Editar: ARCORES Rede Solidaria Internacional Agustino Recoleta Textos e design: departamento de Comunicação ARCORES
Reflexões e orações: Casa de Formação San Agustín, Las Rozas (Espanha) Tradução: Marta Sanches de Lemos
arcores.org
Apresentação
Chega o Advento. Não só esperamos um acontecimento, mas esperamos uma pessoa; é a expectativa de um Deus que irrompe na história da humanidade por amor, para nos oferecer em Jesus, a Sal-vação.
"E virão muitos povos e dirão: "Vinde! Vamos subir à montanha do Senhor! Va-mos ao Templo do Deus de Jacó. Ele nos vai mostrar a sua estrada e nós vamos tril-har os seus caminhos" (Is 2, 3-5).
A voz do profeta Isaías, pregador da es-perança no século VIII a.C. ressoa para fomentar as consciências e dar uma nova visão do projeto de Deus no mundo, es-pecialmente neste ano contextualizado pela Covid-19.
Na realidade que vivemos de doença, pobreza, divisão, violência, destruição de pessoas e meio ambiente, a sua palavra profética lança toda a sua luz de espe-rança.
"Vem povo de Jacó, caminhemos à luz do Senhor!
A família agostiniana recoleta compro-meteu-se junto com ARCORES a deixar-se educar por Deus no monte espiritual da comunhão. Do alto, se vê o mundo com os olhos de Deus e não com os inte-resses egoístas.
"Venham, vamos subir". Este caminho de subida é impulsionado pelo desejo de nos deixarmos conduzir pelo Deus da compaixão e de iniciar uma nova vida
se-gundo os seus critérios, sese-gundo os seus "caminhos" que buscam projetos de dig-nificação das pessoas e de sustentabilida-de diante sustentabilida-de tantas situações sustentabilida-de doença e pobreza.
Deus nos atrai nesta subida; ele quer a comunhão e com ela, a solidariedade, na qual se exprima o amor aos seus filhos e o amor entre irmãos que se ajudam para se sentirem "povo em comunhão". Nume-rosos povos testemunharão isso.
No monte eles se tornam comunidade. ARCORES ao apresentar este guia do Advento nos ajudará a chegar juntos ao monte da esperança e da comunidade, para que ao descermos dele nos sintamos fortalecidos como família agostiniana re-coleta.
Uma família solidária e fraterna que co-loca à disposição dos mais desfavorecidos desta pandemia, a sua fé no Deus com-passivo, os seus recursos, as suas pessoas, projetos e iniciativas, evidenciando que juntos podemos iluminar no mundo, o caminho de uma comunidade que tra-balha em conjunto, para produzir os re-cursos de que precisa e trabalhar para o bem-estar dos mais pobres.
Ao entrar nestas páginas, entremos com o desejo de sermos educados pelo Senhor, deixando-nos impressionar por suas "ve-redas"; veredas marcadas por cada uma das belas iniciativas que se relatam ali.
Nieves María Castro Pertíñez, mar.
2020
29 novembro
1er Domingo AdventoProjecto UBUNTU Sierra Leona
30 novembro
Estações de gentileza Filipinas1 dezembro
Kindness Bakeries Filipinas2
dezembro-RE-CONNECT-ED Filipinas3 dezembro
Eco máscarasFilipinas, Sierra Leona, Venezuela
4 dezembro
Programa COVID-19 República Dominicana5 dezembro
Dia da Recoleção“Vamos espalhar Soli-daridade” Costa Rica
6 dezembro
2º Domingo Advento Coraçoes inquietos para Servir Peru7 dezembro
Programa COVID-19 Guatemala8 dezembro
Imaculada Conceição “Unidos com a Venezuela” é reforçado Venezuela9 dezembro
Os idosos, uma preocu-pação especial Venezuela
10 dezembro
Comida contra COVID-19 Argentina11 dezembro
Campanha de saúde e contra o frio Argentina12 dezembro
Atendimento psicológico e espiritual Argentina13 dezembro
3er Domingo AdventoUma carta de esperança Espanha
14 dezembro
Alimentação para os indigentes Espanha15 dezembro
‘ARCORES ao encontro dos corações’ México16 dezembro
Reforço dos programas existentes México17 dezembro
Banco de alimentos de Bogotá Colômbia18 dezembro
Colaboração com a saúde pública Brasil19 dezembro
A oração que impulsio-na a nossa ação 22 paises20 dezembro
4º domingo Advento Banco de Alimentos do Panamá Panamá21 dezembro
Ajuda as vítimas de COVID19 Cuba22 dezembro
Recoletos Eco-Park-UNO-R Filipinas23 dezembro
Combate à Fome Filipinas24 dezembro
Luta pela Justiça Filipinas25 dezembro
Natal de nosso Sen-hor Jesus CristoDispensário médico Peru
26 dezembro
Jornada do Coração Solidário 2020 22 países27 dezembro
Domingo Sagrada Familia Formação de excelência Filipinas28 dezembro
Santos Inocentes Inovação educacional a serviço da sociedade Filipinas29 dezembro
Escola Secundária do Segundo Ciclo Kamalo Sierra Leona30 dezembro
Água potável para comunidades andinas Peru31 dezembro
Voluntariado para proteger menores 22 países1 janeiro
Santa María, Mãe de Deus
Centro Frei Zacarías Brasil
2 janeiro
Concurso UNI Agos-tiniana de Projetos Sociais Colômbia
3 janeiro
Epifania do Senhor Educação intercultural Panamá4 janeiro
ARCORES-EDUCAR na semana Laudato Si' Tres paises5 janeiro
Remediação de desas-tres naturais: Volcan Taal
Filipinas
6 janeiro
Epifanía del Señor
Nutre Hogar Changui-nola
Panamá
7 janeiro
Sala polivalente Wote Quênia
8 janeiro
Clínica Médica La Paz República Dominicana
9 janeiro
Projeto estrela de apoio à educação
22 paises
2020
Segunda-feira I do Advento
30
novembro
«De nada vale que digamos que amamos a Deus, que Cristo nos interessa, se não vemos seu rosto nos empobrecidos, e se não estamos preocupados
com o sofrimento concreto do povo»
(Dom Braulio Rodríguez Plaza, Alocução na festa do Corpus Christi, Toledo 2012).
Em 17 de março, o presidente filipino Du-terte ordenou o confinamento estrito dos 105 milhões de habitantes do país dividi-dos em 7.000 ilhas para enfrentar a pan-demia da covid-19, ou o que ele chamou de "a balada de nossas vidas". No entanto, essa tarefa se torna complexa quando mil-hões dessas pessoas vivem em barracos em grandes subúrbios de imensas cidades como Manila ou têm que sair para fazer trabalhos informais (transporte de pes-soas, reciclagem, comércio ambulante...) ou para obter nas ruas algo para comer. Pensando precisamente nessas pessoas e apesar das dificuldades próprias do con-finamento, a ARCORES Filipinas lançou o programa Estações de Gentileza ou ‘Es-tações de Bem-Estar’, em espanhol. Essas estações nada mais são do que lo-cais montados pelo grupo onde os mais
necessitados podem comparecer para pegar uma sacola de comida e até comer um prato quente de arroz com verduras. Estes espaços também foram pensados para oferecer todas as garantias de higiene e segurança tanto aos voluntários e trabal-hadores como aos usuários.
A primeira Estação de Gentileza da AR-CORES Filipinas começou a funcionar em Cavite em 2 de abril, atendendo segu-ranças, zeladores e pobres do bairro. Mas nossos colegas da ARCORES Filipinas continuaram a trabalhar para oferecer este serviço mesmo nas ilhas mais remo-tas como a Ilha Casian, onde vivem ape-nas 500 famílias de pescadores, no arqui-pélago de Palawan, no oeste das Filipinas. Neste e em outros 20 semelhantes, a Fa-mília Agostiniana Recoleta desenvolve há mais de uma década um intenso trabalho pastoral e de promoção humana.
Reflexão
Diz São Tomás de Vilanova: A misericórdia é uma grande virtude. Ela faz-nos mui-to semelhantes a Deus, faz-nos verdadeiros filhos de Deus. Por isso, recomendava o Apóstolo aos cristãos de Colossos: Revesti-vos, pois, como escolhidos que sois de Deus, santos e amados, de entranhas de compaixão (Cl 3, 12). Não sejam duros, insen-síveis, secos como pedras. Esforçai-vos por estar atentos uns aos outros, de modo que vos afete a necessidade alheia, e vos comova a miséria do próximo. Ai dos insensíveis e cruéis! O Apóstolo, entre outros pecados, enumera o viver sem afeto, sem lealdade e sem entranhas de Compaixão» (Rom 1,31) (São Tomás de Villanueva, Conción 199,4).
Estações de
gentileza
México
Oração
Há ao nosso redor tantas pessoas que sofrem, e não nos damos conta! Tantos, que precisam de ajuda, porque nem têm condições de higiene, nem conhecemos sua vida e sua história! Permita-nos, Senhor, sentir estes fatos, agir segundo nossas possibilida-des, ajudar no que depender de nós. Permita-nos, também, dar a conhecer tais realida-des. Nós te pedimos por Jesus Cristo, Deus feito homem que conhece nossas misérias e necessidades.
Ubuntu, que significa compaixão pelo próximo, foi o nome escolhido para este projeto de prevenção contra a covid-19 em Serra Leoa. Conheci-do como um Conheci-dos países mais pobres Conheci-do mundo, este país africano enfrenta esta nova doença sem recursos e sem infor-mação. Nas zonas rurais as pessoas levam uma vida normal em meio à seca, sem se preocupar com medidas de higiene; nas cidades, as pessoas protestam nas ruas contra a fome e a escassez.
A família Agustina Recoleta implemen-tou uma resposta em duas fases para evi-tar práticas ilícitas entre seus cidadãos que poderiam levar Serra Leoa a uma situação ainda mais dramática.
Em primeiro lugar, propomos ações de prevenção tais como a confecção de más-caras, a distribuição gratuita de sabonetes e álcool gel além de palestras informativas em dialetos locais para aumentar a cons-cientização sobre a covid-19. A segunda etapa consiste em oferecer atendimen-to direatendimen-to às pessoas, principalmente as crianças e seus familiares nas escolas da família Agostiniana Recoleta. Essa ajuda consiste principalmente no fornecimen-to de arroz, seu alimenfornecimen-to básico e que se tornou drasticamente caro devido à crise econômica.
«Sede gentis entre vós, compassivos, perdoando-vos mutuamente como Deus vos
perdoou em Cristo» (Ef 4,32)
Projeto UBUNTU
novembro
29
Domingo I do Advento Filipinas S. LeonaQuarta feira I do Advento
02
dezembro
«Não amemos com a palavra nem com a boca, mas com obras
e com a verdade» (1 Jo 3, 18)
Nas Filipinas, como na maioria dos países do mundo, devido a pandemia da CO-VID19, a não é possível a educação pre-sencial nas salas de aula das escolas, facul-dades e universifacul-dades. O governo filipino promove a educação não presencial, que requer materiais educacionais adaptados, professores preparados para o trabalho docente com esta nova metodologia e fe-rramentas e, acima de tudo, precisa que os professores e os estudantes tenham os meios necessários para acessar este siste-ma educacional: dispositivos eletrônicos e, em muitos casos, também acesso à In-ternet.
O estado das Filipinas não fornece esses dispositivos eletrônicos aos estudantes, deixando a responsabilidade de fornecer
os meios nas mãos das famílias para que estas deem aos seus filhos. Mas como os pais de famílias numerosas podem dar um dispositivo a cada um de seus filhos? Como os pais que perderam seus empre-gos durante a pandemia ou que ganham apenas o suficiente para sobreviver a cada dia, lidarão com essas despesas?
ARCORES Filipinas, ao reivindicar pe-rante as autoridades Filipinas o direito de acesso à educação para todas as crianças, lançou a campanha RE-Connect-ED, onde arrecada doações de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para entre-gá-los a crianças que necessitam, e tam-bém oferece às crianças treinamento no uso desses dispositivos quando lhes são entregues.
Reflexão-Oração
Dá ao irmão necessitado. A que irmão? A Cristo. Se dás ao irmão, dás a Cristo; se dás a Cristo, dás a Deus, que sobre todas as coisas é digno de ser abençoado para sempre. Deus quis precisar de ti, e vais retirar as tuas mãos? Ajuda-nos, Senhor, a ser generosos e a dar como Tu nos deste, com abundância e generosidade (Santo Agostinho, em. Ps. 147, 13).
Re-connect-ed
Filipinas Terça-feira I do Advento01
dezembro
«Ainda que eu seja pobre e infeliz, o Senhor se ocupará de mim. Tu és o meu auxílio e libertador, não te atrases, Deus meu!»
(Sl 40,18)
Como continuação do projeto Estações de Gentileza e diante das sérias difi-culdades que muitas famílias filipinas enfrentam para conseguir alimentos, especialmente arroz, nossos irmãos da ARCORES Filipinas iniciaram uma pa-daria solidária em Cebu. Graças à cola-boração de Living Laudato Si ', que doou um forno, diariamente são produzidos pãezinhos com o objetivo de suprir a carência de carboidratos das famílias mais humildes da região.
Essa primeira padaria é apenas a primei-ra etapa do projeto Padarias Kindness, uma rede de pequenas padarias para for-necer pão à população mais afetada pela crise econômica decorrente da pande-mia do corona vírus.
Neste programa, ARCORES Filipinas e congregações associadas e entidades da sociedade civil trabalham juntas. Os voluntários distribuem estrategicamente para comunidades remotas e são
respon-sáveis por treinar líderes locais em Naga (Cebu) na fabricação de pães e produtos de pastelaria para desenvolver ao longo do tempo, mesmo após a crise.
Este projeto está estabelecendo uma for-te aliança entre organizações: congre-gações religiosas (Frades Franciscanos da Caridade e Ordem dos Agostinianos Descalços), grupos ambientalistas (SEE-D4COM, Pusyon Kinaiyahan) e organi-zações de apoio de comunidades margi-nalizadas.
A ARCORES Filipinas está voltada para esta iniciativa de panificação e está ex-plorando se ela permitirá enfrentar o problema da fome de forma sustentável, mesmo após a crise da COVID-19. O orçamento de cada Padaria Kindness é de 900 euros. Cada forno tem um cus-to de 500 euros. As ferramentas básicas para fazer pão custam 100 euros. 10 sa-cos de farinha custam 300 euros.
Oração
Oremos para que cada dia mais pessoas colaborem, com a caridade, em projetos de ajuda dos que passam fome. Deus conceda a todos o alimento físico do pão de cada dia e suscite o desejo interior do Pão espiritual da Eucaristia, no qual todos formamos um só corpo em Cristo Jesus. Obrigado, Deus misericordioso, pelo pão que nos alimenta todos os dias!
Padarias de
Gentileza
Sexta-feira I do Advento
04
dezembro
«E dar-vos-ei um coração novo, infundirei em vós um espírito novo, arrancarei da vossa carne o coração de pedra, e dar-vos-ei um coração de carne»
(Ez 36,26)
O governo da República Dominicana de-clarou estado de alarme em 16 de março e, desde então, seus 10 milhões e meio de habitantes foram obrigados a permanecer semanas em suas casas. Naquela época, as pessoas das camadas mais pobres da so-ciedade viram sua renda reduzida a zero. Famílias que dependem de sair à rua to-dos os dias como vendedores ambulan-tes, engraxates ou catadores de lixo ... os chamados lixeiros, deixaram de receber renda e sua situação ficou ainda mais fra-gilizada, se é possível.
Da mesma forma, devido à obrigatorieda-de obrigatorieda-de permanecer em suas casas, nossos companheiros da ARCORES República
Dominicana tiveram que encerrar seus dispensários médicos. No entanto, eles não ficaram parados, de braços cruzados, reorientaram seu trabalho para servir es-sas famílias que estão passando por mo-mentos difíceis com a distribuição regular de sacolas de alimentos básicos em várias comunidades de Bajos de Haina. Este tra-balho tem sido possível graças ao apoio do governo e de outras entidades como a Associação das Indústrias.
Esse auxílio também chegou para cerca de vinte mulheres jovens, beneficiárias do projeto de atenção integral às adolescentes grávidas, que felizmente não foram atingi-das neste período.
Oração
Momentos difíceis acontecem diariamente em muitas partes do mundo, sobretudo e com maior incidência em zonas rurais, onde as carências afetam não só a alimentação, mas também o trabalho, a educação e, especialmente, a saúde. Oremos a Deus para que sempre haja uma mão amiga que se estenda em ajuda de todos aqueles que sofrem as consequências da pandemia.
Programa COVID-19
Rep. Dominicana Quinta feira I do Advento03
dezembro
«Seja o Senhor refúgio do oprimido, baluarte em tem-pos de angústia! Confiai em
Vós, os que conhecem o Vosso nome, pois não
abandonais os que vos buscam» (Sl 9, 10-11)
Com o objetivo de cuidar da saúde das pessoas e ao mesmo tempo proteger o meio ambiente, ARCORES Filipinas, em colaboração com Serra Leoa, Venezuela e Argentina, lançou o projeto ‘Eco másca-ras’, ou máscaras ecológicas.
Diferentes organizações ambientais têm denunciado que o uso de máscaras des-cartáveis está se tornando um problema para o meio ambiente devido à quantida-de quantida-de lixo que é gerado diariamente em todo o mundo.
ARCORES pretende reduzir o uso de máscaras descartáveis e apostar nas Eco máscaras, respiráveis e reutilizáveis. Além
disso, esse projeto tem conseguido forne-cer essa proteção contra o vírus a famílias cujos recursos não são suficientes para fazer frente aos custos das máscaras des-cartáveis. Na compra de uma máscara, outra foi entregue a um beneficiário. Por outro lado, estas Eco máscaras tor-naram-se uma pequena obra de arte na transmissão de mensagens relacionadas a consciência ambiental e de amor e tam-bém de promover os motivos artísticos próprios de cada comunidade. Sem es-quecer que a produção é feita pelas pes-soas afetadas pela crise da covid-19 nas Filipinas, Serra Leoa, Venezuela e Argen-tina.
Reflexão-Oração
"Temei o Cristo de cima, e reconhecei o Cristo de baixo. Tens acima o Cristo generoso, tens abaixo o Cristo necessitado. Aqui ele é pobre, lá ele é rico. Como aqui, Cristo é po-bre, ele fala por nós: tive fome... tive sede... estive nu, fui estrangeiro... Estive na prisão... Portanto, Cristo é rico e pobre; rico como Deus, pobre como homem. Fazei, Senhor, que reconheçamos a tua presença em todos os que sofrem, particularmente nos neces-sitados, já que tu quiseste fazer-te pobre para nos enriquecer com a tua pobreza" (Santo Agostinho, s. 123,4).
Eco máscaras
Domingo II de Advento
06
dezembro
«Dai-lhes vós mesmos de comer» (Mt 14,16)
Nossos companheiros da ARCORES Peru também enfrentaram o corona vírus com o coração, por isso não po-deriam chamar esta campanha de outra forma: “Corações inquietos para servir”. Promovida pelo Prior Victor, nossa fa-mília no Peru lançou de 25 de abril a 9 de junho uma campanha nas redes so-ciais para arrecadar fundos afim de aju-dar as pessoas mais vulneráveis das cin-co paróquias administradas pela família Agostiniana no país. A ideia é chegar àqueles que não foram alcançados pelo Estado, pela Caritas ou por qualquer outra instituição de ajuda e oferecer a eles uma grande cesta de alimentos bá-sicos. A distribuição ocorre nos meses de junho e julho.
As paróquias beneficiárias deste pro-grama foram Santa María Magdalena, Nuestra Señora de la Consolación, Del Espíritu Santo, Dulce Nombre de Jesús e Santa Mónica. Do mesmo modo, é im-portante referir que a freguesia de Santa Rita de Cassia se organizou para reali-zar esta campanha por conta própria e assim partilhar a ajuda com os próprios paroquianos.
Esses alimentos, obtidos principalmen-te por meio das contribuições dos paro-quianos, ajudarão mais de 200 famílias em sérios problemas econômicos de-vido a covid-19. Além disso, espera-se ajudar essas famílias, também, financei-ramente, pelo menos durante os meses de junho, julho e agosto.
Reflexão
Muitas vezes lemos o número de pobres e necessitados no mundo, e retemos apenas o dado estatístico, sem nos darmos conta de que são pessoas. Quando se promovem iniciativas de ajuda aos necessitados, é necessário fixar-se na dignidade da pessoa. Os pobres estão sempre confiantes na misericórdia de Deus, e nós somos chamados a ser rosto de misericórdia em coisas pequenas, mas que serão muito grandes para quem as receber. De nós depende também mudar o mundo, dar-lhe outra face, a face de uma sociedade fraterna e solidária. Precisamos de um mundo justo e fraterno, onde todos nos relacionemos e vivamos como irmãos.
“Corações inquietos
para servir”
Peru Sábado I Advento Dia do Colheita05
dezembro
«Lembra-te do necessitado, pois tu também o és; lembra-te do pobre, pois tu tam-bém o és. Por muito que nades em riquezas, estás vestido com roupas de carne»
(Santo Agostinho, s. 339,3)
Embora a Costa Rica seja um dos países em que a gestão estatal da crise da Co-vid-19 tem sido mais bem-sucedida, as pessoas que vivem em condições pre-cárias e sob risco de exclusão foram se-riamente afetadas por esta pandemia. Por isso, ARCORES Costa Rica lançou a campanha 'Vamos espalhar solidarie-dade', com o objetivo de obter alimentos ou doações financeiras para alimentar as famílias mais carentes, especialmente as afetadas pelo isolamento preventivo con-tra o corona vírus.
A gestão deste projeto está a cargo da pa-róquia Imaculada Conceição de Pozos, em Santa Ana, com a participação diária de 40 voluntários.
A distribuição de alimentos e produtos de limpeza atingiu mais de 900 famílias em extrema necessidade. A campanha está integrada ao sistema nacional de emergência. ARCORES Costa Rica rea-liza um censo de todas as famílias que atende e envia relatórios quinzenais ao governo.
Reflexão-oração
Durante o tempo de emergência sanitária, qual foi o meu papel em relação aos mais necessitados? Eu fui capaz de pensar naqueles que realmente passaram mal, e sofreram por causa do desemprego, da fome, da depressão ou da perda de alguém próximo? Vi neles o rosto de Cristo sofredor? Partilhei com os menos afortunados algo do que tenho, ou tomei alguma iniciativa para conseguir ajuda dos outros?
Senhor, obrigado pelo teu infinito amor por nós, teus filhos; ajuda-nos a amar como tu, a sentir como tu, e que esse amor nos leve a estender a mão aos que passam neces-sidade.
“Vamos espalhar
Solidaridade”
Terça-feira II do Advento Imaculada Conceição
08
dezembro
«Assim louva o uso dos bens; de modo que com este acréscimo prescreve a co-munhão de bens: dar de beber ao sedento, dar comida ao faminto,
abrigar ao que não tem teto e vestir o que está nu»
(Clemente de Alexandria, que rico se salva? Fontes patrísticas, Ciudad Nueva, Madrid, 2010, QDS)
Embora o trabalho da comunidade mis-sionária agostiniana de Atapirire, no sul do estado de Anzoátegui, na Venezuela já fosse incessante antes da covid-19, a pan-demia agravou a situação de quem busca ajuda e atrapalhou o trabalho diário dos que ajudam.
O programa 'Unidos pela Venezuela' da ARCORES Venezuela, ativo desde 2017 e que inclui a missão Atapirire junto com outras 30 obras administradas pela família AR da Venezuela, que atende à demanda social por alimentos de 190 pessoas nesta cidade, foi reforçado du-rante a pandemia. As irmãs e voluntárias de Atapirire, além de tomarem medidas
de higiene extremas e evitar as refeições no local, aumentaram seus esforços para chegar a mais pessoas.
O trabalho diário realizado neste projeto vai desde o preparo e distribuição de re-feições diárias de segunda a sexta-feira, distribuição de medicamentos, apoio a jantares completos para crianças da re-gião ... Além disso, as irmãs, sendo uma das poucas que podem conseguir gasoli-na, foram colocadas como encarregadas de fazer compras no Tigre, a maior cida-de próxima, e distribuí-los entre os habi-tantes de Atapirire. Toda ajuda é pouca, principalmente agora.
Reflexão
Encontramo-nos num tempo difícil, de grandes desafios, mas também num tempo de grandes oportunidades para compartilhar e sair ao encontro do outro, do próximo, do mais desprotegido e faminto. É tempo de sair como Igreja, unidos, acompanhando aquele que tem necessidade de ser alimentado, exercendo de coração um serviço com caridade e ao mesmo tempo agradecendo ao Senhor os dons recebidos, compartil-hando-os com os irmãos, sendo criadores de comunhão e solidariedade, transforman-do-nos numa família que abraça de forma integral todas as dimensões. É tempo de estreitar os laços de proximidade sem procurar protagonismos, mas antes colaborando com as necessidades de outros irmãos através da misericórdia e do amor que Jesus nos ensinou. Como cristãos somos chamados a ser testemunhas coerentes que têm como modelo de vida Jesus Cristo, o compassivo e misericordioso.
“Unidos com a
Venezuela” é reforçado
Venezuela
Reflexão
O bispo dos pobres, Santo Tomás de Vi-lanova, convida-nos a ser misericordio-sos: «Muitas são as razões que nos de-vem mover à misericórdia. Em primeiro lugar, a nossa própria miséria: "Ao saber de desgraças, aprendo a socorrer os infe-lizes", dizia o poeta Virgílio. Além disso, é de grande utilidade, pois também nós precisamos de misericórdia: "Bem-aven-turados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia" (Mt 5,7). Tam-bém o Sábio nos diz: "Quem se compa-dece do pobre, empresta ao Senhor, e este o pagará com seus interesses" (Pr 19,17). Repare na utilidade que nos recorda o Salmo: "Feliz é aquele que cuida do po-bre e indefeso; no dia de trevas o Senhor o tornará a salvo. O Senhor o conservará, e o fará feliz na terra, e não o entregará à ira de seus inimigos. O Senhor o ajuda-rá" (Sl 40,2-4). Vede as muitas e grandes utilidades. Pelo contrário, "haverá um jul-gamento sem compaixão para aquele que não teve compaixão" (Sl 2,13). Portanto, se estamos necessitados de misericórdia, devemos tê-la com os irmãos. Move-nos, em terceiro lugar, a ser misericordiosos a multidão de infortunados que há. Este mundo está todo cheio de necessidades e de necessitados; é como uma grande hospedaria de pobres... Em quarto lugar, devemos nos mover para compaixão a obrigação que temos, sob pena do in-ferno, de ajudar aquele que se encontra em extrema necessidade. Está claman-do contra nós a indigência claman-dos pobres, e seu grito sobe até a presença de Deus. Um tem tudo em abundância, e outro está morrendo de fome; não pedirá Deus conta disto? Palavras duras de Ambrósio: Você viu um pobre que morria de fome? Se não lhe deste de comer, você o matou novamente» (Santo Tomás de Vilanova, Conción 199,5).
Segunda-feira II do Advento
07
dezembro
«Este pobre clamou, e o Senhor o ouviu» (Sl 34,7)
Os mais desfavorecidos da zona 14 da Cidade da Guatemala sabem que na Pa-róquia de San Judas Tadeo sempre há um lugar para eles. Hoje, este centro adminis-trado pela Família Agostiniana Recoleta tornou-se uma referência para todos os que ficaram desamparados pela covid-19. Além da ajuda e do treinamento tradicio-nais que já eram oferecidos, agora existe o fornecimento de alimentos e necessidades básicas.
Mas não é a única ajuda que a família Agostiniana Recoleta da Guatemala vem desenvolvendo ultimamente no país. A 200 quilômetros da capital, em Toitonica-pan, na freguesia de São Miguel Arcángel, onde é oferecido apadrinhamento a 200 crianças, foi lançado um programa de apoio a famílias em situação de extrema vulnerabilidade devido à crise do corona vírus.
Durante os meses de abril e maio, foram distribuídas sacolas de alimentos e outros itens essenciais (milho, açúcar, sal, café, óleo, macarrão, sabão ...) para 1000 famí-lias. Além disso, as famílias das crianças apadrinhadas receberam quatro galinhas e quatro tomateiros para que possam pro-duzir para autossuficiência ou vender. A Paroquia S. Miguel Arcángel de Toto-nicapán tem conseguido mobilizar outras entidades e organizações comunitárias e de bairro de Totonicapan, bem como os meios de comunicação nesta onda de soli-dariedade, dando vida ao lema da ARCO-RES: “Movendo corações, transformando vidas”.
Programa COVID-19
Quarta feira II do Advento
10
dezembro
«Se não consegues encontrar Cristo em quem pede às portas da igreja, não o encontrarás no cálice»
(São João Crisóstomo)
Reflexão
Estou com fome! Ouve-se de longe a voz de um adolescente pedindo a seu pai que lhe compre umas guloseimas; o pai lhe responde que não tem recursos para comprá-las. Chantagens vão, palavras voltam. O momento é tenso.
Quantas vezes temos a atitude de adolescentes! Concentramo-nos nas nossas exigên-cias, nos nossos interesses egoístas, e não vemos a necessidade do outro. Usamos a palavra para realizar nossos caprichos e ter experiências agradáveis. Neste dia, peça-mos ao Senhor que nos ajude a ser conscientes e sensíveis às necessidades dos nossos semelhantes.
Comida contra
COVID-19
Argentina Terça-feira II do Advento09
dezembro
«A velhice não é uma doença, é um privilégio. A solidão pode sê-lo, mas somos capazes de curá-la »
(Francisco)
As três residências para idosos adminis-tradas pela ARCORES Venezuela, admi-nistradas pelos agostinianos recoletos do Coração de Jesus, tomaram precauções extremas para evitar o contágio desde que foi decretado o Estado de Alarme em 14 de março.
As pessoas que residem nesses centros, localizados em Maracay, em La Victoria (estado de Aragua) e San Felipe (estado de Yaracuy), não podem receber visitas de parentes ou colaboradores. No entanto, as doações não pararam. Quase sempre em espécie e sendo entregues na portaria. Por sua vez, os funcionários aumentaram as já habituais medidas de higiene,
trabal-hando com máscaras e limpando regular-mente as instalações com vinagre e cloro. Da mesma forma, um esforço econômico extraordinário é feito para que os trabalha-dores evitem o transporte coletivo. Graças a essas medidas, nenhum dos ido-sos atendidos nas residências adoeceu. No entanto, as irmãs têm que sair todas as se-manas para buscar alimentos para abaste-cer os centros, o que abre a porta de acesso ao vírus, então elas trabalham para fazer grandes compras que limitam os pontos de venda. O cuidado e a proteção dos idosos são a prioridade.
Reflexão
O vírus teve de chegar para eu perceber que estavas lá!
Na rotina da vida, no ir e vir de um dia ordinário, nos encontramos com a dinâmica do descarte, pois o que consideramos menos importante o retiramos de nossa vida. A dinâmica do descarte é consequência da autossuficiência e do egoísmo, que levam a pessoa a fechar os olhos às necessidades dos outros e a concentrar-se no interesse pessoal.
Durante este tempo de pandemia ocuparam um lugar especial os idosos, homens e mulheres que nos precederam em nosso caminhar. Eles voltaram a aparecer como vítimas da solidão e do abandono. O baú de experiências, evitado como antiquado e inútil, obrigou-nos a ressaltar o tesouro mais precioso, a vida. Infelizmente, muitos anciãos nos deixaram no meio do sofrimento e da solidão.
Os idosos uma
preo-cupação especial
Venezuela
Com o início da crise causada pelo coro-na vírus, ARCORES Argenticoro-na não quis abandonar todas as pessoas que frequen-tam regularmente os 25 refeitórios e áreas de piquenique que a entidade atende no bairro Loyola de San Martín, na região metropolitana de Buenos Aries. Por isso, lançou diversas campanhas de arreca-dação e alimentação para abastecer esses espaços.
O primeiro deles, iniciado em abril com o nome de "Ajudem-nos a ajudar", obteve em poucos dias 62.000 pesos argentinos
(cerca de 955 euros) e alimentos para abastecer seis veículos. Seguiu-se outra para coletar leite para abastecer o lar in-fantil Pequeños Pasos.
Esse foi o germe de tudo o que se seguiu: uma distribuição seguida de alimentos frescos, como carne bovina e frango e alimentos não perecíveis como farinha de trigo, açúcar, sal, erva-mate, chá, ma-carrão, farinha de milho, arroz, legumes, óleo, tomate e atum enlatados, aveia em flocos, chocolate em pó, biscoitos doces e salgados e leite em pó e normal.
Sábado II de Adviento
12
diciembre
«Firmemente ao nosso espírito, devem compreender-se com plena fé, abraçar-se com toda a alma, devem realizar-se à força de incessantes
e generosas obras de caridade»
(San Cipriano, Sobre a peste, Julio Campos, SCH. P., Obras de San Cipriano, em Tratados, Cartas. BAC, Madrid, 1965, 252-272).
A doença causada pela covid-19, à qual se somam as medidas cautelares com que são mantidos os enfermos (isolamento, quarentena ...), foi um duro golpe emo-cional para os afetados e seus familiares. Foi o que levou ARCORES Argentina a buscar meios de oferecer apoio psicológi-co, social e espiritual a todas essas pessoas. O objetivo é formar uma equipe multi-disciplinar de voluntários especializada
em psicologia, serviço social, sacerdócio, educação, etc. No entanto, as próprias circunstâncias decorrentes da pandemia dificultaram essa tarefa e não foi possível começar.
As consequências serão difíceis de apa-gar, então este programa começará assim que as restrições de movimento e reunião forem reeducadas o que deve durar pelo menos um ano.
Reflexão
Neste tempo de pandemia, enfrentamos uma realidade que nos dói. Dói-nos porque nos separou não só dos entes queridos que vivem perto de nós, mas também de muitas pessoas que necessitavam ser ouvidas, ou que tinham necessidade de um abraço, de consolo ou de um sorriso. Este tempo de quarentena, sem o pretender, ensinou-nos a viver com nós mesmos; ajudou-nos a escutar no interior do coração e da alma, para compreender as nossas limitações. O que é que Deus me pede agora? A fragilidade humana colocou-nos diante da nossa finitude; e recordou-nos neste momento que é prioritária a vida, que precisamos uns dos outros para poder ir em frente; além disso que há muitos irmãos que esperam uma mão solidária e um coração como o de Jesus Cristo, que ama sem condições
Atendimento
psicológico e espiritua
Argentina Quinta feira II do Advento11
dezembro
«Não pode ser que Cristo passe fome nos pobres, enquanto eu guardo em minha casa algo com que os possa socorrer»
(Santo Domingo de Guzmán)
A crise que se seguiu ao aparecimento da covid-19 obrigou muitas famílias argen-tinas a escolher entre comer ou comprar remédios e outros produtos básicos para viver durante o inverno em meio a uma pandemia.
Por isso, ARCORES Argentina lançou três campanhas fundamentais para o for-necimento de medicamentos, agasalhos e máscaras às pessoas mais carentes do bairro de San Martín de Buenos Aires. Com eles, foram obtidas doações de me-dicamentos vizinhos, farmácias e labo-ratórios da Caritas, que atingem cerca de 200 pessoas. Por outro lado, roupas e cobertores foram entregues a pessoas que moram na rua e vão para os refeitórios administrados pela ARCORES na cidade de Buenos Aires. Além disso, foi adicio-nado a fabricação e distribuição de 4.000 eco-barbixas, como eles chamam as más-caras na Argentina, dentro da campanha
de máscaras ecológicas iniciada na AR-CORES Filipinas e estendida a Serra Leoa, Venezuela e Argentina.
Oração
Senhor Jesus, médico das almas, infunde em mim um coração cheio de solidariedade, que esteja sempre disposto ao serviço do próximo. Ajuda-me a descobrir-te no mais necessitado, e a nunca te deixar sozinho. Senhor, encoraje meu coração para que eu possa me esvaziar de mim mesmo, e assim me encher de sua generosidade. Deixa que teu amor atue em mim e te leve aos demais. amém.
Campanha de saúde
e contra o frio
Segunda-feira III do Advento
14
dezembro
«Precisando como precisamos de um mediador perto deste Mediador, ninguém pode desempenhar tão proveitosamente este ofício como Maria»
(São Bernardo de Claraval)
A paralisação de grande parte da econo-mia espanhola colocou em grave situação de vulnerabilidade aquelas pessoas que, antes da covid-19, já se encontravam em situação precária. Moradores de rua, fa-mílias com recursos limitados, imigrantes ... estes foram os primeiros a sentir a crise gerada pela pandemia.
ARCORES Espanha concentrou-se nas instituições que tradicionalmente se dedi-cam a ajudar grupos em dificuldade. Esses espaços costumam receber ajudas e doações em espécie de outras entidades, que devido à pandemia também pararam de funcionar. Por isso, para tentar ameni-zar esta situação, foi lançada em março a campanha 'Rede de solidariedade contra o corona vírus', com o objetivo de arreca-dar donativos para apoiar dois projetos: a Casa Madre de Dios de Granada e o
centro de acolhimento e integração social Santiago Masarnau de Madri.
A Casa Mãe de Deus de Granada atende pessoas em grave risco de exclusão social, carentes de recursos econômicos, mo-radia e com problemas de dependência química. Esta instituição tem sido afetada por receber mais moradores de rua e re-duzir seus voluntários devido ao confina-mento. Até agora, já recebeu € 6.900 para dar continuidade ao seu trabalho.
Por outro lado, ARCORES entregou € 2.700 ao centro de Santiago Masarnau para que em junho, julho e setembro pudesse continuar oferecendo as três re-feições diárias em seu refeitório, a uma média de 400 pessoas por dia. Voluntários da ARCORES colaboram na preparação e distribuição da comida...
Reflexão
"Eleva os humildes e enche de bens os famintos". Maria evoca no seu cântico de louvor ao Senhor que os vulneráveis serão privilegiados. Maria, a mãe dos pobres, aquela que viveu a vulnerabilidade da humildade e confiou sempre em Deus, assegura aos pobres que em Deus há esperança. Peçamos a Maria, a Mãe de Deus, que possamos seguir o seu exemplo de dedicação e disposição em favor dos mais necessitados.
Alimentação para
os indigentes
Espanha Domingo III do Advento13
dezembro
«Em verdade vos digo que tudo quanto fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos a mim o fizestes»
(Mt 25,40)
Poucos dias após o estabelecimento do Estado de Alarme na Espanha, quando o número de internações superlotaram os centros de saúde do país e milhares de pessoas permaneceram internadas na so-lidão absoluta e sem ter a certeza do que lhes ia acontecer, ARCORES lançou uma preciosa iniciativa: Cartas de esperança. A Covid-19 mudou muitas coisas, entre elas, a maneira como os pacientes são tra-tados. O isolamento total, a proibição do contato humano, o carinho à distância, fez com que muitos infectados graves, que tiveram que permanecer no hospital, ficassem longos períodos de tempo sem
nenhum contato humano.
Talvez os idosos, alheios às novas tele-comunicações, tenham sido os que mais sofreram durante esses dias solitários. Então esta ação tem procurado amenizar esse sentimento, tem procurado levar o carinho dos membros da ARCORES a es-ses pacientes, para que eles se sintam um pouco acompanhados.
Graças a Cartas de esperança, mais de 130 pessoas receberam textos afetuosos em hospitais de toda a Espanha, deixando lindos testemunhos de cuidado e carinho aos nossos idosos.
Reflexão
Em muitos casos, as doenças afetam as pessoas de acordo com o seu estado de espírito: é importante ter bom ânimo e esperança. Mesmo que não sejamos médicos, somos capazes de ajudar os nossos... E agora, na situação de emergência, podemos ser de grande ajuda para um desconhecido com apenas uma palavra de esperança. Já pensou em dar ânimo a um necessitado? - Não tenho tempo, pode dizer. Na realidade, não faz falta muito tempo. Eu posso escrever algumas palavras do coração. Tenho certeza que perto de casa você tem uma casa de família ou de idosos. Alguns deles não recebem, há muito tempo, uma visita ou telefonemas da sua família. Com suas palavras e sua ami-zade, quanto bem pode fazer por um irmão! Jesus está aí, em cada irmão que vemos.
Uma carta de
esperança
Quarta feira III do Adviento
16
dezembro
«Deves esvaziar-te daquilo de que estás cheio, para que possas ser preenchido daquilo que estás vazio»
(Santo Agostinho)
Quando o governo mexicano decidiu que as pessoas deveriam ficar confi-nadas em suas casas para lidar com a pandemia do corona vírus, milhares de famílias ficaram sem trabalho e, por-tanto, sem renda. Fome não entende quarentenas, por isso as missionárias agostinianas recoletas, junto com o pároco Pe. Manuel Antonio Flores, ao transmitirem a Missa pelo Facebook, encorajaram seus paroquianos a darem uma ajuda aos mais desfavorecidos pe-lacovid-19 em Querétaro, no estado de Chihuahua.
Esta ação solidária se chamou 'Unidos pela despensa' e graças a esse gesto, não
só os tradicionais beneficiários da Ca-ritas foram atendidos, mas centenas de pessoas afetadas pela crise econômica e puderam levar alimentos aos idosos com dificuldades para sair de suas ca-sas. A ajuda incluiu alimentos, produtos de limpeza e outros itens essenciais. Trabalho semelhante está sendo reali-zado em Las Vías, ao norte da Cidade do México, onde famílias chegam em busca de um futuro melhor e acabam vivendo mal, ou em Totalapan, onde se ajuda especialmente a famílias com algum de seus membros com paralisia cerebral.
Oração
Deus da infinita misericórdia, que dás quanto te pede, ensina-me a dar tudo, inclusive a dar-me a mim mesmo. Que te possa levar a todos os homens para que assim, eles te conheçam. Não permita que eu fique preso em meu conforto, mas sim, que possa sair ao encontro dos demais. Que possa ver teu rosto através deles e eles possam vê-lo através de mim. Senhor, dá-me e envia quanto me pedes e deixa-me servir contigo até o final. Amém.
Reforço dos programas
existentes
México
Terça-feira III do Advento
15
dezembro
«Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros.
Que, como eu vos amei, também vós vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros»
(Jo 13,34-35)
Tláhuac é uma das dezesseis demarcações territoriais da Cidade do México e é uma das mais atingidas pela covid-19, tanto do ponto de vista sanitário como socioe-conômico. ‘ARCORES ao encontro dos corações’ é a campanha idealizada pela ARCORES México para aliviar esta si-tuação.
A ideia desta ação é dar continuidade aos projetos e obras sociais em andamento e continuar com o apoio as pessoas atingi-das, com os medicamentos e com os ali-mentos. Em Tláhuac, uma nova forma de trabalho foi iniciada através de pessoas
ou familiares que moram na área especí-fica, para coordenar o socorro, identificar pessoas necessitadas e acompanha-las. Os gestores e voluntários da ARCORES Mé-xico, procuram os meios materiais e arti-culam a resposta a partir da informação e do trabalho de proximidade dos “elos” locais, com os quais têm comunicação permanente.
Essa experiência também serviu para estender o projeto a outras localidades, como as fazendas de Puebla, Naucalpan, Los Reyes, com a Fraternidade Secular Agostiniana Recoleta (FSAR) e Tlaxcala.
Reflexão
A realidade social de muitos lugares mudou radicalmente por causa da pandemia. Muitos irmãos ficaram sem trabalho. Roguemos a Deus por tantas pessoas que per-deram seu trabalho. Que não lhes falte o alimento de cada dia e a saúde. Que aumente a fraternidade, para que aqueles que mais têm compartilhem com os que têm menos.
"ARCORES ao
encontro dos
corações"
Sexta- feira III do Advento
18
dezembro
«Aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes; no entanto, não aprendemos a arte de viver juntos, como irmãos»
(Martin Luther King Jr.)
A Família Agostiniana Recoleta está apoiando onde é preciso neste momen-to difícil para momen-todos. Por esse motivo, a ARCORES Brasil colocou a Secretaria Municipal de Saúde de Maringá, no es-tado do Paraná, à disposição das admi-nistrações públicas.
Neste espaço, que conta com 24 quar-tos duplos, estão alojados os 32 profis-sionais de saúde que prestam serviço na Santa Casa de Maringá, o que lhes permite cumprir o isolamento preven-tivo que deve manter quem atende aos doentes da covid -19.
Ao mesmo tempo, o mesmo tem sido feito com o centro social que os agos-tinianos recoletos administram no mu-nicípio de Breves, na ilha de Marajó, no estado do Pará.
Além disso, a lancha que os agostinia-nos recoletos possuem na cidade de Portel foi concedida com o objetivo de facilitar o transporte de pacientes da re-gião de Portel para a capital do estado, Belém do Pará, onde estão os hospitais equipados com Unidades de Tratamen-to intensivo.
Oração
Senhor, Deus e Pai nosso! Te agradecemos por tantas vidas entregues ao serviço dos mais necessitados do nosso mundo. E te pedimos que continue inspirando corações capazes de te ver e escutar nos simples e desamparados. Que cada lágrima derramada na terra seja semente de esperança semeada no coração de muitos. Algo já se realizou, mas ainda há muito a fazer na messe, que é abundante e precisa de solidariedade e da força de Deus Pai.
Colaboração
com a saúde
pública
Brasil Quinta feira III do Advento17
dezembro
«A esperança dos pobres nunca será frustrada» (Sl 9,19)
ARCORES Colômbia iniciou no mês de Abril um programa de resposta aos atin-gidos pela pandemia Covid-19 na Colôm-bia, que inclui 16 iniciativas, realizadas através de seus membros: Missionárias Agostinianas Recoletas, Agostinianas Re-coletas dos Enfermos, Ordem dos Agos-tinianos Recoletos, as Fraternidades, as JAR, a Fundação S. Ezequiel Moreno e a Uniagostiniana.
As iniciativas concentram-se em diversos domínios em resposta às necessidades das pessoas afetadas pela pandemia: atenção e acompanhamento espiritual, ajudas à educação, entrega de ajudas econômicas, entrega de alimentos, campanha de pre-venção e autocuidado frente à Covid-19 e colaboração econômica com outras
instituições como o Banco de Alimentos de Bogotá, a Arquidiocese de Bogotá e a fundação Milagrinos.
Este programa atinge mais de 2.500 fa-mílias principalmente de Bogotá, mas também de Cali, Yopal e outras 30 loca-lidades colombianas nas quais trabalha a Fundação San Ezequiel Moreno. A maio-ria das pessoas atendidas pertence a famí-lias que estão com dificuldades em comer diariamente, sem-abrigo e também as pessoas que tiveram de enfrentar a perda de entes queridos, bem como a trabalha-dores do setor da saúde.
O Programa mobiliza centenas de volun-tários e as ajudas ultrapassam os $40.000.
Reflexão
Santo Tomás de Vilanova convida-nos a praticar a misericórdia com amor e alegria: «Quantos pães tendes? Eles responderam: Sete, e dois peixes (Mc 8,5). São as sete obras de misericórdia. Se não tens para os temporais, realiza as espirituais, e terás dado uma importante esmola: aconselha, corrige, ensina. Põe de bom grado os teus pães à dispo-sição; mas não sozinhos, tempera-os com peixes, para que sejam saborosos. Os dois peixinhos, condimento do pão, são o amor e a alegria. Deus não olha o quanto, mas o com quanto. Igualmente, Deus ama ao que dá com alegria (2Cor 9,7), não com rosto triste ou seco. Tudo o que você der, dê com o semblante alegre (Eclo 35,11). Que bom tempero é a alegria para a esmola! Deus não quer serviços forçados. Ao fazê-lo, não há dúvida de que na glória vindoura recolherás para ti sete cestos (Mc 8,8), aos quais levar-nos-á Jesus Cristo nosso Senhor (Santo Tomás de Vilanova, Conción 199,7).
Banco de Alimentos
de Bogotá
Domingo IV do Advento
20
dezembro
«Por amor do teu amor faço o que faço» (Santo Agostinho, conf. 2,11,1)O Banco de Alimentos do Panamá, ins-tituição líder na luta contra a fome no país centro-americano, foi escolhido para coordenar o trabalho de distribuição de alimentos aos afetados pela covid-19 no Panamá.
Esta instituição, liderada pela Família Agostiniana Recoleta e que reúne tam-bém o meio empresarial panamenho, foi escolhida pela transparência de sua ges-tão nos cinco anos de existência.
Além da doação da Fundação Alberto Motta de meio milhão de dólares, o BAP lançou a campanha ‘Alimente uma vida’ para gerenciar doações privadas. Com os recursos obtidos, esta organização com-prou alimentos para distribuir em todo o país, por meio de uma rede de volun-tários, a 150 instituições com as quais o Banco colabora e mantém acordos de co-laboração.
O projeto consegue, assim, atender a mais de 30.000 famílias panamenhas com lo-gística e distribuição eficientes, o que tem sido um desafio para os voluntários do BAP devido ao aumento do volume de operações.
Oração
Senhor, ajuda-nos a ser transparentes, a procurar no nosso interior, e assim teremos um duplo tesouro: as nossas luzes e sombras, e o saber que aí dentro estás; que o mel-hor que podemos dar de nós mesmos provém precisamente de que tu és o motor do nosso coração. Faça, Senhor, que possamos nos encontrar convosco dentro de nós. Mas que não fiquemos parados; que essa descoberta nos estimule ao encontro com os irmãos, especialmente com os mais necessitados; a dar e a nos dar aos outros. Obriga-do, Senhor, por tantos exemplos de solidariedade, de amor... ajuda-nos a amar, ensi-na-nos a amar.
Banco de Alimentos
do Panamá
Panamá Sábado III do Advento19
dezembro
«Tu és o Deus dos humildes, o defensor dos pequeninos, o apoio dos fracos, o refúgio dos rejeitados, o salvador dos desamparados»
(Jt 9,11)
A Família Agostiniana Recoleta tem nas irmãs recoletas a encarnação do carisma contemplativo agostiniano recoleto. Pre-sentes na Espanha, México, Quênia, Fili-pinas, Estados Unidos, Brasil, Guatema-la, Costa Rica e Colômbia, seu trabalho principal é a oração constante pelos mais necessitados e por aqueles que trabalham para fazer do mundo um lugar melhor. As monjas respondem sempre às chama-das à solidariedade. Seus mosteiros são lugares pobres e sua vida muito austera, e socorrem-se uns aos outros. Na circuns-tância da pandemia muitos mosteiros, não só da família Agostiniana Recoleta, passaram e estão passando por
circuns-tâncias econômicas muito difíceis, pois a maioria de suas fontes de renda (fabri-cação de hóstias, confecção de ornamen-tos, fabricação de doces, etc.) foram inte-rrompidas.
Em meio a estas dificuldades, as Agosti-nianas Recoletas continuaram a contri-buir com fundos de suas magras econo-mias ou fabricando pão para atender a pessoas em graves dificuldades, através da ARCORES.
As Agostinianas Recoletas são o principal suporte da rede internacional de solida-riedade ARCORES, porque "sem Mim nada podeis fazer ".
Oração
Deus dos pobres, Senhor providente e misericordioso: conscientes de que tu susten-tas, acompanhas e proteges todas as tuas criaturas, pedimos hoje pelos mais pobres do nosso mundo, pelos excluídos, pelos desamparados, pelos mais vulneráveis. Co-locamos em teus braços compassivos de Pai aqueles que passam fome, aqueles que vivem na solidão, a todos que migram de maneira forçada por causa das guerras e do ódio racial e religioso, as mulheres obrigadas a prostituir-se, as crianças exploradas sexualmente, aos que carecem do necessário para viver dignamente, aos que são in-justamente encarcerados, aos que não têm teto, aos que não conseguem trabalho aos que vivem o inferno da dependência das drogas... ; a todos aqueles nossos irmãos que sofrem o drama da injustiça social, da desigualdade e da perseguição. Ilumina em nós a atitude da solidariedade para com os nossos irmãos mais necessitados, e a coragem para gerar meios com que atendamos os irmãos mais necessitados da sociedade. Pai da misericórdia, abranda o nosso coração para que saibamos ouvir a palavra do teu Filho Jesus Cristo que nos diz, diante do exemplo do bom samaritano: "Faze tu o mesmo".
A oração, motor de
nossa ação
Terça-feira IV do Advento
22
dezembro
«Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã nossa mãe terra, que nos sustenta e governa, e produz diversos frutos com belas flores e plantas»
(São Francisco de Assis, Cântico das Criaturas)
Em 1º de dezembro de 2018, a Univer-sidade de Negros Ocidental - Recoletos (UNO-R) instituiu o Parque Ecológico Agostinianos Recoletos no município de Don Salvador Benedicto (Filipinas). Esta instituição, conhecida por seu com-promisso ambiental, expandiu seu ‘Mu-seu Vivo das Árvores do Patrimônio das Filipinas’ em seu campus principal, com um novo programa chamado ‘Árvores para o Futuro’. Graças a esta nova ação, Katmon, Yakal-Saplungan, Nato, Bitan-ghol, White Lauan, Lambunao e Malaba-yabas foram plantados dentro dos limites do Ecoparque de 9,6 hectares.
O objetivo da universidade é oferecer um espaço alternativo de aprendizagem ativa sobre biodiversidade para seus alu-nos e expandi-lo para que alcance outras
comunidades e também possam plantar árvores. Além disso, o plantio de árvores filipinas ameaçadas de extinção garante um futuro para as gerações vindouras. A criação deste parque ecológico, por-tanto, torna o sonho ecológico da Fa-mília Agostiniano Recoleta e o cuidado da "nossa casa comum", como o chama o Papa Francisco, uma realidade muito mais tangível.
Para este 2020, o projeto prevê a plan-tação de 8.000 árvores (inclui formação em alterações climáticas e preservação da biodiversidade dos participantes), com um custo de 10.500 €. No entanto, devido à pandemia, esta ação está parali-sada, com a esperança de que no último trimestre do ano possa ser reativada.
Reflexão
O Papa Francisco insistiu muito na preservação do meio ambiente, no cuidado da casa comum. Tudo o que fizermos em prol da natureza ou contra ela terá repercussões em nós e nas gerações vindouras. Não devem ser mais importantes as grandes ações, mas sim os pequenos pormenores das nossas possibilidades. Ao que é fiel no pouco, Deus lhe concederá muito mais.
Peçamos a Deus o compromisso de realizar o que está ao nosso alcance, ainda que sejam coisas pequenas, desde que contribuamos assim para viver num mundo mel-hor, a partir de uma visão de fé e de esperança, conscientes de que somos seus filhos e queremos cuidar da casa comum.
Recoletos
EcoPark-UNO-R
Filipinas Segunda-feira IV do Advento21
dezembro
«Amar é compartilhar» (Santa Teresa de Calcutá)Cuba não é alheia a covid-19 e vive em quarentena como o resto do mundo. Em maio, sua atividade econômica era muito restrita e a educação era ministrada em formato de 'videoaula'. Tudo isso dificul-tou a situação precária de muitas famílias do país.
ARCORES tentou minorar as carências e na última semana de abril 12.000 pe-sos cubanos (cerca de 500 euros) foram distribuídos em alimentos básicos nas paróquias administradas pela Família Agostiniana Recoleta na diocese de Hol-guín apesar das habituais dificuldades de obtenção deste tipo de produtos. A distri-buição de alimentos foi mantida durante
os meses seguintes e, inclusive, foi possível continuar servindo refeições no restau-rante popular da paróquia de Nuestra Se-ñora de la Candelaria de Morón. Graças a esses esforços, centenas de pessoas com sérias dificuldades de acesso a determina-dos produtos puderam ter uma alimen-tação um pouco mais completa.
Apesar das dificuldades na distribuição de alimentos, com a ajuda financeira de ARCORES, os agostinianos recoletos da Missão de Cuba organizaram em julho uma segunda distribuição de alimentos dirigida às famílias mais pobres com en-fermos das quatro paróquias: Bans, Ba-guano, Tacajó e Antilla.
Reflexão
A pandemia do corona vírus tornou-se uma oportunidade para que muitos reparem nos mais desfavorecidos. Temos de reconhecer que muitas pessoas foram solidárias com a situação que se vive no mundo e partilharam alimentos, remédios, roupas..., mas o que compartilhamos da fonte de água viva que há em nosso coração? Durante o confinamento, percebemos o quão pouco conhecíamos os membros da família ou da comunidade. Quanto você compartilha com os outros? Quanto permite que os outros compartilhem com você?
Ajuda as vítimas
de COVID19
Quinta feira IV do Advento
24
dezembro
«Lembra-te do necessitado, pois tu também o és; lembra-te do pobre, pois tu também o és. Embora nades entre riquezas, estás revestido de carne»
(Santo Agostinho)
ARCORES Filipinas desenvolve uma área de atuação que não se realiza em nenhum outro país da instituição: a de-núncia política. Há dois grandes proble-mas no país asiático que a Família Agus-tina Recoleta não pode ignorar: a guerra às drogas e os maus-tratos aos migrantes. Junto com a Associação dos Superio-res Religiosos MaioSuperio-res das Filipinas (AMRSP), ARCORES Filipinas defen-de os direitos humanos contra a gestão governamental em relação ao tráfico de drogas. A campanha visa acabar com os assassinatos injustificados pelo Estado de milhares de pessoas, incluindo crianças e
defensores dos direitos humanos. Por outro lado, existe uma grande preo-cupação com a situação dos trabalhado-res filipinos em Taiwan devido à ruptura diplomática das Filipinas com aquele país, para o qual se trabalhou e o governo foi convencido a permitir o seu regresso. Finalmente, é importante notar que a pandemia deixou os migrantes filipinos em uma situação muito ruim, especial-mente na Itália e na Espanha, razão pela qual também estamos trabalhando para reconhecer seus plenos direitos nos paí-ses de acolhimento, cuidados de saúde e detenção de suas deportações.
Oração
Senhor Jesus, autor e dono de tudo o que existe neste mundo; tu, que juntamente com os vossos pais tiveste que migrar e refugiar-te noutro país, dá-me a coragem para pro-teger e receber com agrado quantos vivem esta realidade. Não permita que meu orgul-ho, meus medos e minhas fraquezas tapem minha visão desta realidade tão injusta que padecem muitos irmãos. Que meu lar seja um lugar de refúgio e abrigo para quantos precisam de você. Que eu não seja egoísta e possa ouvir seu clamor nos outros. Amém.
Luta pela
Justiça
Filipinas Quarta feira IV do Advento23
dezembro
A crescente pobreza nas Filipinas conti-nua a ser uma realidade trágica, não só em comunidades remotas, mas também nas grandes cidades, e somente a partir dos próprios grupos humanos é possível responder a este problema.
Por isso, da comunidade paroquial de San Isidro Labrador, na Ilha de Casian, é oferecido um programa de alimentação três vezes por semana na escola primária de barangay, ou bairro pobre da ilha. A porção de alimento consiste em arroz e mingau de legumes com peixe ou carne de frango. Os professores das escolas lo-cais e voluntários jovens e pais auxiliam na preparação e distribuição da comida. Por outro lado, a Paróquia da Basílica de San Sebastián, no coração de Manila, a
capital do país, é conhecida por seu pro-grama de alimentação Mga Anak ng Di-yos ('Filhos de Deus'), que atende a mais de 200 moradores de rua e mendigos em toda a área metropolitana. Este progra-ma, que existe há mais de 25 anos, ofere-ce refeições quentes e ajudas alimentares todas as sextas-feiras.
Da mesma forma, a Paróquia Mount Carmel, em Cebu, também estabele-ceu um programa de alimentação para crianças em idade escolar em 2017, ofe-recendo almoço e aulas de catecismo. Responder às realidades da fome e per-mitir que as comunidades paroquiais participem de um compromisso comum para ajudar os necessitados é perceber uma preocupação comum com os po-bres.
Oração
Senhor, Deus e Pai nosso! Dai-nos a graça do amor fraterno; uma corrente suave, calo-rosa e profunda ambígua nos nossos relacionamentos; que nos compreendamos e nos perdoemos; que nos animemos e vivamos como filhos de um mesmo Pai; que não haja no nosso caminho obstáculos, nem bloqueios, mas sejamos abertos, sinceros e afetuo-sos e, assim, a confiança cresça como uma árvore frondosa, cujos ramos nas situações adversas dão abrigo a todos os nossos irmãos e irmãs. Amém.
'Combate à Fome'
Filipinas
«Qual é a essência da vida? Servir aos outros e fazer o bem»
Sábado de Navidad
26
dezembro
«Permitir que Deus ame o seu povo por meio de nós, eis a grande vocação que nos deu a ti e a mim»
(Henri M. Nouwen)
O slogan da Jornada do Coração Soli-dário deste ano faz referência ao trabalho que, como cristãos, estamos comprome-tidos a realizar frente a covid-19: Cuidar da vida, proteger a humanidade.
Com o objetivo de focar na proteção dos mais necessitados neste momento com-plexo em que vivemos, a jornada busca promover a oração conjunta e obter no-vos recursos para amenizar os danos so-ciais causados pela pandemia.
As restrições de movimento e a paralisia parcial da economia em muitas partes do
mundo fizeram com que as pessoas que viviam na linha da pobreza vissem suas possibilidades diminuir quase a ponto de desaparecer. É o caso de pessoas com empregos não formais ou pessoas deslo-cadas ou migrantes.
A Covid-19 revelou a grave situação em que muitas famílias se encontram no dia a dia e a agravou. Para eles, ARCORES lançou centenas de projetos para tentar proteger a dignidade dessas pessoas e ajudá-las a ter alimentos e suprimentos básicos para continuar vivendo.
Reflexión
"Só peço a Deus que o mundo não me seja indiferente". Durante décadas, vários de nós cantamos ao lado de Mercedes Sosa esta oração, que se tornou parte da nossa tradição. É bonito cantar, mas é muito mais bonito caminhar cantando, como nos sugere Santo Agostinho. Oxalá haja coerência entre nossa voz e nossos atos! O vírus do corona vírus teve que chegar para acabar com a nossa vida egoísta, e perceber a presença de muitas pessoas que tínhamos feito invisíveis aos nossos olhos.
Hoje a vida nos dá a oportunidade de mudar o rumo da humanidade. Ponhamos mãos à obra, para podermos voltar à normalidade do reencontro fraterno, à nova nor-malidade da igualdade entre os homens. Grandes obras começam com ações insig-nificantes. Que o nosso trabalho seja acompanhado por esta convicção e atuação: O mundo já não nos é indiferente!
Jornada do
Coração Solidário
2020
22 países Sexta feira Natal de nosso Senhor Jesus Cristo25
dezembro
«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar aos pobres a Boa Nova, enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e
aos cegos a visão, para dar a liberdade aos oprimidos» (Lc 4,18)
Em 27 de agosto de 1994, foi inaugurado o dispensário da Capela da Virgem de Fátima, na paróquia de Nossa Senhora de la Consolación em Chiclayo, no Peru. Após várias décadas de funcionamento, o espaço oferece atualmente serviços de odontologia, pediatria, otorrinolaringolo-gia e medicina geral. Possui também uma pequena farmácia que fornece medica-mentos obtidos por meio de doações. No entanto, devido à crise da covid-19,
este dispensário teve que ser fechado, de modo que as 40 pessoas que usufruíam de seus serviços não podem continuar a fazê-lo no momento.
A equipe do centro é formada pelo Dou-tor Walter Díaz Silva, coordenador, geren-te e médico; uma pessoa na enfermagem e mais três médicos que atuam como vo-luntários. O dispensário funciona às se-gundas, quartas e sextas-feiras, das 16 às 18 horas.
Reflexão
Assistimos tempos de mudanças rápidas e de novos desafios para a humanidade. Es-tamos imersos em uma crise econômica, sanitária e espiritual. A realidade atual con-vida-nos a descobrir o rosto de Cristo em cada um dos nossos irmãos doentes que têm necessidade da nossa solidariedade, especialmente aqueles que são seguidores de Cristo e estão empenhados na construção de uma nova humanidade. As doenças afe-tam-nos a todos, e são um desafio para os quais desejamos alcançar uma humanidade mais justa, fraterna e solidária. A realidade atual nos coloca na escola do desprendi-mento e da sensibilidade às necessidades dos outros. A escuta é um bálsamo precioso para muitas pessoas que vivem na solidão e com angústia.
