FAPE II – ADM – 18/03/2010
Conceito de Direito Civil
É o direito comum, que rege as relações entre particulares. Disciplina a vida das pessoas desde a
concepção -e mesmo antes dela, quando permite que se contemple a prole eventual (c.c art.
1597, IV) – até a morte, e ainda depois dela, reconhecendo a eficácia “post mortem” do
testamento (art. 1857) e exigindo respeito à memória dos mortos (art. 12, paragrafo único).
Princípios Constitucionais do Código Civil
1. Socialidade – social, coletivo
2. Eticidade- Boa-fé
3. Operabilidade- Equilíbrio
1916- Pacta sunt servanda – o pacto entre as partes é lei
2002- Rebus sic stantibus – Vale o instante atual (teoria da imprevisão)
8078/90 CDC
1. CONCEITO DE DIREITO PENAL
O Direito Penal é o ramo do Direito Público que reúne um conjunto de normas e
disposições jurídicas que visam regular o “Jus puniendi” ( direito de punir) do Estado.
É através deste conjunto de normas e disposições jurídicas que o Estado aplica
as medidas de segurança, sancionado os delitos e as infrações penais para manter a
ordem social.
1.1. DIREITO PENAL OBJETIVO
O Direito Penal Objetivo somente pode dirigir os seus comandos legais, mandando
ou proibindo que se faça algo, ao homem, pois somente este é capaz de executar ações
com consciência do fim, ou seja, o Direito Penal Objetivo resume-se em um conjunto
de normas que fornece ao Estado, o poder de regular e definir o que é crime e aplicar as
suas respectivas sanções.
1.2. DIREITO PENAL SUBJETIVO
O Direito Penal subjetivo é o direito de punir do Estado, ou seja, o jus puniendi,
entretanto, tem limites definidos pelo Direito Penal Objetivo.
A norma penal não cria direitos subjetivos somente para o Estado, mas também para
o cidadão, se o Estado tem o jus puniendi, o cidadão tem o direito subjetivo de
liberdade, que consiste em não ser punido senão de acordo com as normas ditadas pelo
próprio Estado.
1)
Conceito de Direito do Trabalho: é o ramo da ciência do
direito que tem por objeto as normas, as instituições jurídicas
e os princípios que disciplinam as relações de trabalho
subordinado, determinam os seus sujeitos e as organizações
destinadas à proteção desse trabalho em sua estrutura e
atividade.
2)
Natureza do Direito do Trabalho: as normas do Direito do
Trabalho pertencem ao direito privado (as referentes ao
contrato de trabalho) e ao direito público (as referentes ao
processo trabalhista).
3) Origem e evolução histórica do Direito do Trabalho no
Brasil: abolida a escravidão, em 1888, os trabalhadores nas
indústrias emergentes, muitos deles imigrantes, com tradição
sindicalista européia, passaram a exigir medidas de proteção
legal; até cerca de 1920, a ação dos anarquistas repercutiu
fortemente no movimento trabalhista; as primeiras normas
jurídicas sobre sindicato são do início do século XX; o CC de 1916
dispunha sobre locação de serviços, e é considerado o
antecedente histórico do contrato individual de trabalho na
legislação posterior; na década de 30, com a política trabalhista
de Getúlio
Vargas, influenciada pelo modelo corporativista italiano,
reestruturou-se a ordem jurídica trabalhista no Brasil.
DIREITO ADMINISTRATIVO
Conjunto de normas e princípios que regem a atuação da Administração Pública (Odete
Medauar, Direito Administrativo Moderno, 5ª edição, 2001, editora Revista dos Tribunais, pág.
29).
1º PONTO : PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
São eles : PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS e PRINCÍPIOS PREVISTOS NA
LEI DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS
Constam do art. 37, caput, da Constituição da República, vejamos :
“Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
Sua principal característica é serem de observância obrigatória a União, Estados, Distrito
Federal e Municípios. São eles :
L EGALIDADE
I IMPESSOALIDADE
M ORALIDADE dica : LIMPE
P UBLICIDADE
E FICIÊNCIA
Legalidade - determina a completa submissão da Administração Pública a lei e ao Direito.
Desde o Presidente da República, Governador, Prefeito ao mais humilde dos servidores ao
agirem devem observar atenção especial a este princípio.
Na célebre frase de Hely Lopes Meirelles encontra-se toda a sua essência:
“na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza, enquanto na
Administração privada é possível fazer o que a lei não proíbe.”
Impessoalidade - destina-se a quebrar o velho hábito do agir em razão do prestígio ou
influência do administrado (particular) ou do agente (servidor). Decorre deste princípio que o
fim visado a de ser o do interesse público. Considerar-se-á desvio de finalidade a
Administração utilizar de sua competência para atingir fim diferente do interesse público.
Moralidade - está intimamente ligado aos conceito de probidade, de honestidade, do que for
melhor e mais útil para o interesse público. Por este princípio a Administração e seus
servidores têm de atuar segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé. Assim a
atividade administrativa deve obedecer não apenas à lei, mas, também seguir princípios éticos.
Não se diga que se trata de princípio indeterminado perante o qual não se poderá invalidar um
ato administrativo. A própria CF/88, no artigo 5º, inciso LXXII, dispõe que : "qualquer cidadão
é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo à moralidade
administrativa..."
Publicidade - A administração pública encontra-se obrigada a publicar seus atos para que o
público deles tenham conhecimento, e, conseqüentemente, contestá-los. Por exemplo: o ato de
nomeação de um candidato aprovado em concurso público, deverá ser publicado não somente
para que o nomeado possa tomar conhecimento, mas para que os demais candidatos possam
contestar(questionar administrativamente ou judicialmente, no caso da nomeação não obedecer
rigorosamente a ordem de classificação.
Eficiência - Ë o mais novo dos princípios. Passou a fazer parte da Constituição a partir da
Emenda Constitucional nº 19, de 04.06.98. Exige que o exercício da atividade administrativa
(atuação dos servidores, prestação dos serviços) atenda requisitos de presteza, adequabilidade,
perfeição técnica, produtividade e qualidade.
PRINCÍPIOS PREVISTOS NA LEI DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
A Lei nº 9.784, de 29.01.1999, art. 2º, prevê que A Administração Pública obedecerá, dentre
outros, aos princípios da :
supremacia do interesse público sobre o interesse particular
indisponibilidade
finalidade,
motivação,
razoabilidade e proporcionalidade,
ampla defesa e contraditório,
segurança jurídica,
autotutela
PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO
Decorre deste princípio posição de supremacia jurídica da Administração em face da
significa o total desrespeito ao interesse particular, já que a Administração deve obediência
ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito, nos termos do art. 5º, inciso XXXVI, da CF/88.
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE
Os bens, direitos, interesses e serviços públicos não se acham à livre disposição dos órgãos
públicos, ou do agente público, mero gestor da coisa publica, a quem apenas cabe curá-los e
aprimorá-los para a finalidade pública a que estão vinculados. O detentor desta disponibilidade
é o Estado. Por essa razão há necessidade de lei para alienar bens, outorgar a concessão de
serviços públicos. "Serão observados critérios de atendimento a fins de interesse geral, vedada
a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei" (Lei
9.784/99, parágrafo único, II).
PRINCÍPIO DA FINALIDADE
Impõe que o alvo a ser alcançado pela Administração é o atendimento ao interesse público, e
não se alcança o interesse público se for perseguido o interesse particular. Assim, o
administrador ao manejar as competências postas a seu encargo, deve atuar com rigorosa
obediência à finalidade de cada qual.
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA
"A Administração Pública deve anular seus próprios atos , quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos" (Lei 9.784/99, art. 53).
Assim a Administração :
a) revoga os atos inconvenientes e inoportunos, por razões de mérito;
b) anula os atos ilegais.
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO
Impõe à Administração Pública o dever de indicar os pressupostos de fato e de direito que
determinarem uma decisão tomada.
PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO
Trata-se de exigência constitucional, prevista no art. 5º, incioso LV, : "aos litigantes, em
processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes".
Contraditório – é a garantia que cada parte tem de se manifestar sobre todas as provas e
alegações produzidas pela parte contrária.
Ampla defesa – é a garantia que a parte tem de usar todos os meios legais para provar a sua
inocência ou para defender as suas alegações.
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE
Por este princípio se determina a adequação entre meios e fins, vedada a imposição de
obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao
atendimento do interesse público
Direito Constitucional: conceito e classificação.
1. Direito Constitucional: conceito e classificação.
1.1. Conceito: ramo do saber que se debruça sobre o estudo da constituição.
É importante entendermos que a constituição é, por excelência, o instrumento que disciplina o poder do Estado, visto que cria os próprios elementos constitutivos deste, assim como dispõe sobre os limites e obrigações estatais.
Sendo assim, vemos que a constituição é o elemento central do estudo do direito público, pois este nada mais é do que o ramo de estudo que aborda a relação de poder soberano que o Estado exerce tanto no sentido vertical (em relação aos cidadãos, aos particulares), quanto no sentido horizontal (em relação a outros Estados). Assim, podemos dizer que estudar a constituição é estudar o próprio Estado, pois será ela, repete-se, quem dará os contornos e as possibilidades de exercício do poder estatal.
Devemos notar que a função constitucional de dar os contornos ao poder estatal
representa a dimensão constitucional que se realiza no presente, enquanto a função de expor todas as possibilidades de exercício do poder do Estado representa uma dimensão que se projeta para o futuro, tornando, assim, a constituição também um documento programático no que tange à evolução do povo, da nação e do próprio Estado.
Da perspectiva didática do ensino do direito, o direito constitucional se conceitual como um ramo do direito público. Devemos ter em mente que não é tarefa das mais simples, como pensam alguns, separar o que é direito público do que é direito privado. Enquanto de forma superficial se diz que o direito público é aquele em que se verifica a predominância do poder soberano do Estado, vê-se que de forma crescente áreas tidas como
essencialmente privadas, a exemplo do direito civil, passam a apresentar interferência gradativa do poder publico, mesmo que como vetor regulador das relações entre particulares.
Como essa discussão passa ao largo do nosso objetivo neste estudo, contentamo-nos em afirmar que o direito constitucional é um ramo do direito público nos limites impostos pelo interesse estritamente didático do ensino jurídico, mas sempre nos lembrando de que é defensável a tese de que não há e nem mesmo é possível a distinção entre público e privado no direito, pois ele é um só.
O direito constitucional se divide em: direito constitucional positivo, em direito constitucional comparado e em
direito constitucional geral (descritivo e prescritivo). a) Direito constitucional positivo:
O Direito Constitucional Positivo é aquele que tem por objeto de estudo uma determinada constituição. Assim, por exemplo, o estudo
sistemático da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é um estudo que é feito pelo direito constitucional positivo, assim como também o é o estudo da constituição americana, por exemplo.
b) Direito constitucional comparado:
O Direito Constitucional Comparado, como o próprio nome diz, é
aquele que estuda com interesse predominantemente comparativo duas ou mais constituições. Assim, se o nosso estudo tiver por objeto a comparação das liberdades civis constitucionais abraçadas pelas constituições do Brasil e dos Estados Unidos, por exemplo, estaremos exatamente dentro dos limites impostos pelo direito constitucional comparado, pois aqui o interesse não é a análise de uma constituição, mas sim a comparação de mais de uma delas, mesmo que o foco da comparação seja específico, como no caso
exemplificado, que é o da análise das liberdades civis. c) Direito constitucional geral:
O Direito constitucional geral é aquele que não se detém a
constituições específicas. Ele tenta vislumbrar elementos e conceitos que devem (ou deveriam) estar presentes em todas as constituições. Em outras palavras, o direito constitucional geral é o ramo do saber que tenta
identificar se há princípios gerais inerentes (ou que deveriam ser inerentes) a todas as constituições, independentemente de suas peculiaridades.
Meio Ambiente
Conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas suas formas. (Conceito extraído da Lei 6.938/81 da Política Nacional do Meio Ambiente).
* O conceito legal não abrange amplamente todos os bens jurídicos tutelados, se restringindo ao meio ambiente natural, como se verá.
Bem Ambiental
Definido constitucionalmente como sendo de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida das presentes e futuras gerações. (Art. 225, caput, CF/88)
Modelo de desenvolvimento amplamente discutido na ECO 92, resultando no documento conhecido como Agenda 21, onde se busca basicamente a harmonia entre o desenvolvimento econômico e a utilização dos recursos naturais de forma consciente, equilibrada ou sustentável.
Degradação da qualidade ambiental
Alteração adversa das características do meio ambiente. (Conceito extraído da Lei 6.938/81 da Política Nacional do Meio Ambiente)
Poluição
Degradação da qualidade ambiental resultantes de atividades que ou indiretamente: prejudiquem saúde, a segurança e o bem estar da população; criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem desfavoravelmente a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; lacem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. (Conceito extraído da Lei 6.938/81 da Política Nacional do Meio Ambiente) Biota: são as diversas espécies que vivem na mesma região.
Poluidor
Pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental. (Conceito extraído da Lei 6.938/81 da Política Nacional do Meio Ambiente).
Recursos Ambientais
A atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora.(Conceito extraído da Lei 6.938/81 da Política Nacional do Meio Ambiente)
Direito Ambiental
O Direito Ambiental, como o meio ambiente, não possui um conceito preciso acerca de sua definição. Contudo, pode-se afirmar que o Direito Ambiental trabalha as normas jurídicas dos vários ramos do direito, bem como se relaciona com outras áreas do saber humano como a biologia, a física, a engenharia, o serviço social, etc. É, portanto o Direito Ambiental uma matéria multidisciplinar que busca adequar o comportamento humano com o meio ambiente que o rodeia. Outra importante constatação é o fato de ser um direito difuso, ou seja, pertence a todos os cidadãos e não a uma ou outra pessoa ou conjunto de pessoas determinadas.
II – CONCEITO DE DIREITO TRIBUTÁRIO
“É o direito que disciplina o processo de retirada compulsória, pelo Estado, da
parcela de riqueza de seus súditos, mediante a observância dos princípios
reveladores do Estado de Direito. É a disciplina jurídica que estuda as relações
entre Fisco e Contribuinte.”
Kiyoshi Harada – Direito Financeiro e Tributário
– 9ª Ed.– SP – Atlas – 2002 – p. 291.
“É a disciplina da relação entre Fisco e Contribuinte, resultante da imposição,
arrecadação e fiscalização dos impostos, taxas e contribuições.”
Ruy Barbosa Nogueira – Curso de Direito Tributário
– 9ª Ed. – SP – Saraiva – 1989 – p. 30.
“É o ramo didaticamente autônomo do direito, integrado pelo conjunto das
proposições jurídico normativas que correspondam, direta ou indiretamente, à
instituição, arrecadação e fiscalização de tributos.”
Paulo de Barros Carvalho – Curso de Direito Tributário
Direito Positivo: é a ordenação heterônoma das relações sociais, baseada numa integração normativa de fatos e valores (Miguel Reale); é o conjunto de regras jurídicas e, vigor num determinado país e numa determinada época.
Direito objetivo (norma agendi): é o complexo de normas jurídicas que regem o comportamento humano, de modo obrigatório, prescrevendo uma sanção no caso de sua violação.
Direito subjetivo (facultas agendi): é a permissão dada por meio de norma jurídica, para fazer ou não fazer alguma coisa, para ter ou não ter algo, ou ainda, a autorização para exigir, por meio dos órgãos competentes do Poder Público ou por meio dos processos legais, em caso de prejuízo causado por violação de norma, o cumprimento da norma infringida ou a reparação do mal sofrido; é a faculdade que cada um tem de agir dentro das regras da lei e de invocar a sua proteção e aplicação na defesa de seus legítimos interesses.
Teoria da vontade (Savigny): entende que o direito subjetivo é o poder da vontade reconhecido pela ordem jurídica.
Teoria do interesse (Ihering): o direito subjetivo é o interesse juridicamente protegido por meio de uma ação judicial.
Teoria mista (Jellinek, Saleilles e Michoud): define o direito subjetivo como o poder da vontade reconhecido e protegido pela ordem jurídica, tendo por objeto um bem ou interesse.
Direito público: é o direito composto, inteira ou predominantemente, por normas de ordem pública, que são normas imperativas, de obrigatoriedade inafastável.
Direito privado: é o composto, inteira ou predominantemente, por normas de ordem privada, que são normas de caráter supletivo, que vigoram apenas enquanto a vontade dos interessados não dispuser de modo diferente do previsto pelo legislador.
Fontes do direito: são os meios pelos quais se formam as regras jurídicas; as fontes diretas são a lei e o costume;
as fontes indiretas são a doutrina e a jurisprudência.
Norma jurídica: é um imperativo autorizante; a imperatividade revela seu gênero próximo, incluindo-a no grupo das normas éticas, que regem a conduta humana, diferenciando-a das leis físico-naturais, e o autorizamento indica sua diferença, distinguindo-a das demais normas.
Classificação das normas jurídicas:
1) quanto à imperatividade, podem ser: a) de imperatividade absoluta ou impositivas, que são as que ordenam ou proíbem alguma coisa (obrigação de fazer ou não fazer) de modo absoluto; b) de
imperatividade relativa ou dispositiva, que não ordenam, nem proíbem de modo absoluto; permitem ação ou abstenção ou suprem a declaração de vontade não existente.
2) quanto ao autorizamento, podem ser: a) mais que perfeitas, que são as que por sua violação autorizam a aplicação de 2 sanções: a nulidade do ato praticado ou o restabelecimento da situação anterior e ainda a aplicação de uma pena ao violador; b) perfeitas, que são aquelas cuja violação as leva a autorizar a declaração da nulidade do ato ou a possibilidade de anulação do ato praticado contra sua disposição e não a aplicação de pena ao violador; c) menos que perfeitas, que são as que
autorizam, no caso de serem violadas, a aplicação de pena ao violador, mas não a nulidade ou anulação do ato que as violou; d) imperfeitas, que são aquelas cuja violação não acarreta qualquer conseqüência jurídica.
3) quanto à sua hierarquia, as normas classificam-se em: normas constitucionais; leis
complementares; leis ordinárias; leis delegadas; medidas provisórias; decretos legislativos; resoluções; decretos regulamentares; normas internas; normas individuais.
Direito civil: é o ramo do direito privado destinado a reger relações familiares patrimoniais e obrigacionais que se formam entre indivíduos encarados como tais, ou seja, enquanto membros da sociedade.
Princípios do direito civil:
a) da personalidade: aceita a idéia que todo ser humano é sujeito de direito e obrigações;
b) da autonomia da vontade: reconhece que a capacidade jurídica da pessoa humana lhe confere o poder de praticar ou abster-se de certos atos, conforme sua vontade;
c) da liberdade de estipulação negocial: decido à permissão de outorgar direitos e de aceitar deveres, nos limites legais, dando origem à negócios jurídicos;
d) da propriedade individual: pela idéia assente de que o homem pelo seu trabalho ou pelas formas admitidas em lei pode exteriorizar a sua personalidade em bens imóveis ou móveis que passam a constituir o seu patrimônio;
e) da intangibilidade familiar: ao reconhecer a família como uma expressão imediata de seu ser pessoal;
f) da legitimidade da herança e do direito de testar: pela aceitação de que, entre os poderes que as pessoas têm sobre seus bens, se inclui o de poder transmiti-los, total ou parcialmente, a seus
herdeiros;
g) da solidariedade social: ante a função social da propriedade e dos negócios jurídicos, a fim de conciliar as exigências da coletividade com os interesses particulares.
Divisões do direito civil: o direito civil regula as relações jurídicas das pessoas; a parte geral trata das pessoas, dos bens e dos atos e fatos jurídicos;
a parte especial versa sobre direito de família (disciplina as relações pessoais e patrimoniais da família), o direito das coisas ( trata do vínculo que se estabelece entre as pessoas e os bens), o direito das obrigações (trata do vínculo pessoal entre credores e devedores, tendo por objeto uma prestação patrimonial) e o direito das sucessões (regula a transmissão dos bens do falecido).