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Panorama do gerenciamento de resíduos sólidos domiciliares em Foz do Iguaçu/PR com foco na coleta seletiva

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ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL EM MUNICÍPIOS

ANGELA DE SOUZA LOPES GALVÃO

PANORAMA DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

DOMICILIARES EM FOZ DO IGUAÇU / PR COM FOCO NA COLETA

SELETIVA

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO

MEDIANEIRA 2015

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ANGELA DE SOUZA LOPES GALVÃO

PANORAMA DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

DOMICILIARES EM FOZ DO IGUAÇU / PR COM FOCO NA COLETA

SELETIVA

Monografia apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Especialista na Pós Graduação em Gestão Ambiental em Municípios - Polo UAB do Município de Foz do Iguaçu, Modalidade de Ensino a Distância, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR – Câmpus Medianeira.

Orientador: Prof. Mestre Thiago Edwiges

MEDIANEIRA 2015

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Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação Especialização em Gestão Ambiental em Municípios

TERMO DE APROVAÇÃO

PANORAMA DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

DOMICILIARES EM FOZ DO IGUAÇU / PR COM FOCO NA COLETA

SELETIVA

Por

Angela de Souza Lopes Galvão

Esta monografia foi apresentada às 18 horas do dia 09 de dezembro de 2015 como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista no Curso de Especialização em Gestão Ambiental em Municípios - Polo de Blumenau, Modalidade de Ensino a Distância, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Medianeira. O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.

______________________________________ Prof. Mestre Thiago Edwiges

UTFPR – Câmpus Medianeira (orientador)

____________________________________ Prof Dr. Alesandro Bail

UTFPR – Câmpus Medianeira

________________________________________ Profa. Dra. Renata Mello Giona

UTFPR – Câmpus Medianeira

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AGRADECIMENTOS

A Deus pelo dom da vida, pela fé e perseverança para vencer os obstáculos. Ao meu esposo e filhos pela compreensão nas infinitas horas de ausência. Ao meu pai e madrinha, pela orientação e correção nessa fase do curso de pós-graduação.

A minha mãe por ter dedicado parte de sua vida em meu favor.

Ao meu orientador professor Mestre Thiago Edwiges pelas orientações ao longo do desenvolvimento da pesquisa.

Agradeço aos professores do curso de Especialização em Gestão Ambiental em Municípios, professores da UTFPR, Câmpus Medianeira.

Agradeço aos tutores presenciais e a distância que nos auxiliaram no decorrer da pós-graduação.

Enfim, sou grata a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para realização desta monografia.

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“Feliz o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento; porque melhor é o lucro que ela dá do que o da prata, e melhor a sua renda do que o ouro mais fino”. (PROVÉRBIOS 3:13 -14)

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RESUMO

GALVÃO, Angela de Souza Lopes. Panorama do gerenciamento de resíduos sólidos domiciliares em Foz do Iguaçu/PR com foco na coleta seletiva. 46 folhas. Monografia (Especialização em Gestão Ambiental em Municípios). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2015.

O objetivo deste trabalho consistiu em delinear um panorama do gerenciamento de resíduos sólidos domiciliares no município de Foz do Iguaçu/PR, com o intuito de verificar o cumprimento da Lei 12.305/10 no que tange à coleta seletiva. Em decorrência da Lei e dos abusos infringidos à natureza, dar um destino apropriado a grande quantidade de resíduos tem sido um dos maiores desafios das autoridades brasileiras. A segregação na fonte é de suma importância para evitar o acúmulo acelerado de resíduos em aterros sanitários, bem como impedir a degradação do meio ambiente, em especial a poluição das águas, do solo e do ar. O trabalho baseou-se em pesquisa bibliográfica e de campo, bem como visitas ao Aterro Sanitário de Foz do Iguaçu, Cooperativa de Catadores e Prefeitura Municipal. Uma amostragem da quantidade de resíduos produzidos por uma determinada população possibilitou calcular o valor em reais que é jogado no “lixo” diariamente. A reciclagem permite reduzir a extração de matéria-prima, gera emprego e renda, traz benefícios ao meio ambiente e possibilita ao município cumprir as exigências estabelecidas em Lei.

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ABSTRACT

GALVÃO, Angela de Souza Lopes. Domestic Solid Waste Management Overview at Foz do Iguaçu/PR focusing on selective collection. 46 folhas. Monografia (Especialização em Gestão Ambiental em Municípios). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2015.

The objective of this study was to outline an overview of the domestic solid waste management in Foz do Iguaçu / PR city, in order to verify compliance with Law 12,305 / 10 regarding the selective collection. Due to the law and the abuses inflicted to nature, provide an appropriate destination to a large amount of waste has been one of the biggest challenges for the Brazilian authorities. Segregation at source is critical to prevent the accelerated accumulation of waste in landfills and prevent environment degradation, mainly the pollution of water, soil and air. The work was based on bibliographic and field research and visits to the Landfill of Foz do Iguaçu, Pickers Cooperative and City Hall. A sampling of the amount of waste produced by a certain population enabled to calculate the amount in Brazilian Real daily thrown in the "junk". The recycling allows the reduction of raw materials extraction, creates job positions and income, benefits the environment and enables the municipality to meet the requirements established by law.

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LISTA DE FIGURAS

Quadro 01: Classificação de Resíduos Quanto ao Risco a Saúde e ao Meio

Ambiente ...15

Figura 01: Como Funciona um Aterro Sanitário...18

Figura 02: Coletores de Resíduos Sólidos com Container Subterrâneo ...21

Figura 03: Tampa Aberta dos Coletores de Resíduos Sólidos ... 22

Figura 04: Corte AA da Coleta de Resíduos de Contentores Subterrâneos ...23

Figura 05: Localização Geográfica de Foz do Iguaçu ...26

Figura 06: Localização Geográfica da Área em Estudo...27

Figura 07: Entrada do Aterro Sanitário com Sistema de Balança para Caminhão ...28

Figura 08: Centro de Triagem de Resíduos dentro do Aterro...29

Figura 09: Primeira Célula de Resíduos (Atualmente Inativa) ...30

Figura 10: Segunda Célula de Resíduos (Ativa) ...30

Figura 11: Lagoa de Estabilização do Chorume ...31

Figura 12: Queimador de Gás ...32

Figura 13: Localização Geográfica das famílias pesquisadas ...34

Figura 14: Caminhão do Programa Foz Recicla ...39

Figura 15: Container do Programa Foz Recicla ...40

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LISTA DE TABELAS

TABELA 01 - GERAÇÃO PER CAPTA DE RESÍDUOS DOMICILIARES

DO BRASIL ...33 TABELA 02 - QUANTIDADE DE RESÍDUOS PRODUZIDOS EM

UMA SEMANA ...35 TABELA 03 - CÁLCULO DO VALOR EM REAIS JOGADO SEMANALMENTE

NO LIXO ...36 TABELA 04 - VALOR PAGO PELA COAAFI PELO RESÍDUO EM

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LISTA DE SIGLAS

BNDS Banco Nacional do Desenvolvimento

CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem CENSO Recenseamento Demográfico

CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente

COAAFI Cooperativa de Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IPTU Imposto Territorial Urbano MMA Ministério do Meio Ambiente NBR Norma Brasileira Regulamentada PEAD Polietileno de Alta Densidade

PAC Programa de Aceleração do Crescimento PEV´s Pontos de Entrega Voluntária

PET Polietileno Tereftalato

PGRS Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos PMFI Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu

PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos RSU Resíduos Sólidos Urbanos

UFFI Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...11

1.1 JUSTIFICATIVA ...12

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA...13

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA...14

3.1 RESÍDUOS SÓLIDOS ...14

3.1.2 Caracterização dos Resíduos Sólidos ...15

3.2 EDUCAÇAO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL...16

3.3 ATERRO SANITÁRIO ...17

3.4 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO BRASIL ...18

3.4.1 Coleta Seletiva ... 20

3.5 COLETORES SUBTERRÂNEOS ...21

3.5.1 Vantagens ... 23

3.6 CONTENTORES DE RESÍDUOS INSTALADOS NO BRASIL ...24

3.7 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DA PESQUISA ...25

3.8 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS EM FOZ DO IGUAÇU ... 27

3.8.1 Produção Per Capta de Resíduos Domésticos ... 32

3.9 COLETA SELETIVA EM FOZ DO IGUAÇU ... 37

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...43 REFERÊNCIAS AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA45

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1 INTRODUÇÃO

Estudos mostram que a geração de resíduos sólidos é um dos principais problemas ambientais ligados ao desenvolvimento urbano. Dentre outros fatores que contribuem para a grande quantidade de geração de resíduos pode-se citar o consumo exagerado de produtos industrializados, o crescimento populacional em grandes centros, a falta de mecanismos sistematizados de educação ambiental das famílias para dar um tratamento adequado aos resíduos, a cultura consumistas de grandes indústrias ou empresas que em nome do enriquecimento rápido, em vez de proceder conforme orienta a Lei 12.305/10, despejam na natureza grande quantidade de resíduos sólidos, tudo isso tem contribuído para aumentar exponencialmente a quantidade de resíduos, provocando a degradação ambiental.

A problemática é acentuada devido ao rápido crescimento das metrópoles fazendo com que as áreas disponíveis para a destinação do lixo se tornassem cada vez mais escassas. A grande quantidade de resíduos no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas e constitui um forte agravante para as condições de saúde das populações em todo o mundo, especialmente nas regiões menos desenvolvidas (RODRIGUES, 1997).

O gerenciamento dos resíduos sólidos tem assumido papel de destaque nas administrações públicas municipais. A legislação vigente no Brasil desde 2010, Lei 12.305/10, que trata sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, é clara quanto a necessidade de reduzir a quantidade de resíduos gerados, bem como de separar o que pode ser reutilizado e reciclado.

Registra-se que gradativamente a população vem se preocupando com o desenvolvimento sustentável, que trata do uso consciente dos recursos naturais bem como sua conservação para as futuras gerações, mas ainda de forma muito insignificante, urge maior investimento em estratégias de conscientização e fiscalização, tanto no que se refere ao destino dado ao lixo domiciliar quanto à destinação dada aos resíduos gerados em grandes indústrias.

Faz-se necessária a conscientização ambiental por parte da população e das instituições da sociedade civil e política para o desenvolvimento da prática de separação de seus resíduos.

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Diante deste cenário, o objetivo do presente projeto é traçar um panorama sobre o gerenciamento dos resíduos sólidos domiciliares em Foz do Iguaçu com foco na coleta seletiva. O referido panorama foi construído a partir do estudo de referenciais teóricos acerca do tema e da legislação vigente, bem como da pesquisa de campo e entrevistas realizadas com três famílias do município.

1.1 JUSTIFICATIVA

Após a revolução industrial e o desenvolvimento tecnológico, a sociedade adotou um padrão de consumo desenfreado, que resultou em grandes quantidades de resíduos gerados. As cidades passaram por um processo de urbanização acelerado e o planejamento urbano referente à destinação final desses rejeitos, não acompanhou as mudanças. (CANEPA, 2007)

É cada vez maior a carência de áreas apropriadas para a destinação final dos resíduos sólidos urbanos (RSU). Uma mudança de atitude por parte do poder público e da sociedade é fundamental para a minimização de impactos ambientais. A diminuição de RSU apresenta-se como uma possibilidade ímpar na gestão de coleta, transporte, tratamento e destino final dos resíduos.

Diante deste contexto, aprofundar estudos e delinear estratégias envolvendo o gerenciamento de resíduos sólidos passa a ser uma alternativa viável para o cumprimento da Lei 12.305/10 no que tange a obrigatoriedade da coleta seletiva.

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2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA

O estudo pode ser descrito como uma pesquisa bibliográfica e de campo, em que a primeira se refere na busca de referenciais teóricos e legais que dão consistência à temática e a segunda consiste na observação dos fatos tal como ocorrem. Não permite isolar e controlar as variáveis, mas perceber e estudar as relações estabelecidas.

A coleta de dados para o desenvolvimento da pesquisa foi efetivada in loco, por meio de entrevistas com o diretor da empresa responsável pelo gerenciamento de resíduos sólidos no município; bem como a diretora da Cooperativa de Catadores de Foz do Iguaçu (COAAFI). De modo complementar, para o desenvolvimento da monografia, fez-se necessária uma visita ao Centro de Gerenciamento de Resíduos, com o intuito de conhecer o funcionamento do aterro. E por fim, procedeu-se a pesquisa bibliográfica referente de pesquisas já realizadas sobre o tema, o estudo da legislação vigente e sobre a gestão dos resíduos sólidos no município de Foz do Iguaçu foram determinantes para a execução do referido projeto.

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3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

A pesquisa bibliográfica busca ampliar o entendimento sobre o conceito de resíduos sólidos, caracterização, tratamento, destinação, contextualização da cidade de Foz do Iguaçu – local da pesquisa - para tanto o estudo foi subdividido em 10 tópicos, detalhados a seguir.

3.1 RESÍDUOS SÓLIDOS

O conceito de resíduo sólido está intrinsicamente ligado ao que é conhecido como lixo, qualquer coisa que não serve mais, e deve ser rejeitada.

Conforme Lima (1995): “O lixo urbano resulta da atividade diária do homem em sociedade e que os fatores principais que regem sua origem e produção são, basicamente, dois: o aumento populacional e a intensidade da industrialização”.

Segundo James Lovelock (1969), em seu livro sobre a teoria de Gaia, o resíduo de um ser vivo é o alimento de outro, e quando o resíduo de algum ser vivo não encontra um consumidor, os ciclos de retroalimentação da vida na Terra realizam mudanças nos padrões da vida.

Após anos de discussões no Congresso Nacional, envolvendo a União, os Estados e Municípios, bem como a sociedade civil e setor produtivo, o Brasil consegue aprovar em 2010 a Lei 12.305/10, que constitui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (MMA, 2011).

A Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei 12.305/10 diferencia resíduos e rejeitos.

Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;

Rejeito: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. (PLANALTO, 2010)

Até pouco tempo atrás, qualquer tipo de resíduos era motivo de descarte sem reaproveitamento. Esse conceito vem mudando e a conscientização da sociedade é

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cada vez maior. Atualmente, a coleta seletiva tem sido incentivada e tem contribuído para a captação do que é reciclável. Mas há algumas décadas isso não fazia o menor sentido no Brasil, o país não tinha uma lei específica e os resíduos se acumulavam àmedida que a população se multiplicava.

3.1.2 Caracterização dos Resíduos

A proposta do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) é minimizar a geração de resíduos na fonte, adequar a segregação na origem, controlar e reduzir riscos ao meio ambiente e assegurar o correto manuseio e disposição final. (PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS, 2011).

Segundo a NBR 10004 (2004), os resíduos são classificados quanto ao risco à saúde pública e ao meio ambiente. Os resíduos sólidos são classificados em dois grupos - perigosos e não perigosos, sendo ainda este último grupo subdividido em não inerte e inerte, como mostra o Quadro 1.

CATEGORIA CARACTERISTICAS

Resíduos Classe I Perigosos

Resíduos sólidos ou mistura de resíduos que, em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade, podem apresentar riscos à saúde pública provocando ou contribuindo para um aumento de mortalidade ou incidência de doença e/ou apresentar efeitos adversos ao meio ambiente, quando manuseados ou dispostos de forma inadequada.

Resíduos Classe II A Não Inertes

Resíduos sólidos ou mistura de resíduos sólidos que não se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe II B (inertes). Estes resíduos podem ter propriedades tais como: combustibilidade, biodegrabilidade, ou solubilidade em água.

Resíduos Classe II B

Inertes

Resíduos sólidos ou mistura de resíduos sólidos que, submetidos a testes de solubilização não tenham nenhum de seus constituintes solubilizados, em concentrações superiores aos padrões de potabilidade de águas, excetuando-se os padrões: aspecto, cor, turbidez e sabor. Como exemplo destes materiais podemos citar, rochas, tijolos, vidros e certos plásticos e borrachas que não são decompostos prontamente.

Quadro 1 – Classificação de Resíduos Quanto ao Risco a Saúde e ao Meio Ambiente Fonte: ABNT NBR 10004 (2004)

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O Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA 275/01 estabelece um código de cores a fim de facilitar a reciclagem de resíduos sólidos, incentivando assim a redução no consumo de matéria-prima, recursos naturais não renováveis, energia e água. Este padrão de cores estabelecido pelo CONAMA, visa também minimizar os impactos ambientais associados a extração, geração, beneficiamento, transporte, tratamento e destino final das matérias-primas. As cores dividem-se em:

AZUL: papel/papelão; VERMELHO: plástico; VERDE: vidro;

AMARELO: metal; PRETO: madeira;

LARANJA: resíduos perigosos;

BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde; ROXO: resíduos radioativos;

MARROM: resíduos orgânicos;

CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação.

Essa simbologia está implantada e em funcionamento em grandes geradores da sociedade civil organizada, tais como hospitais, bares, restaurantes, instituições de ensino, organizações não governamentais, mas carece ainda de maior conscientização e fiscalização para aumentar esse percentual. No município de Foz do Iguaçu, os resíduos sólidos domiciliares, diante deste contexto de cores, ainda não estão implantados.

3.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Segundo a Lei nº 9.795/99, a educação ambiental pode ser definida como: “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial a sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (BRASIL, 1999).

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A Conferência de Estocolmo, marco inicial do desenvolvimento sustentável, realizada na década de 70, propôs uma mudança de atitude em relação a fragilidade dos recursos naturais.

..."Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que, nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações." (MMA, 2011)

É necessário fomentar a consciência sobre as atitudes ambientais. Na maioria dos países desenvolvidos a educação ambiental é uma questão cultural, desde cedo as crianças são ensinadas tanto em casa como na escola, a cuidar do ambiente onde vivem. Através da educação ambiental, é possível desenvolvermos uma sociedade sustentável.

3.3 ATERRO SANITÁRIO

“Aterro Sanitário é definido como um processo utilizado para a disposição de resíduos sólidos no solo, particularmente o lixo domiciliar, que fundamentado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas, permite uma confinação segura, em termos de controle da poluição ambiental e proteção ao meio ambiente” (LIMA, 1995, p.46).

Além do cuidado com o solo, que é impermeabilizado com manta de polietileno, um aterro sanitário é composto por dreno de gás, que absorve o gás gerado pela decomposição do lixo, e o transforma em energia. Dentre os diversos métodos de gerenciamento de resíduos, o aterro sanitário configura-se como uma das formas mais econômicas, seguras e ambientalmente adequadas de tratamento de RSU (Pecora et al., 2008)

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Um aterro conta ainda com dreno de chorume – líquido escuro proveniente da decomposição do lixo. Dreno de águas superficiais; estação de tratamento de chorume, a fim de que seja lançado em corpos d´água sem causar impactos aos recursos hídricos; e um centro de triagem, onde são segregados os resíduos que chegam ao aterro. A Figura1 ilustra como funciona um aterro sanitário.

Figura 1 – Como Funciona um Aterro Sanitário Fonte: Ecopet Companhia (2013)

Segundo a Lei 12.305/10 todas as administrações públicas deveriam ter construído aterros sanitários e encerrado suas atividades de lixões e aterros controlados até o ano de 2014. Os aterros sanitários devem receber somente resíduos sem qualquer possibilidade de reciclagem ou reaproveitamento.

3.4 GERENCIAMENTO DE RSU NO BRASIL

A proteção ambiental e preservação de recursos naturais dependem intrinsicamente da gestão de resíduos sólidos urbanos.

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Segundo o Panorama brasileiro dos resíduos sólidos urbanos, pouco mais de 62% dos municípios registraram alguma iniciativa de coleta seletiva no ano de 2013. Contudo este número é irrisório uma vez que a separação dos resíduos na maioria das cidades está ligada a pontos de entrega voluntária, ou convênio com cooperativas de catadores. A segregação na fonte geradora, ou seja, nas residências ainda é uma etapa a ser vencida, ora por falta de estrutura na coleta de cada município, ora pela questão da conscientização sobre os prejuízos ambientais e econômicos causados pela falta de separação dos materiais recicláveis.

O setor, apesar de ser sensível e de contar com crescentes atenções, ainda carece de estruturação, gerenciamento e, principalmente recursos, para viabilizar os processos completos para implementação de medidas e procedimentos de gerenciamento ambientalmente adequado de resíduos sólidos. (PANORAMA RSU, 2013).

O Brasil conta com uma Política Nacional dos resíduos sólidos urbanos desde o ano de 2010, e apesar de bem estruturada, nem todos os municípios brasileiros conseguiram se adequar à nova legislação. Em todas as regiões do país e estados brasileiros ainda persiste a destinação inadequada dos resíduos sólidos, conhecida como lixão, causando um grave problema socioambiental.

As autoridades começaram a prestar atenção nos milhares de resíduos sólidos despejados diariamente de forma inadequada em meados do século XX. Nos anos 70 surgiu a preocupação com a coleta e reciclagem dos materiais. A Constituição Federal de 88 prevê punições para quem prejudicar o meio ambiente. Já em 2006 um decreto federal estabeleceu que os resíduos recicláveis descartados pelos órgãos da administração pública federal fossem separados e encaminhados a associações e cooperativas de catadores.

Há cinco anos o Brasil conseguiu aprovar uma política para os resíduos sólidos, por meio da Lei 12.305/10. A referida lei proíbe ser despejado em aterro sanitário resíduos, ela permite somente rejeitos. O lixo deve ser coletado de forma seletiva conforme as cores indicadas acima neste estudo, o que diminuiria sensivelmente a quantidade.

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3.4.1 Coleta Seletiva

Quando os resíduos são jogados fora, tem-se a ideia de que desaparece como mágica, e a sociedade se exime da responsabilidade pelo que acontece depois que seus resíduos estão do portão para fora.

O Relatório Preliminar da Política Nacional de Resíduos Sólidos no Capítulo I, Art. 2º define a coleta seletiva como o recolhimento diferenciado de resíduos sólidos previamente selecionados nas fontes geradoras, com o intuito de encaminhá-los para reciclagem, compostagem, reuso, tratamento e outras destinações alternativas, como aterros, co-processamento e incineração.

Quando não possui segregação adequada, o resíduo é levado aos aterros sanitários, ou ainda em algumas cidades, aos lixões. No Brasil os lixões estão proibidos por lei, porque causam graves danos ao meio ambiente e a saúde, e os aterros sanitários estão cada vez mais lotados, logo não haverá mais espaço para tanto resíduo. Contudo o lixo que geramos não é lixo, ele é considerado resíduo, lixo é o que não serve mais para nada, mas resíduos têm muito valor, eles só precisam ser separados, esta prática é conhecida como coleta seletiva.

Pode-se definir como coleta seletiva, a separação de resíduos secos, úmidos, perigosos e rejeitos no próprio local onde são gerados.

Os resíduos secos são papéis, plásticos, vidros e metais. Esses resíduos secos devem ser separados e encaminhados para um centro de triagem, e assim seguem para diferentes indústrias de reciclagem, o que reduz a exploração de mais recursos naturais.

Os resíduos úmidos são os restos de alimentos crus ou já cozidos e são responsáveis pela lotação dos aterros.

Os resíduos perigosos são pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes, produtos eletroeletrônicos e seus componentes e medicamentos. Eles são perigosos pois contém substâncias altamente tóxicas quando em contato com o meio ambiente. Neste contexto se insere a logística reversa, uma vez que a responsabilidade não é somente de quem consome os produtos, mas também dos fabricantes, que a partir da nova Lei 12.305/10, as indústrias são responsáveis pelo destino final de seus produtos, garantindo assim que seus resíduos perigosos não contaminem a terra, água e ar.

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Os rejeitos são resíduos que não temos como reciclar, e no aterro sanitário eles são enterrados e tratados.

3.5 COLETORES SUBTERRÂNEOS

Uma alternativa para a separação de resíduos sólidos na fonte, são os contentores subterrâneos, que são containers instalados no subsolo com a finalidade de receber resíduos sólidos segregados (Figura 2). O sistema é utilizado em países da Europa desde 1995, e se espalhou pelo mundo, devido a sua praticidade e economia. Premiado como um sistema operacional e estético de baixo custo, o contentor estimula a separação dos resíduos, desde a origem, incentivando a redução do volume que chega ao aterro sanitário.

Uma das empresas pioneiras na instalação de contentores subterrâneos é a Sotkon, presente em sete continentes, a empresa tem por objetivo disponibilizar um sistema que reduza os custos de coleta, aumente as taxas de reciclagem, seja econômico e acima de tudo, permita um ambiente agradável e limpo.

Segundo a empresa Sotkon é possível economizar mais de 30% dos custos de coleta de resíduos sólidos com a utilização desse método. Os recipientes que recebem os resíduos são feitos de aço inoxidável, que além de duráveis, são viáveis esteticamente. No subsolo, são inseridos containers que comportam três metros cúbicos de resíduos.

Figura 2 – Coletores de Resíduos Sólidos com Container Subterrâneo Fonte: Cascais (2015)

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Na superfície são colocadas discretas lixeiras de aço inoxidável para receber os resíduos. O design é inovador e resistente a corrosão. No interior de uma cuba de concreto pré-fabricada, é colocado um grande contentor para lixo, adaptado a qualquer tipo de caminhão de coleta para resíduos (Figura 3).

Figura 3 – Tampa Aberta dos Coletores de Resíduos Sólidos Fonte: Cascais (2015)

A Figura 4 mostra como os contentores são dispostos no subsolo, bem como a coleta do container por meio de uma grua hidráulica acoplada ao caminhão.

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Figura 4 – Corte AA da Coleta de Resíduos de Contentores Subterrâneos Fonte: Sotkon (2015)

A instalação do novo sistema permite a redução de mão-de-obra, deslocamento dos veículos e energia consumida, além de separar os RSU no momento da deposição.

A fim de evitar que os contentores fiquem lotados, existe um sistema de gestão inteligente de resíduos, que informa a central de gerenciamento sobre a necessidade de enviar um veículo ao local para que faça o esvaziamento do container.

3.5.1 Vantagens

Segundo a empresa Sotkon, existem diversas vantagens com a instalação desse novo sistema:

Economia – As cidades que já possuem o sistema de coletores subterrâneos implantados conseguiram reduzir em 30% seus custos com coleta e transporte, se comparado ao mesmo período anterior à instalação.

Separação na origem – O volume de resíduos sólidos é diretamente proporcional a redução de custos. Com a perfeita identificação dos pontos de coleta, o conceito de separação é bem aceito e utilizado.

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Flexibilidade – Independente das características do terreno, a instalação pode ser feita.

Durabilidade – Os materiais são de aço inoxidável, permitindo maior durabilidade.

Utilização de frota existente – Não é necessário efetuar grandes investimentos para adoção do sistema, uma grua hidráulica de pequenas dimensões automáticas, colocada no teto da caixa de recolhimento do camião tradicional, permite que se faça tanto a coleta dos contentores subterrâneos como dos contentores tradicionais de rua.

Meio ambiente seguro – Reduz a possibilidade de enchentes, reduz doenças e contágios e afasta a proliferação de vetores.

3.6 CONTENTORES DE RESÍDUOS INSTALADOS NO BRASIL

O Brasil é um país que vem se posicionando a favor de boas práticas em relação ao gerenciamento de seus resíduos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos foi instituída em 2010 e reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotadas pelo Governo Federal, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos.

Art. 5o A Política Nacional de Resíduos Sólidos integra a Política Nacional do Meio Ambiente e articula-se com a Política Nacional de Educação Ambiental, regulada pela Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999, com a Política Federal de Saneamento Básico, regulada pela Lei nº 11.445, de 2007, e com a Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005. (PLANALTO, 2010)

Segundo a empresa Sotkon, alguns municípios brasileiros já contam com o sistema de coletores subterrâneos - Paulínia, Rio de Janeiro, Campinas, Barueri, Curitiba, Itu, Cabo Frio, Catalão, Campos dos Goytacazes, Presidente Prudente e outros em instalação.

O projeto inovador de lixeiras subterrâneas já obteve resultados satisfatórios no município de Paulínia desde 2011, onde tem feito a diferença na redução de

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custo do sistema de coleta de resíduos. Já foram instalados 50 contentores para resíduos orgânicos e recicláveis. No primeiro mês de experiência após a instalação dos containers, o número de viagens dos caminhões de coleta caiu pela metade. (GLOBO, 2012)

3.7 CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DA PESQUISA

A cidade de Foz do Iguaçu está localizada no oeste do Paraná, e faz divisa com outros dois países, Paraguai e Argentina. Dados do último Censo apontam que o município possui 263. 647 habitantes, conforme estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE, 2010). A revista Exame publicou no ano passado um artigo citando a cidade de Foz do Iguaçu como o melhor destino de ecoturismo do Brasil.

O título é um reconhecimento à enorme diversidade de passeios e programas oferecidos na cidade, todos ligados ao meio ambiente. As Cataratas do Iguaçu, na fronteira entre Brasil e Argentina, são consideradas a maior queda d’água em volume do mundo. As águas do Rio Iguaçu formam cerca de 270 cachoeiras, cujas alturas variam entre 60 e 82 metros. Neste ambiente de natureza selvagem e preservada, turistas desfrutam de programas de aventura como raftings, canoagem, trilhas, voos e passeios pelo rio. (REVISTA EXAME, 2014)

O município é conhecido pelas Cataratas do Iguaçu, uma das sete maravilhas do mundo, e pela Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo em tamanho e primeira em geração de energia. Foz do Iguaçu é caracterizada por sua diversidade cultural. São aproximadamente 80 nacionalidades, sendo que as mais representativas são oriundas do Líbano, China, Paraguai e Argentina.

Três aeroportos internacionais fazem parte da tríplice fronteira, Porto Iguaçu, Cidade de Leste e Foz do Iguaçu. Um santuário da biodiversidade se encontra no Parque Nacional do Iguaçu, além das Cataratas do Iguaçu, uma maravilha da natureza.

O município está geograficamente situado a 25° 32’ 55" de latitude sul e 54° 35’ 17" de longitude oeste, com altitude média de 173 metros, no extremo oeste do Estado do Paraná, conforme Figura 5.

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Figura 5 – Localização Geográfica de Foz do Iguaçu

Fonte: Plano Municipal de Saneamento Ambiental de Foz do Iguaçu (2012)

A cidade de Foz do Iguaçu conta com um centro de gerenciamento de resíduos sólidos. Inserida dentro da Lei 12.305/10 que prevê em seu artigo 3º a disposição final ambientalmente adequada dos RSU, o município conta com um aterro sanitário em operação desde 2001 e com uma vida útil prevista para mais 20 anos, desde que seja efetivada a terceira etapa que está em processo de implantação. (VITAL ENGENHARIA, 2015)

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O Aterro Sanitário fica localizado no bairro Porto Belo, e é administrado pelo Grupo Vital Engenharia (Figura 6). É considerada uma das mais seguras centrais de gerenciamento de resíduos sólidos do Paraná.

Figura 6 - Localização Geográfica da Área em Estudo Fonte: Google Earth (2015)

3.8 GERENCIAMENTO DE RSU EM FOZ DO IGUAÇU

Segundo o Plano Municipal de Saneamento Básico de Foz do Iguaçu (2012), desde a década de 60 os resíduos sólidos produzidos no munícipio eram destinados a um lixão a céu aberto, localizado no bairro Arroio Dourado. Em 1992 um aterro controlado é instalado na cidade, que fica localizado entre os bairros Porto Belo e Jardim Califórnia. Somente no ano de 2001, Foz do Iguaçu passa a contar com um aterro sanitário dentro das normas estabelecidas por lei.

Dados obtidos junto a empresa gestora dos RSU no município apontam que nos últimos 10 anos a média de geração de resíduos domésticos foi de 5.369,17 tonelada/mês.

Atualmente o aterro recebe mais de 6.500 toneladas de resíduos por mês (VITAL ENGENHARIA, 2015). A infraestrutura do aterro é adequada, possuindo na

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entrada cancela e balança rodoviária para pesagem dos caminhões, área administrativa e operacional, composto de escritório e almoxarifado.

O controle ambiental é efetuado com a utilização dos poços de monitoramento distribuídos na área. Uma célula onde era depositado os resíduos produzidos na cidade desde 2001 já foi desativada, atualmente o aterro opera com a célula denominada “dois”, que tem previsão de suporte até o ano de 2017. A partir de então o aterro terá que pedir licenciamento ao IAP para que comece a operar a terceira célula, com previsão de atividade por mais 20 anos. São gastos por mês,

com o gerenciamento de resíduos sólidos no município R$ 2.657.404,22. (PORTAL DA TRANSPARÊNCIA, 2015)

A seguir são mostradas imagens do funcionamento do Aterro Sanitário de Foz do Iguaçu. A Figura 7 mostra a entrada do Aterro, que possui uma balança destinada a fazer a pesagem dos caminhões que transportam os resíduos, ao lado existe uma estrutura administrativa e de fiscalização dos procedimentos.

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Na Figura 8 observa-se um centro de triagem de resíduos, que é operado por catadores locais, porém este centro de triagem só separa resíduos de grandes geradores, o lixo domiciliar ao entrar no aterro é destinado ao aterramento.

Figura 8 – Centro de Triagem de Resíduos dentro do Aterro

A Figura 9 mostra a primeira célula de resíduos que iniciou suas atividades no ano de 2001, atualmente a célula já encontra-se desativada.

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Figura 9 – Primeira Célula de Resíduos (Atualmente Inativa)

Atualmente o município opera com a segunda célula, onde são despejados os resíduos e posteriormente aterrados, conforme Figura 10.

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A Figura 11 retrata uma lagoa de estabilização do chorume – líquido escuro produzido pela decomposição química e biológica dos resíduos do lixo que contém uma grande carga orgânica. A Lagoa que é impermeabilizada com manta de polietileno, tem por objetivo tratar o chorume.

Figura 11 – Lagoa de Estabilização do Chorume

Conforme mostra a Figura 12, o Aterro Sanitário de Foz do Iguaçu conta com queimador de gás. A produção do gás se dá por meio da decomposição dos resíduos sólidos, e o principal gás produzido é o metano (CH4) – entre 50% e 60% seguido do Dióxido de Carbono (CO2) – 40% a 50%. (LIMA, 1995)

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Figura 12 – Queimador de Gás

A partir da visita, entrevistas, observação in loco e imagens, pode-se afirmar que o Aterro Sanitário de Foz do Iguaçu está dentro das normas estabelecida pela NBR 8419/1992, que consiste em sistema de impermeabilização de base e laterais; sistema de recobrimento diário e cobertura final; sistema de coleta e drenagem de líquidos percolados; sistema de coleta e tratamentos dos gases; sistema de drenagem superficial; sistema de tratamento de líquidos percolados; sistema de monitoramento. Contudo a Lei 12.305/10 obriga a coleta seletiva domiciliar, que o referido projeto constatou não é prática no gerenciamento dos resíduos no município, entende-se ser esta uma condição ímpar a fim de que o aterro tenha sua vida útil prolongada.

3.8.1 Produção Per Capta de Resíduos Domésticos

A geração “per capita” relaciona a quantidade de resíduos urbanos gerada diariamente e o número de habitantes de determinada região. O Instituto CEMPRE (2000) considera de 0,50 a 1,30 hab./dia como a faixa de variação média para o Brasil conforme mostra a tabela 1 abaixo:

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Para o cálculo da produção per capita de resíduos domésticos do município de Foz do Iguaçu, foram utilizadas a população urbana estimada pelo IBGE e as quantidades de resíduos coletados, no ano de 2010 pela empresa responsável pela limpeza urbana no município.

Toneladas 5.369, 17 (2010) / Habitantes 263.647 (2010) = 0,2 toneladas/hab/mês / 30 dias =

0,68 kg/hab/dia

Em comparação com a tabela elaborada pelo CEMPRE (2000), Foz do Iguaçu está na faixa de cidade de médio porte que tem entre 30 e 500 mil habitantes. É necessário destacar que esse valor de 0,68 kg/hab/dia é referente a todo tipo de resíduos que chega ao aterro.

Durante uma semana os resíduos produzidos em três residências do município de Foz do Iguaçu foram segregados e pesados, segundo suas características. As famílias observadas residem nos bairros Vila A – renda mensal R$ 12.500,00 (Família A); Jardim Bourbon - renda mensal R$ 3.600,00 (Família B); e Porto Meira renda mensal R$ 1.200,00 (Família C). É necessário destacar que as famílias foram escolhidas segundo sua renda, e que em hipótese alguma reflete a realidade de produção de resíduos do município como um todo, a ideia é mostrar quanto em reais é jogado no lixo com a falta de coleta seletiva na cidade.

Os responsáveis pelas residências que compuseram a amostragem da pesquisa estão referenciados por imagens de satélites, através do Google Maps, conforme segue. (Figura 13)

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Figura 13 – Localização Geográfica das famílias pesquisadas Fonte: Google Maps, (2015)

A pesquisa ocorreu da seguinte forma: primeiro uma visita as famílias no intuito de expor o objetivo da coleta de dados, bem como uma apresentação sobre os tipos de resíduos que poderiam ser separados durante a semana Ex.: Papel, Papelão, PET, PEAD e Alumínio. Em um segundo momento, após uma semana, foram feitas visitas novamente em cada residência a fim de pesar cada tipo de resíduo acumulado. A partir dos dados obtidos, foram realizados cálculos conforme tabelas a seguir. A Tabela 2 mostra a quantidade de resíduos produzidos em uma semana.

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Tabela 2 - Quantidade de resíduos produzidos em uma semana Família C (com 4 membros) - Quantidade de Resíduos

Uma Semana = 10,36Kg Papel Orgânico PEAD + PET Alumínio

16% 64% 20% 0%

Família B (com 4 membros) - Quantidade de Resíduos

Uma Semana = 15,27Kg Papel Orgânico PEAD + PET Alumínio

18% 48% 32% 2%

Família A (com 4 membros) - Quantidade de Resíduos

Uma Semana = 13,65Kg Papel Orgânico PEAD + PET Alumínio

21% 45% 27% 7%

Na família C foi possível identificar uma grande quantidade de resíduos orgânicos, uma vez que a disponibilidade financeira para comprar produtos industrializados é menor. Verificou-se ainda que a quantidade de resíduo gerado é menor que nos outros dois casos.

Na casa da família B é produzido uma grande quantidade de resíduos. Todos os membros da família fazem as refeições em casa. De forma complementar a família A produziu menos resíduos orgânicos do que os indivíduos da família B, isso se explica pelo fato de que os membros fazem algumas refeições em restaurantes. Em contrapartida, a quantidade de latinhas obtida na residência A foi superior as demais.

A fim de obter resultados satisfatórios no que se refere a economia com a coleta seletiva, foi feito um cálculo dos resíduos descartados nas residências acima citadas, tendo como base o valor em reais pago pela Cooperativa de Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu aos catadores, conforme a Tabela 3.

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Tabela 3 - Cálculo do valor em reais jogado semanalmente no lixo

Família C (com 4 membros) - Produziu 10,36 Kg de Resíduos Sólidos em uma Semana Papel 16% equivale a 1,66 Kg x 0,32 * = R$ 0,53

PEAD + PET 20% equivale a 2,07 Kg x 1,05 * = R$ 2,18 Total: R$ 2,71

Família B (com 4 membros) - Produziu 15,27 Kg de Resíduos Sólidos em uma Semana Papel 18% equivale a 2,75 Kg x 0,32 * = R$ 0,88

PEAD + PET 32% equivale a 4,89 Kg x 1,05 * = R$ 5,13 Alumínio 2% equivale a 0,30 Kg x 3,00 * = R$ 0,91 Total: R$ 6,90

Família A (com 4 membros) - Produziu 13,65 Kg de Resíduos Sólidos em uma Semana Papel 21% equivale a 2,87 Kg x 0,32 * = R$ 0,91

PEAD + PET 27% equivale a 3,68 Kg x 1,05 * = R$ 3,86 Alumínio 7% equivale a 0,95 Kg x 3,00 * = R$ 2,85 Total: R$ 7,62

* Cálculo é baseado nos valores contidos na Tabela 4 - COAAFI

Observa-se que semanalmente uma grande quantidade de resíduos que poderiam ser coletados e transformados em emprego e renda, são jogados no lixo. Além da perda econômica, existe o problema ambiental, onde esses resíduos são depositados no caminhão de coleta domiciliar comum, e compactados sem nenhuma segregação, lotando os aterros sanitários. Ao analisar os valores perdidos para o lixo da família B, constata-se que, em um mês o valor de R$ 27,60 poderia retornar para a cooperativa de reciclados. O cálculo vai além quando transportado para um horizonte de 263.647 mil habitantes.

Ao fazer o cálculo do valor que o município paga para a empresa responsável pelo gerenciamento do RSU mensalmente, obtém-se o valor gasto por habitante:

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De acordo com o código tributário do município de Foz do Iguaçu, em seu Artigo 522, a taxa de lixo cobrada anualmente no carnê de IPTU tem como base de cálculo o custo para execução e manutenção dos serviços de coleta de resíduos, e é calculada anualmente, para cada unidade imobiliária, em função do uso (residencial ou não residencial), em função à frequência (coleta diária, ou em dias alternados, e/ou a cada três dias), e por rateio e metragem quadrada de forma escalonada, entre os contribuintes, como segue. Para efeito de cálculo, no ano de 2015 uma UFFI - Unidade Fiscal de Foz do Iguaçu vale R$ 64,76 (PMFI, 2015).

É necessário salientar que o gasto com gerenciamento inclui poda de árvores, varrição de ruas, coleta, transporte e destinação final de RSU.

3.9. COLETA SELETIVA EM FOZ DO IGUAÇU

Dados obtidos através do Plano Municipal de Saneamento Básico de Foz do Iguaçu elaborado em 2012, apontam que a coleta seletiva no município é realizada pela Vital Engenharia; pela Cooperativa de Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu – COAAFI e por catadores autônomos. O Contrato de prestação de serviço entre Vital Engenharia e Prefeitura de Foz do Iguaçu, referente a coleta seletiva, contém cláusula específica sobre a obrigatoriedade da coleta em pontos de grande geração, são considerados grandes geradores, aqueles que produzem acima de 150kg/mês de resíduos sólidos úmido, seco e rejeito.

O trabalho da coleta seletiva realizado pela COAAFI, se dá por formalização de convênio entre o município e a cooperativa, cujo objetivo é a implementação gradativa do Programa Municipal de Coleta Seletiva, cabendo obrigações recíprocas a ambas as representações. A participação de catadores no processo de coleta seletiva considera a preservação do meio ambiente, a inclusão social, a economia de energia, o aumento da vida útil do aterro sanitário e a geração de trabalho e renda aos cooperados no intuito de absorver e apoiar os serviços executados pelos catadores (COAAFI, 2015).

Segundo as disposições preliminares da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a gestão e gerenciamento de resíduos, deve ser observada na seguinte

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ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

No município de Foz do Iguaçu a Política Nacional de Resíduos Sólidos contempla parcialmente a gestão de seus resíduos. A coleta é feita por meio de caminhões em todos os bairros da cidade, porém não é feita a coleta seletiva domiciliar. Mesmo que o cidadão separe seus resíduos, ao deixar nas lixeiras o caminhão passa e recolhe tudo junto. O gari joga os sacos de lixo no caminhão, que compacta tudo, para então chegar ao aterro e ser descarregado, sem nenhuma separação.

É imprescindível uma ação eficiente por parte do poder público municipal no que tange a obrigatoriedade da coleta seletiva domiciliar. Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos a coleta seletiva é parte integrante da primeira etapa, e tem como prazo limite para sua implantação em todos os municípios, o ano de 2014.

Segundo informações obtidas com a diretoria da COAAFI, a coleta seletiva é feita nos locais onde existem grandes geradores, como hotéis, escolas, condomínios, bares e restaurantes. Este caminhão após coletar os recicláveis, destina-se aos centros de triagem distribuídos pela cidade. A coleta seletiva domiciliar é feita através de catadores, são 96 cooperados que ganham em média um salário mínimo. É importante salientar que nem todos os bairros da cidade são contemplados com a coleta de recicláveis por meio de agentes ambientais.

Atualmente o município conta com oito centros de triagem de resíduos, sendo que cinco foram construídos com recursos do PAC e BNDS. Segundo a prefeitura, a inauguração destes centros de triagem ocorrerá em breve, são eles: Vila Portes, Jardim Jupira, Vila União, Jardim das Palmeiras e Ana Rouver.

No mês de setembro deste ano, o plenário da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu aprovou um requerimento (229/2015), que solicita informações ao poder executivo sobre a destinação dada aos materiais recicláveis recolhidos pela empresa Vital Engenharia – responsável pela coleta de resíduos no município. Segundo alguns vereadores, o material reciclável não estaria sendo destinado a cooperativa de agentes ambientais. Na plenária os vereadores afirmaram que a cidade não conta com uma política pública de separação de resíduos.

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A Tabela 4 mostra o valor pago em quilo, pela cooperativa, aos catadores de resíduos recicláveis, segundo suas características:

Tabela 4 – Valor pago pela COAAFI por kg de resíduos em Foz do Iguaçu Tipo de Resíduos Valor em reais (R$)

Alumínio 3,00

Jornais e Revistas 0,14

PEAD (embalagens de shampoo, detergente) 1,20

Papelão 0,32 PET 0,90 Plástico cristal 1,20 Fonte: COAAFI, (2015)

No PGRS de Foz do Iguaçu encontra-se algumas fotos que remetem a proposta deste projeto. Um caminhão de coleta seletiva intitulado “Foz Recicla” (Figura 14) circulou por um período de tempo em alguns bairros da cidade coletando os resíduos recicláveis domiciliares.

Figura 14 – Caminhão do Programa Foz Recicla Fonte: PMFI, (2001)

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Da mesma forma na figura 15 é possível identificar um tipo de container para receber resíduos secos, instalado na praça do Mitre – centro da cidade há alguns anos. Atualmente os containers estão desativados e abandonados no Aterro Sanitário (Figura 16).

Figura 15 – Container do Programa Foz Recicla Fonte: PMFI, (2001)

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Segundo o gestor do Aterro Sanitário de Foz do Iguaçu, o projeto dos pontos de entrega voluntária - PEV´s, não deu certo porque a comunidade não aceitou a nova proposta. Os comerciantes reclamavam de moscas que ficavam rondando o local por causa do resto de refrigerante contido nas latinhas, bem como do grande número de agentes ambientais que circulavam pelo local a fim de recolher os resíduos recicláveis. Devido a tantas reclamações a prefeitura decidiu retirar os PEV´s.

É de suma importância os programas de coleta seletiva a fim de incentivar a reciclagem e consequentemente a redução de RSU lançados nos aterros sanitários. Atualmente Foz do Iguaçu conta com programa de coleta seletiva para grandes geradores, entende-se que não é o ideal, uma vez que a lei 12.305/10 exige a coleta seletiva domiciliar.

3.10 COLETA SOLIDÁRIA COMO ALTERNATIVA DE GESTÃO

No Brasil já existe uma nova prática de gerenciamento de resíduos – A Coleta Seletiva Solidária. Trata-se de um contrato firmado entre prefeitura e cooperativa de catadores de recicláveis que percorre as residências das cidades recolhendo os materiais recicláveis.

Segundo dados do IBGE (2010) contratos com empresas terceirizadas responsáveis pelo gerenciamento de resíduos sólidos no Brasil representam 20% dos orçamentos municipais. Este modelo de gestão, segundo movimento de catadores, de gestores públicos e de urbanistas, além do alto custo, apresenta diversos problemas ambientais.

Dados obtidos por meio do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, apontam que as cidades de Araraquara, São Carlos, São José do Rio Preto, Diadema, Biritiba Mirim, Arujá, Assis e Ourinhos no estado de São Paulo; Londrina no estado do Paraná, Itaúna no estado de Minas Gerais, Santa Cruz do Sul, Canoas, Jaguarão, Cachoeira do Sul e Gravataí no estado do Rio Grande do Sul, já praticam o novo modelo de gestão, intitulado Coleta Seletiva Solidária.

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O Programa consiste em coletar o material reciclável de porta em porta, gera emprego e renda, e envolve a comunidade na gestão participativa de todo o processo, inclusive na conscientização ambiental.

Campinas, uma das grandes cidades do estado de São Paulo já trabalha com esse novo sistema há anos, contudo as cooperativas reclamam a falta de apoio do poder público municipal.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Países em desenvolvimento enfrentam grande dificuldade na gestão de seus resíduos, seja por falta de legislação, fiscalização, recursos financeiros ou por problemas da falta de educação ambiental ou mesmo pela cultura da população.

A partir do referencial teórico estudado, de conhecimento e reflexão sobre os municípios que utilizam contentores subterrâneos e da pesquisa de campo é possível inferir que:

a) Dentro do contexto de impactos ambientais, é notória a diferença na redução da poluição por resíduos, com a instalação de contentores subterrâneos. O novo sistema evita a proliferação de vetores, transmissores de diversas doenças, bem como extingue a possibilidade de entupimento dos sistemas de drenagem por resíduos sólidos descartados nas ruas. Da mesma forma que se elimina o vazamento de chorume – liquido escuro proveniente da decomposição do lixo, de calçadas e vias públicas, evitando a contaminação do solo e águas superficiais.

b) O assunto deve fazer parte de discussões aprofundadas, principalmente pelos gestores públicos municipais, no intuito de repensar a gestão dos resíduos sólidos das cidades.

c) É necessário que os gestores municipais implementem políticas de conscientização à população para a coleta seletiva do lixo e para o funcionamento adequado dos Aterros Sanitários. Embora a pesquisa tenha mostrado que um longo caminho ainda precisa ser percorrido quando o assunto é coleta seletiva. Inúmeras oficinas são feitas com as escolas municipais há vários anos, e os professores vem refletindo com a temática em sala de aula, contudo, a criança ao chegar em casa e tentar ensinar os pais sobre as formas corretas de separação de seus resíduos, deparam-se com um problema de gestão municipal, que não atende nenhum bairro da cidade com caminhão de coleta seletiva domiciliar.

d) É necessário implementar mecanismos de fiscalização sobre o destino dos resíduos em instituições de grande porte, empresas, hospitais, indústrias, uma vez que a grande quantidade de lixo gerado por estes órgãos reverte-se em recursos financeiros.

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Enfim, a reflexão desenvolvida neste estudo mostra algumas iniciativas favoráveis a sustentabilidade do planeta, mas ainda há muito por planejar, implementar ações educativas e operativas. Há que se destacar as conferências que vem sendo feitas envolvendo países desenvolvidos e em desenvolvimento, como é o caso da COP 21 que ocorreu, neste ano em Paris, o acordo feito pelos representantes das nações configura mais um passo, porém precisamos ficar atentos para a concretização dos compromissos assumidos não só em termos de nação brasileira, mas nos estados e municípios.

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REFERÊNCIAS

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<http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2011/dezembro/paulinia-recebe-sistema-pioneiro-de-coletores#ixzz3a2tdBtxr> Acesso em: 02 de maio 2015.

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