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Academic year: 2021

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16°

TÍTULO: RELAÇÃO ENTRE POSIÇÃO CONDILAR E EXTENSÃO DE CABEÇA EM INDIVÍDUOS COM DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA.

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: FISIOTERAPIA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): KARINA RODRIGUES DA SILVA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): DANIELA APARECIDA BIASOTTO-GONZALEZ ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): CAROLINA MARCIELA HERPICH, JOSIMARA DE LIMA SANTANA COLABORADOR(ES):

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Relação entre posição condilar e extensão de cabeça em indivíduos com disfunção temporomandibular por meio de tomografia computadorizada. Resumo

(Fazer com: INTRODUÇÃO, OBJETIVOS, METODOLOGIA, RESULTADOS PRELIMINARES)

INTRODUÇÃO

A disfunção temporomandibular (DTM) é caracterizada por ser uma

patologia complexa e multifatorial1,2 abrangem vários problemas clínicos que

envolvem a musculatura da mastigação, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas, cujas características são: dor crônica, fadiga, sensibilidade nos músculos da mastigação, ruídos e limitação de movimento, sendo responsáveis por uma sintomatologia diversificada, de difícil diagnóstico e tratamento, que envolvem manifestações de dor e incoordenação muscular, relacionada ao desequilíbrio biomecânico não apenas da própria articulação,

como também de áreas circunvizinhas, incluindo-se a região cervical3.

Autores como Rocabado 19834 e Bricot 19995 não concebem as DTMs

como uma entidade restrita ao sistema estomatognático, mas como parte integrante das disfunções do quadrante superior do corpo (crânio, mandíbula, hióide, ATM, dentição, coluna cervical, cintura escapular) dada a grande interação anatômica e funcional entre suas partes. Sendo que um movimento de um determinado segmento corporal pode interferir em outro segmento, no

entanto indivíduos que tenham alterações posturais podem criar

compensações em qualquer segmento corporal4.

O diagnóstico das disfunções da articulação temporomandibular (ATM) está associado ao desenvolvimento de técnicas radiográficas para se obter uma visão mais detalhada das estruturas anatômicas juntamente com os dados

clínicos dos pacientes6, a alternativa é o uso de imagens tridimensionais, que

permitem não apenas visualizar as diferenças entre os lados do crânio, como também mensurá-las com maior precisão. A tomografia computadorizada cone beam (TCCB) é um elemento de diagnóstico que possibilita a obtenção de

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imagens e visualização de estruturas sob diferentes ângulos. A expectativa é de que as imagens tridimensionais venham substituir muitos exames usados

atualmente7,8 tendo em vista o fato de serem mais precisas do que os métodos

convencionais9. Desordens crânio-cervicais como anteriorização da cabeça,

retificação da coluna cervical, e assimetria de ombros têm sido estabelecidas

em pacientes com Disfunção Temporomandibular10,11. Essas correlações estão

presentes pela ligação musculotendidea das estruturas que envolvem a cabeça e o pescoço e possuem uma demanda interativa funcional, juntamente com a manutenção do equilíbrio postural da cabeça.

Assim, o objetivo é identificar se há relação entre posição condilar da ATM com a posição craniana em indivíduos com disfunção temporomandibular por meio da tomografia computadorizada cone bean.

MÉTODOLOGIA

Trata-se de um estudo transversal retrospectivo de 2014 a 2016, sendo o mesmo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Nove

de Julho (São Paulo, Brasil) sobnúmero do protocolo

CAAE: 55667816.5.0000.5511. Os exames tomográficos que estão sendo utilizados neste estudo fazem parte do arquivo de uma clinica especializada em tratamentos de disfunções temporomandibulares. A pesquisa está sendo realizada seguindo as normas que regulamentam pesquisa em seres humanos contidas nas Resoluções no 196/96 e 251/ 97 do Conselho Nacional de Saúde. As tomografias arquivadas foram obtidas através do tomógrafo computadorizado iCat-3D e processadas através do software de captura de imagem do próprio tomógrafo (2.0.21 Xoran Technologies, Ann Arbor, Mich). A

acurácia e resolução deste tipo de equipamento já foram comprovadas12,13, 14,

15

.

A obtenção do exame foi realizada com a posição natural da cabeça com o plano horizontal de Frankfurt (PHF) paralelo ao solo, e o paciente foi

instruído a manter a mandíbula ocluída em MIH16,17,18. A tomografia foi realizada

no modelo completo FULL 220mm no qual o tomógrafo realiza dois giros completos (20 + 20 segundos; 0,4 voxel), permitindo o enquadramento total da

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O sistema de aquisição do exame foi calibrado operando com 120 (+5) kV e 3-8 (+10%) mA, com foco de 0,5 mm e distância fonte x sensor de 67,5cm. O detector de imagem foi um painel plano de silicone amorfo de 20 x 25 cm com um painel de 1mm de alumínio. As imagens foram adquiridas com 12 bits em uma rotação de 360º em um ciclo de 20 segundos. Existem ciclos de 10 a 40 segundos, mas selecionou-se o ciclo de 20s devido à sua boa relação entre qualidade e dose de radiação. O mesmo raciocínio foi utilizado na seleção do tamanho dos voxels (0,4mm) dimensões menores estão disponíveis (0,25mm), mas necessitam de uma maior exposição aos raios X. As imagens

foram arquivadas no formato DICOM15 e processadas pelo software In Vivo.

Os critérios de inclusão são; indivíduos que apresentaram sinais e sintomas relacionados à DTM conforme exame clinico, não apresentar história de doenças sistêmicas como artrite reumatoide e diabetes, traumas e ou cirurgias na face.

Para devida comparação estão sendo realizadas algumas mensurações de alterações cervicais e mandibulares:

-Posição condilar:

Distância entre o ponto mais superior do côndilo (SC) para a fossa articular superior (SF) foi medido como o espaço da articulação superiores (SS). Linhas tangente anterior e posterior mais proeminentes fronteiras do côndilo foram traçadas a partir do SF. A distância anterior (AC) e posterior (PC) tangentes aos pontos da fossa articular foram medidos em ângulos retos, mostrando a anterior (AS) e posterior (PS) espaços da articulação (Figure 1). Ikeda and

Kawamura 200920 estabelecem como parâmetro normal (PS 2.1 ± 0.3 mm; SS

2.5 ± 0.5 mm; AS 1.3 ± 0.2 mm)

Figura 1-Padrão usado para medições de espaço condilar, proposto pela Ikeda e Kawamura, 2009.

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Angulo crânio vertebral: Formado pela interseção do plano McGregor com

plano odontóide, segundo Rocabado (1994)21 processadas pelo software In

Vivo, o ângulo crânio vertebral normal é entre 96° a 106° valores inferiores a 96° sugerem uma extensão da cabeça e, superiores a 106°, uma flexão de cabeça.

Figura 2- Traçado angulo crânio vertebral

ANALISE ESTATISTICA

O teste de Shapiro-Wilk está sendo usado para testar os dados no que diz respeito à distribuição de Gauss. Os dados foram expressos até o momento como valores média e intervalo de confiança.

Foi aplicado coeficiente de corelação Spearman

O nível de significância adotado foi 5% em todas as comparações e análises estatísticas, sendo utilizado o programa SPSS, versão 13.0 (Chicago, IL, EUA).

RESULTADOS PRELIMINARES

Até o momento foi avaliado 49 exames, referentes aos anos de 2014 e 2015, sendo finalizado com as avaliações realizadas até dezembro de 2016 ainda em execução.

Os resultados não foram significantes até o momento na comparação entre o espaço articular (posterior, superior e anterior) em relação ao angulo crânio-vertebral em indivíduos com disfunção temporomandibular conforme tabela 1.

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No entanto foi observada redução do espaço articular posterior da ATM direita e esquerda em comparação aos valores preconizados por Ikeda and

Kawamura 200920.

Tabela1- Análise da relação entre espaço articular da ATM e ângulo crânio vertebral em indivíduos com DTM.

Spearman Correlation test

ICC (95% IC) Median R P Value*

PSD 0,81 (0,12-0,93) 1,5 (1,3-2,03) 0,31 0,03 SSD 0,74 (-0,040,92) 2,5 (2,19-3,4) 0,01 0,94 ASD 0,73 (0,14-0,89) 1,9 (1,5-2,5) -0,04 0,78 PSE 0,83 (0,72-0,90) 1,7 (1,2-2,0) 0,22 0,12 SSE 0,78 (0,64-0,87) 2,8 (2,1-3,8) 0,02 0,88 ASE 0,77 (0,17-0,92) 1,7 (1,4-2,2) -0,01 0,90 Ângulo 0,88 (0,78-0,96) 100,6 (96,5-103,0) Espaço articular: posterior direito (PSD), superior direito (SSD), anterior direito (ASD), posterior esquerdo (PSE), superior esquerdo (SSE), anterior esquerdo (ASE).

Valores de normalidade (PS 2.1 ± 0.3 mm; SS 2.5 ± 0.5 mm; AS 1.3 ± 0.2 mm)

Apesar da importância da posição condilar na ATM ainda não ter sido totalmente esclarecida, muitos estudos foram realizados no sentido de guiar o côndilo a uma posição cêntrica na fossa mandibular, com o intuito de aliviar

sintomas em pacientes com dor orofacial e desarranjo interno da ATM22. No

entanto é necessário observar a relação crânio cervical, sendo que os sintomas englobam também a região da cervical, e alterações.

É importante ressaltar que a analise está sendo executada em um momento

estático, colaborando com estudo de Armijo-Olivo et al., 201223 que não

identificou diferença clinicamente relevante na mesma analise, o que pode ser diferente em momento dinâmico, mas é necessário obter a finalização do estudo para observar e comparar nossos resultados com de outros autores.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

1- Oral K, Bal Küçük B, Ebeoğlu B. et al. Etiology of temporomandibular

disorder pain. Agri. 2009; 21 (3): 89-94.

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10- BIASOTTO-GONZALES, D. A.; ANDRADE, D. V.; GONZÁLES, T. O.; MARTINS, M. D.; FERNANDES, K. P. S.; CORRÊA, J. C. F.; BUSSADORI, S. K. Correlação entre disfunção temporomandibular, postura e qualidade de vida. Rev Bras Crescimento Desenvol Hum, v. 18, n. 1, p. 79-86, 2008.

11- Boyd CH, et al., The Effect of Head Position on Electromyographic Evaluation of Representative Mandibular Positionig Muscle Groups. J Cranio Practice, V.5, p.50-3, 1987

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conventional and cone-beam computed tomography-generated

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22- Conti ACC, Freitas MR, Conti, PCR. Avaliação da posição condilar e disfunção temporomandibular em pacientes com má oclusão de Classe II submetidos à protusão mandibular ortopédica. Revista Dental Press Ortodon Facial, Maringá, v.13, n.2, p.49-60, mar/abr. 2008

23- Susan Armijo-Olivo and David Magee Cervical Musculoskeletal Impairments and Temporomandibular Disorders. J Oral Maxillofac Res 2012 (Oct-Dec) | vol. 3 | No 4 | e4 | p.1

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