foi utilizada a média e desvio padrão para identificar tratamentos superiores (X+ 1 σ) e inferiores (X - 1σ). O nitrogênio influenciou de forma significativa no rendimento de grãos e nos caracteres de importância agronômica, tais como grãos por metro, peso de grãos por metro, espigas por metro, rendimento biológico aparente, e produção de palha.

Palavras-chave: Triticum aestivum L. - controle biológico – produtividade - componentes do rendimento de grãos.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Temperatura máxima diária e precipitação nos meses de cultivo da cultura do trigo. IRDeR – Augusto Pestana –RS, 2017 ... 25

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Características cultivar de trigo TBIO Mestre. ... 19 Quadro 2 - Produtos Biológicos e Químicos ... 22

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Resumo da análise de variância dos indicadores da produtividade de trigo ... 26 Tabela 2 - Rendimento de grãos (kg/ha), grãos por metro (n°), peso de grãos por metro (g), espigas por metro (n°), e massa média de grãos (MMG), de trigo submetido à tratamentos com microrganismos na semente e parte aérea. IRDeR. Augusto Pestana. RS. 2017 ... 27 Tabela 3 - Rendimento de grãos (kg/ha), rendimento biológico aparente por metro (g), palha por metro (g), índice de colheita (IC%), de trigo submetido a tratamentos com microrganismos na semente e parte aérea. IRDeR. Augusto Pestana. RS. 2017 ... 28 Tabela 4 - Rendimento de grãos (Kg/ha), massa do hectolitro (kg/hl), PH, de trigo submetido a tratamentos com microrganismos na semente e parte aérea. IRDeR. Augusto Pestana. RS. 2017 ... 29 Tabela 5 - Avaliação do padrão de parcela considerando o desenvolvimento e sanidade de planta. IRDeR. Augusto Pestana. RS. 2017 ... 30

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 9

1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 11

1.1 A CULTURA DO TRIGO ... 11

1.2 NITROGÊNIO NA CULTURA DO TRIGO ... 12

1.3 DOENÇAS NA CULTURA DO TRIGO ... 13

1.4 CONTROLE BIOLÓGICO DE DOENÇAS ... 14

1.5 AZOSPIRILLUM ... 15

1.6 TRICHODERMA SPP ... 16

1.7 BACILLUS SUBTILIS ... 16

1.8 CONTROLE QUÍMICO DE DOENÇAS ... 17

2 MATERIAL E MÉTODOS ... 18

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO... 18

2.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS ... 18

2.3 SEMEADURA ... 19

2.4 PRODUTOS NO CONTROLE DE DOENÇAS ... 20

2.4.1 Serenade ... 20

2.4.2 Trichodel® ... 20

2.4.3 Azototal ... 20

2.4.4 Vitavax®-Thiran ... 21

2.4.5 Primo® ... 21

2.5 APLICAÇÃO DOS TRATAMENTOS E ADUBAÇÃO DE COBERTURA ... 21

2.6 COLHEITA ... 22

2.7 VARIÁVEIS ANALISADAS ... 22

2.8 INCIDÊNCIA E SEVERIDADE DE DOENÇAS ... 23

2.9 ELEMENTOS METEOROLÓGICOS ... 23

2.10 ANÁLISE ESTATÍSTICA ... 24

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 25

CONCLUSÃO ... 31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 32

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INTRODUÇÃO

O trigo é o segundo cereal mais produzido no mundo e necessita de condições ambientais distintas para seu bom desenvolvimento. A necessidade de temperaturas baixas propicia que os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil sejam seus maiores produtores, possibilitando uma produção nacional de 6.129,1 mil toneladas (CONAB, 2017).

Além do aspecto econômico, o trigo também desempenha outro importante papel nas propriedades rurais, de importância agronômica, pois serve como cobertura para solo, o que possibilita a redução na perda de solo por erosão.

Outro grande benefício do cultivo do trigo é a sua utilização na rotação de culturas, o que oportuniza a quebra no ciclo de pragas e doenças nos cultivos agrícolas (SILVA et al., 2015). É também importante destacar que foi através do trigo que ocorreu a introdução da cultura da soja na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, e hoje, a combinação de sucessão cultural trigo/soja está presente na maioria dos estabelecimentos agropecuários, pois se ajustam perfeitamente à janela de semeadura. No entanto, a cultura é influenciada por diversos fatores de ambiente e também por diversas moléstias.

Dentre as principais doenças que afetam o trigo pode-se destacar: a ferrugem da folha (Puccinia recondita f.sp. tritici.); a ferrugem do colmo (Puccinia graminis f.sp. tritici); o mal do pé (Gaeumannomyces graminis var. tritici.), a giberela (Gibberella zeae), o oídio (Blumeria

graminis f.sp. tritici); a mancha marrom (Bipolaris sorokiniana); a mancha das glumas (Stagonospora nodorum); a mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis); e o brusone

(Magnaporthe grisea).

Considerando o efeito prejudicial que as doenças causam na produção de trigo, faz-se necessária a utilização de tecnologias que não agridam o meio ambiente e, ao mesmo tempo, sejam eficientes em minimizar os efeitos danosos causados pelos patógenos em trigo. Estudos com manejo integrado de doenças não têm sido priorizados pelos órgãos oficiais de pesquisa,

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limitando os agricultores à utilização de pacotes tecnológicos comumente oferecidos por empresas do ramo agrícola.

O presente trabalho tem por objetivo avaliar o efeito dos microrganismos promotores do crescimento de plantas e redutores da severidade de moléstias, como Bacillus subtilis,

Trichoderma, e Azospirillum na cultura do trigo, tendo como finalidade testar a sua eficiência

no manejo das doenças e na produtividade desse cereal. .

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1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1 A CULTURA DO TRIGO

O trigo (Triticum aestivum L.), ocupa posição de grande destaque no setor econômico do agronegócio internacional, de acordo com a FAO (Food and Agriculture Organization), ele é apontado como a segunda maior cultura de grãos em produção, ficando atrás apenas da cultura do milho (MILOCA et al., 2007; MAPA, 2017).

Ao longo do tempo, foi desencadeado um enorme avanço no melhoramento genético de trigo, proporcionando o surgimento de cultivares adaptadas ao clima do sul do Brasil. De acordo com Biudes e Camargo (2009), “(...) o melhoramento genético, associado às modernas práticas culturais, tem propiciado importantes avanços à cultura do trigo brasileiro”. A obtenção de cultivares com características agronômicas, que resultem em maior estabilidade e adaptabilidade frente às diferentes condições de cultivo, transmitem resultados significativos na produtividade de grãos (BIUDES; CAMARGO, 2009).

Por outro lado, com o avanço da qualidade genética da espécie, houve a necessidade de manejar criteriosamente a cultura, observando o controle de pragas e doenças e reformulando o manejo da adubação nitrogenada de cobertura, sendo estes os grandes responsáveis, juntamente com a genética, pelo aumento da produção desta cultura no Brasil (SILVEIRA, 2016).

A consolidação dos dados da cultura do trigo produzido no Brasil, indica que haverá redução da área plantada em 10% (CONAB, 2017). Mesmo diante do dado negativo existem agricultores que mantêm a cultivar enquanto fonte de renda no inverno e, mesmo que a produtividade seja baixa e apenas cubra o custos de produção, haverá benefícios à cultura seguinte, nesse caso a soja. No estado do Rio Grande do Sul, a cultura do trigo apresentou, inicialmente, uma boa perspectiva ao agricultor, inclusive foi devido a ela que abriu-se o caminho à modernização da agricultura, principalmente via produção de soja, a qual ocupou as áreas de trigo cultivado nos meses de maio a novembro, que ficavam ociosas durante o verão nos meses de novembro a abril (TOMASINI, 1985).

No entanto, no decorrer do desenvolvimento da cultura do trigo, especialmente nas últimas safras, ocorreram grandes irregularidades climáticas que prejudicaram o bom desenvolvimento das lavouras tritícolas, sendo elas castigadas por doenças como: a Giberela, a Brusone, as manchas foliares, além de bacterioses. Atualmente, os produtores encontram-se

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insatisfeitos com a produtividade das lavouras, principalmente quando se leva em conta a tecnologia genética e o investimento financeiro aplicado na cultura (CONAB, 2015).

1.2 NITROGÊNIO NA CULTURA DO TRIGO

O uso do nitrogênio (N) é indispensável à cultura do trigo devido fazer parte dos elementos essenciais para o seu desenvolvimento. Dentre os nutrientes, é o mais requerido por fazer parte das diversas moléculas de clorofila, aminoácidos, proteínas, DNA, citocromos e de todas as enzimas e coenzimas (LEE et al., 2011). Isto o torna um dos mais importantes elementos químicos, influenciando diretamente no crescimento e desenvolvimento das gramíneas, seja no estádio de afilhamento, como também na formação do número de espigas e no número e tamanho de grãos (FIDELIS et al., 2011). Quando ocorre a sua falta no período de afilhamento, pode ocorrer a assincronia na emissão de afilhos, reduzindo, assim, a probabilidade de sobrevivência de afilhos férteis, mesmo que seja fornecido nitrogênio em épocas posteriores (CASTRO, 2012). Isso ocorre porque o nutriente exerce forte influência no desenvolvimento de plantas de trigo em estádios iniciais (OKUMURA et al., 2011; ANDREWS; LEA, 2013).

Para a cultura do trigo, considerando seu cultivo nos solos do estado Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a indicação da quantidade de nitrogênio que deve ser fornecida, é definida através da recomendação oficial da pesquisa (ROLAS) – que leva em consideração o teor de matéria orgânica do solo, o antecedente cultural e a expectativa de rendimento.

Outras formas de disponibilidade de N para a cultura, além da utilização de insumos, é a matéria orgânica do solo, bem como o N-residual, o qual depende do tipo de resíduo vegetal em decomposição na superfície do solo, sendo maior a disponibilidade quando envolve sistemas de fácil liberação do N-residual – obtido através da palha de plantas com baixa relação carbono/nitrogênio – promovendo, assim, a mineralização ou disponibilidade do N mais facilmente (SILVA et al., 2015).

A matéria orgânica do solo e o antecedente cultural, na maioria das vezes, não são suficientes para suprir a necessidade da cultura, sendo necessária a utilização dos adubos nitrogenados. Dentre os insumos, o mais utilizado mundialmente é a uréia, devido aos custos mais baixos de obtenção e à alta concentração de N (45%), além do fácil manuseio de aplicação. Quando necessário, segundo o manual de calagem e adubação, deve-se realizar a aplicação do nutriente em duas ou mais vezes, sendo parte na semeadura e o restante por cobertura.

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1.3 DOENÇAS NA CULTURA DO TRIGO

O trigo, especialmente no Sul do Brasil, é muito prejudicado pelas doenças causadas por fungos, bactérias e vírus, que se desenvolvem devido às condições climáticas do RS. Entre as dificuldades observadas está o excesso de chuva e o acúmulo de dias encobertos, que são favoráveis à ocorrência e ao aumento da intensidade e severidade de doenças (REIS et al., 2001). As principais fontes de inoculo primário para fungos causadores de manchas foliares em trigo, são os restos culturais presentes na lavoura e as sementes já infectadas com o patógeno (REES; PLATZ, 1980; REIS et al., 1992).

As doenças fúngicas estão presentes nas lavouras, podendo atacar raízes, hastes, folhas e espigas do trigo. Dependendo do nível de severidade do dano, as doenças podem causar grandes perdas econômicas, e em alguns casos, frustrar totalmente a produção de grãos. Entre as doenças que mais afetam a cultura do trigo, podemos destacar o oídio (Blumeria graminis

tritici), a ferrugem da folha (Puccinia triticina), a mancha amarela (Drechslera tritici-repentis),

a mancha marrom (Bipolaris sorokiniana ) e a septoriose (Septoria nodorum) (REIS; CASA, 2005). As possíveis perdas na produtividade de grãos podem atingir valores de até 79% para oídio, 63% no caso da ferrugem da folha, até 80% de perdas no caso de mancha marrom, em torno de 48% de danos para a mancha amarela e em média 31% para septoriose (BARCELLOS et al., 1982; REIS; CASA et al., 2001). Tendo em vista as perdas na produtividade de grãos, faz-se necessário o controle dessas doenças. Existem estratégias que podem faz-ser adotadas para minimizar o seu efeito negativo, dentre elas podemos citar a utilização de cultivares resistentes e/ou tolerantes, o ajuste da época de semeadura recomendada pela cultivar – especialmente para evitar danos causados pelas ferrugens e oídio –, e a adoção de práticas culturais adequadas – como a utilização de tratamento de sementes com fungicidas, a utilização de sementes certificadas e sadias, a rotação de culturas prevendo a diminuição de fonte de inoculo e a aplicação de fungicidas na parte aérea das plantas. (BARROS; CASTRO; PATRÍCIO, 2006; REIS; CASA, 2007).

Apesar da utilização de fungicidas químicos nas lavouras, os quais possuem efetividade comprovada por grande parte dos agricultores, deve-se destacar que, para a obtenção da eficácia do manejo de controle das doenças, alguns fatores devem ser observados. Dentre eles estão a tecnologia de aplicação empregada, o momento e/ou o critério utilizado para iniciar a aplicação do fungicida (REIS; CASA, 2007). Devido a esses fatores, o controle químico das doenças do trigo tem mostrado menor efetividade nas últimas safras, sendo necessário aumentar o número de aplicações e doses dos produtos. A realidade presente aponta para a resistência de P. triticina

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aos triazóis (ARDUIM et al., 2012), de Blumeria graminis tritici (REIS et al., 2013) ao triadimenol, de Drechslera spp. às estrobilurinas (TONIN et al., 2013). Esses resultados apontam, portanto, para a necessidade do aprimoramento do controle químico das doenças.

1.4 CONTROLE BIOLÓGICO DE DOENÇAS

O uso indiscriminado de agrotóxicos para o controle de pragas e doenças na agricultura, tem causado diversos problemas ao meio ambiente, além da contaminação dos alimentos que são levados ao consumidor, apresentando, na maioria dos casos, níveis de resíduos químicos acima do permitido. Os agrotóxicos, após serem utilizados nas lavouras, são transportados com as enxurradas e depositam-se nos rios, poluindo a água e o solo, além de poderem contaminar os animais e intoxicar os agricultores que, muitas vezes, não têm acesso às informações ou apresentam resistência cultural à utilização correta dos equipamentos de proteção individual (EPI).

Outro aspecto negativo gerado pelo uso abusivo dos produtos químicos, é a resistência dos patógenos a certos princípios ativos, fazendo com que seja necessária uma quantidade cada vez maior dos produtos para efetivar o controle. O desequilíbrio biológico que advém desse uso exacerbado, também é um aspecto negativo pois a dinâmica de ciclagem de nutrientes e da matéria orgânica sofre alterações devido a eliminação de organismos benéficos, ocasionando a redução da biodiversidade do sistema (BETTIOL; GHINI, 1995).

A ciência do controle biológico de doenças de plantas teve início há bastante tempo, e somente em 1931, Sanford e W.C. Broadfoot empregaram pela primeira vez o termo “controle biológico”, em um artigo sobre o mal-do-pé do trigo, causado por Gaeumannomyces graminis var. tritici (MICHEREFF, 1993).

A doença pode ser definida como a interação entre hospedeiro, patógeno e diversos não patógenos habitando o mesmo local de infecção, no qual os organismos antagonistas atuam limitando a atividade dos patógenos e, ou aumentando a resistência do hospedeiro. Sendo assim, os componentes envolvidos no sistema de controle biológico são o patógeno, o hospedeiro e os antagonistas, sob a influência do ambiente, todos interagindo num sistema biológico (MICHEREFF, 1993; PEREIRA et al., 2007). O fator mais relevante desta interação é o ambiente, visto que mesmo na presença de um patógeno virulento e um hospedeiro suscetível é capaz de evitar o surgimento de epidemias (CAMPBELL; MADENN, 1990).

O conhecimento das relações entre os organismos é essencial para definir a estratégia de utilização dos produtos biocontroladores em agroecossistemas. Sendo os mecanismos básicos

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divididos em: antibiose, competição, parasitismo, hipovirulência, predação e indução de resistência. Na prática, os organismos antagônicos e indutores desempenham um ou mais mecanismos de relação, os quais constituem características desejáveis, pois dessa forma aumenta-se as chances de sucesso do controle biológico (MICHEREFF, 1993).

As principais características desejáveis em um agente biocontrolador de doenças de plantas devem ser: características genéticas estáveis que sejam efetivas a baixas concentrações, que não sejam exigentes em requerimentos nutricionais, que tenham a habilidade de sobreviver sob condições adversas, e que sejam eficientes contra uma vasta gama de patógenos em vários hospedeiros. (MICHEREFF, 1993).

Na cultura do trigo, alguns produtos biológicos atuam de forma benéfica promovendo o crescimento de plantas, conhecidas como bactérias promotoras de crescimento de plantas (BPCP), essas bactérias correspondem a um grupo de microrganismos com a capacidade de colonizar a superfície das raízes, rizosfera, filosfera e tecidos internos das plantas (DAVISON, 1988; KLOEPPER et al., 1989). Nesse sentido, a utilização de produtos biológicos se apresenta ao agricultor como uma ferramenta sustentável que auxilia no crescimento de plantas e no controle de pragas e doenças, sem a agressão ao meio ambiente, tornando-se, portanto, uma excelente alternativa no cultivo de trigo.

1.5 AZOSPIRILLUM

As bactérias Azospirillum ganharam grande destaque mundialmente a partir da década de 1970 (DÖBEREINER; DAY, 1976; DOBEREINER et al., 1976), com a descoberta pela pesquisadora da Embrapa, Dra. Johanna Döbereiner (1924-2000), da sua capacidade de fixação biológica do nitrogênio quando em associação com gramíneas. Também denominadas como diazotróficas ou fixadoras de N2, associam-se a diversas espécies de plantas, em diferentes graus

de especificidade, sendo consideradas como bactérias associativas, endofíticas ou simbióticas (HUNGRIA et al., 2007).

Estudos com a finalidade de avaliar os efeitos benéficos da utilização de bactérias

Azospirillum em gramíneas, vêm demonstrando que as bactérias excretam somente uma parte

do nitrogênio fixado diretamente para a planta associada e, posteriormente, a mineralização das bactérias pode contribuir com aportes adicionais de nitrogênio para as plantas. Contudo, é importante salientar que o processo de fixação biológica, realizado por essas bactérias, consegue suprir apenas parcialmente as necessidades das plantas (HUNGRIA et al., 2010). Ainda assim, outra grande teoria é sobre o desenvolvimento das raízes pela inoculação com Azospirillum,

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estudos mostram que há incremento na absorção da água e minerais, que possibilitam uma maior tolerância da planta a estresses como salinidade e seca, tornando-a mais vigorosa e produtiva (BASHAN et al., 2004).

1.6 TRICHODERMA SPP

Outro microrganismo conhecido no biocontrole de doenças em plantas, é o

Trichoderma sp. Classificado como micoparasita necrotrófico, este fungo é amplamente

reconhecido no controle de inúmeros fungos fitopatógenos, pois atua com eficiência nos patógenos que possuem estruturas de resistência consideradas difíceis de serem atacadas por microrganismos (MELO, 1998). O modo de ação de Trichoderma, basicamente, ocorre através de um dos seguintes mecanismos, ou através da sua associação, são eles: antibiose, parasitismo e competição. Várias espécies de Trichoderma possuem a capacidade de produzir enzimas líticas, reconhecidas como degradadoras de parede celular de vários fungos (MELO, 1998).

Os fungos do gênero Trichoderma são os mais utilizados no controle de fitopatógenos, isso acontece por serem encontrados em uma vasta diversidade de ambientes, assim como pela facilidade de serem cultivados e pelo rápido crescimento em um grande número de substratos, bem como, pelo fato de não serem patogênicos para plantas superiores (PAPAVIZAS; LEWIS; ABD-ELMOITY, 1982).

1.7 BACILLUS SUBTILIS

O gênero Bacillus spp. também se destaca por formar endósporo e apresentar uma multiplicidade de mecanismos antagônicos. Possibilitando, dessa forma, a sua longa manutenção e sobrevivência em nichos ecológicos específicos, com grande versatilidade nos mecanismos de ação para driblar as defesas dos fitopatógenos (FILHO; FERRO; DE PINHO, 2010).

Bactérias antagônicas como o Bacillus subtilis, de modo geral, agem significativamente por antibiose e, ocasionalmente, por parasitismo e competição. Os microrganismos que agem por antibiose, geralmente têm amplo espectro de ação, de forma que na inibição dos fungos a produção de substâncias tóxicas é mais efetiva do que qualquer outro mecanismo de ação envolvido (KUPPER et al. 2003).

Estudos têm comprovado que o uso de Bacillus subtilis é efetivo no biocontrole, como também auxilia no crescimento de plantas. A sua eficaz capacidade de ocupar diferentes

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ambientes e apresentar impressionante versatilidade fisiológica, o torna uma bactéria de grande importância, sendo necessária a realização de pesquisas futuras. Atualmente os bioprodutos à base de Bacillus subtilis mostram-se efetivos na redução de fitopatógenos no campo, além de serem menos agressivos ao meio ambiente (FILHO; FERRO; DE PINHO, 2010).

1.8 CONTROLE QUÍMICO DE DOENÇAS

A cultura do trigo sob condições climáticas adversas, sendo elas favoráveis ao desenvolvimento de inúmeras doenças causadas por fungos, juntamente com a monocultura, faz com que aumente a necessidade do uso de fungicidas (GOULART, 1994). A rotação de culturas, assim como o uso de sementes de qualidade e fungicidas eficientes, reduzem as fontes de inóculo, principalmente dos agentes necrotróficos presentes no dossel (SOUZA et al., 2013).

Vários métodos de controle podem ser adotados, no entanto, tem destaque a utilização de produtos químicos, que mesmo sendo uma medida de controle complementar – comumente utilizada de forma emergencial e de ação rápida, aumentando os custos de produção – tem sua utilização aprovada pela maioria dos produtores rurais (REIS; CASA, 2007). O sucesso do controle químico depende das práticas adotadas pelo produtor. O momento e até mesmo a forma de aplicação dos fungicidas serão decisivos ao desenvolvimento das doenças (MUELLER, et al., 2009).

Na luta contra os fitopatógenos do trigo, deve-se, portanto, empregar integradamente todas as medidas de controle disponíveis e recomenda-se a aplicação de fungicida em ambientes propícios ao desenvolvimento do patógeno, visando o aumento da estabilidade de rendimento de grãos (LORENCETTI et al., 2004).

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2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O experimento foi desenvolvido na estação experimental do Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), localizada no município de Augusto Pestana, na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul. A área total da estação experimental contém 236 hectares e está situada a aproximadamente 280 metros de altitude, com latitude de 28°26’19,1” SUL e longitude de 54°00’23,6” OESTE. O solo é o latossolo vermelho distroférrico típico, profundo e bem drenado, com predomínio de terreno plano com ondulações suaves.

De acordo com a classificação climática de Köeppen, o clima da região se enquadra na descrição de Cfa (subtropical úmido). Os verões são quentes e sem ocorrência de estiagens prolongadas. Na região os invernos são frios e úmidos, com ocorrência frequente de geadas. Os meses mais quentes do ano são os de janeiro e fevereiro, com temperaturas superiores a 22º C, enquanto que nos meses de junho e julho as temperaturas são mais frias, com valores próximos a 3º C. No que se refere à pluviosidade, são registrados, anualmente, volumes próximos a 1600 mm, sendo mais concentrados na estação fria do ano.

O local onde foi instalado o experimento tem como principal característica ser de um sistema de semeadura direta consolidada, com a predominância de 10 anos com a cultura da soja no verão e trigo no inverno, realidade encontrada em grande parte das unidades de produção da região.

2.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS

O estudo foi desenvolvido no presente ano (2017), no delineamento experimental de blocos ao acaso, sendo composto por oito tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos que foram empregados são os seguintes:

T1 - Bacillus subtilis na semente + N

T2 -Bacillus subtilis na semente + Parte aérea + N T3 -Trichoderma na semente + N

T4 -Trichoderma na semente + Parte aérea + N T5 - Azospirillum na semente sem N

T6 - Azospirillum na semente + N

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T8 – Testemunha + N

Na testemunha não foi aplicado nenhum tratamento de semente e parte aérea, apenas nitrogênio em cobertura, na mesma quantidade dos outros tratamentos, conforme as recomendações técnicas para o cultivo do trigo no Rio Grande do Sul, na expectativa de 3TN ha-1. Exceto o tratamento T5- Azospirillum, na semente sem N.

2.3 SEMEADURA

O experimento foi implantado no dia 28 de junho de 2017, sob semeadura direta na palha de soja em sistema consolidado, com a utilização da semeadeira experimental de parcelas. As parcelas foram constituídas por cinco linhas de 5 m e espaçadas com 0,20 m entre si, resultando em cinco metros quadrados por parcela. A densidade de semeadura foi de 65 sementes viáveis por metro linear ou 325 sementes viáveis por metro quadrado. A adubação de base teve como insumo o fertilizante NPK de formula 5-20-20, sendo distribuídos 300kg ha-¹ na linha de semeadura.

A dessecação da área foi realizada 15 dias antes da semeadura, com a aplicação do herbicida Gramoxone® (Paraquat) na dose de 2 litros ha-1 e, com a adição de óleo mineral parafínico (Nimbus®) na dose de 0,5 litros ha -1.

A cultivar de trigo utilizada foi a TBIO Mestre da empresa BIOTRIGO, cujas características da cultivar estão apresentadas no quadro a seguir:

Quadro 1 - Características cultivar de trigo TBIO Mestre.

PORTE DA PLANTA BAIXO/MÉDIO

ESPIGAMENTO 87 dias

MATURAÇÃO 140 dias

CLASSIFICAÇÃO TRIGO PÃO/MELHORADOR

FORÇA DE GLÚTEN (W médio) 320

ESTABILIDADE 16,7 min

DUREZA DO GRÃO DURO

COLORAÇÃO DO GRÃO VERMELHO

PESO DE MIL SEMENTES 35 g

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2.4 PRODUTOS NO CONTROLE DE DOENÇAS

A seguir, serão descritas as informações referentes aos produtos comerciais utilizados neste experimento, de acordo com o fabricante.

2.4.1 Serenade

É um fungicida bactericida microbiológico que possui múltiplos modos de ação. Os lipopeptídeos produzidos pelo Bacillus subtilis QST713, presentes na formulação, atuam na membrana celular das estruturas reprodutivas do fungo, provocando sua deformação e produzindo rupturas. O Bacillus subtilis também age por competição de espaço e nutrientes na superfície vegetal da planta e no solo, junto ao sistema radicular. É usado em pulverização preventiva no controle de doenças.

2.4.2 Trichodel®

É um biofungicida composto de linhagens selecionadas do fungo trichoderma spp., que inibem o desenvolvimento de fungos patogênicos presentes no solo. Um agente natural que, além do controle de doenças, promove o crescimento e induz a resistência das plantas sem causar riscos à saúde, pois é totalmente seguro para o meio ambiente e para o homem. As doenças controladas pelo trichodel® são: murchadeira (fusarium spp, verticillium spp), tombamento (rhizoctonia spp., phytophthora spp), mofo branco (sclerotinia sclerotiorum,

sclerotium spp) podridões (colletotrichum spp., botrytis spp., pythium spp).

2.4.3 Azototal

É uma solução biotecnológica desenvolvida à base de Azospirillum (Bactérias Promotoras de Crescimento de Plantas), que tem como característica a fixação de nitrogênio e aumento da área radicular da planta, o que possibilita maior aproveitamento dos fertilizantes e favorece a planta em situações de estresse hídrico. Além disso, proporciona maior incremento da produtividade, pela maior capacidade de absorção de nutrientes e água pelas raízes.

(22)

2.4.4 Vitavax®-Thiran

É uma formulação que contém um fungicida sistêmico (Carboxina), 200 g/L e um fungicida de contato (Thiram), 200 g/L destinado ao tratamento de sementes. Vitavax-Thiram 200 SC, dá maior proteção à semente contra fungos, como também durante os estádios susceptíveis da plântula, principalmente em condições desfavoráveis ao desenvolvimento da cultura e durante o armazenamento.

2.4.5 Primo®

É um fungicida sistêmico, com a composição de 200 g/L Azoxistrobina + 80 g/L Ciproconazol, usado em pulverizações preventivas, para o controle de doenças da parte aérea das culturas do algodão, café, cana-de-açúcar, cevada, girassol, milho, soja e trigo, bem como em aplicação no sulco de plantio de cana-de-açúcar.

2.5 APLICAÇÃO DOS TRATAMENTOS E ADUBAÇÃO DE COBERTURA

As aplicações dos tratamentos foram realizadas em quatro momentos distintos, sendo o tratamento das sementes no momento da semeadura. Nas parcelas que tinham como tratamento a utilização de nitrogênio, considerou-se o a matéria orgânica de 2,6 a 5 %, assim, foi fornecido por cobertura no estádio de desenvolvimento de afilhamento, para a expectativa de rendimento de 3 toneladas (TN) ha-¹. Foram aplicados aproximadamente 45 gramas de ureia por parcela (45% N), o que corresponde a aproximadamente 40 kg de N ha-¹.

Os tratamentos biológicos e químicos de parte aérea foram aplicados em dois momentos. A primeira aplicação realizou-se no estádio de alongamento, e a segunda no início do espigamento, ambas devido a necessidade de controle das doenças. No quadro 2, estão especificadas as informações referentes aos produtos, como também às doses utilizadas no experimento.

Não foi realizado nenhum manejo de controle das espécies invasoras e de pragas, com o propósito de não haver interferência química no desempenho dos microrganismos biológicos.

(23)

22

Quadro 2 - Produtos Biológicos e Químicos Produto

comercial

Ingrediente ativo Grupo Químico Tratamento de sementes

Tratamento parte aérea

Serenade Bacillus subtilis linhagem QST 713

Fungicida bactericida microbiológico

0,6l/100kg 1l ha-1

Trichodel® Trichoderma spp Fungicida bactericida microbiológico

0,6l/100kg 1l ha-1

Azototal Azospirillum estirpes abv5 e abv6

Inoculante 0,6l/100kg -

Vitavax®-Thiran

Carboxina e Tiram Carboxanilida e

Dimetilditiocarbamato

0,3l/100kg -

Primo® Azoxistrobina e Ciproconazol

Estrobilurina e Triazol - 0,3 l ha-1

Fonte: próprio autor

2.6 COLHEITA

A colheita do experimento ocorreu no dia 1 de novembro de 2017. Para a avaliação dos componentes de produção foram coletadas as duas linhas centrais das parcelas. Na lavoura, este material foi trilhado e colocado em sacos de papel, nos quais os grãos colhidos próximos ao ponto de colheita (em torno de 15% de umidade), foram secados em estufa de ar e forçados à aproximadamente 65°C até atingirem peso constante. Após, as amostras foram pesadas e, com isso, foi estimada a produtividade, sendo posteriormente convertida para a unidade de um hectare.

2.7 VARIÁVEIS ANALISADAS

As variáveis foram analisadas tanto a campo como em laboratório. Através dos caracteres apresentados a seguir, pode-se obter os valores do rendimento da cultura. Os caracteres avaliados no estudo são:

a) Rendimento de grãos [RG (kg ha-1)]: para estimativa do rendimento de grãos foi

utilizada a massa de grãos provenientes da colheita das duas linhas centrais de cada parcela, visando reduzir o efeito de bordadura e transformando-a para kg por hectare.

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b) Massa de mil grãos [MMG (g)]: para avaliação da massa de mil grãos contou-se 250 grãos. Feito isso, foi realizada a pesagem em balança de precisão e, posteriormente, fez-se a correção proporcional para mil grãos.

c) Massa do hectolitro [MH (kg hl-1)]: para estimativa da massa do hectolitro foi

utilizada a massa de grãos proveniente da colheita de cada parcela.

d) Rendimento biológico [RB (Kg há-1)]: foi obtido através da pesagem das plantas

inteiras em um metro linear.

e) Índice de colheita [IC (%)]: obtido através da divisão da massa de grãos pelo rendimento biológico multiplicado por 100.

f) Número de grãos por metro linear [(n°)]: contagem de grãos de um metro linear. g) Peso de grãos por metro linear [(g)]: pesagem dos grãos provenientes de um metro

linear.

h) Palha [(g)]: pesagem do rendimento biológico subtraído do peso de grãos de um metro linear.

i) Número de espigas por metro linear [(n°)]: contagem de espigas provenientes de um metro linear.

2.8 INCIDÊNCIA E SEVERIDADE DE DOENÇAS

Para realizar a determinação de incidência e severidade das doenças, utilizou-se a escala diagramática de Coob. Por meio de avaliação visual, na fase de florescimento, foram avaliadas as três folhas mais próximas à espiga, essa avaliação foi realizada através desta escala com pontuação de 1 a 5 – sendo 1 como maior infestação de doenças, e 5 como menor infestação –, proporcionando, assim, quantificar a porcentagem de infestação dos patógenos. As doenças observadas foram: helmintosporiose ou mancha marrom, mancha amarela, ferrugem da folha (Puccinia triticina) e giberela.

2.9 ELEMENTOS METEOROLÓGICOS

Os dados meteorológicos foram obtidos pelo IRDeR, através da Estação Meteorológica Automática, instalada a 500 metros da implantação do experimento, a qual informa dados como a precipitação pluviométrica (PP) e a temperatura máxima diária do ar (Tm).

Através da análise dos dados meteorológicos, tornou-se possível o entendimento da resposta da cultura ao estímulo ambiental no local no qual o experimento foi instalado.

(25)

24

2.10 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA), utilizando o software GENES (CRUZ, 2006), para verificar os efeitos de tratamentos. Ocorreu também a aplicação do teste SCOTT E KNOTT (1974), em nível de 5% de probabilidade, para identificar as diferenças entre médias de tratamentos. Foi utilizada, ainda, a estatística de média e desvio padrão, sendo considerada média superior (X+ 1 σ) e inferior correspondendo a (X - 1σ).

(26)

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na figura 1, temos dados climáticos de precipitação e temperaturas máximas diárias no ciclo de cultivo do trigo. Percebe-se que as temperaturas máximas foram elevadas na maior parte do desenvolvimento da cultura, e as temperaturas máximas amenas foram somadas à ocorrência de geadas nos meses de julho e agosto. Também é possivel observar que a precipitação pluvial foi mal distribuída, tendo seu volume concentrado no final do ciclo da cultura, o que proporcionou um ambiente desfavorável ao período vegetativo com a falta de umidade, como também excesso no período de florescimento e colheita, acarretando em condições ambientais desfavoráveis ao cultivo de trigo no ano de 2017. Conforme pode ser vizualizado na figura 1.

Figura 1 - Temperatura máxima diária e precipitação nos meses de cultivo da cultura do trigo. IRDeR – Augusto Pestana –RS, 2017

A análise de variância através do quadrado médio dos caracteres avaliados – quando o trigo foi submetido à aplicação de produtos para manejo biológico de doenças, comparado com o tratamento químico –, mostrou variação ao nível de 5% de probabilidade para os caracteres de rendimento biológico aparente (RBA), produção de palha e massa do hectolitro (MH).

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81 85 89 93 97 101 105 109 113 117 121 125 Ciclo de cultivo (dias)

Precipitação Temp. Máxima

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26

Evidenciou-se, também, não haver diferença significativa para os caracteres rendimento de grãos (RG), número de espigas por metro linear (N° Espigas), número de grãos por metro linear (N° Grãos), peso de grãos (Peso Grãos), índice de colheita (IC%) e massa média de grãos (MMG). A mesma análise mostrou coeficientes de variação que variaram de 1 a 14%, podendo ser considerados valores de coeficientes de variação ideal para o referido experimento, considerando que foram valores inferiores a 20%, conforme pode ser visualizado na Tabela 1.

Tabela 1 - Resumo da análise de variância dos indicadores da produtividade de trigo

Quadrados médios FV GL RG RBA N° Espigas N° Grãos Peso Grãos IC% Palha MMG MH Blocos 2 44750 4.4 58 8016 0.3 1.6 6.4 1.7 3.1 Tratamento 7 40130ns 382* 212ns 59789ns 20ns 5.4ns 241* 5.5ns 14.7* Resíduo 14 20131 84 80 43025 20 9.5 42,5 2.5 1.1 Média 1063 102 76 1401 28 27 73.7 20 163 CV% 13 9 11 14 16 11 9 8 1

RG- rendimento de grãos; RBA- rendimento biológico aparente; N° espigas- número de espigas por metro; N° de grãos- número de grãos por metro; Peso de grãos- peso dos grãos por metro; IC- índice de colheita; Palha- peso da palha por metro; MMG- massa de mil grãos; MH- massa do hectolitro CV- coeficiente de variação; GL- Grau de liberdade.

O teste de médias para RG não identificou diferença significativa entre tratamentos. Entretanto, quando se utilizou a média e desvio padrão o tratamento testemunha + N, mostrou-se superior aos demais com 1174 kg/ha, enquanto o tratamento constituído de azospirillum na semente sem N, apresentou a menor média (830kg/ha).

O número de grãos por metro linear, da mesma forma, não apresentou diferença significativa entre tratamentos, no entanto, o tratamento testemunha + N, foi superior aos demais com média de 1603 grãos por metro linear. Da mesma forma, quando a semente de trigo foi tratada com azospirillum sem aplicação de N em cobertura, a média para o caráter foi inferior (1171 grãos por metro linear).

Para o caráter peso de grãos por metro linear, não houve significância entre tratamentos pelo teste Scott knott 5%, no entanto, o peso de grãos apresentou médias superiores nos tratamentos testemunha + N (33g) Vitavax + Primo na parte aérea +N (31g) e azospirillum inoculado na semente + N (31g), enquanto que a menor média do peso de grãos por metro foi registrado no tratamento azospirillum na semente sem aplicação de N por cobertura (24g).

O caráter espiga por metro linear também não revelou variação entre tratamentos, mas a maior média foi obtida na testemunha + N (90), e a menor média no tratamento azospirillum na semente sem nitrogênio em cobertura (63).

(28)

A MMG não sofreu variação pelo teste Skott-Knott 5% em função dos tratamentos aplicados na cultura do trigo. O teste de média mais desvio padrão, mostrou superioridade na MMG no tratamento químico, Vitavax + Primo parte aérea + N e Bacillus subtilis na semente + parte aérea + N com médias de 22g e 23g, respectivamente.

A menor média foi registrada no tratamento Trichoderma na semente + parte aérea + N. Conforme podemos observar na Tabela 2.

Tabela 2 - Rendimento de grãos (kg/ha), grãos por metro (n°), peso de grãos por metro (g), espigas por metro (n°), e massa de mil grãos (MMG), de trigo submetido à tratamentos com microrganismos na semente e parte aérea. IRDeR. Augusto Pestana. RS. 2017.

Tratamento RG (Kg/ha) Grãos/m (n°) Peso de Grãos (g) Espiga/m (n°) MMG T8-Testemunha+N S2 1174 a1 S2 1603 a1 S2 33 a1 S2 90 a1 20 a1 T7-Vitavax+ Primo aérea+N 1168 a 1486 a S 31 a 82 a S2 22 a T1-Bacillus semente+N 1134 a 1462 a 29 a 78 a 20 a T2-Bacillus semente+aérea+N 1123 a 1315 a 27 a 69 a S 23 a T6-Azospirillum semente+N 1061 a 1523 a S 31 a 77 a 19 a T4-Trichoderma semente+aérea+N 1031 a 1299 a 27 a 69 a I 18 a T3-Trichoderma semente+N 984 a 1353 a 27 a 80 a 20 a T5-Azospirillum semente sem N I 830 a I 1171 a I 24 a I 63 a 20 a

Média 1063 1401 29 76 20

Desvio padrão 108 132 2 8 2

CV% 13 14 16 11 7

1 Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Skott-Knot 5% de probabilidade de

erro. S2- superior à média de tratamentos acrescido 1 desvio padrão, I2- inferior à média menos 1 desvio padrão.

(29)

28

Na tabela 3, encontramos os dados sobre RBA, onde foram superiores estatisticamente a 5% de probabilidade os tratamentos, Testemunha + N, Vitavax + Primo parte aérea + N, Bacillus na semente + N, Bacillus na semente + parte aérea + N, Trichoderma na semente + N, não diferenciando estatisticamente entre si. Enquanto que os tratamentos Trichoderma na semente + parte aérea + N e Azospirillum na semente sem N, apresentaram as menores médias. A análise da média mais desvio padrão, evidenciou superioridade para o tratamento testemunha + N (115g) e média inferior quando a semente foi tratada com azospirillum sem N em cobertura no afilhamento (Tabela 3).

Para o caráter produção de palha, somente a estatística média e desvio padrão identificou superioridade para o tratamento testemunha + N, e inferioridade para azospirillum na semente sem N. A mesma tendência foi observada no IC% com superioridade no tratamento Testemunha + N, e inferioridade para o tratamento Azospirillum na semente sem N em cobertura, conforme os dados visualizados na Tabela 3.

Tabela 3 - Rendimento de grãos (kg/ha), rendimento biológico aparente por metro (g), palha por metro (g), índice de colheita (IC%), de trigo submetido a tratamentos com microrganismos na semente e parte aérea. IRDeR. Augusto Pestana. RS. 2017.

Tratamento RG (Kg/ha) RBA (g/m) Palha (g) IC% T8-Testemunha+N S2 1174 a1 S2 115a1 S2 82 a1 S2 33 a1

T7-Vitavax+ Primo aérea+N 1168 a 110 a 78 a 28 a

T1-Bacillus semente+N 1134 a 108 a 79 a 27 a

T2-Bacillus semente+aérea+N 1123 a 102 a 75 a 26 a

T6-Azospirillum semente+N 1061 a 104 a 76 a 27 a

T4-Trichoderma semente+aérea+N 1031 a 94 b 67 b 29 a

T3-Trichoderma semente+N 984 a 105 a 78 a 26 a

T5-Azospirillum semente sem N I 830 a I 79 b I 54 c S 30 a

Média 1063 102 74 28

Desvio padrão 108 11 8 2

CV% 13 9 9 11

1 Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Skott-Knott 5% de probabilidade de

erro. S2- superior à média de tratamentos acrescido 1 desvio padrão, I2- inferior à média menos 1 desvio padrão.

(30)

A tabela 4 expõe as médias para o caráter MH, onde pode ser observado que os tratamentos Vitavax + Primo +N e Bacillus na semente + parte aérea + N, foram superiores aos demais pela comparação de médias teste Scott-Knott 5% de probabilidade, e pela estatística média mais desvio padrão. Entretanto comercialmente não modificaram o peso do hectolitro pois todos os tratamentos registraram valor menor que 66 kg em 100l.

Tabela 4 - Rendimento de grãos (Kg/ha), massa do hectolitro (kg/hl), PH, de trigo submetido a tratamentos com microrganismos na semente e parte aérea. IRDeR. Augusto Pestana. RS. 2017. Tratamento RG (Kg/ha) MH (kg/hl) PH T8-Testemunha+N S2 1174 a1 I2 161 c1 < 66 T7-Vitavax+Primo aérea+N 1168 a S 167 a < 66 T1-Bacillus semente+N 1134 a 164 b < 66 T2-Bacillus semente+aérea+N 1123 a S 166 a < 66 T6-Azospirillum semente+N 1061 a 164 b < 66 T4-Trichoderma semente+aérea+N 1031 a I 160 c < 66 T3-Trichoderma semente+N 984 a 163 b < 66

T5-Azospirillum semente sem N I 830 a 164 b < 66

Média 1063 163

Desvio padrão 108 2

CV% 13 1

1Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Skott-Knott 5% de probabilidade de

erro. S2- superior à média de tratamentos acrescido 1 desvio padrão, I2- inferior à média menos 1 desvio padrão.

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30

A avaliação do padrão de parcela, considerando o desenvolvimento e sanidade da planta, mostrou que a Testemunha + N e Azospirillum na semente + N, foram superiores às demais (tabela 5).

Tabela 5 - Avaliação do padrão de parcela considerando o desenvolvimento e sanidade de planta. IRDeR. Augusto Pestana. RS. 2017.

Tratamento RG

(Kg/ha)

Nota parcela (amplitude)

T8-Testemunha+N S2 1174 a1 4 - 4

T7-Vitavax+ Primo aérea+N 1168 a 3 - 4

T1-Bacillus semente+N 1134 a 2 - 4

T2-Bacillus semente+aérea+N 1123 a 3 - 4

T6-Azospirillum semente+N 1061 a 4 - 4

T4-Trichoderma semente+aérea+N 1031 a 3 - 3

T3-Trichoderma semente+N 984 a 1 - 3

T5-Azospirillum semente sem N I 830 a 2 - 4

Média 1063

Desvio padrão 108

CV% 13

1 Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Skott-Knott 5% de probabilidade de

erro. S2- superior à média de tratamentos acrescido 1 desvio padrão, I2- inferior à média menos 1 desvio padrão.

CV% coeficiente de variação.

As combinações dos tratamentos com nitrogênio em cobertura proporcionaram rendimento de grãos superiores ao tratamento sem nitrogênio, evidenciando o efeito do nutriente na produção de grãos. O efeito do nitrogênio pode ser observado nos caracteres grãos por metro linear, peso de grãos por metro linear, espigas por metro por metro linear, rendimento biológico aparente, produção de palha e também no efeito visual de parcela. (Tabela 2, 3, 4). Segundo Braz et al. (2006) o nitrogênio exerce forte influência nos componentes do rendimento, como o número de espigas por área, espiguetas por espiga e, consequentemente, o número de grãos por espiga.

O peso do grão foi influenciado pelo tratamento químico Vitavax + Primo parte aérea + N e no tratamento com azospirillum na semente + N, no qual foram obtidas as melhores médias. A MMG também foi influenciada pelos tratamentos Vitavax + Primo + N, e pela aplicação de Bacillus subtilis na semente e na parte aérea + N. Em estudos similares, Didonet et al. (2000), verificou que a translocação do nitrogênio presente na biomassa para os grãos os torna mais pesados e mais cheios.

(32)

CONCLUSÃO

Neste experimento, o nitrogênio foi o elemento que mais influenciou o rendimento de grãos e os caracteres, tais como grãos por metro, peso de grãos por metro, espiga por metro, rendimento biológico aparente, e produção de palha na cultura do trigo.

Os tratamentos químicos Vitavax + Primo parte aérea + N, bem como o Azospirillum + N, proporcionaram maior peso de grãos. Enquanto que o tratamento Bacillus subtilis na semente + parte aérea + N, e Vitavax + Primo parte aérea + N, resultaram em massa de mil grãos superior.

Além disso, as condições climáticas foram desfavoráveis para o cultivo de trigo, limitando os efeitos dos produtos biológicos e também dos demais tratamentos avaliados na presente safra.

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